Azevedo de S. Joao de Rei (1508-1530) – Novidades
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Azevedo de S. Joao de Rei (1508-1530) – Novidades
Caros colegas,
Contam os nobiliarios os abusos e as desgraças de Diogo de Azevedo, 5° senhor de S. Joào de Rei, cujos bens foram confiscados pela coroa.
De forma que temos hoje no Corpo Cronológico do Arquivo da Torre do tombo (consultavel no sitio TTonline) uma bela serie de documentos pouco conhecidos e de muito valor para o conhecimento da linhagem dos Azevedos de S. Joao de Rei no sec. XVI.
Completam alias as valiosas pesquisas documentais de Manuel Abranches Soveral sobre a mesma linhagem no Sec. XV.
Servem antes de mais para responder a algumas questoes como a de saber quem era o Antonio de Azevedo, filho do 4° senhor de S. Joào de Rei (irmào portanto do 5° senhor), que os nobiliarios apresentam falsamente (portanto) como sendo embaixador na corte do Imperador.
Desde entào sabemos sim que Antonio de Azevedo era Arcediago de Barroso por volta de 1515, além de Fidalgo da Casa do Rei.
Parece bem diferente do doutor António de Azevedo Coutinho do conselho do Rei e seu desembargador e enviado na corte de Espanha documentado entre 1521 e 1527 pelo menos.
Tambem aparecem filhas desconhecidas dos livros de linhagens (por nao terem descendência suponho).
Fica mais uma vez demonstrada a riqueza da fonte internet TTonline.
Apresento abaixo o resumo da varios documentos que achei no sitio TTonline (muito simplesmente), classificados por ardem cronologica e como segue :
1) Documentos relativos a Antonio de Azevedo
2) Documentos relativos a algumas filhas de Diogo de Azevedo, 4° senhor de S. Joao de Rei
3) Documentos relativos a D. Leonor, mulher de Diogo de Azevedo, 5° senhor de S. Joao de Rei
4) Documentos relativos ao financiamento do castelo de Alfaiates sobre os bens dos Azevedos
5) Documentos relativos à administraçào geral dos bens confiscados
1) Documentos relativos a Antonio de Azevedo
12/10/1508
Alvará de D. Manuel I em que faz saber a Manuel de Abreu, fidalgo da sua Casa, que António de Azevedo haja cada ano, para estudar, 10.000 réis das rendas das terras de Diogo Lopes de Azevedo, seu irmão, pelo que manda que as pague enquanto tiver o cargo de recebedor das rendas.
29/05/1511
Mandado de D. Manuel para o almoxarife de Vila do Conde dar do rendimento do seu almoxarifado a António de Azevedo, filho de Diogo de Azevedo, 12 mil réis de mercê.
12/09/1515
Recibo de António de Azevedo, fidalgo da Casa Real e arcediago de Barroso, de como recebeu de Manuel de Abreu 12.000 réis que o rei D. Manuel I lhe mandou dar para ajuda dos seus estudos.
10/01/1516
Recibo de António de Azevedo, arcediago de Barroso, de como recebeu de Manuel de Abreu, fidalgo da Casa Real, 10.000 réis que o rei lhe mandou dar nas terras que foram de Diogo Lopes.
19/01/1517
Conhecimento de António de Azevedo, fidalgo da Casa Real e arcediago de Barroso, por que consta receber de Manuel de Abreu, fidalgo da Casa Real, 10.000 réis de mercê.
Recibo de António de Azevedo, arcediago de Barroso, pelo qual consta receber de Manuel de Abreu, 10 mil réis. 25/01/1518
07/03/1520
Conhecimento por que consta receber António de Azevedo de Manuel de Abreu, alcaide da Moeda do Porto, 10 mil réis que Sua Magestade lhe manda dar todos os anos pelas terras que foram de seu irmão Diogo Lopes.
10/09/1522
Conhecimento em que se declara que António de Azevedo recebeu de Manuel de Abreu, fidalgo da casa do rei, 10.000 réis que o dito Senhor lhe manda dar em cada ano nas terras que foram de Diogo Lopes, de que o dito Manuel de Abreu era administrador.
12/10/1528
Alvará do rei D. João III para se darem 10.000 réis cada ano a António de Azevedo das rendas das terras de Diogo Lopes de Azevedo, seu irmão.
2) Documentos relativos a algumas filhas de Diogo de Azevedo, 4° senhor de S. Joao de Rei
17/07/1508
Alvará para o contador de Trás-os-Montes pagar 60.000 réis de rendimento das terras de Diogo Lopes de Azevedo a D. Brites, sua irmã, freira no Convento de Santa Clara de Montemor-o-Velho.
26/07/1508
Certidão de Gaspar Pimentel, tabelião da vila de Montemor-o-Velho, por que consta da profissão que fez D. Brites Coutinha, filha de Diogo de Azevedo, no mosteiro de Santa Maria de Campos, da Ordem de Santa Clara da dita vila.
12/10/1508
Alvará para, do rendimento das terras de Diogo Lopes de Azevedo, se dar o que for necessário para três irmãs (bastardas) suas professarem como freiras.
3) Documentos relativos a D. Leonor, mulher de Diogo de Azevedo, 5° senhor de S. Joao de Rei
25/04/1510
Carta de segurança de dote e arras a D. Leonor, filha de Henrique de Sá e mulher de Diogo Lopes de Azevedo.
19/09/1511
Mandado do corregedor deEntre Douro e Minho para os juízes da cidade de Braga obrigarem o recebedor das rendas dos bens patrimoniais de Diogo Lopes de Azevedo a dar a D. Leonor de Melo, sua mulher, a importância de uma setença.
19/09/1511
Autos que se processaram na cidade de Braga a requerimento de D. Leonor de Melo, viúva de Diogo Lopes de Azevedo, sobre a informação do que renderam os bens patrimoniais que ficaram por falecimento de Diogo Lopes.
4) Documentos relativos ao financiamento do castelo de Alfaiates sobre os bens dos Azevedos
21/05/1518
Alvará para se entregar a Tomé do Mercado o produto das rendas que foram de Diogo Lopes de Azevedo, para a despesa das obras do castelo de Alfaiates.
20/02/1521
Alvará para o almoxarife das terras de Diogo Lopes de Azevedo dar todo o dinheiro que tivesse em seu poder ao recebedor das obras de Alfaiates, para factura da fortaleza.
