Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
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Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caros confrades
Portugal foi fundado por árabes cristãos vindos sobretudo dos territórios do Império Romano do Oriente em auxílio do Ocidente. Eram considerados cidadãos romanos embora a sua cultura fosse árabe muito próxima da grega bizantina. Eles próprios se consideravam cidadãos romanos "Romoi" embora falassem na sua língua, nos documentos escreviam os seus nomes em latim. A dinastia Omíada/Umayyade (em Portugal família Maia) da qual descende Egas Moniz teria a sua origem em Damasco na Síria dominada pelos gregos bizantinos. Foi durante o Papado Bizantino, um período de dominação bizantina do papado entre 537 a 752 quando os papas necessitavam da aprovação do imperador bizantino, que estes árabes cristãos começaram a vir para a Península.
Os bizantinos de língua grega, da Grécia, Síria e Sicília substituíram assim membros da poderosa nobreza romana na cadeira papal durante este período e impunham assim na Europa Ocidental as suas tradições cristãs orientais, que se refletiram na arte, bem como na liturgia.
Omeyya Umayyade, fundador do clã dos Omíadas (c. 540 - c. 580) (Casa Maia em Portugal) dele descende Egas Moniz através de Mu'awiya Umayyade. Egas Moniz, um arábe que foi Aio de D. Afonso Henriques, também descendia de árabes tanto da parte do seu avô Afonso VI como de sua avô Zaida de Sevilha!!!
Mu'awiya Umayyade (c. 620 - c.660) casou com N.
- Yazid Umayyade, 2º califa Omíada (c. 640 - c. 683)
Yazid Umayyade, 2º califa Omíada (c. 640 - c.683) casou com Kuttum Umm Kashim, (c. 615 - 670)
- Abd Al-Malik Umayyade (c. 660 - c. 700)
Abd Al-Malik Umayyade (c. 660 - c. 700) casou com N L'Omeyyade (c. 660 - ?)
- Abdul Yazid al-Wallid ibn 'abd al-Malik Umayyade (c. 685- 717)
Abdul Yazid al-Wallid ibn 'abd al-Malik Umayyade (c. 685-717) casou com Egilom Umm Hashim Balthes, (c. 690-c. 740)
- Aiasha Umayyade, (c. 715 - c. 765)
Aiasha Umayyade (c. 715 - c. 765) casou com Fortun ibn-Cassio, governador de Saragoça (c. 710 - ?)
- Musa Ibn Fortum, governador de Saragoça (c. 740 - c.788)
Musa Ibn Fortun, governador de Saragoça (c. 740 - 788) casou com Faquilène N (c. 765 - ?)
- Musa Ibn Musa al Qasaw, (788 - 863)
Musa Ibn Musa al Qasaw, governador de Toledo (788 - 863) casou com Assona Iñiguez de Pampelune (c. 805 - c. 850)
- Lopo Ibn Musa, governador de Saragoça ( 820 - 842)
Lopo Ibn Musa, governador de Saragoça ( 820 - 842) casou com Ayab al-Bilatiyya (c. 810 - 860)
- Auria Ibn Lopo Ibn Musa (c. 838 - ?)
Auria Ibn Lopo Ibn Musa (c. 838 - ?) casou com Fortun Garcês o Cego rei de Pamplona (c. 830 - 925)
- Onega Fortunes, (c. 870 - c.910)
Onega Fortunes (c. 870 - c. 910) casou com Addallah Ibn Muahmmed, 3º Califa de Córdoba (c. 870 - 912)
- Zayd Ibn Allah, (c. 890 - c.950)
Zayd Ibn Allah, (c. 890 - c.950) casou com N.
- Zaydan Ibn Zayd, (c. 915 - c.970)
Zaydan Ibn Zayd, (c. 915 - c.970) casou com N.
-Zayra Ibn Zayda
Zayra Ibn Zayda, (c. 940 - c.990) casou com Lovesendo Ramires (c. 940 - c.995)
-Aboazar Lovesendes (940 - 1040)
Aboazar Lovesendes, (940 - 1040) casou com Unisco Godinhes (940 - 1020)
- Ermígio Alboazar (980 - ?)
Ermígio Alboazar (980 - ?) casou com Vivili Turtezendes * c. 0980
-Toda Ermiges (c. 1000- ?)
Toda Ermiges (c. 1000 -?) casou com Egas Moniz de Ribadouro ( c. 997 – 1022)
-Ermigio Viegas, senhor de Ribadouro ( c. 1020 - ?)
Ermigio Viegas, senhor de Ribadouro ( c. 1020 – > 1047) casou com Unisco Pais
-Monio Ermiges, senhor de Ribadouro ( c. 1050 - ?)
Monio Ermiges, senhor de Ribadouro (c. 1050 -?) casou com Ouroana
-Egas Moniz, o Aio ( c. 1080 - 1146)
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caros confrades
Portugal foi fundado por árabes cristãos vindos sobretudo dos territórios do Império Romano do Oriente em auxílio do Ocidente. Eram considerados cidadãos romanos embora a sua cultura fosse árabe muito próxima da grega bizantina. Eles próprios se consideravam cidadãos romanos "Romoi" embora falassem na sua língua, nos documentos escreviam os seus nomes em latim. A dinastia Omíada/Umayyade (em Portugal família Maia) da qual descende Egas Moniz teria a sua origem em Damasco na Síria dominada pelos gregos bizantinos. Foi durante o Papado Bizantino, um período de dominação bizantina do papado entre 537 a 752 quando os papas necessitavam da aprovação do imperador bizantino, que estes árabes cristãos começaram a vir para a Península.
Os bizantinos de língua grega, da Grécia, Síria e Sicília substituíram assim membros da poderosa nobreza romana na cadeira papal durante este período e impunham assim na Europa Ocidental as suas tradições cristãs orientais, que se refletiram na arte, bem como na liturgia.
Omeyya Umayyade, fundador do clã dos Omíadas (c. 540 - c. 580) (Casa Maia em Portugal) dele descende Egas Moniz através de Mu'awiya Umayyade.
Egas Moniz, um arábe que foi Aio de D. Afonso Henriques que também descendia de árabes tanto da parte do seu avô Afonso VI como de sua avó Zaida de Sevilha!!!
Mu'awiya Umayyade (c. 620 - c.660) casou com N.
- Yazid Umayyade, 2º califa Omíada (c. 640 - c. 683)
Yazid Umayyade, 2º califa Omíada (c. 640 - c.683) casou com Kuttum Umm Kashim, (c. 615 - 670)
- Abd Al-Malik Umayyade (c. 660 - c. 700)
Abd Al-Malik Umayyade (c. 660 - c. 700) casou com N L'Omeyyade (c. 660 - ?)
- Abdul Yazid al-Wallid ibn 'abd al-Malik Umayyade (c. 685- 717)
Abdul Yazid al-Wallid ibn 'abd al-Malik Umayyade (c. 685-717) casou com Egilom Umm Hashim Balthes, (c. 690-c. 740)
- Aiasha Umayyade, (c. 715 - c. 765)
Aiasha Umayyade (c. 715 - c. 765) casou com Fortun ibn-Cassio, governador de Saragoça (c. 710 - ?)
- Musa Ibn Fortum, governador de Saragoça (c. 740 - c.788)
Musa Ibn Fortun, governador de Saragoça (c. 740 - 788) casou com Faquilène N (c. 765 - ?)
- Musa Ibn Musa al Qasaw, (788 - 863)
Musa Ibn Musa al Qasaw, governador de Toledo (788 - 863) casou com Assona Iñiguez de Pampelune (c. 805 - c. 850)
- Lopo Ibn Musa, governador de Saragoça ( 820 - 842)
Lopo Ibn Musa, governador de Saragoça ( 820 - 842) casou com Ayab al-Bilatiyya (c. 810 - 860)
- Auria Ibn Lopo Ibn Musa (c. 838 - ?)
Auria Ibn Lopo Ibn Musa (c. 838 - ?) casou com Fortun Garcês o Cego rei de Pamplona (c. 830 - 925)
- Onega Fortunes, (c. 870 - c.910)
Onega Fortunes (c. 870 - c. 910) casou com Addallah Ibn Muahmmed, 3º Califa de Córdoba (c. 870 - 912)
- Zayd Ibn Allah, (c. 890 - c.950)
Zayd Ibn Allah, (c. 890 - c.950) casou com N.
- Zaydan Ibn Zayd, (c. 915 - c.970)
Zaydan Ibn Zayd, (c. 915 - c.970) casou com N.
-Zayra Ibn Zayda
Zayra Ibn Zayda, (c. 940 - c.990) casou com Lovesendo Ramires (c. 940 - c.995)
-Aboazar Lovesendes (940 - 1040)
Aboazar Lovesendes, (940 - 1040) casou com Unisco Godinhes (940 - 1020)
- Ermígio Alboazar (980 - ?)
Ermígio Alboazar (980 - ?) casou com Vivili Turtezendes * c. 0980
-Toda Ermiges (c. 1000- ?)
Toda Ermiges (c. 1000 -?) casou com Egas Moniz de Ribadouro ( c. 997 – 1022)
-Ermigio Viegas, senhor de Ribadouro ( c. 1020 - ?)
