Farda de Fidalgo da Casa Real
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Farda de Fidalgo da Casa Real
Li num trabalho sobre o Conde de Santo André, que este teria ido a enterrar "com a farda de Fidalgo da Casa Real". Que farda é esta?
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Havia na Corte dias de pequena gala e dias de Grande Gala (dias santos, aniversarios da Familia Real,datas nacionais, etc) a que corresponderia o uso de duas indumentarias diferentes. Estes dias eram enumerados nos antigos almanaques e agendas. Quanto aa farda de deputado, p.e., corresponderia espada de bainha preta em dias de gala simples, e bainha branca em dia de grande gala. Os militares envergavam igualmente uniforme de gala, os civis, caso nao fossem da Casa Real, casaca. Os fidalgos, no final da monarquia, e ainda no exilio de D.Manuel II na belle epoque, envergavam calçao e meia branca. Ignoro no entanto se ainda na sua indumentaria haveria restos vestimentarios das tradicionais funçoes aulicas privilegio de muitas das Casas presentes na corte portuguesa.
Muito agradeceria a referencia do nome do livro sobre o conde de Sto. Andre, por quem tenho interesse especial.
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caros Alexandre e Gui
Não vos quero induzir em erro mas penso que,pelo menos no final da Monarquia,só os moços fidalgos da Casa Real com exercício no paço usavam a respectiva farda.
Esta farda era de côr azul escura com doirados e incluía o chapeú bicórnio , calção e meia e o espadim do foro em questão.
Corrijam-me se eu estiver errado.
Um forte abraço,
Pedro Ahrens Teixeira
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Meu Caro Pedro
Penso que querias dizer "moços fidalgos E fidalgos com exercicio no Paço"?
Abraço
Alexandre
PS: esquecemo-nos dos sapatos pretos de verniz com fivela de prata
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Alexandre
Não querendo cometer uma 'gaffe',penso que só os moços fidalgos tinham exercício no Paço,e mesmo dentro desta catogoria apenas alguns pois também os havia sem exercício.
Vou buscar o tópico dos moços de câmara para você dar uma olhadela na hierárquia dos FCR.
Grande abraço,
PAT
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caros Gui, Alexandre Pedro
Os Moços Fidalgos e Fidalgos Cavaleiros da Casa Real usavam farda própria, concedidas pelos decretos de 30-5-1855 e 25-2-1859, respectivamente.
Os decretos estão transcritos no livro "Estudos Historicos e Genealogicos" de Jacinto d1Andrade Albuquerque Bettencourt publicado em 1931. Penso que tenho aqui algures um destes decretos fotocopiados do Diário de Governo.
Abraço
Lourenço
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
A publicação a que me refiro é "À Memória do Conde de Santo André", Montemór, Typ. Meridional, 1892; assinado por Antonio Justino Rodrigues d' Andrade. Foi escrita aquando da morte do dito Conde e foi-me emprestado este fim de semana por uma descendente de uma sua irmã.
Agradeço a todos a participação.
Gui
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Gui Maia Loureiro
No final da monarquia, não só os Fidalgos de Foro tinham farda, como também, por exemplo, os Governadores Civis (tb azul escura, chapéu de 2 bicos, espada com bainha branca e bainha preta, etc). Daqui deduzo que pelo menos os detentores de cargos hierarquicamente superiores também teriam.
Aliás, por um motivo ou por outro, grande parte da Corte dessa época tinha direito a farda.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Muito obrigado. Vou ver se encontro na B.N., pois entendi que se trata de livro publicado.