08-04-1521
Alvará de D. Manuel I para o almoxarife das terras que foram de Diogo Lopes de Azevedo entregar todo o rendimento delas ao recebedor das obras da fortaleza de Alfaiates, para sua despesa.
18/02/1522
Alvará para o recebedor das rendas de Diogo Lopes de Azevedo cumprir as ordens que o rei D. Manuel tinha passado para dar a Tomé do Mercado, recebedor das obras reais da vila de Alfaiates.
1/11/1522
Conhecimento em que se declara que Tomé do Mercado, recebedor das obras dos muros que el-rei mandou fazer na vila de Alfaiates, recebeu de Manuel de Abreu, recebedor das rendas das terras que ficaram de Diogo Lopes de Azevedo, 120 réis para despesa da dita obra.
21/07/1524
Alvará para o recebedor das rendas das terras que foram de Diogo Lopes de Azevedo entregar os 202 mil réis, que das ditas terras são levados, além de 2.000 réis mais do um por cento, a Tomé do Mercado para a despesa das obras de alfaiates.
5) Documentos relativos à administraçào geral dos bens confiscados
20/06/1508
Cópia do alvará para Manuel de Abreu arrendar as terras de Diogo Lopes de Azevedo, sitas Entre Douro e Minho.
20/06/1508
Alvará para Manuel Lopes, tesoureiro da Casa da Moeda do Porto, arrendar as terras que Diogo Lopes de Azevedo possui nas comarcas de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes.
19/07/1510
Treslado sobre os bens que ficaram de Diogo Lopes de Azevedo em S. João de Rei e Bouro, em poder de Manuel de Abreu, os quais foram rematados e vendidos como consta neste documento.
02/01/1511
Alvará para se dar a Diogo Fernando Cabral, deão da capela do príncipe, 300.000 réis pelo rendimento das terras de Diogo Lopes de Azevedo.
16/08/1514
Instrumento de arrendamento das terras do rei que foram de Diogo Lopes de Azevedo em S. João de Rei e Bouro a Lançarote Freire pelos anos de 1514 e 1515
01/09/1515
Instrumento de arrendamento das terras de Aguiar, que ficaram de Diogo Lopes de Azeredo, feito por Manuel de Abreu, fidalgo da Casa Real, a Rui Cordeiro por 215.000 réis por ano.
16/08/1516
Instrumento por que consta do arrendamento que Manuel de Abreu, fidalgo da Casa Real e seu feitor, mandou fazer das terras que foram de Diogo Lopes de Azevedo, em terra de Pena, e se arremataram a Manuel Afonso, morador em Guimarães, por 21.000 réis.
16/08/1516
Arrendamento que Manuel de Abreu, fidalgo da Casa Real, por ordem de D. Manuel I fez a Diogo Dias, morador em Vila Real, das rendas de Aguiar que foram de Diogo de Azevedo e de Diogo Lopes, seu filho, por preço de 204.200 réis com as condições nele declaradas.
26/07/1517
Carta do rei ordenando a Manuel de Abreu fizesse arrecadação dos frutos e terras que foram de Diogo Lopes. Que o informasse dos seus reditos para determinar o que lhe parecesse.
09/08/1518
Arrendamento que fez Manuel de Abreu, fidalgo da Casa Real, que tem cargo das terras que ficaram de Diogo de Azevedo, por que arrendou a João Eanes a renda que o rei D. Manuel I tem em terra de Pena, que foi do dito Diogo de Azevedo por tempo de um ano com o preço de 20 mil réis.
13/04/1520
Conhecimento em que se declara que que Fernando Alvares, tesoureiro das moradas, recebeu de Manuel de Abreu por Diogo Brandão, contador do Porto, 14 mil réis de resto do dinheiro das terras que foram de Diogo Lopes de Azevedo.
19/04/1520
Alvará de D. Manuel I para o feitor das terras que foram de Diogo Lopes de Azevedo entregar a 191.500 réis a Fernão de Álvares, feitor das rendas do Reino.
23/03/1521
Conhecimento em que se declara que o tesoureiro das moradias, Fernando Alvares, recebeu de Manuel de Abreu, recebedor das rendas das terras de Diogo Lopes de Azevedo, por Diogo Brandão, contador do Porto, 180.000 réis do rendimento das ditas terras.
06/08/1522
Provisão do rei para Manuel de Abreu, tesoureiro da moeda do Porto e recebedor das terras que foram de Diogo Lopes de Azevedo, dar aos herdeiros de Manuel de Couros 15$014 réis que este venceu de seus soldos do tempo que serviu na feitoria de Quiloa e noutros pontos.
19/08/1522
Mandado de Nuno da Cunha, do Conselho de D. João III e vedor de sua Fazenda, a André Rodrigues para carregar em receita a Pedro da Mota 37.120 réis, que recebeu de Manuel de Abreu, feitor e recebedor das terras que foram de Diogo Lopes.
13/10/1522
Alvará para Manuel de Abreu, cavaleiro da Casa e tesoureiro da moeda do Porto, arrendar as terras que tinham sido de Diogo Lopes de Azevedo e as administrar.
04-08-1523
Alvará por que o rei manda entregar a Francisco Pessoa o assentamento das rendas das terras, que arrendou Diogo Lopes de Azevedo.
04/05/1528
Conhecimento por que consta que o tesoureiro do rei recebera de Diogo Brandão, contador no Porto, 350.000 réis, do rendimento das terras de Diogo Lopes de Azevedo.
17/06/1528
Conhecimento por que recebeu Pedro Vaz, recebedor dos restos das terras, que foram de Diogo Lopes de Azevedo, 14.000 réis.
12/08/1528
Conhecimento por que consta que Vaz, recebedor dos restos, recebera pelo contador Diogo Brandão 2.344 réis que ficara devendo Manuel de Abreu do tempo que fora recebedor das terras de Diogo Lopes de Azevedo.
30/04/1529
Conhecimento do tesoureiro do rei em que diz recebeu do recebedor das rendas das terras que foram de Diogo Lopes de Azevedo 150.000 réis à conta de maior quantia.
04/04/1530
Mandado do rei para os contadores de sua Casa levarem em despesa a Manuel de Abreu, tesoureiro da moeda da cidade do Porto e feitor das terras que foram de Diogo Lopes de Azevedo, 46.440 réis que pagou aos oficiais da dita moeda declarados no mesmo mandado.
