Rebordão, novamente, porquê? e onde?
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Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Caros utilizadores deste fórum,
Este pedido de esclarecimento será certamente mais difícil e vago. Mas acredito que a troca de informação pode ajudar. Por isso coloco neste fórum a questão:
Na perseguição da origem do nome Rebordão no ramo familiar, verifiquei que este tem "início" na zona de Souto da Casa, que fica no Fundão. A mais detalhada descrição que obtive a respeito, surge assim num assento de nascimento:
«... natural de casa(l) de Rebordão, freguesia de S. Pedro, lugar de Souto da Casa, distrito da Covilhã (?), deste bispado da Guarda» - assento que data de 1690.
Há algo nestes dados que escape à minha interpretação? Nomeadamente: é possível seguir uma determinada pista? Não sei a que se refere quando menciona «natural de casa(l) de Rebordão», pois, se fosse lugar, não se fazia ainda menção a S. Pedro e Souto da Casa. O que é? Será ainda assim um lugar? Ou um lar?
Desculpem a insistência e desde já obrigado por qualquer esclarecimento.
Cristina
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Cristina
Salvo melhor interpretação, penso que a pessoa em questão pertenceria a uma ou agrícula ou senhorial onde o titular da propriedade teria o apelido Rebordão.
Conheço uma pessoa de apelido Rebordão, que é médica em Pontevel, freguesia do concelho do Cartaxo, que é filha de um médico, também Rebordão e que é natural de uma zona Beirã, salvo erro da Guarda.
Safira
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
O indivíduo em causa também o carrega. E no caso, o apelido continua pelos filhos. O pai do referido também é Rebordão. Mais não sei, pois acabaram-se os registos. Todos os homens durante as gerações subsequentes carregaram o apelido. As mulheres não.
Mas obrigada!
PS: sei que há médicas neste ramo familiar, não sei é se carregam o nome.
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Sim esta médica a que me refiro, é a Drª Madalena Rebordão, sendo o Rebordão o apelido do pai.
Safira
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
A mãe da fadista Amália Rodrigues tinha o apelido Rebordão e era natural do Fundão e o avô materno da fadista era natural do Fundão (Souto da Casa) como pode ver aqui no portal.
LF
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RE: Rebordão, origem a decorrer
Cara Safira e Cverde,
Sim, estou bem a par da genealogia de Amália Rodrigues. Se consultar outros tópicos, verificará que, graças a informações trocadas, o "Rebordão" que ela não carregava mas que certamente lhe pertencia, junta-se aos "meus". Consigo assim, tornar geograficamente mais restrita a origem do nome. Mais informações, só se conseguir localizar os registos Paroquiais da freguesia de Vilar Seco, em Viseu, origem do mais remoto Rebordão.
Cara safira, só sabendo mais sobre a genealogia pessoal da pessoa a que se refere é que saberei se se "entronca" nos "Rebordões" que estudei e estudo. Pois, como sabe, os ramos estendem-se e são necessários muitos dados para os afunilar.
Obrigada a ambos.
Reforço o pedido de mais esclarecimentos!
CC
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Caro Confrade
Os Rebordões no Souto da Casa (terra de origem dos meus Leitões), ainda com descendentes no Fundão, tinham ramos que no século XVIII, eram detentores de apreciável património fundiário que até um lagar de azeite englobava....
Os meus antepassados detinham várias terras e algumas delas confrontavam com as dos Rebordões como vi há muitos anos por documentos antigos. Havia nome de confrontações como o Casal dos Rebordões ..., que suponho ficar na encosta da Serra da Gardunha Junto ao souto da Casa ...
Cumprimentos
João Trigueiros
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RE: chegar perto...
Caro João Trigueiros,
a sua informação trouxe ânimo. Levanta informação que desconhecia. Que mais poderá dizer a este respeito? Sabe que documentos posso consultar para aprofundar a história do que contou?
Muito Grata
CC
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Cara Cristina:
Em minha opinião, o texto que indica:
«... natural de casa(l) de Rebordão, freguesia de S. Pedro, lugar de Souto da Casa, distrito da Covilhã (?), deste bispado da Guarda»
não oferece grandes dúvidas se for interpretado de acordo com o que eram as designações correntes na época, neste caso, em 1690.
Assim:
- Natural do casal de Rebordão (isto é, de um pequeno lugar chamado Rebordão). Ainda encontro num dicionário moderno, para a palavra "casal", os significados "pequeno povoado" e "lugarejo".
- Da freguesia (isto é, paróquia) de São Pedro (isto é, com o orago São Pedro) do lugar de Souto da Casa (isto é, com sede em Souto da Casa). De facto, a paróquia/freguesia do Souto da Casa tem ainda hoje como orago São Pedro.
- Do distrito (isto é, distrito eclesiástico, que é uma subdivisão de uma diocese) da Covilhã.
- Do bispado da Guarda.
Os significados de "freguesia", "lugar" e "distrito" são, como se vê, completamente diferentes dos actuais. "Freguesia" aplica-se hoje à divisão civil, ficando "paróquia" reservado para a divisão eclesiástica, mas naquela época tanto se usava "freguesia" como "paróquia" para o caso eclesiástico. Chamar "lugar" a qualquer sede de freguesia será hoje tomado como um insulto mas era a designação corrente de então para tudo o que não fosse vila ou cidade, equivalente ao actual "aldeia". Os "distritos" civis como hoje os conhecemos só foram criados no século XIX.
