Nuno Canas Mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
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Nuno Canas Mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Caro Nuno,
Já há algum, tempo lembro-me do Nuno ter manifestado interesse em conheçer alguma coisa sobre possíveis descendentes/parentes de Bernardino Freire de Figueiredo de Abreu e Castro que terá falecido sem descendência. Penso que foi num tópico em que trocamos informações sobre uma minha ascendente, Inácia Delfina de Paiva Manso Freire e Andrade eos Freires de S. Gião...
Acabei por conseguir juntar algumas coisas poucas mas que, se ainda mantém interesse sobre assunto, talvez lhe possam ser de alguma utilidadede.
Como creio ter referido na altura, um dos meus bisavôs, Emídio Augusto Pimentel de Figueiredo, filho de Maria Rosa Pimentel Teixeira , da Casa de Maçãs de D. Maria, e do seu marido (e primo) Joaquim José Simões da Silva e Sousa, nascido em 1859, foi muito jovem 16,18 anos, chamado para Moçamedes por seu seu primo Bernardino , já referido. Já antes seu irmão, seu irmão mais velho Serafim o havia feito, e mais tarde Maria Maximina , irmã de ambos se lhes iria juntar.
Lá chegados a orte dos dois irmãos seria diferente. Meu bisavô tornou-se um dos maiores proprietários da região, onde casa, vem à Portugal por diversas vezes mas só regressa definitivamente, no início do séc XX . Compra então casa em Lisboa e várias quintas em Oeiras e Carcavelos , onde se instala com a .
Em África mudara o nome de Emídio Augusto Pimentel Teixeira Simões de Sousa, passando a assinar Emídio Augusto Pimentel de Figueiredo, o que também fizeram seus irmão e irmã. Aliás, os de família que casou com alguém da família dos Viscondes de Giraúl.
Quanto ao irmão , que não casou, embora tenha tido descendência de nativas, que nunca perfilhou , enloqueceu e acabou por se suicidar. entrando pelo mar dentro até se afogar...
Eu já sabia entretanto da existência de uns nossos familiares de Moçamedes, os Duarte de Almeida, mulatos. Dois deles constam da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, o pintor e ilustrador Álvaro de Figueiredo Duarte de Almeida (vol.v 9. págs. 322 e 323, vol.39 ( apêndice) pág. 494 e vol. 4 1ª actualização, pág. 260. Nasceu em M. a 20.01.1909, foi professor dos Cursos de Desenho da SociedadeNacinal de Belas Artes. Foi o ilustrador da História da Tauromaquia, uma edição de luxo em dois grossos volumes, dirigida por Jaime Duarte de Almeida, que existe na casa do meu já falelecido avô, de quem além de primo era amigo.Tinha duas irmãs, que eu cheguei a conhecer , que tinham uma casa em Ranholas , Sintra , uma das quais também consta da dita Enciclopédia, cantora lírica, Maria Amélia Duarte de Almeida n. Moçamedes 26.08.1900 e + Lisboa, a 15.03.1979
Tudo isto eu já sabia, embora não possua elementos para lhe dizer du que forma são nossos primos.
Esta longa introdução serve sobretudo para enquadrar o que que, há dias , encontrei nas páginas do Genea : uma Olívia Simões Freire de Figueiredo, casada com um Eugénio Duarte de Almeida que tiveram uma filha Maria Adelaide Duarte de Almeida, n. em Moçâmedes a 19.11.1919 , casada e com geração, de quem nunca tinha ouvido falar. Terá alguma ligação com os Freires de Figueiredo?
Um abraço
Luís Piçarra
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Passaram duas gralhas:
Ao referir a mudança de nomes do meu bisavó e dos irmãos, saltei a menção de que os Pimentéis Teixeiras também já eram Freires e Figueiredos, e "comi" também palavras ao mencionar que Maria Maximina casou com algúem da família dos Viscondes de Giraul.
Um abraço
Luís
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Caro Nuno,
Só mais uma nota:
-Que Bernardino Freire de Figueredo de Abreu e Castro tenha sido ele próprio a chamar o irmão do meu bisavô, de acordo com o que se conta na família é perfeitamente possível, pois este era uns anos mais velho.Não é no entanto possível, uma vez que ao que parece terá falecido em 1871, quando o meu bisavó Emídio contava apenas oito anos. Terá sido pois o próprio irmão quem o cama ou então algum outro familiar Freire de Figueiredo...
