Mascarenhas ingleses
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Mascarenhas ingleses
Alguém me sabe informar sobre a descendência do último Marquês de Gouveia, filho do último Duque de Aveiro morto em Belém aquando da tragédia dos Távoras?
A informação que tenho é de que D. Martinho teria passado alguns anos preso (sem nenhuma razão), terá sido libertado por ordem de D. Maria I, terá ido para Almeirim administrar uma propriedade dos seus primos Fronteira, terá tido um filho de senhora não nobre a quem chamou António, e que por mercê de D. João VI terá ingressado na carreira diplomática. Terá sido Cônsul de Portugal em várias cidades inglesas. Terá tido descendência, e por linha masculina o nome em Português ter-se -á mantido. Alguém me sabe dar mais informação?
Muito obrigada
Um abraço a todos
Tersa Mascarenhas
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RE: Mascarenhas ingleses
Cara Tersa Mascarenhas,
Acabo de ver a sua mensagem e também me interesso pelo Processo dos Tavoras. Segundo consta, na sequência da execução do Duque de Aveiro e da família Tavora, D. Martinho Mascarenhas perdeu direito a todos os seus títulos, tendo sido preso. Mais tarde, graças a diversas influências foi libertado e autorizado a utilizar o titulo de Marquês de Gouveia. Teve um filho ilegítimo no Norte do país, o qual teve descendência. Creio que essa descendência passou a Inglaterra, mas entretanto regressou a Portugal, podendo contudo haver ainda algum descendente no Reino Unido.
Não sei se me pode auxiliar com uma questão que já está na minha mente há algum tempo: porque razão o filho do Marquês consta na base de dados com o título de Dom (apesar de ser ilegítimo) e os seus filhos já não aparecem com o dito título?
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Sousa de Azevedo
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RE: Mascarenhas ingleses
Olá Henrique,
Obrigada pelo seu email. Eu venho por parte do meu avô paterno desse ramo dos Mascarenhas e não me sinto minimamente culpada ou sequer ligada ao atentado contra a pessoa do Rei do José. Não há nenhuma prova verdadeiramente séria, e confissões sob tortura valem só o que valem ou seja, nada. Esse D. António foi Cônsul de Portugal em Inglaterra, por mercê de D. João VI, em desagravo pela injustiça que foram os 18 anos de prisão sofridos por D. Martinho.
Na geração do meu bisavô Albert de Mascarenhas regressaram a Portugal, ficaram lá alguns primos com quem ainda tenho algum contacto esporádico. O meu bisavô era casado com uma senhora Irlandesa, Dora Aspásia Tugman, que quando ele morreu regressou à Irlanda. Temos portanto primos em Inglaterra (Cornwall e Holmfirth, no Sul de França e Canadá). Quando o meu bisavô chegou a Portugal comprou uma casa na Rua dos Lusíadas, onde é hoje a Escola Ave Maria, e comprou uma Agência de Navegação aos primos Olsen, na Travessa do Corpo Santo, em Lisboa, onde é hoje a Garland. Até à geração do meu Pai (John Harold Telles da Gama de Mascarenhas) conservaram sempre a dupla nacionalidade, até porque o meu Pai prestou alguns bons serviços aos Ingleses durante a Guerra. Se algum dia nos conhecermos pessoalmente posso contar-lhe algumas histórias engraçadas com passagens secretas, fantasmas e tudo. Quanto ao Dom, talvez o Marquês tenha casado, para legitimar o filho, e com a ida para Inglaterra e se tenham perdido os registos. Talvez D. João VI lhe tenha feirtto essa mercê, porque sempre ia representar Portugal no estrangeiro. A mim parece-me mais provável que o Dom lhe advenha de o pai o ter legitimado. Não lhe sei dizer mais. De qualquer forma, neto de Duque, talvez deva conservar o Dom, não é? Quando surgiu um Philip e um Albert, nascidos em Inglaterra, o Dom não ficava muito bem. Eu própria me sinto com direito a ele. Só não o uso porqie não quero ser acusada de coisas parvas. Se tiver mais informação eu agradeço. Ah, e parece que não foi no Norte, foi em Almeirim.