Ermigio Viegas, senhor de Ribadouro ( c. 1020 – > 1047) casou com Unisco Pais
-Monio Ermiges, senhor de Ribadouro ( c. 1050 - ?)
Monio Ermiges, senhor de Ribadouro (c. 1050 -?) casou com Ouroana
-Egas Moniz, o Aio ( c. 1080 - 1146)
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
http://en.wikipedia.org/wiki/Zaida_of_Seville
Never heard of Google?
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Zaida é uma personagem ainda desconhecida na actualidade.
Zaida foi uma das cinco esposas de Afonso VI. Era filha e não nora de Al Mutamid, III Rei de Sevilha. Esteve ligada a Jimena, Toledo e Sevilha. Foi baptizada e recebeu o nome de Maria Isabel.
Zaida é o reflexo do embate de duas civilizações, a árabe e a cristã, ou melhor, do cisma entre o cristianismo primitivo (bizantino) e o cristianismo da Igreja católica romana.
Ela acabou por morrer como estrela. Ela tomou vários nomes consoante o lugar e a civilização que daí desse local, assim o impunha.
UNA LUCE PRIUS SEPTEMBRIS QUUM FORET IDUS SANCIA TRANSIVIT FERIA II HORA TERTIA ZAYDA REGINA DOLENS PEPERIT
Assim ela foi de Jimena, Sevilha e Toledo. Ela foi Maria de Jimena, Isabel de Sevilha e Zaida de Toledo.
Se o seu casamento serviu de moeda de troca entre o seu pai e o Imperador para ambos dominarem a Espanha, muito antes também na tomada de Toledo, o fora. Assim já em 1080 foi pactuada a Aliança entre Abbad III Al-Mu'tamid, Rei de Sevilha e Afonso VI.
Abbad III Al-Mu'tamid, Rei de Sevilha deu-lhe a sua filha Zaida nascida de uma sua ligação de uma Guzman de Jimena- Medina Sidónia, cedendo-lhe juntamente o Senhorio de terras por ele conquistadas ao Émir de Toledo, tais como Cuenca, Huete, Ocanha como prémio pelos serviços que Afonso VI lhe prestou para atacar o Émir de Toledo, inimigos de ambos. Só que Afonso VI, não respeitou o pacto realizado entre ambos e uma vez enfraquecido o rei de Toledo, Afonso VI conquistou a cidade para si. E foi em Toledo nestes territórios que Zaida levou como “dote” que nasceram Teresa e Elvira, filhas do Imperador!!!
E assim Zaida de Toledo foi amante e “quasi mulher” do rei Afonso VI.
Mas a oposição de seu pai à tomada de Toledo por D. Afonso VI, fê-la voltar outra vez para Sevilha, onde ficou conhecida por Isabel de Sevilha, até à celebre batalha de Zalaca, onde participaram D. Henrique e D. Raimundo que lutaram ao lado de D. Afonso VI, contra as tropas Abbad III Al-Mu'tamid, Rei de Sevilha, auxiliadas por Yusuf ibn Tashfin de Marrocos. As tropas de Afonso VI foram vencidas e assim também foram vencidos D. Henrique e D. Raimundo de S. Gilles.
Mas devido à morte do herdeiro de Yusuf ibn Tashfin este, depois de ter vencido a Batalha de Zalaca teve de se retirar para Marrocos e as posições de Afonso VI não se alteraram, mantendo Afonso VI praticamente todos os seus domínios incluindo a cidade de Toledo que esteve na origem da Batalha.
Mas a vitória de Yusuf ibn Tashfin coligado ao Rei da Sevilha e outros, fez alertar Afonso VI para o perigo de uma nova incursão de Yusuf ibn Tashfin na Espanha e propõe um novo pacto de paz e amizade a Abbad III Al-Mu'tamid, Rei de Sevilha, pelo que este Rei se mostrou receptivo. Afonso VI manda-lhe depois uma embaixada de 500 cavaleiros, a Jimena - Medina de Sidónia, onde se encontrava o Rei de Sevilha, como prova do seu auxílio e da sua amizade.
E assim fez-se um verdadeiro pacto de amizade e família. Zaida de Sevilha casava com o Imperador. Teresa filha do Imperador e neta do rei de Sevilha casava com o Conde D. Henrique, e Elvira também filha do Imperador e neta do Rei de Sevilha casava com Raimundo de S. Gilles (e assim ficaria tudo em família, não haveria vencedores nem vencidos na Batalha de Zalaca) e Yusuf ibn Tashfin o verdadeiro vencedor da batalha de Zalaca ficaria de fora, esse sim, seria o derrotado!!!
E assim Maria de Jimena, Isabel de Sevilha ou Zaida de Toledo foi Rainha!!!
E por isso consta no epitáfio:
H.R. Regina Elisabeth, uxor regis Adefonsi, filia Benabet Regis Sevillae, quae prius Zayda, fuit vocata
E por isso, no Mosteiro que Afonso VI mandou construir para servir de panteão para si e para suas esposas não se encontra nenhuma Ximena!!!
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Thank you for your answer. I have consulted Zaida or Isabel in geneall and it says she only had two children by Afonso VI, one being Elvira who married but had no descendants and Rodrigo who I can´t find much about.
Yes, I have heard of Google thanks.
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro José Maria Ferreira,
Continuo sem perceber como consegue saber que D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, era filha de Zaida, o que parece incompatível com a cronologia conhecida (esse assunto foi discutido noutro tópico em que ambos interviemos e também o confrade A. Luciano que trouxe diversos esclarecimentos para essa questão). Quais os dados que lhe permitem contrariar essas balizas cronológicas e, por outro lado, sustentar a sua teoria quanto à filiação de D. Teresa? Desculpe a insistência mas parece-me um assunto verdadeiramente importante para um fórum de genealogia.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro José Maria
Tenho lido muitas das suas intervenções neste fórum, algumas bastante controversas, mas realmente chamar árabe a D. Egas Moniz de Ribadouro, cuja varonia está documentada desde o séc. VIII como representantes dos reis de Leão nalgumas regiões deste "jardim à beira-mar plantado" e que na sua ascendência tem uma remota "costelinha árabe" não lembra sequer ao Diabo.
Cumprimentos
Júlio Pereyra
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro Julio Pereyra
Uma remota costelinha árabe??? Não diga isso, nem a brincar. A linhagem de Egas Moniz é árabe, eu só me limitei a mostrar um ramo a partir de um seu ascendente, mas ele tem milhares de ascendentes árabes. Que o digam os habitantes de S. Martinho dos Mouros, esses, nem é preciso saberem a sua genealogia!!! Já sabem que o nome da sua terra chamada de Mouros se deve à família de D. Egas Moniz!!!
"Não esquecer o facto importante da chegada de muitos familiares, e serviçais da família de Egas Moniz,vindos de Córdova. Uma parte da sua família descendia dos Califas árabes desta cidade. Já convertidos ao Cristianismo, misturaram-se normalmente com os nativos locais. Daí certamente o termo ,"de Mouros"."
Já convertidos ao cristianismo, não!!! Os seus ascendentes foram os primitivos cristãos das Terras de João Prestes e da Arábias evangelhizadas por S. Tomé!!!
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro confrade,
Certamente que os costados que expõe estão correctos, no entanto, chamar árabe a D. Egas Moniz é outra coisa, enfim, configura-se num exagero de proporções homéricas. É como se eu me pretendesse "Rei dos Romanos" por descender de Carlos Magno... Enfim, seria por demais insólito. Haja Deus!
Cordiais saudações,
Granada
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro António Bivar
Existe incompatibilidade com o que o confrade A. Luciano explanou. Nunca Zaida, a nora de Al-Mutamid poderia ser Zaida, a filha de Al-Mutamid, a que serviu de medianeira no pacto celebrado com de Afonso VI, sobre a vassalagem deste na cidade de Toledo!!! A não ser que Al-Mutamid tivesse uma filha chamada Zaida e tivesse também uma nora com esse mesmo nome, o que poderia levar a confusões entre autores, pois antigamente e ainda hoje é habitual chamar filhas às noras.
Zaida, a esposa de Abu al Fatah al Ma'Mun, só poderia ser outra, e nunca a Zaida que foi amante e depois esposa de Afonso VI, a não ser que os filhos de Al-Mutamid, praticassem o incesto!!!
Portanto a chamada Zaida de Toledo filha de Al-Mutamid que foi mulher e amante de Afonso VI e teve como dote certos territórios nas cercanias de Toledo que o seu pai com o auxílio de Afonso VI, tomara ao Rei de Toledo, seu inimigo.
O que se constata é que Afonso VI passou de vassalo de Al-Mutamid, a Senhor, e a 6 de Maio de 1085 pactua com al-Qadir conquistando a cidade de Toledo para si, e ao que parece também conquistou a filha do Rei de Sevilha, pois dela teve pelo três filhas todas nascidas em Toledo, incluindo Teresa que foi Rainha de Portugal!!!
Mas poderá também ter acontecido Afonso VI ter sido amante de Zaida, a nora de Al-Mutamid, depois de ter enviuvado de Abu al Fatah al Ma'Mun. Na medida em que esta depois de viúva se vai refugiar em Toledo na corte de Afonso VI que era amante da sua cunhada também chamada de Zaida!!!