Há uns dez anos, conheci uma senhora nascida em Moçâmedes, tia avó de uma amiga minha, que entretanto já faleceu. Essa senhora terá regressado de Angola pelos anos sessenta, mas referia-se aos Figueiredos como sendo das famílias mais antigas e de maior importância em Moçâmedes.Mas tudo isto é vago e impreciso....
Um abraço
Luís
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Estimado Luis Piçarra: Por acaso nao sabe a ascendencia dos Duarte de Almeida de Moçamedes??
Caso saiba algo, agradeço,
Cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Caro Luís Piçarra:
Em 1969, a Agência-Geral do Ultramar editou o n.º 8 da sua colecção «Figuras e Feitos de Além-Mar», intitulado «Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro, Fundador de Moçâmedes». Era seu Autor o Padre José Vicente, que à mesma figura já tinha dedicado alguns artigos no jornal regional «A Comarca de Arganil», de que era redactor em Lisboa.
Nesse livrinho, a páginas 14, vem referido um episódio, que procurarei resumir. Alguns anos antes, tinha-se deslocado a Lisboa um indivíduo de certa projecção social em Angola com os apelidos «Freire de Figueiredo Abreu e Castro». O Dr. Augusto Abranches Freire de Figueiredo (bisavô do confrade Nuno Canas Mendes), dirigiu-se imediatamente ao hotel onde ele se encontrava hospedado para inquirir sobre o grau de parentesco que os unia e obteve a seguinte resposta: «Não. Não somos parentes. A coincidência de apelidos explica-se desta forma: na região de Moçâmedes foram muitos os pais que, a partir de 1871 – data em que Bernardino faleceu – e mesmo antes, puseram aos filhos recém-nascidos os apelidos do fundador da cidade, para desta forma lhe prestarem homenagem. Assim aconteceu aos meus antepassados, que não são, de facto, consanguíneos de Bernardino.»
É, pois, muito natural que a mudança de apelidos de seu Bisavô e irmãos se insira nesta curiosa moda que surgiu em Moçâmedes.
Ao rever o citado livro para lhe dar esta resposta, encontrei dentro um recorte do «Diário de Notícias» (sempre tive a mania de guardar papéis), com a notícia do óbito da escritora e publicista Maria de Figueiredo (* Moçâmedes 1906 + Lisboa 26-12-1971), cujo nome completo – D. Maria da Conceição Pinho Simões Pimentel Teixeira Freire de Figueiredo – me leva a conjecturar que também fosse da sua família.
Em relação aos Duartes de Almeida, de Moçâmedes, penso não errar em supô-los descendentes de
I – Bento Duarte de Almeida, de Mangualde, e de D. Antónia Rita, da Várzea de Candosa, onde residiram e onde nasceu o filho:
II – Dr. João Duarte de Almeida (Borges Belmiro Castelo Branco), médico em Mangualde, fidalgo de antiga linhagem (cfr. António Duarte de Almeida Veiga (seu neto), «Midões e o seu Velho Município», e J. M. Dias Ferrão, «João Brandão») cc (Midões 5 6 1821) D. Ana Emília Brandão, * Midões (prima co-irmã do célebre João Brandão, político caído em desgraça). O Dr. João Duarte de Almeida faleceu cedo, deixando 5 filhos menores, dos quais os 3 varões foram para Moçâmedes:
1(III) – João Duarte de Almeida * Midões 26 3 1822 + em Moçâmedes. Órfão de pai, partiu para o Brasil em 1838 em busca de fortuna. Daí passou, pouco depois, a Angola, acompanhando Bernardino Freire de Figueiredo de Abreu e Castro, fundador da cidade de Moçâmedes. Foi grande produtor de algodão e cana-de-açúcar nas suas fazendas «S. João do Norte» e «S. João do Sul». Foi também armador, e descobriu uma borracha, por si denominada «Almedins», que desenvolveu e comercializou com êxito. cc D. Amélia Josefina da Costa, filha de um seu companheiro de colonização, e tiveram 6 filhos: Alfredo, Amélia, Laurentino, Adelaide, Albertina e Elisa Duarte de Almeida.
