Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
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Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caros Confrades,
Na cópia que eu tenho do livro "Arquivo Heráldico Genealógico", de Sanches de Baena, na Carta de Brasão de Armas de Francisco de Paula da Cunha Maldonado Ataíde Barahona, Administrador do Morgadio dos Barahonas, de 16.7.1774, diz que era filho de Pedro Nolasco da Cunha Ataíde Barahona e de D. Catarina Rosa Maldonado Espinosa.
Depois segue-se uma descrição algo confusa sobre os avós maternos, mas segundo entendi, a sua avó materna seria D. Maria Eugénia Maldonado, filha de D. Francisco Maldonado Espinosa (?).
Tenho dois outros documentos, assentos de baptismo, que referem uma D. Maria Eugénia Maldonado, datados da década de 1750, solteira, da Freguesia de Loreto, Lisboa. A mesma D. Maria Eugénia Maldonado era moradora em Benfica, onde também residiram alguns dos Barahonas-Maldonados dos Morgados dos Barahonas, na década de 1780, com dois filhos seus.
Existem alguns dados em comum nestas duas D. Maria Eugénia: locais e nomes de baptismo dos filhos e netos.
Coloco esta mensagem na esperança de alguém que tenha estudado melhor esta família Barahona-Maldonado me possa dar mais alguns dados sobre esta D. Maria Eugénia, para que se possa confirmar se se trata da mesma ou de mais uma daquelas coincidências em que a genealogia é fértil.
Agradecendo antecipadamente a atenção e ajuda, com os melhores cumprimentos,
Pedro Morais Coimbra
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Pedro Morais Coimbra
De facto a descrição que menciona, do Arquivo H. G. de Sanches De Baena, açêrca dos avós maternos de Francisco de Paula, é um pouco confusa. No entanto existem outras descrições bastante mais complicadas e difiçeis de entender...
Não poderei, por falta de elementos, ajudar na questão que coloca ref. Maria Eugenia Maldonado.
Alem disso, toda esta historia ref. Morgados Barahona, é bastante confusa e misteriosa!!! Ha tempos que tento deslindar este caso, pois a ascendência destes ditos e supostos "Barahona", se lhes seguir o rasto ascendente irá deparar a Varona, por uma via feminina, etc.. e de quem
Anselmo Braamcamp F. em Armaria Portuguesa, nada menciona ref. esta linha, apênas menciona a linha originaria de Espanha , e Sanches de Baena, coloca a linha Varona com
origem em Florença. Tavez em Verona.
Por uma razão mais ou mênos misteriosa, e/ou oculta,existiu uma apropriação quanto a mim
indevida do nôme Barahona. Salvo melhor opinião é a conclusão a que chêgo, se bem que todos
os factos apontem para uma situação "legal", mas não legitima.!!
Da documentação que tenho em posse, incluindo testamento do 1º Barahona que veio para Portugal, datado de 1660. em nenhum se menciona Maldonado, e em outras fontes nada encontro.
Dando-se o caso de conseguir mais informações ref. este assunto, muito grato ficarei se me informar, pois é para mim de grande interêsse.
Meus cumprimentos
J.G. van Zeller
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro J.G. van Zeller,
Agradeço muito a sua ajuda. Já me tinha apercebido que esta linha é muito confusa, mas vejo agora que ainda é mais confusa do que eu julgava. Desconhecia que também no lado Barahona (Varona) havia dúvidas. Na descendência da D. Maria Eugénia Maldonado que eu citei, ou seja, a dos documentos que eu tenho em minha posse, também não faltam casos estranhos de apropriação de bens e nomes, filhos expostos, que afinal não o foram, filhos ilegítimos que sucedem em vez dos legítimos, demandas em tribunal, zangas de família, etc.
O meu interesse neste assunto é, como disse na mensagem anterior, saber se se está a falar de uma ou duas Marias Eugénias, e, no caso de ser a mesma, tentar esclarecer a sua filiação. Fique certo que, se entretanto descobrir mais alguma coisa, terei muito gosto em informá-lo.
Grato e com os meus cumprimentos,
Pedro Morais Coimbra
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Pedro M. Coimbra
Agradecido sua resposta e comentarios.
