Infantes, de Santarém, e suas ligações
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Infantes, de Santarém, e suas ligações
Na sequência de uma sugestão/desafio que simpaticamente me foi feito em tempos no forum, em http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=136711, venho publicamente demonstrar o meu interesse em conhecer e completar a descendência conhecida de Tomás de Vila Nova Infante, que se encontra em http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=278403, depois de ter desenvolvido e publicado a ascendência e a descendência - pelo menos na linha principal - de seu irmão Simão (outras linhas de seu irmão, não exploradas por mim, designadamente as irmãs de minha avó Maria da Piedade Infante de Lacerda Castelo Branco - http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=25043).
Aproveitar-se-á ainda o tópico para completar/corrigir os dados constantes do Genea, com a informação que para tanto foi enviada do Arquivo Distrital de Santarém.
Assim:
1. TOMÁS DE VILA NOVA INFANTE DE SEQUEIRA. Nasceu em Santarém, a 10.2.1671, sendo baptizado no St.º Milagre, a 28.9.1671 (foi afilhado de seu Avô Gregório Alvares Bandeira) e f. Santarém, a 4.6.1730. Capitão de Cavalos e comandante de uma companhia que formou à sua custa para a Guerra da Sucessão em Espanha. Morreu em 1730. Casou duas vezes, a primeira com D. Francisca Palha de Almeida, filha do Capitão João Palha de Almeida. O casamento terá sido anulado. Casou pela segunda vez em Lisboa (Anjos), a 20.8.1711, com D. Teresa Josefa da Camera Paim e Souza. Foram estes últimos pais de:
2. BRÁS ORNELLAS INFANTE (ou, segundo o Genea, Brás de Ornellas da Câmara, http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=275909). O Genea dá-o nascido em Santarém (S. Vicente do Paúl), a 17.6.1720 e casado com Quitéria Maria Netto. Não pudemos ainda confirmar qualquer destas informações (o genea não fornece as fontes). Foram pais de:
3. LUÍS INFANTE DA CÂMARA (http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=195199). Não o encontrámos, em paroquiais, com o nome inteiro que lhe dá o Genea, o que está longe de significar que não seja verdadeiro. Diz-se aí ainda que casou com Ana Emília da Mota e que desse casamento nasceram vários filhos. Contudo, do Arquivo Distrital de Santarém resulta que Luís Infante da Câmara foi pai de:
4.1. EMÍLIO INFANTE DA CÂMARA (http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=192103). Aparece no seu assento de óbito, a 1.3.1875, na data indicada no Genea, como «filho natural de Luís Infante da Câmara e de mãe incógnita». Morreu com «75 anos e meio, proprietário, casado com D. Emília Cesan da Câmara». Casou com D. Emília Cesan da Câmara, a qual, depois de viúva, casou pela segunda vez, em Santarém (S. Vicente do Paul), com cinquenta e dois anos, em 23.6.1877, com o Comendador Silvério Alves da Cunha, de setenta e um anos (A.D. Santarém, RP, S. Vicente do Paul, Liv. Casamentos, 1843-1899, fl. 71 v.-72v.). Seguimos com a descendência do primeiro casamento.
4.2. EMÍLIA. Encontrámos o seu assento de baptismo em Santarém (S. Vicente do Paúl), dispondo-se aí o seguinte: «Aos onze do mês de Setembro de mil oitocentos e vinte/ e cinco nesta Parochial de S. Vicente de Paul baptizei e pus/ os Santos Óleos solenemente a uma menina de nome Emília que tinha nascido a vinte e nove de Agosto da dita era filha/ não de matrimónio de Luis Infante e de Maria Carolina /a mãe foi exposta no Espital (?) que se não sabe o espital onde foi exposta/o pai natural desta freguesia- neta paterna de Brás Ornellas Infante/ e de Quitéria Infante e pela mãe se não sabe os avós foi padrinho/ o Ilmo. Senhor Emílio Infante da Câmara em fé que fiz este assento/ dia era ut supra. Coadjutor José V.na Gomes». Esta filha Emília não aparece referida no Genea. Julgamos que o seu irmão Emílio, então já com cerca de 25 anos, terá sido o padrinho. Esta Emília casou em Santarém, S. Vicente do Paul, a 21.11.1850, sendo identificada no respectivo assento como «D. Emília Infante da Câmara, donzela, filha de Luís Infante da Câmara e de D. Maria Carolina, ele natural desta freguesia ahonde faleceu e ambos foram moradores na sua Quinta de Alpompé» (AD Santarém, RP, S. Vicente do Paul, Livro de Casamentos, 1847-1883, fl. 10-10v.). Não temos mais notícias.
