quantos cristaos novos existem em pt
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quantos cristaos novos existem em pt
qual e a percentagem de cristaos-novos em portugal?
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
E uma boa resposta, esqueci me que o marques de pombal acabou com essa destincao.
Mas entao vou refazer a minha pergunta: Quantos Portugueses existem em PT com antepacados de origem judaica?
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Confrade:
Também me parece que deve ser cerca de 10 milhões... Só não digo 100% por ser possível haver portugueses actuais sem qualquer ascendência próxima portuguesa ou mesmo europeia, norte-africana, etc. e nesse caso admito ser possível que não tenham sangue de alguma das etnias que passaram por estas bandas no últimos milhares de anos e cá deixaram descendência com tempo para se misturar com todas as outras...
Mesmo no conceito mais estrito de "cristão-novo", como descendente de algum judeu convertido após a expulsão destes das respectivas terras de origem por D. Manuel I ou pelos Reis Católicos, também me parece que a percentagem deve aproximar-se dos 100%; não nos esqueçamos que o conceito era, de facto, "inclusivo", ou seja descendente de cristão-novo, por qualquer via, era considerado cristão-novo, o que levava à situação curiosa de vermos populares serem admitidos como familiares do Santo Ofício por não serem "infamados" (ficando-se as inquirições de genere por poucas gerações, já que a ascendência longínqua era desconhecida), ao passo que alguns membros da Alta Nobreza eram recusados por se aparentarem com Casas "maculadas de cristã-novice", por vezes através de obscuros antepassados de alguns séculos atrás...
Cumprimentos,
António Bivar
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Estou inteiramente de acordo. Desde a Casa Real ao último dos plebeus nativo deste torrão, todos devemos ter ascendência x.n. Quando o apóstolo Tiago, depois Santo, é enviado à Ibéria, já cá havia uma importante comunidade judaica. Os convertidos entre essa data e a perseguição moderna (sec. XV e ss) são considerados... cristãos-velhos. Ou seja, uma parte do Povo eleito é...Portugal. Podemos, agora , passar aos descendentes de Maomé? Serão os resultados muito diferentes?
Cumprimentos.
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Meu Caro:
Especula-se que a linhagem da Maia descenderia de Maomé; se assim for lá teremos quase toda a população portuguesa com essa ascendência, pois não me parece provável que haja muitos portugueses sem uma gota de sangue daquela linhagem alto-medieval. O simples facto de se poder encontrar indícios documentais de uma possível ascendência de Maomé para uma linhagem dessa época recuada, parece indicar que se não for por aí, será sem dúvida por outro lado... É claro que não é "grande coisa" pois o mesmo se pode possivelmente dizer de qualquer pessoa do tempo de Maomé que tenha deixado descendência até á actualidade e cuja progénie se tenha espalhado geograficamente por áreas em contacto, mesmo que relativamente ligeiro, com o nosso país.
Abraço,
Tó
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Este assunto e e muito importante para min, porque faz de nos um povo com caracteristicas unicas em relacao aos nossos vizinhos da europa
Tenho outra pergunta para fazer:
- Quantas pessoas tem conhecimento deste facto?
abraco
Tiago
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Obrigada por terem respondido a minha primeira pergunta ; )
alguem aqui do forum, tem conhecimento de um livro que fala sobre a vida dos cristao-novos em portugal depois do Ano de 1500!
Aguardo uma resposta
atenciosamente
Tiago
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Livros sobre XN e crypto-Judeus Portugueses
Livros sobre Judeus, crypto-Judeus e XN Portugueses
(retirada de uma mensagens da "mailing list": saudades-sefarad@yahoogroups.com
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--
EOT
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Recentemente, coisa de duas semanas atrás, este assunto foi abordado no Rio de Janeiro em relação ao Brasil. Acredita-se que, no Brasil, quase todas as famílias que aqui se encontravam antes da nossa independência em 1822. Quase 95% eram de cristãos novos, [exceto os escravos, mas os mestiços já são outro caso...].
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
ABECASSIS, José Maria – Genealogia Hebraica: Portugal e Gibraltar – Sécs. XVII a XX. Lisboa, 1990.
