Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
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Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Caros confrades.
Bom dia. Gostaria de saber se algum dos amigos, que frequente a Torre do Tombo, possa efetuar a consulta de duas habilitações para a Ordem de Cristo dos seguintes indivíduos:
1) Pedro Frazão de Brito
2) Tomé Guerreiro Camacho de Aboim
Consultando a Torre do Tombo, fui informado que os dois processos acima existem, e os mesmos podem ser encontrados com a referência indicada abaixo. Como são 345 maços, os mesmos foram separados pelo nome do habilitando, de forma que a localização será mais fácil.
Preciso saber os nomes dos pais e avós do habilitando e, se estes forem casados, seus cônjuges e seus respectivos pais e avós. Já esgotei minhas pesquisas nos paroquiais.
Caso os amigos não possam fazer esta pesquisa, se podem me indicar algum pesquisador que vocês conheçam o trabalho, visto que moro no Brasil e deslocar-me até Portugal não é possível.
Grato por toda a ajuda.
Luiz Gustavo de Sillos
"Habilitações para a Ordem de Cristo
Nível de descrição
Série
Código de referência
PT/TT/MCO/A-C/002
Datas de produção
1564 a 1833
Dimensão e suporte
345 maços.
Sistema de organização
Organização alfabética pelo nome próprio do habilitando, que inclui títulos como duque, visconde, principal.
Instrumentos de pesquisa
Índice antroponímico (C 661 a 729)."
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa tarde, Luiz Sillos,
Encontrei este seu post sobre Tomé Guerreiro Camacho de Aboim, que é meu antepassado.
Para além de algumas das referências que se podem encontrar na TT online tenho o seu registo de casamento que lhe poderei facultar.
Quanto à Habilitação, vou utilizar a sua referência e tentar consultar directamente.
maria teresa queiroga
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa noite, Maria Teresa,
Sou descendente de Apolônia Martins, batizada em 1.657 na Matriz da vila de Almodôvar (Santo Ildefonso), filha de Marcos Afonso e de sua mulher Bárbara Guerreiro, portanto, Apolônia era irmã de Tomé Guerreiro, mas não saberia te dizer de onde vem o apelido Martins.
O filho de Apolônia (do qual descendo), chamava-se Afonso Martins Camacho de Aboim, ora, Guerreiro Camacho de Aboim. Teria muito interesse no casamento de Tomé Guerreiro. Ficaria muito feliz se descobrisse os nomes dos avós de Apolônia e Tomé. Parece-me que tanto o pai quanto sua mãe era Guerreiro Camacho de Aboim.
Muitos cumprimentos.
Luiz Gustavo
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa Tarde, Luiz Gustavo,
Acho que tenho boas notícias para si.
Nas pesquisas que fiz sobre Tomé Guerreiro Camacho e Aboim, descobri que era médico, formado em Coimbra, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real. Na TT online, está disponível para consulta, com o código PT/TT/MSLIV/2327/00025, o documento "Exposição da Doença de Sua Majestade ...". Nele, Tomé faz uma descrição dos sintomas da doença que afectou D. João V, apresenta um diagnóstico, preescreve tratamentos e medicação e vai criticando o Colégio Físico Olissiponense. Assina, "O Físico Mor do Reino de Angola, Dr. Tomé Guerreiro Camacho de Aboim"
É em Angola que o vamos encontrar com um outro documento da TT online, PT/TT/TSO-IL/027/0156, "Representação de Tomé Guerreiro Camacho e Aboim, Físico Mor do Reino de Angola". Tomé, que parecia não ter muito jeito para fazer amigos, caiu nas más graças do Governador de Angola e do Bispo da Diocese. Sofreu várias acusações, foi perseguido, desapossado dos seus bens e degredado para o Brasil.
Do que aconteceu a Tomé e como se desenvolveu este precesso ainda tenho que descobrir.