Melhores cumprimentos
ATF
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Vasco Jacome
Tem toda a razao. Nao so os Governadores Civis, mas tb deputados, ministros, e todos os altos cargos de administraço publica e de Governo, com nobreza de cargo ou inerente, aaulicos ou nao. Os ministros pelo menos tinham direito tambem, quando das suas deslocaçoes pela rua, a 1 (ou 2?) batedores fardados, a cavalo, que precediam as suas carruagens. O que realmente ignoro ee se no final da monarquia ainda se envergavam os haabitos de Cristo e de outras Ordens nas cerimonias solenes, como a procissao do Corpus Christi, por ex.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Meu Caro Pedro
Haa + de 20 anos que estudei a hierarquia de fidalgos na Casa Real, e pode-me falhar a memoria. A minha ideia ee igual aa da lista que me mostraste no outro toopico (ordem salvo erro fixada e mais ou menos mantida desde o sc. XVI) excepto que na tua enumeraçao pareces considerar (pois poes ao cimo da lista da 1ª ordem) "moço fidalgo com exercicio no paço" como uma categoria em si. Esta a minha duvida, pois me parece que "com exercicio no Paço" seria meramente designaçao distintiva para os que ocupavam cargos dentro dele e tinham entrada para nele poderem servir, ou seja seria uma designaçao de natureza exclusiva/ praatica, e nao honoriifica. Alem disso parece-me que seria estranho continuar a nomear como "moços" velhos Criados nobres das Pessoas Reais, e que haveria pois tb Fidalgos da CR com "exercicio no Paço". No entanto pode ser que algum anacronismo me tenha escapado, e agradeço ser corrigido nesse caso.
Como sabes, a inscriçao no Paço conferia direito a quantias ou "contias", diferentes 2º a hierarquia e o favor de cada inscrito e suas familias, e era mera/ uma forma de controlo sobre a nobreza inventada depois de D.Joao II e do processo da centralizaçao do poder real, em que Portugal foi pioneiro na Europa. A meu ver pois nem sempre ter estado inscrito seria automatica/ sinal de dignidade.
Ignoro completa/ ate quando esses dinheiros terao sido pagos, e como estaria essa situaçao no final da Monarquia. Muito gostaria de saber. Terao subsistido ate ao liberalismo? Haveria ainda resquicios do sistema durante este?
Abraço Amigo
Alexandre
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Pedro
Onde escrevi "sinal de dignidade" lee sff "sinal de dignidade".
Abraço do A.
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Pº
O sinal graafico (maior do que) nao sai imprimido neste forum, dai a estranheza da mensagem anterior. Lee-me sff "sinal de maior dignidade". LOL. A.
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Alexandre
Pelo menos apartir do séc.XIX mas talvez mesmo antes,para resolver o problema dos 'velhos'moços fidalgos da C.R c/exercício no Paço(de facto não faz muito sentido que um senhor de 70 anos fosse agraciado com este foro 'ex novo'),foram criadas as respectivas honras.Por exemplo,o meu 4º avô Francisco Carlos Botelho Moniz foi FCCR com honras de MFCR c/ exercício no Paço.
Quanto às tenças(contias) em cevada e moeda,não me parece que elas continuassem a fazer sentido com o advento do liberalismo e da Monarquia Constitucional.
Um forte abraço,
Pedro
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Pedro
De facto a estrutura das inscriçoes na Casa Real que estudei em tempos foi ligada aa "domesticaçao" da nobreza por D.Joao II, e seu papel durante o Imperio quinhentista. Nunca fui verificar evoluçoes posteriores desse quadro. Faz portanto sentido o que tu dizes, conjuntamente com o Vasco Jacome. Jaa agoraa e por curiosidade, seria interesssante comparar o nosso "com exercicio no Paço" com as "grandes et petites entrees" da corte francesa pre-revolucionaria.
Quanto aa sobrevivencia de anacronismos, foi maior do que geral/ se julga em varias areas. Eu mesmo me lembro perfeita/ das chegadas de generos e animais por alturas do S.Miguel em C.Novo, atee ao 25 de Abril.