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Tiago:
Em primeiro lugar gostaria de subscrever a opinião, já expressa por outros colegas, segundo a qual praticamente todos os portugueses terão pelo menos um antepassado entre os judeus convertidos em 1497.
Fiquei curioso a respeito da sua última afirmação, e gostaria de saber por que razão considera que isso faz dos portugueses um povo com "características únicas em relação aos nossos vizinhos da Europa". Eu creio que os vizinhos mais próximos, os espanhóis, se encontrarão numa situação muito semelhante à dos portugueses relativamente à descendência de cristãos-novos (e de quase todas as etnias identificáveis).
Por outro lado, não me ocorre nenhuma "característica" especialmente "única" que o povo português possa ter em termos de ascendência, para além de ser um pouco diferente de todos os outros, pelo menos na língua (ou nem lhe chamaríamos povo).
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
obrigado a todos pelo feedback!!
Eu vou tentar explicar o meu raciocinio:
Os judeus que viviam em espanha foram expulsos do pais pelos reis catolicos em 1496 e imigraram para Portugal e outros paises.
Em Portugal em 1497 o Rei D.Manuel forcou os judeus a conversao da igreja catolica, que foi uma politica difrente daquela usada pelos Espanhois.
A conclusao e que, os judeus "cristao-novos" casaram com outros pessoas nao judeus e deram origem ao portugues sec XXI
Aguardo atenciosamente por uma resposta
Com os melhores cumprimentos
Tiago de Oliveira Rodrigues
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Tiago de Oliveira Rodrigues:
É verdade que os judeus/cristãos-novos casaram com os não-judeus (e os membros de cada um dos grupos casaram entre eles) e deram origem aos portugueses do século XXI. Mas essa é uma forma de ver a questão que me parece demasiado simples. Eu também podia escrever, e é verdade, que a partir de certa época remota:
- Os mouros casaram com os não-mouros e deram origem aos portugueses do século XXI;
- Os ciganos casaram com os não-ciganos e deram origem aos portugueses do século XXI;
- Os nobres casaram com os não-nobres e deram origem aos portugueses do século XXI.
A questão é que não me parece que obtenhamos grande informação a partir destas classificações. Os "judeus" portugueses do século XV já seriam geneticamente um grupo muito mal definido. Quanto aos "não-judeus", nem haveria classificação possível que não pela negativa.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Cara pasargada:
Pode informar-nos onde foi referido esse valor de 95 por cento?
Se se refere à percentagem de brasileiros "brancos", ou "portugueses", que em 1822 tinha pelo menos um antepassado cristão-novo mesmo que muito remoto, talvez não esteja longe da verdade. Porém, se - como suspeito - a ideia-base é a de que quase todos os portugueses que foram para o Brasil até 1822 eram "verdadeiros" cristãos-novos, então sinceramente não posso concordar.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Meu caro Amigo
Para falar verdade eu sou um principiante nesta materia e estou aqui para aprender.
E nesta fase da minha vida 29 aninhos! estou a viver na englaterra, e tento adequirir
o maximo de conhecimento possivel.
Tenho mais perguntas para fazer, mas por agora nao me parece ser a altura
certa para falar sobre elas!!
mais uma vez obrigada
Com os melhores cumprimentos
Tiago
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Antes da expulsão de 1492, existia em Espanha uma massa significativa de XN. A Inquisição Espanhola foi instituída em 1478 precisamente para combater as heresias destes cristãos.
Nos sec. XIV e XV, milhares de judeus foram convertidos ao cristianismo de uma forma mais ou menos forçada. Normalmente foram resultantes das muitas vagas de motins e massacres que se sucederam por todos os reinos da península. Curiosamente Portugal esteve praticamente imune a este tipo de massacres.
--
Oscar Barroso
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Retirada estratégica, heim? ...
Caro Tiago,
Nós estamos aqui precisamente para conversar sobre os temas. Não pense que alguém se aborreça com a falta de informação ou com conclusões 'precipitadas' de outros intervenientes. Se o tom às vezes é de desafio, é para gerar alguma cor no debate.
