Faria Guimarães
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Faria Guimarães
Caros confrades,
Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães, foi um importante empresário oitocentista no Porto, algum dos amigos sabe onde ele nasceu e quando?
Cumprimentos
José António Reis
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RE: Faria Guimarães
Caro José António Reis,
Na obra do Bacharel Pedro da Fonseca Serrão Veloso “Colecção de Listas que contém os Nomes das pessoas que ficarão pronunciadas nas devassas, e sumários, a que mandou o governo usurpador depois da heróica contra-revolução, que arrebentou na mui nobre, e leal Cidade do Porto em 16 de Maio de 1828 …” Porto, tipografia de viúva Álvares Ribeiro e filhos, 1833, consultável no Google books, pode ler-se à página 63, “Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães, mercador de panos a 06 de Julho de 1828 – Sendo natural de Barrosas, Comarca de Guimarães, e indo para sua pátria a 03 de Julho de 1828 depois da retirada da divisão do Porto, foi encontrado pelo General Franco que o prendeu – Em assento da Visita da Alçada de 07 de Dezembro de 1829 foi declarado sem culpa, por isso foi solto em oito do mesmo mês”.
Existe uma obra genealógica sobre estes Faria Guimarães de Barrosas, cujo título de momento me escapa, todavia sabemos que o apelido Faria, já se encontrava em Barrosas no séc XVI, nos casais da Silva, Portas e outros, como poderá ver em alguns tópicos deste fórum; quando aos Guimarães, chegaram a Barrosas com o casamento por escambo das irmãs Inês dos Guimarães e Isabel dos Guimarães (filhas de André Ribeiro, senhor da Quinta do Ribeiro em Polvoreira e de sua mulher Catarina dos Guimarães, natural da Quinta do Cousso, Póvoa de Lanhoso), com os irmãos Gervásio de Faria e Gonçalo de Faria, naturais do casal das Portas em Barrosas. André Ribeiro é citado na nota 27, pág. 17 da obra “Ribeiros Morgados de Torrados e da Torre de Idães” do insigne genealogista Maurício António Fernandes.
Espero ter ajudado,
Um abraço
Rui Faria
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RE: Faria Guimarães
Caro Rui,
Ajudou e muito.
Só lhe tenho que agradecer e esperar por novo encontro em Guimarães, que penso seja em breve.
Um abraço
José António Reis
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RE: Faria Guimarães
Sr. José Antonio Reis,
Estou pesquisando os meus antepassados, e me identifiquei com o sobrenome Faria Guimarães. Minha avá chamava-se Maria Helena Guimarães, meu tio avô José Faria Guimarães, meu bisavô chamava-se Bernardino Faria Neves Guimarães, nasceu em 1864, filho de José Joaquim Faria, nascido na Freguesia de São Pedro de Riba d'Ave em 1820. Será que estamos falando da mesma familia?
Claudia d'Almeida e Souza
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RE: Faria Guimarães
Caro José António Reis,
Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães nasceu a 13 de Janeiro de 1807 em Santa Eulália de Barrosas, freguesia actualmente integrada no concelho de Lousada.
Do seu assento de baptismo (PT/ADPRT/PRQ/PLSD19/001/0007 - Baptismos Livro B nº 5 [1797-06-08/1823-01-27)], consta que era filho de José António de Faria e de sua mulher Teresa Maria Ribeiro, lavradores, do lugar da Porta, freguesia de Santa Eulália de Barrosas, termo de Guimarães, Arcebispado de Braga. Era neto paterno de João de Faria e de Rosa Maria Vaz, do mesmo lugar; e neto materno de Manuel Alves e de Ana Maria, do lugar de Pousada, da mesma freguesia de Santa Eulália de Barrosas. Foi baptizado a 15 de Janeiro de 1807 pelo Padre Joaquim Alves Coelho de Avé Maria, vigário da freguesia, tendo como padrinhos José Ribeiro, da freguesia de Santo Adrião, Lousada (com procuração de José Ribeiro de Faria, da cidade do Porto) e Antónia Maria, da mesma freguesia de Santo Adrião (com procuração de D. Ana de Bragança e Melo, da então vila de Guimarães).
Não são abundante as referências biográficas a Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães, a quem Camilo Castelo Branco qualificava como possuidor de um "integérrimo carácter". No entanto, o "Dicionário Biográfico Parlamentar 1834-1910" (Vol. II), apresenta algumas informações interessantes sobre a sua vida parlamentar (págs. 393-396).
Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães faleceu em 1979, mas ignoro o local, bem o dia e o mês do óbito.
Cumprimentos,
NBM
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RE: Faria Guimarães
D. Claudia,
É muito provável, pois as freguesias são próximas.
É uma questão de pesquisar os seus ascendentes mais um bocado e ver se entroncam nesta familia
Cumprimentos
José António Reis
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RE: Faria Guimarães
Caro confrade,
Agradeço a sua informação, muito util e completa!
Se lhe puder ser util em algumas genealogias por exemplo do Marco ou Póvoa de Varzim, disponha.
