Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
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Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Família Freitas da Silva
Carlos César de Freitas da Silva, capitão de fragata
Procuro informações sobre uma das vítimas da Noite Sangrena (19 Out 1921) Capitão de fragata Carlos César de Freitas da Silva, entre 31Ago1921 e 19Out1921, foi chefe de Gabinete do Ministro da Marinha Ricardo Pais Gomes, 31º Governo da I. República, (António Granjo). Pretendo saber a filiação, data de nascimento, e outras informações de família que possam conhecer. Assim como a sua biografia e percurso militar.
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Cara Helena, como percebo muito pouco disto, tenho sempre receio de cometer erros ou dizer asneira. Ainda por cima a esta hora da noite em que o cansaço piora a lucidez e a capacidade de raciocínio. Mas eu diria que no Arquivo Histórico Militar em Lisboa, facilmente lhe encontrarão o processo desse militar. Depois só precisa que alguém lá vá pesquisar pessoalmente a ficha desse Capitão, onde estarão talvez as informações que pretende ou as pistas necessárias para fazer com êxito a sua investigação. Se me responder, ou eu me lembrar amanhã deste assunto, eu próprio telefonarei para o AHM e lhe deixarei aqui notícia se lá existe ou não o processo Dele. Cumprimentos. Jorge Santos
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Cara Helena, o Arquivo Histórico Militar é só relativo ao Exército. Da parte da Marinha é o Arquivo Histórico da Marinha. No seu caso deverá enviar um email para arquivo.historico@marinha.pt a pedir que por favor informem se existe algum processo relativo ao Capitão de fragata Carlos César Freitas da Silva, vítima da noite sangtrenta de 1921 ..... e complete com os dados que possui. Irá receber depois uma resposta dentro de 2 a 3 dias úteis onde serão especificados quais os Livros e Pastas onde deve procurar tudo o que existe referente a esse oficial. A Helena tem de ir pesquisar pessoalmente, ou alguém por si, porque eles não enviam pelo correio, por falta de pessoal e porque muitas das folhas da maioria dos processos têm dimensões acima de A3. No email de resposta lhe darão a morada que é salvo erro no edificio da ex Fábrica Nacional da Cordoaria, em Lisboa. Cumprimentos. Jorge Santos
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Cara Helena
Vou transcrever duas passagens do livro "A REVOLUÇÃO PORTUGUESA",de Jesus Pablon,prémio Camões em 1951,cito:
1ª - Não encontraram Pais Gomes,ministro da Marinha,prenderam o seu secretário,o comandante Freitas da Silva,que caiu,crivado,á porta do Arsenal.(pag.492)
2ª - Por exemplo,Freitas da Silva,avisado confidencialmente,dissera a sua mulher dias antes do movimento:"Se me acontecer alguma coisa,já sabes que o culpado foi o Procópio de Freitas".
E Machado dos Santos e Freitas da Silva cairam na Noite Sangrenta.(pag.497).
Cumprimentos
João Barroca
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Cara Helena
Esqueci-me de mencionar o livro "Páginas de Sangue" de Sousa Costa que refere com mais pormenor os últimos momentos de vida de Freitas da Silva.
Cumprimentos
João Barroca
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena;
Os m/ cumprimentos;
... Com certeza que saberá que há cerca de 2ou 3 anos(ou talvez nem tanto tempo)....
andou uma série naTV, por uns dias, talvez 3 ou 4 episódios... onde passou toda essa
história, chamada "A NOITE SANGRENTA".... e a camioneta vermelha etc.....
... Para obter mais esclarecimentos, talvez socorrer-se dos n/ Confrades, que alguns
terão essa passagem na memória etc, e com certeza que lhe farão esse favor.
Boa Sorte para o seu trabalho
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena;
Para finalizar, estou a lembrar-me do "Dente de ouro", que foi o "Capataz" dos
militares encarregues de fazer a "visita nocturna ",rebocados por uma camioneta de cor VERMELHA, e sempre a deitar fumo... de tão "cansada que ia"(velha)....e foi o
"Dente Ouro" que acabou por arcar com todas as culpas, indo parar ao xadrez.
A muito custo por iniciativa da esposa de um dos assassinados, esse "dente de
" ouro, acabou por dizer quem foram os mandantes etc O Processo correu pelos Tribunais, mas emperrava sempre que chegava às altas esferas, e nunca aquela esposa conseguiu fazer valer a sua posição perante a justiça ....
Para sua análise aqui lhe envio esta "mão cheia de história".
http://www.centenariodarepublica.org/centenario/2008/12/02/a-noite-sangrenta-i/
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Cumprimentos
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Caro Jorge Santos!
Desde já agradeço a atenção e cuidado. E toda a ajuda é sempre bem vinda.
Helena
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Caro Jorge!
A sua ajuda é muito útil. Uma vez procurei informações junto da marinha mas não obtive resposta, provavelmente não foi para o endereço correto. E na altura só sabia que era o Capitão de Fragata Freitas da Silva, nem sabia bem qual o cargo que desempenhava no governo. Foi através do Museu da Presidência que obtive um contato que me elucidou e informou.
Eu vou contactar o AHMarinha.
Obrigada pelo apoio!
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Caro João!
Agradeço o trabalho que desenvolveu para me ajudar. É uma referência que vou estudar. Na verdade este forum tem sido mais útil do que pensava. Nunca pensei ter tantas respostas em tão pouco tempo.
Obrigada. Os meus cumprimentos,
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Obrigada, mais uma vez. Não é uma leitura muito própria para o Natal, mas vou tentar encontrar os livros que me indicou.
Os meus cumprimentos,
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Cara Ana!
Obrigada pelas suas mensagens, principalmente pelo link, que irei consultar.
Os meus cumprimentos,
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Cara Helena
Transcrevo o que está no livro "Páginas de Sangue" de Sousa Costa,cito:
FREITAS da SILVA
A orgia da Morte não esgotou ainda a taça rubra das libações.O ministro da Marinha,Pais Gomes,encontra-se em Vizeu.Mas está em Lisboa o seu chefe de Gabinete,o capitão-tenente Freitas da Silva,pelos dicolos indicado como elemento mau da secretaria contra os marinheiros ameaçados.
