arcebispo de mitylene
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arcebispo de mitylene
quem seria d.domingos arcebispo de mitylene em 1854, que proferia opiniões sobre tradução de livros ?
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RE: arcebispo de mitylene
Todas as informações que tenho sobre Mitylene são sobre a sua localização. Fica numa ilha na Grécia. Também há indicações de haver um arcebispado lá, poderá ver isso em: http://www.newadvent.org/cathen/10407a.htm
Vitor Silva
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RE: arcebispo de mitylene
Cara teresabcp,
O título de Arcebispo Titular de Mitilene era a designação com que a Santa Sé agraciava os vigários-gerais do Patriarcado de Lisboa após o reatamento das relações diplomáticas com a corte pontifícia em1841/1842. Anteriormente e até à data do corte das relações diplomáticas com o Vaticano com o triunfo dos liberais na guerra civil, o título atribuído era o de Arcebispo Titular de Lacedemónia.
O D. Domingos a que se refere deve tratar-se de D. Domingos José de Sousa Magalhães, nascido a 02.03.1809 em Vila Pouca de Aguiar, onde também viria a falecer com quase 63 anos, em 24.02.1872.
Doutorou-se em Direito Canónico na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra em 23.07.1837, onde foi lente da cadeira de Direito Comercial.
Eleito sócio efectivo da Academia ReaL das Ciências de Lisboa em 14.04.1853, veio a ser vice-presidente desta instituição.
D. Domingos foi nomeado provisor e vigário-geral do Patriarcado de Lisboa em 08.05.1852 pelo Arcebispo D. Guilherme Henriques de Carvalho, que havia sido seu professor e paraninfo no doutoramento em Coimbra. Entretanto, o Papa Pio IX atribuiu-lhe em 07.03.1853 o título de Arcebispo de Mitilene, sendo o primeiro do titulares desta distinção que não chegou a ter sé própria.
O relacionamento entre D. Domingos e o Arcebispo de Lisboa esteve longe de ser pacífico, devido ao estado de sanidade mental do primeiro, que viria a atacar o seu antigo professor num violento discurso proferido na Câmara dos Pares e a publicar um folheto difamatório contra o prelado olisiponense. Já antes da ocorrência destes factos, em 16.05.1855, o Patriarca de Lisboa havia concedido uma licença de três meses ao seu vigário-geral, renovando-a pouco depois, ao mesmo tempo que declinava o seu período de demissão.
Face aos sucessivos comportamentos dementes de D. Domingos Magalhães, o Arcebispo de Lisboa denunciou essa situação ao Governo e ao Núncio Apostólico, suspendendo-o de todas suas funções no Patriarcado, na Prelazia de Tomar e no Grão-Priorado do Crato em 14.07.1856.
D. Domingos Magalhães viria a recorrer da suspensão que lhe havia sido dada junto da Coroa Portuguesa, sucedendo-se uma longa e acalorada polémica, cujo epílogo só viria a verificar-se com o agravamento do seu estado de saúde. D. Domingos Magalhães viria a recolher-se na sua terra natal, onde faleceu em 1872.
Cumprimentos,
Nuno Barbosa de Madureira
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RE: arcebispo de mitylene
Caro Nuno Barbosa de Madureira
Apenas uma pequena correcção ao seu excelente texto. Lisboa não tem Arcebispo desde D.João V, salvo erro, mas sim Patriarca, como aliás refere também no seu texto.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: arcebispo de mitylene
Exactamente...
Tanto que após a embaixada de D.João V, Lisboa é das poucas cidades no mundo que tem um Patriarca...
além de Lisboa se não me engano, será Roma, Jerusalám, 1Alexandria, Instambul (Constantinopla), Moscovo, na Grécia (Patriarca Grego de ...), e muito me engano na a Igreja romena tb existe a figura de Patriarca...
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RE: arcebispo de mitylene
Pro memoria
Recordo o insígne Arcebispo de Mitylene Dom Manuel Trindade Salgueiro.
Cumprimentos
RAAL
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RE: arcebispo de mitylene
Roma não tem patriarca. O Bispo de Roma é o Papa (ou o contrário, o Papa é o Bispo de Roma).
O Patriarca italiano é o de Veneza
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RE: arcebispo de mitylene
Caro João Cordovil Cardoso,
Agradeço-lhe a sua precisa correcção. Na verdade, o último Arcebispo de Lisboa foi D. João de Sousa (1703-1710), já no reinado de D. João V e os seus sucessores na cadeira episcopal passaram a designar-se de Patriarcas.
D. Guilherme Henriques de Carvalho (1845-1857) foi o nono titular do Patriarcado de Lisboa, tendo sido proclamado Cardeal em consistório de 1846, durante o pontificado do Papa Gregório XVI, vindo a receber em Roma o chapéu cardinalício pelas mãos de Pio IX em 1854 e tomando posse da belíssima Chiesa di Santa Maria di Sopra Minerva, igreja associada ao seu título cardinalício.