Abraço amigo do
Alexandre
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RE: Moço Fidalgo com Exercicio e FCCR
Meu Caro Pedro
Encontrei esta manha por mero acaso um post noutro topico que transcrevo na sua parte relevante por considerar útil para este:
" (...) Os fidalgos, como algo oficialmente assim designado, surgem na sequência da restruturação da Nobreza do séc. XV. Acabam então as antigas designações de Rico-Homem e Infanções e começam então os foros de Fidalgo. Estes eram concedidos por alvará. No caso da Casa Real, pelo Rei ou seu Mordomo-Mor. Digo isto porque também outras grandes Casas senhoriais tinham a sua “corte” de fidalgos, como por exemplo, os Arcebispos de Braga que tinham Moços da Câmara e, principalmente, a Casa de Bragança, em que os foros tinham mesmo igual categoria que os da Casa Real. Estes foros dividiam-se em 2 ordens, cada uma dividida em 3 graus, conforme é dito, por exemplo, na introdução dos “Anuários”. Aqui convirá esclarecer que se o foro de Moço-Fidalgo era bastante apetecido, isso era porque permitiria o exercício de determinadas funções no Paço, o que para alguns seria muito apreciado. No entanto, o “topo de gama” era o Fidalgo-Cavaleiro. Também havia foros para membros do Clero (Fidalgos-Capelães), o Fidalgo de Cota de Armas (este, inequivocamente, o que tinha Carta de Armas) e ainda os Fidalgos de Solar Conhecido. Aqui é que poderá haver divagações. Julgo que isto não correspondia a nada reconhecido oficialmente, “de papel passado”. A esta “categoria” pertenceriam as famílias proprietárias rurais, nas suas várias formas: Senhores de Honras, morgadios, vínculos, prazos, etc. Mas aqui não sei qual a sua extensão, i.e., qual o seu "limite inferior". (...).
Vasco Jácome".
Bom Ano para ti e o teu Avo. Grande Abraço aos dois.
Alexandre
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Meu Caro Pedro
Na frente do meu nariz tenho um FCCR, João Baptista Pereira da Rocha, retratado em 1865, com a farda q. lhe competia e com a qual se apresentou na Corte de Dom Luiz:
- Casaca vermelha assertoada (acho q. é assim q. se diz)com seis botões de metal dourado e trabalhados. Gola alta azul escuro, profusamente decorados com folhas de carcalho a ouro. Canhões idênticos. Calça azul escuro, com largo galão dourado. Camisa branca, engomada, de colarinho alto. Laço pequeno e branco. Colete branco, assertoado, com seis botões e todos fechados. Espada à cinta, de copos dourados, à sua esquerda.
Numa posição mto. marcial segura com a mão direita, apertando ao tronco, o bicórnio azul escuro, emplumado de branco, com uma insignia de difícil descrição. Cabelo e barba bem cuidados. Mão esquerda enluvada, segura a outra luva. O pintor não retratou o calçado...
Não ostenta qualquer condecoração, q. ao tempo possuia já.
É tudo. cmptos.
M.M.Magalhães
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RE: Moço Fidalgo com Exercicio e FCCR
Caro Alexandre
Ao contrário do que alguns alguns pensam,é evidente que a qualidade de fidalgo em Portugal nunca se limitou àqueles que estavam inscritos nos livros da Mordomia-Mór da Casa Real.Estes eram os Fidalgos da Casa Real nas suas diversas graduações e tinham direito a receber tenças ou contias sob a forma de cevada e moeda.Constituiam uma parte importante da fidalguia portuguesa mas muito longe de a esgotar.Eram os chamados fidalgos "de papel passado" ou registados.
Os Fidalgos de Cota d'Armas,caso não tivessem comulativamente o foro,não eram FCR.Eram armigerados com cartas de brasão d'armas passadas pelo rei d'armas em nome do Rei.É óbvio que eram nobres e fidalgos,pelo menos formalmente,pertencendo ao 2ºEstado.
Os Fidalgos de Linhagem(na minha opinião uma redundância,pois um fidalgo é um nobre de linhagem)e os Fidalgos de Solar Conhecido,se não tivessem o foro,não eram FCR.Perteciam concerteza à Nobreza sendo fidalgos reconhecidos socialmente como tal pelos seus pares e pelo povo.Podem até ter mais prestígio social,maiores antiguidade familiar e riqueza patrimonial que certos FCR mas não estavam incritos nos livros da Mordomia-Mór nem como tal eram considerados por lei.Logo,embora fidalgos,não eram FCR.
