Geraldo da Mota, executado no Porto
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Geraldo da Mota, executado no Porto
Caros colegas,
Geraldo da Mota, cirurgiao, natural de S. Miguel do Prado (conc. Vila Verde) e morador em Tabuaças (conc. Vieira do Minho) foi morto “por ordem de elRey na cidade do Porto” em 1652 (25 de maio).
Desejo saber as circunstancias do caso.
Algum colega tem conhecimento de Geraldo da Mota e das razoes da sua morte?
Agradeço qualquer ajuda.
Carlos Silva
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RE: Geraldo da Mota, executado no Porto
Caros colegas,
Merece referencia o facto de Isabel Fernandes, viuva de Geraldo da Mota, receber Alvará no ano seguinte (1653-10-29) a proposito do cargo de Tabelião do Público e Judicial do concelho de Vieira e couto de Serzedelo, para um filho ou filha (Torre do Tombo: Registo Geral de Mercês, Mercês da Torre do Tombo, liv. 21, f. 54v-55).
E mais na mesma data Alvará de Tabelião do Público e Judicial do concelho de Vieira e couto de Serzedelo, para pessoa apta, ficando com dois terços do rendimento para seus filhos.
O cargo nao veio do marido mas sim do pai dela, Diogo Fernandes (Tabelião do Público e Judicial do concelho de Vieira e couto de Serzedelo - 1646-10-15 - Registo Geral de Mercês, Mercês da Torre do Tombo, liv. 16, f. 193-193v), referido com tal nos paroquiais em 1639, 1640, 1642...
O tal filho vai ser Diogo Fernandes da Mota (Costa (sic)) - 20/09/1658 - Registo Geral de Mercês, Chancelaria de D.Afonso VI, liv.3, fl.276v - Carta. Tabelião do Público e Judicial do concelho de Vieira e do Couto do Serzedelo.
Outros filhos de Geraldo foram José (1637-1661) morto na fronteira do Alentejo e Simeao (1641-1658) morto na fronteira do Minho, durante a guerra de Restauraçào.
Cumprimentos
Carlos Silva
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RE: Geraldo da Mota (dados biograficos e ascendencia)
Caros colegas,
Geraldo da Mota foi, segundo me parece, o antepassado dos Motas de Vieira do Minho.
Era dos Motas do Prado (Vila verde) conhecidos de alguns nobiliarios.
Segundo inquiriçoes de genere de seus descendentes, era homem muito pundonoroso e sendo mancebo sua familia achou conveniente afastar o nosso Geraldo de S. Miguel do Prado. Contudo nào impediu o tragico desfecho, pois foi mais tarde em 1652 o que lhe custou a vida, parece.
Entretanto casou em 1634 em Tabuaças com Isabel Fernandes filha de Diogo Fernandes.
De notar que ja em 1630 (29 de junho) em Tabuaças foi padrinho um Geraldo Alvares da Mota, cirurgiào, sobrinho do Padre Gaspar Dias de Carvalho, abade de Cantelaes.
No mesmo ano foi padrinho Geraldo Cirurgiào, tambem em Tabuaças.
Geraldo Alvares da Mota, sobrinho do abade Gaspar Dias da Mota tambem foi padrinho em Cantelaes em 1629
Geraldo da Mota deve ser o mesmo que Geraldo Alvares da Mota, o que encaixa com o facto de ser irmào (segundo as tais inquiriçoes) de Miguel Alvares, da casa do Hospital, em S. Miguel do Prado (pai do Padre Antonio da Mota, cura de Geme).
Gaspar Dias de Carvalho foi abade de Cantelaes de 1615 a 1643 e era natural de S. Miguel do Prado como se aponta no registo de batismo da dita paroquia em 1622, quando celebrou um batismo. Faleceu depois de 1656 pois celebrou batismos na sua paroquia de origem.
Devia ser tio materno de Geraldo e Miguel.
Agradeço dados sobre essa gente.
Melhores cumprimentos.
Carlos Silva
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RE: Geraldo da Mota, executado no Porto
Prezado Carlos Silva
Já que ninguém está respondendo a este tema, aproveito para indicar que mesmo no Google, indicando
"Gaspar Dias de Carvalho"
Aparece o mesmo em várias localidades do actual concelho de Vila Verde
Melhores cumprimentos
Antonio Gonçalves
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RE: Geraldo da Mota matou o sogro
Caros colegas,
Venho dar seguimento ao caso, que pode interessar os colegas que estudam os Motas do Prado e principalmente os Motas de Vieira do Minho.
Como esperava, o ja referido documento consultado no ANTT concedido em 1653 a Isabel
Fernandes: Alvará. Tabelião do Público e Judicial do concelho de
Vieira e couto de Serzedelo, para um filho ou filha, revela de forma
resumida as condiçoes da execuçào de Geraldo (Alz) da Mota.
Como se pode ver no documento Diogo Fernandes foi proprietario dos oficios de tabeliao do publico e
judicial do concelho de Vieira e Serzedelo, e serviu bem durante mais de 30 anos.
Teve licença para nomear na pessoa que casasse com Isabel Fernandes
sua filha, e com efeito nomeou Geraldo da Mota com quem foi casada.
Contudo Geraldo da Mota matou seu sogro. Por sua vez foi morto por isso no Porto.
Isabel Frz com 9 filhos menores, obteve Alvará para segurar o futuro e
de facto foi seu filho Diogo Alvares da Mota que foi depois nomeado.
De notar que Diogo Fernandes faleceu em maio de 1649, sendo entào a filha e o genro herdeiros.
Em maio de 1650 Geraldo da Mota ainda se encontrava livre e a apadrinhar.
Devemos supor que depois de maio 1650 foi descoberto, julgado, executado Geraldo da Mota.
Deverà merecer para o futuro uma investigaçào nos arquivos da justiça do sec. 17.
Melhores cumprimentos
Carlos Silva
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