Do que fôr surgindo a este respeito, vamo-nos comunicando..e talvez exista alguem
com mais conhecimento e informação nesta questão , e esteja com disposição de
comparticipa-los.
Meus cumprimentos
J.G. van Zeller
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro J.G. van Zeller,
Estou neste momento a trabalhar na transcrição de um manuscrito (ainda em posse da família) do século XVIII sobre os morgadios e demais bens desta família. Trata-se de uma sentença judicial, pelo que contém traslados das escrituras da criação do morgadio e sua transmissão pelas gerações seguintes.
Ainda é cedo para tirar grandes conclusões e uma vez que não sou o proprietário do manuscrito, não posso neste momento avançar grandes dados sobre o seu conteúdo. Mas posso dizer-lhe que em 1627 Ginez de Barona dizia ser descendente por via masculina dos Baronas de Burgos, no Reino de Castela. A genealogia das primeiras gerações em Portugal parece-me bem apresentada (com colaterais que desconhecia) pelo que tenho alguma esperança que no final possa converter este trabalho numa boa publicação genealógica para os descendentes e interessados nesta família.
Melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Gui Maia de Loureiro
Agradecido pelas suas interesantissimas informações.!!!
Talvez que através desse doc.to em estudo se possa esclareçer alguma coisa de positivo que
dê alguma luz s/ este intricado assunto, que para mim constitui misterio...
Esse Ginez diz sêr Barona ? ou Varona? o pormenor é importante, e pode ser um "pormaior"...
Sanches de Baena dá-os como originarios da região de Florença, antes de Burgos..e por outro
lado eu sei por tradição oral que Braancamp F. tentou pesquisar este caso, sem no entanto que
eu saiba tenha chegado a conclusões, ou se chegou não o escreveu, e não veio até mim como outras, p'la mesma via oral, pois ele era tio de minha bisavó,( com quem vivi até aos meus 25 anos) e sei que passou largas temporadas de volta dos arquivos da Casa Barahona, na Quinta da Esperança, em Cuba, Alentejo.
Este arquivo, do qual tenho uma infima parte, foi alvo de vandalismo,nos anos 70/80 passados
e encontra-se hoje disperso.
Peço -lhe o favôr de me informar do que fôr descobrindo, nêsse ou noutros documentos a que
eventualmente tenha acesso, e ref estes assuntos
Meus cumprimentos, e agradecido.
J. G. van Zeller
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Gui Maia de Loureiro,
Peço-lhe que me perdoe o abuso e estas duas perguntas sobre a ligação entre os Barahonas e os Maldonados:
1- Quanto à mãe de D. Catarina Rosa Maldonado, casada a 29.08.1752 com Pedro Nolasco da Cunha de Ataíde de Barahona, sabe dizer-me se é D. Maria Eugénia Maldonado?
2- Se sim, pode dar-me mais dados sobre ela, por exemplo, se era solteira, de onde era natural, para eu poder confirmar se é a mesma que eu tenho nos meus documentos?
Agradeço-lhe desde já a intervenção e qualquer nova luz que possa trazer a este assunto. Com os melhores cumprimentos,
Pedro Morais Coimbra
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caros Gui,
Quem tem esta família Barahona (Ataíde Maldonado) exautivamente estudada e documentada é o José Maria dos Santos, de que penso já te ter falado. Contactea-o através deste tópico: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=212046#lista
Estás a apanhar chuva em S. Martinho?
Abraço
Lourenço
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro J.G. van Zeller,
O documento que me chegou às mãos, embora do século XVIII, é uma cópia da sentença e o "copista" tanto escreve Barona como Varona. No caso concreto em que fala da sua linhagem, surge como Barona, mas parece-me que este detalhe não terá grande importância se tivermos em conta que no texto surge várias vezes como Varona (ou "de Varona").
Pela sua mensagem, estou em crer que está especialmente interessado nos Barahonas alentejanos, seus antepassados. Acredito que possamos ser parentes distantes, uma vez que também descendo do longínquo Bartolomeu Lopes, o sardinheiro, cuja alcunha se espalhou no Baixo Alentejo em forma de apelido e que parece ter sido antepassado da mãe do 1º Conde da Esperança. No entanto (e não sei se lhe estarei a dizer o que para si será já óbvio), devo realçar que não há qualquer parentesco entre os Barahona de Lisboa e os do Alentejo!