A ter acontecido assim, na Corte de Afonso VI em Toledo, terão estado duas Zaidas, uma a filha, e a outra a nora de Al-Mutamid, esta última, que se refugiou depois do seu marido Abu al Fatah al Ma'Mun ter sido morto no ano de 1091 em Córdova ao enfrentar os Almorávidas comandados por Yusuf. Afonso VI ainda mandou os seus exércitos em socorro do seu cunhado Abu al Fatah al Ma'Mun mas foi rechaçado. Terá sido por essa altura que Zaida de Dénia terá sido aconselhada pelo seu marido a seguir para Toledo, onde poria a salvo os seus tesouros e onde se encontrava a sua irmã Zaida que seria então amante do Imperador Afonso VI, uma vez que este ainda estava casado com Constança de Borgonha, talvez já enferma pois veio logo a falecer em 1092.
Poderá-se-à ainda pôr outra hipótese: Zaida não era filha de Al-Mutamid (há quem defender que era filha do Emir de Toledo) foi primeiramente amante de Afonso VI e depois casou o Emir de Córdova Abu al Fatah al Ma’Mun filho do rei de Sevilha. Quando Abu al Fatah al Ma’Mun foi morto na tomada de Córdova pelos Almorávidas, a sua esposa refugiou-se em Toledo levando consigo os Tesouros para a Corte de Afonso VI, seu antigo amante e pai de suas três filhas: Elvira e Teresa e Sancha. Depois, passado pouco tempo, faleceu a Rainha Constança. Zaida tornou-se cristã e casou com D. Afonso VI tomando o nome de Maria Isabel, e do qual casamento voltaram a ter outro filho a que puseram o nome de Sancho que foi Príncipe e herdeiro legitimo do trono!!!
Zaida como amante de Afonso VI teve três filhas e como esposa a partir de 1092 teve um filho!!!
Zaida, segundo o Capítulo DLXII da Crónica Geral de Espanha (1344) de Pedro Afonso, Conde de Barcelos:
"...Como el rey dom Afomso casou cõ a Çayda, filha de el rey de Sevilha
El rey dom Affomso estando por casar [ em 1092 tinha-lhe falecido a sua esposa Constança]…ouveo de saber a Çayda. E tanto bem ouvyo delle dizer que se namorou delle, e tanto foy sua namorada que ouve de buscar maneira per que ouvesse seu amor. E, como as molheres som sottis em as cousas que querem fazer, e el rei dom Afomso era hy preto que andava em sua cõquista, envioulhe ella dizer per seus messejeiros que tevesse por bem de a veer e que, se quisesse casar cõ ella, que lhe daria todallas villas e castellos que ella avya. E el rey dõ Afomso, quando esto ouvyo, prouguelhe muyto e mãdoulhe dizer que a hirya veer onde ella quisesse.
…E despois que a el rey vyo, foy muy pagado della, ca a vyo muy fremosa e de muy bõo doayro. E ouverõ seu fallamento em huu em que lhe ella disse que, se cõ ella quisesse casar, que o entregaria de todalas villas e castellos que ella avya.
E el rey lhe disse que lhe cõviinha de se tornar cristãa e ella disse que o faria muy de grado. …
O rei toma conselho com os seus homens, achando a união proveitosa para os seus planos de conquista. Eles aconselham-no a casar-se.
…E elle fezea logo cristãa e casou com ella.
Quando é baptizada, Çayda passa a chamar-se Maria[Isabel]. Nasce um filho, Sancho, que é dado a criar ao conde de Cabra.[genro de Garcia Sanchez de Nájera, o que assistiu à Paz entre a Pomba e o Açor!!!]
Sancho Ordonéz de Nájera a defender um Sancho, irmão de D. Teresa a Imperador da Hespanha!!!
Assim ela foi de Jimena, de Sevilha e Toledo. Ela foi Maria de Jimena, Isabel de Sevilha e Zaida de Toledo.
Se o seu casamento serviu de moeda de troca entre o seu pai e o Imperador para ambos dominarem a Espanha, muito antes também na tomada de Toledo, o fora. Assim em 1080 foi pactuada a Aliança entre Abbad III Al-Mu'tamid, Rei de Sevilha e Afonso VI.
Abbad III Al-Mu'tamid, Rei de Sevilha deu-lhe a sua filha Zaida nascida de uma sua ligação de uma Guzman de Jimena- Medina Sidónia, cedendo-lhe juntamente o Senhorio de terras por ele conquistadas ao Émir de Toledo, tais como Cuenca, Huete, Ocanha como prémio pelos serviços que Afonso VI lhe prestou ao atacar o Émir de Toledo, inimigos de ambos. Só que Afonso VI, não respeitou o pacto realizado entre ambos e uma vez enfraquecido o rei de Toledo, Afonso VI conquistou a cidade para si. E foi em Toledo nestes territórios que Zaida levou como “dote” que nasceram Teresa e Elvira, filhas do Imperador!!!
E assim Zaida de Toledo foi amante e “quasi mulher” do rei Afonso VI.
Mas a oposição de seu pai à tomada de Toledo por D. Afonso VI, fê-la voltar outra vez para Sevilha, onde ficou conhecida por Isabel de Sevilha, até à célebre batalha de Zalaca, onde participaram D. Henrique e D. Raimundo que lutaram ao lado de D. Afonso VI, contra as tropas Abbad III Al-Mu'tamid, Rei de Sevilha, auxiliadas por Yusuf ibn Tashfin de Marrocos. As tropas de Afonso VI foram vencidas e assim também foram vencidos D. Henrique e D. Raimundo de S. Gilles.
Mas devido à morte do herdeiro de Yusuf ibn Tashfin este, depois de ter vencido a Batalha de Zalaca teve de se retirar para Marrocos e as posições de Afonso VI não se alteraram, mantendo Afonso VI praticamente todos os seus domínios incluindo a cidade de Toledo que esteve na origem da Batalha. Apenas os territórios de Toledo que tinham anteriormente pertencido e sidos doados a Zaida, foram de novo capturados pelo rei de Sevilha, Al-Mu' ibn Abbad do tamid e ficaram na sua posse.
Mas a vitória de Yusuf ibn Tashfin coligado ao Rei da Sevilha e outros, fez alertar Afonso VI para o perigo de uma nova incursão de Yusuf ibn Tashfin na Espanha e propõe um novo pacto de paz e amizade a Abbad III Al-Mu'tamid, Rei de Sevilha, pelo que este Rei se mostrou receptivo. D. Afonso manda-lhe depois uma embaixada de 500 cavaleiros, a Jimena-Medina de Sidónia, onde se encontrava o Rei de Sevilha, como prova do seu auxílio e da sua amizade.
E assim neste encontro fez-se um verdadeiro pacto de amizade e família. Zaida de Sevilha casava com o Imperador que entretanto enviuvara de D.Constança. D. Teresa filha do Imperador e neta do rei de Sevilha casava o Conde D. Henrique, e Elvira também filha do Imperador e neta do Rei de Sevilha casava com D. Raimundo de S. Gilles (e assim seriam todos vencedores não havia vencidos nem derrotados da Batalha de Zalaca) e Yusuf ibn Tashfin o verdadeiro vencedor da batalha de Zalaca ficaria de fora, esse sim, seria o derrotado!!!
Mas eis que quando se fazia este novo pacto de amizade entre Afonso VI de Espana e Al Mutamid o Rei de Sevilha, os territórios deste último são pouco tempo depois invadidos por Yusuf.
Os Almorávidas depois de tomarem Córdova, cidade da qual era Emir o filho de Al Mutamid, tomaram também Sevilha tendo feito prisioneiros Al Mutamid e alguns dos seus familiares mais próximos que depois foram desterrados para Marrocos, tendo-se salvo parte da sua família que se refugiou na Corte de Afonso VI com quem o Rei de Sevilha tinha um pacto de família e amizade e na base do qual já haviam nascido Teresa, Elvira e na qual ainda irá nascer Sancho, que será assim o legítimo herdeiro do Imperador que depois de viúvo poderia assim voltar a casar com a sua amante Zaida, depois desta ter sida baptizada com o nome de Maria [Isabel]!!!
E assim Maria de Jimena, Isabel de Sevilha ou Zaida de Toledo foi Rainha!!!
E por isso consta no epitáfio:
H.R. Regina Elisabeth, uxor regis Adefonsi, filia Benabet Regis Sevillae, quae prius Zayda, fuit vocata
E por isso no mausoléu que Afonso VI mandou construir para si e para suas mulheres não se encontra nenhuma Ximena!!!
Com os melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro António Bivar,
Volto a este tópico, no seguimento da mensagem do confrade José Maria Ferreira, o que me obriga a esclarecimentos prévios.
De há muito, primeiro à boleia dos tópicos colombinos, hoje a qualquer pretexto ou mesmo tópico novo, que José Maria Ferreira tem tido intervenções surpreendentes. Recordo a título exemplificativo a primeira referência a Raymond de Saint Gilles quando a mulher deste, irmã da rainha D. Teresa, nem sequer constava da BD do Geneall. Dada a profusão de intervenções surpreendentes - classificação minha - não considero outra coisa senão que J.M.F. tenha tido acesso a revelações de que não consigo imaginar a origem. Mas, ao contrário do que suponho ser a grande maioria, eu convivo bem com a possibilidade de alguém não só saber mais do que eu mas ter acesso a um conhecimento que eu não posso alcançar.
