Bordalo, de Souto de Penedono
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Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Taveira (e demais colegas),
Como prometido, deixo aqui a ascendência do seu antepassado Pedro Rodrigues, natural de Souto de Penedono e antepassado por varonia dos Costas de Cedovim. Pensei que seria melhor deixar aqui no Genea, no caso de ter interesse para outros participantes deste forum.
1- PEDRO RODRIGUES, natural de Souto de Penedono, cc Ana Luis, natural de Alcarva filha de António Rodrigues e Ana Lourenço
2- PEDRO LOPES, baptizado no Souto a 6/7/1692 (padrinhos o Padre cura Manuel Martins e sua prima Catarina Martins) e casado no Souto a 8/1/1719 com
3- ANTÓNIA LOPES, baptizada a 20/6/1696 (padrinhos Filipe do Amaral e Maria de Vasconcelos viuva)
4- BELCHIOR NOGUEIRA, baptizado no Souto a 10/6/1651 (padrinhos Jeronimo Botelho e Maria filha de Catarina Francisca do Forno) e casado no Souto a 17/9/1673 com
5- MARIA LOPES (ou VARELA), baptizada no Souto a 10/4/1655 (padrinhos Pedro da Mouta e Mariana filha de Isabel Saraiva)
6- DOMINGOS JOÃO, do Souto
7- MARIA LOPES PEQUENA, do Souto
8- BELCHIOR NOGUEIRA, do Souto onde casou a 19/2/1645 com
9- ANA BORDALA, baptizada em Julho de 1626 (padrinhos Gaspar Borges morador em Sebadelhe e Maria de Almeida filha de Estevão Gonçalves) e falecida a 3/11/1667
10- DOMINGOS LOURENÇO, da Mêda e casado no Souto a 29/6/1641 com
11- MARIA LOPES, de Souto
16- FRANCISCO JOÃO
17- ?
18- ANDRÉ BORDALO, do Souto (deve ser o André Bordalo que foi Procurador do numero da vila de Souto, Penedono, Cedovim, Penela e Povoa, alvará de 16/?/1631)
19- MARIA FRANCISCA, do Souto onde faleceu a 19/8/1659
20- FRANCISCO BASTIÃO VARELA, da Mêda
21- ISABEL LOURENÇO, da Mêda
Como lhe disse numa mensagem prévia, penso que aquele André Bordalo (18) era filho de Tristão Bordalo de Moura Osorio, filho de André Bordalo de Moura, escrivão das sisas de Marialva e de Val de Ladroes por carta de 5.6.1544 e sua mulher D.Isabel da Fonseca Osorio. As genealogias não indicam nenhum filho André para o Tristão Bordalo de Moura Osorio e sua mulher D.Filipa de Castro. No entanto, tendo em conta a cronologia e o facto do pai dele também se chamar André, poderá ter sido filho natural ou bastardo. E de facto, não há transmissão do apelido Mesquita ou Castro na descendência desse André Bordalo como se vê na descendência legitima do Tristão.
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Taveira,
Esqueci-me desses costados na ascendência do seu Pedro Rodrigues:
22- DIOGO LOPES
23- ISABEL MARTINS, falecida no Souto a 8/4/1632
Eu também descendo dos Bordalos do Souto. Um neto da minha antepassada Maria da Fonseca (cc João Rodrigues) usou o apelido Bordalo. Era o capitão de Ordenanças Manuel da Fonseca Bordalo. Ora, o apelido Bordalo so lhe pode vir do lado paterno (seu pai Manuel da Fonseca era filho desses meus antepassados João Rodrugues cc Maria da Fonseca) ... sendo a mãe dele natural de Penela onde não há rasto de nenhum Bordalo. E tendo em conta que o seu antepassado André Bordalo teve pelo menos 3 filhos ilegitimos (de 2 moças solteiras do Souto), um dos quais foi uma menina Maria baptizada em 1635, penso que a minha antepassada Maria da Fonseca poderá ter sido essa Maria.
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Muito obrigado por todas as informações enviadas. É um estupendo avanço nos dados que tinha. Falta saber onde foram buscar o apelido Costa, usado por Francisco Rodrigues da Costa e toda a sua descendência, filho do Pedro Rodrigues. O André Bordalo não poderá eventualmente ser bisneto (e não neto) do tal André Bordalo de Moura ?
Entretanto na esperança que me saiba entroncar outro antepassado meu, um tal Simão Lopes, natural do Souto, mando-lhe o que sei. Perdoe-me o abuso.
Reiterados agradecimentos e um forte abraço,
António Taveira
1- Simão Lopes, furriel-mor e ajudante. Nascido cerca de 1640 em Souto de Penedono. Casou 1.ª vez com Isabel Machado, falecida em 11.12.1673 em Almofala, com testamento, no qual deixou 50 missas por sua alma. Fez-se-lhe um ofício de 9 lições de 5 padres. Testamenteiro o marido. Deixa bens a sua afilhada, filha de sua irmã Ana Machado. Casou 2.ª vez, em 1674 ou 1675, provàvelmente em Freixeda, com Ana de Lima, natural de Freixeda do Torrão.
Teve do 1.º casamento:
2.01- Maria. Baptizada em 13.7.1670 em Almofala. Que será a criança, filha de Simão Lopes, falecida 22.1.1672 em Almofala.
2.02- Ana. Baptizada em 1.3.1672 em Almofala.
Teve do 2.º casamento:
2.03- Maria de Gouveia. Baptizada em 16.11.1675 em Almofala. Padrinhos António Gomes, de Freixeda e s.m. Catarina de Gouveia. Onde segue.
2.04- Francisco Lopes de Gouveia. Baptizado em 13.2.1678 em Almofala. Padrinhos Manuel Soares e s.m. Brites de Andrade, de Escarigo. Foi padrinho, em 1705, de sua sobrinha Bernarda, filha de sua irmã Maria de Gouveia, que veio a casar com Manuel Correia de Barros. Sem mais notícia.
2.05- Juliana de Gouveia. Baptizada em 5.5.1680 em Almofala. Padrinhos o licenciado João Gomes e sua irmã Catarina Gomes, de Almofala. Casou com Francisco Gonçalves Carreiro. Faleceu em 15.4.1748 em Almofala, com testamento. Deixou 250 missas por sua alma. Marido testamenteiro. Sua irmã, Maria de Gouveia, “ofertadeira”. Herdeiro o marido
e, por sua morte, seus irmãos ou sobrinhos.
2.06- Simão. Baptizado em 4.6.1683 em Almofala. Padrinhos António, solteiro, filho de António Garcês da Fonseca, de Castelo Rodrigo, e Maria de Gouveia, enteada deste, filha de Catarina de Gouveia.
2.07- António Lopes de Gouveia. Baptizado em 22.6.1686 em Almofala. Padrinhos António Garcês da Fonseca e Maria de Gouveia, solteira, sua enteada. Faleceu em Almofala em 13.4.1751, com testamento. Deixou 600 missas por sua alma e 200 missas de tenção. Testamenteiro o sobrinho Manuel da Costa. Deixa a sua sobrinha Maria da Costa o seu alambique com a casa respectiva. Deixa a seu irmão Manuel Lopes “uma terra”. Deixou a Manuel Correia de Barros, de Castelo Rodrigo, o melhor vestido e capote. Perdoa a seu cunhado Francisco Gonçalves Carreiro, uma dívida. Deixa a sua afilhada Ana e a seu irmão João, filhos de seu sobrinho Manuel da Costa, bens. Universais herdeiras as irmãs Maria de Gouveia e Ana de Gouveia. Foi acompanhado pelos sacerdotes de Escarigo, Almofala, Mata de Lobos e Vermiosa. Fez-se-lhe um ofício de 9 lições
2.08- Pedro. Baptizado em 15.2.1689 em Almofala. Padrinhos Manuel Soares e s.m. Brites de Andrade, de Escarigo.
2.09- Ana de Gouveia. Baptizada em 16.2.1692 em Almofala. Padrinhos Álvaro, solteiro, filho de António Garcês da Fonseca e Maria de Gouveia, solteira, irmã da baptizada.
2.10- Catarina. Baptizada em 30.11.1694 em Almofala. Padrinhos o padre Manuel Garcia e sua irmã Maria Rebelo, solteira, de Almofala.
2.11- Manuel Lopes de Gouveia. Baptizado em 18.4.1697 em Almofala. Padrinhos Manuel da Costa e sua segunda mulher Maria de Gouveia, da vila de Almeida, irmã e cunhado do baptizado. Casou com Isabel Bibiana, de Almofala, filha de José Pereira, da cidade de Lamego, e de sua mulher, Mariana de Lima, de Almofala.
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Taveira,
O apelido Costa poderá vir de muitos lados (do Souto, de Alcarva ou da Meda). Mas pelos vistos a varonia dos Costas de Cedovim é afinal Nogueira!
Segundo a Pedatura Lusitana, dos filhos de André Bordalo de Moura, so o Tristão viveu e deixou descendência no Souto. Os outros filhos foram para Marialva e Arcozelos. Por isso penso que os Bordalos do Souto deverão descender todos desse Tristão.
André Bordalo baptizou filhos (legitimos e ilegitimos) até 1635. Também documentei uma Maria Bordala que casou em 1635 e por isso nascida c.1615. Essa poderá ter sido a filha mais velha do André ou uma irmã mais velha (outra filha ilegitima do Tristão?). Mas tudo indica que o André Bordalo nasceu c.1590-1600. Ora, Barbara de Mesquita Osorio, filha legitima do Tristão, casou no Souto em 1629 e baptizou filhos até (pelo menos) 1637. Dos filhos legitimos do Tristão (a PL dá-lhe 7 mas eu tenho pelo menos 9), so encontrei registos de baptismo dos filhos dessa Barbara. Quer dizer que os outros netos do Tristão nasceram antes de 1626 (paroquiais mais antigos do Souto) ou noutra freguesia. Tudo me leva a crer que aquela Barbara era uma das filhas mais novas do Tristão (como o seu André poderá ter sido um filho ilegitimo tardio). Por isso, parece-me a mim, que o Tristão nasceu c.1550-60. O pai dele, André Bordalo de Moura, segundo as Memorias historico-genealogicas do Sanches de Baena (p.646), foi escrivão das sisas de Marialva e de Val de Ladroes por carta de 5.6.1544. Por isso não deve ter nascido muito depois de 1520. Mas mesmo assim, a cronologia permite ainda que o seu André Bordalo tenha sido neto (e não bisneto) dele.
Infelizmente, nada posso acrescentar quanto ao seu Simão Lopes. Não vi nenhum "Simão" baptizado no Souto na época que me indicou. Mas vou rever os paroquiais com cuidado e depois digo-lhe alguma coisa com mais certeza.
Aguardo os seus comentários quanto aos Bordalos.
Abraços,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Poucos ou nenhuns comentários posso fazer, por enquanto, a uma gente que desconhecia por completo. Estarei atento daqui por diante ao que me for aparecendo.
Entretanto envio o que encontrei numa "pesquisa nocturna". O André Bordalo de Moura poderá ser familiar, filho ou sobrinho, de um Fernão Bordalo que na geração anterior andava por aquelas bandas.