O que o Rui Pereira diz é quase absolutamente verdade. Demonstra-se matematicamente - o que deve ser verdade que chegue para convencer os mais cépticos - que não há ninguém em Portugal hoje (e que seja de origem portuguesa até esse tempo é claro) que não seja descendente dos que viveram no século XI (onze), e que tiveram descendência, como é óbvio.
Para os séculos mais próximos, nomeadamente os XVI, XVII, não será tanto assim. Mas a probabilidade é altíssima.
Quanto às ascendências de portugueses de religião judaica, conta-se uma historinha do tempo de Pombal (que eu já contei aqui num outro tópico) que é uma delícia.
Um Padre qualquer, influente no Palácio, andava a chatear Pombal para este chatear D. José, para impor uma lei de identificação de todos os cristãos novos e de todos os descendentes de pessoas de religião judaica. Até sugeriu um barretinho amarelo. Pombal, farto do inoportuno Padre, mandou-o aparecer daí a umas semanas para uma audiência.
O fanático cura ficou radiante e no dia marcado lá apareceu. Encontrou Pombal no seu gabinete, e sobre a sua mesa, três barretinhos amarelos. O cura regozijou-se e perguntou se já estaria na calha a Lei que obrigaria o seu uso. Pombal responde que antes gostaria de fazer um ensaio, e que ali estavam os três primeiros barretinhos: um para o dito cura, um para ele mesmo, Pombal, e um ... para Sua Majestade.
O padre parece que ficou tão amarelo quanto o seu barrete e nunca mais voltou a tocar no assunto.
Por fim, o que vale para Portugal com a dimensão da sua população, e o séc XI, vale para mais ou menos todos os Europeus de origem e a população do séc. VII ou VIII. Todos somos descendentes do Carlos Magno ... e também de um seu banqueiro judeu, e também de um bispo qualquer que tenha deslizado nos seus votos, e também de algum criminoso que tenha sido pai entretanto pela mesma época, etc. Onde quer que comece, de Pequim à Patagónia, se continuar, vai parar a uma planície africana com um macacão a simpatizar com uma macaquinha, uns milhões de anos atrás.
Isto você já sabe, mas é só para enfatizar que de facto na Península concentraram-se e prosperaram uma boa parte importante dos judeus da diáspora a seguir à revolta do fim do século primeiro. Talvez porque a terra do império romano acabava aqui, talvez porque tenham vindo em maior parte mais tarde atraídos pela relativa liberdade de que gozavam entre as sociedades muçulmanas, talvez simplesmente porque gostassem da terra a ponto de lhes darem o nome de Sefarad, 'a terra mais linda' (daí judeus 'sefarditas', em oposição aos 'askenazis' do norte da Europa). E como eles estão dispersos pela Europa desde o século primeiro, todos os Europeus terão pingos de sangue hebreu. Os peninsulares terão eventuamente mais pingos. Mas não amarelos: encarnados, como os outros.
Cumprimentos. VF
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro António Bivar,
se a definição de cristão-novo é ter pelo menos um antepassado judeu, também estou convencido que devem ser cristãos-novos praticamente 100% dos portugueses. É claro que afirmações deste género fora de contexto podem induzir em erro os leitores desprevenidos (não é obviamente o seu caso). Na verdade, para dar uma ideia mais exacta da situação dever-se-ia dizer que 95% (ou mais) dos portugueses terão uma percentagem ínfima (0.0...%) de de sangue cristão-novo. Eu por exemplo, ainda não detectei nos meus costados qualquer sangue cristão-novo, embora não duvide que o tenha!
Cumprimentos,
Coelho
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Sangue de cristão novo quem o não tem?
Sangue mourisco quem não terá?
E outros sangues?
É um pormenor na riqueza da ancestralidade do povo português.
Não queiramos é dar importância desmedida a este facto, ou cairemos no fundamentalismo inquisitorial. Catalogavam-se os cristãos novos com, por exemplo, 1/16 avos de sangue de infecta raça. Muito fracos eram os restantes 15 avos. E quem hoje queira pertencer a esta categoria, quantas gotas de cristão novo terá? Ou será que não havia cristãos velhos?