Os de Lisboa, parecem ser de facto espanhóis na sua origem; já os alentejanos parecem surgir ali para os lados da Cuba alentejana. Um conhecido genealogista que também estudou esta família, disse-me um dia que cria que a origem do apelido no Alentejo fosse a alcunha de Barão, que passando por linha feminina se teria convertido em Barona e posteriormente, com a ascensão social da família, para Barahona. Não me parece que esta tese esteja documentada, mas há outros casos do género naquela região como o dos Arce Cabo, que tiveram armas de Arces (entre outras), mas cujo apelido evoluiu lentamente de Udiarza (nome da ribeira que corria nas suas herdades do termo de Beja) para Odearça e posteriormente para d'Arce.
De qualquer forma, quando terminar este trabalho, espero ter oportunidade para o tornar público.
Melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Pedro Morais Coimbra,
Estou apenas a de meio do manuscrito e ainda não cheguei às gerações mais recentes. Mas julgo que outros "forenses" poderão eventualmente responder a essa pergunta, uma vez que há vários interessados em Maldonados. Se houver novidades que lhe possa transmitir, fá-lo-ei.
Melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Lourenço,
Agradeço a tua mensagem. De facto, já me tinhas falado no José Maria dos Santos, mas não decorei o nome e fiquei sem saber se era algum dos intervenientes neste tópico. Vou agora contactá-lo.
Não estou a apanhar chuva em São Martinho porque estive no Algarve no fim-de-semana e de passagem fiquei em Coruche para as festas de Nossa Senhora do Castelo. Tem estado um calor abrasador!...
Um abraço,
Gui
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Meu Caro Gui Maia de Loureiro
Obrigado sua mensagem. Estou com pouco tempo, p'lo que vai telegrafico...
1º De norte a sul do País houve sempre, e continua, a confusão silabica dos V e dos B, e então em doc.tos antigos os escribas erravam com frequencia, como é sabido...etc
2ºA questão para mim central, nem é bem algum parentêsco entre os do Alentejo e os de Lisboa, que possa ou não existir. Mas sim o mecanismo que transformou Varona em Barahona,que ficou
"legal" com a atribuição de carta de armas, e autorização de constituição do morgadio, etc..
3ºA teoria de que teria havido evolução de BARÃO para Barahona ,é a primeira vez que ouço ou leio,e tenho que é um verdadeiro disparate, e o tal genealogista não sabia de certo do que estaria falando.... é claro que houve através dos tempos evoluções toponimicas, com alterações, etc..
mas não é certamente este , o caso, dada a profusão documental que existe ( de que tenho alguma, como já disse), não só em Portugal como em Espanha, região de Valencia, e anteriormente da Rioja.
4ºEntão aguardêmos p'la conclusão do seu trabalho, e muito gostaria depois, que informasse
onde poderia ,e como, têr acesso ao mesmo.
5º Ainda qto. aos Varona, eles vieram de Italia para Castela, o que era e é normalissimo, e que me conste ainda existem na região de Forença, o que de certo modo confirma que de lá vieram.
Espero que mantenhamos contacto, e no que me fôr possivel dar contributo,é só dizer.
Meus cumprimentos
J.G. van Zeller
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro J.G. van Zeller,
Agradeço a sua mensagem e deixo apenas um esclarecimento: a tese de que o apelido Barahona poderia ser uma evolução do feminino de Barão refere-se apenas aos Barahonas alentejanos. Como lhe disse, julgo que esta tese não estará documentada, mas não me parece que seja tão descabida como isso, essencialmente por duas razões: em primeiro lugar, porque houve outros processos semelhantes bem documentados; e em segundo lugar, porque o vocábulo Barona era de facto utilizado (pelo menos) no Alentejo com o significado que indico acima.
Quanto ao genealogista em causa, poderá obviamente estar errado, mas estou certo de que não avançaria com essa hipótese se não soubesse bem do que estava a falar. De resto, como frequentador deste fórum, poderá ele (se assim o entender) apresentar bem melhor que eu a sua tese.
