Bento Ferreira Ribeiro
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Bento Ferreira Ribeiro
Senhores,
Há cerca de onze ou doze anos que, revendo fontes documentais a respeito da Bahia do século XVIII, encontrei uma referência que me pareceu elucidativa para o estudo de algumas das mais conhecidas famílias baianas. Falo do processo de inventário, iniciado em 12 de julho de 1770, dos bens deixados por Bento Ferreira Ribeiro, falecido no termo da Vila de São Francisco do Conde, na então Capitania da Bahia, no Brasil, em 15 de junho de 1770, inventário parcialmente transcrito no Livro das Tutelas e Inventários da Vila de São Francisco do Conde (publicado em Salvador, no ano de 1962, pela Imprensa Oficial da Bahia, no volume 37 do periódico denominado Anais do Arquivo Público da Bahia), onde se registaram, ainda que não na íntegra, inventários, processados na dita Vila, no século XVIII e no princípio do XIX, em que havia herdeiros menores.
Consultando-se, dentre outras fontes informativas, o mencionado Livro de Tutelas e Inventários da Vila de São Francisco e o Catálogo Genealógico das Principais Famílias, de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão, com as notas do Dr. Pedro Calmon (na publicação, realizada em Salvador, em 1985, pela Empresa Gráfica da Bahia, que designa como autor Pedro Calmon e leva o título de "Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico de Frei Jaboatão"), pode observar-se que Bento Ferreira morava na Vila de São Francisco, onde era senhor de engenho, bem como que ele era casado com D. Joana de Araújo e Azevedo, de quem teve os seguintes filhos:
1. D. Maria Sofia de Araújo e Azevedo, casada com o Coronel José Diogo Gomes Ferrão Castelo Branco, fidalgo cavaleiro, com descendência, na qual se incluem a Baronesa de Itapororocas, a Baronesa da Cajaíba, a Baronesa de Matoim e o terceiro Barão de São Francisco.
2. João Velho de Araújo, que faleceu jovem, parece que sem filhos.
3. D. Ana Joaquina de Araújo e Azevedo, casada com o Capitão Luís Lopes Vilas Boas, cavaleiro fidalgo, com filhos, dentre os quais o Barão de Maragogipe.
4. D. Mariana Angélica de Araújo e Azevedo, casada com o Capitão Gaspar Maciel de Sá Barreto, fidalgo cavaleiro, com filhos (enumerados no citado Livro de Tutelas e Inventários, na parte referente ao inventário de Gaspar Maciel de Sá Barreto), dentre os quais se acha D. Guiomar Cacilda de Araújo, que casou com seu primo o Capitão Caetano Lopes Vilas Boas, cavaleiro fidalgo, filho dos acima referidos Capitão Luís Lopes Vilas Boas e D. Ana Joaquina de Araújo e Azevedo.
Note-se que, no inventário de Bento Ferreira Ribeiro, suas filhas D. Ana Joaquina e D. Mariana Angélica se nomeiam com designações de cunho religioso ao invés de nomes de família (prática muito comum no século XVIII), figurando, respectivamente, como D. Ana Joaquina do Sacramento e D. Mariana Angélica de São João, embora depois, mais velhas, passem a assinar "de Araújo e Azevedo". No caso da mulher de Gaspar Maciel de Sá Barreto, em 1790, no inventário deste, ela já aparece como D. Mariana Angélica de Araújo e Azevedo.
Apesar de terem deixado numerosa descendência (na qual eu me incluo), Bento Ferreira Ribeiro e D. Joana de Araújo e Azevedo têm tido, hoje em dia, seus nomes quase totalmente ignorados, não lhes tendo os autores genealógicos feito, até agora, que eu saiba, qualquer referência, em trabalhos levados a público. Assim, considero oportuno tratar desta matéria, e pretendo, em futuras mensagens, neste forum, trazer algumas das informações que tenho, e outras das que porventura venha a obter, sobre Bento Ferreira Ribeiro e D. Joana de Araújo e Azevado, sua vida, sua ascendência e sua descendência.