É outro grupo que lhe invade a casa,o arranca aos braços aflitos da esposa e o conduz a pé para o Arsenal.Este grupo tem por capataz o cabo Palmela Arrebenta,por ajudante o marujo Felix. Freitas da Silva veste á paisana.
Na rua do Ouro aparece-lhes uma camionette da Guarda,armada de metralhadoras,comandada por Camilo de Oliveira - as metralhadoras ás ordens de Lopes Soares,o alferes que no Terreiro do Paço,ao primeiro embate da Guarda,do seu corpo fizera defeza de António Granjo.
- Quem levam vocês preso? - inquire Camilo de Oliveira,parando junto da escolta.
- Um oficial da Armada.Preso á ordem do comité.
- Mentira! O comité não mandou prender ninguém! - E dirigindo-se a Freitas da Silva: - Suba para aqui. O senhor não está preso.Vou falar com o comandante das forças revolucionárias,bivacadas no Terreiro do Paço,e conduzo-o depois onde quizer.
Avançam na direcção do Terreiro do Paço - o Arrebenta e o Felix no rasto da camionette.
Da esquina da rua do Comércio rompe grosso bando de marinheiros,capitaneado por um sargento.
A camionette imobolisa-se.Camilo de Oliveira interpela o sargento.
- Andamos a policiar a Baixa.
- P´rá frente! - ordena ao chauffer.
O Arrebenta e o Felix ,agitadamente,informam os camaradas - traziam preso o Cóca,e os oficiais da Guarda tiraram-lho das mãos.Pelo que ,á ordem de avançar,o carro é cercado por dezenas de carabinas em ameaça,por dezenas de vozes em grita.
- Entreguem-nos o Cóca! Ou morre aqui tudo!
Camilo de Oliveira declara-lhes que vai entregar Freitas da Silva ao oficial de serviço,no Arsenal. E manda de novo avançar o carro - que segue,a custo,entre a marinhagem revôlta,clamorando,publicando:
- Aí vem o Cóca! Olha o Cóca! Mata-se! Mata-se!
O portão do Arsenal está cerrado.O carro detem-se perto.Os marinheiros apontam as carabinas.
Camilo de Oliveira.Lopes Soares e o sargento da Armada intentam proteger Freitas da Silva.
- Matam-se os traidores! - praguejamos amotinados,visando os patronosbdo oficial da Armada.
Eles arrancam para a maruja.Soam tiros.E Freitas da Silva morde o chão,crivado de balas.Citei.
Cumprimentos
João Barroca
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena;
...Já agora será bom dizer:
... Estes factos só após 25 Abril é que se tornaram mais conhecidos.
No regime anterior, foi sempre silêncio total. Os Livros de história etc, praticamente
não faziam referência a isto.
... Estou recordada que há uns anos atrás houve um grupo teatro, salvo erro para os
lados de Setubal ou Lisboa, que levou à cena "A Camioneta Vermelha" etc.
... Portanto não se admire se vier a encontrar muito boa gente, que fique de boca
aberta, quando a Helena perguntar alguma coisa sobre o tema ! ...
Mais uma vez renovo os m/ cumprimentos
atentamente
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira:
... Uma reflexão ... O Tonito Santa Comba, segundo opinião de quem sabe da matéria,
sempre foi azul. Nada de vermelho. .. e realmente pelo decorrer do tempo, assim se
confirma !!.
É sempre bom reflectir.
Cumprimentos
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Contacte com o Arquivo Histórico da Marinha, na Cordoaria de Lisboa ( a entrada é pela rua de dentro, nâo a que dá para o Tejo), com e-mail: arquivo.historico@marinha.pt
Lá poderá aceder a toda a sua folha militar livros de registos, fotos etc...
Cumprimentos
Fernando de Telde
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
aquivo historico da marinha(arquivo.historico@marinha.pt)
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confrades;
... Memórias do n/ Portugal, séculos XIX e XX, a história sempre se repete ! !.
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Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com
cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas.
Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a autoridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são dirigidos os destinos políticos. Politica de acaso, politica de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por previlégio e influência de camarilha, será possível assim conservar a sua independência...
Eça de Queirós, 1867 in "O distrito de Évora (jornal) "
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Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Carissima Ana
Eça de Queirós era um analista politico e social muito bom. Só lamento que as pessoas sãs e honestas se afastem ou sejam afastadas dos percursos económicos, sociais ou políticos. Sou professora. Em época de conturbação disse que me ia candidatar - como se fosse possível - ao cargo de Ministra de Educação. Uma colega deu um risinho sarcástico. «Achas que não sou competente?» -perguntei. «Competência não te falta. O que te falta é saber engolir sapos. És demasiado honesta e verdadeira, para o cargo. Não tens jogo de cintura.» Não deixei de pensar que era triste. Estavamos a brincar mas a verdade estava ali. Os governantes estão ao seviço de grupos e não de uma nação. Não sabemos separar a competência das amizades e o compadrio instala-se e o resto vem a seguir.
Não consegui enviar as mensagens que havia escrito, pois ainda não lido bem com este sistema. Quero agradecer toda a ajuda que me deram. Com todas as achegas, algumas já conhecidas, consegui desenhar uma estratégia de pesquisa que só posso desenvolver a conta gotas, mas gota a gota se enche o copo.
Os episódios sobre a Noite Sangrenta foi o que encontrei de mais completo sobre o assunto.
Obrigada,
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Caro Fernando!
Muito obrigado, eu vou recorrer ao arquivo da marinha. Já havia contatado a marinha mas aconselharam-me o Museu da Presidência da República. Foi útil porque me deram o contato de um historiador já referido aqui. E que me deu o nome completo e as funções que exercia no gabinete. Entretanto, suspendi a busca e dediquei-me à minha profissão. Pois as outras soluções passa por me deslocar a Lisboa ao Arquivo da Marinha, mas através do e-mail posso conseguir a localização dos documentos. O que é uma óptima ideia.
Obrigada,
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Cara Ana!
Eu não me admiro - a minha área é História - e sei que o século XX foi pouco debatido, não só por questões políticas mas também por dogmas dos historiadores.