Se puder, continuarei mais tarde este tópico. Entretanto, agradeço a sua oferta de colaboração.
Cordiais cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Gui
Desculpará que lhe diga que esta " argumentação" careçe por inteiro de validade.
O facto de terem existido processos semelhantes, e alguns são bastante conhecidos, não justifica,e muito mênos prova, aplicação neste caso.
A " teoria" não será justificavel, nem provavel, nem documentavel....p'lo que será absurda..
Da outra parte, existe extensa documentação comprovativa, incluindo uma copia de documento
não expressamente datado, mas que suponho ao redor do sec. xv, descrevendo origem e relatando
as circunstancias em que o uso do nôme foi autorizado.
Repito que estou mto interessado neste seu estudo, e logo que o mesmo esteja concluido peço
favôr de me indicar como poderia têr acesso ao mêsmo, pois para alem de tudo são "coisas" que me interessam, apesar de não sêr "profissional",antes me move paixão p'la Historia.
Meus cumprimentos
J. G. v Z.
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
CAROS AMIGOS
ESTAREI EM PORTUGAL EM 01 DE SET E ESTOU PRECISANDO DE INFORMAÇÕES DA FAMÍLIA EM PORTUGAL.
NOME DO MEU PAI: DAVID SILVEIRA MORGADO
NOME DO MEU AVÔ: DAVID AUGUSTO MORGADO (falecido)
NOMES DOS MEUS BISAVÔS PATERNOS: ANTÔNIO MARQUES MORGADO (BISAVÔ) E ROSALINA AUGUSTA PACHECO MORGADO - (PORTUGUESES - Já falecidos)
MEU BISAVÔ CHEGOU AO BRASIL DESEMBARCANDO NO PORTO DE SANTOS EM SP, COM MEU AVÔ NA BARRIGA DA MINHA BISAVÓ.
ESTOU TAMBÉM TENTANDO MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE A FAMÍLIA EM PORTUGAL.
AGRADEÇO SUA ATENÇÃO E AGUARDO O RETORNO.
ANDRÉ MORGADO
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Gui Maia de Loureiro,
Agradeço muito a sua disponibilidade. Esperarei pacientemente qualquer novidade. Entretanto, vejamos se algum outro participante nos pode ajudar.
Com os meus cumprimentos,
Pedro Morais Coimbra
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro J. G.,
Agradeço a sua mensagem, embora note que ficamos em desacordo quanto à possibilidade/probabilidade da origem dos Barahonas alentejanos ser a que indiquei. Trata-se de uma questão de opinião, pelo que não nos adianta muito discuti-la enquanto não tivermos dados mais concretos.
Fiquei no entanto interessado no documento que refere na sua mensagem como sendo possivelmente do século XV e que explica a origem do apelido desta família. Onde posso encontrá-lo? Fazia parte do Arquivo da Quinta da Esperança?
Melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Excelentíssimos Senhores,
Tenho elementos que, penso, poderão revelar-se interessantes para os pontos em discussão neste tópico. Não ouso considerar-me, de modo algum, genealogista, mas tenho comigo bastante documentação referente à família Barahona (de Lisboa), minha família materna. Sei que na posse de outros membros da família existe abundante documentação, infelizmente (cada vez mais) dispersa e nunca devidamente catalogada. Aqui ficam pois alguns dados que poderão interessar:
Numa certidão de baptismo de 5 de Novembro de 1760, lavrada por frei Manuel Ezquerro, cura da Igreja Paroquial de São Martinho de Madrid pode ler-se o seguinte: “En la Yglesia Paroquial de S. Martin de Madrid à diez y ocho de Noviembre del ano de mil setecientos y uno, yo fr. Estevan de la Freyria cura de dicha yglesia, Baptizè à Maria, Eugenia, Michaela, hija legitima de Don Francisco Xavier Solano, natural de Madrid, y de D. Maria de Maldonado, natural de Toledo, etc.”. Esta D. Maria Eugénia Solano Maldonado viria a casar com “Julião Bargil, natural de Florença”, tal como se pode ler na CBA de 1774 concedida a Francisco de Paula da Cunha de Ataíde Maldonado de Barahona (a mesma que é mencionada por Sanches de Baena) e de que tenho uma reprodução fotográfica feita pelo meu bisavô a partir do original (que estará actualmente na posse de algum dos muitos primos).