Como já em tempos observei, as "revelações" - já não chamo profecias porque ele não gostou - nem ocorrem fluidamente nem serão detalhadas e também não são isentas de uma ou outra contradição. Imagino que, em face de uma "revelação" J.M.F. pesquise depois a envolvente e nos traga uma história já enriquecida com pormenores que nem sempre "encaixam" bem. É aí que por vezes tenho intervindo.
Neste caso, começou J.M.F. por chamar a Zaida de Sevilha, princesa de Denia o que, como assinalei, me despertou a atenção. Verifiquei com algum espanto que Isabel de Denia consta, com interrogação, na BD do Geneall, como filha de "el-Mutadir" e mãe de Elvira, casada com Rogério da Sicília. Ora a genealogia tradicional e geralmente aceite, faz esta Elvira filha de Zaida de Sevilha o que gera alguma confusão. Pesquisando apenas no Google e em alguns "sites" que me merecem mais atenção, pude verificar que Isabel de Denia aparece de facto identificada com Zaida ou, pelo menos, com atributos desta última mas exclusivamente em sites particulares e árvores on-line sem especial credibilidade. A pesquisa em "sites" que me merecem credibilidade e grupos de discussão de genealogia deste período, o que inclui ingleses, americanos, franceses e alemães mas não inclui espanhóis nem italianos, resultou infrutífera.
Fiquei assim sem saber de onde proveio a primeira informação sobre Isabel de Denia.
Mantendo que Zaida, seria a mãe de todos 5 filhos de Alfonso VI, ou 4 se Elvira for apenas uma, 2 atribuídas tradicionalmente a Jimena Muñoz e 3 a Zaida, J.M.F. "esquece" Denia e desloca Zaida inicialmente para Toledo e reconstrói uma história que não tem grande coerência.
Começo por referir que - tanto quanto me parece - a história da conquista de Toledo afasta irremediavelmente Denia, situada na costa Valenciana e com forte componente marítima. Por outro lado Zaida/Isabel de Toledo, amante de Alfonso VI e mãe de D. Teresa e de Elvira e (muito) mais tarde, sua rainha e mãe dos infantes Sancho, morto em Uclès e Sancha, condessa (de Lara) nas Astúrias além de dificuldades cronológicas derivadas do intervalo entre os nascimentos das primeiras e dos últimos filhos, também não se resolve postulando o percurso Toledo (2 filhas), Sevilha e regresso final a Toledo ou, melhor, à côrte de Alfonso VI (2 ou 3 filhos), porque uma mulher árabe que tivesse vivido e tido filhos com um cristão muito dificilmente viveria depois, com proeminência, numa cidade muçulmana; apenas admito como possível se se tratasse de pessoa sem grande visibilidade ou proeminência. Ora Zaida, que ficou em crónicas e protagonizou um poema, jamais seria "low profile".
Apetecia-me agora titular esta parte da mensagem de "O enigma das três pedras".
De facto Zaida, depois Isabel, é identificada como rainha de Alfonso VI e filha de "Benabat" - seria al-Mu'talib - rei de Sevilha numa pedra tumular. Mas outra pedra tumular também diz Alfonso VI casado com uma Isabel filha do rei Luís de França e não há nenhum rei Luís que preencha o posto. Ambas as pedras tumulares são posteriores e nenhuma delas é aceite como credível pela generalidade dos medievalistas que se pronunciaram, situação que se mantém pelo que conheço.
A terceira pedra será a que identifica Jimena Muñoz como amante de Alfonso VI, precisando que o foi durante a viuvez deste, nomeando mês e ano da morte mas não referindo, como seria usual, filha de ..., ou irmã de ... (relembro que as outras identificavam os pais). Vaz de São Payo não dá indicações sobre quem estudou/divulgou esta pedra e qual a data estimada ou determinada em que foi inscrita o que me leva a considerá-la tão pouco credível como as anteriores até melhor informação.
Um conhecido (virtual) profundo conhecedor de genealogia medieval ibérica, resumiu a situação dizendo que Alfonso VI certamente casou com uma Isabel, pode ter casado com duas e, nesse caso, Zaida seria a segunda mas que o casamento com Zaida era apenas uma probabilidade.
Eu acrescento que a datação de São Payo e Mello para o nascimento de D. Teresa, Abril de 1080, muito proxima de Elvira, depois de Toulouse. - São Payo admite poderem ser gémeas - se baseia exclusivamente na informação tumular de que Jimena foi amante de Alfonso VI durante a viuvez deste, informação essa que eu desvalorizo fortemente porquanto, ainda que o resto do conteúdo fosse exacto, esse pormenor na falta de uma completa identificação mais me parece motivado por desejo de evitar o estigma da bastardia, muito mais marcante do que a ilegitimidade natural.
Ou seja, documentalmente é tudo ténue e estou pessoalmente predisposto a aceitar algo de inovador, uma única Elvira, primeiro de Toulouse, depois da Sicília, ou Zaida de Sevilha, antes Isabel de Denia e até, mais dificilmente, que uma única amante e depois rainha de Alfonso VI tenha sido mãe de todos os filhos deste, desde que a "revelação" venha acompanhada de circunstancialismo credível e que não ofenda nem a história nem os poucos documentos conhecidos.
A continuar, quando possível.
A. Luciano
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro António Bivar,
Continuo por tristes motivos. Acabei de receber a notícia do falecimento de um amigo de infância e escrever distrai-me e evita-me uma provável insónia.
A primeira questão. é a filiação de Zaida que J.M.F. atribui a al-Mu'talib e eu, até ver, a pai desconhecido mas casada com al-Mamoun, filho de al-Mu'talib, de quem seria nora e não filha.
Como já disse, crónicas árabes ou, pelo menos, uma crónica árabe coeva dizem-na nora, enquanto crónicas cristãs posteriores dizem-na filha. Como bem referiu J.M.F., nessa ápoca era habitual chamar filha a uma nora mas J.M.F. ignorou que já não era costume chamar nora a uma filha. Noras chamadas filhas, são de facto correntes no latim bárbaro usado nestas épocas na Ibéria e também por simplificação dos escribas que, na falta de uma palavra única conhecida, evitavam a mais longa expressão "mulher do nosso filho" tanto mais que, ambos, nora e filho teriam de ser adjectivados (muito amado, etc.).
Não é o caso do árabe em que filha é "bint" ou "ibnat" duas possíveis formas para o feminino de "bin" bem conhecido como "filho de"; o plural seria "banaat" ou "banàt". Diferentemente, nora seria "kinni" ou "kunna" - dizendo-se que a cunhada de alguém seria a "kinnè" desse alguém. Esta forma "kunna" tem o mesmo radical "cunh" que em português produziu cunhado - no sentido de que era algo de diferente de irmão - da mesma maneira que alcunha, tal como em árabe, seria algo de diferente dum nome.
Não se vê como a confusão teria origem árabe mas seria mais do que possível em origem posterior cristã.
Aceitando assim que Zaida era de facto nora de al-Mu'talib, casada com o seu filho al-Mamoun, nada se sabe contudo quanto à sua origem.
É aqui que a "princesa de Denia" me despertou o interesse. Como já referi, nenhuma árabe seria princesa de coisa nenhuma mas já um cronista cristão, poderia bem chamar princesa de Denia à filha do líder muçulmano de Denia. O casamento de um filho do rei de Sevilha com o lider de Denia faria todo o sentido: era um vizinho com acesso privilegiado ao mar e, ainda que J.M.F. tenha razão e al-Mu'talib se tenha aliado a Alfonso VI contra o emir de Toledo, a necessidade estratégica de assegurar um aliado dominando a zona costeira cujo livre acesso poderia constituir uma ameaça para Sevillha, mais se agudizaria no caso de al-Mu'talib ter de deslocar tropas para o interior.
Também nunca percebi porque Zaida teve de fugir para a côrte de Alfonso VI quando da ameaça e conquista dos Almorávidas. Al-Mu'talib tinha diversos filhos, presumivelmente casados. Porquê apenas Zaida teria de fugir?
J.M.F. explica isso por ela ter sido já amante ou mulher de Alfonso VI em Toledo mas, como dito, não concordo com essa possibilidade. E se fosse de facto de Denia?
Denia foi uma Taifa que se formou após a dissolução do Califado de Córdova e dominou uma extensa parte da costa Valenciana, Ibiza e as restantes Baleares. Foi primeiro governada por um "saqalib", eslavo provavelmente da actual Sérvia, recém-convertido (uma ou duas gerações no máximo) mas profundo conhecedor do Islão. Os "saqalib" serviram o Islão como criados, eunucos em haréns e como militares. Eram conhecidos pela belicosidade e coragem e, quando militares, semelhantes aos mamelucos no império otomano. Este que se chamava-se Muyahid ibn Yusuf ibn Ali al-Amiri al-Muwaffaq, perdeu o governo de Denia para Ahmad al-Muqtadir que governava Saragoça. Ocorreu isto em 1076.