Atenciosamente,
Pedro Tourinho Mascarenhas Costa
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RE: Bento Ferreira Ribeiro
Senhores,
Venho, agora, mencionar um documento, incluído na publicação, do Arquivo Nacional, feita, no Rio de Janeiro, em 1967, intitulada "Repertório das Sesmarias da Bahia", documento do qual, na forma como está resumidamente descrito na dita publicação, se pode concluir (levando-se, também, em conta o conteúdo da mensagem com que iniciei este tópico), que Bento Ferreira Ribeiro era senhor do engenho chamado Vera Cruz, no termo da Vila de São Francisco, que o mesmo engenho integrou a meação de D. Joana de Araújo e Azevedo, e que esta o vendeu, depois, a seu genro José Diogo Gomes Ferrão Castelo Branco. Não há notícia de tal engenho na parte do inventário de Bento Ferreira Ribeiro transcrita no Livro de Tutelas e Inventários da Vila de São Francisco do Conde (de que já falei na minha mensagem anterior) porque, no referido Livro, não se transcreveram meações de cônjuges, limitando-se os bens nele descritos aos que compuseram quinhões de herdeiros.
Nas páginas 30 e 31 do citado Repertório das Sesmarias da Bahia, é referido um documento (que, dentre os catalogados na mesma publicação, leva o número 107), pela leitura do qual (na citação parcial que lá está) se percebe que, em 1819 (ano escrito na página 29), foi registado o engenho Vera Cruz, da Vila de São Francisco, em nome de Alexandre Gomes Ferrão Castelo Branco, que o houve por herança "materna e de seu pai - o coronel José Diogo Gomes Ferrão Castel Branco", e que este seu pai adquirira o dito engenho por compra a D. Joana de Araújo e Azevedo, "viúva de Bento Ferreira Ribeiro". Observe-se que o texto diz, quanto à herança, que é "materna e de seu pai" e não "materna de seu pai".
Quero, também, aproveitando o ensejo desta mensagem, esclarecer que, no volume 37 do periódico denominado "Anais do Arquivo Público da Bahia", onde se publicou o Livro de Tutelas e Inventários da Vila de São Francisco do Conde (o qual citei na mensagem que iniciou este tópico e, de novo, referi nesta), o inventário de Bento Ferreira Ribeiro se encontra nas páginas 62, 63 e 64.
Atenciosamente,
Pedro Mascarenhas
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RE: Bento Ferreira Ribeiro
Senhores,
Venho retificar minha mensagem, imediatamente anterior a esta, porque, na referida mensagem anterior, por lapso, ao digitar o texto, coloquei, como ano da publicação, pelo Arquivo Nacional, do Repertório das Sesmarias da Bahia, 1967, ao invés de 1968, que é o certo. Que se leia, portanto, na citada mensagem anterior, "em 1968", onde está escrito "em 1967".
Atenciosamente,
Pedro Mascarenhas
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RE: Bento Ferreira Ribeiro
Na mensagem com que abri este tópico, coloquei, como descendente do Coronel José Diogo Gomes Ferrão Castelo Branco e de sua mulher, D. Maria Sofia de Araújo e Azevedo, "o terceiro Barão de São Francisco", quando, na verdade, queria dizer "a Baronesa de São Francisco, mulher do terceiro Barão de São Francisco". Essa Baronesa de São Francisco é filha do segundo Barão do Rio das Contas, e de sua mulher, Baronesa do Rio das Contas, a qual, por sua vez, é filha dos Barões de Itapororocas, e, assim, neta, pelo lado materno, dos referidos José Diogo Gomes Ferrão Castelo Branco e D. Maria Sofia de Araújo e Azevedo.
Pedro Mascarenhas
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Araújo e Azevedo
Caro Pedro Mascarenhas
“Cheira-me” que Joana de Araújo e Azevedo poderá ser originária dos Azevedos, de Arcos de Valdevez ou então, do ramo Azevedo que acaba dando origem aos Azevedo Coutinho, barões do Mearim (Maranhão) provenientes que foram dos Lucenas de Azevedo, povoadores de Pernambuco (Olinda).
Quanto a Maria Angélica se identificar como de S. João, é perfeitamente plausível, pois todos estes Azevedos são de S. João de Rei.
Quanto a Ana Joaquina, utilizar Sacramento, não sei, mas talvez poderá se referir a algum ascendente que tenha servido na Colônia do Sacramento?
Sendo estes apelidos uma forma de distinção, de reparar que o sobrenome de Joana é que se mantem na sua descendência e não o do seu marido! O que é “normal” pelo fato dos Araújo e Azevedo terem maior status nobiliárquico. Repare que nas alianças matrimoniais acabam sendo feitos com outros nobres de mais ou menos o mesmo quilate, sendo fidalgos cavaleiros da casa real e não cavaleiros fidalgos como era a maioria da nobreza...
