Filiação da Rainha Vitória
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Filiação da Rainha Vitória
Caros,
Quem se especula seria o pai biológico da Rainha Vitória da Inglaterra?
Atentamente,
Gilson
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Confrade Gilson;
Os m/ cumprimentos;
Também eu gostaria de saber quem foi o pai Biológico da Rainha Vitória, de
Inglaterra !.
Vamos esperar.
atentamente
Ana Simões
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Caríssimos:
Esta agora é nova. Sempre foi entendido que seria Eduardo, duque de Kent, irmão imediato de Guilherme IV (1830-37) que faleceu antes deste, em 1820.
Vitória, rainha da Grã-Bretanha e Irlanda, nasceu, o pai ainda era vivo (1819). O que faz supor que Vitória seja filha adulterina? Ele casou tarde e às pressas, depois da morte da neta de Jorge III (filha única do futuro Jorge IV) que morre em 1817 das consequências de um parto mal sucedido.
As datas deixam perceber que aí não houve ingerências externas. Ela é a última hanoveriana reinante na família. Porquê a filiação adulterina, algo de novo? Parece que o Reino Unido e a família real não fazem prova dessa tese. Se ela fosse ilegítima isso seria um bom motivo para o duque de Cumberland reivindicar os seus direitos...
Abraço.
Pedro França
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Dr, Pedro França;
Os m/ cumprimentos,
Muito obrigada pela sua simpatia.
atentamente
Ana Simões
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Realmente não se compreende o que se pretende com a abertura deste tópico. Querem especular? Então podem começar à vontade porque o céu é infinito... mas não fiquem por aqui e já agora, para aqueles que são mais curiosos, o melhor é começarem pelos próprios pais! Tudo é possível neste mundo...
JMSA
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Caro Senhor;
Diz bem , " o céu é infinito ".
A ironia por vezes esconde algo !.
Melhores cumprimentos
Ana Simões
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Caros Senhores,
Longe de mim querer alimentar polémicas, mas creio que esse assunto já é debatido há muito tempo. Na origem está o facto de a rainha Victória ter transmitido o gene da hemofilia à sua descendência, sendo que ela, segundo dizem, nunca o poderia ter transmitido sendo filha do duque de Kent. Já li isso várias vezes. Lembro-me que há uns anos atrás alguns manuais escolares de Biologia, se não erro, traziam uma árvore com a descendência da rainha Vitória, abordando esse tema da hemofilia.
Cumprimentos,
Daniel Sousa
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RE: Filiação da Rainha Vitória
http://en.wikipedia.org/wiki/Haemophilia_in_European_royalty
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Confrade Daniel Sousa;
Os m/ cumprimentos;
Pela m/ parte quero agradecer a sua disponibilidade, e a sua maneira de
abordar o tema. É sempre bom aparecerem pessoas com sentido da realidade,
onde se inclui também o Confrade Dr. Pedro França.
Bem Hajam.
atentamente
Ana Simões
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Olá,Pedro
Aqui, no CBG, tinhamos um grande médico que estudava doenças hereditárias,era de Manguinhos:Leoberto de Castro Ferreira:sempre falava nisto.
O pai oficial da Rainha Vitória era velho,vivera mais de 20 anos com uma das suas muitas amantes e nunca tivera filho.A hemofilia,doença hereditária, só vai surgir na descendência da Rainha Vitória, de onde veio?
Este assunto foi sempre tratado ,aqui, entre genealogistas mais antigos,tenho 75 anos.
Não imaginei que fosse criar polemica:pensava que haveria artigos e livros sobre o assunto.
Atentamente,
Gilson
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Oi, Daniel:
Ninguém está isento de sifrer mutações genéticas ao longo da sua vida: poderemos considerar o cancro o efeito disso, devidas a factores externos ou não. Tenho colegas de biologia com quem já conversei sobre isto e, obetivamente, não se coloca o facto de Vitória ser filha de pai adulterino porquanto o gene da hemofilia seria aí transmitido por quem?