Benditas gotas de sangue de variadas procedências que tornaram os portugueses um povo especial.
Não será esta uma questão ultrapassada há muito?
G Santos
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1º Português, depois a Genealogia
Caro Tiago,
"Adequira" um bom dicionário de Português e uma boa gramática que é meio caminho andado para se iniciar na genealogia. Estou certo que não será difícil encontrar dois bons exemplares em "Englaterra".
Cumprimentos cordiais
João Baptista Ribeiro
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RE: 1� Portugu�s, depois a Genealogia
Obrigado João ribeiro pela correcção
Não percebo qual foi o motivo da sua partÃcipacao
mas se foi para dizer isto posso lhe garantir que não pretendo
seguir o ramo da genealogia
Com os melhores cumprimentos
Tiago
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro g santos
Não estou aqui para criar um movimento, só quero saber a verdade tenho esse direito!
Com os melhores cumprimentos
Tiago
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Tiago
Não quis retirar-lhe o direito à opinião. Talvez não me tenha feito entender.
Penso é que, após vários séculos de cruzamentos de sangue de várias etnias, a destrinça será impossível, tirando pequenas comunidades (Belmonte, por exemplo), ou seja, todos teremos sangue de origem judaica em maior ou menor grau, pelo que todos seremos critãos-novos e inversamente, todos seremos cristãos-velhos. Base sólida para sermos tolerantes com quaisquer pessoas, sejam de que etnia forem. Sendo originário de uma cidade onde a comunidade judaica foi importante, Covilhã, ali mesmo será difícil distinguir essa origem, considerando as ligações entre ambas etnias. É o que queria dizer da rotulagem como cristão-novo alguém que só possuia um 16 avos. Não seria cristão-velho com 15/16 avos? Nesta óptica, se Cristo fosse vivo e os apóstolos, não deixariam de ingressar nos cárceres do Santo Ofício.
Cumprimentos
G Santos
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro G santos
Estou de acordo consigo.
Eu acho este assunto fascinante pela sua complexidade social.
Os meus melhores cumprimentos
Tiago
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Tiago
Também acho o assunto fascinante (por isso consultei largas dezenas de proc. do s. Ofício).
Principalmente o instinto de sobrevivência e subida no estatuto social, muito visível na região Covilhã-Fundão. Leva, por vezes, a pensar se foram assimilados pela restante parte da população ou se foram eles os assimiladores. Sem conflitos sociais.
Gabriel Santos
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caros confrades, especialmente ao Tiago, que levantou este tema.
Pertenço a uma família brasileira com antepassados de variadíssima procedência étnica: portugueses, alemães, italianos, espanhóis, indígenas e negros. Dos portugueses aqui chegados antes de Pombal, havia cristãos novos e cristãos velhos (como sucede a praticamente todas as famílias com mais de quatro gerações neste país). O assunto sempre me interessou e tenho dedicado a ele parte ponderável do meu tempo livre. Hoje, tenho como certas ou ao menos muito prováveis algumas opiniões que vou lhe transmitir, rogando aos confrades mais ilustrados na matéria que façam a gentileza de me corrigirem, se quiserem se dar a este trabalho. Sua curiosidade me comoveu e posso me dar o luxo do atrevimento de dar palpites sem qualquer autoridade.
O povo português talvez seja um dos mais heterogêneos do mundo, do ponto de vista da herança genética. Não foi sem motivo que os romanos chamaram esta ponta da Ibéria de finis terrae (o fim do mundo). Aqui chegaram e foram absorvidos muitos povos que migraram, pacifica ou belicosamente, de toda parte do leste. Sua classe dominante, não podendo usar a raça, para afirmar pretensa superioridade natural, apelou para uma pretenciosa superioridade espiritual (curiosamente, baseada na mesma religião que introduziu e sustentou as idéias de igualdade das almas e da fraternidade de todos os humanos...