Cumprimentos e boas pesquisas,
José de Azevedo Coutinho
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Bento Ferreira Ribeiro
Não obstante disponha de muitos dados a respeito da ascendência de seus genros José Diogo Gomes Ferrão Castelo Branco, Luís Lopes Vilas Boas e Gaspar Maciel de Sá Barreto, o que, hoje, efetivamente, tenho sobre os antepassados de Bento Ferreira Ribeiro e sua mulher D. Joana de Araújo e Azevedo reclama, ainda, mais detidos estudos para que se possa ter maior segurança das conclusões a que leva, embora tais conclusões já se sustentem em indícios bem fortes, principalmente no tocante aos pais de D. Joana.
Existiu, na Bahia, no princípio do século XVIII, o Coronel João Velho de Araújo, ou João Velho de Araújo e Azevedo, como lhe chama o Prof. Pedro Calmon, citando seu termo de irmão da Santa Casa de Misericórdia da Bahia (que é datado de 14 de janeiro de 1719). Deste João Velho fala o Dr. Pedro Calmon, na página 548 da publicação (a que já fiz referência na mensagem com que abri este tópico) da Empresa Gráfica da Bahia, saída em Salvador, em 1985, intitulada, na capa, "Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico das Principais Famílias, de Frei Jaboatão", e, na folha de rosto, "Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico das principais Famílias, de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão", a qual apresenta como autor Pedro Calmon, e traz o texto do Catálogo Genealógico das Principais Famílias, de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão, enriquecido das valiosas notas do Prof. Pedro Calmon, que também escreveu a esclarecedora introdução, que lá está, à obra do laborioso frade, sendo, entretanto, da autoria deste o corpo principal do livro. Essa edição foi lançada, diga-se de passagem, depois da morte do grande historiador Pedro Calmon, ocorrida no mesmo ano de 1985.
Do que está no mencionado Catálogo Genealógico, de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão, com as notas do Dr. Pedro Calmon, e em outras fontes, especialmente documentos portugueses, do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (referidos no "TT Online", na internet), é fácil deduzir-se que João Velho de Araújo, natural de Ponte da Barca, confirmado no posto de coronel dos distritos de Pirajá, Paripe, Cotegipe, Matoim, Passé e Terra Nova em 15 de dezembro de 1717, tomado no foro de fidalgo cavaleiro em 03 de março de 1718, era filho de Antônio de Araújo de Azevedo, e casou, na Bahia, com D. Maria Josefa de Carvalho e Eça, filha de Miguel Carvalho Lima, natural de Viana, e de sua mulher D. Isabel Garçês Deça, filha esta do Capitão-mór Bento Ribeiro de Lemos e de sua mulher D. Isabel Garcês Deça. Esse Capitão-mór Bento Ribeiro de Lemos, cavaleiro da Ordem de Cristo, natural de Aveiro, filho de Manuel Ribeiro de Lemos, governou a Capitania dos Ilhéus de 23 de junho de 1687 a 21 de maio de 1700, foi, depois, nomeado alcaide-mór da Vila de Camamu, na mesma Capitania, e casou duas vezes, a primeira com Isabel do Vale e a segunda com a referida D. Isabel Garcês Deça, a qual era filha de Francisco Pinto e de sua mulher D. Maria Garcês Deça. Dos mesmos Bento Ribeiro de Lemos e de sua mulher D. Isabel Garcês Deça, era, também, filha D. Inácia Ribeiro de Lemos, que casou com o Coronel João de Couros Carneiro, filho do Capitão-mór Antônio de Couros Carneiro e de sua mulher D. Úrsula de Melo.
Dentre os filhos do Coronel João de Couros Carneiro e de sua mulher D. Inácia Ribeiro de Lemos está D. Isabel Garcês Deça, que casou com o Sargento-mór José Pereira Mascarenhas, cavaleiro fidalgo, natural de Aveiro, filho de Nicolau Pereira de Sousa, também cavaleiro fidalgo. Na página 751 da sobredita publicação da Empresa Gráfica da Bahia, pode ler-se o texto de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão atribuindo a esse Sargento-mór José Pereira Mascarenhas e a sua mulher D. Isabel Garcês Deça os seguintes filhos: D. Teresa Garcês Deça, Sebastião Pereira, Bento Ribeiro, Félix Pereira, D. Ana.