Mais uma vez, e não é demais repeti-lo, o meu muito obrigado,
António Taveira
André Bordalo -
D. João III- Carta de escrivão das sisas do lugar de Vale de Ladrões – Liv.º 63, Fol. 63 v.º e 64
Fernão Bordalo
A Gaspar Gonçalves, morador na vila de Aguiar da Beira, mercê do ofício de Escrivão das Sisas dos Julgados de Trovöes e de Varzeas, no almoxarifado de Lamego, com o mantimento, próis e percalços que havia Fernão Bordalo, que o renunciou em mãos del-rei, segundo instrumento público, feito na vila de Fonte Arcada por Pero Gil, tabelião, aos 25 de Abril de 1514. 1514-05-16 Chancelaria de D. Manuel I, liv. 15, fl. 64
Fernando Bordalo
escudeiro do conde de Marialva, é nomeado escrivão das sisas do concelho de Trovões, Várzeas, Valença, Castanheiro, Távora e Paradela 1502-02-23 Chancelaria de D. Manuel I, liv. 2, fl. 14
Fernão Bordalo
João Lopes, morador em Trevões, nomeado escrivão das sisas do lugar de Paredes e Riodades, sucedendo a João Vaz, morador em Paredes, que renunciou nas mãos do rei por público instrumento feito e assinado por Fernão Bordalo, tabelião de Paredes, datado de 1 de Agosto de 1506. 1506-08-20 Chancelaria de D. Manuel I, liv. 44, fl. 17
Fernando Bordalo
Carta para servir seus ofícios sem embargo de impedimento – D. João III – Liv.º 52, Fol 7
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Taveira,
Obrigado por esses "achados nocturnos". Oferecem uma pista de investigação para a ascendência desses nossos Bordalos. Outra pista: o Gayo diz no titulo de Coutinhos (50N10) que André Bordalo (de Moura) era filho de uma irmã de Pedro de Carvalho (mas não tenho a minima ideia de quem será esse Pedro).
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Taveira,
Achei mais um parentesco entre nos: o seu antepassado Pedro Lopes, do Souto (avô do seu Francisco Rodrigues da Costa) tinha uma irmã Maria Lopes (ou Maria Nogueira), minha antepassada directa. Ela tinha casado no Souto a 18/3/1699 com Antonio de Soveral, natural da Quinta de Bebezes em Povoa de Penela, filho de Domingos Pinheiro, do Souto e sua mulher Catarina Rodrigues, da Povoa.
Antonio de Soveral e sua mulher Maria Lopes (ou Nogueira) foram pais de Manuel de Soveral, bp na Povoa a 30/11/1700 e casado a 1/2/1728 com Madalena Brás (ou Ribeira), bp na Povoa a 22/7/1708, filha de Manuel Brás, de Penela da Beira e Catarina Ribeira, da Povoa. Esses por sua vez foram pais de outro Manuel de Soveral, casado em Penela da Beira a 15/5/1754 com Teresa Rodrigues (filha de Antonio Alvares e Maria Rodrigues Ribeira), pais de minha 6a avó Maria de Sobral (http://geneall.net/P/per_page.php?id=496872).
Temos por enquanto 8 ramos em comum :-)
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Obrigado por mais essas informações que vai diligentemente enviando. Como já lhe disse, se bem que tenha muito interesse nelas, não me posso permitir "perder-me" a pesquisá-las.
O André Bordalo nosso antepassado é certamente o procurador de número do Souto por carta de 1631. Para ser procurador teria de residir no concelho e, não havendo um homónimo contemporâneo.... Sendo assim teria nascido por volta de 1590. Não me parece crível que com 30 anos fosse procurador do concelho. A não ser que se afirmasse no meio local de uma forma demasiado notória, quer culturalmente, quer pelos bens de fortuna. As nomeações de procurador de n.º costumavam conter uma disposição singular: se um licenciado fosse viver para o concelho, o nomeado deixava de servir o cargo e era por ele substituído. Isto revela a exigência do poder régio em relação aos méritos necessários a um procurador concelhio.
Em nada me incomoda o facto de ele poder ser filho natural. Só a busca de verdade me interessa. Mas, da mesma maneira que necessito de provas para "catalogar" um filho como legítimo, também preciso delas para o considerar ilegítimo. Os anos que levo de investigação genealógica aconselharam-me muita prudência e a nada dar como certo. E, a circunstância de ter servido tal cargo colocam a hipótese de ser um descendente (neto ?) por via legítima do André Bordalo (pai do Tristão). Ou então teve uma educação cuidada e, pelos seus méritos, triunfou na vida. Até pode não ser filho do Tristão, mas sim sobrinho que tenha vindo casar ao Souto, filho de um irmão do Tristão (ou irmâ), talvez "herdado" no Souto.
O "nosso" André Bordalo teve outros filhos? Quem foram os padrinhos destes ? O que consta do assento de óbito de André ? E do de sua mulher Maria Francisca ?
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Taveira,
Que o nosso André Bordalo tenha nascido c.1590 também não me incomoda nada. Até porque cronologicamente, encaixa bem com os dados que tenho.
Não tenho dados suficientes que apontem para uma filiação legitima ou ilegitima. No entanto, esses são os factos que se podem adiantar:
1- pelas minhas contas, os filhos legitimos do Tristão nasceram entre 1580 e 1600
2- o nosso André não aparece nem na Pedatura Lusitana nem no Gayo
3- não há transmissão dos apelidos Mesquita e Castro na descendência do André
4- os filhos legitimos do Tristão casaram nas "melhores" familias (algumas nobres) da região (o filho Jorge de Castro Osorio, licenciado, casou com uma filha do morgado de Selores; a filha Isabel de Mesquita casou com o morgado da Quinta da Salgoza; a filha Barbara de Mesquita Osorio casou com um descendentes dos Távoras da Pesqueira; a filha Inês de Carvalho casou com o escrivão da camara de VNFoz Coa, que era também FCR etc etc)
5- o nosso André Bordalo casou com Maria Francisca, cuja ascendência não conheço.
6- existe de facto a possibilidade de o André Bordalo ser sobrinho e não filho do Tristão. Mas dos irmãos do Tristão, as genealogias so dão descendencia ao Afonso Ferreira da Fonseca, cujos filhos também casam nas melhores familias da região.
Documentei pelo menos 6 filhos legitimos ao André Bordalo e sua mulher Maria Francisca:
1- a nossa Ana Bordala
2- um outro André Bordalo bp 3.6.1628, sendo padrinhos Heitor Roiz filho de Diogo Roiz e Catarina Francisca mulher de Antonio Fernandes do Forno. Aquele Heitor Rodrigues era casado com Maria de Novais, de Ranhados, filha de Jeronimo Botelho de Ranhados e sua mulher Maria de Novais de Moimenta da Beira. Heitor Rodrigues era irmão do Ldo Jácome Rodrigues, e primo direito de Jeronima de Lemos e de Bernarda de Lemos, todos netos de Alvaro Rodrigues que deixou vários legados no Souto. A madrinha Catarina Francisca, e seu marido Antonio Fernandes do Forno eram meus antepassados, aparentados aos Amarais de Penedono.
André Bordalo casou na Povoa com Maria Botelho, cg.
3- Francisca bp 10.2.1631, sendo padrinhos Pedro da Mouta e Domingas da Costa mulher de Antonio Simão da Trancosã. Aquele Pedro da Mouta era casado com Jeronimo de Lemos (acima). Domingas da Costa e Antonio Simão foram pais de Antonio Simão da Costa que aparece como juiz dos orfãos do Souto em 1672.
4- Mariana bp 15.12.1632, sendo padrinhos Antonio Ribeiro de Penela e Ana de Mesquita filha de João Ribeiro. Essa Ana de Mesquita era neta do Tristão Bordalo.
5- Mariana bp 2.10.1634, sendo padrinhos Belchior Freire filho de Pedro Alvares de Carvalho e Bernarda de Lemos. Aquele Pedro Alvares de carvalho era irmão do Padre Melchior Gonçalves Ferraz, abade do Souto e era casado com Branca Mendes Freire de Ranhados, aparentada com "boas" familias dessa freguesia. O filho, Belchior Freire (de Carvalho) deixou descendencia ilegitima no Souto mas casou depois em Ranhados com Ana dos Santos.
?6- Maria Bordala casada a 18.2.1635 no Souto com Belchior Fernandes.
Mas essa Maria Bordala poderá ter sido uma irmã mais nova do André Bordalo (pai).
André Bordalo teve filhos ilegitimos de moças solteiras do Souto.
Teve de Joana Lourenço:
7- Antonio bp 15.3.1629, sendo padrinhos Pedro Martins de Arcas e Maria Francisca. S.m.n.
8- Eufémia bp 21.9.1633, padrinhos Felix Roiz e a mulher de Antonio Jorge. S.m.n.
Teve de Isabel Domingues:
9- Maria bp 4.3.1635, sendo padrinhos Domingos Soveral e Isabel Fernandes solteira. S.m.n.
Terá sido pai também de:
10- Maria da Fonseca nascida c.1628, e casada no Souto com João Rodrigues (meus antepassados), avos do capitão Manuel da Fonseca Bordalo, do Souto.
Isso é o que posso adiantar quanto ao nosso André Bordalo. Deixou larga descendência espalhada por vários concelhos.
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Taveira,
Quanto aos registos de obito:
- a Maria Francisca faleceu a 19.8.1659, sendo testamenteiro o marido André Bordalo. Nada mais diz o assento.
- não encontrei o registo de obito do André Bordalo, que terá portanto falecido depois de 1659.
Cumprimentos,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Concordo com todos os seus argumentos. Todo o seu raciocínio é o mesmo que eu faria, mas... Está dúvida que me surge tem a ver com o facto de André Bordalo ter sido procurador de n.º de Souto, Penedono, Cedovim, Penela e Póvoa. Isto não encaixa muito bem na tese de filho bastardo. Tinha de ser culto, certamente não menos que um escrivão dos orfãos ou tabelião, e ter conhecimentos de direito. E devia "ser abonado de bens". Não sei como era a nomeação régia, mas presumo que fosse precedida de uma indicação, ou eleição, local. Tinha de ser sempre um dos elementos mais considerados e respeitados (pelos seus bens e pelos seus méritos) a nível concelhio. E, com a dimensão e importância daquelas povoações (onde viviam tantas famílias da nobreza rural que conhece bem), com um amplo leque de escolha, é surprendente que ela recaia num filho bastardo ou com parcos haveres.
Daí eu tentar ter uma noção da sua posição social. Dá-me agora uma data de óbito da mulher, Maria Francisca, diferente da que deu na 1.ª mensagem. Diz que foi seu testamenteiro o marido. Mas o assento refere se houve testamento oral ou escrito ? Não há indicação sobre os ofícios que foram feitos ?
Como sabe a Pedatura (prefiro falar do Alão porque se me referisse ao Gaio a prosa seria imensa... ) é omissa em relação a muitas famílias. E, das que trata, omite muitos ramos e descendentes. Não é de estranhar que assim seja. Os descendentes que mais se notabilizaram, que contrairam casamentos "mais honrosos", são tratados. Os que não sairam de uma certa mediania, ou que ao longo das gerações decairam na escala social, omitidos.
Perdoe-me que lhe conte um caso concreto. Em Alfarela de Jales, na segunda metade do século XVI viveu um Melchior Teixeira referido por Gaio. Os nobiliários dão-lhe 2 filhos (um terceiro que lhe atribuem não é filho dele). Eu encontrei e estudei a descendência de 6. Mas, Melchior Teixeira em diploma régio, afirma que tinha 70 anos e 11 filhos em 1610.
Daí eu admitir que o nosso André Bordalo fosse neto do André Bordalo (de Moura) por outra via que não a do Tristão Bordalo. Os nobiliários usam a expressão, de "casou" à sua vontade, para tratar casamentos desiguais. Muitas vezes nem são desiguais na fortuna mas na origem familiar.
