Sentença de 1487 - Tancoso, Portugal

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Sentença de 1487 - Tancoso, Portugal

#244126 | fs1945 | 14 Nov 2009 11:20

Transcrevo uma mensagem que recebi para conhecimento dos interessados

A JUSTIÇA TEM DESSAS COISAS.

Sentença de 1487 - Trancoso, Portugal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".

[agora vem o melhor:]

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

F. Dias

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RE: Sentença de 1487 - Tancoso, Portugal

#244131 | josemariaferreira | 14 Nov 2009 12:52 | In reply to: #244126

Caro confrade F. Dias

D. João II, mandou Colon(izar) a América por Colombo, com gentes de Espanha, exactamente porque Portugal estava praticamente despovoado e nem gente para trabalhar na agricultura tinha. Imagine só que naqueles tempos Cacela no Algarve estava despovoada e foi repovoada pelo Infante D. Fernando, com dez homens que aí quisessem morar e fizessem as suas casas, que para isso obteve do rei D. Afonso V, o privilégio de não pagarem peitas, fintas, talhas, ou outras obrigações!!!

Assim, uma hipótese para colonizar aquelas vastas terras descobertas no Novo Mundo, seria o seu cunhado D. Diogo levar para lá a nobreza espanhola que tinha apoiado Portugal na Guerra da sucessão contra Castela. Com um tiro matava logo dois coelhos. Colonizava aquelas terras e o seu cunhado Cristóvão Colombo, mantinha-as sob o domínio português, ainda por cima com a ajuda dessa Ilustre Nobreza eepanhola!!!

D. João II morreu em 1495, e em três anos o Mundo deu uma volta. E Colombo ficou sem bom Porto para atracar!!!

A lição desse julgamento só vem comprovar que de facto ele era um rei temido e amado!!! E foi no reinado desse rei que a primeira armada entrou pelo Tejo!!! Rei temido e amado....

Cumprimentos

Zé Maria

P.S. Eu próprio já tinha colocado aqui um tópico com esse julgamento do Padre Francisco da Costa, para ver se despertava o interesse dos confrades.

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RE: Sentença de 1487 - Tancoso, Portugal

#244160 | chartri | 14 Nov 2009 20:26 | In reply to: #244126

Caro F. Dias

Julgo que tudo isto é falso e não encontra nada sobre isto na TT.
Mas é divertido
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo

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RE: Sentença de 1487 - Tancoso, Portugal

#244169 | josemariaferreira | 14 Nov 2009 22:28 | In reply to: #244160

Caro Richardo Charters d'Azevedo

Eu também estranhei a cota, mas o que me levou a dar alguma credibilidade à estória foi o de estar afixada na Casa Museu em Trancoso, onde é suposto ter nascido o referido Padre.
Sendo assim como afirma, não abona em nada a credibilidade da referida casa de restauração!

Cpts

Zé Maria

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RE: Sentença de 1487 - Tancoso, Portugal

#244235 | paradela | 15 Nov 2009 21:34 | In reply to: #244169

Caros confrades,
De facto, se existe tal documento, deve estar devidamente identificado para que qualquer pessoa possa ter acesso. Se pessoas como vocês, frequentadores de arquivos e experientes, desconfiam desse "escrito", a entidade responsável pelo mesmo em Trancoso deverá atestar a sua veracidade sem sombra de dúvidas. Se assim não for, qualquer curioso de memória "acelerada" diz o que lhe vem à cabeça, verdade ou mentira, e passa a fazer parte da nossa história. Deverá haver responsabilidade e rigor nestes factos para que não haja deturpação da verdade mais "antiga", porque para isso já basta a história moderna.
J. Cardoso.

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