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Melhores cumprimentos
Carlos Silva
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Azevedo de S. Joao de Rei (1508-1530) – corrigenda
Corrigenda: Como se pode notar, o 3) leva noticias de duas leonores, Leonor de Melo mulher de Diogo Lopes de Azevedo, 4° senhor de S. Joao de Rei, e Leonor de Menezes, mulher de Diogo Lopes de Azevedo, 5° senhor de S. Joao de Rei.
C.S.
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RE: Azevedo de S. Joao de Rei (1508-1530)
Caro Carlos Silva
Espero que esteja tudo bem consigo e com os seus miúdos.
Da minha parte agradeço desde já, as informações que disponibilizou.
Poderei entretanto esclarece-lo, de algumas situações que ajudam a compor o “puzzle” dos meus antepassados.
O 4° senhor de S.João de Rei tem o nome de Diogo de Azevedo, falecendo por volta de 1504 e o 5° o nome de Diogo Lopes de Azevedo que faleceu em 1510.
Diogo Lopes de Azevedo, praticou uma série de desacatos há opinião pública, a que se chama vulgarmente de crime! Acredito que sofreria de alguma doença, que acrescido ao facto de sua mulher Leonor de Menezes ser estéril, o faria exaltar-se com a perspectiva de não deixar descendência, em especial filho varão. Morreu contrito em Roma.
Os senhorios de S. João de Rei e Terras de Bouro, passaram há coroa, há pessoa do infante D. Luís, do qual foi 6° senhor, com padroados, jurisdições e data dos tabeliões. Existem mais de dez anos em que estando as terras, sobre a jurisdição de D. Luís, o mesmo as arrenda.
O seu irmão Pedro Lopes de Azevedo não chegou a tomar posse das terras que lhe doou o infante D. Luís em 1519, tendo morrido em Arzila em combate. Em 18 de Abril de 1520, o infante D. Luís fez doação “de prazer e com consentimento Del-rei”, a António de Azevedo Coutinho filho de Pedro Lopes.
A confusão com se fazem sobre os Azevedos embaixadores desta época, desfaz-se da seguinte maneira:
Diogo Lopes e Pedro Lopes tiveram um irmão de grande projeção em Portugal na época e que foi António de Azevedo, filho 3°, clérigo, desembargador do Paço e embaixador junto do imperador da Alemanha. Os filhos de Pedro Lopes, nascidos em Arzila, foram criados pelo seu irmão António. O seu sobrinho Antonio de Azevedo Coutinho, 8° senhor de S. João de Rei, herdaria o seu cargo e seria embaixador em Itália e em Espanha. Por vezes chamá-lo-iam de António de Azevedo como a seu Tio que sendo clérigo, teve um filho de nome Diogo de Azevedo Coutinho, com geração...
D. Leonor de Melo foi a segunda mulher de Diogo de Azevedo, 4° senhor de S. João de Rei. A primeira mulher é a “polémica” Maria da Cunha ou Vilhena (filha de Fernão Coutinho e Maria da Cunha) casados no Porto a 10/02/1466.
Nada mais de momento me vem há memória e até uma próxima oportunidade.
Um abraço do,
José
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RE: Azevedo de S. Joao de Rei (1508-1530)
Caro José (S. João de Rei),
Consegue documentar o casamento da Maria da Cunha ou Vilhena no Porto, a 10/2/1466. Poderia indicar-me a fonte?
Com os melhores cumprimentos,
Miguel Seixas
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RE: Azevedo de S. Joao de Rei (1508-1530)
Caro Miguel Seixas,
O casamento de Diogo Lopes de Azevedo e Maria da Cunha acha-se documentado da forma seguinte, com a devida vénia a Manuel Abranches Soveral :
A 10.2.1466 D. Afonso V confirmou doação a D. Fernao Coutinho, do seu Conselho, e a sua mulher D. Maria da Cunha, e a sua filha Dona Maria, de 2.000 dobras de ouro, que sua filha haveria de receber pelo seu casamento com Diogo de Azevedo, fidalgo da sua Casa, mediante determinadas condições.
A data referida é a do diploma régio, mas a informaçào quanto ao ano do casamento fica assim relativamente bem datada.
Melhores cumprimentos
Carlos Silva
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sobre Antonio de Azevedo Coutinho [1507-1529]
Caro José de Azevedo Coutinho,
Tive algumas noticias suas pelo Joao Paulo C.M. Trovisqueira. Espero que esteja tudo bem.
Seguem os documentos que tratam do embaixador Antonio de Azevedo Coutinho (1507/1519-1529)
Tenho alguma dificuldade em acreditar que o Antonio de Azevedo arcediago de Barroso, e irmao de Diogo Lopes de Azevedo, seja o mesmo que o Antonio de Azevedo Coutinho que foi muito anos anos embaixador. Nao parecem ser a mesma pessoa.
Talvez no arquivo da universidade de Coimbra se possa averiguar.
Mas por enquanto, pelo exame atentivo dos documentos TTonline (todos consultaveis online) se poderà estudar o caso.
Assim repare que os documentos relativos ao irmao de Diogo Lopes de Azevedo sao sempre assinados « Antonio de Azevedo », enquanto os documentos relativos ao embaixador sao assinados « Antonio de Azevedo Coutinho ».
Contudo é verdade que no recibo de 1520 de Antonio de Azevedo irmao de Diogo Lopes, creio ler que se intitula « Antonio de Azevedo, do desembargo do Rei ». Tenha o José Azevedo Coutinho ou algum colega a amabilidade de conferir para ver se eu nao me enganei.
Temos assim provas que Antonio de Azevedo, o irmao de Diogo Lopes de azevedo, era fidalgo da Casa do Rei, arcediago de Barroso, e do desembargo do Rei.
Repare que segundo Alao de Moraes, na Pedatura, Antonio de Azevedo Coutinho, embaixador a Castela era filho de Luis de Azevedo e de Brites da Fonseca, filha esta de Osorio dias e Brites da Fonseca.
Se tiver alguns dados sobre o filho natural de Antonio de Azevedo, estou extramente interessado nele e na descendência.
Abraço
C.P. Silva
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Documentos relativos a Antonio de Azevedo Coutinho :
11/03/1507 Carta de António de Azevedo Coutinho ao secretário de estado António Carneiro, comunicando que os seus despachos tinham chegado a tempo. A carta refere ainda que o imperador se tinha retirado para uma casa de campo, e que o mesmo iria passar a Páscoa a Saragoça.