Ora se nada conheço que justifique que uma filha deste último al-Muqtadir sentisse a necessidade de fugir dos Almorávidas para uma côrte cristã já uma filha de Muyhahid, que se sabe ter sido casado com uma cristã não identificada, não se sentiria coagida a refugiar-se junto de cristãos - a sua mãe era ou fôra - cristã e, sendo filha de uma cristã, tinha sérios motivos para recear os Almorávidas, monges guerreiros e zelotas extremos, pelo menos na sua fase inicial. Outras noras de al-Mu'talib, não sendo filhas de cristãs, não teriam tais receios.
Isto seria uma história que faria sentido.
Nada impede, de facto, que D. Teresa e Elvira fossem filhas de uma muçulmana, eventualmente de Denia ou de Toledo, mas as circunstâncias de tais hipóteses teriam de ser tão coerentes como a possibilidade que referi e que, tanto quanto sei é tão inédita quanto a possibilidade do infante Sancho ter sido morto depois de Uclès. À cautela, explico que não acredito em nenhuma delas, mas servem para exemplificar que é perfeitamente possível inovar em reconstruções desta época sem agredir os factos e documentos conhecidos.
Resta-me ainda comentar um pormenor. J.M.F. faz Zaida filha de al-Mu'talib por uma Gúzman, o que também me merece discordância. De duas uma: ou essa Gúzman teria um estatuto inferior de concubina ou os Almorávidas não teriam permitido o exílio de al-Mutalib e tê-lo-iam despachado sem delongas. Mas na ligação Gúzman, Zaida aparece como irmã de um Gúzman, descoberta, como já tinha dito, de Salazar y Castro no séc. XVIII e posteriormente desmontada por impossibilidade cronológica. Claro que a impossibilidade desse "irmão" Gúzman não é impeditiva de uma mãe Gúzman mas, dada a metodologia corrente de recusar coincidências sem prova corroborativa, até que conheça prova, afasto os Gúzman desta história.
A. Luciano
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro Confrade A. Luciano
Embora saiba, que nestas situações todas as palavras sejam inúteis, não quero deixar de lamentar sinceramente, o falecimento do seu amigo.
Mas embora inúteis como consolo, as palavras podem realmente servir para desviar o Pensamento para longe da tragédia.
Ainda que apenas por breves instantes, serão uma ajuda.
É nesse sentido que lhe envio as primeiras linhas da Carta de Doação de Dom Afonso Henriques para Gualdim Pais, das casas junto a Sintra.
"In nomine Patris et Filij et Spiritus Sancti Amen. Ego Alfonsus Portugalensium Rex Comitis Henrrici et Regine Tharasie filius magni quoque Refis Alfonsi nepos..."
Dona Teresa, é designada Rainha, pelo filho Dom Afonso Henriques, enquanto que Dom Henrique é denominado Conde.
Como poderia Dona Teresa ser Rainha?
E qual seria o seu Reino?
Não é fácil enquadrar este Título de Rainha, se lhe retirarmos a soberania sobre o Reino de Sevilha.
Melhores Cumprimentos
Airmid
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Cara Airmid
Rainha, sim, mas de Portugal!
Consegue-se facilmente encontrar documentos mais antigos que essa doação nos quais D.Teresa é designada "Rainha". D.Teresa sempre se intitulou rainha, pelo menos desde 1117. Num documento de 1124, é chamada "Portugalesium Regina".
Mas nada disto é muito estranho, considerando que nunca se contentou com o lugar a que foi relegada quanto à herança paterna. Aliás o facto de se intitular rainha demonstraria bem que reclamava uma autoridade superior às dos condes, ou o direito de suceder pelo menos num dos estados de seu pai! Afonso Henriques tinha bem a quem sair.
D.Teresa era filha do Imperador da Hispânia, e tinha muita consciência disso. Aliás, nunca reconheceu sua irmã como rainha e herdeira de Afonso VI, o que demonstra bem por si só as suas ambições. Não esqueçamos que é Afonso VI, por D.Teresa, a origem da realeza de D.Afonso Henriques.
Cmpts
E.Simões
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro E. Simões
Sim, a partir de 1117, D. Teresa, a irmã de Elvira da Sicília, com o apoio dos Reis da Sicília e do Papa, passou a intitular-se Rainha.
Obviamente que o Papa tinha sido eleito para Roma com o apoio da família de D. Teresa, isto é, com o apoio da família real da Sicília!!! Portanto devemos à Sicília o empenho e a força que fizeram nas mais altas instancias para que Portugal fosse reconhecido como Reino, porque até aqui, o Papa não reconhecia Portugal como Reino.
O Reino da Sicília que era então o maior centro de cultura árabe e Grega da Europa!!!
Cultura árabe no seio da qual foram criadas na corte de Toledo, não só Teresa e Elvira como Sancha, todas filhas de Zaida e do Imperador!!!
Cultura árabe que não apenas Teresa e Elvira souberam respeitar, mas também a sua irmã Sancha que a levou para o seio da Casa Lara, não só a cultura, como o próprio sangue árabe!!!
E foi assim que Sancha, irmã de D. Teresa e filha de Zaida e do Imperador casou com Rodrigo Gonçalves de Lara, irmão de Pedro Gonçalves de Lara, este casado com Eva, os quais tiveram um filho chamado Nuno Peres de Lara que casou com Teresa Peres de Trava, filha de D. Teresa, portanto irmã de D. Afonso Henriques!!!
Dentre os descendentes destes Lara irá casar mais tarde D. Afonso, um filho incógnito de D. Diogo Duque de Viseu e Beja, (que foi Cristóvão Colombo), assim como se ligaram a esta família Lara, também os reis mouros de Granada!!!
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro A. Luciano,
Escrevo-lhe neste momento e ainda antes de ter tido oportunidade de ler com a devida atenção as suas interessantíssimas mensagens, porque estive fora do país e apenas agora pude lê-las, mas não quis deixar passar mais tempo sem lhe responder; logo que possível voltarei a este assunto que muito me interessa. Infelizmente também tive notícia, estando no estrangeiro, da morte de um velho amigo exactamente no passado dia 2; é uma triste coincidência, ou, possivelmente, tratar-se-á da mesma pessoa.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
""porque uma mulher árabe que tivesse vivido e tido filhos com um cristão muito dificilmente viveria depois, com proeminência, numa cidade muçulmana;
Estimado A. Luciano:
Naquele momento, não havia qualquer problema em cristãos viverem em terras de mouros e viceversa, nem havia qualquer problema em que aquele mouro que tivesse adotado o cristianismo como nova fé, fosse aceite de novo entre a sua gente, e viceversa. As religiões daépoca eram muito mais tolerantes do que passou a ser depois dos reis Católicos....
Temos vários exemplos quer na História de Portugal como na dos outros renos peninsulares.-
Cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Estimada Airmid:
Em documentos compostelanos,já se diz que Henrique proclamou a independencia de Portugal em 1109 e que D. Teresa era chamada de Rainha pelos portuigueses. Já cá deixei a tésis de que Portugal cumpriu 900 anos de independencia em Setembro de 2009...
Por questões nacionalistas, dá-se a primasia de primeiro Rei a Afonso Henriques, porque é genuinamente português, por er nascido em território nacional. Para os nacionalistas não encaixa muito bem que a independência venha por u m borgonhês.
Há outor documentos, em que Afonso Henriques se intitula de infante, e, comosabemos,infantes são appenas os filhos de reis, não de condes.-
Cumprimentos,
Fertelde
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
portugueses e não portuigueses
ter e não er
um e não u m
outor não outros
como sabemos e não comosabemos
epenas e não appenas
fica a resalva feita
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro António Bivar,
Zaida, como inevitável, regressa pendularmente aos fora de genealogia e, aproveitando uma dessas oportunidades, fiz mais umas leituras no sentido de precisar algo mais sobre as fontes.
Como disse, crónicas árabes coevas dizem-na nora de al-Mu’talib, mulher do seu filho Fath al-Mamoun que governava Córdova em nome de seu pai - por vezes referido como rei outras como governador - e aí morreu em 1090 quando os Almorávidas, com ajuda interna, a conquistaram.
Al-Mamoun, que tinha ordens de seu pai para defender Córdova a todo o custo pois, caída esta, seguir-se-ia naturalmente Sevilha, enviou previamente Zaida para o castelo de Almodóvar del Río que previamente fortificara e abastecera.
Sabendo da morte do marido, Zaida dirigiu-se a Sevilha onde al-Mu’talib a aconselha ou a envia para a corte de Alfonso VI e teria razão para isso pois Sevilha caíu logo em 1091.
Entre al-Mutalib e Alfonso VI existia um complicado passado de alianças e conflitos e não há dúvidas de que al-Mutalib apoiou, se não decidiu, a ida de Zaida para Toledo com a oferta de alguns castelos. Sobre este último ponto o desacordo dos historiadores é total, variando o número de castelos de 2 a uns 12 alguns em localidades, no mínimo improváveis. Daí nasceu a ideia romanceada de que Zaida se tinha apaixonado à distância por Alfonso VI e os castelos constituíam o seu dote.
Será contudo mais consensual a versão de que as praças de Amasatrigo e Cuenca, a norte de Uclès, seriam uma oferta de al-Mutalib a Alfonso VI, eventualmente com a promessa de outras, para este o ajudar na difícil situação em que se encontrava face aos Almorávidas. Creio ser hoje impossível destrinçar se alguns castelos foram oferecidos a Alfonso VI se este os ocupou de “motu proprio” após a queda de Sevilha.