Para trás, disponho de algumas informações. O assento de casamento de Tomé diz:
queiroga_8.22_CC_Tomé Guerreiro Camacho e Aboim com Teodora Maria da Assunção
eTombo - Livro de Assento de Baptismos da Encarnação, Lisboa, 1694 – 1708, tif 300
"Aos vinte e nove do mês de Junho de mil setecentos e sete, com escusa (?) de fiança aos banhos, nesta igreja da freguesia do Alecrim, em minha presença se receberam por marido e mulher, com palavras de presente, Tomé Guerreiro Camacho e Aboim, filho de Marcos Afonso e de Bárbara Guerreira, natural do termo da vila de Almodôvar, baptizado na freguesia de Santo Ildefonso da mesma vila, Arcebispado de Évora, e morador na freguesia de São Cristóvão, com Teodora Maria da Assunção, filha de José de Brito Rebelo e de D. Joana Martins de Espinosa, baptizada na freguesia de São Julião desta cidade e moradora na dita freguesia do Alecrim; foram testemunhas o Dr. (?) Inácio Ferreira e João de Sousa Brito e outras muitas, era dia ut supra."
Nunca consegui encontrar o assento de baptismo de Tomé. No Arquivo Distrital de Beja (ADB), paroquiais, Almodôvar, Almodôvar, baptismos, estão em falta os livros de assento de baptismos de 1594 a 1656. No livro seguinte, 1656 a 1677, encontrei o seguinte assento:
Queiroga_8.21_XB_ Pedro (irmão de Tomé?) fº de Marcos Afonso e Maria Guerreira
ADB - Livro de Assento de Baptismos de Santo Ildefonso – Almodovar – Beja 1656 – 1677, tiff 009
"…dias do mês de Fevereiro do ano de mil seiscentos e cinquenta e sete, baptizou o Padre António Dias ___ prior nesta Matriz de Santo Ildefonso, a Pedro, filho de Marcos Afonso e de Bárbara Guerreira; foram padrinhos Bartolomeu ____ e Maria Mestre."
Também não tive sorte com os pais de Tomé. Os livros de assento de casamentos que possívelmente terão o registo de casamento, de 1589 a 1657, estão também em falta no ADB.
No site da Biblioteca Genealógica de Lisboa, encontrei uma referência a Tomé, que transcrevo:
Tomé Guerreiro Camacho de Aboim
Habilitações nas Ordens Militares - Tomo II - Ordem de Cristo Tomo II pág. 17
Esta, no entanto, diz respeito ao seu filho, meu antepassado, Gregório. Transcrevo o texto que encontrei no dito livro:
"Gregório Rebelo Guerreiro Camacho, baptizado na freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa, a 25.01.1713, Capitão, filho do Dr. Tomé Guerreiro Camacho de Aboim, natural de Almodôvar, e de sua mulher D. Teodora Maria da Assunção, baptizada na freguesia de São Julião, Lisboa, em 1676; neto paterno de Marcos Afonso Guerreiro e de sua mulher D. Bárbara Guerreiro, naturais de Almodôvar; neto materno de José de Brito Rebelo, natural da freguesia dos Anjos, Lisboa, e de sua mulher D. Joana Pimenta, baptizada na freguesia de Santa Justa, Lisboa, em 1650. Em 15.05.1753 (m.1, nº10)."
O registo de casamento de Gregório diz:
queiroga_7.18_CC_ Gregório Rebelo Guerreiro Machado com Maria Teresa de Jesus
eTombo - Livro de Assento de Casamentos Sacramento, Lisboa 1725 – 1748, tif 090
"Aos treze dias do mês de Maio de mil setecentos e trinta e seis anos, nesta igreja da freguesia do Stmº Sacramento, de expressa licença do Revº Pároco, estendo eu presente, o padre António P_____ _____ da mesma igreja, se receberam por palavras de presente por marido e mulher, como manda a Santa Madre Igreja de Roma, na forma do Sagrado Concílio Tridentino, Gregório Rebelo Guerreiro Camacho, solteiro, natural e baptizado na Sé de Lisboa ___, filho legítimo do Dr. Tomé Guerriro Camacho Aboim e de D. Teodora Maria da Assunção, moradores na freguesia de Sª Catarina, com Maria Teresa de Jesus, solteira, natural do Lugar dos Casais, baptizada na freguesia de Nª Sª da Assumpção da Vila de Alenquer, filha de Tomás da Silva e de Brazia Maria ___, moradora nesta freguesia, e por mandato do Mtº Revº Juiz Provedor dos Casamentos ___ não fazem impedimento aos banhos do seu m____, tendo todos os __ correntes, sem impedimento se receberam ____ de sua livres vontades, sendo testemunhas Manoel António Teles, morador na Rua Larga de São Roque, freguesia de Nª Sª da Encarnação, e Gaspar S_____ de Macedo, morador na casa do Marquês de Valença, freguesia de Nª Sª da Encarnação, e outras muitas, e por verdade fiz e assinei."