4.1. Do casamento de Emílio Infante da Câmara com D. Emília Cezan da Câmara (n. Lisboa, na freguesia de S. Julião, filha de Baltasar de Cezan, natural de França, Marselha, e de Dona Maria Emília Garrido de Cezan, natural de Lisboa, S. Sebastião da Pedreira) nasceu, a 7.7.1853, EMÍLIO INFANTE CEZAN DA CÂMARA (http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=192103) «solteiro, proprietário, natural da Quinta de Alpompé, freguesia de S. Vicente de Paul, (…) onde foi baptizado» a 13.11.1853 (A.D. Santarém, RP, S. Vicente do paul, Baptismos, 1852-1862, fl. 10v. – foram padrinhos Francisco de Assis de Gambôa e Liz e Dona Carolina Augusta Infante da Câmara) o qual, com vinte e três anos casou em Santarém (Vale de Figueira), a 30.10.1876, com D. Emília Augusta da Motta, de 20 anos, baptizada na mesma freguesia e «filha legitimada por subsequens matrimonium de José da Motta Gaspar, proprietário, natural e baptizado na freguesia de Santa Maria dos Olivais da Cidade e Prelazia de Tomar (…) e de Dona Gertrudes Maria, natural e baptizada nesta de Vale de Figueira (…)» (A.D. Santarém, Vale de Figueira, Livro de Casamentos – 1843-1899, fls. 67 a 68).
5. Foram estes últimos pais de, pelo menos:
5.1. MARIA, que nasceu na Quinta de Alpompé a 20.8.1877 e aí foi baptizada a 10.9.1877. Julgamos ser a referida em http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=114187. Existe no Genea muita informação sobre a sua extensa e notável descendência.
5.2. ISABEL, referida em http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=265410, igualmente com significativa e notável descendência que gostaríamos de completar (v. os “Infante Pedroso”).
5.3. EMÍLIO, referido em http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=31898, que casou e teve também descendência, que gostaríamos de completar.
5.4. JOSÉ, que nasceu também na Quinta de Alpompé a 18.1.1891, sendo aí baptizado a 8.2.1891. Encontra-se referido no genea, em http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=62390. Teve igualmente uma notável descendência, que gostaríamos de completar.
Espero que este contributo, ainda que incompleto, permita um próximo aprofundamento da descendência de Tomás de Vila Nova Infante de Sequeira, cuja ascendência por varonia também aqui apresentamos:
_____ Sequeiras, de Santarém ___________
1. BRÁS DE SEQUEIRA, n. Tavira. Com este começa Felgueiras Gayo, no Título “Sequeira”, o ramo dos “Sequeiras de Santarém”, dele dizendo que «passou do Reino do Algarve criminoso para a vila de Santarém» . CF. Aposentador dos Fidalgos da Casa de D. João III com o ordenado de 24$800 reis e dois moios de milho pago no Almoxarifado das Jugadas. D. Sebastião o teve por Aposentador, com o mesmo soldo (Alvará de 12.7.1558). Instituiu uma Capela no Convento dos Agostinhos em Santarém com obrigação de missas. Jaz junto a Capela Colateral no mesmo Convento da parte do Evangelho numa sepultura que mandou fazer para si e seus descendentes em que pôs as armas dos “Sequeiras” e um letreiro, onde diz «Esta sepultura he de Braz de Sequeira e sua mulher ISABEL LOPES e seus herdeiros». Afonso de Dornellas dizia que esta se chamava D. ISABEL JORGE. Foram pais de:
2.1. BELCHIOR DE SEQUEIRA, que segue
2.2. Luís Álvares de Sequeira. Escudeiro Fidalgo, acrescentado a Cavaleiro. Casou com Isabel Bot.º Froes. C.g. extinta
2. 1. BELCHIOR DE SEQUEIRA. Moço da Câmara do Rei D. João III (Alvará de 28.2.1554) e de Escudeiro e CF (Alvará de 23.10.1556). Armado Cavaleiro nas Galés. Proprietário de um dos Ofícios de Tabelião de Santarém. Foi tutor dos irmãos “Infantes”, que casou com seus filhos. Casou com MARIA DA COSTA, natural da Província da Beira e f. Santarém, a 24.2.1607. Conta Afonso de Dornellas que Belchior de Sequeira, «vindo da Índia e naufragando, fizera a promessa de no caso de se salvar, casar com uma criada, pelo que, chegando a Santarém, casou com Maria da Costa» . Foram pais de:
3.1. ESTACIO DE SEQUEIRA, que segue.
3.2. Gaspar de Sequeira. Moço de Câmara do Rei D. Sebastião, que acompanhou a Álcacer-Quibir. Foi armado Cavaleiro em Mazagão. Casou com D. Guiomar Rebelo Furtado (INFANTE), irmã de TRISTÃO NUNES INFANTE e de D. BRITES AIRES SOBRINHO INFANTE, e foram pais de Belchior Furtado de Sequeira Infante, instituidor do Vínculo da Capela no Convento de St.º Agostinho de Santarém (vivia a 9.3.1617 ), que por falta de descendência do instituidor, passou para seu tio Tristão Nunes de Sequeira (v. infra).
3.3. D. MARGARIDA SEQUEIRA DA COSTA. Terá falecido na sua Quinta da Cabeça de Águia, a 21.11.1647. Casou com TRISTÃO NUNES INFANTE. C.g. até à actualidade
3.4. Matias de Sequeira. Moço de Câmara de Filipe II, acrescentado a MF pelo memo Rei, que criou um ofício de Tabelião em Santarém e lho deu. Casou com Maria Viegas. C.g. extinta
3.5. Frei Jerónimo. Frade Agostinho
3.1. ESTÁCIO DE SEQUEIRA, Moço de Câmara de Filipe II (5.7.1574), acrescentado a Escudeiro Fidalgo (Alvará de 4.8.1584) e a Fidalgo Cavaleiro (Alvarás de 5.5.1592 e 20.5.1600 ). Alferes da Câmara de Santarém (1624 ). Fez testamento em 10.4.1634, tendo morrido antes de 14.7.1640, data em que o mesmo foi aberto . Casou duas vezes, a primeira com D. BRITES AIRES SOBRINHO DE SOUSA INFANTE, que faleceu em Santarém (28.10.1591), filha de SIMÃO NUNES INFANTE, Cavaleiro-Fidalgo e que obteve CBA (Carta de El-Rei D. Sebastião, de 8.7.1571), e de sua mulher D. FRANCISCA FURTADO . Foram pais de:
4. SIMÃO NUNES INFANTE DE SEQUEIRA, terá nascido em Santarém, a 16.10.1591 e b. Santarém (St.º Milagre), a 24.10.1591 . Moço de Câmara (Alvará de 20.5.1600) acrescentado a Escudeiro Fidalgo e a Cavaleiro Fidalgo. Vereador da Câmara de Santarém (1645) e Capitão das Ordenanças das freguesias de São Nicolau e do Santo Milagre de Santarém. Testou a 17.4.1641 e morreu em Santarém (Santa Cruz), a 29.12.1648. Casou com sua prima co-irmã D. JERÓNIMA FURTADO DE SEQUEIRA INFANTE , filha de TRISTÃO NUNES INFANTE, Moço da Câmara acrescentado a Escudeiro e Cavaleiro (Alvará de 20.5.1600). Vereador e Alferes da Câmara de Santarém e Chanceler da mesma vila, e de sua mulher e prima co-irmã D. MARGARIDA SEQUEIRA DA COSTA. Foram pais de:
5.1.Estácio de Sequeira. Serviu no Alentejo. Morreu em vida de seu Pai e casou em Pias com D. Antónia ou D. Catarina Garcez, «herdeira da casa e vínculos de seus Pais. Estes vínculos, por morte e declaração desta senhora, passaram para Rodrigo de Sá». S.g.
5.2.TRISTÃO NUNES INFANTE DE SEQUEIRA, que segue
5.3.Simão Nunes Infante. Vereador em Santarém. C.g.
5.4.(Soror) Brites da Cruz Infante. Freira em St.ª Clara (Santarém), de grande virtude.