A maioria deste factos consta de crónicas fragmentárias dos sécs. XII-XIII encontradas na grande mesquita de al-Karwlyin em Fez. Particularmente o casamento com al-Mamoun, filho de al-Mu’Talib está no Tomo III de al-Bayan al-mugrib FiAhbar Muluk-al Andalus, do cronista andaluz Ibn Idari.
A questão é que estas crónicas só foram trazidas a lume por Évariste Lévi-Provençal (remeto para a Wikipedia). http://en.wikipedia.org/wiki/%C3%89variste_L%C3%A9vi-Proven%C3%A7al
que é ainda hoje o maior historiador da Espanha Muçulmana.
Ou seja, quando Lévi-Provençal escreveu, já as crónicas cristãs tinham séculos de divulgação e a versão de que Zaida era filha de al-Mu’Talib constava de muitas obras sérias e que foram sendo repetidas.
E nem eram tão poucas como isso. O célebre bispo Pelayo nas Crónica dos Reino de Leão, a Crónica de Najera, Lucas de Tuy em “Chronicon Mundi” e sobretudo pela divulgação que tiveram as célebres Crónicas de Rada “De Rebus Hispaniae” que terá sido concluída em ou depois de 1243. Em todas elas Zaida era filha de Abenabeth, rei de Sevilha. Abenabeth seria a “tradução” fonética de Ibn Abbad o que bem mostra a dificuldade de interpretar os textos desta época, mas não há dúvidas de que se tratava de Muhammad Ibn Abbad Al Mu’Tamid (1040–1095) 3º e último emir da taifa de Sevilha, afinal sogro de Zaida.
Há uma fonte cristã anterior o Liber Regum, escrito entre 1194 e 1209, que foi a primeira história das Espanhas escrita numa língua “romance” neste caso aragonês e que depois reescrita em castilhano ficou conhecida por Cronicón Villarense e é notável que Rada mencione ter visto o Liber Regum. Contudo aí Zaida é dada como sobrinha “d'Auenalfage”. Segundo a publicação editada por Manuel Serrano y Sanz no “Boletín de la Real Academia Española” 6 (1919), pág. 210 :
"Est rei don Alfonso priso muller la aida, qui era sobrina d'Auenalfage, e baptiz la e fo xpiana et touo en ella filio al ifant don Sancho, al que dixieron Sanch Alfons. Pues lo matoron moros en la batalla d'Ucles." (com os meus agradecimentos a Peter Stewart, da Gen-Medieval).
Menéndez Pidal identificou depois este Auenalfage com Alhayib, rei de Denia e Lérida (1091-1090), isto é al-Mundir ‘Imad al-Dawla.
Mas Babbitt Theodore na sua “Crónica de veinte reyes”, cruzando dados, declara Zaida filha de Avenhabet, rei de Córdova e Jaime de Salazar y Acha “Contribución al Estudio del Reinado de Alfonso VI de Castilla” em “Anales de la Real Academia Matritense de Heráldica y Genealogía” 2 (1992-1993) pgs. 299-343 vai muito mais longe e afirma que este Avenhabet, rei de Córdova é irmão de al-Mu’Talib, rei de Sevilha.
Zaida teria assim casado com um primo direito como consta na BD do GeneAll.
Tenho a maior admiração por Salazar y Acha, que tenho seguido num ou outro caso preferindo-o a Vaz de São Payo mas neste caso, sempre tive as maiores dúvidas e, tendo pedido pormenores, reforcei muito a minha descrença.
Salazar y Acha, tentando conciliar as informações contraditórias de que Zaida seria nora e filha de al-Mutalib, postula que filho seria usado também para descendentes da 2ª geração, isto é sobrinhos. Assim Zaida, tendo casado com al-Mamoun seria filha e nora de al-Mu’Talib. Ora Salazar y Acha não é arabista nem linguista e embora seja um experiente medievalista, isto é forçado e gratuito. Tal como admiti primeiro, parece-me uma mera tentativa de manter a linhagem, adaptando à nova informação; o erro de identificação de nora por filha é muito mais provável. (com os meus agradecimentos a Todd A. Farmerie).
Entretanto, confirmei a eventual necessidade de uma princesa de Denia se refugiar dos Almorávidas. O acima mencionado al-Dawla, rei de Denia, e que segundo a hipótese de Menéndez Pidal seria provavelmente primo direito de Zaida, em 1085 escreveu ao bispo de Barcelona solicitando-lhe o envio de clérigos e óleo santo (imprescindível para os baptisados e que só um bispo poderia santificar). Isto prova que Denia teria significativa população cristã, moçárabe, e que o líder de Denia tinha uma atitude colaborante e não só condescendente em relação a essa comunidade. Essas relações com cristãos e judeus, eram exactamente o que os Almorávidas condenavam. E fica ainda em aberto a possibilidade da mãe de Zaida, perfeitamente desconhecida, poder ter sido cristã.
A. Luciano
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro A Luciano,
Muito obrigado por mais esta lição de História. Se for verdadeira a hipótese de Zaida ser sobrinha do sogro, significaria isso que poderíamos concluir uma sua descendência de Maomé? E quanto à sua própria descendência haverá mais alguns dados quanto à hipótese de ter dado origem a uma linha conduzindo à nossa Rainha D. Beatriz, mulher de D. Afonso III, através dos Laras, supostos descendentes de uma Infanta D. Sancha, filha de Zaida? Ou, pelo contrário confirmam-se as objecções a essa versão?
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro António Bivar,
Quanto à primeira, como já aqui escrevi http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=264672
al-Mutalib não descende de Maomé por nenhuma linha conhecida.
Como sabe era vedado aos muçulmanos exercerem qualquer violência ou revoltarem-se contra qualquer descendente de Maomé que teriam assim o privilégio da legitimidade. Por isso, muitos chefes de taifas que ascenderam ao poder “manu militari” procuraram legitimar-se forjando a ascendência profética que, de facto, ninguém conseguiria negar no tempo e com os recursos disponíveis. Isto aconteceu practicamente com todos os que depois se assumiram como Califas e muitos dos que governaram sobre áreas significativas, como estes emires de Sevilha.
Infelizmente, os primeiros genealogistas - talvez melhor linhagistas - cristãos aceitaram acriticamente estas ascendências que hoje povoam toda a “web” não sendo infelizmente a GeneAll excepção.
Neste particular caso de al-Mutalib, procurei confirmar o que sabia e obtive a seguinte resposta “I have an unpublished scholarly study of this by an expert who concluded the pedigree is without foundation.”
Quanto à segunda, nunca estudei a ascendência de D. Beatriz (porque a minha descendência de D. Afonso III, provavelmente compartilhada com mais de meio Portugal, é por linha ilegítima). Mas se é a linha que está na BD do GeneAll esqueça totalmente. Gonzalo Rodríguez Girón não foi casado com uma Lara mas com uma Toroño. E essa Sancha Rodríguez de Lara, aparece filha de um conde Rodrigo Rodríguez completamente desconhecido.
Agora Zaida foi mãe de uma Sancha que casou com um conde nas Astúrias, efectivamente Lara e que teve descendência pelo que só um estudo de todas as linhas “espanholas” dos costados de D. Beatriz permitiria uma resposta.
A. Luciano
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro A. Luciano
Você escreveu:
"...Resta-me ainda comentar um pormenor. J.M.F. faz Zaida filha de al-Mu'talib por uma Gúzman, o que também me merece discordância. De duas uma: ou essa Gúzman teria um estatuto inferior de concubina ou os Almorávidas não teriam permitido o exílio de al-Mutalib e tê-lo-iam despachado sem delongas. Mas na ligação Gúzman, Zaida aparece como irmã de um Gúzman, descoberta, como já tinha dito, de Salazar y Castro no séc. XVIII e posteriormente desmontada por impossibilidade cronológica. Claro que a impossibilidade desse "irmão" Gúzman não é impeditiva de uma mãe Gúzman mas, dada a metodologia corrente de recusar coincidências sem prova corroborativa, até que conheça prova, afasto os Gúzman desta história."
Afasta os Guzmán desta história, como???
Se a própria Rainha D.Teresa é ela própria ascendente de S. Domingos de Guzmán!!!
De D. Teresa de Guzmán, Rainha de Portugal descendem Félix de Guzmán, o pai de S. Domingos de Guzmán e Sancha Perez de Trava, avó paterna de S. Domingos de Guzmán!!!
Senão veja:
1- San Domingo de Guzmán
2- Félix de Gusmán
3- Beata Juana de Aza
4- Rodrigo Munoz de Gusmán
5- Mayor Dias
6- Garcia Garcez de Aza
7- Sancha Perez de Trava
8- Munio Munoz
9- Muniadona Munoz (de Guimarães)
1-D. Teresa de Guzmán (Rainha de Portugal)
2-Afonso VI (Imperador de Espanha)
3-Ximena Moniz
4- Fernando I, o Magno (Rei de Castela)
5- Sancha, Infanta de León
6- Munio Munoz
7- Muniadona Munoz (de Guimarães)
Conclusão:
1º-Os avós maternos de D. Teresa de Guzmán, Rainha de Portugal, são os bisavós paternos de S. Domingos de Guzmán.