E o de baptismo:
queiroga_7.17_BB_Gregório fº de Tomé Guerreiro Camacho e Aboim e Teodora
eTombo - Livro de Assento de Baptismos da Sé, Lisboa, 1707 – 1719, TT filme 1244, Item 4, página 83
"Em vinte e cinco de Janeiro de mil setecentos e treze anos, baptizou nesta Santa Sé, com minha licença, o Doutor António Francisco Galvão, sacerdote do hábito de São Pedro, a Gregório, filho do Doutor Tomé Guerreiro Camacho e Aboim, natural da vila de Almodôvar, baptizado na freguesia de Santo Ildefonso, arcebispado de Évora, e de sua mulher, Dona Teodora Maria da Assunção, natural desta cidade, baptizada na freguesia de São Julião; foram padrinhos D. Rodrigo, filho 2º do Duque de Cadaval, e Dona Clara Maria Bernardes, padrinhos."
Restam as Habilitações às Ordens Militares, de Gregório, se recuar mais do que a geração de seus avós, e a de Tomé.
No entanto, no tal documento da TT online, PT/TT/TSO-IL/027/0156, "Representação de Tomé Guerreiro Camacho e Aboim, Físico Mor do Reino de Angola" temos mais informação, que poderá mesmo ser equivalente à que constar na HOM:
"Se necessário parecer para averiguação da pureza do seu sangue, declara o suplicante ser filho legítimo de Marcos Afonso e de sua mulher Bárbara Guerreira Camacha, neto por parte paterna de Bartolomeu Afonso e de sua mulher Apolónia Martins, e pela materna de Manoel Vaz Guerreiro e de sua mulher Maria Guerreira. O suplicante baptizado na Matriz de Santo Ildefonso e os avós paternos na freguesia de Santa Ana, onde foram moradores e faleceram, e os avós maternos na freguesia da Senhora do Rosário, onde foram moradores e faleceram, e todas as ditas freguesias são na vila e termo de Almodôvar, comarca de Campo de Ourique; e o suplicante se acha habilitado na Mesa da Consciência, assim por ser médico de partido na Universidade de Coimbra, como para tomar o Hábito de Cristo, e suposto tivesse um filho natural chamado Jerónimo Coelho de Brito, este de presente se acha falecido, como consta na certidão junta a pag. 9, e este foi baptizado na freguesia de Santa Bárbara, termo de Sadmens da jurisdição da vila de Almodôvar, e o houve o suplicante de Margarida Coelha de Brito, solteira, da freguesia de Nª Sª do Rosário, termo de Almodôvar, a qual era filha de Domingos Coelho de Brito e de Joana Louça, da dita freguesia."
O nome da sua antepassada Apolónia vem, portanto, da avó paterna, um hábito bastante comum. Não consegui ainda seguir estes ramos dos antepassados de Tomé - e Apolónia - em parte pela falta dos tais livros de registo de baptismo e casamento.
Neste documento diz ainda:
"No que não há, nem pode haver implicância, segundo a doutrina …………………….. pelos Digníssimos Inquizidores em Évora, sendo irmão, e também primo, do Sup. D. Manoel Guerreiro Camacho, em Coimbra de João Duarte Ribeiro, e nesta Corte de Pedro Hasse de Belém."
A pesquisa que tenho feito é pessoal e amadora e com pouca disponibilidade de tempo. Prometo, no entanto, passar-lhe as informações que encontrar sobre os antepassados destes dois irmãos em pesquisa presencial na TT ou outras que conseguir.
Espero ter ajudado e disponibilizo qualquer informação que tenha e lhe possa ser útil.