2(III) Miguel Duarte de Almeida, e
3(III) Luís Castelino Duarte de Almeida, que também foram para Moçâmedes.
Presumo que os Duartes de Almeida, de Moçâmedes, sejam todos descendentes dos 3 irmãos de Midões (ou Mangualde).
Cumprimentos,
José Caldeira
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçame
Caro José Caldeira
Também eu tenho mais alguns elementos sobre outros Duartes de Almeida , para além dos já mencionados nas mensagens anteriores entre eles um Edgard Duarte de Almeida, nascido em Moçâmedes, em 28.10.1903. Faria mais tarde em Lisboa o Curso de Arquitectura na Antiga Escola de Belas Artes e, segundo a GEPB, também teve uma carreira com algum relevo na época como artísta lírico, baixo, actuando no Teatro Nacional de São Carlos e noutros locais.
Quanto à escritora que refere, era a irmã mais nova do meu avô, pessoa que eu conheci muito bem em miúdo, portanto minha tia avó.
Esses Duartes de Almeida eram primos do meu avô, embora como disse, ignore como se establece a relação, mas julgo ser anterior à sua ida para Angola.
Os que eu refiro , tal como Maria Amélia, Álvaro , Edgard, já pertencem a uma geração nascida em Moçâmedes.
Pessoalmentae,só conheci essa prima Maria Amélia D.A. e a irmã ambas filhas de um casamento misto.
Quanto ao Álvaro Duarte de Almeida, também lá nascido, que iustrou a História da Tauromaquia , pintor e colaborador como ilustrador de revistas tauromáquicas nos anos 50 , era primo do meu avô, mas não estou certo se era irmão ou primo ou primos de Maria Amélia...
Julgo que no caso do meu bisavô Emídio e dos irmãos, o facto de passarem a assinar" Pimentel de Figueiredo" em vez de "Pimentel Teixeira " se deverá não apenas ao prestígio que envolvia Benardino, mas também ao facto de terem sido chamados por esses Freires de Figueiredo , de quem eram primos ( isto segundo apontamentos que possuo do tempo do meu bisavô e noticias publicadas em jornais locais da época , aquando do falecimento da minha trisavó Maria Rosa Pimentel Teixeira) , mas também por terem sido associados aos negócios dessa família lá.
Álém disso os ascendeantes Piménteis Teixeiras, já tinham usado os apelidos Freire e Figueredo, que lhes vinham dos Freires de São Gião e dos Figueiredos / Mansos, do Pampilhal , Cernache do Bonjardim.
Enfim coisas que têm a ver com costumes da época, como sabe melhor do que eu.
Também o meu avô, Joaquim José, que era o filho mais velho e os seus irmãos e irmãs ,não tinham todos apelidos iguais, embora fossem sempre apelidos usados por ascendentes mais ou menos próximos.
Quero agradecer-lhe mais esta sua importante achega , que irá certamente ajudar a perceber como as cosas se passaram.
Cumprimentos
Luís Piçarra
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Caros participantes,
Depois de umas "buscas", mais ou menos aturadas, nos papéis de uma tia , consegui dar com as tais notas sobre Moçâmedes, que têm apenas o valor que têm e, não referem qualquer elemento comprovativo. É o mal de "falar de memória"...
Apenas poderão ter algum interesse, se eu conseguir arranjar uma cópia do assento de casamento da minha tia bisavó, Maria Maximina Pimentel Teixeira Simões de Sousa, que viria a assinar, mais tarde , Maria Maximina Pimentel de Figueiredo, como os irmãos e era ao que julgo a mais velha dos tres.
Assim, para além de algumas notas relativas à construção da Fortaleza de São Fernando de Moçâmedes em 1841, refere a chegada de uns primeiros colonos, entre eles um Jácome Felipe Torres, cerca de 1840, ainda antes da vinda dos portugueses de Pernambuco, "chefiados " por Bernardino Freire de Figueiredo de Abreu e Castro, que se terá dado em 1849.