Como não fiz pesquisa na zona do Souto da Casa não lhe posso confirmar a existência desse lugar chamado Rebordão na actualidade, mas pelo menos em 1690 esse lugar devia existir conforme se deduz do registo acima.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Caro Rui Pereira:
Muitíssimo obrigada pela sua explicação.
Cumprimentos:
CC
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RE: chegar perto...
Caros confrades
Talvez vos interesse, estes dados encontrados no livro de Candido Teixeira (Antiguidades Familias e Varoes Ilustres de Sernache de Bonjardim)
Um Padre Felizardo Vaz Rebordão, natural de Souto da Casa, termo do Fundão, paroquiou desde 25/8/1878 a 7/12/1897, data em que faleçeu no lugar de Rebaxia dos Faustinos, freg. da Cumeada, tendo 52 anos de idade. Era filho de Manuel Vaz Moço e de Francisca Vaz Rebordão.
Cumprimentos
Carlos Luiz
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Caríssimos,
antes de mais, agradeço a todos que avançam com possibilidades e informação. A quem souber de Rebordões, este tópico também serve, pois o apelido despertou em mim tal curiosidade, que gostaria de aprofundar as origens.
Quanto à interpretação das palavras contidas no assento que fazem referência a "Casal de Rebordão", um outro acrescenta: «neta de XXX Rebordão, natural de Vilar Seco, COMARCA(?) de TRANCOSO..." e um outro ainda "deste lugar de Souto da Casa, MAS MORADORES no CASAS DE REBORDÃO, desta freguesia"... ainda meio confuso de interpretar com certezas absolutas, mas a caminho de um concenso...
Terei de investigar um pouco mais para confirmar os dados.
COm os melhores cumprimentos,
CC
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Tenho um amigo com este apelido. A origem da familia e' de Souto da Casa.
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
«REBORDÃO, Herculano. Poesias escolhidas. Apresentaçao, selecção e notas de Atnónio Salvado. Fundão: Câmara Municipal, 2003. Colecção Memórias e Identidade [1]. 8°, orig. illus. wrps. 63 pp., xvi pp. color illus. ISBN: none. $18.00. The journalist, poet, publicist and diplomat Herculano Vaz Serra Rebordão (1906 - 1975) was born in Souta da Casa, concelho do Fundão. He published five volumes of verse during his lifetime. See Grande enciclopédia, XXIV, 553.»
«Rumo ao Souto da Casa, aqui nesta avenida de vidoeiros. O viajante toma alturas ao tempo e pensa onde almoçar. Leva consigo o poema de Herculano Rebordão, poeta do Souto da Casa, ele como ninguém, cantou a ribeira da sua terra.»
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Caros confrades,
Tambem eu, em tempos, conheci em Valença do Minho um Rebordão do qual não me lembro o nome próprio.
As famílias eram muito próximas e a amizade então havida com a família perdeu-se nos tempos, fruto do falecimento do casal. Por tal não tenho contacto com a filha.
Este Rebordão de que falo era licenciado em Direito a exercer primeiramente no Tribunal Judicial, e, posteriormente, advocacia naquela Vila.
A filha chama-se Manuela Rebordão, é médica, e exercia há cerca de vinte anos em Lisboa, presumo que no Stª. Maria.
O meu pai contou-me que o Dr. Rebordão era efectivamente natural do Fundão e primo da Amália Rodrigues, pelo menos é essa a ideia que retém das conversas de então.
Espero ter contribuído alguma coisa com mais esta achega.
Mcumptos
Maia da fonseca
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Caro Maia da Fonseca,
Efectivamente está correcto. A minha família tem em parte origem no Fundão. O meu avô advogado, António Maria de Rebordão Mendoça Cabral y Parma, tinha como mãe uma Sr.ª da zona do Fundão da família Rebordão e da família Franco Frazão Maria Emília de Rebordão da Fonseca Franco Frazão, relativa aos Condes de Penha Garcia , e como pai o um sr. de origem alemã com ascendencia italiana da Casa de Parma e dé um ramo colateral dos Mendoça com os Condes Cabral. A minha irmã que foi cirurgiã no hospital de St. Maria, comentou em tempos a existência de tal "prima".
Há vários sr.s que cursaram Direito, são de renome os grandes embaixadores de Portugal na Santa Sé durante o Estado Novo, o embaixador rebordão Menezes, e ainda hoje em dia vários que foram juízes do supremo tribunal.
Conheço ainda uma família ilustre no Fundão, que não usa o nome mas que descende dos mesmos.
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
M.M.,
Estava mesmo neste momento a ver a irmã de Amália na Sic, e resolvi pesquisar sobre o assunto... Mas penso estar equivocado, deve ter-se enganado na família! Tenho onhecimento das relações que fala, mas não dessa forma! Não conheço qualquer união desse tipo, há sim uma muito parecida mas com uma descêndencia muito fechada, cujo as ligações se deram muito mais tarde...Não podendo então o sr, pertencer-lhe...
Peço-lhe o favor de rever!
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RE: Rebordão, novamente, porquê? e onde?
Caro confrade,
Não lhe posso, de momento, ser de grande utilidade, porque, se por um lado não privo com essa familia há muito tempo, por outro, o meu pai faleceu no ano passado, o que inviabiliza qualquer pretensão de voltar ao assunto.
Tenho presente, no entanto, o ter ouvido recentemente uma conversa a referir a Manuela Rebordão como estando algures nesta região do Alto Minho, provavelmente o seu retorno difinitivo a Valença ou arredores.
Quando obtiver alguma coisa mais, voltarei aqui.
Cordiais cumprimentos,
Costa Maia
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