31/01/1519 Carta de António de Azevedo Coutinho para o rei, pondo-o ao presente, que certa pessoa queria vender em segredo algumas terras dos mestrado, o que se esperava determinação do mesme senhor. E que ainda não tinha falado ao imperador na paz de França.
14/09/1521 Carta de António de Azevedo Coutinho, embaixador na corte do imperador, informando António Carneiro, secretário de Estado, estar fora da corte, tal como os mais embaixadores, somente ficando o imperador, imperatriz, rainha de França e oficiais flamengos, que só tratavam das coisas de França e que, os franceses tinham tomado Génova por fome, assim como o que se passava a respeito da posse de Maluco.
14/04/1525 Carta de António de Azevedo Coutinho dando parte ao rei D. João III ter falado ao imperador para se concluir o negócio de Maluco que este o remeteu para o chanceler que com os da junta não tinha dúvida nos Capítulos da dita negociação, esperando se juntassem as pessoas nomeadas para a divisão das terras. Que a imperatriz estava favorável a todos os negócios e que de França viera o comendador Pensalosa pedir socorro ao imperador.
04/02/1526 Documento Simples Carta de António de Azevedo Coutinho expondo ao rei as condições da paz que o imperador fez com rei de França, o casamento da rainha D. Leonor, dote e obras que se estipularam...
16/03/1526 Carta de António de Azevedo Coutinho para o conde do Vimieiro em que lhe dá notícia do muito que a nossa nação brilhava entre os Espanhóis.
24/03/1526 Carta de António de Azevedo Coutinho dando parte ao rei acabar-se a avaliação da prata e jóias do dote da imperatriz, causando a todos admiração pela preciosidade delas, que as minutas das doações privilégios e escritura de hipoteca ficavam prontas esperando que S. A. escolhesse as vilas para se tomar posse delas.
28/03/1526 Carta do rei D. João III para o doutor António de Azevedo Coutinho do seu conselho e seu desembargador e enviado na corte de Espanha advertindo-lhe examinar as palavras qualificadas que iam nos apontamentos para o assento do caso de Maluco.
06/04/1526 Carta de António de Azevedo Coutinho referindo ao secretário de estado António Carneiro escrever ao rei sobre o estado dos seus negócios que sempre tratou com o cuidado de um vassalo zeloso do serviço do seu rei.
18/04/1526 Carta de Fernando Álvares para o secretário de estado António Carneiro, que António Pereira assim que chegara a Sevilha lhe mostrara uma carta de Sua Alteza, na qual se lhe ordenava lhe entregasse o ofício de tesoureiro da imperatriz o que logo executou e que por parte de António de Azevedo Coutinho se lhe tinham prometido 8 mil cruzados.
28/03/1527 Carta do rei D. João III para António de Azevedo Coutinho, embaixador em Espanha (comercio de Maluco)
22/05/1527 Carta de António de Azevedo Coutinho para o secretário de estado sobre o parto da imperatriz.
01/07/1527 Alvará de mercê ao licenciado António de Azevedo Coutinho, embaixador em Roma.
07/07/1527 Carta de António de Azevedo Coutinho para o secretário de estado sobre o rendimento do Mosteiro de Carvoeiro.
10/07/1527 Carta do rei D. João III para o licenciado António de Azevedo Coutinho agradecer ao imperador a licença que lhe deu para fazer em Adaluzia todo o provimento de trigo para os lugares de África, que logo o dito faria prontificar a seus feitores.
11/07/1527 Carta de António de Azevedo Coutinho para o rei D. João III.
19/07/1527 Carta do rei D. João III para António de Azevedo Coutinho, embaixador em Castela, para lhe dar conhecimento de todos os movimentos que o imperador tinha feito depois da prisão do papa no castelo de S. Angelo, demonstrações de sentimento do clero e aceitação que o imperador fez dos embaixadores de França e Inglaterra
14/08/1527 Carta de António de Azevedo Coutinho para o rei D. João III, dizendo que o imperador lhe dera a carta que Sua Alteza, desculpando-se por não mandar por criado de sua casa, comunicar os negócios da sua igreja, que desejava concluír com a maior brevidade.
Que o geral tinha partido em hábito secular com amplo poder para tratar da paz. Que o imperador queria que se fizesse um concílio e que em Castela havia peste.
19/08/1527 Carta de D. João III para António Azevedo Coutinho, embaixador na corte do imperador, representar o mesmo senhor, lhe mandasse entregar livre de todos os direiros a fazenda que se tinha salvo de um navio da armada da Flandres, que se tinha perdido na Flandres.
31/08/1527 Carta do rei D. João III para António de Azevedo Coutinho, seu embaixador em Castela, em que lhe dá uma instrução para tratar com o imperador sobre o negócio de Maluco.
04/10/1527 Carta do rei D. João III para o licenciado António de Azevedo Coutinho, seu embaixador, assegurando-lhe que ficavam na sua memória os seus serviços e que o ofício de chanceler-mor nunca se dará a um eclesiático.
20/02/1528 Carta de António de Azevedo Coutinho pedindo ao rei D. João III as cartas e provisões para o papa o prover do bispado da ilha Terceira e do Mosteiro de Carvoeiro, de que o dito senhor lhe tinha feito mercê.
15/04/1528 Carta de António de Azevedo Coutinho em que pede ao rei D. João III que ordene às justiças de Castelo Rodrigo que entregue a um cavaleiro de Salamanca uma sua filha, que certo mancebo desta cidade roubara com violência de sua casa.
26/04/1528 Carta de António de Azevedo Coutinho recomendando ao rei D. João III Gaspar Garcia.
04/09/1528 Carta de António de Azevedo Coutinho para o rei, dando-lhe conhecimento do que se tinha passado com o imperador e seus ministros sobre os limites de Maluco e que querendo o mesmo senhor a conclusão deste negócio o tempo era favorável. Que os alemães se tinham ido socorrer a Nápoles.
04/09/1528 Carta de António Azevedo Coutinho, dando conhecimento ao rei da moléstia da imperatriz.
15/09/1528 Carta de António de Azevedo Coutinho para o rei sobre as melhoras da imperatriz e outras coisas do Estado.
25/04/1529 Carta de António de Azevedo Coutinho para o rei, acerca do ajuste com o imperador, sobre o contrato de Maluco, a que assistiram o gram chanceler, o bispo confessor, o Convento-Mor da Calatrava e outros.
Direct link:
RE: sobre Antonio de Azevedo Coutinho [1507-1529]
Caro Carlos Silva
Que óptimas informações nos facultou!
