CaldeiraI
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CaldeiraI
Quero começar referindo o "Caldeyra", mais antigo que "conheço".
Trata-se de Domingos Joanes Caldeyra, que surge em 1305 referido ´no livro " As Lezirias de D. Dinis", como testemunha num " processo de trocas de propriedades entre D. Dinis e gentes de Santarém.
Domingos parece ser " homem bom " da dita cidade.
Por curiosidade , o tabelião (real) , que escreve o documento utiliza uma "Caldeira"....como separador entre os diferentes documentos....
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RE: CaldeiraI
Entre este Caldeira e os que " conheço" mais adiante vão cerca de 100 anos....
Para já permitam-me tirar uma primeira conclusão:
1-O apelido já existia em finais de 1200, pois Domingos teria nascido por essa altura.
2-Domingos residia em Santarém.
3- Tinha o relevo suficiente patra testemunhar um contrato com D. Dinis...
Caldeiras...surgem novamente com D. João I...
são eles :
Gonçalo,
criado de referido rei e seu escrivão,,,eventualmente será o mesmo Gonçalo que foi Chanceler da Casa dos Contos até 1444, embora eu tenha a ideia de que são dois diferentes....
Afonso
Também criado de D. João I e escrivão em Coimbra, sendo substituido por João de Avis em 1441- ( morte de Afonso)...e
Lourenço Anes, tabelião em Lisboa....
alguma relação com o que 100 anos antes serviu D. Dinis?...
Esta a segunda geração que conheço
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RE: CaldeiraI
A estes gosatria de Juntar :
1-o Casal João "escrivão", Catarina Roiz , a quem D. Fernando concede uma propriedade em Elvas ( em finais de 1300) , casal que vou encontrar como pais de Fernão Caldeira ( o criado de D. Henrique), Coudel de Veirós.
2- Diogo Caldeira, Clérigo e Vedor do Infante D. João.
Manso de Lima não refere o primeiro ( Domingos ) e faz todos estes filhos de Gonçalo...parece-me uma situação a ponderar....
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RE: CaldeiraI
Caro José Caldeira
Aqui lhe deixo os Caldeiras que tenho, sendo que a fonte é o, então, Conde de São Payo na sua obra "Caldeiras Castel-Brancos de Portalegre e Alter do Chão" e, talvez, mais alguns apontamentos familiares que não posso confirmar de momento.
O primeiro com este apelido é Gonçalo Rodrigues Caldeira que terá estado na Batalha de Aljubarrota. Era filho de Martim Esteves.
O seu filho Pedro Caldeira foi Alcaide Mor de Marvão. Por sua fez teve um filho, de nome João Caldeira que terá sido Escrivão da Câmara de Portalegre e C.O. Xº.
Este João Caldeira teve um filho, Gonçalo Caldeira, que por sua vez foi pai de Pedro Caldeira Castel-Branco pai, com Francisca Pestana de Brito, de Violante Pestana.
Deste casal nasceu Martim Vaz de Castel-Branco, que foi pai de João Rodrigues de Castel-Branco que, por sua vez foi pai de Pedro Caldeira Castel-Branco o qual veio a casar com Maria Leonor Taborda da Gama e Sá, nascida a 7 de Setembro de 1699.
Assim, de repente vamos do sec XIV ao XVII, pelo que teria que atravessar também os três tópicos (ou apenas 2?).
No meio dos meus apontamentos detectei um erro, nos casamentos desta gente, pois tenho um pai e um filho casados com a mesma pessoa. Vou ter de verificar e depois colocarei aqui as esposas.
Um abraço
João Cordovil Cardoso
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RE: CaldeiraI
A ideia dos tres itens tem a ver com a necessidade de "esclarecer" cada situação...e cada individuo...
Vamos começar por Gonçalo, que me parece de grande significado, até porque terá "sido o agraciado com o brasão por feitos em Aljubarrota..."...
Penso que existiram por essa altura 2 Gonçalos, um o Roiz, Contador, Chanceler da Casa dos Contos.
De acordo com Oliveira Martins, (livro " Os filhos de D. João I"), "um dos poucos " por dentro do segredo da ida a Ceuta.
Este Gonçalo, muito próximo de D. João I, poderá ter sido o responsavel pelas alterações do regimento da Casa dos Contos realizadaz eminicios de 1400.
Vai ser substituido nas suas funções em 1444 por Paio Roiz Araujo ( Contador de D. Duarte ).
