Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
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Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Deixo aqui um tenebroso relato de como a identidade pode ser uma coisa complicada.
Pode ser que alguém saiba ou descubra algo e que me esclareça, por exemplo para nuno70arrobamailpontopt. Lembro que sobre Magalhães em Basto existem ainda um tópico meu, sobre este mesmo fulano Domingos Teixeira de Magalhães, “Magalhães, Celorico de Basto” e existe também um “S. Clemente, Celorico de Basto”
A falta de disponibilidade para ir até Braga faz com que apenas na semana passada, a 29 de Abril de 2003, dia em que a sala de leitura foi invadida por militares de razoável patente, tenha conseguido consultar assentos referentes a um indíviduo, ou a dois, cuja ascendência me tem dado bastante trabalho: Domingos Teixeira de Magalhães ou Domingos de Magalhães, que ora me aparece como filho de Manuel Martins e de Rosa, ora como filho de José de Magalhães e de Rosa Teixeira.
A primeira vez que o vejo referido é no assento de um neto Joaquim, nascido a 1 de Novembro de 1886, em Maximinos, Braga. Aí está claro que Joaquim é filho de António de Magalhães(que no óbito de Joaquim, o seu pai aparece como António Teixeira de Magalhães), de Arnóia, Celorico de Basto e neto, pela parte paterna, de Domingos Teixeira de Magalhães e de Maria Joaquina.
Os vários assentos consultados lançam a confusão sobre a ascendência deste Domingos de Magalhães (o apelido Teixeira vai e vem) e, infelizmente, até sobre a terra de origem.
Em busca de um António de Magalhães, em Arnóia, CB, filho de Domingos (eventualmente com o apelido Teixeira) de Magalhães e de Maria Joaquina encontro um baptismo nestas condições, em 1845. Maria Joaquina é filha de Manuel dos Santos e de Maria Teresa e Domingos de Magalhães é filho de Manuel Martins e de Rosa do lugar de Fermil de Veade. Nada a opôr quanto aos apelidos dos pais de Domingos já que há várias formas de o apelido ser transmitido, desde os padrinhos, ao patrão, ao tataravô, etc.
Só que, na mesma freguesia em 1844, uma Maria Joaquina, filha de Manuel dos Santos e de Maria Teresa, tem um filho de nome Francisco. O pai é Domingos de Magalhães filho de José de Magalhães e de Rosa Teixeira do lugar de Fermil. Ainda se podia achar que se trataria de um outro Domigos de Magalhães, no mesmo recôndito lugar da Lage, freguesia de Arnóia, no entanto é estranho que surja casado com a, aparentemente, mesma Maria Joaquina.
Para piorar a situação, em 1843 houve outro batismo de filho de outra filha de Domingos e de Joaquina. Se Joaquina continua filha de Manuel dos Santos e de Maria Teresa já Domingos voltou a ser filho de Manuel Martins e de Rosa.
Resumindo: Em 1843 Domingos é filho de Manuel Martins e de Rosa, em 1844 de José de Magalhães e de Rosa Teixeira e em 1845 volta a ser filho de Manuel Martins e de Rosa. Se este Domingos de Magalhães são duas pessoas diferentes, qual o motivo pelo qual aparece sempre como casado com Maria Joaquina filha de Manuel dos Santos e de Maria Teresa.
Às voltas com os assentos de nascimento deparo com algumas situações insólitas no início da década de 20 dos século XIX. Três baptismos de filhos de um tal Domingos de Magalhães, filho de um José de Magalhães e de uma Rosa Teixeira, e de uma Tomásia Rosa, filha de N...Alves. E quer José de Magalhães, quer Rosa Teixeira, são de Fermil, mas agora de Fermil de Molares e não de Fermil de Veade, como verificara nos nascimentos da década de 40 do séc. XIX. Nada a opôr: Fermil é um lugar pertencente a três freguesias. Mas sempre posso estar na presença de um segundo Domingos de Magalhães, com quem tenham feito confusão 20 anos mais tarde.