Quanto à vinda dos Barahonas para Portugal e à origem do nome: Num “Auto de instituição, e tombo de morgado, e capela”, datado de 1628, com cerca de 60 páginas manuscritas, pode ler-se que Gines (ou Genes) de Varona (ou de Barona ou de Baraona ou de Barahona, todos estes grafismos surgem de modo aleatório, por vezes dois diferentes na mesma frase) era filho de Andres de Varona, natural de Burgos. O instituidor afirma descender da família Varona, que, segundo diz, teria seu solar conhecido em Burgos, Reino de Castela. Na altura em que foi instituído este Morgadio Gines de Varona tinha já um filho adulto licenciado em Cânones. Um seu irmão, Bernardo de Varona, saiu também ele licenciado em Leis pela Universidade de Coimbra em 25.2.1600 (segundo informação gentilmente obtida e transmitida neste mesmo fórum pelo Exmo Sr. Pedro França). Gines de Varona terá assim nascido, imagino eu, por volta de 1580, e Andres de Varona provavelmente cerca de 1550 ou mesmo antes (Gines é filho de um segundo casamento). Em relação à origem do nome Barahona como variante ou corruptela de Varona, a verdade é que até ao último quartel do séc. XVIII, pelo menos nos documentos que tenho visto, ambas as formas surgem como equivalentes. Frequentemente a mesma pessoa surge com o apelido escrito dos dois modos, por vezes no mesmo documento. O administrador do Morgado em 1760, por exemplo, surge sistematicamente como Nuno da Cunha Ataíde de Varona na numerosa documentação em que é referido, incluindo várias obras de história do Brasil colonial (foi governador de Macapá). No entanto, o seu irmão Pedro Nolasco surge sempre como Barahona. Evidentemente, tal não significa que noutras famílias este apelido não possa ter outra origem, nomeadamente toponímica, já que há várias localidades em Espanha chamadas Barahona. Curiosamente, nas montanhas a Leste de Burgos onde ainda hoje existe a torre-solar dos Varonas existem uns “altos de Barahona”.
Ainda uma curiosidade sobre os Varonas e a sua origem: surgem mencionados em Castela pelo menos desde o séc. XIII e, tal como frequentemente sucede noutras linhagens medievais, reclamam uma origem lendária. Supostamente a linhagem teria sido fundada por uma senhora de seu nome Maria Peres, que durante as invasões de Castela por Afonso de Aragão, o Batalhador, terá decidido vestir-se e armar-se como um homem para acompanhar os seus irmãos, combatentes na hoste castelhana. Durante a refrega a gentil donzela terá desfechado sobre um cavaleiro que dela se aproximou um golpe de tal violência que se lhe quebrou a espada, ficando o feliz contemplado estendido no campo. Como já se adivinha, o anónimo cavaleiro vem a descobrir-se ser o próprio Rei de Aragão, que assim ficou prisioneiro dos Castelhanos subitamente vitoriosos. Quando por fim a heroína revela, perante o pasmo geral, a sua identidade, reza a crónica que o Rei castelhano terá exclamado: “ habéis obrado, no como débil mujer, sino como fuerte varón y debéis llamar-vos Varona, vos y vuestros descendientes”. Esta divertida e estranha história veio mais tarde a ser imortalizada por Lope de Vega em “La Varona de Castilla”. A sua relevância para a discussão dos Barahonas em Portugal reside no facto de permitir de algum modo descodificar as armas usadas pelos Varonas/ Barahonas de Lisboa: quatro bandas de vermelho em campo de ouro (supostamente uma alusão às quatro palas de Aragão) e por timbre um braço armado de prata com mão de carnação brandindo uma espada quebrada pelo meio (a espada quebrada de Maria Peres).
Também concordo, por fim, que, ao que tudo indica, não há relação entre os Barahonas ditos de Lisboa e os ditos do Alentejo, isto apesar de alguns mitos (muito naturais) em sentido contrário prevalecentes, penso eu, em ambas as famílias. Ainda assim cito um deles, que muito ouvi na minha família, segundo o qual dois irmãos Varonas teriam vindo para Portugal durante a monarquia dual, tendo-se um fixado em Lisboa e outro no Alentejo. A verdade, no entanto, é que não parece ser possível identificar este putativo elemento comum a ambas as famílias, tal como me explicou o meu caríssimo amigo José Maria Simões dos Santos, já citado neste tópico.