Entretanto, creio que houve algum mal entendido da sua parte quanto á minha mensagem, nomeadamente quando afirma que:
“Tenho alguma dificuldade em acreditar que o Antonio de Azevedo arcediago de Barroso, e irmao de Diogo Lopes de Azevedo, seja o mesmo que o Antonio de Azevedo Coutinho que foi muito anos anos embaixador. Nao parecem ser a mesma pessoa.”
A minha afirmação foi que:
“Diogo Lopes e Pedro Lopes tiveram um irmão de grande projeção em Portugal na época e que foi António de Azevedo, filho 3°, clérigo, desembargador do Paço e embaixador junto do imperador da Alemanha. Os filhos de Pedro Lopes, nascidos em Arzila, foram criados pelo seu irmão António. O seu sobrinho Antonio de Azevedo Coutinho, 8° senhor de S. João de Rei, herdaria o seu cargo e seria embaixador em Itália e em Espanha. Por vezes chamá-lo-iam de António de Azevedo como a seu Tio que sendo clérigo, teve um filho de nome Diogo de Azevedo Coutinho, com geração...”
Espero que assim seja esclarecida a dúvida.
No geneall tem a descendencia de Diogo de Azevedo Coutinho, mais ou menos correcta. Curiosamente não destinguem suficientemente Marco Antonio de Azevedo Coutinho seu descendente e que foi o Azevedo Coutinho que mais se nobitalizou no século XVIII!
Quanto á “ideia” de Alão de Morais na Pedatura que Antonio de Azevedo Coutinho, embaixador a Castela era filho de Luis de Azevedo e de Brites da Fonseca, filha esta de Osorio dias e Brites da Fonseca”, a “farta” documentação encarrega-se de o contradizer. Os “Luíses” normalmente ficaram atrelados á descendencia de Martim Lopes de Azevedo, filho de Lopo Dias...o Gaio revela na sua atitude em o colocar como primogénito, um veneno poderoso, talvez por ser casado com uma senhora de S. João de Rei...
Um abraço do,
José
Direct link:
sobre Antonio de Azevedo e Pedro Lopes de Azevedo
Caro José Azevedo Coutinho,
Precisamente a minha forte duvida està no facto de Diogo Lopes e Pedro Lopes terem um irmao de grande projeçào, ou seja Antonio de Azevedo.
Claro que està documentalmente provado que Antonio de Azevedo foi clérigo, arcediago de Barroso (isso é novidade), F.C.R., e se nào me enganei na leitura do documento acima referido (pode ser consultado online) tambem foi do desembargo do Rei. Contudo nao tenho a certeza que tivesse sido embaixador, e que o embaixador (que assina Antonio de Azevedo Coutinho) nao seja outra pessoa. Neste momento, sem ter certeza absoluta, inclino para a proposta de serem dois individuos diferentes.
Renovo pedido, caso tenha dados sobre Diogo de Azevedo, filho natural de Antonio de Azevedo.
Nao sabia da morte em combate de Pedro Lopes de Azevedo em Arzila em 1519, o que muito me interessou. Sabia da morte em combate de outro Pedro Lopes de Azevedo, filho de Lopo Dias de Azevedo, em 1417 numa escaramuça, em Ceuta (veja-se a Cronica do Conde D. Pedro de Meneses).
Qual é a fonte documental que relata a morte de Pedro Lopes de Azevedo em 1519?
Tenho sempre muito interesse nos acontecimentos ligados à presença portuguesa no Norte de Africa.
Abraço
C.P. Silva
Direct link:
RE: Azevedo de S. Joao de Rei (1508-1530)
Caro Carlos Silva,
Muito obrigado pela informação.
Melhores cumprimentos,
Miguel Seixas
Direct link:
RE: sobre Antonio de Azevedo Coutinho [1507-1529]
Caro Jose,
Lia sua mensagem com atencao. Pode explicar porque e que Gaio fez um veneno poderoso em colocar Martim de Azevedo como primogenito?
Nao sou especialista em genealogia, mas dos varios apontamentos que tenho da historia da minha familia o Martim Lopes Azevedo surge sempre como o mais velho. Ate por isso herdou a Torre de Azevedo, propriedade que esteve mais de mil anos na minha familia, ate ao pricipio do sec. XX.
Cump.,
Diogo de Azevedo e Meneses
Direct link:
Antonio de Azevedo em 1511 em Salamanca?
Tiro do site TTonline mais documentos sobre Antonio de Azevedo.
Seguem assim mais dois recibos relativos a Antonio de Azevedo. De reparar que no documento de 1511 parece estar em Salamanca, caso se trate bem da mesmo pessoa, e se a minh aleitura for correcta.
04/02/1510 Recibo de António de Azevedo de 10.000 réis de mercê real, que recebeu de Manuel de Abreu.
20/07/1511 Recibo de Antonio de Azevedo, fidalgo da Casa Real, de como recebeu do almoxarife de Vila do Conde, 12 mil réis que venceu no ano de 1511 de que o rei lhe fez mercê.
Melhores cumprimentos
Carlos Silva
Direct link:
RE: sobre Pedro Lopes de Azevedo
PEDRO LOPES DE AZEVEDO
Foi 7º Senhor de S. João de Rei, Bouro e Aguiar de Pena, por morte de seu irmão Diogo Lopes de Azevedo. Serviu muitos anos em Arzila no tempo do 1° e do 2º Conde de Borba e Redondo, D. Vasco e D. João Coutinho, seus parentes. É mencionado numa entrada feita por D. Francisco de Portugal, mais tarde 1° Conde de Vimioso, nos primeiros tempos do domínio português em Arzila. Foi encarregado pelo segundo daqueles governadores do comando do baluarte da porta da vila, com 100 cavaleiros e moradores. Foi Contador de Arzila por mercê régia, cargo em que usou da nobreza donde vinha, assentando filhos de moradores de menos idade e filhos de viúvas, escrevendo a El-Rei por elas e favorecendo-as assim nos contos como no celeiro. Em 1519 picou-se de palavras com D. André Henriques das Alcáçovas, que pretendia que fossem homens principais a atacar, a pé, a aldeia moura (Aldeia dos Negros). Pedro Lopes de Azevedo contradisse-o, sustentando que aos homens do campo era dado descerem- se e darem nas aldeias e casa e sabiam tirar o mouro da cama e entrar por uma brenha e correr por uma serra melhor que os fidalgos, que não eram costumados, nem sabiam mais que, estando em seus cavalos, pôr a lança quando se lhes oferecia tempo. respondeu D. André que os que aquilo diziam era por se poupar, de que Pedro Lopes ficou escandalizado; e porque logo ao outro dia pela manhã o mataram os mouros na aldeia, quiseram alguns dizer que as palavras de D. André foram a causa da sua morte. Com efeito, no dia seguinte, durante o ataque à aldeia, o Conde D. João disse em certa altura a Pedro Lopes que recolhesse alguns de cavalo sem detença, pois os mouros acudiam muitos. Teria ele comentado para o Conde: «Quisera que neste lugar ficara D. André e vira como nestes lugares me sei poupar». O Conde bradou e insistiu. Entretanto caiu morto outro fidalgo. E querendo Pedro Lopes recolhê-lo, por não ficar em poder dos. mouros, lhe mataram o cavalo e, caindo primeiro que dele saísse, carregaram tanto os mouros de pé que o nãp puderam recolher, e ficou vivo entre eles. Então alguns mouros, metendo nele as lanças, mataram-no. Era Fidalgo da Casa Real.