Com os meus cumprimentos
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Caros LUís e Teresa,
Tenho os ascendentes de José de Brito Rebelo e de D.Joana Martins de Espinosa:, que deixo aqui caso lhe interesse
José de Brito Rebelo, capitão, teve alvará de oficio de Porteiro do Conselho de Guerra em 10 de Junho de 1683, filho de António Teixeira Rebelo e de D.Felícia de Brito.
D.Joana filha de Nicolau Pinto de Almeida, que teve carta da propriedade de ofício de escrivão das obras da Fortaleza da Bahia desta cidade em 28 de Janeiro de 1675 e de D.angela Martins de Espinosa. Nicolau Pinto de Almeida era filho de António Pinto de Almeida
O José de Brito rebelo teve outra filha D.Leoniza ou Leonisia Maria Nazaré de Espinosa, natural da freguesia da Encarnação, Lisboa, que casou na freguesia da Encarnação em Lisboa em Novembro de 1708 com Carlos Manuel Pimentel Coelho Cav Fidalgo e Almoxarife das três Casas de Lisboa, filho de Diogo Caldeira de abreu e de D.Maria Da Silva Pimentel.
Tiveram entre outras
António Félix Pimentel Coelho que teve carta de armas em 8 de Novembro de 1759 de caldeiras, pimenteis, coelhos e rebelos
Cumprimentos
António Perestrelo
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Maria Teresa, boa noite.
Muitíssimo obrigado por estas informações e parabéns pela sua valiosíssima descoberta. Este batismo que você diz ser de Pedro, na verdade, é de Apolónia. No assento está PELO... filha de Marcos Afonso e Bárbara Guerreiro. É que Apolónia, em alguns registros, figura como Pelonia.
Tomé foi batizado em 29 de dezembro de 1669, sendo padrinhos Ana Vaz e Antonio Dias.
Muitos cumprimentos,
Luiz Gustavo
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Bom dia, António
Muito obrigada pelas suas informações. Como pode ver na minha mensagem anterior, tinha a informação das freguesias de origem de José e Joana mas nunca consegui encontrar registos - o José, de Anjos, não consegui localizar, e a Joana, de Stª Justa, não existem livros para estas datas.
Este ramo da minha família, Queiroga, tem origem, pelo menos o nome, em Viseu. A árvore tem raízes, sobretudo, em Lisboa e nos distritos de Braga, Portalegre e Beja, com uma passagem pela Índia.
Se puder fornecer alguma informação que lhe seja útil terei todo o gosto.
Obrigada
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Bom dia, Luiz Gustavo,
Agradeco-lhe imenso a informação sobre o registo de baptismo de Tomé. Também já corrigi a informação sobre Apolónia - parabéns pela capacidade de decifrar estes registos que são, por vezes, muito crípticos.
Espero conseguir algumas novidades sobre estes irmãos e os seus ascendentes.
Mais uma vez, obrigada
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa tarde, Maria Teresa,
Após suas valiosíssimas informações, cheguei a pesquisar a freguesia de Santana da Serra, berço de Marcos Afonso. Como os paroquiais começam em 1673, não tendo achado nada, acredito que Bartolomeu Afonso e Apolônia Martins, avós de Tomé Guerreiro, já fossem falecidos.
Por sua vez, pesquisando Rosário, Almodôvar, apesar dos paroquiais começarem em 1680, o padre lá pela altura da página 22, transcreveu algum assentos que se iniciam em 1634, onde pude apurar sobre os avós maternos de Tomé, que:
Manuel Vaz (figura sem Guerreiro), era morador em Tabueira. E teve, além de Bárbara Guerreiro Camacho, Luís Vaz, batizado em 1634, e que foi casado duas vezes. A primeira, não consegui descobrir. A segunda, com Leonor da Silva.
Pelo que tudo indica, Marcos Afonso, viveu em Rosário, após batizar seus filhos em S. Idelfonso (Tomé foi o último), transferiu-se para o Rosário, onde viveu em Tabueira e Pardieiro Ruivo, e, muito provavelmente, já estava casado com Romana Lourenço, por 1672.
Para esclarecermos estas questões acerca da ascendência de Tomé Guerreiro, chamou minha atenção estes parentescos que você indicou (caso não tenha entendido errado):
"No que não há, nem pode haver implicância, segundo a doutrina …………………….. pelos Digníssimos Inquizidores em Évora, sendo irmão, e também primo, do Sup. D. Manoel Guerreiro Camacho, em Coimbra de João Duarte Ribeiro, e nesta Corte de Pedro Hasse de Belém."