Os cristãos novos apareceram na Ibéria nominalmente pela necessidade dos reis católicos de homogeneizarem ideologicamente a Espanha, onde os problemas de nacionalidade já eram dramáticos. Na verdade, a questão religiosa me parece ter sido apenas a fachada de problemas políticos e, sobretudo, econômicos bem mais importantes. Permito-me destacar que os mouros que aqui ficaram tinham imensa facilidade de voltar à sua terra, enquanto os judeus pobres e remediados não tinham para onde ir, senão para Portugal, o que tiveram de fazer. Havia necessidade de uma classe social baixa para explorar os territórios conquistados ou reconquistados. No entanto, os judeus constituíam uma fração bastante próspera da população sem terra, mas com características tipicamente urbanas e pré-capitalistas (o que, penso, contrariava a tendência feudal que era muito importante e influente na Espanha). Lembro que por aquela época feudal as designações burguês e vilão detinham conotação extremamente pejorativa. Os judeus daquela época correspondiam a estas designações. Portugal, ao contrario, era uma monarquia absoluta, centralizada e o rei João II não deixava espaço para quaisquer veleidades feudais e sua obra indicava que pretendia a modernização.
Julgo que estas medidas excludentes dos reis católicos devem ter agradado ao rei português de então, que poderia dizer como o soberano turco que agradeceu aos cristãos o magnífico presente que lhe ofertaram de tantos súditos novos daquela qualidade sem qualquer custo. A morte prematura de rei português e a má qualidade política de seus sucessores fizeram desabar o edifício imperial que estava construindo. Mas, voltando à vaca fria, a institucionalização dos cristãos novos em Portugal criou uma segunda classe súditos que reforçou a estrutura de poder hegemônico. O aristocrata necessita do plebeu para existir. E ninguém pode pretender superioridade sem dispor de alguém inferior sobre quem tripudiar e assim convencer-se da sua superioridade. Mas mais importante, é convencer o inferiorizado.
O processo de urbanização que acompanhou a aventura das descobertas (“ao cheiro dessa pimenta, o reino se despovoa”, conhece?) necessitava de e sonhava com plebeus urbanos tão dóceis quanto os que haviam ficado no seus campos; o dinheiro e as ligações internacionais solidária dos magnatas marranos possibilitou aos nobres comerciarem sem se fazerem comerciantes (o que seria incompatível com sua dignidade). Diferentemente com o que sucedeu aos holandeses, ingleses e alemães; a péssima situação política e jurídica dos cristãos-novos forneceu-lhes motivação para se transferirem para as novas índias (de Castela e de Portugal), como era denominada a América, assegurando a exploração continuada daquela parte do mundo (penso que isto teve muito mais importância na secessão do Brasil do se diz na escola).
Lembro-lhe que o sufixo –eiro do adjetivo “brasileiro“ não se refere a nacionalidade ou lugar de nascença, mas a uma ocupação, uma forma de trabalho. Os portugueses que vinham “fazer a América”, se fossem cristãos-velhos regressavam para a terrinha tão logo enriquecessem bastante para se tornarem fidalgos, fidalgotes ou burgueses ricos; os cristãos-novos tendiam a ficar por aqui, porque, a não ser os que fossem muito ricos, muito ricos mesmo, teriam dificuldade de comprar um titulo de nobreza na metrópole (ao menos até o liberalismo). E os que não adquirissem posição de grande poder ali ficavam permanentemente sujeitos à cobiça dos velhos nobres, dos bispos, dos agentes da inquisição. Por aqui, estas figuras repressoras quase não existiam. Era (e ainda é) muito mais fácil e barato subornar um pároco que um bispo, um arcebispo.
Outros motivos, que podem parecer desimportantes hoje, não eram naquela época, ao contrário, influíram para os cristãos novos permanecer no Brasil; montar a cavalo (e não em burro ou jumento), portar espada, ser chamado de dom, ser tratado como fidalgo e receber tratamento igual aos cristãos velhos nas lides judiciais e até nas querelas familiares, parece ter exercido atração irresistível em muitas pessoas, como os cristãos novos. Por isto, no Brasil e no Rio da Prta a proporção de cristãos novos parece maior em na metrópole, mas não deve ser muito.