É verdade que os fidalgos-clérigos que estavam inscritos nos livros da Mordomia-Mór tinham o foro de Fidalgos-Capelães da C.R.Estes sim,pertenciam à catogoria nobiliárquica dos FCR.
Quanto à estrutura e hierarquia dos FCR,sei que ela variou ao longo dos séculos.Por exemplo,de acordo com o meu amigo António Pereira Coutinho,até ao reinado de D.Sebastião a primeira e a segunda ordens da Nobreza dentro dos FCR estavam invertidas,sendo que o foro hierárquicamente mais elevado era o de Cavaleiro Fidalgo.Outros aspectos houve em que se foram verificando alterações.
Pode ter muito bem acontecido que em determinada época histórica,o foro de FCCR tenha sido o mais elevado hirárquicamente mas uma coisa posso garantir-lhe:Em 1895,o foro "topo de gama" era o de Moço Fidalgo da Casa Real com exercício no Paço,situação que presumo se terá mantido até 1910.A fonte bibliográfica é fidedigna e trata-se do"Anuário da Côrte" do acima referido ano(1895).
Um excelente Ano para si e um grande abraço do seu amigo,
Pedro
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Manuel Alpendurada
Tem toda a razão.Contra factos não há argumentos e desde já penitencio-me pelo meu erro de julgamento.De facto,eu pensava que apenas os MFCR c/exercício no Paço usavam farda própria.
Obrigado pelo esclarecimento.
Com os melhores cumprimentos,
Pedro Ahrens Teixeira
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Meu Caro Pedro A.T.
Na Casa da Praça, em S.Martinho de Ariz, Canavezes, berço dos "Magalhaens de Canavezes" q. em testamento foi deixada ao chauffeur do 1º e único Conde de Ariz, Antonio Joaquim Vieira de Magalhães, está num expositor uma farda em tudo idêntica àquela q. o meu amigo descreve, só q. com um pequeno espadim de copos de prata. O erudito e muito produtivo, Gonçalinho VS-CM identificou-a como farda de FCR. Acontece q. o Gonçalo identifica primorosamente tudo quanto é Alpendurada (inclusivé antigas figuras retratadas) bem melhor do q. qualquer de nós! O seu julgamento continua a valer. Aparentemente haveria mais do q. um tipo de fardamento nas cerimónias da Corte.
Também sei que na Corte de Dona Maria I, Gonçalo Cristovão Teixeira Coelho, MFCR ( anteriormente perseguido pelo Marquez de Pombal) apesar de Brigadeiro do Exército, "ali se apresentou ricamente ataviado, com a farda correspondente à Grandeza do Reino e a par desta tomou assento" quando, objectivamente, não era mais do que um Morgado de província, de velha e muito complicadas linhagens - Abaças, S. Braz, Vieira, Teixeira, Cergude e Bonjardim.
É pena não haver um estudo sério dos usos e costumes congéneres em tempo e lugar.
mtos. cmptos.
Manuel M/
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Manuel
Ou não fosse o dito Brigadeiro de Cavalaria o ilustre chefe do nome e armas dos imemoriais Teixeiras...
Neste caso a Grandeza da antiguidade é inquestionável.
cmptos,
PAT
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
E não se esqueça que com a incorporação das Casas dos condes de Bobadela e Camarido,a família Teixeira Coelho passa a ter direito à Grandeza do Reino.
Já era sem tempo.
cmptos,
PAT
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Julgo que os moços-fidalgos tinham o direito de usar capa e espada no Paço Real.
Cumprimentos,
Jacinto Bettencourt
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RE: Moço Fidalgo com Exercicio e FCCR
Caro Pedro Ahrens Teixeira
Parece-me que esta “repescagem” feita por Alexandre Tavares Festas, pode ter criado algum desenquadramento e confusão. O texto que escrevi, foi uma resposta ao tópico “Mercê Nova / Fidalgo / Nobre / Moradia Casa Real”.