Cumprimentos,
Nuno Barbosa de Madureira
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RE: arcebispo de mitylene
Caro Augusto e demais confrades
os patriarcas latinos são apenas três: o de Jerusalém (do rito latino), o de Veneza e o de Lisboa. Portugal contava ainda com outro patriarca latino, o das "índias Orientais", mas que com a independência da índia perdeu o uso do título de patriarca.
Quanto aos arcebispos titulares pos-trento reservavam-se aos oficiais e não residentes - tais como auxiliares ou membros da cúria - escolhendo-se para seu título ou uma sede antiga já extinta ou uma igreja romana.
Sem mais de momento, ao seu dispor
Manuel Sarmento Pizarro
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RE: arcebispo de mitylene
Caro Senhor,
Permita-me que o corrija. Roma tem efectivamente um patriarca. Os Papas, até Bento XVI - que por razões ecuménicas já não usa este título - eram chamados de Patriarcas do Ocidente, em contraposição aos Patriarcas de Constantinopla, que desde o grande cisma são chamados de Patriarcas do Oriente.
Os patriarcados latinos são puramente honoríficos. Os de tradição oriental, mesmo aqueles que estão em comunhão com Roma, subentendem uma ampla jurisdição e prerrogativas muito especiais, derivadas dos primeiros anos do Cristianismo, em que o papado ainda não se encontrava ainda bem definido. O patriarcado do Ocidente é um patriarcado de jurisdição, cuja cabeça é o romano pontífice. Apesar de o título não estar em uso, os seus poderes mantêm-se na pessoa do Papa.
Os meus cumprimentos,
A. Sapinho
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RE: arcebispo de mitylene
Caro Rui
É com saudosa memória que o relembro, ele que entrou na minha Arquidiocese no ano em que nasci, que acompanhou muito do meu crescimento na Fé (foi das suas mãos que recebi a primeira comunhão) pois tantas e tantas vezes esteve presente na escola que frequentava (Escola Infantil da Imaculada Conceição) e nos falava de modo simples e cativante.
Foi um grande impulsionador da Escutismo, em Évora, cedendo ao então Agrupamento nº 37, o primeiro que em Évora houve, uma excelente casa, na Rua do Raymundo, onde muitos jovens de então puderam crescer de uma forma sã.
Recordo também a sua preocupação com os homems do mar, fiel às suas origens em Ílhavo, várias vezes presidiu à benção dos bacalhoeiros, em vésperas da partida para a Terra Nova.
Este Homem simples foi Doutor Honoris Causa pela Universidade Coimbra. Na universidade de Estrasburgo, licenciou-se em Direito Canónico e doutorou-se em Teologia. Foi professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foi o único bispo português que integrou uma comissão conciliar no decorrer do Concílio Vaticano II. A partir de 1943 passou a ser sócio da Academia de Ciências de Lisboa. Em 1960 foi-lhe atribuída a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. Publicou um vasto conjunto de obras.
Aproveitando esta memório relembro também o seu secretário, em Évora, Rev. Cónego Salvador, depois pároco da minha freguesia de S.Pedro e meu padrinho de Crisma, homem de enormes virtudes e grandíssimo espírito de sacrifício que, apesar da doença que o afectou desde muito cedo e praticamento o impossibilitava de se mexer, nunca abandonou os seus paroquianos nem os seus deveres de pároco continuando a sua vida sacerdotal até que partiu para a Vida Eterna.
Requiem aeternam dona eis, Domine
João Cordovil Cardoso
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RE: arcebispo de mitylene
Boa tarde
Obrigado pela oportuna intervenção. De facto, até Bento XVI havia um Patriarca em Roma mas, neste momento, já não há pois, como diz, Bento XVI renunciou a esse título.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: arcebispo de mitylene
Caro Manuel Sarmento Pizarro
Segundo a Wikipedia ainda existe hoje o Patriarca da Indias Orientais com a particulraridade de não se metropolita.
A listagem dos patriarcas que aí consta é a seguinte:
Lista de Patriarcas das Índias Orientais
António Sebastião Valente (1886–1908)
Mateus de Oliveira Xavier (1909–1929)
Teotónio Emanuel Ribeira Vieira de Castro (1929–1940)
José da Costa Nunes (1940–1953)
José Vieira Alvernaz (1953–1975)
Raul Nicolau Gonçalves (1978–2004)
Filipe Neri António Sebastião do Rosário Ferrão (2004–presente)
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Patriarcado_das_%C3%8Dndias_Orientais"
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: arcebispo de mitylene
Caro João
Obrigado por ter sublinhado tão brilhantemente a minha "pro memoria".
Um abraço
Rui do Amaral Leitão
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