Mas 1921 é muito próximo de 1926 e de 1933, e com certeza o Estado Novo não tinha interesse em mexer em assuntos tão delicados como as rebeliões. Será que já é boa altura para mexer no assunto?
Para mim é. Independentemente das causas que estavam por detrás, Carlos César de Freitas da Silva é uma vitima. E eu quero saber porque morreu. Como provavelmente será meu familiar, quero saber se era o bom ou o mau da fita.
obrigada
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Caro João
Este episódio eu já conhecia. Não encontrei o livro mas transcreveram-me esta passagem e acho que é ela que me intrigou mais pelo número de questões que levantou. De qualquer forma, foi bastante útil uma vez que novas questões e novas estratégias se levantaram. Principalmente no que toca a estratégias.
Obrigada
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena;
... A m/ área não é história, mas sempre gostei e tento acompanhar os tempos.
Camioneta Fantasma: A propósito, ainda ontem 14 Dezº passou mais um aniversário
do assassino de Sidónio Pais (14/12/1918), e veja decorridos praticamente 3 anos
19/10/1921, acontece a Noite Sangrenta, e posteriormente vão libertar o carrasco de
Sidónio. Para bom entendedor....
E repare que o homem como sabemos até era competente... tinha formação superior
(foi prof. Matemática U. C. etc), Há sempre uma desculpa para tudo ! ! ....
A Berta Maia, esposa de José Carlos da Maia, correu por todo o lado a tentar levar
o caso avante ( junto do Olimpio "Dente de Ouro", com o estratagema bem
organizado, falou em "privado",na prisão com o assassino do seu marido,e este
não lhe dava qualquer resposta, até que ao pronunciar o nome da mãe D.O. ,logo
conseguiu levar a água ao seu moinho etc ) .....porém as altas esferas nunca lhe
permitiram que o caso fosse a julgamento.
Aproveito para enviar este link, que acho elucidativo....
http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=1692996&seccao=Televis%E3o
Faço votos para que consiga encontrar tudo o que procura.
Cumprimentos
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Estimada Helena FS Rodrigues
Eles sâo muito prestáveis e lhe vâo fornecer toda a informaçâo que lá se encontra. O Arquivo está muito bem organizado e nâo se perde muito tempo em vasculhar todo o processo e os diversos livros de registos e fotos. Eles enviarâo relaçâo de tudo o que lá está sobre essa pessoa de quem procura informaçâo. Logo é só a Helena escolher o que mais lhe interessa e eles enviam. Mas nâo deixe de dar uma visita aos arquivos, pois merece a pena.
Melhores cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena;
Para "enriquecer" este Tópico, aqui deixo mais uma passagem da n/ "história".
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RE: in dios, in dios, in dios... 16-07-2011, 19:57
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] Confrade Zé Maria;
Com os m/ cumprimentos.
Os m/ agradecimentos pelo desenvolvimento do tema referido na s/ comunicação de hoje (16/7).
Depois de me situar ligeiramente nos seus temas ao longo do tempo, acabo por verificar que existe bastante matéria-prima para diálogo, com actualidade e com bastante interesse.
Assim, começo por lhe falar no seu Video:--- A DOUTRINA DO CHOQUE:--- na m/ opinião, este video devia passar várias vezes por ano nas nossas TVs.... em vez do povo andar a ser adormecido com tretas e telenov. de baixo nível etc.
O Confrade que sabe da matéria, com certeza que conhece esta passagem, nos tempos de Roma:
Ainda o n/ Viriato andava às rolas nos Montes Hermínios etc, e já no Senado Romano se comentava: "AQUELE POVO DA LUSITÃNIA NÃO TEM EMENDA, NÃO SE SABE ADMINISTRAR,.... NEM SE DEIXA GOVERNAR."
Para terminar, e só mais uma dica: ---- O Rei D. Manuel I, para poder casar com a princesa Espanhola, teve que fazer o que o Confrade bem sabe..... depois de expulsar quem tinha valor e sabia etc, ficou só com a raia miuda, nem havia gente com capacidade para administrar as Feitorias que existiam por esse Mundo fora...
Quando agora se vem falar que .... "Não senhor, não pode ser, o n/ Pais já descobriu meio-Mundo etc".... Pois foi, já fomos GRANDES, mas com gente de garra que sabia e se esforçava(bem entendido que sempre houve bons e menos bons).
Os tempos mudam, os povos por vezes ficam pasmados a ver..... Navios..... e quando dão por si.....lá vai aquela civilização entrar num buraco negro....
Bom, hoje fico por aqui, se o Confrade tiver disposição e tempo, pode sempre que o desejar escrever sobre estes temas
que são deveras interessantes.
Vou terminar com uma frase do Dr. Bissaya Barreto:
-- vamos em frente, com rumo ao Futuro....
Os m/ cumprimentos
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
"Estamos numa época onde os grupos de pressão perdem o pudor e manifestam-se activamente, desde o conflito dos moageiros contra os adubeiros, ao escândalo Alves dos Reis, onde são enredados desde o deputado católico Diogo Pacheco de Amorim ao deputado José Bandeira, primo de Bernardino Machado. Assim, a revista Seara Nova, de 27 de Outubro de 1925, fala mesmo nos deputados pára-raios, isto é, os que lá dentro defendiam os interesses dos bancos, das companhias, dos potentados comerciais, lado a lado com os universitários que tomavam para si o pesado encargo de defender os grandes bancos; os marechais do segundo plano, que representavam as pingues companhias; finalmente alguns deputados menos ambicioso encarregavam-se das causas de certos potentados nacionais e estrangeiros. Logo, a moral política dia a dia se relaxa e perverte."
Onde já vi isto???
in, http://maltez.info/respublica/portugalpolitico/acontecimentos/1922.htm
Melhores cumprimentos,
Fernando
P.S.
Se tiver acesso ao processo do Julgamento sobre a Noite Sangrenta, agradeço que me o informe, pois tenho alguma história familiar con conotaçâo com os factos.-
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Caro Fernando,
Agradeço mais uma vez a atenção e cuidado.
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Caro Fernando!
De certeza que o farei. Pode ser através do moderador?
É o mínimo que posso fazer.