Com tudo isto não estou a dizer que ele foi filho legítimo. Tenho é dúvidas que ele fosse filho bastardo. E, se foi bastardo, no campo da pura especulação, mais fácilmente admito que fosse filho de algum clérigo (filho do André Bordalo de Moura), que o mandou estudar e que lhe tenha deixado bens de fortuna, do que de Tristão Bordalo.
Mas tudo isto não é genealogia, é especulação. Já andei na net à procura de processos do TSO que não existem.
Muito obrigado por todas as informações e cumprimentos do
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Taveira,
Tambem concordo com as suas considerações acerca do cargo exercido pelo André Bordalo. Temos que consultar (encontrar?) esse documento na TT. De qualquer forma, penso não haver duvida quanto a ligação do nosso André Bordalo com o André Bordalo de Moura. Curioso tambem o facto do apelido Bordalo apenas ter sido transmitido na linha do nosso André Bordalo (nunca o encontrei na descendencia do Tristão, que preferiram usar os apelidos Mesquita/Castro/Osorio/Carvalho nem na do Afonso Ferreira da Fonseca que usaram o Osorio). Talvez seja uma outra indicação que o André Bordalo era afinal sobrinho e não filho do Tristão ... mas de qual irmão/irmã?
Infelizmente para nos, a Pedatura Lusitana tem muitas lacunas no que respeito a familias da Beira Alta. Isso é ainda mais estranho considerando o facto que o Alão andou (era natural?) por essa região e de facto, encontrei-o nos paroquiais do Souto a servir de padrinho de baptismo. E na época do Alão, familias nobres e de alta estatura social não faltavam por esses lados (Penedono, Ranhados etc). Realmente muito estranho o silencio do Alão ...
Não entendo porque diz que a data de obito para a Maria Francisca na 1a mensagem é diferente da data que deixei na de ontem. Revi a mensagem e a data é a mesma (19/8/1659)???
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
O testamento da Maria Francisca refere que ela fez testamento mas sem outro pormenor. E nada diz acerca do André, apenas que foi testamenteiro da mulher.
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Os cargos de procurador de número, ao contrário de muitos outros (tabelião, escrivão da sizas, escrivão dos orfãos, juiz das sizas, juiz dos orfãos, escrivão da câmara...), não se transmitiam hereditáriamente. Provávelmente o mérito do detentor do cargo sobrelevava qualquer laço de parentesco. Portanto o registo da nomeação de André Bordalo, existente no ANTT, dificilmente trará informação genealógica. É uma pena não se detectar nenhum processo no ANTT...
Já percebi que a data de óbito, 3/11/1667, da 1.ª mensagem está errada. Mas o que enviou foi:
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Bordalo, de Souto de Penedono 14-03-2010, 20:56
Autor: jaboo [responder para o fórum]
Caro António Taveira (e demais colegas),
Como prometido, deixo aqui a ascendência do seu antepassado Pedro Rodrigues, natural de Souto de Penedono e antepassado por varonia dos Costas de Cedovim. Pensei que seria melhor deixar aqui no Genea, no caso de ter interesse para outros participantes deste forum.
1- PEDRO RODRIGUES, natural de Souto de Penedono, cc Ana Luis, natural de Alcarva filha de António Rodrigues e Ana Lourenço
2- PEDRO LOPES, baptizado no Souto a 6/7/1692 (padrinhos o Padre cura Manuel Martins e sua prima Catarina Martins) e casado no Souto a 8/1/1719 com
3- ANTÓNIA LOPES, baptizada a 20/6/1696 (padrinhos Filipe do Amaral e Maria de Vasconcelos viuva)
4- BELCHIOR NOGUEIRA, baptizado no Souto a 10/6/1651 (padrinhos Jeronimo Botelho e Maria filha de Catarina Francisca do Forno) e casado no Souto a 17/9/1673 com
5- MARIA LOPES (ou VARELA), baptizada no Souto a 10/4/1655 (padrinhos Pedro da Mouta e Mariana filha de Isabel Saraiva)
6- DOMINGOS JOÃO, do Souto
7- MARIA LOPES PEQUENA, do Souto
8- BELCHIOR NOGUEIRA, do Souto onde casou a 19/2/1645 com
9- ANA BORDALA, baptizada em Julho de 1626 (padrinhos Gaspar Borges morador em Sebadelhe e Maria de Almeida filha de Estevão Gonçalves) e falecida a 3/11/1667
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Entretanto aparece um outro Bordalo do século XV na região de Almeida. Mando-lhe de seguida a informação.
Cumprimentos,
António Taveira
Direct link:
RE: Bordalo, de Souto de Penedono
:::::::::::::::::::CORRECÇÃO:::::::::::::::::::::::::::::::::::
Onde disse:
"É uma pena não se detectar nenhum processo no ANTT..."
Queria dizer:
É uma pena não se detectar nenhum processo no ANTT do TSO...
Direct link:
RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Três referências sobre Bordalos:
PT/TT/CHR/K/24/20-84
1515-02-25
Gaspar Gonçalves é nomeado escrivão das sisas do julgado de Távora, Castanheiro e Valença. Substitui no cargo Fernão BORDALO que dele renunciou. El-rei o mandou pelo barão de Alvito, do conselho e da fazenda real.
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 24, fl. 20
PT/TT/CHR/I/25/38-7V
1445-09-22
D. Afonso nomeia por cinco anos Fernão Lopes Faião para o cargo de coudel de Castelo Mendo, Jermelo e Castelo Bom, em substituíção de João Gonçalves BORDALO, escudeiro da casa régia.
Chancelaria de D. Afonso V, liv. 25, fl. 38v
PT/TT/CC/1/72/98
1542-08-18
Carta do senhor D. Duarte significando a D. João III o sentimento que tinha da moléstia da rainha, pedindo ao mesmo senhor conservasse no colégio o mestre Gaspar BORDALO, suposto tivesse acabado o seu curso enquanto ele ali estivesse.
Corpo Cronológico, Parte I, mç. 72, n.º 98
Será este o mestre Bordalo de que fala Alão no início do título de Bordalos?
Direct link:
RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Só agora me apercebi da confusão que fiz. Confundi a data de óbito de Maria Francisca com a de sua filha Ana Bordalo.
Desculpe-me.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro Antonio Taveira,
Cronologicamente tudo aponta para que seja o mesmo. O Alão não indica nenhuma ligação entre esse Dr Bordalo e o André Bordalo de Moura mas poderão ter sido pai e filho.
Tendo em conta que o apelido Bordalo é raro, há forte probabilidade desses Bordalos todos serem familiares uns dos outros. Bem pelo menos viveram na mesma região ...
A TTonline ajuda bem para quem não tenha a possibilidade de se deslocar a Lisboa (como eu) mas infelizmente ainda não está tudo catalogado no website. Poderão por isso existir muitos mais documentos. Por exemplo, segundo a obra "Memorias historico-genealogicas dos duques portugueses do sec XIX, de Sanches de Baena", André Bordalo de Moura era em 1537 tabelião, e depois foi nomeado escrivão das sisas de Marialva e de Vale de Ladroes por carta de 5.6.1544. Também nos diz que Afonso Fernandes recebe o mesmo oficio de escrivão das sizas de Marialva a 13.5.1583 por morte de André Bordalo. O filho de André Bordalo, Afonso Ferreira da Fonseca também foi escrivão das sisa mas de Marialva por alvará de 4.12.1577.
Alguns anos antes, um Fernando Bordalo, escudeiro do conde de Marialva, é nomeado escrivão das sisas do concelho de Trovões, Várzeas, Valença, Castanheiro, Távora e Paradela (1502-02-23).
Parece portanto que esses Bordalos exerceram o mesmo cargo de escrivão das sisas, embora em freguesias diferentes. Será esse cargo era hereditário? Poderão esses documentos trazer dados genealogicos? Esses documentos deverão estar arquivados algures.
O que é certo é que essa gente era nobre. Numa genealogia manuscrita escrita em 1637 pelo Dr Paulo de Távora Boto, da Pesqueira, ele indica que o Tristão Bordalo de Moura era "gente nobilissima"!
Cumprimentos,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
O ???? Bordalo, mestre em Artes da Universidade de Coimbra, do tempo de D. João III, referido pelo Alão é o mestre João Bordalo a que se refere o documento de D. João III. Na net há várias referências a João Bordalo, metre em Artes da Universidade de Coimbra por 1545, referindo até importâncias por ele recebidas da Universidade. Alão devia saber, até porque como referiu esteve na vila do Souto onde terá obtido informações, que ele estava relacionado com aqueles Bordalos do Souto. Mas, com o habitual rigor, não sabendo entroncá-lo com segurança, absteve-se de o tentar fazer. Tudo leva a crer que seja da mesma geração de André Bordalo (de Moura), talvez seu irmão ou primo co-irmão. Os cargos de escrivão das sisas (como outros) eram normalmente hereditários a não ser que razões poderosas levassem o apresentador a decidir de outro modo. Mas isto num determinado concelho. Sei de casos em que se mantiveram por sucessão em 7 gerações. Quando vagavam e não era obtida uma "carta de sucessão" podiam ser entregues a alguém distinto. Afonso Ferreira da Fonseca sendo escrivão das sisas de Marialva (e não tendo seu pai esse cargo), se não teve um tio que lho deixasse ou um sogro (muitas vezes era obtido uma carta para ser deixado em dote a quem casasse com uma filha do possuidor), foi-lhe dado em recompensa de algum serviço. Muitas vezes os encartamentos (existentes no ANTT) referem quem foi o anterior titular e se houve sucessão ou não. Se a nomeação em Marialva era do senhorio daquela casa poderá o registo não constar do ANTT.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Vou corrigir a mensagem anterior.
André Bordalo de Moura foi escrivão das sisas de Marialva e Vale de Ladrões em 1544.
Se calhar, ainda em sua vida, talvez tenha renunciado no filho, o cargo em Marialva. Provávelmente até como dote de casamento, que terá sido encartado em 1577. Parece que o filho lá casou.
Em 1583 sabemos que André Bordalo já tinha falecido e que é empossado um Afonso Fernandes. Talvez Afonso Ferreira da Fonseca tenha renunciado a troco de uma indemnização (era prática corrente, fazendo-se uma escritura notarial) ou tenha sido destituido por alguma razão.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro Antonio,
Agradeço as suas achegas sempre muito esclarecedoras. De facto o Afonso Ferreira da Fonseca poderá ter herdado o cargo do sogro (Afonso Fernandes Cardoso) que era natural de Marialva, e que segundo as Memorias Historico-genealogicas, era escudeiro de geração, vereador, juiz ordinario, capitão dos Alardos e enlegedor em Marialva. Talvez também tenha detido o cargo de escrivão das sisas.
Também queria corrigir um erro meu: o Alão aparece como padrinho de baptismo em Ranhdos e não no Souto mas essas freguesias ficam perto uma da outra. A 30/9/1674 foi baptizada em Ranhados Isabel, filha de Manuel Mascarenhas e sua mulher Mariana Teles Pereira, sendo padrinhos o corregedor desta comarca Cristovão Alão de Morais e Maria Osorio mulher de Bernardo Cabral.
Cumprimentos,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Então Cristovão Alão de Morais foi corregedor da comarca de Lamego. Julgo que era normal um dos Desembargadores da Relação do Porto (cargo que desempenhou) exercer esse outro cargo. Esteve pois alguns anos a viver em Lamego, situação que lhe terá proporcionado conhecer as famílias mais importantes da comarca.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz;
Escrevo-lhe para rectificar uma confisão qur fiz: o mestre em Artes da Universidade de Coimbra chamava-se GASPAR BORDALO e não João Bordalo (nome que não sei onde fui buscar) como referi.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Brás:
O Gaspar Bordalo, mestre em Coimbra, em 1527 vai estudar para Paris, provávelmente muito novo. É dito “de Évora” segundo publicações consultáveis na net.