Ele era irmão de Manuel Guerreiro Camacho ou primo? Qual era o cargo de Manuel?
Ele era primo de João Duarte Ribeiro?
Ele era primo de Pedro Hasse de Belém?
Parece-me que todos tiveram diligências para tornarem-se familiares do Santo Ofício. Pode ser que fossem primos pelos avós, e por existir registros, conseguiremos a partir destes dados, chegar na geração dos bisavós de Tomé Guerreiro.
Caso você desejar, peça meu e-mail para o Moderador do Fórum, assim poderei enviar-lhe cópia de alguns docs que tenho, inclusive do batismo de Tomé.
Muitos cumprimentos.
Luiz Gustavo
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Bom dia, Luiz Gustavo
As referências de parentesco que aparecem neste trecho do processo de Tomé são, de facto, confusas. Da transcrição que fiz está em falta uma série de referências legais. Se tiver disponibilidade, por favor consulte em http://digitarq.dgarq.gov.pt/, PT/TT/TSO-IL/027/0156. Trata-se de um grande conjunto de documentos mas o processo de Tomé começa no tif 615. As referências a parentescos começam no fim do tif 629 e vão até ao 633.
Vou então pedir o seu contacto para o Moderador. Se quiser aguardar, poderei mandar-lhe os ficheiros do processo de Tomé de que fiz download, ou quaisquer outros que ache úteis.
Estou, entretanto, a procurar referências a estes três indivíduos, nomeadamente no TT online.
A consulta destes processos poderá, como sugeriu, esclarecer algumas dúvidas.
Até breve
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa noite, Maria Teresa.
Graças as suas orientações, consegui baixar o processo de Tomé. Talvez Pedro Hasse e João Duarte sejam parentes de Tomé através da mulher, e não pelos Guerreiros.
Até breve.
Luiz Gustavo
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Bom dia Luiz Gustavo,
Como provavelmente já sabe, em pesquisa na TT online podemos encontrar vários Manuel Guerreiro - Camacho, Camacho Fóios e Camacho Aboim - com datas que variam entre o reinado de Afonso VI (1656 a 1683) e 1731. De Manuel Guerreiro Camacho e Manuel Guerreiro Camacho e Aboim, assim como de João Duarte Ribeiro, existem diligências que irei consultar.
De Pedro não parece existir diligência e há referência a quatro indivíduos filhos de Pedro Hasse de Belém e um Pedro Hasse de Belém filho de André Hasse.
Entretanto, em Google Books, encontrei:
"Pedro Hasse de Belém foi filho de Pedro Hasse e de D. Gracia de Belém. Nasceu em Lisboa no ano de 1648. Doutorou-se em Coimbra na Faculdade de Canones. Foi Inquisidor de Évora e de Lisboa e Deputado do Conselho Geral do Santo Ofício, de que tomou posse a 9 de Janeiro de 1700. Foi cónego da Catedral de Lisboa, e faleceu a 11 de Julho de 1717. Compôs: 'Pareceres Práticos em Matérias Civis e Criminais'".
"Comissários Gerais da Junta da Bula da Santa Cruzada: D. Francisco Sousa, em 1712. Pedro Hasse de Belém em 1716. João Duarte Ribeiro, em 1717 noemado Arcebispo da Baía e Bispo de Portalegre".
"Morte do Comissário Geral da Bula da Santa Cruzada D. Francisco de Sousa, e do seu sucessor Pedro Hasse de Belém, seguindo-se em seu lugar o Doutor João Duarte Ribeiro."
Também na TTonline existe uma referência em que os nomes de Pedro e João surgem juntos.
Quanto às referências a estes nomes no processo de Tomé, será possível que Pedro e João sejam referidos como irmãos na Ordem de Cristo, pessoas de alguma eminência, que Tomé apresenta como amigos pessoais, de Coimbra, onde estudou, e de Lisboa, onde serviu? E o primo, de facto, Manuel Guerreiro Camacho?
Até breve
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Teresa, de fato, não tinha pensado nisso, e, que, acho fazer muito sentido.