Os meus cumprimentos,
Helena FS Rodrigues
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Pode ser através do moderador, ou abrir um assunto neste forum, será uma aportaçâo mais para a história, se encontrar algo... Mas, pelo momento, há um elo em que poderemos contribuir, se encontar essas informaçôes.
Melhores cumprimentos
Fernando de Telde
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confrades;
Os m/ cumprimentos;
A fotografia que consta deste link, será reconhecível pelos Confrades?
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oto antiga 04-01-2012, 12:28
Autor: LLR [responder para o fórum] Caros confrades
Muito agradecia se me conseguissem ajudar a identificar o acontecimento fotografado na foto junto.
Qualquer pormenor pode ajudar, a casa, a escadaria, os arcos do jardim, os uniformes, o vestuário.
A área impressa é 3,9 x 6,1 mm o que pode ser útil para datação pelos conhecedores de fotografia.
Parece uma espera da Família Real ou de outro acontecimento importante. Aqui vai o link:
http://s1110.photobucket.com/albums/h447/LuisLeote/?action=view¤t=Antiga1.jpg
Desde já agradecido por qualquer ajuda, venha donde vier
Luis Leote do Rego
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Renovo os m/ cumprimentos
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena Rodrigues;
Com os m/ cumprimentos.
Para análise, segue link.
http://centenariorepublica.pt/escolas/personalidade-republica/T
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Continuando....
,,,, Pano para mangas ! .....
http://80.251.167.40/catalog.aspx?cid=mc.cp2
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Sobre as protecção que as altas esferas gozaram na 1ª República nada melhor que o exemplo do Assassino de Sidónio (O Costa de Gravão) que pernoitou na casa de Sebastião Magalhães Lima (Grão-mestre da maçonaria) antes de executar o crime.
Nunca ninguém incomodará Magalhaes Lima.
Aliás, ainda hoje a Maçonaria continua intocável!
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confrades;
Para que conste;
http://f5.folha.uol.com.br/estranho/1010407-no-facebook-6-graus-de-separacao-viram-474.shtml
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena:
os m/ cumprimentos;
Junto um link, que com certeza lhe fará jeito.
www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=563620&page=16
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena;
Então o que é feito de si?.
Segue este endereço para sua análise.
https://docs.google.com/document/d/1BS_JI2Ju7Vq35bd0-NHzU2m59O3sjVEgQnsZRemjh9Q/edit
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Cara Helena Rodrigues
Sem querer tropeçei na Ilustração Portugueza 2ªSérie Nº 903 do dia 9 de Junho de 1923,nela vem inserida com o titulo "Uma Página da História de Sangue"a reportagem do julgamento dos assassinos do dia 19 de Outubro,assinada pelo jornalista Belo Redondo,nas pags.717 e 718.
Transcrevo o depoimento de Abel Olimpio,o"Dente d'Oiro":- Estou satisfeito por se ter provado que não sou assassino. A imprensa que me caluniou ,tem sido agora a primeira a esclarecer o público.Podem-me condemnar ou absolver,que não me importo;uma coisa é verdade no meio de tudo isto:eu não sou assassino!
E n'uma voz enternecida:
- Ninguém mais do que eu deplora as victimas.Amava Freitas da Silva como se fosse meu pae; ...se foi êle que me ensinou a ser marinheiro!
Vêm várias imagens dos condenados á pena maior entre eles o que prestou o depoimento que transcrevi,e a imagem da leitura da sentença.
Cumprimentos
João Barroca
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Caro João Barroca;
Aqui lhe deixo este video, para sua análise, época Sidónio Pais !
http://www.cinemateca.pt/Cinemateca-Digital/Ficha.aspx?obraid=8248&type=Video
Os m/ melhores cumprimentos
Ana Simões
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RE: Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Confreira Helena Rodrigues;
Os m/ cumprimentos;
Para uma futura análise relativamente ao tema.
http://www.vidaslusofonas.pt/sidonio_pais.htm
atentamente
Ana Simões
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RE: SIDÓNIO PAIS - PRESIDENTE - REI
História Portugal;
No período em que a participação de Portugal na I Guerra Mundial marcava a conjuntura política, económica e social do país, Sidónio Pais lidera um golpe militar que inaugura a "República Nova". Suspende a Constituição de 1911, é eleito por sufrágio directo para a Presidência da República e cria um Senado profissional. O regime presidencialista de Sidónio Pais não sobreviveria à sua morte.
Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais nasce em Caminha, a 1 de Maio de 1872.
Filho de Sidónio Alberto Marrocos Pais e de Rita Júlio Cardoso da Silva, cresce num ambiente burguês e liberal.
Aos 11 anos fica órfão de pai, que morre subitamente de pneumonia. A família vive então em difíceis condições económicas, vendo-se forçada a deixar a Sertã e a regressar a Caminha.
Aos 13 anos instala-se em Coimbra sob a protecção financeira de sua tia e madrinha, D. Claudina.
Casa, a 2 de Fevereiro de 1895, na Igreja Paroquial de S. Gonçalo, em Amarante, com Maria dos Prazeres Martins Bessa.
No ano lectivo de 1885-86, frequenta o Seminário Maior Episcopal de Coimbra como aluno externo. Concluído o Liceu em Viana do Castelo, segue para Coimbra, para frequentar a Faculdade de Matemática, onde se matricula em 1887.
Em Novembro de 1890 é chamado pela Secretaria da Guerra para ingressar na Escola do Exército em Lisboa, interrompendo a frequência do 4.º ano do curso universitário. Entre 1890 e 1892 aí realiza o curso de Artilharia.
Em 1895 retoma os estudos universitários, finalizando os bacharelatos em Matemática e Filosofia em 1897, ambos com a 19 valores.
Em Janeiro de 1898 obtém o grau de licenciado com a tese Rotação da Terra considerada esta de Forma Variável.
Em 24 de Julho de 1898 tem lugar a cerimónia do seu doutoramento em Matemática, com a classificação de 19 valores.
No ano lectivo de 1898-1899 é nomeado lente substituto na Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra. Conta apenas com 26 anos.