Encontrei no Alentejo as seguintes referências a Bordalos:
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 33, fl. 100v (1496-04-21 )
A Pero Anes Bordalo, morador em Estremoz, é outorgado o privilégio de besteiro da câmara, em lugar e vaga de Pero Anes, pedreiro, aposentado, morador nessa vila.
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 33, fl. 88v (1496-04-21)
A João Pires Bordalo, morador em Estremoz, é dada confirmação de besteiro da câmara.
Curiosamente têm a mesma data. Um será provávelmente filho de outro. Como um é Pero Anes (patronímico de João)
e o outro João Pires (patronímico de Pero) torna-se difícil opinar qual seja o pai. Como um obtém carta de confirmação e outro de nomeação, diria que aquele é o pai e este o filho.
Mas se se confirmar que Gaspar Bordalo era de Évora podrá nada tera ver com os de Souto de Penedono.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro Antonio,
Bem não sabemos qual a naturalidade do André Bordalo de Moura, apenas que fora escrivão das sisas de Marialva. Poderia muito bem ter migrado para o Souto mas ser dos lados do Alentejo. Eu tenho um antepassado Cristovão Ayala e Faria, que era natural de Oeiras, Lisboa e foi casar a Ranhados, onde foi depois capitão-mor, e deixou a sua descendência.
Cumprimentos,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Tem toda a razão no que diz: a mobilidade geográfica naqueles tempos era muito superior à que poderíamos imaginar à partida.
O meu comentário na mensagem anterior tem a ver com a constatação da possível existência de duas linhas:
1.ª situada na Beira Alta/Beira Douro, região onde viveu André Bordalo. Pertenceria a esta linha o Fernão Bordalo, que terá andado pelas mesmas terras (Trovões, Várzeas, Valença, Castanheiro, Távora, Paradela, Paredes, Fonte Arcada) do André Bordalo, podendo ser seu pai ou tio. A esta mesma linha poderia pertencer o escudeiro da casa real João Gonçalves Bordalo que, em 1445, é substituído por D. Afonso V no cargo de coudel de Castelo Mendo, Jermelo e Castelo Bom. Este João Gonçalves Bordalo poderia ser bisavô de André Bordalo.
2.ª situada no Alentejo. A esta pertenceriam o Pedro Anes e o João Pires, contemporâneos do Fernão Bordalo, aparentemente de posição social inferior à deste.
A referência a Évora como terra de Gaspar Bordalo, o mestre de artes de Coimbra, nascido cerca de 1510, inclina-me a considerá-lo da 2.ª linha. É claro que isto não impede que possa ser irmão de André Bordalo nem que a família pudesse ter uma ligação qualquer a Évora. Como é possível haver uma qualquel ligação entre aquelas duas linhas de Bordalos. Já agora, pura especulação, cronológicamente o Pero Anes Bordalo, de Extremoz, poderia ser filho do João Gonçalves Bordalo, coudel de Castelo Mendo, Castelo Bom e Jermelo, e pai do João Pires Bordalo.
Tudo isto poderia ter sido assim ou não. É tão temerário o alinhamento proposto, que lhe peço que o considere pura especulação. A nossa ânsia de recuarmos no tempo leva-nos a este delírios genealógicos, temperados pela noção probabilísta da sua improvável concretização.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
:::::::::::CORRECÇÃO::::::::::::::::::::::
Onde digo:
"...pela noção probabilísta da sua improvável concretização...."
Queria dizer:
....pela noção probabilística da sua improvável concretização...
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
O João Gonçalves BORDALO é o João Gonçalves, nomeado coudel de Castelo Mendo, Catelo Bom e Jermelo, por D. Afonso V - Liv.º 20, F.ª 67. Foi substituido por Fernando Lopes Faião. Serviram ainda naquele posto, entre outros, Fernando de Sousa, Rodrigo Anes de Carvalho e Lopo Fernandes de Pina.
As nomeações eram feitas por cinco anos. João Gonçalves (Bordalo) sucedeu a Fernão Lopes Fraião e, cinco anos depois, este foi o seu sucessor. João Gonçalves era colaço de "D. MARGARIDA". Quem era esta D. Margarida ? Se conseguirmos determinar quem ela era, saberemos a que casa senhorial estavam ligados os pais de João Gonçalves Bordalo.
Chancelaria de D. Afonso V, liv. 20, fl. 67 ::::1440-01-10
D. Afonso V nomeia por cinco anos João Gonçalves, colaço de Dona Margarida, para o cargo de coudel em Castelo Mendo, Germelo e Castelo Bom, em substituição de Fernão Lopes Fraião, e mandando ao coudel que lhe dê notícia de todos os actos desenvolvidos para que os registe.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Na minha opinião, apostaria nela, a D. Margarida, colaça de João Gonçalves Bordalo, é D. Margarida de Vilhena, aqui em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1344. Descendente dos Coutinhos de Marialva e ligada por casamento ao Alentejo (Olivença e Évora, ali tão perto de Extremoz).
Entre outras referências veja:
D. Afonso V, nomeia novamente Gonçalo Lourenço, morador em Olivença, amo de Dona Margarida de Vilhena e a seu pedido, para o cargo de besteiro do cavalo.
1455-03-04
Chancelaria de D. Afonso V, liv. 15, fl. 12
Será este Gonçalo Lourenço, amo de D. Margarida de Vilhena, seria casado com a ama de D. Margarida, pais do João Gonçalves Bordalo. Bem sei que amo não é o marido da ama !!! Mas é uma possibilidade, se bem que remota...
Pedia-lhe que, friamente, comentasse estes frágeis encadeamentos que vou fazendo.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz;
Parece afinal, que o Gonçalo Lourenço poderá ser o pai de João Gonçalves Bordalo. Isto se a D. Margarida de Vilhena for a D. Margarida, colaça de João Gonçalves. Eu achava que amo significava, naquele tempo, aio ou perceptor. Afinal, conforme constatei, também pode referir-se ao marido da ama leite.
D. Margarida de Vilhena terá nascido c. 1410 e já era falecida nos primeiros meses de 1480. Assim, se for a colaça de João Gonçalves, este teria nascido na mesma altura. Seu pai, Gonçalo Lourenço, a ser assim, teria nascido c. 1380.
De qualquer maneira, João Gonçalves Bordalo podia ser avô de Fernão Bordalo e bisavô de André Bordalo de Moura (não teria este apelido origem na toponimia alentejana ?).
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz:
Gonçalo Lourenço teria nascido de 1390 a 1400. A aposentação de besteiro era com 70 anos e, sendo nomeado em 1455, nunca poderia ter nascido antes de 1385. Terá casado cedo. É provável que a data de nascimento de D. Margarida de Vilhena, sendo esta a tal Dona Margarida, seja depois de 1410.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
Tem toda a razão quando diz que quanto mais se recua no tempo, menos certas são as ligaçoes ... sem fontes primarias de tipo paroquiais, resta-nos a onomastica e com um pouco de sorte, algum documento nas chancelarias. Parece-me perfeitamente aceitável que o Pero Anes Bordalo, de Estremoz, ter sido filho de um João Gonçalves Bordalo mas sem o suporte documental claro que tudo isso fica no campo da especulação.
Interessante o Fernão Lopes Faião ter sucedido ao João Gonçalves Bordalo, pois anos mais tardes um descendente desse Faião (ou Frayão segundo as memorias genealogicas do Sanches de Baena) uniu-se em matrimonio com um Bordalo: Afonso Ferreira da Fonseca (filho de André Bordalo de Moura) casou com Guiomar Eiria, filha de Ana Frayão, que era bisneta daquele Fernão. Estariam essas duas familias ligadas também pelo sangue?
Realmente a pista da D.Margarida é intrigante. Quando diz colaço, quer dizer irmão de leite? E neste caso a mãe do João fora a mãe de leite da D.Margarida, certo? Denota isso alguma forma de estatura social (partilha de mãe de leite)?
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João:
Quase não tenho dúvidas que a D. Margarida é a D. Margarida de Vilhena que viveu em Évora e Olivença (casada com Martim Afonso de Melo). Ela era filha de Rui Vasques Courtinho (irmão do conde de Marialva), senhor de Ferreira das Aves que D. João I confiscou a João Fernandes Pacheco em 1398 e deu a casa de Marialva. Colaço quer dizer irmão de leite. A mãe de João Gonçaloves Bordalo amamantou D. Margarida de Vilhena (ela era colaça de João Gonçalves). O pai de João Gonçalves tem de ser o Gonçalo Lourenço morador em Olivença (onde o marido de D. Margarida era alcaide mor). Por isso, e a pedido de D. Margarida, ele é nomeado besteiro de cavalo. É dito amo de D. Margarida (marido da ama). Não tenho dúvidas disso. João Gonçalves é coudel durante 5 anos (é nomeado por esse prazo), sucedendo a Fernão Lopes Faião e, findo esse prazo, é por ele substituido.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
Os seus encadeamentos têm até agora muita logica. A onomastica, a cronologia, e agora a geografia suportam bem as suas hipoteses. Seria até natural a D.Margarida guardar certas ligaçoes com os familiares de sua ama, não?
O Antonio já me disse que tem sempre cautela quando considera o que vem no Gayo. No entanto, no titulo de Coutinhos 50N10 ele indica que D.Isabel da Fonseca (filha de João Osorio da Fonseca) era mulher de Antonio de Carvalho, ou de André Bordalo de Moura filho de uma irmã de Pedro de Carvalho...
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro Antonio,
O apelido Moura poderia ter de facto ser toponimico, que os Bordalos da Beira teriam usado para lembrar as suas origens alentejanas. Aquela D.Margarida de Vilhena tembém tinha Moura na sua ascendência (avo paterna).
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João:
Gonçalo Lourenço e sua mulher eram da casa de Rui Vasques Coutinho (irmão do conde de Marialva). Só assim se compreende que sua mulher fosse ama de leite de D. Margarida. Quando D. Margarida de Vilhena casa com Martim Afonso de Melo, Gonçalo Lourenço, e sua mulher, terão acompanhado a sua senhora e terão fixado residência em Olivença (terra cuja alcaidaria aquele Martim Afonso detinha).
Seu filho, João Gonçalves Bordalo (colaço de D. Margarida), escudeiro do rei, viveu algum tempo na Beira Alta, onde serve como coudel de Castelo Mendo, Jermelo e Castelo Bom. Certamente mantendo bons laços com os Coutinhos.
João Gonçalves poderá ser pai, ou mais provávelmente avô, de Fernão Bordalo, escudeiro da casa de Marialva, a quem seus antepassados terão servido ou mantido relações de proximidade. Exerceu os ofícios de tabelião e escrivão das sisas junto aos estados da casa de Marialva, através da qual, directamente ou por influência destes junto dos poder régio, os terá obtido.
Fernão Bordalo poderá ser o pai de André Bordalo de Moura (este último apelido poderá vir de algum costado materno, de alguma avó alentejana com a qual algum Bordalo terá casado - mãe, avó paterna ou materna). André Bordalo, certamente próximo da casa de Marialva, obtém desta directamente, ou através do poder real, o ofício de escrivão das sisas de Marialva onde terá casado. Sua mulher poderia ser familiar, talvez filha, de um Sebastião Ferreira, morador em Vale de Ladrôes, que em 23.01.1501 recebe mercê de Juiz das sisas de Marialva. (Chancelaria de D. Manuel I, liv. 12, fl. 69). Daí seu 2.º filho assinar "Ferreira da Fonseca".