Creio que, ao consultar a diligência de João Duarte e excluirmos qualquer possibilidade de parentesco com Tomé, ficará muito mais consistente esse ponto que você levantou.
Não encontrei entre os irmãos de Tomé qualquer Manuel. Temos Bartolomeu, Apolonia, Domingas, João, Maria e Antônio - Manuel deve ser o primo.
Até breve.
Luiz
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Luiz,
Não sei se conhece uma extensa troca de informações sobre a família Guerreiro que se encontra no fórum:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=270787&fview=e
Alguns nomes são familiares e, lá para o fim, aparece este post:
"RE: Lápide de família ( ? ) 09-09-2004, 14:30
Autor: rafael
Pedido de tradução
Um parente meu enviou-me há algum tempo fotocópia de uma lápide com inscrições latinas dos salmos 36, v. 25 e 36, v. 39 que continua com a transcrição que aqui vos deixo.
Agradeço em meu nome pessoal e de parentes a respectiva tradução e o siggnificado do - B
A lápide estava na posse de um descendente da família -Guerreiro - e encontada ( ? )numa herdade desta família, situada na freg. de Santana da Serra, concelho e comarca de Ourique.
..............NULLUS NALLAVE EX INFECTIS ET PEDESTRIS FAMILIIS IN HAC DOMO INGREDIANT B SEMPER VOCENTUR GERREIROS B EX INSTIT MAIORAT
Agradeço muito que me fosse traduzida a presente inscrição, porque é do meu interesse pessoal e familiar, contribuindo também para informação de parentes que se dedicam ao estudo desta família.
Rafael Carvalho"
Falam também de uma quinta dos Guerreiros, em S. Sebastião de Gomes Aires, Almodovar, de onde viria Diogo Guerreiro Camacho de Aboim, nascido em 1663. Este, segundo o fórum, seria irmão do Inquisidor Manuel Guerreiro Camacho. São dados como seus pais Diogo Guerreiro Camacho e Mónica Guerreiro, avós paternos Manuel Guerreiro de Aboim e Maria Guerreiro, avós maternos André Guerreiro Camacho de Aboim e Maria Filipa da Silva.
A informação que temos da mãe de Tomé e Apolónia - Bárbara - é de que é filha de Manuel Vaz Guerreiro e Maria Guerreira. Talvez sejam os mesmos, talvez haja relação nenhuma.
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Teresa, boa noite.
Conheço sim este estudo. Temos 3 possíveis linhas Guerreiro. Marcos Afonso, pai de Tomé, figura como Marcos Afonso Guerreiro. Manuel Vaz (avô materno de Tomé), figura como Manuel Vaz Guerreiro, e, por fim, Maria Guerreiro (avó materna de Tomé), também.
Em minha opinião, não há dúvida que D. Manuel Guerreiro Camacho de Aboim, referido como irmão, e também primo, é o filho de Diogo Guerreiro Camacho e Mônica Guerreiro, porém, como existem diligências (vide abaixo), de três Manuéis, é melhor termos certeza:
1 PT-TT-TSO/CG/A/8/1/19590 Documento Composto Diligência de habilitação de Manuel Guerreiro Camacho e Aboim
2 PT-TT-TSO/CG/A/8/1/19591 Documento Composto Diligência de habilitação de Manuel Guerreiro Camacho e Aboim
3 PT-TT-TSO/CG/A/8/1/19592 Documento Composto Diligência de habilitação de Manuel Guerreiro Camacho de Foios Aboim
Manuel Guerreiro Camacho e s.m. Maria Guerreiro, pais de Diogo, não são os mesmos Manuel Vaz Guerreiro e Maria Guerreiro. Talvez a ligação seja pela Mônica Guerreiro, mulher de Diogo.
Há um outro aspecto também. "Primo" pode ser em um grau mais distante, como avós irmãos ou bisavós.
Luiz
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Bom dia Luiz,
Vou tentar ir amanhã à Torre do Tombo e levarei estas e outras referências para consultar.
Depois dou notícias.