Aí, explanava não só a questão dos Fidalgos da CR, mas também a designação de fidalgo de um modo geral.
Nunca esteve em causa dizer que os Fidalgos de Cota de Armas, de Solar Conhecido, etc eram, só por esse facto, Fidalgos da CR.
Quanto à questão do “topo de gama” apenas repeti o que está no início dos “Anuários”, que: “O Foro de Moço-Fidalgo dava direito a ser, eventualmente, chamado a exercer determinadas funções de côrte (a qual era constituída pelos Oficiais-móres, Grandes e Titulares), por isso especialmente apreciado” (pg. XVI da Advertência).
Já Felgueiras Gayo adverte expressamente para essa confusão, pois na pg. 14 do I Volume: “Os Mocos Fidalgos servem no Paco sem chapeo, sem capa, e sem espada [...] “e a todos estes se chamão Fidalgos da Casa [Fidalgos Cavaleiros e Escudeiros, descritos nos parágrafos anteriores], donde se ve he falsa a idea com q alguns estão de q o Foro de Moco Fidalgo he o melhor” Em nota de rodapé acrescenta-se: “A rezão por os fos. dos Titullos querem todos o Foro de Moços Fidalgos sendo inferior aos outros hé por serem só os q servem no Paço, Vd. Previligios da Nobreza e Fid. de Portugal por Luis da Sª Ferª. de Oliveira Parte 2ª Cap. 2 § 8 fl 230 Mor da Exeturi Cap. 8 N 72 junto ao N 63”.
Não conheço esse “Anuário da Côrte”, como não conheço tudo, e muitíssimo menos toda a verdade! Estou aqui também para aprender. De qualquer modo, como parece que não sou o único a ter dúvidas neste ponto, talvez fosse de interesse uma análise do que é dito nesse livro ou outras fontes sobre o assunto.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Prezados
Volto a mostrar a foto com a farda do meu 4° avô José Manoel da Costa Barros e Azevedo com a sua farda enfatiotada do Império Brasileiro.
http://sites.uol.com.br/rco2000/foto16.jpg
Ele era Moço da Imperial Câmara da Guarda-Roupa do legítimo sucessor de D. João VI.
http://wwwcrl-jukebox.uchicago.edu/bsd/bsd/almanak/al1865/00000040.html
Eram tempos bons para se cuidar de roupas. O seu cunhado e meu 4° tio-avô, Dr. Carlos Carneiro de Campos, Senador do Império e futuro 3° Visconde de Caravelas, bem como outro primo em 1° grau, o Brigadeiro Manoel Antonio Fonseca da Costa, futuro Marquês da Gávea, também estavam no Guarda-Roupa. Eu tenho dois botões dessa farda com o PII como memórias desse episódio.
Se alguém tiver velhas fotos sempre é ilustrativo apresentá-las.
Saudações.
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Acesso proibido !
Tentai
http://sites.uol.com.br/rco2000/indice3.htm
Foto 16
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Confrade:
Tem exemplos de farda de FCCR em:
http://www.geocities.com/trovisqueira
e
http://planeta.clix.pt/cpvc/gaspar3.html
Cumprimentos
J. de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Muito bonitas as páginas indicadas.
Calculo a paciencia engenho e arte que o autor teve de usar!
Muitos parabéns.
Não poderia nunca fazer semelhante. Avós, com alguma dificuldade, ainda arranjava, mas seria mto difícil fotografar a minha fracção na cobertura do prédio em q. vivo aqui na Boavista, Porto, minha única co-propriedade...
cmptos.
M.Magalhães
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro JPCMT
Parabéns pela belíssima página !
Bastante primorosa.