Os Bordalos de Extremoz poderão descender de outro filho de Gonçalo Lourenço (que não o João Gonçalves, coudel) que tenha acompanhado seu(s) pai(s) para Olivença. Ou então de algum filho de João Gonçalves que lá se tenha fixado.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João:
Tenho mandado tantas mensagens que algumas lhe poderã ter escapado. Rui Vasques Coutinho (irmão do conde de Marialva), a cuja casa pertencia Gonçalo Lourenço (pai de João Gonçalves Bordalo), recebeu as seguintes terras de D. João I, quase todas na Beira, próximas das terras dos Coutinhos:
RUI VASQUES COUTINHO
Carta de Mercê da Terra de Guilhofrei :::::::::::::::::::::::::: Liv.º 2, f.ª 189
Doação de bens em Carapito e no Porto da Carne :::::::::::: Liv.º 3, f.ª 96
Doação do lugar de Ferreira das Aves :::::::::::::::::::::::::: Liv.º 3, f.ª 95
Doação da Quinta de Vale de Azares na comarca da Beira ::: Liv.º 3, f.ª 94 v.º
Doação de Vilar Maior::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Liv.º 3, f.ª 7, e Liv.º 2 da Beira, f.ª 244
Guilhofrei – deverá se em Vieira do Minho
Carapito- Aguiar da Beira
Porto da Carne- Guarda
Ferreira das Aves- Sátão
Quinta de Vale de Azares- Celorico da Beira
Vilar Maior- Sabugal
Cumprimentos,
António
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
Eu já tinha reparado que o Alão não indica o nome da mulher do André Bordalo e diz numa nota de roda-pé que a mulher do André poderia ter sido filha de Afonso Ferreira, filho esse de Martim Ferreira e Beringuela Dias da Fonseca (descendente de certo dos Fonseca Coutinhos). No seu titulo de Coutinhos, chama Mécia da Fonseca à mulher de Martim Vaz Ferreira. O Gayo diz que a mulher de André Bordalo era Isabel da Fonseca Osorio, filha de João Osorio da Fonseca e Francisca Gil de Gouveia. Mas o Alão diz que essa Isabel era mulher de Antonio de Carvalho. Há portanto duvidas quanto a origem da mulher do André.
O que é certo é que os descendentes do André usam os apelidos Osorio e Fonseca que de certo vieram pelo lado materno. E tanto o Alão como o Gayo fazem da mulher do André uma familiar dos Osorios. No inicio do seu titulo de Bordalos, o Alão indica que o Tristão usa como armas o Bordalo e o Fonseca/Coutinho.
Há que também considerar o facto que os descendentes de André Bordalo foram administradores do morgado do Souto que foi instituido por Jeronimo Osorio, bispo do Algarve, abade do Souto. Segundo as memorias genealogicas do Sanches de Baena, Jeronimo Osorio institui aquele morgado para a sua irmã Isabel e seus descendentes. Ora tanto o Alão como o Gayo dão esse Jeronimo Osorio como filho de João Osorio da Fonseca e Francisca Gil de Gouveia.
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro Antonio,
Agradeço o tempo que tem dedicado a esses nossos Bordalos que me têm captivado há já muito tempo, e que graças aos seus achados andam um pouco menos no escuro.
Se o Gonçalo Lourenço andou ao serviço de Rui Vasques Coutinho, pai de D.Margarida de Vilhena, seria natural que descendentes seus tenham migrado para algumas dessas terras da Beira, onde andaram ao serviço dos condes de Marialva.
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João:
Diria mais, é até provável que Gomes Lourenço fosse da Beira Alta. Rui Vasques Coutinho era da casa de Marialva, seu irmão herdou o título, mas ele herdou muitos bens na Beira Alta. Certamente não é por acaso que as doações que D. João I lhe fez, fossem aí. Era onde teria herdado a maioria de seus bens e terá pedido esses outros, como paga de serviços ao rei, estando vagos. Provávelmente por ali, terá vivido ao serviço de Rui Vasques Coutinho, até ao casamento da filha deste, D. Margarida de Vilhena, que terá acompanhado para Évora e Olivença, onde o marido desta tinha bens e terá vivido. Sabemos que era morador em Olivença em 1455. Sua família sempre terá mantido relações de proximidade aos Coutinhos e à Beira Alta.
Seu filho, João Gonçalves, está ligado à zona de Almeida (coudel de castelo Bom, Castelo Mendo e Jermelo). É provável que por aquelas redondezas tivesse passado grande parte da vida. É até provável que não tenha acompanhado a sua colaça, D. Margarida de Vilhena, nem seus pais, aquando do casamento desta. Provávelmente terá entrado muito cedo ao serviço de Rui Vasques Coutinho, ou do conde de Marialva. Isto antes de ser dito escudeiro do rei em 1445. Teria então cerca de 30 anos.
Seu provável neto (ou bisneto), Fernão Bordalo, escudeiro da casa de Marialva, tem ofícios em Trevões, Várzea, Valença, Castanheiro, Távora, Paradela e Paredes. Terá vivido por ali grande parte da vida.
André Bordalo liga-se a Souto, onde terá vivido, e Marialva, onde terá casado e certamente também vivido.
O ANTT, onde já tenho tantos documentos para consultar um dia, dar-nos-á algumas respostas.
Cumprimentos,
António
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
Encontrei um dado que penso pode ajudar a identificar o nosso André Bordalo como um filho do "Tristão Bordalo de Moura Osório e sua mulher Filipa de Castro" (dos Mesquitas de Vilarinho da Castanheira). Em Póvoa de Penela, existiu um casal António Luís, da Póvoa e sua mulher Bárbara João (ou Rodrigues), do Souto de Penedono. Baptizaram filhos entre 1683 e 1704. Ora esta Bárbara também aparece nos registos da Póvoa como Bárbara de Mesquita, e filha de Manuel Nogueira, do Souto. Os nossos antepassados Belchior Nogueira e Ana Bordala tiveram de facto um filho Manuel, mas esse foi baptizado em 1655 por isso não pode ser o pai da Bárbara, que deve ter nascido c.1663. Terá o padre na Póvoa errado e a Bárbara ser filha não de um Manuel Nogueira mas sim dos nossos Belchior Nogueira e Ana Bordala? O Mesquita so lhe poderia ter vindo do costado Bordalo ... e repare que o Tristão Bordalo teve uma filha chamada "Bárbara de Mesquita Osório", a qual seria portanto tia-avó da Bárbara de Mesquita da Póvoa. O que pensa disso?
Note que no Souto apenas existiram 2 famílias "Mesquitas": a dos Bordalos e uma família que descende do casal "Domingos de Mesquita, natural de Penaguão (Porto) e sua mulher D.Francisca de Melo", mas esses últimos são da mesma geração que a Bárbara de Mesquita da Póvoa pelo que ela não pode descender deles.
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João,
Desde que me enviou os dados dos Bordalos admiti que o nosso André Bordalo fosse filho legítimo. Ele fora procurador de número das vilas de Souto, Penedono, Cedovim, Penela e Povoa, o que era sinal da importância social que teria. O facto da mulher Maria Francisca não ter, pelo menos aparentemente, costados nobres e da sua descendência ter "decaído" socialmente explicarão o silêncio dos nobiliários.
Mas faltava a confirmação desse "feeling". Que ainda não chegou mas para lá caminhamos. Se se provar que a sua descendência assinou Mesquita, André Bordalo descenderia, muito provavelmente, do casal Tristão Bordalo de Moura e Filipa de Castro.
"Em Póvoa de Penela, existiu um casal António Luís, da Póvoa e sua mulher Bárbara João (ou Rodrigues), do Souto de Penedono. Baptizaram filhos entre 1683 e 1704. Ora esta Bárbara também aparece nos registos da Póvoa como Bárbara de Mesquita, e filha de Manuel Nogueira, do Souto."
A Barbara de Mesquita quantas vezes é referida com este apelido ?
Quanta vezes aparece como filha de Manuel Nogueira. Só uma ?
O Francisco João (pai de Belchior Nogueira) não teria um filho Manuel Nogueira ?
Um abraço,
António
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
Apenas uma consulta aprofundida dos registos da Póvoa (que ainda não fiz) nos dirá quantas vezes a Bárbara é referida como Bárbara de Mesquita. Mas pelas minhas notas escritas, parece que os nomes Bárbara João (virá o João do avô Francisco João?) ou Bárbara Rodrigues foram mais usados que o Mesquita. Na descendência da Bárbara apenas o Luis (ou ""Simão" que também vem do lado do marido) foi transmitido. E infelizmente nenhum filho foi apadrinhado por gente do Souto.
Mas talvez terá alguma relevancia que outros Nogueiras/Bordalos casaram (e alguns deixaram descendência) na Póvoa:
- Manuel Nogueira, filho dos nossos antepassados "Belchior Nogueira e Maria Lopes Varela" (portanto hipotético sobrinho da Bárbara) casou em 1699 com Maria Pinheira, filha de outros antepassados meus (com geração no Souto).
- Maria Lopes (Nogueira), irmã do precedente, casa também em 1699 com Antonio de Soveral, da Póvoa, irmão da Maria Pinheira (meus antepassados, com geração na Póvoa).
- André Bordalo, filho de André Bordalo e Maria Francisca, que casa na Póvoa com Maria Botelho (com geração na Póvoa).
- Ana Nogueira, filha de Belchior Nogueira e Ana Bordala, que casa c. 1680 com António Rodrigues Leitão (com geração na Póvoa).
O Francisco João parece ter tido 3 filhos com descendência no Souto: Belchior Nogueira, André Nogueira e Francisco Nogueira. Existiram vários "Manuel Nogueira" mas nenhum da geração desses 3 irmãos.
Abr.
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João,
É curioso a Bárbara de Mesquita/Bárbara João ser também nomeada como Bárbara Rodrigues. O apelido usado por seu sobrinho neto Pedro Rodrigues, antepassado dos Costas de Cedovim, neto paterno de seu irmão Belchior Nogueira.
Vou tentar, na última semana de Agosto, ir a Lamego consultar os paroquiais de Souto de Penedono e Póvoa. Sabe as datas limite dos paroquiais? Nomeadamente dos do século XVI/XVII ?
Um abraço,
António
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Bordalo, de Souto de Penedono RE: Seria Maria Francisca neta de Alvaro ROIZ
Caro João,
Será que o Rodrigues, usado também por Barbara de Mesquita (suposta filha de Belchior Nogueira, pai) e por seu suposto sobrinho neto, Pedro Rodrigues, antepassado varonil dos Costas de Cedovim, lhes vem através da mulher de André Bordalo, Maria Francisca ? Seria Maria Francisca neta de Álvaro RODRIGUES ? E seria Catarina Francisca sua irmã ?
O filho de André Bordalo e Maria Francisca, André, foi bp 3.6.1628, sendo "padrinhos Heitor RODRIGUES filho de Diogo RODRIGUES e Catarina Francisca mulher de Antonio Fernandes do Forno. Aquele Heitor RODRIGUES era casado com Maria de Novais, de Ranhados, filha de Jeronimo Botelho de Ranhados e sua mulher Maria de Novais de Moimenta da Beira. Heitor RODRIGUES era irmão do L.do Jácome RODRIGUES, e primo direito de Jeronima de Lemos e de Bernarda de Lemos, todos netos de Alvaro RODRIGUES que deixou vários legados no Souto".