Até breve
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Prezada Teresa,
Em sua ida à Torre do Tombo, poderia anotar para mim os dados principais da Leitura de Bacharéis de João Correia Mazagão, de 1687 (maço 12, número 25)? Agradeço qualquer ajuda para identificar este personagem. Creio ser o mesmo João Correia Mazagão com habilitação para a Ordem de Cristo em 1676 (maço 89, número 40).
Atenciosamente,
Fabrício Gerin
Brasil
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa tarde Fabrício,
Infelizmente não poderei consultar o seu processo amanhã. Aos sábados, a consulta de documentos na TT tem que ser feita com reserva até às 15:30 do dia anterior e para um máximo de 2 documentos. Já telefonei para lá. Por favor deixaram-me requisitar 5 documentos, porque alguns deles parecem ser cotas repetidas do mesmo processo. Não creio que me deixem consultar mais um.
De qualquer forma, fico com as referências que deixou e, numa próxima oportunidade, consulto e passo-lhe a informação.
com os meus cumprimentos
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Prezada Teresa,
Muitíssimo obrigado. Sem problemas - quando puder consultar os dados para mim, será de grande ajuda.
Atenciosamente,
Fabrício
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa noite, Luiz
Trago-lhe notícias da Torre do Tombo.
Porque a consulta da diligência de Tomé me parece mais difícil de conseguir comecei pelos Manuéis.
Como os nomes se repetem, permitiram-me consultar cinco documentos, embora ao sábado o máximo, e requesitado com antecedência, seja dois.
Para além das Diligências dos três Manuéis que referiu, consultei também as de dois Manuel Guerreiro Camacho.
Um destes últimos é D. Manoel Guerreiro Camacho, o único assim designado, e que será o primo de Tomé.
Passo a transcrever alguns trechos:
Tribunal do Santo Ofício – Conselho Geral – maço 205, doc. 1171
Manuel Guerreiro Camacho (b: 1645)
Doc 1:
Os Inquisidores de Évora mandam fazer diligência ao suplicante
12 de Novembro de 1683
"D. Manuel Gomes Camacho, Deão do Algarve e filho legítimo de Diogo Guerreiro Camacho e de Mónica Guerreira. Neto pela parte do pai de Manuel Guerreiro Boim e de Maria Guerreira. Pela parte de sua mãe é neto de André Guerreiro Camacho e de Maria Filipa. Todos naturais das vilas de Almodôvar e Ourique.
Deão e irmão inteiro de André Guerreiro Camacho, Familiar do Santo Ofício no tempo de ___ em a cidade de Évora, estudou latim, ___ e teologia no Colégio Real da Purificação. Sendo colegial em Coimbra, estudou na Faculdade dos Sagrados Canones, e em a cidade de Faro tem residência. Destas partes se pode tomar a informação de seu procedimento e suficiência das letras. Foi Governador (?) deste Bispado, foi Visitador da Comarca de Tavira e vilas de Alcoutim, Castro Marim e Casela. Conservador dos Registos (?) de Stº Agostinho. Serviu de capelão e confessor de Sua Majestade na viagem à Ilha Terceira. Foi aprovado para confessar e pregar na Relação de Évora, a mesma aprovação teve no Arcebispado de Lisboa e neste Bispado de Algarve. Tem 38 anos de idade. No mesmo Bispado serviu de Vigário Geral, o procedimento constará das informações. Também tomou o grau de Lustre e Doutor em Teologia na Sé de Roma, não por privilégio, mas fazendo dois anos “in forma escolastica procurator vagas ad suficienciam apostado” e em público ___ que lhe foi dado pelo Mestre do Salvo (?) Palácio Hiacinto Labello no pontificado de Clemente 9º ___ privilégio de Sforcia, como costumam tomar os que não professam ciência, e nesta forma tomam o grau em Roma os que estudam. Custou-lhe com propinas, a Carta Doutoral, 60 escudos de ___. Tudo mostrará por certidões e suas cartas."
Doc 3:
"Meu Senhor: Mil vezes beija a mão a Vª Illª pelas repetidas honras e mercês que Vª Illª lhe fez. De todas me julgo merecedor na grandeza da pessoa de Vª Illª e no meu afecto.