Bernardo Rodrigues, Anais de Arzila, 1920, tomo II, pp. 271 e segs.
Casou em Arzila, por amores, com D. MARIA RIBEIRA, filha de DIOGO FERNANDES RIBEIRO, cavaleiro honrado e principal, e de ENES ÁLVARES.
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RE: sobre Pedro Lopes de Azevedo
Caro José de Azevedo Coutinho,
Muito obrigado pela interessantissima informaçào.
C.P. Silva
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Primogenitura dos Azevedo
Caro Diogo,
Tenho imenso prazer em responder há sua questão, ou melhor, quem lhe irá responder, será José de Sousa Machado, em “O Poeta do Neiva”, Braga 1928, pág. 271 a 275, quanto há progenitura em Portugal dos Azevedos.
Quanto aos bens materiais são efêmeros como sabe, a torre e casa de Azevedo, sede do couto, ainda pertenceu ao primeiro senhor de S. João de Rei, Lopo Dias de Azevedo. Como ela foi parar aos descendentes do grande Martim de Azevedo, seu filho, isso ficará ciente nos dizeres do seriíssimo José de Sousa Machado.
Quanto ao Gaio, nutria junto ao marquês de Montebelo e outros do “grupio” de então, um sentimento que caracteriza a sociedade portuguesa em geral. Não mudou muito desde então. Noutra mensagem me debruçarei sobre esses indivíduos.
Cumprimentos e ao dispor.
José de Azevedo Coutinho
A primogenitura de João Lopes de Azevedo afirmada nos nobiliários quinhentistas (entre os quais se conta o escrito por D. António de Lima — seu bisneto) foi, no século XVIII, impugnada por alguns genealogistas acreditados, como José Freire de Monterroio Mascarenhas, que afirma que o filho mais velho do grande Lopo Dias de Azevedo, foi Martim Lopes de Azevedo.
Felgueiras Gaio, cujo nobiliário se conserva na Misericórdia de Barcelos, segue Montarroio e concede a João Lopes de Azevedo o quarto lugar na serie dos filhos varões do 1.° snr. de S. João de Rei e Terras de Bouro! Montarroio, Felgueira Gajo e outros linhagistas mais ou menos respeitáveis, fundaram-se na sentença alcançada por Martim Lopes de Azevedo (neto do suposto primogénito) em 30 de Agosto de 1533; e na inscrição gravada em 1536 na Torre da casa solar dos Azevedos.
O meu bom amigo e prezado parente Conde de Azevedo, actual senhor e digno representante da casa solar dos Azevedos, no seu valioso e apreciado livro Cartas Inéditas de Camilo Castelo Branco ao 1.° Conde de Azevedo, perfilha essa opinião, e reproduz, a páginas 218, as decisivas palavras do memorável documento, ao oferecer a fotogravura da inscrição.
Eu, mais experimentado nas investigações genealógicas, afirmo, sem hesitação, a primogenitura de João Lopes de Azevedo, porque os documentos valem mais que uma inscrição gravada a capricho, séculos antes da censura libaral (que ainda não passou do papel à pedra) e porque a cópia da sentença, cujo original não aparece, está pejada de inexactidões, que lhe roubam prestígio para ser respeitada por quem não foi citado no respectivo pleito.
O processo de fazer lançar nos livros de notas antigos documentos foi muito usado no século XVIII, e, todavia, ainda não consegui ler qualquer desses preciosos originais, em papel ou pergaminho, que seus detentores tanto apreciavam que até temiam o apetite das democráticas e vorazes ratazanas.
Os documentos provam:
l.o —que João Lopes de Azevedo sucedeu nos senhorios e padroados que teve seu pai, com excepção de Jales (que ficaram a sua irmã D. Maria Coelho e passou por sucessão aos Lemos, snr. da Trofa) e de Souto, que teve seu irmão Martim Lopes de Azevedo.
2.o — que os netos de João Lopes de Azevedo (filhos de Diogo Lopes de Azevedo) receberam em Braga ordens menores nos anos de 1452,1455 e 1457; e que Diogo de Azevedo, filho e sucessor de Martim Lopes as recebeu em 1456. (1) Os netos do primogénito foram, sem dúvida, coevos dos filhos de Martim Lopes.
3.o — que Diogo de Azevedo, snr. da casa de Azevedo, filho, repito, de Martim Lopes, sobreviveu a Pedro Lopes de Azevedo, bisneto de João Lopes de Azevedo. Morreu nonagenário em 1529; mas seu pai não podia ser mais velho que João Lopes de Azevedo 3.o avô de António de Azevedo Coutinho que já em 1520 era snr. de S. João de Rei e de Terras de Bouro.
4.o — que Martim Lopes de Azevedo viveu em Santa Maria do Souto de Riba de Homem, onde nasceram seus filhos.
(1) Arquivo Distrital. Matriculas d’ordës gerais.
5.° — que a quinta de Azevedo não estava vinculada e pertenceu a seus irmãos Lopo de Azevedo e Inês de Azevedo.
6.0 — Que Lopo de Azevedo, snr. da Casa de Crasto, fez doação a sua irmã D. Inês, a 15 de Fevereiro de 1439, da parte que lhe havia tocado na quinta de Azevedo; e que Fernão Afonso, marido de D. Inês de Azevedo «por se achar fraco e cançado e não poder correger a Quinta de Azevedo de que era senhor a vendera por 12:000 reais a Diogo de Azevedo, filho de Martim L. de Azevedo a 15 de Junho de 1454.