Para piorar as coisas, em 1875, dou com um óbito de um tal Domingos de Magalhães. Viúvo três vezes de Tomásia Alves, Maria Teresa e Claudina Coelho e deixou três filhas do primeiro casamento, um filho do segundo e duas filhas do terceiro. Afinal pode parecer que o tal Domingos de Magalhães que em redor de 1825 casara com uma Tomásia Rosa, filha de N... Alves, não é o mesmo que estivera casado com Maria Joaquina e com quem tivera em 1845 um filho de nome António. Afinal não aparece como viúva de nenhuma Maria Joaquina. No entanto, ressalve-se que deixa do segundo casamento um filho (se fosse António bem podia ser verdade já que este estava vivo em 1886), curiosamente -e como o relambório vai longo e quem teve paciência para ler até aqui pode já não se lembrar – o segundo casamento indicado neste óbito é com uma Maria Teresa, o mesmo nome da mãe de Maria Joaquina.
Mas isto até podiam ser só “supônhamos (sic)”. No entanto, neste óbito, em que a naturalidade do falecido se ignora e, que relança Domigos de Magalhães para um casamento com Tomásia Rosa, e ignora um casamento com Maria Joaquina, surge outro facto curioso: Se nos nascimento em redor de 1820, Domingos de Magalhães, casado com Tomásia Rosa filha de N... Alves, era filho de José de Magalhães e de Rosa Teixeira, já no óbito de 1875, de Domingos de Magalhães, viúvo de Tomásia Alves, é filho de Manuel Martins e de Rosa.
Confusos? Também eu! Restava tentar verificar se 82 anos antes, pouco mais ou menos-como reza o assento de óbito- existiria um nascimento de um Domingos filho de José de Magalhães ou de Rosa Teixeira ou de um Domingos filho de um Manuel Martins e de uma Rosa, no lugar de Fermil
Embora Fermil pertença às freguesias de Veade, Molares (e julgo que gagos) falhou-me a consulta e esquci-me de verificar as várias freguesias a que Fermil pertence e apenas consultei Molares.
A isso fui levado por incúria ao detectar um casamento, 1842 ou 1841, de um tal Domigos Magalhães com uma Maria Joaquina, no lugar de Cruz de Baixo, de onde nos nascimento de 1843, 1844 e 1845 eram os pais da noiva. Nenhuma indicação no assento de casamento quanto aos pais dos noivos ou de possíveis viuvezes (é assim que se escreve?) de Domingos, com uma tal Tomásia filha de N... Alves.
Desancantei, também em 1815 em Arnóia, um casamento de Domingos de Magalhães, do lugar de Fermil de Molares, filho de José de Magalhães e de Rosa Teixeira, neto pela parte paterna de Manuel Leite e de Antónia de Magalhães e neto pela parte materna de José Teixeira e de Ana Lopes com Tomásia Rosa ou Tomásia Alves (não tenho à mão cópia do assento).
Regressado aos assentos de nascimento de Fermil, freguesia de Molares, mas esquecendo inadvertidamente Fermil de Veade, ou Fermil de Gagos, encontrei um nascimento, em 1796 (salvo erro) de um Domingos. filho de José de Magalhães e de Rosa Teixeira, neto pela parte paterna de Manuel Leite e de Antónia de Magalhães e neto pela parte materna de José Teixeira e de Ana Lopes.
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RE: Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Com a reprodução deste texto (já incluído no tópico Magalhães complicados em Braga e Celorico) gostava essencialmente que alguém me indicasse alguma pista ou explicação para que a identidade desta pessoa varie concomitantemente.
Podem mesmo pôr hipóteses disparatadas. Digam de V. Justiça.
Atentamente,
nuno m
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RE: Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Alguma ideia acerca do que se terá passado com estas filiações?
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RE: Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Alguém me esclarece a concomitância informativa descrita na primeira destas mensagens?
Atentamente, nuno de m.
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RE: Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Alguém me esclarece a concomitância informativa descrita na primeira destas mensagens?
Atentamente, nuno de m.
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RE: Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Caros Confrades,
Alguma ideia, sugestão, quanto ao assunto referido supra? Acho que não fora a listagem de casamentos de Domingos, auando do óbito e não teria dúvidas de que são o mesmo indivíduo.
Atentamente, nuno de m.
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RE: Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Caro Nuno de M.,
Pela leitura do seu texto, parece-me que pode ser a seguinte sucessão:
1 - Rosa Teixeira casou duas vezes, a 1.ª com José de Magalhães e a 2.ª com Manuel Martins. Do 1.º casamento teve:
2 - Domingos Teixeira de Magalhães, n. 1796 em Fermil que casou 3 vezes, a 1,ª em 1815 com Tomásia Rosa; a 2.ª em 1841 ou 1842 com Maria Joaquina e a 3ª com Claudina Coelho. Do 2.º casamento teve, entre outros:
3 - António de Magalhães, n. 1845, Arnóia, CB, pai de Joaquim, n. 1886, Maximinos Braga.