Para além de conter outras referências , como por exemplo a vinda das Terras da Feira, do meu trisavô Joquim José de Pinho - que também viria a ser grande proprietário em Moçamedes e lá faleceu - ,na companhia de Manuel Torres, e de outras informações que não vêm ao caso, mencina que a minha tia bisavó Maria Maximina , já referida era casada com um primo de Bernardino Abreu e Castro, de apelido Freire de Figueiredo, e que foi este primo quem chamou o meu tio bisavô Serafim e mais tarde o meu bisavô Emidio , que aliás, nascido que foi em 1859 , em 1871,tinha 12 anos e não oito, como disse na mensagem anterior...Meu bisavô terá ido para Moçâmedes com cerca de 18 anos, deixando a mãe na sua casa da Rascoia
Quem casou com o Visconde de Giraúl ( um dr. Botelho), segundo esses apontamentos, terá sido uma "amiga de infância " da minha bisavó, Maria da Conceição de Pinho, mulher de Emídio Pimentel de Figueiredo.
Daí, ( e peço desculpa peles incorrecções) o erro da mensagem anterior.
Agora, e partindo do princípio que estas "notas antigas" não contenham erros, talveez possa avançar.
Caso consiga a certidão de casamento - e isso só será mais fácil se o mesmo se tiver realizado em Portugal-, poderei eventualmente avançar alguma coisa quanto à presença de Freires de Figueiredo em Moçamedes , que possam ser verdadeiros parentes de Bernardino...
Cumprimentos,
Luís Piçarra
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Caros confrades
Para saber de pessoas nascidas ou que viveram em Angola será de procurar no site "www.sanzalangola.com"
No "Ponto de Encontro" sempre aparece alguém que os conheceu e que sabe dar indicações de onde estão ou dos seus descendentes se já falecidos.
Penso que seja uma boa opção.
Também, no mesmo site, procurando nas escolas. Principalmente nos dois Liceus mais antigos de Angola: Liceu Salvador Correia, de Luanda e Liceu Diogo Cão, da Huíla.
Helena Garcez Palha
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RE: Nuno Canas Mendes/Freires de Figueiredo/Moçame
Interessante, eu me chamo Eugênio Duarte de Almeida, sou brasileiro e tenho ascendência portuguesa pelo lado paterno.
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Caro Luís Piçarra
Fiquei curioso com a informação do casamento da sua ascendente com um familiar dos Viscondes de Giraúl (um dr. Botelho) pois o meu bisavô materno, Joaquim Bernardo Cardoso Botelho, foi o primeiro visconde de giraúl, era médico e grande proprietário nas terras do Giraúl, Moçamedes. Sobre ele vêm algumas páginas na enciclopédia luso brasileira. O 2º cisconde de giraúl, era meu avô materno. o título passou para um tio que faleceu recentemente estando agora na posse de um meu primo direito.
Penso que actualmente a pessoa mais antiga da família será a minha mãe, com 85 anos que recentemente me informo ter encontrado a certidão de casamento do meu bisavô e a certidão de nascimento da minha bisavó que seria filha de uma senhora nascda em Pernambuco.
A família é originária de uma pequena aldeia do Concelho de Tarouca (Formilo) onde existe ainda uma casa e capela na posse da família, mandada construir pelo me bisavô em 1926.
Os meus cumprimentos.
Francisco Botelho Moreira Braga
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RE: nuno canas mendes/Freires de Figueiredo/Moçamedes
Caro FranciscoBotelho Moreira Braga,
Quem me referiu, em 2006, esse casamento foi a minha tia mais nova, que tem hoje 78 anos. Segundo ela, terá sido uma irmã do meu bisavó( portanto não era uma ascendente directa minha ), Maria Maximina Pimentel de Figueiredo quem terá casado com alguém da família dos Viscondes de Giraúl.
Desde há três anos, que não abordei mais o caso, mas vou falar com ela e tentar esclarecer o assunto.
Pelo meu lado, lembra-me em miúdo, de ouvir o mêu avô referir a ligação de amizade que existia entre as famílias dos seus pais e a dos Viscondes de Giraúl bem como como a dos Torres - de um Eng. Torres que julgo ter estado ligado à construção do Caminho de Ferro de Benguela.
Se a minha tia me conseguir confirmar o tal casamento, ou acrescentar qualquer informação concreta, não deixarei de lhe comunicar, neste tópico.
Cumprimentos,
Luís Piçarra
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