7.o — Que Diogo de Azevedo, filho de Martim Lopes de Azevedo, teve o padroado de Santa Maria de Galegos e da sua anexa S. Salvador de Quirás, por doação dos respectivos fregueses, a 23 de Maio de 1480. O arcebispo D. Diogo de Sousa confirmou essa doação em 1505.
8.0 — E que Diogo Lopes de Azevedo, neto de Lopo Dias de Azevedo, e 3.o snr. de S. João de Rei, teve os padroados da coroa dados por D. João 1.° e foi compíïdroeiro de S. Clemente de Basto, como herdeiro de Diogo Gonçalves de Crasto. A 23 de Dezembro de 1466, foi confirmado em S. Clemenso de Basto, o abade Diogo Gonçalves, apresentado por Diogo Lopes de Azevedo e Fernão de Sousa, herdeiros de Diogo Gonçalves de Crasto e de Martim Afonso Botelho. (1)
(1) Arq. Dist.—Livto de Mostras de D. Diogo de Sousa, fl. 405.
O snr. Conde de Azevedo, que usa um nome ilustre e o sabe honrar, merece-me o conceito de juiz imparcial ainda mesmo quando seja interessado.
Não sacrifica a Verdade ao interesse, como eu, neste caso e sempre, a não pretiro para ser lisongeiro.
Há de concordar, como espero, com a solução deste problema de mero interesse genealógico; mas, se eu não lograr convencê-lo, resta-me a certeza de que não duvida da minha sinceridade e da consideração e simpatia que lhe consagro. (1)
A História não regista a primogenitura de João Lopes de Azevedo, nem discute a pretenção dos descendentes de seu irmão Martim: narra comovida, os feitos desses dois heróis em Ceuta, Tânger e Arzila e conta-os entre os mais intrépidos mártires da nossa Pátria.
Ambos morreram em África, em serviço del-Rei, para dilatar a Fé e enobrecer Portugal.
(1) Luís de Azevedo, irmão inteiro de Diogo de Azevedo, snr. da Casa de Azevedo (como mostra a justificação feita em Prado, pelo tabelião Simão da Rocha Pimentel, a 29 de Janeiro de 1592, na qual juraram, além de outras testemunhas, Martim Lopes de Azevedo, snr. de Azevedo e sua mulher D. Leonor da Silva) é ascendente da casa da Torre de Vilar que possuo e represento. Este facto torna-me absolutamente insuspeito para considerar primogénita a linha dos senhores de S. João de Rei e Terras de Bouro.
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Pero lopes de Azevedo (corrigenda)
Pero Lopes de Azevedo nao faleceu em 1417 como eu escrevi mas sim em 1416.
Segundo a cronica do Conde D. Pedro de Meneses, de Gomes Eanes de Zurara (in capitulo XXXIII como ho comde foy a alldea d'Allbegal, e como foy morto Pero Lopez d'Azevedo) Pedro Lopes de Azevedo morreu durante a expediçào contra a aldeia de "Albegall", "avendo jaa dez meses que Cepta hera de cristaos", ou seja em 1416
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RE: Antonio de Azevedo em 1511 em Salamanca?
Caro Carlos
Sim em Salamanca, António dava-se com os seus primos Azevedos em Espanha, descendentes de Gonçalo de Azevedo, marechal, chefe da antiga nobreza Portuguesa, que perdeu a vida em Aljubarrota) nomeadamente com o 4° conde de Monterrey. Em Salamanca penso que é o palácio mais antigo existente, e um dos monumentais. Do outro lado da praça onde se situa o convento da Agustas, mandado fazer pelo conde Azevedo e Fonseca, para que as filhas freiras ficassem perto de si.
Após a sua indicação e depois de uma olhadela na TT, verifiquei que grande parte da documentação sobre Azevedos Coutinho, se refere ao meu ramo de Mazagão inclusive já em terras do Brasil para onde foram desterrados pelo poder real.
Existe algo sobre os Abreus que gostava de ver “desvendado” e que se relaciona, com o filho natural de Antonio de Azevedo Coutinho, Francisco (Livro VIII das Emendas, folhas 87, na Torre do Tombo) ]de quem se dizia, que a família o teria mandado para Mazagão, pelos amores que o mesmo nutria por D. Maria de Abreu , “mulher nobre de Lisboa” e que seria correspondido...dado que tendo Francisco casado com D. Isabel de Macedo e ficado viuvo, sem geração em Mazagão, D. Maria de Abreu “foi demandá-lo aquela praça”, acabando sendo ela a minha Avó!Penso que estes Macedos estão ligados aos Abreus.
Depois de ter lido a relação com os vínculos de S. João de Rei, que o Carlos colocou da TT e a presença constante de Manuel de Abreu, perguntarei se nada tem a ver com D. Maria?
Verifica-se a aliança com os Abreus, noutra relação de parentesco importante que demonstra a estratégia familiar de “domínio de espaço” no contesto diplomático e respectivas carreiras de embaixadores, iniciadas pelo Antonio de Azevedo (Tio), tutor de António de Azevedo Coutino e seus irmãos. Salta á vista, e que é o facto, da irmã de António AC, D. Isabel Coutinha ter casado com Diogo Soares de Abreu, o Rodovalho, da primogenitura dos Abreus, filho de Vasco Gomes de Abreu e de D. Joana de Eça, que foi filha de D. Branca de Eça e seu segundo marido João Rodrigues de Azevedo. Diogo que foi Comendador de Bugalhal e de Baldigem na ordem de Xº, legitimado pelo Rey D. Manuel em 1507.
Diogo Soares de Abreu era por sua vez irmão de D. Felipa da Cunha amante de Xisto da Cunha de que teve três filhos. O mesmo Xisto/Sisto da Cunha casado com D. Maria de Araújo que seria sogro de Antonio de Azevedo Coutinho, pela sua filha D. Maior da Cunha, sr.ª da Quinta das Cónegas em Braga, legitimada por carta régia de 1 de Abril de 1516...portanto filha de D. Filipa! Sisto da Cunha que seria o comendatário do mosteiro de Santa Maria de Oiveira (Barcelos)...
Enfim épocas cheias de moral e bons costumes. Não é por acaso que Martinho Lutero passa a ter sucesso!
Abraços do,
José
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RE: Antonio de Azevedo em 1511 em Salamanca?