O pai de Vitória da Grã-Bretanha não morreu de consequências de natureza hemofílica mas mais de causas do foro pulmonar e galopante - frio excessivo e chuva. A mãe de Vitória, também chamada Vitória (de Saxe-Coburgo-Saalfeld), quando casa com o duque de Kent era já viúva de Emich Carlos príncipe de Leiningen (-1814) a quem deu dois filhos: o herdeiro do título, Carlos (que não foi hemofílico) e Teodora, que casou com Ernesto, príncipe de Hohenlohe-Langenburg e não contraiu nem transmitiu o malfadado gene.
Ora, quando Vitória constitui de facto um problema nesta herança genética (de que ela será o ponto de partida), foi ao ter o seu já 8º filho - Leopoldo (com hemofilia do tipo B). Nas mulheres, filhas de Vitória (estas foram 5 contra 4 homens), apenas o 3º (Alice) e o 9º filho e último (Beatriz) na odem de nascimento foram portadores.
Acrescento ainda este texto autorizado:
"A presença da doença nos descentes da rainha, mas não nos seus antepassado, levou a especulações nos dias de hoje, afirmando que o verdadeiro pai de Vitória não era o duque de Kent, mas sim um hemofílico. Não existe nenhuma prova documentada sobre a presença de hemofílicos na família da mãe de Vitória e como os homens apenas sofrem a doença, mas não a podem transmitir, essa teoria foi desvalorizada. É mais provável que tenha havido uma mutação espontânea, visto que o pai de Vitória era já "bastante velho" quando a concebeu (51 anos) e a hemofilia aparece mais frequentemente em crianças nascidas de pais mais velhos. Cerca de 30% dos casos de hemofilia aparecem por mutações espontâneas."
Parece que a última tese será a mais apropriada. O nosso rei D. Dinis quando nasce já D. Afonso III tinha 50 anos e depois deste teve ainda mais 5 filhos e não consta que tivessem tido períodos hemoirrágicos ou perdas de sangue sem forte razão aparente).
Abraço,
Pedro França
P.S.: a expressão "bastante velho" vem aspada por mim; não posso considerar que uma pessoa de 50/51 anos seja bastante velha . Deus! Eu tenho 57 e não me considero tal. O que seria então um Duque de Lafões - D. João Carlos de Bragança - a ter filhos aos 70 e...?
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Caro Pedro,
Sou totalmente leigo na matéria, mas creio que tem toda a razão. O que eu pretendia dizer é que esta questão da filiação da rainha Vitória não é recente e tem origem na herança genética da rainha.
Eu também não considero velhas, muito menos "bastante velhas", as pessoas com 50 anos (nem com 60, aliás). E a meu ver essa expressão faz ainda menos sentido hoje em dia, numa época em que a esperança média de vida é bastante elevada e as pessoas mantêm uma vida activa e participativa até tarde. Além disso, a idade não é algo meramente físico. Há imensa gente "jovem" (de espírito) que já ultrapassou os 80 anos!
O meu trisavô teve filhos depois dos 70 anos (nascidos de um segundo matrimónio, obviamente)!
Um abraço,
Daniel
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RE: Filiação da Rainha Vitória
Oi, Gilson:
Tudo bem consigo?
Pois é, parece que este assunto ainda está "quente". Das amantes de Eduardo de Kent, não sei quantas foram nem se eram mulheres férteis. Eventualmente até podiam ter sido. Mas, as combinações químicas entre homem e mulher numa época em que não havia tratamento científico para a esterilidade estavam sujeitas à lei das probabilidades e estas eram bem mais reduzidas que agora. De toda a maneira, se adultério houve entre a mãe de Vitória e outro (?), esse é segredo que ela levou para a cova e nunca do qual ninguém suspeitou, nem a própria filha. E mais uma vez digo que tal teria sido forte motivo para o tio de Vitória - Ernesto Augusto, duque de Cumberland (ambicioso que nem ele) - reclamar os seus direitos sobre o Reino Unido e não apenas sobre o Hanôver. Por outro lado, também não era, por assim por dizer, pressa de sacramento, no entanto, é facto que a geração de Jorge III tinha uma tendência exasperantemente generalizada para o casamento tardio, e, no caso das filhas, ou eram mantidas no celibato, ou casavam quase ou já quarentonas, idade essa nada favorável para quem quer ter filhos pela primeira vez...
Abraço.
Pedro França
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