Com os melhores cumprimentos,
Bernardo Barahona Corrêa
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Bernardo Barahona Corrêa,
Agradeço o seu valioso contributo. Traz importantes e interessantes novidades para este tópico, que prometem alimentar longas horas de pesquisa e discussão. Depois de "digerir" melhor os dados que avançou poderei colocar-lhe uma ou outra pergunta, mas para já, mais uma vez, os meus agradecimentos.
Com os meus cumprimentos,
Pedro Morais Coimbra
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Estimado Pedro Morais Coimbra,
É um prazer contribuir no que puder. Disponha.
Os melhores cumprimentos,
Bernardo Barahona Corrêa
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Meu Caro Bernardo
Só uma pequena nota, para agradeçêr as informações muitisssssimo interessantes!!!!
Estou sem tempo para escrevêr mais, mas não queria deixar de o fazêr agora...
Eu tenho outra historia, em documento que depois intentarei colocar aqui mêsmo..
Até breve, então
Jorge G van Zeller
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Jorge van Zeller,
Obrigado pelas suas amáveis palavras. Fico então a aguardar a sua história, com grande curiosidade.
Até breve,
Bernardo B. Corrêa
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Bernardo
Gostaria de colocar aqui fotografias de doc.tos que tenho ref. Barahona, e ainda ref.Cordovil.Acontece que não sou capaz de colocá-los aqui mesmo p´lo que peço me contacte directamente para: jgvanzeller@netcabo.pt
Meu telef : 96 618 6081
Por mail directo ou pessoalmente terei todo o gôsto.
Meus cumprimentos
Jorge G. vZ
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RE: Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Caro Bernardo Barahona Corrêa,
Depois de confirmar com os dados que eu tenho, posso já garantir que, afinal, estamos a falar de duas senhoras com o mesmo nome, ou seja, duas "Dona Maria Eugénia Maldonado", pois os documentos que eu tenho afirmam, sem qualquer dúvida que a "minha" D. Maria Eugénia era solteira. Ora, como a "sua" é casada, não pode ser a mesma.
Entretanto, e enquanto não surge nada de novo nas minhas pesquisas, se não se importar, gostava de lhe pedir que me pusesse a par de qualquer desenvolvimento que consiga neste ramos dos Maldonados, se não lhe for incómodo, claro.
Mais uma vez lhe agradeço a ajuda (passada e futura), com os melhores cumprimentos,
Pedro Morais Coimbra
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Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
O apelido BARAHONA é basco. "Bar a ona" significa, em basco antigo, "a boa árvore" ou "a boa lança". De acordo, com registos históricos, terá sido cognome dado a Roderix Baraona, cavaleiro visigótico que, nos finais do século VII, inícios do século VIII, terá ficado para trás a defender o "Paso Barahona" da progressão muçulmana que se dirigia a França. Ignora-se o seu primitivo apelido de família. Sabe-se que vivia em Vilalañes de Valdegovia, Alaves, Países Bascos, nos limites com as actuais fronteiras de Burgos e Sória (Castela a Velha), na Torre de Baraona que, apesar de parcialmente destruída por Carlos V, no rescaldo da revolta dos comuneros, foi reconstruída e, ao fim de 30 gerações, foi doada ao governo autónomo dos Países Bascos.
Quando o nome basco Baraona foi incorporado no castelhano, houve que introduzir um "h" mudo entre o "a" e o "o" para evitar o ditongo. Por outro lado, o "B" e o "V" em castelhano têm o mesmo som de "B". Finalmente os três "a" de Barahona são todos mudos. Surgiu, assim, em Espanha, quatro grafias de Barahona: Baraona (usada ainda nos Países Bascos) Barahona, Barona, Varona. Em Potugal, surgiu posteriormente, uma quinta, com a República, mas com pouco uso: Baraôna. A evolução do apelido já é notória nos nobiliários de Alaves e de Burgos, os dois mais antigos da Península Ibérica.