Da Francisca, bp 10.2.1631, foi padrinho Pedro da Mouta casado com Jeronima de Lemos (neta de Álvaro RODRIGUES).
Da Mariana, bp 15.12.1632, foram padrinhos Antonio Ribeiro (neto ? de Tristão Bordalo) de Penela e Ana de Mesquita filha de João Ribeiro, e neta m. do Tristão Bordalo.
De Mariana bp 2.10.1634, foram padrinhos Belchior Freire filho de Pedro Alvares de Carvalho e Bernarda de Lemos (neta de Álvaro RODRIGUES).
Porque raio o meu antepassado foi buscar o Rodrigues e "prescindiu" dos apelidos Bordalo, Nogueira ou Mesquita ?
Certamente tinha "ilustre" parentela por aquele apelido ao qual quiz ficar ligado.
Sabe as famílias dos padrinhos da Ana Bordalo, bap. 1626 ? "Gaspar Borges morador em Sebadelhe e Maria de Almeida filha de Estevão Gonçalves" ?
Um abraço,
António
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
Os paroquiais da Póvoa começam por volta de 1640 (salvo erro).
Os do Souto começam em 1625 e tenho-os digitalizados em casa.
Abr.
JOAO
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Bordalo, de Souto de Penedono RE: Seria Maria Francisca neta de Alvaro ROIZ
Caro António,
Essas são hipoteses razoaveis no entanto eu não penso ter havido qualquer ligação (pelo menos directa) entre Alvaro Rodrigues e os nossos Bordalos pois aquele Alvaro Rodrigues no seu testamento deixou vários legados aos seus filhos (que não nomeia mas eram 2, Diogo Rodrigues e Jeronimo Rodrigues) e por morte deles a seus netos que nomeia que são Heitor Rodrigues, Ldo Jácome Rodrigues, Pedro da Mouta (casado com sua neta Jeronima de Lemos) e Aleixo da Fonseca (casado com sua neta Bernarda de Lemos). O André Bordalo era da geração dos netos e por isso se a Maria Francisca fosse neta, ou ela ou o André Bordalo seriam nomeados (a não ser que tenham sidos afastado da herança por uma razão desconhecida mas isso é pouco provável).
A Maria Francisca também penso não ter sido irmã daquela Catarina Francisca (essa e seu marido António Fernandes do Forno eram também antepassados meus) pois Catarina Francisca e seus irmãos Francisco Lopes e Pedro Francisco aparecem todos como herdeiros no testamento da mãe Antónia Francisca. Ora pela mesma razão, se a Maria Francisca fosse irmã, teria sido nomeada nos legados.
O António Ribeiro de Penela não o consegui identificar. Mas pode ter sido o Antonio Ribeiro da Fonseca, neto do Tristão.
O Gaspar Borges de Sebadelhe também não sei quem foi.
Maria de Almeida era filha de Estêvão Gonçalves falecido no Souto em 1628 e de sua mulher Maria Rodrigues, falecida no Souto em 1635. Pouco mais sei acerca desses Almeidas do Souto.
Eu também estranho o facto de não terem transmitido os apelidos Bordalo, Mesquita ou Nogueira nos vários ramos descendentes (essa tinha sido uma das razoes que me inclinaram a opensar que o André Bordalo era filho ilegitimo do Tristão). E de facto, a partir de 1700, Bordalos e Nogueiras desaparecem completamente dos registos paroquiais do Souto. O último Bordalo que encontrei no Souto foi o capitão Manuel da Fonseca Bordalo (neto de antepassados meus), baptizado no Souto em 1694 e casado em Freixo de Numão em 1748 (com Luisa Maria Pais). Deve ter ficado por lá pois não encontrei nenhuma descendência dele no Souto.
André Bordalo e Isabel de Mesquita foram padrinhos de Manuel, baptizado a 7/2/1650, filho de Jeronimo de Castro e Margarida Coelha. Esse Jeronimo de Castro deve ter sido neto do Tristão.
Abraços,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
Já passaram alguns meses desde a nossa última troca de mensagens acerca desses nossos antepassados "Bordalo" do Souto de Penedono. Tinha-me dito que pensava ir a Lamego investigar um pouco essa gente. Encontrou algo de novo?
Eu penso ter encontrado mais um fio da meada : no processo do Padre Francisco Cardoso, que foi cura em Penedono e preso pela Inquisiço em 1553 por causa de proposições heréticas e não cumprir as suas obrigações sacerdotais, encontrei referências ao nosso André Bordalo (de Moura), o tal que penso ter sido avô do nosso antepassado André Bordalo. Ora o sobredito padre Francisco Cardoso, na sua defesa contra as testemunhas, diz "que provara que André Bordalo morador na dita vila, sua mulher Isabel da Fonseca prima co-irmã com Antonio desouro que é casado há 4 ou 5 anos com uma irmã do dito Belchior Roiz e portanto seu testemunho não lhe deve prejudicar" ...
Diz ainda que André Bordalo em 1553, "morava em Penedono e que era parente de Isabel Carvalha, mulher de Fernão Pinto" (a qual teve filhos ilegítimos com o dito Abade Francisco Cardoso).
Desse processo chegamos portanto a várias conclusoes:
- O Padre Francisco Cardoso e o André Bordalo (de Moura) eram contemporaneos e portanto os dados do processo podem ser tidos como verídicos.
- André Bordalo era casado com Isabel da Fonseca (o que solve a confusão dos nobiliários quanto ao nome da esposa do André. Surpreendentemente, quem está certo desta vez é o Gayo (e não o Alão) quando refere Isabel da Fonseca Osório como mulher do André)
- André Bordalo era parente de Isabel Carvalho, mulher casada que teve filhos ilegítimos com o Padre Francisco Cardoso (aqui portanto o Gayo também deve estar certo quando diz que André era "filho de uma irmã de Pedro de Carvalho"). Falta saber quem eram esses Carvalhos. De realçar que uma filha de Tristão Bordalo chamava-se Inês de Carvalho, que terá portanto usado um dos apelidos da família do avô paterno.
- Dado o seu parentesco próximo com gente da região, André Bordalo também deve ser natural daquela zona, e a sua provável ligação com os Bordalos do Alentejo será mais remota (talvez o pai ou o avô)
E por hoje é tudo. Vou reler com mais cuidado aquele processo cuja caligrafia é dificil de entender e por isso muita coisa deve ter passado despercebida.
Abraços,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João,
Perdoe-me o atraso na resposta mas não tenho vindo ao forum nestes dias. São óptimas essas notícias que vão permitindo pacientemente reconstruir a ascendência do nosso André Bordalo.
Nada de relevante resultou da minha consulta dos paroquiais de Souto de Penedono. Permitiu no entanto, pela leitura dos assentos, considerar que André Bordalo podia perfeitamete ser filho legítimo de Tristão Bordalo. Há uma referência a um vínculo de Tristão Bordalo, de 6 missas anuais para sempre, "hipotecando" o "prado do Seixo". Foi administrador seu filho lic.º Jorge de Castro Osório, talvez o mais velho.
Uma pista mais poderá ser o processo frei Jorge de Castro (Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações, Jorge, mç. 3, doc. 70 ANTT Cópia Microfilmada, mf. 4595), padre mestre, religioso de S. Domingos, deputado do Santo Ofício. Faleceu, segundo os paroqiais, em casa de sua prima D. Helena em 22.09.1685 sendo sepultº na capela mor junto à sacristia. O 1.º administrador daquele vínculo Jorge de Castro Osório. Lic.º e Desembargador. Deixou um vínculo de grande dimensão (44 missas perpétuas por sua alma, pelas de seu pai e mãe, irmãos, parentes e descendentes). Administrador seu filho António Osório de Morais (irmão daquele frei Jorge de Castro)
Uma pequena correcção aos dados que me tinha dado. O padrinho da "minha" Ana Bordalo (filha de André Bordalo) foi um Gaspar Rodrigues, e não Gaspar Borges, de Sebadelhe.
Um abraço,
António
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António,
Não tem que desculpar. Fui rever o registo da sua Ana e tem razão .... a página estando rasgada no meio do Rodrigues passou-me despercebido o principio do nome.
Sim o Tristão deixou um legado de 6 missas sendo administrador o seu filho o Ldo Jorge de Castro e depois o neto António Osório de Morais (como aparece noutro registo do mesmo livro).
No entanto o frei Jorge de Castro padre mestre, religioso de S. Domingos, deputado do Santo Ofício e falecido a 22.09.1685 a que se refere era sobrinho do Ldo Jorge de Castro Osório (e não filho), filho de sua irmã Isabel de Mesquita e de seu marido João Ribeiro da Fonseca, morgados da Quinta da Salgoza. Faleceu na casa da sua prima D.Helena de Castro Osório Telo (que era também mulher do seu primo António Osório de Morais, morgado do Souto). Sobre esse frei pode ver uma pequena biografia na HBCL de M.Gonçalves Costa p.219 (Arciprestado de Penedono).
Existe também um "Jorge de Castro Ozorio" com alvará de renuncia de oficio, chancelaria de D. J.IV, liv 16, f.244v. Não sei se será o Ldo Jorge de Castro Osório, do Souto.
Mandei-lhe um email com um documento para ver se consegue decifrar a caligrafia.
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João,
Teremos de ver o processo de habilitação ao Santo Ofício de frei Jorge de Castro. Poderá ter informação complementar. Então este é o Jorge de Castro, estudante, irmão de Isabel de Mesquita que aparece nos paroquiais. Onde aparece ainda um outro irmão - João Ribeiro, referido também como estudante.
Estes Rodrigues que apadrinham os filhos e netos do nosso André Bordalo intrigam-me. Estão muito próximos dos descendentes próximos de André Bordalo. Seriam familiares da mulher - Maria Francisca ? Será que o Tristão Bordalo terá casado 2.º vez ou tido um filho natural. - o nosso André Bordalo - de uma Rodrigues ? Onde é que o meu 6.º avô, Pedro Rodrigues (3º neto de André Bordalo) foi buscar o Rodrigues ? Onde é que a Barbara Rodrigues (ou Barbara de Mesquita ou ainda Bárbara João - neta de André Bordalo) foi buscar o Rodrigues ?
Abço,
António
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Penedono
Caro João Braz,
Por acaso você conhece o casal Miguel Simão e Maria do Amaral, de Antas (Penedono), nascidos talvez cerca de 1690?
Abraços
Lourval
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RE: Penedono
Caro Lourval,
Ainda não tive a oportunidade de consultar os paroquiais das Antas (está na lista!) por isso não posso ajudá-lo. No entanto tenho noticias de um Gaspar de Amaral, nascido c.1680 (talvez irmão da sua Maria?) cc Inês de Carvalho e com filhos nas Antas...
Estes Amarais das Antas serão de certo familiares do Inácio do Amaral, natural das Antas de Penedono, fidalgo da Casa Real, (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=308024) casado com Leonor da Fonseca.
Abr.
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Brás,
Tem mais alguma informação sobre o casal Domingos de Mesquita e Francisca de Melo?
Penso que poderão ser os mesmos Domingos de Mesquita Cabral e D. Francisca de Melo Freire, que tiveram duas filhas - D. Brites e D. Margarida, casadas e com descendência na freguesia da Lageosa do Mondego, Celorico da Beira.
Conhece a ascendência deles ou outros descendentes?
Muito obrigado.