Cumprimentos
José António Reis
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RE: Faria Guimarães
Caro José António Reis,
Agradeço-lhe, antes de mais, a sua disponibilidade relativamente à Póvoa de Varzim e Marco de Canavezes.
Já localizei o assento de óbito de Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães (PT/ADPRT/PRQ/PPRT12/003/0043, Santo Ildefonso / Óbitos / 1979, Assento nº 92): faleceu a 2 de Abril de 1879, na sua casa na Rua de Fernandes Tomás, nº 358, na freguesia de Santo Ildefonso, na cidade do Porto. Não fez testamento e deixou um filho [na realidade era uma filha - D. Maria da Glória Ribeiro de Faria Guimarães, nascida em Março de 1838 e falecido solteira a 25 de Janeiro de 1921], tendo sido sepultado no cemitério do Prado do Repouso, no Porto.
À data da sua morte, J. R. de Faria Guimarães era viúvo de D. Germana Rosa Ribeiro de Faria (ou Germana Rosa da Silva, segundo a Revista de Guimarães, 1940, Vol. 50-52, pp. 131-135), natural de Santarém, de quem foi segundo marido. Esta havia sido casada em primeiras núpcias com João José da Costa Basto, natural do Arco de Baúlhe, falecido poucos anos depois do matrimónio e de quem teve dois filhos: João José e António (da Costa Basto) e que, na prática, foram criados por Faria Guimarães.
Nuno Barbosa de Madureira
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RE: Faria Guimarães
Estimado José António Reis
Esse Faria Guimarães e o Costa Basto enquadram-se no apelo que fiz em outro tópico:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=252664
Portanto, tenho interesse em ambos, não na perspectiva genalógica, mas na perspectiva biográfica (apenas com a imediata ascendência e descendência). Porém, o estudo ainda está insipiente em ambos os casos. Não creio que, a curto prazo, tenha tempo de ordenar os dados avulsos que já encontrei. Mesmo assim, fica a nota.
Cumprimentos;
Francisco Queiroz
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RE: Faria Guimarães e Costa Basto (fundição de ferro)
Estimado Nuno Barbosa de Madureira
Conforme já referi ao confrade José António Reis
Esse Faria Guimarães e esse Costa Basto interessam-me, pois enquadram-se no apelo que fiz em outro tópico:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=252664
A curto prazo não terei dados organizados que possa remeter, mas é seguro que ambos serão por mim tratados no âmbito de pesquisa sobre as fundições do século XIX, mais tarde ou mais cedo. Fica a nota, até para outros confrades eventualmente interessados no tema.
Cumprimentos;
Francisco Queiroz
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RE: Faria Guimarães e Costa Basto (fundição de ferro)
Caro Francisco Queiroz,
A "Revista de Guimarães", 1940, Vol. 50-52, pp. 131-135 contém algumas breves referências genealógicas que lhe podem interessar relativamente ao Faria Guimarães e Costa Basto. Esta revista encontra-se disponível "on-line" mas se me enviar o seu endereço electrónico poderei enviar-lhe uma cópia daquele artigo.
Relativaemnte a ambos os nomes e, em particular, a Faria Guimarães, não sei o espólio documental da Associação Empresarial de Portugal e da Associação Comercial do Porto - isnstituições das quais foi Presidente da Direcção - terão alguma informaçãor relevante.
Cumprimentos,
Nuno Barbosa de Madureira
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RE: Faria Guimarães
Caro Francisco Queiroz,
Não deixarei de lhe dar noticia do que apurar sobre Faria Guimarães.
Idem de Costa Basto, embora de momento me esteja a interessar FG
Cumprimentos
José António Reis
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RE: Faria Guimarães
Também já recebi o que me enviou o confrade Nuno Madureira. Obrigado a ambos.
FQ
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RE: Faria Guimarães
Caros Costa Reis e Francisco Queiroz,
Pedro de Aguiar, o mesmo autor do artigo "A descendência de Carlos Ribeiro", publicou em 1941 "Os generais José Vitorino Damásio e Carlos Ribeiro".
Trata-de de um interessante estudo com 30 e poucas páginas onde aparece a ascendência e descendência daquela geólogo, bem como as suas ligações a Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães, ao enteado deste (João José da Costa Basto) e as suas ligações a José Vitorino Damásio.
Posso tentar arranjar-vos uma cópia desse trabalho, se assim o entenderem.
NBM
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RE: Faria Guimarães
O artigo que me enviou já esclarece algumas coisas.
Sobre José Vitorino Damásio, também já existem alguns trabalhos publicados, nomeadamente um livro sobre a telegrafia em Portugal (falha-me o título), que lhe traça uma biografia.
Se não tem esse trabalho à mão, também não quero dar-lhe incómodo, até porque, como já disse, neste momento não posso pegar na questão e, portanto, não posso ainda apresentar dados e verificar quais as lacunas mais importantes.
Por conseguinte, sugiro que fique pendente a sua amável oferta, até quando eu puder dedicar-me ao assunto.
