grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
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grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Como é correcto fazer os registos dos nomes que aparecem , conforme o ano, com a grafia antiga ou recente? Ex: registo de baptismo de 1923 de F... neto paterno de Ana...; assento de baptismo de F... de 1897, filho de Anna...?
Desculpem tanta pergunta...
Agradeço mais uma vez a todos.
Maria
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Maria
Se vai guardar os dados que vai recolhendo em algum programa de software especifico para genealogia, aconselho-a a escrever com a grafia actual, e na “janela” das notas deverá referir a fonte assim como a grafia que encontrou.
Porque se não, amanhã, quando for á procura (e seguindo o seu exemplo) da Ana ou Anna vai ter entre estas as Anabelas, Anacoretas, etc.
Caso use simples fichas soltas é indiferente desde que as organize de maneira a que as Anas ou Annas fiquem seguidas.
Espero que a tenha ajudado.
Cumprimentos,
José Valado Arnaud
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Há uma certa tendência (por snobismo?) em guardar as grafias antigas. No entanto a opinião que tenho ouvido aos genealogistas "grandes" da nossa praça vai de encontro ao que o nosso confrade José Valado Arnaud apresenta.
Por um lado não há reala vantagem em guardar as grafias antigas, senão como uma observação, por outro o tratamento informático fica eneormemente prejudicado já que o computador irá tratar as diferentes grafias como se de nomes diferentes se tratasse.
A questão que levantou quanto aos nomes próprios é especialmente pertinente quando se trata de apelidos. Como sabe era usual usar formas diferentes de alguns apelidos consoante fossem feminimos ou masculinos (Cardozo e Cardoza, Coelho/Coelha, Cordeiro/Cordeira, etc).
Como a regra acttual não é essa o que tenho feito, seguindo opiniões de peso, é adoptar a forma usual nos nossos dias, seja ela masculina ou feminina.
João Cordovil Cardoso
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Ana,
A questão que levantou foi prontamente respondida pelo José Duarte Valado Arnaud e pelo João Cordovil Cardoso e deixou-a certamente esclerecida. Pelas implicações que se relacionam com a realidade do site, não resistimos à tentação de dar mais uma achega: a genealogia, praticada e escrita ao longo dos séculos, tem seguido uma só regra: escrever os nomes na grafia actual. E essa parece ser, em nossa modesta opinião, uma regra de ouro.
Todos sabemos que a genealogia é uma ciência multidisciplinar e quanto maior fôr a cultura geral do investigador, mais facilmente a pesquisa avança e melhor qualidade terá o resultado final. Conhecimentos gerais de História, Paleografia, Antropologia, Sociologia, Demografia, Psicologia, Economia, Direiro, etc., etc., são “trunfos” importantes para um genealogista. Mas não se lhe peça que seja um especialista em todas elas. E, no caso em apreço, que saiba com exactidão, em cada momento da História, qual a grafia correcta em uso para os nomes ou apelidos.
A não se adoptar o critério (universalmente aceite, aliás) de que as deduções genealógicas devem ser escritas nas grafias actuais, teríamos em Portugal uns Alfons, Alphonsos, talvez uns Afõsos, Aphonsos e Afonsos? Neste caso, se por exemplo, no site adoptassemos as grafias diferentes ao longo das épocas, quando fizesse aqui uma pesquisa sobre “Afonso rei de Portugal” a resposta do computador seria inevitavelmente: não existe nenhum rei de Portugal com o nome Afonso!!!
O nosso rei Eloquente chamou-se Eduarte – a melhor tradução que, na época, os seus contemporâneos encontraram para escrever o “estranho” nome de Edward com que D. Filipa de Lancastre quis baptizar o seu primogénito em homenagem a seu avô, Eduardo III de Inglaterra. É Eduarte que aparece nos livros da época. Manteve-se a grafia? Não! E acabou até, mais tarde, por dar origem a dois novos nomes portugueses: Duarte e Eduardo.
Muito mais tarde, nos registos paroquiais dos séculos XVIII e mesmo XIX, Carlos aparece grafado como Carolos ou Carelos… E assim por diante.
Se a prática – seguida pelos genealogistas que nos precederam – não constitui doutrina, a globalização em que vivemos, a uniformidade/universalidade de critérios “imposta” pela informática deve constituir um argumento de peso para lhes seguir o exemplo.
E quem insiste em escrever genealogias com Ignacios, Thiagos e Philippes, deverá escrever D. Joham I para o Mestre de Aviz e Philippa para sua mulher!…
Infelizmente (paradoxalmente!) a prática de contactos no site tem demonstrado que existe uma enorme tentação das gerações mais novas de genealogistas em mandar às urtigas as regras que a sabedoria dos investigadores adoptou ao longo dos anos e insistem em transcrever os nomes nas grafias “antigas” como se, por esse facto, a grafia desse algum contributo real para o lustre das famílias em estudo e a grafia actual retirasse alguma nobreza ou qualidade às figuras que tratam.