Em 1902 assume funções professor na Escola Industrial Brotero [Coimbra], a cuja direcção ascendeu em 1905, empenhando-se na sua modernização e no melhoramento do ensino técnico.
Por decreto de 17 de Agosto de 1904 é promovido a catedrático, ministrando a cadeira de Cálculo Diferencial e Integral.
Paralelamente segue a carreira militar. A 12 de Dezembro de 1888 alista-se, como voluntário, no regimento de Infantaria n.º 23, em Coimbra, onde serve até 1889. Beneficiando de uma licença do Ministério da Guerra, continua a frequentar as aulas na Universidade.
Em 1893 ingressa no Regimento de Artilharia n.º 2, em Torres Novas. Aí conhece Brito Camacho.
Em Novembro de 1893 recebe guia de marcha para se apresentar no 2.º grupo do Regimento de Artilharia n.º 4, em Amarante.
Em Novembro de 1896 é nomeado para a Comissão de Trabalhos Balísticos e em Setembro de 1897 é colocado no Regimento de Artilharia n.º 6, em Penafiel, e destacado na Comissão de Baterias da Costa, situação em que se mantém até Julho de 1898.
Poucos dias após concluir o doutoramento, recebe ordens para recolher imediatamente ao Regimento de Artilharia n.º 6, em Penafiel, de onde deveria partir para Moçambique. Acaba por conseguir trocar com um colega de armas, beneficiando ainda da influência de seu amigo António Cândido, junto dos partidos no poder.
Vai ascendendo na carreira militar: soldado aspirante a oficial (1889), sargento graduado cadete da Escola do Exército (1891), 2.º tenente (1892), 1.º tenente (1895), 2.º capitão (1906), capitão (1911) e major (1916).
Após o 5 de Outubro de 1910 é nomeado vice-reitor, tomando posse a 23 de Outubro. Para reitor foi nomeado Manuel de Arriaga.
De Abril a Junho de 1909 e de 1910 efectua missões de estudo a Paris, onde visita várias Escolas e Faculdades da Sorbonne.
Próximo dos meios republicanos, pelo menos desde 1908, acolhe com entusiasmo o novo regime instaurado a 5 de Outubro de 1910, apesar de não participar na revolta.
Entre 1910-11 desempenha o cargo de presidente da Comissão Administrativa Municipal de Coimbra e, mais tarde, assume a presidência da mesma Câmara Municipal.
No final de 1910 faz parte do Conselho de Administração da Companhia dos Caminhos-de-ferro Portugueses.
Em Fevereiro de 1911 é iniciado na Maçonaria na loja "Estrela de Alva", n.º 289 de Coimbra, adoptando o nome simbólico de Carlyle. Abandona os trabalhos maçónicos logo no ano seguinte, com a extinção da loja.
Estreia-se como deputado por Aveiro nas Constituintes de 1911 e, nessa qualidade, intervém em treze sessões durante a discussão, na especialidade, do projecto da Constituição Política da República.
Em 1911 passa pelo "bloco" [responsável pela eleição de Manuel de Arriaga como Presidente da República] e pelas fileiras do Partido Unionista.
Em Setembro de 1911 é convidado a fazer parte do 1.º Governo Constitucional chefiado por João Chagas, por indicação de Brito Camacho, sendo-lhe entregue a pasta do Fomento (de 3-9 a 12-11-1911).
Com a tomada de posse do novo Directório do Partido Republicano, saído do Congresso realizado em fins de Outubro, em Lisboa, João Chagas pede a demissão colectiva do gabinete em 7 de Novembro de 1911, por entender que este já não representava a maioria dos republicanos.
Augusto de Vasconcelos é encarregado de formar novo ministério, transitando Sidónio para a pasta das Finanças (de 12-11-1911 a 16-6-1912).
Por decreto de 17 de Agosto de 1912 é nomeado chefe de missão de 1.ª classe, Enviado extraordinário e Ministro plenipotenciário em Berlim, assumindo o cargo a 17 de Setembro.
Enquanto representante de Portugal em Berlim esforça-se por credibilizar o novo regime junto do Governo alemão, ao mesmo tempo que tenta salvaguardar os interesses de Portugal em África, numa altura em que é conhecido o interesse germânico por Angola.
A eclosão da I Grande Guerra torna crítica a sua acção como diplomata e a entrada de Portugal no conflito faz com que tenha de regressar a Portugal.
Sidónio é colocado na Secretaria do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Aí permanece até assumir a chefia do movimento revolucionário contra o governo "democrático", que levaria a efeito a Revolução de Dezembro de 1917.
Em 5 de Dezembro de 1917 lidera a revolta militar triunfante, que se saldará na constituição de uma Junta Militar {a que preside}, na dissolução do Parlamento, e na destituição do Presidente da República Bernardino Machado.
A 11 de Dezembro é constituído um novo Governo chefiado por Sidónio Pais. Para além dos elementos da Junta Revolucionária, integra três unionistas, dois centristas e um independente.
No dia 27 de Dezembro de 1917, a República Nova de Sidónio Pais decretou alterações à Constituição, introduzindo um regime presidencialista: "o Presidente do Ministério [Sidónio Pais] assumirá as funções de Presidente da República [...] enquanto não for eleito pelo futuro Congresso o Presidente da República".
Em 28 de Abril, é eleito Presidente da República por sufrágio directo e universal. Candidato único, obtém 468 275 votos.
É já nas funções de Presidente da República que inicia as suas viagens pelo país em 1918: de 12 a 15 de Janeiro visita o Norte (Porto, Guimarães, Braga, Viana do Castelo), de 14 a 17 de Fevereiro o Sul (Évora e Beja) e de 4 a 14 de Março o Centro (Santarém). Estas viagens proporcionam um grande entusiasmo popular por todo o país e conferem-lhe uma auréola de líder forte e carismático.
É em Beja, a 17 de Fevereiro de 1918, que começa a esclarecer o seu projecto político, afirmando que o regime parlamentar havia esgotado todas as possibilidades e que o país teria de se pronunciar sobre qual o regime a adoptar: o parlamentar ou o presidencial.