Gonçalo será o primeiro de uma linha de Contadores (Roiz Caldeira), cuja "marca" será a posse de "Herdade na zona de Elvas", e que se podem descrever até inicios de 1500 , terminando em Pedro Caldeira (cerca de 1520) Contador do Reino, filho de João Alvares "má- letra" também Contador do Reino.
Outro Gonçalo,... escrivão...surge em vária cartas realizadas no decurso de reinado de D.João I,... penso ser outro que não o anterior , pois a funções são diferentes.
Outra questão ( significativa), tem a ver com o facto de Manso de Lima, não diferenciando estes 2 Gonçalos ...atribuir como descendentes a um deles ( o Roiz), todos os Caldeira que existem em inicios de 1400, a situação é compreensivel uma vez que Manso de Lima considera que a Gonçalo teria sido o primeiro a ter o apelido Caldeira , mas não é essa a realidade ....na realidade o apelido já existia antes da Aljubarrota e na mesma altura em que vivia Gonçalo existiam outros Caldeira, como por exemplo Diogo Caldeira, Clérigo e Vedor da Casa do Infante D. João .
Diogo legitima em 1451 o seu filho Pedro, .....Cavaleiro da Casa de D. João e ...Alcaide de Marvão....
Começamos a tre logo aqui "ramos" diferentes dos "clássicamente aceites"...
Diogo não é fácil de perder de vista pois nos tempos seguintes uma série de Diogos e Pedros vai seguir-se na região de Marvão- Portalegre, originando um importante ramo desta familia....
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RE: CaldeiraI
A situação mais significativa deriva do facto de os descendentes dos Caldeira, "criados ", de D.João I, servirem os filhos deste ...é assim possivel de "seguir" gerações...
Para além de Diogo, o Clérigo Vedor da casa do Infante D. João, existe Gonçalo, residente em Portalegre e escudeiro do mesmo Infante.
Gonçalo é pai de Pedro, "perdoado (não me lembro de quê...)" em finais de 1400.
O ramo de Portalegre deve-se assim não somente aos filhos de Diogo, mas também aos de Gonçalo, ambos com um filho Pedro....
Mais "abaixo" em Elvas o ramo Roiz Caldeira segue com Fernão Caldeira da casa do Infante D. Henrique...Coudel de Veiros , Contador em Elvas, pai de Beatriz Caldeira que casa em 1496 com Afonso Mendes de Elvas.
Mais "acima" em Coimbra é o Fidalgo João Caldeira da casa do Regente D. Pedro, esta "linha" de Coimbra vai "desaparecer" após Alfarrobeira - é importante reencontrar o seu caminho após essa Batalha, não só em Castela-Aragão para onde acompanharam o filho de regente, mas também nos arredores de Coimbra e Alto Alentejo.
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RE: CaldeiraI
Curiosamente os "que ficaram" com D.Afonso V e posteriormente com João II, são "menos" visiveis nas Chancelarias....
Penso que a "expansão" desta familia-a ramifiação- ocorreu com base em deslocações para centros citadinos, inicialmente pensava que estando ligados a D. João I e Avis poderiam ter inicio-orgem nessa povoação (o que até justificaria a forte presença de elementos desta familia no Alto Alentejo), actualmente e depois de concluir que ja existiam Caldeiras antes de D. João I sou levado a concluir que se foram deslocando com base em funçõs- vedor,escrivão, contador...-e senhorios-cavaleiros, escudeiros, e que assim foram deslocando o apelido para outras localidades, mas sempre com inicio em cidades.
No Alto lentejo teria sido em Portalegre e Elvas,não só pela propriedade que ali lhes foi atribuida por D. Fernando I, mas também pela ligação a Casa do Infante D. João.
Para Coimbra foram logo em inicios de 1400, com funções de "escrivão", mas também como elementos da casa do Regente D. Pedro.
Em Lisboa sempre foram estando...
Em Santarém a sua presença não é tão "continua" , -não é tão continuamente visivel nos documentos historicos, no entanto o primeiro citado em 1305 vivia lá, em 1500 Afonso e Francisco Caldeira também la vivem, tenho a ideia que Santarem -pela sua importancia desde sempre e pela sua localização pode ter sido o local de origem desta familia, assim como o ponto de partida para outras localidades....na zona centro- Leiria, Abrantes e mais distantes...
A região mais a norte penso que viria a "receber" elementos da familia inicialmente em Viseu-D. Fernando e mais "acima" nas possessoes da Casa de Bragança- casa esta que bem exemplificaria a mobilização entre o Alto Alentejo e o extremo norte de Portugal de elementos de uma familia somente devido a sua ligação a um Senhorio...