Ora, em se considerando que o único filho varão de Bento Ferreira Ribeiro e sua mulher D. Joana de Araújo e Azevedo tem exatamente o nome de João Velho de Araújo (como se pode ver no Livro de Tutelas e Inventários da Vila de São Francisco do Conde, já reiteradamente citado, em mensagens minhas, neste tópico), que a semelhança do nome de Bento Ferreira Ribeiro com o do Capitão-mór Bento Ribeiro de Lemos apoia a possibilidade de ligação entre eles, que o "Ferreira", em Bento Ferreira Ribeiro, se compadece com o nome do Sargento-mór José Pereira Mascarenhas (porque Pereiras e Ferreiras estão, freqüentemente, entroncados com ramos dos Mascarenhas, e isso a tal ponto que, por exemplo, os Mascarenhas da Cachoeira, na Bahia, chegavam, nos séculos XVIII e XIX, a alternar, quase indiferentemente, as combinações de apelidos "Pereira Mascarenhas" e "Ferreira Mascarenhas"), considerando, ainda, os costumes da aristocracia daqueles tempos, cujos habitualíssimos casamentos consangüineos fazem provável um eventual parentesco entre cônjuges, penso constituir hipótese para se levar muito em conta a de ser D. Joana de Araújo e Azevedo filha dos mencionados Coronel João Velho de Araújo e sua mulher D. Maria Josefa de Carvalho e Eça, e ser Bento Ferreira Ribeiro filho dos referidos José Pereira Mascarenhas, cavaleiro fidalgo (por alvará de 20 de março de 1722), sargento-mór da Vila de Cairu (confirmado em 15 de dezembro de 1738), e sua mulher D. Isabel Garcês Deça. Nesta hipótese, seriam Bento Ferreira Ribeiro e sua mulher D. Joana de Araújo e Azevedo segundos coirmãos (ou primos em segundo grau, como, hoje, se costuma dizer). Seria, neste caso, Bento Ferreira Ribeiro o Bento Ribeiro citado por Frei Antônio (e que tem seu nome escrito na página 751 da aludida publicação da Empresa Gráfica da Bahia).
O prestígio de que desfrutava, na Bahia de sua época, João Velho de Araújo fica evidente, em se observando a importância dos distritos de cuja ordenança ele era coronel. Natural de Ponte da Barca, filho de Antônio de Araújo e Azevedo, esse coronel da ordenança de Pirajá, Paripe, Cotegipe, Matoim, Passé e Terra Nova era oriundo, ao que tudo indica, da poderosa família Araújo e Azevedo, da dita Ponte da Barca. Desta família, ficou, depois, muito conhecido o célebre ministro de D. João VI, Antônio de Araújo e Azevedo, Conde da Barca (nascido, em Ponte de Lima, em 14 de maio de 1754, e falecido, no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1817), personagem de grande cultura, que muito contribuiu, com seus conselhos, para a decisão do então Príncipe Regente, de migrar para o Brasil. O acentuado racionalismo e as idéias avançadas do Conde da Barca fazem dele um dos portugueses mais lúcidos de seu tempo.
Finalmente, quero reiterar que as mencionadas filiações de Bento Ferreira Ribeiro e sua mulher D. Joana de Araújo e Azevedo constituem hipótese que ainda precisa ser mais averiguda.
Pedro Mascarenhas
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Bento Ferreira Ribeiro
Caro José de Azevedo Coutinho,
Agradeço sua mensagem, peço desculpas pela demora em responder-lhe, e espero ter-lhe sido útil (dada a sua natural curiosidade em relação à família de D. Joana de Araújo e Azevedo), com a divulgação, em minha mensagem anterior, neste tópico, da hipótese, que nela apresentei, referente à ascendência de Bento Ferreira Ribeiro e sua mulher D. Joana de Araújo e Azevedo.
Cumprimentos,
Pedro Mascarenhas
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Bento Ferreira Ribeiro
Em recente mensagem, respondendo ao Sr. José de Azevedo Coutinho, citei uma minha mensagem anterior, porque, realmente, ela fora enviada antes, como se vê da data e hora ao lado de seu título, mas observei que, na ordem dos títulos das mensagens, dispostos um abaixo do outro, a mensagem citada ficou abaixo da que a citou, como se hovesse sido enviada depois. Quero advertir, assim, que, ao falar de mensagem anterior, sigo sempre a ordem cronológica do efetivo envio das mensagens.
Pedro Mascarenhas
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RE: Procuro
Oi Pedro
Devido a raridade do livro citado e/ou seu preço, rogo ajuda para meu livro "Os Régis do Sapé".
Um dos troncos de minha família são os Costas, de Lisboa, e os Azevedos de Alagoas/Pernambuco (no peíodo que investigo Alagoas, hoje Marechal Deodoro, pertencia a capitania de Pernambuco).