Gostei muito das digressões sobre os Vasconcelos. Possuo um ramo de Vasconcelos na minha árvore genealógica na figura do Coronel Antonio Coelho Antão, avô materno do meu trisavô Pedro Caldas (assento de batismo em 6/7/1831, na Igreja de São João, Macaé, Rio de Janeiro). Este meu 5° avô é um firme exemplo de onde é que se ganha a Lei da Nobreza do Antigo Regime. Lá ... onde brotava o sinal da nobreza em ação. Mais um Vasconcelos perdido por aí, com a nossa modesta contribuição. Se flores existiram e resistiram aos vendavais.
http://www.castelo.com.br/projetos/quilom/Default.htm
Que Deus nos perdoe.
Abraços
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Dr. Magalhães Pinto:
Agradeço os seus generosos comentários.
Também eu gostaria de ter mais coisas...mas o tempo e a incúria dos homens estão contra nós.
Ainda bem que ainda há quem ainda reme contra a maré.
Bem haja.
Cumprimentos do
J. de Castro e Mello Trovisqueira
jpcmt@mail.telepac.pt
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Dr. Ricardo Oliveira:
Agradeço os seus amáveis comentários.
E foi um prazer conhecer os seus antepassados Vasconcelos através dos seus excelentes "sites" sobre História do Brasil
e sobre sua árvore genealógica.
Um abraço do
J. de Castro e Mello Trovisqueira
jpcmt@mail.telepac.pt
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caro Gui Maia Loureiro
Parece-me que no meio disto tudo, a sua pergunta ficou meia sem resposta.
Na “Nobreza de Portugal e do Brasil”, diz-se que o Conde de Santo André era Fidalgo-Cavaleiro da C.R. Se de facto assim era, a farda seria então a desse foro.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Tenho um convite,Real Paço das Necessidades de 1.12.1903,para um baile no Real Paço da Ajuda,que no verso,como todos os convites,tem em cada canto superior,esq.,"De farda ou de casaca e calção e meia,no dir.,De vestido decotado".
Quanto às fardas,estava decerto estabelecido por decreto qual a farda que usariam.
Maria
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RE: Farda de Fidalgo da Casa Real
Caríssimo Pedro Ahrens Teixeira
Antes do mais, manifesto profundo desgosto por não o "ver" por aqui desde há tempos, de não termos podido "conversar", o q. muito do meu agrado era!
Sei bem que bem apesar de nos movimentar-mos hoje a mais de 900 à hora, o dia a dia corre célere, não dando tempo para quase nada...
Mas bem q. poderia dar um "olá qué tal" de vez em quando, pois há muitos q. deveras o estimam por aqui!
Posto isto, quero agora corrigir a minha ignorância q. manifestei ao classificar a minuciosamente descrita farda do meu Avô JBPR (1831-1903), como a de Fid. Cavº da C. R.
E isto porque há dias atrás recebi um muito amável telefonema do Dr. Francisco de Vasconcellos, antigo Oficial da nossa gloriosa e muito velha Marinha de Guerra; Fuzileiro Naval, combatente na Guiné Portuguesa entre 1970/1972, pioneiro na formação e comando de companhias de fuzileiros navais, contituídas por naturais daquela província.
Fiquei a saber q. é leitor ocasional deste Fórum, ainda q. não interveniente como muitos outros q. conheço também, mas que desta feita se deu ao cuidado de me corrigir, o q. muito lhe agradeci.
Pois a dita farda não é de FCCR mas de MFCR e, creio q. com exercício no Paço.
Não creio q. o meu referido trisavô se tenha "exercitado" muito no Paço, pois então a ida de Lamego à capital do Reyno, era uma jornada e tal!
Mas se calhar para lá se marcharia no velho S/S "Lusitânea", ou no seu sucessor, que do Douro saido ao fim do dia, atracava em Lisboa na madrugada seguinte, indiferente aos ventos, pela força da sua máquina, com muitos "horse-power"!
Aqui fica portanto a correcção q. me cumpre e ainda a informação de q. o citado Dr. Francisco de Vasconcellos, domina óptimamente estas matérias, tendo a melhor documentação/informação sobre as mesmas.
Não fosse ele um vero Vasconcellos dos Senhores de Vila do Conde, parente próximo dum outro Sábio q. aqui nos traz amiúde preciosas informações...
Um grande abraço!
Manuel M/
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