Devido à mudança de concelhos e freguesias entre as várias gerações, pode dar-se o caso dos próprios terem dado informações erradas ao Padre nos vários assentos de nascimento dos filhos, ou óbitos por desconhecimento dos mesmos, ou seja, António poderá ter pensado ser seu avô Manuel Martins, 2.º marido da sua avó Rosa Teixeira, quando na realidade o seu avô era José de Magalhães, etc, etc.
Acho que os dados mais credíveis são os as filiações de pai e mãe nos vários assentos paroquiais.
Cumprimentos,
Vasco Quintanilha Fernandes
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RE: Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Caro Vasco Quintanilha Fernandes,
Peço desculpa, mas só agora dei com a sua mensagem que agradeço. Até ao momento parece-me de longe a explicação que traz mais luz.
De facto parece fazer sentido a explicação sugerida, ressalto só alguns pontos relacionados com as eventuais explicações que avança.
1) As dúvidas surgem só quando há mudanças de freguesia. A mobilidade parece grande, mas sempre dentro de Celorico de Basto. Até Braga ia a coisa bem. Mas a proximidade das freguesias de celorico parece-me grande e não geradora de grandes problemas .
2) António passou os apelidos Teixeira de Magalhães que persistiram nos filhos e na percepção dos netos. Será isto escassamente compatível com a noção de que Manuel Martins seria o seu avô?
3) De qualquer forma, Domingos de Magalhães (acho que nesses registos nunca aparece como Domingos Teixeira de Magalhães, mas não dei com outro que batesse com isto), ou alguém por ele, na década de 1840, indica os próprios filhos ora como sendo netos paternos de José de Magalhães e de Rosa Teixeira, ora como netos de Manuel Martins e Rosa. Filhos da década de 1820 já vêm sempre como netos de José de Magalhães e de Rosa Teixeira.
4) No óbito, o Domingos de Magalhães (imagino que seja o mesmo) nunca vem casado como de Maria Joaquina, mas também não dei com mais Domingos. Imagino que quem se teria enganado a dá-lo como filho de manuel martins não se enganaria com uma das mulheres.
5) Embora aceite que "os dados mais credíveis são os as filiações de pai e mãe nos vários assentos paroquiais", isso pode dificultar um bocado a coisa, pois de facto só dei com um Domingos nascido filho de José de Magalhães e de Rosa Teixeira mas receio sempre que o registo dele se tenha transviado ou ficado esquecido. isto mais se agrava porque me "distraí" (e estou excessivamente longe de Braga e seu arquivo, isto já são buscas de 2003) e não vi os paroquiais dos três Fermis (molares, veade e gagos), mas apenas de um dele.
Atentamente,
nuno de m.
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Teixeira de Magalhães
Caro confrade
Nesta minha mensagem nada venho trazer de novo relativamente ao Domingos Teixeira de Magalhães que antecede.
Antes porém, venho com os meus Teixeira de Magalhães, também de Celorico de Basto, que também me torturam.
Tenho uma Ana Teixeira de Magalhães (n. 09-03-1858, lugar da Granja, freguesia de Prazeres, Celorico de Basto), casada com Joaquim Carvalho Crespos, de Canedo, filha de António Teixeira de Magalhães (da freguesia dos Prazeres ?) e Maria de Sousa Machado (de Vale de Bouro ?), neta paterna de José de Magalhães e Teresa da Cunha, ambos dos Prazeres (?) e neta materna de Francisco de Sousa e Ana Maria Machado (ambos de Vale de Bouro ?).
Porque não encontro a ascendência destas pessoas, presumo que tenham saltitado entre freguesias.
Até agora, a melhor "aproximação" que obtive, e poderá ser mera coincidência de nomes, é a de José de Magalhães (n. 18-06-1779, de Ribas), casado em Ribas a 26-05-1801, com Teresa de Sousa (n. em Ribas a 21-04-1783). Este José de Magalhães faleceu em Vale de Bouro a 24-02-1864.