2º- O próprio S. Domingos de Guzmán é bisneto de D. Teresa de Gúzman, Rainha de Portugal, na medida em que ele é neto da sua filha D. Sancha Perez de Trava.
Portanto o apelido Guzmán do Santo, herdou-o ele também da Rainha de Portugal!!!
S. Domingos de Gusmão, o Santo da Casa Gusmão (Medina Sidónia) a Casa que recebeu no seu seio Cristóvão Colombo, o Homem que transportou Cristo ao Novo Mundo!!!
Agora diga-me lá se afasta os Gusmán desta história....bem já há muito que os afastavam da História de Portugal talvez por eles serem do Magreb e depois sucedem destes imprevistos que até a Duquesa de Medina e Sidónia se admirou da sua origem!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro Senhor José Maria Fereira
Apenas uma pergunta à margem da discussão, se me permite:
Como se deve interpretar a presença de vários Musas, ou Moisés, nos Séculos VIII/IX d. C. na ascendência de Dom Egas Moniz de Ribadouro.
Recordação de Damasco?
Ou Memória do Egipto?
Melhores Cumprimentos
Maria da Fonte
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro confrade
Neste caso não é preciso de teste de ADN as provas documentais são mais que evidentes. Portugal foi até 1498 uma Nação de Cristo, onde no seu seio viviam, judeus, mouros e cristãos. A partir desta data é que D. Manuel por força de uma lei inquisicional fez todos cristãos, mas mesmo assim não deixaram os portugueses que cá ficaram de lhes correr nas veias o sangue árabe ou judeu e outros. Durante a reconquista cristã o sul da Península ibérica era maioritariamente composta de árabes cristãos vindos do Iémen e da Síria (Damasco). E não se pense que com a conquista de parte desses territórios pelos monarcas portugueses eles se foram embora, pelo contrário ficaram cá sob o domínio dos monarcas portugueses mas organizados em comunas e com liberdade religiosa.
Os monarcas portugueses tal como esses árabes também eles tinham a sua ascendência em árabes cristãos do Oriente, evangelizados por São Tomé! Portanto os monarcas portugueses foram obviamente os soberanos desses árabes, por isso não é de admirar que um árabe tenha sido o aio do nosso primeiro rei de Portugal!!!
Cumprimentos
Zé Maria
Neste caso não é preciso de teste de ADN as provas documentais são mais que evidentes. Portugal foi até 1498 uma Nação de Cristo, onde no seu seio viviam, judeus, mouros e cristãos. A partir desta data é que D. Manuel por força de uma lei inquisicional fez todos cristãos, mas mesmo assim não deixaram os portugueses que cá ficaram de lhes correr nas veias o sangue árabe ou judeu e outros. Durante a reconquista cristã o sul da Península ibérica era maioritariamente composta de árabes cristãos vindos do Iémen e da Síria (Damasco). E não se pense que com a conquista de parte desses territórios pelos monarcas portugueses eles se foram embora, pelo contrário ficaram cá sob o dominio dos monarcas portugueses mas organizados em comunas e com liberdade religiosa.
Ainda em 1562 o embaixador de Portugal em Londres escreveu que havia mais de 300 anos que os portugueses tinham contacto com os Indios, Tártaros ( mongois do Gran Can) e Etiopes
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Exmo Senhor José Maria Ferreira
Renovo a minha pergunta.
Agradeço antecipadamente
Melhores Cumprimentos
Maria da fonte
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro Ze Maria..Os arabes que vinheram á conquista da Iberia nao eram cristaos,pode voçe ficar seguro,ainda que Egas Moniz nao descarto que puidesse ter algum antepassado árabe ou bereber a traves do seu antepassado Abunazar.Em calqueira dos casos,por varonía e linha recta nao era.Pois a um ascendente seu por varonia paresce que lhe chamaram ''o Gasco'',e ele mesmo era cristao.Por desgraza temos menos documentacao e probas das que desejariamos pra escrarescer a sua ascendença.
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro Breo
Nunca se poderá afirmar que os árabes que vieram do Iémen ou da Síria seriam na sua totalidade convertidos ao cristianismo, como hoje não se poderá afirmar que os Sírios e Iemenitas são todos muçulmanos. São países onde convivem ainda hoje as três principais religiões que foram beber em Abraão e Moisés. O que se pode constatar é que famílias árabes muito poderosas vindas daquela região do Médio Oriente e que perfilhavam a religião cristã se estabeleceram na Península Ibérica. E o que era a corte do Imperador Afonso VI, senão uma corte de influência e cultura árabes. O próprio filho e sucessor do Imperador Afonso VI era de ascendência árabe por parte de sua mãe e do pai, logo obviamente também o próprio Imperador descendia de árabes.
Portanto não é nada de admirar que o Aio de D. Afonso Henriques fosse ele também árabe, porque a sua mãe D. Teresa também o era, assim como o seu tio Sancho, o jovem príncipe árabe que estava escolhido para suceder ao avô de D. Afonso Henriques!!!
Evidentemente que Afonso VI perfilhava as três religiões que tiveram a sua origem em Abraão e Moisés. O Imperador Afonso VI era pela convivência pacífica entre Judeus, Cristãos e Muçulmanos. Por isso ficou conhecido na Hespanha como o Imperador das três religiões!!!
Morreu o seu filho Sancho, mas sucedeu-lhe no seu ideal, o seu neto D. Afonso Henriques que lutava por um Imperador não só para Hespanha, mas para todo o Mundo!!!
E mais tarde apareceu um Imperador saído da linhagem de D. Afonso Henriques, chamado Cristóvão Colombo, a mostrar tal como Moisés a Terra da Promissão para unir Cristãos árabes e judeus num Novo Mundo!
Passará, e dará bocado
Na terra da Promissão
Prenderá o velho Cão
Que anda mui desmandado
(Bandarra)
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Cara Maria da Fonte
Só ainda não respondi à sua mensagem porque ela me tinha passado despercebida. De facto Moisés ligou o Egipto a Canaã, província do sudoeste da Síria.
Síria, Canan a terra prometida. Canaã a província na Síria de influência egípcia!!!
Canaã era a terra de Cam ou a terra do Cão!!! Um cão simbólico não só adorado pelos egípcios como pelos guanches e mexicanos, o qual tem as suas origens na perdida Atlântica!!!
Justiça!!! Chacal era o cão justiceiro da Atlântida!!!
Os egípcios adoravam-no como Anúbis, o Deus da Morte mas também da ressurreição e do rejuvenescimento do faraó, o de um nascimento Divino por interferência dos astros. Os mexicanos desde tempos remotos também adoravam o seu Cão, ao qual davam o nome de Xolotl e é muito parecido com o seu "irmão" Anúbis, e tal como este também tinha o poder de ressurreição ligado ao Sol. No esoterismo egípcio o Deus Anúbis (Cão Chacal) representava um papel semelhante ao Deus Xolotl o mesmo sucedendo aos guanches das Canárias que se enterravam nas profundezas das cavernas acompanhados de cães e ritos funerários que tinham o Cão como animal sagrado!!! Egipto, Canárias e México estiveram ligadas há milhões de anos pelo Cão (Chacal)!!!
No século XV, fim dos tempos e início de uma Nova Era para a Justiça no Mundo, houve um descendente de D. Afonso Henriques, (que teve como Aio D. Egas Moniz) que foi às Ilhas Afortunadas para apanhar não só os ventos, mas também a fortuna (bonança) da civilização Atlante e ligar o Velho ao Novo Mundo!!!
Esse descendente de D. Afonso Henriques chamou-se D. Diogo/Cristóvão Colombo e tinha mandado pintar uma iconografia primitiva de São Cristóvão com uma cabeça de Cão ( Chacal )na charola do Convento dos templários de Tomar!!!
Esse D. Diogo/Cristóvão Colombo tal como os faraós também teve um nascimento Divino, pois nasceu segundo os astros para ser justo e Rei de Reis, e de facto ele reinou entre Reis!!!
São Cristóvão (tal como o Deus Chacal dos egípcios, guanches e mexicanos) guiará a sua Alma para no Além.(Eterno)
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro Senhor JoMsé Maria Ferreira
Isto das Tribos Nómadas do Deserto, se tornarem sedentárias e colocarem umas pedritas mais ou menos aparelhadas, como se fez em Ebla, sobre as construções Megalíticas anteriores a 12 500 anos, deu azo, à maior imbecilidade de que há memória.
Ou por outra. de que não há Memória. Já que a Memória foi mesmo o que se perdeu.
Canaã, na Síria....A Terra Prometida?!
Como se alguma vez Deus fosse prometer um Deserto de pedregulhos a alguém....E pior, fossem precisos QUARENTA ANOS, para atravessar os ditos pedregulhos....só se fosse a gatinhar...porque mesmo a andar devagar, ninguém demoraria tanto tempo, para percorrer tão pouca distância!
Desculpe, mas a Terra Prometida, nunca foi no Deserto do Médio Oriente...a não ser que Deus, fosse defensor da energia Petrolífera, o que, desculpe que lhe diga, seria Contra Natura.
O Caro Senhor, que tem para aí todas as cartas, diários e textos de Colombo, ainda não percebeu onde era a Terra Prometida?
Não acredito!