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RE: CaldeiraI
Sobre o ramo que me descreve tenho as duvidas que pode ver em outras mensagens neste topico...
A evolução da familia em Portalegre começa cedo em 1400 pelo que logo em finais desse seculo esta familia apresenta bastantes elementos nessa cidade e transborda para os arredores- Marvão, Nisa , Crato.
Uma das ligações em Portalegre é logo de inicio (inevitavel....)com Fernandes e Gonçalves... (filhos de Fernão ou de Gonçalo...?). outra segue com Roiz e /ou Vaz Castelo Branco.
É este ramo Castelo Branco que vai ser preponderante nessa cidade no seculo seguinte e espero colocar informação sobre ele no topico CaldeiraII, assim que o tempo o permita...alias o mesmo em relação ao inicio e expansão da familia no Crato...localidade onde as ligaçõea a origem Portalegre sõa bem visiveis qiando se percorrem os egistos Paroquiais (inicio cerca de 1550).
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RE: CaldeiraI
A importancia deste ramo no Alto Alentejo deriva também do Facto de outros "ramos" terem sofrido com algumas questôes Reais enquanto este ...foi sobrevivendo...do lado historicamente vencedor...
O ramo de Coimbra- ja foi referido- perdeu em Alfarrobeira...
O de Viseu /Abrantes perdeu em 1484 com a conspiração...As Crónicas referem " os Conspiradores encontraram-se em Abrantes, numas casas de Afonso Caldeira"....
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RE: CaldeiraI
Peco desculpa "em Santarem...."
Retomando "a linha", Lourenço Anes Caldeira é substituido no cargo cerca de 1439.
Lourenço vem referido no testamento de D. João II, pois este dá a seu filho D. Jorge os bens adquiridos por D. João I a Rui de Sousa e Lourenço Anes Caldeira.
Esses bens eram na zona de Leiria...
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RE: CaldeiraI
Caro João Caldeira.
Sem querer estar a antecipar quaisquer conclusões, gostaria que me dissesse se uma Constança Annes Caldeira, casada com João Lopes Toledano ambos de Abrantes sendo ele, segundo creio, um abastado comerciante, será descendente desse Lourenço Anes Caldeira que refere.
Este casal existe aqui no Genea, mas não lhe nomeiam toda a desc endência. Eu tenho uma parte desses dados que lhe fornecerei se achar útil.
Cumprimentos,
Fernando Andrade
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RE: CaldeiraI
Caro José Caldeira.
Espero que estaja de boa saúde. Após este longo interregno, aqui tem alguns dados que encontrei e desejo sejam úteis:
Estes dados foram coligidos pelo meu 6º Avô, Sebastião Serrão da Motta, no seu manuscrito "Memórias Restauradas do Antigo Lugar e Vila do Sardoal".
Para a época a que este tópico refere encontrei no Sardoal, retirados do Cartório da Câmara, Livro da Fábrica para os anos de 1507 a 1559 e rubricado pelo Juiz Diogo Gonçalves, os seguintes Caldeira:
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1535.
João Caldeira, Escudeiro - Juiz no ano de 1540.
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1543 (dece ser o mesmo que em 1535).
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1548.
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1556.
Mesmo Cartório da Câmara, outro Livro da Fábrica para os anos de 1559 a 1595, rubricado pelo Juiz Sebastião de Figueiredo, os seguintes Caldeira:
Fernão Caldeira - Juiz no ano de 1564.
João Caldeira - Juiz no ano de 1581.
Naturais do Sardoal que nas conquistas do Reino foram mortos ou captivos:
Palimpsesto 1º
Fl. 15.V. Duarte Caldeira, filho de Diogp Fernandes, Tabelião, morreu nas Praças da Índia.
Fl- 27. João Caldeira, Cortezão, Cavaleiro Fidalgo da Casa do Senhor D. Duarte seu aposentador e Irmão do dito Duarte Caldeira ( diz o contexto estar assistente em Argel ).
Palimpsesto 4º
Isabel Caldeira, mulher de Manuel Chorro Dinis, o qual morreu nas partes de Argel.
Serviram na Misericórdia do lugar do Sardoal, ao tempo de ser feito Vila:
Provedores e oficiais de Mesa:
João Caldeira - 1553.
Fernão Caldeira - 1535-1556.
Com os meus cumpriemntos,
Fernando Andrade
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