Cumprimentos
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro(a) MontDias,
Sim poderão ser os mesmos. O casal Domingos de Mesquita e Francisca de Melo por mim estudados e com larga descendência em Penela da Beira (concelho de Penedono) tiveram vários filhos (documentei 7), incluindo uma Margarida, para a qual não tenho nenhuma descendência (apenas tenho data de baptismo) e uma D.Beatriz de Melo (casada em 1695 no Souto de Penedono com Manuel Barreto Neto, natural da Ratoeira, no concelho de Celorico da Beira. Se os nomes coincidirem, diga alguma coisa.
Cumprimentos,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz,
Trata-se exactamente das mesmas pessoas.
D. Margarida de Mesquita, filha de Domingos de Mesquita Cabral, de Penaguião, Porto, e de sua mulher D. Francisca de Melo Freire, de Souto de Penedono. Casou com Manuel Jacinto da Guerra. Filho de Domingos Fernandes e de Isabel Gonçalves. Filhos (todos nascidos na freguesia da Lageosa do Mondego, Celorico da Beira):
1. Maria n. 1702
2. Manuel n. 1704
3. Paulo n. 1707
4. João n. 1711
5. Maria n. 1714
D. Brites casou com Manuel Barreto. Filho de Simão Francisco e de Maria Gonçalves. Filhos (todos nascidos na freguesia da Lageosa do Mondego, Celorico da Beira):
1. Maria n. 1696
2. Jacinta n. 1699
3. Cecília n. 1703
4. Manuel n. 1707
5. Isabel n. 1710
6. João n. 1711
Pode dizer-me de quem eram filhos Domingos de Mesquita Cabral e sua mulher?
Muito obrigado.
Cumprimentos,
Tiago Monteiro Dias
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro Tiago,
Sim são os mesmos. No entanto nos paroquiais do Souto de Penedono, Domingos de Mesquita nunca aparece com o Cabral (que é novidade para mim)e a D.Francisca de Melo nunca com o Freire.
Infelizmente devido aos hiatos nos paroquiais do Souto, não consegui localizar o registo de casamento deles e por isso não conheço a filiação do Dmingos de Mesquita; apenas sei que era natural de Penaguião (Porto).
Quanto à D. Francisca de Melo (aparece com o D. nos registos de baptismo dos filhos), também não tenho a prova documental da sua filiação. No entanto, não tenho dúvida que ela seja a Francisca, baptizada no Souto de Penedono a 3/3/1652, filha de António Dias, natural do Souto de Penedono onde era ermitão de N.Senhora da Piedade de Trancosã, e de sua mulher D.Brites de Eça, natural de Penedono, falecida no Souto a 22/6/1714. Essa última era segundo a Pedatura Lusitana (vol1 p.484), filha de Francisco de Melo Soares, moço-fidalgo da Casa Real (1618), capitão-mor de Penedono e nesta vila juiz dos órfãos, morgado de S. Paio e Nespereira, comendador de Manteigas na Ordem de Cristo, etc, e de sua mulher D.Filipa Rodrigues Botelho, de Penedono. A ascendência deste último casal (gente muito nobre) está bem estudada (mas não por mim).
Espero que isso ajude.
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Boa tarde,
Os nomes, tal como os apresentei, surgem nos assentos de baptismo dos vários netos.
Pode dar-me as datas de baptismo de D. Margarida e do casamento de Manuel Barreto e de D. Brites?
Porque terão elas casado na zona de Celorico e com pessoas de condição, visivelmente, inferior?
Cumprimentos,
Tiago Monteiro Dias
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
O Domingos de Mesquita Cabral pode muito bem ser este:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=2103225
Repare como o irmão está ligado a Mesão Frio, não longe de Penaguião... e como são contemporâneos.
Cumprimentos
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
caro Tiago,
As alianças matrimoniais deste ramo Melo (dos Morgados de Nespereira) podem à primeira vista parecer "inferiores" mas se reparar nas geraçoes anteriores às de D.Beatriz e D.Margarida, já podemos ver uma queda no estatuto social dos esposados. Até o próprio morgado Francisco de Melo Soares (bisavô de D.Beatriz e D.Margarida) casou com a filha bastarda duma forneira de Penedono (embora o pai dela tenha pertencido às melhores famílias daquela vila). A filha destes D. Brites de Eça, era natural de Penedono mas faleceu no Souto de Penedono a 22/6/1714 onde tinha casado com António Dias, um ermitão naquela freguesia. Não encontrei nos paroquiais do Souto nenhuma indicação que essa família Dias tinha qualquer estatuto elevado.
D.Beatriz e D.Margarida tinham uma irmã mais velha, D.Maria de Mesquita (ou de Melo) baptizada no Souto a 17/1/1676 e casada a 11/7/1696 com Antonio Dias Seixo, cujos ascendentes maternos tiveram fama de ser cristãos novos (mas os processos do TSO mostraram depois que a fama era falsa). Estes foram os avós de http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1237911 , genearca da familia Ferreira de Mesquita de Penela da Beira, de onde os meus pais eram naturais. Foram os
D.Beatriz de Melo foi baptizada no Souto de Penedono a 17/6/1679 e casada a 26/10/1695 com Manuel Barreto Neto, da ratoeira, filho de Simão Francisca e Maria Gonçalves
D.Margarida de Mesquita foi baptizada no Souto de Penedono a 22/1/1682.
O Senhor descende duma destas filhas?
Abraços,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Bom dia,
Encontrei mais uma filha do casal Domingos de Mesquita e D. Brites, casada na Lageosa:
D. Madalena, natural de S. João da Pesqueira. Filha de Domingos de Mesquita, da freguesia de Loureiro, bispado do Porto, e de D. Francisca de Melo, do Souto de Penedono- Casou com Manuel Saraiva da Fonseca, da Lageosa. Filho de Manuel Mendes, da Ratoeira, e de Maria da Fonseca, da lageosa. Filhos:
1. Maria n. 1710
2. Eugénia n. 1727
Não, eu não descendo de nenhuma destas pessoas. Apenas estou a ver os paroquiais daquela freguesia e chamou-me a atenção.
Cumprimentos,
Tiago
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro Tiago,
Agradeço os dados que vai deixando. Essa D.Madalena nasceu no Souto de Penedono a 15/8/1685 (9 dias depois do seu pai falecer), por isso não entendo porque ela aparece natural de S.João da Pesqueira.
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz
Abusando da seu conhecimento da zona, e porque as relações de compadrio tocam a algumas pessoas referidas neste tópico - oura por si, ora por António Taveira, venho perguntar-lhe se sabe alguma coisa da gente que segue.
Abraço,
António Assis
1. ANTÓNIO FERNANDES
Casou com MARIA DO SOVERAL, que também foi nomeada por MARIA SOBRAL.
Foram moradores em Souto de Penedono. Filhos:
2. ANTÓNIO. Foi baptizado em Souto de Penedono a 30 de Março de 1658, sendo padrinhos Manuel Pinto e Mariana de Lemos .
2. MARIA. Baptizada em Souto de Penedono a 31 de Julho de 1660, sendo padrinhos Jerónimo Botelho e Maria Francisca, filha de Catarina Francisca (e de André Bordalo) .
2. Padre MANUEL DA COSTA. Foi baptizado em Souto de Penedono a 30 de Abril de 1662, sendo padrinhos Manuel Pinto e Mariana de Lemos .
2. JOANA. Baptizada em Souto de Penedono a 5 de Setembro de 1666, sendo padrinhos Manuel Pinto e Mariana de Lemos .
2. CLARA. Foi baptizada em Souto de Penedono a 29 de Fevereiro de 1669, sendo padrinhos António de Osório Morais e Mariana de Lemos, todos desta vila .
2. EUFÉMIA. Baptizada em Souto de Penedono a 27 de Fevereiro de 1677, sendo padrinhos Manuel Botelho e sua irmã .
2. MARIANA DA COSTA, que segue.
2. MARIANA DA COSTA
Foi baptizada em Souto de Penedono a 7 de Julho de 1681, sendo padrinhos António Camelo, de Marialva, e sua irmã Mariana de Lemos .
Casou em Souto de Penedono a 23 de Abril de 1712 com DOMINGOS DE MATOS, natural do Vale, S. Tiago da Pesqueira, filho de Manuel de Matos, natural de Ervedosa do Douro, e de sua mulher Maria Telo, natural do referido lugar do Vale. Celebrou o padre cura Manuel da Costa e sendo testemunhas Manuel de Proença e António Fernandes.
Foram moradores no lugar do Vale, freguesia de S. Tiago de S. João da Pesqueira. Filhos:
3. MARIA. Nasceu no Vale e foi baptizada em S. Tiago da Pesqueira a 5 de Fevereiro de 1713, com 8 dias de idade, sendo padrinhos Gaspar de Sousa, de Vidigal, e Manuel de Carvalho e Sá, desta vila .
3. ZEFERINO. Nasceu no Vale e foi baptizado em S. Tiago da Pesqueira a 2 de Setembro de 1714, com 8 dias de idade, sendo padrinhos Manuel de Sousa, do Vidigal, e sua filha D. Bernarda, por procuração .
3. FRANCISCO. Nasceu no Vale e foi baptizado em S. Tiago da Pesqueira a 10 de Outubro de 1716 com 8 dias de idade, sendo padrinhos Manuel de Sousa Correia e sua mulher Maria Jacinta, do lugar do Vilaroco .
3. MARIANA. Nasceu no Vale, e foi baptizada na Igreja de S. Tiago, em S. João da Pesqueira, a 31 de Março de 1719, sendo padrinhos o padre Manuel da Costa e sua irmã Ana da Costa, ambos de Souto de Penedono e irmãos da mãe da baptizada .
3. MARIA. Nasceu no Vale e foi baptizada em S. Tiago de São João da Pesqueira a 28 de Janeiro de 1721, sendo padrinhos José de Aguiar, capitão-mor do concelho, e o padre José da Veiga .
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Assis,
São seus antepassados?
Por acaso já tinha esta gente toda sim. Porque eu também tenho antepassados "Soveral" do Souto de Penedono (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=2111495). Infelizmente, devido os hiatos não consegui entroncar os diferentes ramos "Soveral" do Souto num só.
Nunca consegui encontrar o registo de casamento do casal António Fernandes e Maria de Soveral. No entanto, tendo em conta que o casal teve uma filha chamada Clara, é possível a Maria de Soveral ser a Maria baptizada no Souto de Penedono a 14/4/1636, filha de Valentim Rodrigues, falecido no Souto a 28/4/1669 e de sua mulher Clara de Soveral. Este últimos casaram no Souto a 16/4/1635 e infelizmente o registo de casamento não indica o nome dos pais dos nubentes.
O sobredito António Fernandes aparece referido em alguns registos como Alferes.
Para além dos filhos que refere para este casal, documentam-se mais 3 filhos (2 filhas e 1 filho):
- Isabel Lopes (indicando por isso a existência de antepassados com apelido Lopes na ascendência do casal António Fernandes e Maria de Soveral) casada no Souto a 25/2/1691 com António Martins, filho de outro António Martins e Maria Fernandes. Com geração.
- Ana da Costa, baptizada a 6/4/1674. Vivia ainda no Souto em 1749.
- E penso que um Brás Lopes também terá sido filho pois apadrinhou um filho de Isabel Lopes em 1702 sendo referido como "Brás Lopes filho de Maria de Sobral e sua irmã Mariana". Este Brás Lopes casou em Alcarva a 4/8/1672 com Joana Simão, dali natural. Com geração em Alcarva.
Dos outros irmãos posso adiantar o seguinte:
-O filho António (Fernandes) casou no Souto a 6/10/1698 com Maria de Almeida, do Souto, filha de Manuel Antunes e Ana Francisca. Sem geração.