Até porque se alguém, além do Vaticano, sabia TUDO sobre o Passado, esse alguém eram os Templários, Ordem da qual, independentemente da sigla modificada, Cristóvão Colombo foi Mestre.
Ou seria Ferens? De Francisco?
Afinal Ferens está ligado aos Templários, não é?!
Melhores Cumprimentos
Maria da Fonte
A despercebida
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro Senhor José Maria Ferreira
Peço desculpa, mas troquei-lhe inadvertidamente o nome.
Cumprimentos
Maria da Fonte
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Cara Maria da MilFontes
Domingo 22 de Setiembre.
Navegó al Norueste, y á las veces á la cuarta del Norte, y á las veces á su camino, que era el Oueste y andaría hasta veinte y dos leguas: vieron una tórtola y un ALCATRAZ, y otro pajarito de rio, y otras aves blancas: las yerbas eran muchas, y hallaban cangrejos en ellas, y como la mar estuviese mansa y llana murmuraba la gente diciendo : que pues por allí no habia mar grande que nunca ventaría para volver a España; pero despues alzóse mucho la mar y sin viento, que los asombraba, por lo cual dice aquí el Almirante : ASI QUE MUY NECESSARIO ME FUE LA MAR ALTA, QUE NO PARECIÓ, SALVO EL TIEMPO DE LOS JUDÍOS CUANDO SALIERON DE EGIPTO CONTRA MOYSEN QUE LOS SACABA DE CAPTIVEIRO.
Cristóvão Colombo
De facto o Novo Mundo era para Cristóvão Colombo a terra prometida, a terra de Can ou Canaã.
Curiosamente não há acordo na tradução da Bíblia quanto à passagem do livro do Êxodo da expressão “Yam Suph” enquanto para uns foi traduzida por “Mar Vermelho” para outros foi traduzida por “Mar de juncos, algas ou sargaços”!!!
Qual o verdadeiro significado de Yam Suph???
Yam significa «mar», o segundo Suph ou Sapha, permanece um mistério. As raízes verbais sapha e suph significam, respectivamente, «consumir, destruir, perecer» ou «cessar, chegar ao fim»; contudo, na Bíblia hebraica, o substantivo suph adquire um significado botânico, sendo traduzido em português por «juncos» ou «algas». Por isso, na tradição hebraica, retomada recentemente nas novas traduções da Bíblia, a expressão «Yam Suph» é traduzida por «Mar dos Juncos ou Sargaços».
E Cristóvão Colombo, esse sim, depois de ter ressuscitado da sua necrópole, partiu dum mOESTEiro e navegou pelo Mar dos Sargaços a caminho da Terra Prometida, ou Terra da Promissão, a Atlântida perdida, a Terra do Oeste/Ocidente!!!
Atlântida (terra de Can/Canaã) a Terra Prometida!!!
"...Não encontro nem nunca encontrei um único escrito dos Latinos ou dos Gregos que de uma maneira certa, diga em que ponto desde Mundo está o Paraíso Terrestre, também o não vi em nenhum Mapa-Mundo, salvo situado com autoridade de argumento.
Alguns colocavam-nos aí onde estão as fontes do Nilo, na Etiópia, mas outros percorreram todas essas terras e não encontraram nem a temperatura nem a elevação para o Céu como pudessem admitir que estava ali (o Paraíso) e que as águas do dilúvio aí tivessem chegado e o tivessem coberto etc.
Alguns gentios pretendem demonstrar que ficava nas Ilhas Afortunadas, que são as Canárias etc. Santo Isidro, Beda, Estrábio, o Mestre da História Escolástica, Santo Ambrósio, Escoto e todos os sábios teólogos concordaram em dizer que o Paraíso Terrestre está no Oriente etc.
Agora enquanto se espera notícias destas terras que presentemente acabo de descobrir e onde tenho a certeza, na minha Alma, de que se encontra o Paraíso Terrestre."
Para si, tal como para Cristóvão Colombo que é o seu Sol, a terra prometida não estava nos predagulhos da Síria, e nem era preciso atravessar o Mar Vermelho, mas sim o Mar dos Sargaços e Deus abriu-lhe este Mar para ele chegar finalmente à Terra Prometida!!!
A Terra da Justiça!!! (do Chacal)
Saudações fraternas
Zé Maria
P.S. Desculpe de me ter enganado a escrever o seu nome com M.
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Caro Senhor José Maria Ferreira
Se os Ebreus do Ebro, não tivessem perdido a memória, e julgado que eram pastores nómadas do Deserto da Palestina, a tradução de "Yam Suph" teria sido sempre "Mar dos Sargaços", e nunca "Mar Vermelho".
Mas como a perderam, só ficou a côr castanha dos Sargaços, para dar o nome a um Mar, que nunca foi vermelho, e que a Carruagem da História, nunca atravessou, a não ser na imaginação de quem deliberadamente a deturpou.
Cristóvão Colombo sabia.
Sabia muitíssimo bem.
O regresso à América foi uma das razões porque Hugo Pais e os outros Cavaleiros, criaram o Reino de Portugal.
HUGO PAIS, e não o afrancesado Hugo de Payen.
Que Francos, nunca foi sinónimo de Franceses, mas sempre significou Livres.
Homens Livres.
Libertos da dominação do Império Romano.
Francos, ou Franciscos, ou FERENS.
Melhores cumprimentos
Maria da Fonte
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Cara Maria da Fonte
Francos, ou Franciscos, ou FERENS.
E por isso, nunca S. Francisco foi um "petit français" mas um pequeno Franco com a sua origem na Panonia (Hungria)!!!
E por isso nunca Hugo de Payan, teve a sua ascendência em Payan na França, mas sim, Payan da França teve a sua origem nos paiões da paionia ou panonia (Hungria)!!!
Os Francos de Carlos Magno que atingiram Panoyas no Campo de Ourique para venerarem S. Romão de Panonias, o Eeremita do deserto que irá aparecer mais tarde a D. Afonso Henriques!!!
E por isso Hugo Paiam tinha como timbre o pavão, igual ao do santo jónio, e sabia que em Panoyas do Campo de Ourique, iria aparecer Cristo a D. Afonso Henriques. Os Templários voltaram a sua terra de origem (origo) Panoyas para fundarem Portugal, um porto onde Colombo iria aportar para lançar as suas âncoras da Salvação!!!
E os Templários deram a Panoyas para seu brasão um Cristo franciscano apontando o Céu para Ocidente e para o Oriente!!!
Saudações fraternas
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
quanta informação ! mas não se tem prova alguma aceitável cientificamente, mas Zaida é uma ópera de Mozart,linda linda quem sabe lá tem alguma explicação:
Here is the translation from Leopold Hager's version of Zaide on the Orfeo label (C 055 832 1). While it might not be a 100% accurate translation and a little awkward at times, it will let you understand what Zaide is conveying.
Ruhe sanft, mein holdes Leben, ---------- Gently rest, my dearest love,
schlafe, bis dein Glück erwacht; -------------- sleep until your happiness awakes;
da, mein Bild will ich dir geben, ------------ here, I will give you my portrait,
schau, wie freundlich es dir lacht. ---------- see how kindly it smiles at you.
Ihr süßen Träume, wiegt ihn ein, ---------- You gentle dreams, rock him to sleep,
und lasset sienen Wunsch am Ende ------- and may the imaginings
die wollustreiechen Gegenstände ---------- of his dreams of love
zu reifer Wirklichkeit gedeihn. -------------- become at last reailty.
Ruhe sanft, mein holden Leben, etc.
Dennis Pajot
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Dennis Pajot
A realidade nasce do sonho! E pelo sonho é que vamos...
Deixo-lhe aqui a Alma portuguesa de um grande poeta, que para ser grande não foi preciso ser estrangeiro.
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a Fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
(Sebastião da Gama)
Zé Maria
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RE: Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
ecce homo
Sebastião da Gama
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, 10 de abril de 1924 — Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor português,
Sebastião da Gama licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947.
Foi professor em Lisboa, na Escola Industrial e Comercial Veiga Beirão, em Setúbal, na Escola Industrial e Comerciale em Estremoz, na Escola Industrial e Comercial local.
Colaborou nas revistas Árvore e Távola Redonda.
A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia, Serra-Mãe, de 1945), e à sua tragédia pessoal motivada pela tuberculose.
Fundador da Liga para a Protecção da Natureza em 1948.
O seu Diário, editado postumamente, em 1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.
As Juntas de Freguesia de São Lourenço e de São Simão, instituíram, com o seu nome, um Prémio Nacional de Poesia. No dia 1 de Junho de 1999, foi inaugurado em Vila Nogueira de Azeitão, o Museu Sebastião da Gama, destinado a preservar a memória e a obra do Poeta da Arrábida, como era também conhecido.
Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente.
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Ascendência árabe de Egas Moniz - O Aio
Há uns anos a atrás quando pesquisava sobre a minha família, cheguei a Egas Moniz o aio, mas fui mais além, cheguei a perceber que ascendia de árabes, ate que cheguei a Mohammed, Maomé, o Profeta! Na altura não gravei esses registos, gostava de reve-los. Mostrava que Egas Nonis era descendente de Maomé, tal como a minha família, pela contagem que fiz na altura, seria a 40° neta de Maomé.
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