O Decreto n.º 3977 de 30 de Março de 1918 define o quadro normativo em que decorrem as eleições mas, na prática, assemelha-se a uma autêntica Constituição, ficando conhecido como "Constituição de 1918". O Presidente da República passa a ser eleito por sufrágio directo e alargando o direito de voto a todos os cidadãos de sexo masculino, maiores de 21 anos, no gozo dos seus direitos civis e políticos e residentes no território nacional há mais de 6 meses. O chefe de Estado nomeia e demite livremente o executivo, formado por secretários de Estado; o seu mandato não poderia ser inferior a 4 anos; mantém-se o bicamaralismo do Parlamento, mas o Senado passa a ser composto por representantes dos municípios, agrupados em províncias, e pelos delegados de certas entidades económicas e sociais.
Em 28 de Abril, Sidónio Pais faz-se eleger Presidente da República por eleições directas, já os Unionistas se haviam passado para a oposição, por não conseguirem entender-se com Sidónio acerca das condições em que deveria proceder-se à eleição do Presidente da República e do novo Parlamento e por não aprovarem o princípio da acumulação pelo chefe do Estado das funções de chefe do Governo.
Será proclamado Presidente da República a 9 de Maio de 1918, proferindo um discurso de saudação à população da varanda dos Paços do Concelho em Lisboa. No discurso, Sidónio transmite o desejo de conciliação de todos os portugueses.
Às eleições legislativas, também realizadas em 28 de Abril, concorre sozinho o recém-criado Partido Nacional Republicano, resultado da fusão de elementos "centristas" (sob a chefia de Egas Moniz) e "sidonistas", com o apoio de quase todos os católicos e independentes. Em 7 de Abril, o Congresso do Partido Unionista rejeita moções de apoio à obra de Sidónio e advoga, tal como os Partidos Democrático e Evolucionista, a total abstenção nos próximos actos eleitorais. O PNR obtém a maioria absoluta.
A República Nova não possui um programa definido. Caracteriza-se, apesar de tudo, por uma intensa actividade legislativa e administrativa em vários domínios da governação.
As primeiras medidas da revolução sidonista têm como objectivo apaziguar a situação política. A censura sobre a imprensa é abolida, todas as ordens de exílio contra os jornalistas canceladas e todos os envolvidos no golpe de 13 de Dezembro de 1916 ainda na prisão são soltos. Em Dezembro de 1917 todos os oficiais e funcionários públicos afastados após o 14 de Maio são readmitidos nas respectivas corporações. Nos primeiros dias do regime sidonista são também libertados muitos presos por "crimes sociais" (greves) e outros em Janeiro e Fevereiro de 1918. Vários monárquicos voltaram do exílio e muitos aceitaram a reincorporação no Exército.
Contudo, são vários os sinais do carácter ditatorial do novo regime: proibição da divulgação de manifestos, moções, representações e deliberações do Partido Democrático; encerramento de todos os centros políticos que ultrapassem os limites impostos à sua respectiva acção política e a proibição de publicações que incitem a população à desordem; dissolução de todas as câmaras municipais e juntas de freguesia (substituídas por comissões executivas nomeadas pelos Governadores Civis).
Entre Março e Abril de 1918 os serviços prisionais são reformulados. Nasce a Polícia Política - denominada Política preventiva - e são reestruturados os diversos serviços policiais com a criação da Direcção-Geral de Segurança Pública (Abril de 1918), que passa a superintender a Polícia Cívica de Lisboa e do Porto, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Investigação Criminal.
No campo social, a única reforma apresentada consiste num plano para estimular a criação de residências sociais em Lisboa e no Porto. De resto, com Sidónio Pais, a caridade institucionaliza-se como forma de adiar as reformas necessárias para melhorar as precárias condições de vida. Em 1918 é criada a Associação 5 de Dezembro, com o objectivo de ajudar os mais carenciados. A faceta mais visível desta política é a distribuição de alimentos (a conhecida "Sopa dos pobres" ou "Sopa de Sidónio"). A presença de Sidónio na inauguração das várias "Cozinhas" permite-lhe cultivar a imagem de presidente generoso e amigo dos mais desfavorecidos. O governo também dedica grandes somas no combate às duas epidemias que atingem o país em 1918 - a febre tifóide e a gripe pneumónica - que proporcionam a Sidónio várias visitas a hospitais.
Dentro do modelo económico sidonista a agricultura parece ter sido encarada como sector fundamental, traduzindo-se na criação, em Março, do Ministério da Agricultura, no aumento dos preços agrícolas, até aí artificialmente baixos, na proibição de exportação de adubos, nas facilidades concedidas ao crédito à agricultura, etc. Em Março de 1918, é também criado o Ministério das Subsistências e dos Transportes com o objectivo de elevar a capacidade de produção nacional e travar a especulação sobre produtos de primeira necessidade. Em Agosto é criado o Comissariado Geral dos Abastecimentos, com a finalidade de centralizar e superintender os Serviços de Subsistência. Todavia, estas medidas não surtem grandes efeitos na economia nacional.
Outra das linhas de força da política sidonista é o reatar das relações diplomáticas entre o Estado e a Igreja Católica. Os capelães passam a receber um salário equivalente ao de um tenente e todas as interdições de residência a sacerdotes são levantadas. O passo mais importante, porém, é a revisão da lei de separação, obra do ministro da Justiça Moura Pinto (Decreto n.º 3856, de 22 de Fevereiro) - o Governo sidonista restabelece as relações do Estado com a Igreja Católica, restituindo ao clero parte da sua intervenção nos assuntos do culto, sem, contudo, lhe devolver a influência perdida. Por portaria de 4 de Março (n.º 1244), o governo define as normas a seguir na entrega às corporações religiosas dos templos e objectos do Estado e dos corpos administrativos necessários ao culto e público católico. Todas estas medidas culminam, em Julho, no reatar das relações diplomáticas com a Santa Sé.
Mas as consequências da guerra sentem-se cada vez mais profundamente e o estado de graça desvanece-se. Alguns sectores da vida nacional, nomeadamente a Igreja e os monárquicos, começam a ver com bons olhos o fim do sidonismo. O mundo operário, que apoiara Sidónio na consecução do golpe de Dezembro de 1917, e os meios políticos ligados ao Partido Democrático não escondem também um certo desejo de mudança.