José da Costa d"Alentejo e Catarina de Azevedo (ou Joana Maria), filha de Sebastiana Gomes de Azevedo, seu primeiro neto cearense nasceu em 1762.
Tenho acesso ao arquivo de nosso Bispado, onde constam todos o registro de batistérios, casamentos e óbitos do vale do Jaguaribe. no momento tenho transcrito o livro 1º de Batistérios.
Grato desde já pela atenção
Antonio Nogueira Régis
Limoreiro do Norte Ceará
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RE: Gomes de Azeedo
Senhores (as)
Meu livro intitula-se "Os Régis do Sapé", onde o tronco se acha em Nogueira Ribeiro, Portugês de Santa Cristina de Nogueira, conselho de Louzada, Distrito do Porto; os Costa d'Alentejo, Lisboa e os Azevedos de Alagoas (hoje Marechal Deodoro). Tenho dois assentos importantes, que salva-nos da cegueira, são eles:
Aos vinte dias do mez de Setembro de mil settecentos e secenta, e dous nesta Matriz de licença m.a o R. Padre Ezequiel Gameiro baptizou e poz os Santos Óleos e André, nascido aos sinco do mesmo mez e anno, filho de José Felix da Costa, natural da freg.a das Alagoas ... e de sua m.er Anna M.a do Nascimento natural e moradora nesta freg.a das Russas: neto paterno de Josê da Costa, natural de Portugal ignora a freg.a ... e de sua mulher Sebastiana de Azevedo naturaes da mesma freg.a das Alagoas, neto materno de André Nog.a Ribr.o natural da freg.a de Santa Catarina do Nog.a. Arcebispado de Braga e de sua m.er Jozepha M.a natural, da freg.a do Rio Gr.de do Norte, forão padrinhos Estevão Alvares de Bizerra. e Jozefa M.a da Conceyção moradores todos na faz.da Sapê desta freg.a; deq. Fiz este assento comque meassigno .
Aos seis dias do mês de Jan.ro de mil sete centos e secenta, etres nessa Matriz de Nossa Sª do Rozario da Russas batizei e pus os Santos oleos a Josepfa, filha, digo, rezei este aos vinte de mil sete centos esecenta, etres. F.a de Jose Felix da Costa natural das Alagoas, e de Ana Mª do Nascimento natural desta Freg.ª neta paterna de Jose da Costa d’Alentejo, natural da cida.e de Lxº. , e de Ana Maria Dona Celestina Gomes de Azevedo natural das Alagoas neta materna de Andre Nog.ra Ribr.o natural de Braga e de sua m.er Josepfa Maria, natural do Rio Grande do Norte, forão padrinhos Fran.o X.er Ribr.o cazado m.or no Arraia ... e Josepfa M.a viuva moradora naquella faz.da do Sapê deque fiz este termo em que meassigno .
Angela filha legitima de Jose Felix da Costa natural das Alagoas, e de Anna Maria da Conseysam (Nascimento), natural desta Freguezia das Russas. Neta paterna de Jose da Costa d’Alentejo; natural de Portugal e de sua Mulher D. Catarina de Azevedo, natural das Alagoas e filha materna de Andre Nogueira Ribr.o natural de Santa Catarina do Nogueira, e de Josepha Maria da Consseysom natural do Rio Grande do Norte nasceu a sinco de seis de mil sete centos esecenta esinco, foi baptizada com os Santos oleos aos treze dias do mez de Junho do dito anno nesta Matriz das Russas, pelo Reverendo Padre abaixo assignado. Forão padrinhos o Capitam Manuel Moreira de Souza e Maria Gomes Braga cazados. Depois para constar fiz este assento e Ignacio Mendes Guerreiro por impedimento de auzencia dos padrinhos, e que assigno .
Por mais confusos que sejam, estes dados nos ajudará a rastrear os Azevedos que, podem ter subido o São Francisco e desenbocado em Alagoas, ou uma sgunda hipótese, vindos do pernambuco, já que, no meu enteder, era uma das mais prósperas do Nordeste.
Pode-se, com seus dados, cruzados a estes chegar, quem sabe a uma ávore genealógica dos Azavedos no Brasil.
Perdoe-me a insistência, é porque estou envolvido de mais nestes estudos. Minhas pesquisas em Portugal só darão resultados, quando desvendar o passado deste casal de Alagoas
Grato desde já pela atenção
Antonio Nogueira Régis
Limoreiro do Norte Ceará
antonioregis.blogspote.com
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