Um abraço,
Teresa M S Mascarenhas
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RE: Mascarenhas ingleses
Desculpe-me algumas gralhas. Para a próxima prometo que escrevo mais devagar.
Teresa
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RE: Mascarenhas ingleses
Cara Teresa Mascarenhas,
Agradeço as informações que me cede, com efeito a história da sua família está ligada a acontecimentos interessantíssimos. Também penso que as confissões dos envolvidos no Processo dos Tavoras nada valem, tendo sido vítimas do despotismo do Marquês de Pombal. Parece-me que, tenha casado ou não, o Marquês de Gouveialegitimou o filho. A prática é comum ao longo da História: note-se o caso do Rei Luís XIV de França, que teve diversos filhos e filhas à margem do casamento, tendo estes o estatuto de membros da família real, se bem que não podendo herdar o trono. Traçando um paralelismo para a alta nobreza portuguesa, D. Martinho provavelmente tinha estatuto de nobre, embora não podendo reclamar o título de Marquês. Agradeço a sua opinião no que cabe à sucessão deste título (e do de Duque de Aveiro, que nunca deveria ter sido retirado).
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Sousa de Azevedo
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RE: Mascarenhas ingleses
ERRATA: Em "Gouveialegitimou" leia-se "Gouveia legitimou".
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RE: Mascarenhas ingleses
Olá Henrique, se me quiser dar o seu email privado conto-lhe alguns episódios interessantes. Só não os coloco aqui porque são coisas que circulamm na família mas difíceis de provar. Serão portanto uma espécie de confidências.
Um abraço
Teresa
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RE: Mascarenhas ingleses
Cara Teresa,
Este tópico também me interessa, aliás deve ser do interesse de muitos outros participantes.
Peço-lhe, por isso, que partilhe com todos nós os episódios a que se refere na sua mensagem anterior, independentemente de serem, ou não, passíveis de prova.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Mascarenhas ingleses
Cara Teresa,
O meu e-mail é henrique_azevedo@hotmail.co.uk
Aguardo essas histórias e agradeço o facto de as partilhar.
Cumprimentos,
Henrique
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RE: Mascarenhas, Mirandela
Bom dia.
O meu bisavô chamava-se João Mascarenhas, (nasceu entre 1890-1905), na freguesia de Cabanelas, concelho de Mirandela, Bragança. Faleceu em Contins, freguesia de Carvalhais, Mirandela.
Não sei mais nada sobre a família do meu bisavô.
Alguém sabe alguma coisa sobre os Mascarenhas, da zona de Mirandela?
Cumprimentos,
BMascarenhas
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Descendente dos Marqueses do Lavradio
Boa tarde,
O meu nome é Horácio Moutinho, todos os meus bisavós paternos são descendentes da Familia Real Portuguesa, sendo que um deles é descendente ilegitimo de D.Nuno Caetano Àlvares Pereira de Mello, descendente dos Marqueses do Lavradio. Pelo que me apercebi, a legitimidade das pretensões pela parte dos meus antepassados Marqueses do Lavradio são colocadas em causa em vários sites e fóruns, mas se virmos bem, os Marqueses do Lavradio são os parentes mais próximos legítimos do último Duque de Aveiro. A partir do momento em que se encontram na linha colateral mais próxima do último Duque são, automaticamente e por legitimidade sucessória, os herdeiros da Casa de Aveiro.
Para mim, a execução dos Távoras e do Duque de Aveiro foi uma manobra do Marquês de Pombal assegurar para si mais notoriedade e "exterminar" possíveis opositores.
Saudosos Cumprimentos,
H. Moutinho
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Mascarenhas ingleses
O livro "A descendência portuguesa de El-Rei D. João II" traça toda a descendência do "Príncipe Perfeito", com particular destaque para os descendentes do marquês de Gouveia, os Spencer Mascarenhas.
Fui colega de um : Peter Michael Spencer Mascarenhas, no Colégio Manuel Bernardes, presumo que primo da confreira Teresa Mascarenhas que assinou alguns posts neste tópico
http://www.biblioteca-genealogica-lisboa.org/livro.php?&id=94&
Bernardo
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