A "obra do ressurgimento e progresso da Pátria" defendida por Sidónio não surte efeitos e a situação interna deteriora-se rapidamente, traduzindo-se em acções grevistas contra a carestia de vida e a diminuição dos salários, comícios, entre outras.
Pretendendo regularizar a ordem interna, o Governo restabelece a censura, cria a Polícia Preventiva e legitima a actuação de grupos civis armados ("trauliteiros"), destinados a intimidar os seus adversários. O reforço considerável do aparelho repressivo do Estado é outro dos aspectos da experiência sidonista.
A oposição liberal reage e organiza várias conspirações e insubordinações militares democráticas, que o Governo consegue dominar: a primeira, em 7 e 8 de Janeiro, em Lisboa, limita-se à Marinha e é prontamente sufocada; a segunda, em Maio, é levada a cabo por democráticos no Porto, mas também se vai gorar; a terceira, em Outubro, constitucionalista, mobiliza os Regimentos de Cavalaria 5, Infantaria 35 e o 2.º Grupo de Administração Militar e deflagra quase exclusivamente em Coimbra e em Évora, com reflexos em Aveiro e Lisboa. É igualmente debelada sem grande dificuldade. A tentativa revolucionária democrática iniciada a 12 de Outubro motiva a suspensão das garantias constitucionais em todo o território: o governo sidonista decretou o estado de emergência.
No rescaldo do estado de sítio, sete republicanos são assassinados em Lisboa pela polícia sidonista quando uma coluna de 150 presos é transportada do edifício do Governo Civil para a estação do caminho-de-ferro, no Cais do Sodré, em Lisboa. A "leva da morte", como fica conhecido o episódio, desfere mais um golpe no sidonismo.
Paralelamente, e descontente com a política de preços inflacionista praticada pelo Governo por forma a favorecer os produtores agrícolas, o movimento operário radicaliza as formas de luta e a União Operária Nacional chega mesmo a convocar uma greve geral para o dia 18 de Novembro, em grande parte montada pela facção mais radical do anarco-sindicalismo.
O regime sidonista, assente na figura carismática do "Presidente-Rei", é uma experiência inovadora e antecipa em vários aspectos - populismo, chefia carismática, contornos autoritários - a tendência totalitária e fascizante de vários governos desenvolvida na Europa durante o período entre as duas guerras mundiais.
Apesar de uma intensa actividade legislativa, a República Nova não possui um programa definido para contrapor ao regime anterior, nem quadros à altura para desempenhar a tarefa da governação. Num ano de ditadura dão-se três remodelações ministeriais, o que agrava a instabilidade governamental e introduz um princípio de caos na administração pública. A primeira, em Março de 1918, na sequência da demissão dos ministros unionistas, dá lugar ao segundo governo sidonista. A segunda, em Maio, empossa o terceiro governo de Sidónio. A terceira, em Outubro, dá posse ao quarto e último governo sidonista.
No dia 5 de Dezembro de 1918, durante as comemorações do golpe perpetrado por si, em 1917, Sidónio sofre o primeiro atentado mas sai ileso.
Poucos dias depois, a 14 de Dezembro de 1918, um novo atentado seria fatal. Sidónio deslocara-se à Estação do Rossio para apanhar o comboio para o Porto. É então que José Júlio da Costa, ex-sargento do exército, dispara contra o Presidente. Acaba por falecer na Sala do Banco do Hospital de S. José, em Lisboa.
O seu funeral realiza-se no dia 21 de Dezembro de 1918, no meio de enormes manifestações de pesar. O seu corpo veio a ser posteriormente a ser trasladado para o Panteão Nacional.
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Ana Simões
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RE: LIBERATO D. RIBEIRO PINTO, CHEFE E. MAIOR G.N.R .- PERÍODO 1917 a 1922
Confrades;
Liberato Damião Ribeiro Pinto Com TE • Com C • Com A • Com SE (Lisboa, 29 de Setembro de 1880 — Lisboa, 4 de Setembro de 1949) foi um militar e político da esquerda republicana, ligado ao Partido Democrático, que atingiu o posto de coronel do Exército Português, comandando a Guarda Nacional Republicana entre 1917 e 1922 e exercendo as funções de Presidente do Conselho de Ministros de um dos governos da Primeira República Portuguesa.
Liberato Pinto estudou no Colégio Jesuíta de Campolide, em Lisboa, onde concluiu a sua formação inicial. Concluídos os estudos secundários, ingressou na Escola de Guerra onde concluiu os cursos de Infantaria e de Estado-Maior.
Iniciou seguidamente uma carreira profissional como oficial do Exército Português que culminou no posto de coronel, obtido em 1927, já depois de passar à reserva. ** Paralelamente foi docente no Colégio Jesuíta de Campolide e na Escola de Desenho Industrial Marquês de Pombal.**
No seu percurso militar foi regente de uma das secções do Instituto Militar dos Pupilos do Exército, chefe e subchefe do Estado-Maior das Forças Expedicionárias a Moçambique comandadas por Moura Mendes (1915-1916) e por Ferreira Gil (1916-1917) e finalmente como chefe do Estado-Maior da Guarda Nacional Republicana, força que comandou entre 1917 e 1922.
Considerado um democrático ortodoxo, afirmou-se como um dos pilares do poder do Partido Democrático, no qual se filiara em Janeiro de 1915. Como comandante da Guarda Nacional Republicana, cargo para que foi nomeado por um dos governos do Partido Democrático, conseguiu transformar a força no bastião do poder daquele partido, instrumentalizando-a ao ponto de a transformar numa verdadeira guarda pretoriana dos governos dominados pelo partido e num feroz núcleo de oposição e num perigoso foco de desestabilização sempre que o poder dos democráticos parecia ameaçado.
A sua ligação ao Partido Democrático levou a que em 1919 fosse eleito deputado ao Congresso da República nas listas do partido pelo círculo eleitoral de Aljustrel.