Meu caro Tiago, como os confrades mais sábios já lhe disseram todos os luso-descendentes somos cristãos velhos e cristãos novos. O que varia é a proporção de cada um destes componentes e o agrado ou desagrado que saber isto proporciona ao sabedor. Quanto a mim, orgulho-me bastante de ambas as heranças. Bastante mesmo.
Cordialmente,
Luiz
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Rui,
Claro que concordo consigo, ainda assim penso que há algumas diferenças quanto ao peso que cada um destes grupos teve na ascendência da generalidade da população portuguesa dos nossos dias.
Os judeus que por cá viviam no final do século XV além de numerosos viram o seu o efectivo aumentado com a vinda de judeus espanhóis quando da expulsão decretada pelos reis Católicos. É claro que houve uma parte que também acabou por fugir de Portugal antes, durante e depois das conversões forçadas, no entanto uma grande parte por cá ficou com estatuto de cristão-novo e foi-se “diluindo” com maior ou menor rapidez. Esta é uma realidade de certa forma diferente da de Espanha, onde por não ter havido a política de conversão forçada terá ficado bastante menos descendência da população judaica. Aliás isto explica em parte o facto de a Inquisição se ter mantido em Portugal activa na perseguição ao judaísmo durante mais tempo que Espanha e traduz-se também na existência de cripto-judeus em Portugal até ao sec. XX.
No que diz respeito aos mouriscos, parece-me que seriam menos numerosos à data da conversão. Há um livro de um Ahmed Boucharb que estudou esta questão, nomeadamente fazendo o levantamento dos processos da Inquisição relativos a muçulmanos e recorrendo também a fontes de Marrocos;
Um aspecto interessante é o de que os processos são quase todos de muçulmanos não portugueses, ou seja de cativos (que por regra tentam fugir para os países de origem).
Claro que é possível que a Inquisição tivesse perseguido menos intensamente os mouriscos conversos do que os judeus conversos; faria todo sentido até porque as razões reais da denúncia e da perseguição tinham também muito a ver com o poder e riqueza dos judeus - enquanto que os mouriscos seriam de estrato mais baixo e menos afectados por invejas de denunciantes e cobiça do Estado e da Igreja. De qualquer forma se fossem tão numerosos quanto os XN de origem judaica deveriam existir mais processos.
Um abraço,
J.Valdeira
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Luís
Obrigado por ter participado
Fiquei encantado, se quiser um leitor terei o maior prazer de ler as suas Historias!!
O meu email: tiago77lx@gmail.com
Abraço
Tiago ; )
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Sobral
Li tudo quanto escreveram aqui e reparei no seu comentário em como era da zona da Covilhã. Gostava de trocar algumas palavras consigo, se lhe for possível. Poderá contactar-me para:
maria_david_eloy@yahoo.com.br
Tenho a minha ascendência, até onde me foi possível chegar por enquanto -cerca de 1580- praticamente oriunda da Covilhã e algumas pontinhas nas regiões de Belmonte, Teixoso, Fundão, Idanha, Celorico de Baixo, Penamacor.
Gostava de trocar impressões a propósito.
Com os meus melhores cumprimentos
Maria
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro Tiago:
Não tem que agradecer. Continue a perguntar, que nós tentaremos responder. Mas atenção, eu só tenho mais 2 aninhos. :-)
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: quantos cristaos novos existem em pt
Caro J. Valdeira:
Peço desculpa se dei a impressão de que todas as minorias que referi teriam dimensão semelhante. A minha intenção não foi essa. Quis apenas evidenciar que nada de especial existia nos casamentos entre cristãos-novos e cristãos-velhos mostrando como era arbitrária a escolha de um determinado grupo para se dizer que os membros desse grupo tinham casado com os não-membros.
De facto existiriam muito menos "mouriscos" que cristãos-novos "judeus" em Portugal, ou pelo menos essa é a impressão que temos. Uma explicação possível é a de os judeus serem "neutrais" na luta entre o Islão e a Cristandade, sendo-lhes mais fácil manter o estatuto de minoria quando uma destas "maiorias" vencia a outra e instalava o seu domínio numa determinada região.
Um abraço,
Rui Pereira
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quantos cristaos novos existem em pt
Sabe-se de registros de cristãos-novos de Souto de Lafões e região?
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