Prosseguindo vistas de olhos pela Torre do Tombo Online dei com um João Garção referido num documento da Chancelaria de D. João II, liv. 24, fol. 30 (Cota: PT-TT-CHR/J/1/24/478) e datado de 29/06/1483.
Aparentemente, pela descrição, este João Garção seria Escrivão das lezírias de Vila Franca Xira.
Noutro documento (PT-TT-CHR/J/1/19/308) faz-se nova referência a um João Garção. É da Chancelaria de D. João II, liv. 19, fol. 113 e data de 22/03/1487 e faz referência ao facto de João Garção ter sido escrivão da Escrivão da câmara de Povos. Ora, existiu na zona uma Câmara de Povos (como existiu outra de Alverca e outra de Castanheira, por exemplo)
Será este João Garção sempre um mesmo e também antepassado de Bento Garção?
Bento é considerado de certa forma fundador do apelido e referenciado em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=54484 como tendo nascido em redor de 1525, mas acredito que seja mais velho.
Num documento (PT-TT-CC/1/67/131) de 26 de Julho de 1540 -- de acordo com a cronologia tradicional Bento Garção teria 15 anos -- existe um alvará pelo qual "D. João III manda a Álvaro Preto, almoxarife das Lezírias de Vila Franca da parte de Alcoelha, que não constranja Bento Garção por 16 alqueires de cevada que lhe emprestou para a sementeira da Lezíria do Cabo, por quanto o mesmo senhor lhe faz deles quita e mercê."