Por acaso tem elementos sobre esta gente?
Antecipadamente grato a todos os contributos, apresento os meus cumprimentos
Joaquim Neto Teixeira
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RE: Teixeira de Magalhães
Caro Joaquim Neto Teixeira,
O Sistema de notificação deixou de soar, pelo que só hoje dei pela suas questões. Nada a adiantar, pois descontinuei esta pesquisa. Sinto que é caminho bem pouco seguro.
Atentamente, nuno de m.
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RE: Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Caros confrades,
Repesco este tópico uma vez que não consegui mais informação sobre a ascendência do referido Domingos Teixeira de Magalhães.
Pode ser que alguém acrescente outras suigestões e hipóteses de trabalho às já generosamente sugeridas.
Atentamente, nuno de m.
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Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Caros confrades,
Repesco esta mensagem. Pode ser que alguém tenha alguma ideia. Nunca consegui deslindar a coisa.
Atentamente, nuno de m.
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Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Boa tarde, tenho alguns familiares Teixeira de Magalhães, mas na freguesia de S. Clemente de Basto. Em Molares, tenho Teixeira de Carvalho. Os Magalhães, em terras de Basto, são um verdadeiro quebra-cabeças. Tenho, ainda, ascendentes Magalhães no Arco de Baúlhe. Se me aparecer algum Domingos Teixeira de Magalhães, comunico.
Cumprimentos,
José A. Soares de Oliveira
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Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Prezado José,
Qual a origem dos seus Teixeira de Carvalho em Molares? Alguma ligação com a Casa das Eiras?
Cumprimentos, Vinícius.
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Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Viva,
Pior ainda quando o artista ainda no século XIX se lembra de ser de Fermil (que ora é freguesia de Veade, ora de Molares, ora de Gagos) e de surgir (ou um seu homónimo) concomitantemente em assentos de baptismo, casamentos e óbitos como filho de casais diferentes (ora josé de magalhães e rosa teixeira, ora de manuel martins e rosa sem apelido).
Atentamente, nuno de m.
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Caro Vinícius,
os meus Teixeira de Carvalho são da casa da Arada, em Molares, que pertenceu a minha avó Maria das Dores e é agora de meus primos da Aguiã.
A casa das Eiras, em Molares, da qual não sou descendente, pertence ao meu primo direito Segismundo de Vasconcelos Andrade e Castro (as nossas mães eram irmãs).
Melhores cumprimentos,
José A. Soares de Oliveira
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Ascendência de Domingos Teixeira de Magalhães
Caro José Soares de Oliveira,
Em 16 de Março deste ano enviei-lhe um e-mail com o assunto "Identificação de familiares do Arquitecto Alijó (Manuel Paulo Pinto de Magalhães)", com vário links e duas fotografias.
Por acaso lembra-se se a recebeu e não conseguiu ajudar-me ou se não recebeu provavelmente por algum problema de Spam ou email.
Se não o recebeu, se não o incomodasse faria o reenvio da mensagem.
Melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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Caro José,
Muito interessante! Localizei o seu primo Segismundo na obra Carvalhos de Basto, na descendência dessa casa. Eu e ele temos um longínquo parentesco, pois o seu 6º avô em linha reta masculina, Antônio Carvalho Pinto (1700-1759), era irmão de minha 8ª avó Teodósia Álvares da Cunha (1697-1781).
Cumprimentos, Vinícius.
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Caro Vinícius,
Meu avô materno, António Mendes de Castro e Vasconcelos, que vivia em Cabeça de Porca, Felgueiras, que herdara de seu pai, era, ainda dono, entre outras, de 2 casas em Fonte Coberta, freguesia de Molares, das quais a mais importante também é referida em Carvalhos de Basto e que me dá mais relações familiares nessa zona, incluindo Arco de Baúlhe e Refojos. Estas de Fonte Coberta ficaram, também, para os meus primos Aguiã. O Segismundo e irmãos, que herdaram a casa de Recobelo, herdaram, ainda, a casa onde hoje está instalada a Biblioteca Municipal de Celorico de Basto. Nessa obra (Os Carvalhos de Basto), em aditamento (último vol.) vem também referida ascendência de meu Pai, pois que minha trisavó na varonia era Coelho da Mota, gente que já fora referida num vol. anterior.
Cumprimentos,
José A. Soares de Oliveira
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