Com a intensificação da instabilidade política que marcou o aproximar do fim da Primeira República Portuguesa, a 29 de Novembro de 1920 foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros do 24.º Governo da República. A nomeação foi da iniciativa de António José de Almeida, então Presidente da República, que aconselhou Liberato Pinto a formar um governo de geral concentração republicana. A escolha foi apoiada por Álvaro Xavier de Castro e pela esquerda republicana, e resultou da recusa do convite para formar governo por parte do general Abel Hipólito, afecto aos liberais, e da necessidade de acalmar a Guarda Nacional Republicana, então o verdadeiro baluarte do poder republicano.
O seu Governo, que terminou a 2 de Março de 1921, foi marcado por sucessivos apelos para governar de forma militarizada, ou seja para que assumisse o poder em ditadura, face à crescente instabilidade social, marcada pelas greves e pela violência bombista. No decurso do mandato acumulou a pasta de Ministro do Interior e exerceu interinamente os cargos de Ministro da Marinha e Ultramar (de 4 de Fevereiro de 1921 ao fim do mandato) e de Ministro das Finanças (de 22 de Fevereiro de 1921 ao fim do mandato).
Pouco depois de abandonar o Governo, foi demitido da chefia do Estado-Maior da Guarda Nacional Republicana, em resultado dos actos de indisciplina e de aberta contestação ao novo Governo que foram protagonizados por aquela força. A demissão levou a que caísse em desgraça política, chegando mesmo a ser preso em Janeiro de 1922, acusado de desvio de fundos da corporação.
A demissão de Liberato Pinto causou grande agitação na GNR e nos meios ligados ao Partido Democrático, estando na origem de várias intentonas, entre as quais a que levou à Noite Sangrenta de 19 de Outubro de 1921 e ao assassínio de António Granjo, então Presidente do Conselho de Ministros.
Com a vitória da Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926 a subsequente implantação do governo da Ditadura Nacional, foi forçado a abandonar a vida pública e impedido de leccionar nas escolas oficiais, recorrendo à actividade de professor particular. Acabou os seus dias em grandes privações.
Casou com Maria Augusta Supico, com quem teve um filho, Clotário Luís Supico Ribeiro Pinto (1909-1986), que foi Ministro da Economia de um dos governos do Estado Novo. Este filho casou em segundas núpcias com Cecília Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto, fundadora do Movimento Nacional Feminino.
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Ana Simões
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RE: Portugueses mortos G. G. [França ]
Cara Helena Rodrigues;
Deixo este endereço electrónico sobre o tema;
(www.momentosdehistoria.com)
Os m/ cumprimentos
Ana Simões
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RE: Portugueses mortos G. G. [França ]
http://www.vidaslusofonas.pt/tbua.htm
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RE: Portugueses mortos G. G. [França ]
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=315262
RespostaLink directo:
RE: Noite Sangrenta
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http://portugalhistoria.blogspot.pt/2008/02/1-repblica-1910-1926.html
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Os sublevados da Noite Sangrenta; 19 de Outubro de 1921
http://1.bp.blogspot.com/-XuW2C48n0BM/Uop0Q9zAd5I/AAAAAAAADl4/nB9r_VhenCg/s1600/Formiga2.jpg
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Saintclair
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O "Milagre de Tancos"
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http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2012/12/portugal-na-i-guerra-mundial-1914-1918.html
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Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
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https://www.youtube.com/watch?v=GCz0n3sGTXE
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Henrique Paiva Couceiro
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http://personagenshist.blogspot.pt/2010/11/paiva-couceiro.html
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o soldado desconhecido de África
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http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-grande-guerra-que-portugal-quis-esquecer-1664212
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Arte Portuguesa Sobre a Primeira Grande Guerra
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http://www.rtp.pt/play/p1623/e168800/visita-guiada
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A Revolta de Tomar
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Em Dezembro de 1916, a primeira República vivia mais um dos movimentos revoltosos.
A 13 Dezembro desse ano, eclodiu, em Tomar uma tentativa falhada de revolução, liderada
por Machado Santos, o herói da implantação da República, contra a mobilização para a Frente
Europeia. O plano desta "revolução" terá sido de Vasco de Carvalho, que contou com a ajuda
do Cap.Eurico Cameira e de muitas outras pessoas, que nos dias seguintes seriam presas.
O motivo para esse acto revolucionário terá sido o facto de Machado Santos e os restantes
envolvidos não concordarem com a saída das tropas portuguesas para a Frente Europeia, da
1ª Guerra Mundial.
O plano pretendia que Machado Santos conseguisse sair com as tropas de Tomar, passando
por Abrantes para cercar Lisboa; no entanto, não chegou a Abrantes pois foi confrontado com
Abel Hipólito que o prendeu no dia 14 de Dezembro 1916, sendo levado para bordo do navio
Guerra "Vasco da Gama".
Machado Santos acabaria por ser libertado e em 1919,salva de novo a República ao derrotar,
em Monsanto, um grupo de revolucionários monárquicos.
Assim, em resultado dos ódios semeados em tantas "tentativas revolucionárias" acabaria
assassinado, na trágica "Noite Sangrenta" ocorrida a 19 de Outubro de 1921,em Lisboa, data
em que foram assassinados, também, outros importantes politicos republicanos como foi o
caso de António Granjo, José Carlos da Maia, o Comandante Freitas da Silva e o Cor. Botelho
de Vasconcelos.
["No periodo da 1ª G.G.Portugal tinha um regime republicano que pretendia prestigiar-se além
fronteiras e garantir intacto todo o seu Território Ultramarino. Por isso entrou na Guerra, na
Frente Ocidental. Contudo, nem todos concordaram. Foi o caso de Machado Santos, o herói
da implantação da República".]
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Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
Ainda está interessada?
A pessoa que lhe interessa era tio da minha avó materna, Sarah Monteiro Maia de Freitas da Silva.
Cumprimentos
Rita Viana
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Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
https://republica-sba.webnode.com.pt/products/a19-de-outubro-de-1921/
Sc.
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Carlos César de Freitas da Silva - assassinado na noite sangrenta
https://www.marinha.pt/pt/os_meios/patrulhas/Paginas/NRP-MONDEGO.aspx
--
https://caminhosdamemoria.wordpress.com/2010/02/10/1%c2%aa-e-2%c2%aa-republica-%e2%80%93-descubra-as-diferencas/
Sc.
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