Caro José,
Sabendo o perfil de Antonio de Azevedo, julgo que estaria em Salamanca simplesmente para seus estudos, o que deve ser o motivo da tal ajuda financeira da coroa, reforçada neste caso, ja que ele recebia uma ajuda anual (ja referida) para compensar a sua presumivel falta de recursos, se é que se trata do mesmo.
C.P. Silva
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RE: Antonio de Azevedo em 1511 em Salamanca?
Caro Carlos
Verifico que várias vezes se omite a António de Azevedo Coutinho, o Coutinho. confundindo-se assim com o seu tio. Desconheço a data em que se toma a decisão de adoção do apelido composto.
As terras e Diogo Lopes de Azevedo tomadas pela Coroa foram geridas por Manuel de Abreu, fidalgo da casa real, de forma a educar os filhos de Pedro Lopes de Azevedo, que deverão ter sido educados no Paço (intimidade com o infante D. Luís) e pela avó paterna D. Maria da Cunha (Coutinho). Antonio de Azevedo receberia da Coroa, na qualidade de tutor dos filhos de seu irmão as rendas correspondentes aos senhorios de S. João de Rei etc.
Pela carta PT-TT-CC/2/147/108 de 15/04/1528
“Carta de António de Azevedo Coutinho em que pede ao rei D. João III que ordene às justiças de Castelo Rodrigo que entregue a um cavaleiro de Salamanca uma sua filha, que certo mancebo desta cidade roubara com violência de sua casa.”
Já António AC era embaixador há muito tempo, cerca de um ano depois desta carta, em 22/04/1529, realizar-se-iam o tratado das Molucas onde Antonio como embaixador representou o rei de Portugal junto de Carlos V. Nesse período não estaria a estudar, e desconheço mesmo onde estudou, inclinando-me mais para Portugal.
Por enquanto não posso adiantar nada mais, mas António estava profundamente ligado ao partido pacifista castelhano liderado pelo português Rui Gomes da Silva, príncipe d’Éboli, tendo como grande aliados, os Azevedo de Monterey...
Abraço,
José
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RE: Antonio de Azevedo em 1511 em Salamanca?
Caro José,
Lendo novamente o documento referido parece-me com efeito que o Antonio de Azevedo de 1511 era estudante em Salamanca, além de ser Fidalgo da Casa do Rei, como poderà ver.
Abraço
Carlos Silva
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RE: Antonio de Azevedo em 1511 em Salamanca
O seguinte documento (PT-TT-CC/2/27/19) a 29/05/1511 parece demonstrar que o Antonio de Azevedo que recebe 12000 reis do almoxarife de Vila do Conde, era o filho de Diogo de Azevedo.
PT-TT-CC/2/27/19 a 29/05/1511 : "Mandado de D. Manuel para o almoxarife de Vila do Conde dar do rendimento do seu almoxarifado a António de Azevedo, filho de Diogo de Azevedo, 12 mil réis de mercê."
Temos assim ordem de pagamento e recibo.
N.B.: O Almoxarife de Vila do Conde nao era Manuel de Abreu, mas sim entào Alvaro Carneiro (morto nos finais de 1533 ou principios de 1534) almoxarife entre 1510 e1533, tambem conhecido dos linhagistas com antepassado dos Carneiros de Vila do Conde. Por sinal bem documentado tambem no site TTonline.
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corrigenda : Antonio de Azevedo Coutinho [1526-29]
Apos verificaçào os primeiros documentos referidos a proposito do embaixador Antonio de Azevedo Coutinho contêm erros de dataçào, como se poderà verificar online. De forma que nao o temos documentado como enviado em Espanha entre 1507 e 1529, mas sim entre 1525 ou 1526 e 1529.
Desaparecem assim argumentos que me deixavam considerar que Antonio de Azevedo Coutinho nao podia ser o filho de Diogo de Azevedo, ou seja, que nao podia ser enviado a Espanha em 1507 e estudante em 1511.
Sendo assim podia contudo ser referido como irmao de Diogo Lopes de Azevedo, estudante, arcediago de Barroso, FCR, e depois, do desembargo, entre 1508 e 1522, e ser contudo embaixador, licenciado, desembargador em 1526-1529.
Resta o documento de 12/10/1528 :
Alvará do rei D. João III para se darem 10.000 réis cada ano a António de Azevedo das rendas das terras de Diogo Lopes de Azevedo, seu irmão.
Este é dos que parecem referir duas pessoas diferentes. Merce portanto uma leitura aprofundada.
Por enquanto, tornando ao assunto de inicio, desaparecem os documentos anteriores a 1526 :
Assim a "Carta de António de Azevedo Coutinho ao secretário de estado António Carneiro, comunicando que os seus despachos tinham chegado a tempo." nao é de 11/03/1507 mas sim de 11/03/1529
A Carta de António de Azevedo Coutinho para o rei, pondo-o ao presente, que certa pessoa queria vender em segredo algumas terras dos mestrado, o que se esperava determinação do mesme senhor nao é de 31/01/1519 mas antes de 31/01/1529.
A Carta de António de Azevedo Coutinho, embaixador na corte do imperador, informando António Carneiro, secretário de Estado, estar fora da corte, tal como os mais embaixadores, somente ficando o imperador, imperatriz, rainha de França e oficiais flamengos, que só tratavam das coisas de França e que, os franceses tinham tomado Génova datada no site a 14/09/1521 parece ser de 14/09/1527, o que condiz com a tomada de Génova pelos franceses em agosto.
A "Carta de António de Azevedo Coutinho dando parte ao rei D. João III ter falado ao imperador para se concluir o negócio de Maluco que este o remeteu para o chanceler que com os da junta não tinha dúvida nos Capítulos da dita negociação, esperando se juntassem as pessoas nomeadas para a divisão das terras" aparece com data riscada a remeter para 1526.
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RE: Primogenitura dos Azevedo
Prezados Confrades,
com referencia aos Azevedos de Famalicão e arredores, gostaria de saber, se puder ser, se o Antônio de Azevedo, bisneto do Quarto Senhor de São João de Rei, definitivamente não é o que pressupõe a base do Geneall como filho de Florência de Azevedo (matriarca dos Azevedos de Joane, Castelãos, Vermoim, Gavião e arredores)?
Se há esta certeza então porque não separá-los na base de dados?
Interessa-me qualquer informação neste sentido.
Mário Joaquim Nogueira de Azevedo
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