5.2.TRISTÃO NUNES INFANTE DE SEQUEIRA, n. Santarém, a 30.11.1625 (b. Santarém, St.º Milagre), e terá morrido em 5.1.1693 (jaz no Convento das Carmelitas Descalças de Santarém). Bacharel formado pela Universidade de Coimbra e escritor «muito erudito». Foi Alferes da Câmara de Santarém (1659) e vereador (1661 a 1667), Procurador em Côrtes, por Santarém (1668), Mestre de Campo de Auxiliares (8.4.1674), tendo sido capitão de uma companhia de cavalos que levantou à sua custa (carta patente de 8.4.1674), tendo servido na campanha do Alentejo. Escrivão da Irmandade de Nossa Senhora da Piedade (Santarém). Instituiu Capela da sua terça, com obrigação perante N.ª Sr.ª do Pilar de S. Vicente de Fora. Morreu em 5.1.1689. Casou duas vezes. A primeira c. D. Catarina de Sousa, s.g. . Casou 2.ª vez, na Ermida de S. Brás (ou em Santo André de Estremoz), a 19.4.1670 , com D. MARIA ANTÓNIA DE SEQUEIRA LOBO , nascida e baptizada em Estremoz (St.º André), a 8.4.1648, e falecida em Santarém (Santa Cruz da Ribeira), a 1.9.1708, filha de GREGÓRIO ÁLVARES BANDEIRA, b. Lisboa (Sacramento), a 16.3.1614, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Capitão de Infantaria na Flandres, de onde voltou após a aclamação de D. João IV, «pertencendo à principal nobreza de Estremoz», de que foi nomeado capitão, e de sua mulher D. CATARINA LOBO DE SEQUEIRA, de Estremoz; neta paterna de GASPAR MOREIRA DE MELLO (Escudeiro-Fidalgo acrescentado a Moço de Câmara – carta de 12.11.1592) e de D. MARIA COELHO ARANHA; neta materna de MANUEL LEITÃO DE SEQUEIRA, CF e de GUIOMAR VARELA; bisneta, pelo avô materno, de LUÍS ÁLVARES DE SEQUEIRA; bisneta, pela avó materna, de MANUEL FRADE Foram pais de:
Cordiais cumprimentos
MGH
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RE: Infantes, de Santarém, e suas ligações
Caro MGH
Sobre a descendência de José Infante da Câmara, no genea em: http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=62390.
Penso que se encontra bastante completa aqui no Genea. Falta o casamento de Pedro Infante da Camara, http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=253189 que é casado Andreia Mesquita e têm dois filhos, Catarina e Pedro.
Cumprimentos,
José de Castro Canelas
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RE: Infantes, de Santarém, e suas ligações
Caro MGH
Encontram-se duas entradas aqui no Genea para Fernando Centeno Infante da Câmara http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=289519, uma das quais refere o casamento do seu filho Emílio, único do casamento.
Cumprimentos,
JCC
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RE: Infantes, de Santarém, e suas ligações
Caro JCC,
Muito obrigado pelas suas indicações.
MGH
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RE: Infantes, de Santarém, e suas ligações
Caro Geneall,
Deparei-me ontem com o assento de matrimónio de Emílio Infante da Câmara, nas Mercês, a 21 de Fevereiro de 1851 (Liv. C-9, fl. 11v. - apesar de as folhas não estarem, aparentemente, numeradas - v. http://digitarq.adlsb.dgarq.gov.pt/viewer?id=3651968, ao clicar, depois é escolher o tiff 15) onde se diz claramente que é "filho de pais incógnitos", informação, aliás, que foi confirmada no seu óbito em 1875 e que há já 6 anos aqui reproduzi.
Noto que na ficha deste senhor têm até a indicação da data exacta e local de matrimónio. informação, aliás, que foi confirmada no seu óbito em 1875.
Pergunto-me por isso porque é que aparece como filho de um matrimónio de um Luis Brás de Ornelas Infante da Câmara com uma Ana Emília da Mota, na ficha correspondente,em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=195199. Chamo apenas a atenção não apenas porque a informação é pública mas também porque, em geral, o geneall é bastante cuidadoso nestas informações. Além do mais, a situação não tem hoje qualquer impacto. Basta ver, consultando a base PORDATA da Fundação Francisco Manuel dos Santos que, em 2012, apenas 45% das crianças nasceram dentro do casamento e mais de 10% nasceram, não só fora de qualquer casamento, mas até fora de coabitação entre pais e mães.
Com amizade,
Miguel GH
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