Grato,
Francisco Queiroz
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RE: Faria Guimarães
Relativamente à ascendência e descendência de Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães (JRFG) , tenho alguns dados que poderão interessar. No entanto, devo avisar que estou apenas a iniciar-me nestas andanças da genealogia (há dias, literalmente), pelo que ainda não estou habituado aos seus usos nem aos termos mais correctos.
Tenho alguns manuscritos que estavam na posse de familiares e que agora procuro confirmar, porque constituem apenas uma lista de nomes com poucas referências a datas e nenhumas referências a documentos. Tudo o que descrevo abaixo carece portanto de confirmação documental, com uma excepção: um livro publicado em 1925, no qual são publicadas as Alegações Finais da acção de anulação do testamento da filha de JRFG, Mª da Glória (lá irei).
Quanto aos ascendentes, tenho uma espécie de árvore de costados onde, se bem interpreto, constam os nomes dos pais, avós e bisavós (apenas os nomes). Tenho depois a indicação dos trisavós Domingos Fernandes de Faria e Maria de Faria Guimarães. Esta última entronca numa outra árvore que recua até Gonçalo de Faria, Dr. em Leis e Desembargador da Relação do Porto. Esta ligação, no entanto, não me parece muito credível, quer pelas próprias anotações na margem levantando dúvidas a esta ligação (ou seja, um familiar fez esta ligação, outro duvidou), quer porque descobri em "Corografia portugueza, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal" que esse Gonçalo de Faria faleceu sem geração.
Quanto aos descendentes, a história que sempre ouvi contar em família foi a seguinte: a única herdeira foi a sua filha, Mª da Glória, que não teve filhos. O testamento desta senhora foi contestado em processo judicial que à época foi bastante agitado e público. A acção de contestação foi interposta "pelos sobrinhos do seu pai" (os Ribeiro de Faria) e "pelos seus próprio sobrinhos" (que, presumo, seriam os descendentes do primeiro casamento da mãe) contra os herdeiros estabelecidos na última versão do testamento (segundo a história familiar, os empregados da falecida senhora). Ora, na fase final da sua vida apresentava sinais de demência, decorrente de uma "hemorragia cerebral muito violenta" ocorrida em 1912, em Vizela, acabando por falecer "no estado de interdita por demencia, tendo sido o seu estado demencial constatado em exame medico feito em 13 de Agosto de 1918 pelo eminente alienista Dr. Magalhães Lemos, director do Hospital dos Alienados do Conde Ferreira [...]". O testamento final, datado de depois de 1912, foi contestado pelos referidos familiares, defendidos pelo advogado Pinto Mesquita. O livro com as alegações finais existe na Bibl. Públ. Municip. Porto mas se alguém tiver interesse, poderei dar mais pormenores, bastante interessantes a meu ver.
Sou tetraneto de uma irmã de JRFG, Maria Ribeiro de Faria Guimarães, n. 1813 e casada com Francisco de Freitas. O filho desta, Joaquim de Freitas Ribeiro de Faria, foi o fundador da Companhia de Banhos de Vizela (termas de Vizela). Dois filhos deste foram médicos: Dr. Bento de Freitas Ribeiro de Faria e Dr. Armindo de Freitas Ribeiro de Faria. Este último foi um dos grandes lutadores pela restauração do Concelho de Vizela e destacado dirigente do Partido Evolucionista no distrito de Braga, tendo sido eleito Senador da República (1919) e nomeado Governador Civil de Braga (1921). Porventura estes serão os descendentes com mais perfil público.
Espero ter ajudado em algo e agradeço todas as dicas que me possam dar!
Cumprimentos,
Fernando M. P. de Faria Bravo
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RE: Faria Guimarães
Caro
Fernando Bravo
Não tem motivo para se sentir constrangido, pelo facto de – como diz – só agora se estar a iniciar na genealogia. Pela minha parte, aliás, já frisei que o meus interesse em Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães é sobretudo biográfico e não genealógico; ou seja, só abrange as gerações com quem o próprio ainda conviveu: os pais, os sogros, a mulher, os filhos e, eventualmente, os avós e outros parentes cuja intervenção na sua vida tenha sido decisiva. Nesse sentido, as achega que trouxe a este fórum são muito interessantes, apesar de algumas já se reportarem a pessoas que Joaquim Ribeiro de Faria Guimarães não terá conhecido (no caso dos intervenientes na questão do testamento de Maria da Glória).
Portanto, encorajo-o a continuar e peço que se lembre de mim, caso encontre elementos de carácter mais económico (ligações de carácter empresarial, propriedades, participação em sociedades como accionista ou sócio) e, em concreto, tudo o que diga respeito à indústria da fundição, na fábrica que existiu junto ao mercado do Bolhão.
Grato,
Francisco Queiroz
francisco[arroba]queirozportela[ponto]com
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RE: Faria Guimarães
Caro Francisco Queiroz,
obrigado pelas suas palavras de encorajamento. Se vier a descobrir algo dentro do âmbito que procura, enviar-lhe-ei com todo o gosto.
Cumpts,
Fernando Bravo
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