Ana: siga os bons conselhos dos que aqui nos precederam na resposta: como “curiosidade”, acrescente se quiser, em notas, “Anna, no original". Mas é redundante: até ao século XX, todas as Anas são Annas.
Bom trabalho!
GP
PS-Um paralelo pode ser estabelecido relativamente à grafia dos nomes estrangeiros, nomeadamente do Gotha. A “doutrina” foi sempre traduzi-los para a língua do país. E por isso não chamamos “Dona Stephanie” ao Hospital das Crianças de Lisboa nem Elizabeth II à actual rainha de Inglaterra ou Charles ao seu herdeiro (príncipe de "Wales"...!?). O mesmo não se passa, na imprensa portuguesa actual, com o neto e filho destes. Depois de aprendermos na História que reinaram em Inglaterra 4 Guilhermes, o próximo vai ser, parece, “William” V (deveremos também dizer the Fifth?…)
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Caro Luís
Muito obrigado pela magnifica lição de História e onomástica.
Grande abraço
Lourenço
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
GP
São lições como a sua e dos outros confrades do fórum que me deixam fascinada por este " mundo" da genealogia: assim, além dos motivos que me levaram a (começar) conhecer as minhas raízes, tenho tido, com toda a facilidade acesso a conhecimentos que , de outro modo, não iria adquirir. Não me canso de agradecer a todos e asi também o seu humor!
maria
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
hola.
Respecto a este cambio de grafias en nombre y apellidos, he de decir que yo me he encontrados con varias.
1.- Mi padre siempre ha sido "Velez" porque asi se lo escribieron a su madre, pero en realidad era "Velles", que era el de su abuelo y bisabuelo.
2.- Mi bisabuela que era de apellido "Meio Tostao" aparere en dos documentos como "Coelho"
3.- Mi abuela fue inscrita como "Anna", pero en certificado de nacimiento de mi padre, y el de su propia defunción es "Ana".
Yo he llegado a creer, que estos cambios se deben simplemente a mal entendimiento del registrador del nombre ya que como no sabian leer ni escribir no podian reclamar y asi les podian poner lo primero que entendian sin mas.
Ana.
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Caro João Cordovil Cardoso
Parece-me que dizemos tal e qual a mesma coisa.
O que eu digo a esta nossa confrade é que se ela usar um programa de software para genealogia, deve manter a grafia actual, mas nas notas deve anotar as fontes dos seus dados e referir, se for o caso, que nessa fonte a grafia era diferente, entendido.
Quanto ao snobismo, posso adiantar que, não há maior snob do que um snob que julga poder definir um snob.
Não me parece que quem queira fazer a sua genealogia ou qualquer outro trabalho com uma grafia arcaica seja snob, mas sim alguém que queira manter a essência das fontes.
Cumprimentos,
José Valado Arnaud
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Não pretendo com as minhas questões levantar polémicas desnecessárias. Só quero aprender com quem já percorreu, por vezes, longo caminho nesta matéria e é conhecedor e tem a disponibilidade em partilhar os seus conhecimentos. E, já que estou a começar, podia começar, fazendo as coisas bem. Reitero os meus agradecimentos a ambos,João Cordovil e José Arnaud e a todos os que me têm dado pistas valiosas e lições extraordinárias. As minhas perguntas são, provavelmente, simples e lineares, mas, com as v/ respostas posso aproveitar eu e outros com as mesmas dúvidas que eu...quero acreditar.
Bem hajam,
Maria
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Caro João Cordovil Cardoso
Depois de uma rápida e mal interpretada leitura da sua mensagem, enviei-lhe uma mensagem, precipitada e completamente desajustada, ao que desde já me penitencio. Espero que aceite as minhas desculpas, pois não é minha intenção criar polémicas que não nos levam a lado nenhum.
Com os melhores cumprimentos,
Este seu pupilo
José Valado Arnaud
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RE: grafia- ex Ana ou Anna; Manoel/ Manuel?
Caro José Valado Arnaud
Sem dúvida! Apenas achei que devia cmpletar no que repseita ao género dos apelidos. E, comforme outros confrades concordaram, existe um certo snobismo em manter grafias desactualizadas. Mas não vejo aí qualquer mal. Cada um é livre de fazer como entender. Eu próprio, sempre que secrevo aminha morada de Évora uso um y em vez de um i já que a plca toponímica, antiga, diz Rua do Raymundo.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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