Quanto às relações entre os Barahonas e os Maldonados são muito antigas, embora se ignore a entrada desta última família nos Países Bascos, proveniente de França (a sua primitiva carta de brazão de armas e fidalguia é francesa), mas é anterior à revolta dos comuneros, reprimida por Carlos V.
Finalmente, os pais do morgado viviam na Rua de São Julião, Paróquia de São Julião, na baixa lisboeta, perto do Paço Real e destruída pelo terramoto e subsequente maremoto. Eram ainda proprietários de uma quinta na Paróquia de Nossa Senhora do Amparo em Benfica.
A carta de brasão de armas e fidalguia de Francisco de Paula foi uma espécie de "reconhecimento de direitos". O respectivo processo está na Torre do Tombo e também valerá a pena consultar o Arquivo da Armada e o Arquivo do Exército (relativamente ao tio do morgado).
Finalmente, há vários ramos da família "Barahona" em Portugal. Desde logo, há a fazer uma distinção entre os "Barahona" de Lisboa e os do Alentejo e, mesmo entre estes, não é seguro que pertençam ao mesmo ramo. Os "Barahona" de Lisboa entraram pelo norte de Portugal, durante ou no final da revolta dos comuneros e descendem do tronco familiar basco. Os "Barahona" do Alentejo" podem também descender de uma "aliança familiar" com os "Salazar", família de grandes agrários da Estremadura, ou de uma outra "aliança familiar" com grandes agrários da Andaluzia. São hipóteses de trabalho para as quais ainda não tenho resposta.
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D. Ana de Aguiar Maldonado
Caros Confrades
Busco informação, nomeadamente sobre a naturalidade, data e local de casamento de D. Ana de Aguiar Maldonado que no séc . 17 foi casada com Filipe Bandeira Freire, trisavós de João Caeteno de Brito Maldonado morador que foi na cidade de Évora, nos finais do séc 18.
Com os meus cumprimentos,
António Pena Monteiro
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Morgado dos Barahonas - Maldonado (Espinosa)
Sr. António Pena Monteiro
Na memória do PC tenho apenas a seguinte referência. D. Ana de Aguiar Maldonado: http://geneall.net/pt/nome/162292/ana-de-aguiar-maldonado/
As fichas informatizadas estão guardadas no Alentejo e, por razões de saúde, não poderei lá ir tão cedo.
Espero que seja esta a informação que procura.
Com os melhores cumprimentos,
João Barahona Arez
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D. Ana de Aguiar Maldonado
Caro João Barahona Arez
Muito lhe agradeço a resposta e o interesse.
Qualquer informação que me permita localizar, temporal e geograficamente, o nascimento ou o casamento D. Ana de Aguiar Maldonado será sempre muito bem- vinda, ainda que num futuro mais ou menos distante.
Por outro lado, relativamente à família de João Caetano de Brito Maldonado quiçá também me possa ajudar.
Na Base de Dados do Geneall a Mãe de João Caetano de Brito Maldonado, D. Teresa Plácida Josefa, é nomeada Teresa Plácida Josefa Ribeiro da Cunha, na Carta de Armas de João Caetano de Brito Maldonado, Teresa Plácida Josefa de Sousa e Vasconcelos.
http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4613898
Sucede que, em 19.12.1785, na vila da Atalaia (hoje no concelho de Vila Nova da Barquinha) João Caetano de Brito Maldonado Bandeira, Professo da Ordem de Cristo, da cidade de Évora, e D. Rosa Josefa da Ribeira Sousa e Vasconcelos, da cidade de Évora, foram padrinhos de baptismo de D. Rosa, filha do Dr. Arcanjo José das Neves (2.º casamento dele) e de D. Maria Maximiana da Silva, neta paterna do Dr. Arcanjo Bernardo das Neves e de D. Isabel Joaquina da Rosa, neta materna do Capitão João da Silva Barbosa e de D. Francisca Leonor.
Será que lhe é possível identificar D. Rosa Josefa da Ribeira Sousa e Vasconcelos, da cidade de Évora, na família de João Caetano de Brito Maldonado Bandeira.
Com os meus cumprimentos e votos de um rápido restabelecimento da saúde,
António Pena Monteiro
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