- A filha Maria (de Soveral) casou no Souto a 2/11/1676 com João Martins Marra, natural de Alcarva, filho de Pedro Martins (o Marra) e Maria Luis. Com geração em Alcarva.
-A filha Joana (de Sobral) casou a 25/2/1691 com Francisco Martins, irmão do cunhado António Martins, acima. Com geração.
-A filha Clara (da Costa ou de Sobral) casou a 6/10/1698 com Manuel de Almeida, natural da Prova, filho de João Domingues e Isabel de Almeida. Com geração.
- Também posso dizer-lhe que a Mariana da Costa tinha casado de primeiras núpcias no Souto a 10/5/1705 com Francisco Mendes, natural do Rabaçal, filho de Manuel ramos e Catarina Dias. Mas parece não ter tido geração deste casamento (bem pelo menos não a teve no Souto).
- o Padre Manuel da Costa serviu de testemunha no processo de meu antepassado José de Andrade, de Penela da beira, acusado falsamente de ser cristão novo. Neste processo, é referido como primo fora do 4o grau com o pai do José.
Quanto aos Matos de Vale de S.Tiago, Pesqueira, também os estudei por estarem ligados aos Telos da Pesqueira, família que investiguei e sobre a qual tenho um estudo em colaboração, que espero podermos publicar este ano. Posso adiantar que o Domingos de Matos, foi baptizado em vale de S.Tiago a 26/4/1682 (padrinhos Maria da Veiga filha de Manuel da Veiga e o Padre Domingos Gomes), filho de Manuel de Matos da Ervedosa e de sua segunda mulher Maria de Telo, do Vale de S.Tiago, falecida a 18/11/1694. Infelizmente também cheguei a um beco sem saída quanto a este casal devido aos hiatos nos registos daquela freguesia e ficam por enquanto desentroncados não sendo ainda possível ligá-los aos Telos da Pesqueira.
Domingos de Matos teve 2 irmãos e 2 irmãs.
O filho Zeferino de Matos foi alferes (1752) e depois capitão. Casou com Luisa da Silva, do Vale (filha d Manuel Nogueira e Inês Pinta) e tiveram pelo menos 11 filhos.
E isso é o que posso dizer por enquanto.
Cumprimentos,
JOAO BRAZ
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro João Braz,
Em primeiro lugar – muito obrigado, quer pela rapidez da sua resposta, quer pela qualidade dela. Aliás, confesso-me muito impressionado com as suas intervenções no fórum, que demonstram um conhecimento sólido e documentado, e que muito ajudam quem começa quem o lê.
Quanto aos Matos/Telos falta-me um irmão do Domingos de Matos, que lho peço. Os que tenho são:
2. MARIANA. Morreu em S. Tiago da Pesqueira a 22 de Novembro de 1699, maior, “filha de Maria de Telo, da Quinta do Vale, e de seu marido Manuel de Matos, já defunto”; fez testamento e foi enterrada dentro da Igreja de S. Tiago .
2. SERAFIM DE MATOS. Nasceu no Vale e foi baptizado em S. Tiago da Pesqueira a 27 de Setembro de 1676, sendo padrinho Gaspar de Sousa, de Vidigal . Casou com MARIA RODRIGUES, da freguesia de Vale de Figueira. É dito “da Quintã de S. Xisto, no casamento de seu filho:
3. MANUEL DE MATOS. Casou em S. Tiago da Pesqueira a 6 de Setembro de 1734 com sua parente, dispensando, ANA MARIA, filha de Manuel Veiga e de Paula Veiga, do lugar do Vale, desta freguesia, sendo testemunhas o padre Xavier Pereira e Tomás da Silva .
2. LUÍSA. Nasceu na Quinta do Vale e foi baptizada em S. Tiago da Pesqueira a 27 de Abril de 1679, sendo padrinhos Gaspar de Sousa, do Vidigal, e Luísa Veiga, solteira, de Ervedosa .
E decerto já sabe, mas aqui fica também este apontamento: o Manuel de Matos, de Ervedosa, foi casado primeira vez com Maria Rebelo, de quem não teve filhos.
Quanto aos Soverais:
António Fernandes e Maria do Soveral casaram no Souto a 26 de Fevereiro de 1657, sendo testemunhas Amaro da Fonseca, Pedro da Mouta e Heitor Rodrigues (Souto, Misto 1656-1704, fol. 104v).
Por último queria fazer-lhe um pedido:
É a primeira vez que investigo por estas bandas – que são as suas! Posso mandar-lhe os costados que tenho abertos, para dar uma olhada neles? Ficava-lhe muito agradecido.
O meu email é antonio.assis@sapo.pt
Abraço,
António
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RE: Bordalo, de Souto de Penedono
Caro António Assis,
Bem-haja pelas palavras simpáticas. Eu estou aqui sempre para ajudar e fico feliz quando encontro mais um parente. Espero que seja também o caso consigo.
Mandei-lhe um email com o meu contacto. Mande-me os seus costados que eu terei todo o gosto em ver se posso completar com alguma coisa. Se tiver antepassados nos concelhos de Penedono, Sernancelhe, Pesqueira e Mêda, que são os concelhos que mais investigo, existe grande probabilidade termos antepassados em comum.
Obrigado pela data de casamento. Passou-me despercebida.
Manuel de Matos tinha casado de primeiras núpcias na Ervedosa do Douro a 5/5/1667 com Maria Rebela (testemunhas foram André Fernandes e o Padre João de Sousa).
Os filhos de Manuel de Matos e Maria de Telo que refere são os mesmos que tenho. A única diferença é o nome da filha que faleceu em 1699. Era Maria e não Mariana. O filho que lhe falta é um Manuel de Matos, que apadrinhou uma criança a 15/7/1691 "foram padrinhos Maria de Telo mulher de Manuel de Matos e seu filho Manuel".
Devo também fazer uma correcção: foi o Manuel de Matos que faleceu a 18/11/1694 e não a mulher Maria de Telo.
o Manuel de Matos (filho de Serafim de Matos) casa em segundas núpcias a 15/6/1755 com Leonor Maria, da Póvoa de Penela, filha de Domingos da Fonseca e de sua mulher Maria Rodrigues, da Quinta de Bebeses, Póvoa. Do primeiro casamento com Ana Maria, teve 7 filhos.
Abraços,
JOAO
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Bordalo, de Souto de Penedono
Prezado João,
Em sua mensagem 251720, de 16.3.2010, fazes referência a este trecho:
"Ora, Barbara de Mesquita Osorio, filha legitima do Tristão, casou no Souto em 1629 e baptizou filhos até (pelo menos) 1637. Dos filhos legitimos do Tristão (a PL dá-lhe 7 mas eu tenho pelo menos 9), so encontrei registos de baptismo dos filhos dessa Barbara"
O esposo dessa Bárbara de Mesquita Osório teria sido Manuel Campelo Telo?
É possível fazer a gentileza de descrever-me os nomes e dados dos filhos dessa Bárbara, que encontrastes dos batismos?
Dos filhos do Tristão Bordalo de Moura, tenho conhecimento de: Jorge, Henrique, João, Bárbara, Isabel.
Se puderes fazer o favor de descrever-me os dados dos demais filhos do Tristão, que diz ter localizado, ficar-lhe-ei muitíssimo agradecido.
Dados complementares dos dados que puderes enviar, se houver casamentos com outros Castros, tal informação me seria extremamente útil.
Sabes informar de quem seria filha a Helena de Castro Osório Telo? Deduzo que seja filha da Báraba e do Manuel acima.
Quanto Antônio Osório de Morais (esposo da Helena), quem foram os pais e descendentes?
Ficar-lhe-ei muito agradecido no que for possível informar. Abraço fraterno.
Samuel C O Castro
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Bordalo, de Souto de Penedono
Prezados,
meu tetravô ANTONIO JOSE BORDALO era natural de Vilarinho da Castanheira onde construiu família com MARIA RACHEL. Ainda não encontrei o batismo dele nos livros paroquiais de Vilarinho, mas deve ter sido registrado em torno de 1840. Como vejo que vocês estão bem atrás na genealogia dos "Bordalos" pela região, gostaria de saber se alguém teria alguma pista dos pais de ANTONIO JOSE BORDALO ou como e quando parte da família pode ter migrado de Souto de Penedono para Carrazeda de Anciães ou Vilarinho da Castanheira. Meu bisavô descendente dos Bordalos veio para o Brasil, Rio de Janeiro, onde construiu família com sua esposa de Lousa.
Obrigado e saudações do Brasil.
Vinicius
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Caro João Braz,
Tendo em conta as suas informações, fui procurar os óbitos de D. Brites de Eça (22.06.1714) e sua filha D. Francisca de Melo Freire (15.10.1734) em Souto, Penedono, mas não os encontrei.
Pode informar-me se elas morreram noutra freguesia ou confirmar, eventualmente, as datas?
Muito obrigado,
Paulo Duarte de Almeida
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Caro António Taveira
Simão Lopes foi batizado a 4 de novembro de 1638 (pg.47) na vila de Souto de Penedono.
Os pais são Francisco Lopes e sua mulher Maria Fernandes.
Dou mais alguns pormenores no tópico Freixeda do Torrão-Figueira de Castelo Rodrigo.
Cumprimentos
miguel monteiro
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Caro Miguel Monteiro e António Taveira,
Por esse Simão Lopes, nascido em 1638 no Souto de Penedono somos então todos parentes pois o pai Francisco Lopes era filho dos meus 10os avós "Pedro Francisco e Antonia Francisca"; e a mãe Maria Fernandes era filha dos meus 10os avós "Antonio Fernandes da Costa e Isabel Martins". A linha da Maria Fernandes tenho-a estudada até o trisavô dela Rodrigo Francisco, um pastor que vivia nas Antas de Penedono em principios de 1500. Essa linha teve fama (falsa!) de cristã-novice.
Cumprimentos,
João Braz
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Caro Pedro Duarte de Almeida,
Descupe pelo atraso na resposta mas nunca recebi notificação da sua mensagem. Mas confirmo a data de óbito da D. Brites de Eça no SOuto de Penedono em 1714. Se necessitar, posso mandar copia digital do registo.
Cumprimentos,
João Braz
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Caríssimo João Braz,
Muito agradeço a sua resposta.
Com o ano e a freguesia, penso que não será difícil localizar o assento.
Cordiais cumprimentos e votos de um Santo Natal,
Paulo Duarte de Almeida
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a quem ler, boa noite
Ando às voltas com os bordalos. Uma bisavó minha carlota adelaide da guerra Bordalo momiz da fonnseca- 1856- 1906- era descendente dos guerra bordalo de escalhão, perto de fra de castelo Rodrigo.
Serão os mesmos bordalo'
Cumprimentos e grato pela leitura
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Caro parente
Sou descendente de Simão Guerra Bordalo, avô de Carlota (cuja data de nascimento enviei recentemente para o Geneall). O apelido Bordalo só é muito vulgar nos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa e Pinhel
O Bordalo que foi aqui analisado, há alguns anos, pelos confrades João Braz e António Taveira viveu no séc. XVI, pelo que a haver familiaridade, parece-me muito remota.
Cumprimentos
miguel monteiro
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Caro(a) ASPMR,
Os Bordalos de Escalhão nada têm a ver com os do Souto de Penedono. Os de Escalhão eram cristãos-novos, descendentes dos cristãos-novos "Rolim" dessa freguesia enquanto que os Bordalos do Souto de Penedono (os meus) eram cristãos-velhos. O nome Bordalo, dos de Escalhão, derivou duma alcunha.
Abraço,
João Braz
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