Tive notícia que Vª Illª, por assim ser necessário, fez provimento de dois lugares, um de Évora em o Dr. João Carneiro de Morais, outro nesta Corte em o Dr. João Duarte Ribeiro, meu contemporâneo. Servem perfeitissimamente porque tenho deles perfeitíssima conta de seus procedimentos e letras. Este provimento dá lugar a lembrar a Vª Illª a minha pretensão _____"
Ass:
D. Manuel Guerreiro Camacho
Doc 4:
"Pretende servir o Santo Ofício.
D. Manuel Guerreiro Camacho, Deão da Sé do Algarve, filho de Diogo Guerreiro Camacho e de Mónica Guerreira, naturais das vilas de Almodôvar e Ourique, e irmão do Familiar André Guerreiro Camacho.
(Certidão)
Santo Ofício de Coimbra 13 de Março de 1684"
O segundo Manuel Guerreiro Camacho
Tribunal do Santo Ofício – Conselho Geral – maço 93, doc. 1742
Manuel Guerreiro Camacho (b: ----)
Doc 1:
Évora
Diligência de Habilitação do Capitão Manuel Guerreiro Camacho, natural da freguesia de São Miguel do Pinheiro, termo da vila de Mértola, e morador no termo da vila de Castro Verde, casado com Isabel Varela.
Agosto 1727
Doc 2:
Pretende ser Familiar do Santo Ofício
Doc 3:
(Manuel Guerreiro Camacho, filho de Manuel Luiz Tavares e Bárbara de Brito, neto paterno do Capitão Manuel Luiz Redondo e Maria Lourenço, e materno de Afonso Gomes Brito e Joana Guerreiro de Brito)
O primeiro MGC e Aboim
Tribunal do Santo Ofício – Conselho Geral – maço 39, doc. 846
Manuel Guerreiro Camacho e Aboim (b: ----)
Doc 1:
Diligência de filiação de Manuel Guerreiro Camacho e Aboim, solteiro, filho de André Guerreiro Camacho e Aboim, que foi Familiar do Santo Ofício.
16 de Junho de 1691
Doc 2:
Diz Manuel Guerreiro Camacho e Aboim, solteiro, filho legítimo de André Guerreiro Camacho e Aboim e de Maria Afonso Faleira, natural e morador na freguesia de Santa Ana da vila de Ourique, que deseja servir no Santo Ofício no cargo de Familiar, em o qual não há nenhum depois da morte do dito seu pai, e porque está habilitado pelo Santo Ofício nas diligências que se fizeram a seus pais para o dito cargo, e tem os mais requisitos.
O segundo MGC e Aboim
Tribunal do Santo Ofício – Conselho Geral – maço 56, doc. 1191
Manuel Guerreiro Camacho de Aboim (b: ----)
Doc 1:
Diligência de Manuel Guerreiro Camacho de Aboim, da vila de Padrões, casado com D. Bárbara Mestra Faleira.
22 de Novembro de 1703
Doc 3:
Diz Manuel Guerreiro Camacho de Aboim, natural da vila de Padrões, Arcebispado de Évora, filho legítimo do Capitão Mor Filipe Rodrigues Camacho, Familiar do Santo Ofício, já defunto, e de sua mulher, Dona Bárbara Guerreira Camacha, irmã inteira de D. Manuel Guerreiro, Deão do Algarve, presidente do Congresso (?) de Évora, e do Dr. Diogo Guerreiro Camacho, Familiar do Santo Ofício, e do Capitão Mor da ___ André Guerreiro Camacho, Familiar que foi do Santo Ofício, e porque deseja servir o Santo Ofício na ocupação de familiar e nele concorrem os requisitos necessários.
Lisboa, 3 de Dezembro de 1702
E finalmente MGC de Fóios e Aboim
Tribunal do Santo Ofício – Conselho Geral – maço 76, doc. 1481
Manuel Guerreiro Camacho de Fóios Aboim (b: ----)
Doc 1:
Informação da limpeza de sangue e geração de Manuel Guerreiro Camacho de Fóios e Aboim, Cavaleiro da Ordem de Cristo, solteiro, filho do Desembargador Diogo Guerreiro Camacho e Aboim, natural da cidade de Évora e morador nesta de Lisboa.
31 de Novembro de 1713
Doc 4
Manuel Guerreiro Camacho de Fóios e Aboim, Cavaleiro do Hábito de Cristo, solteiro, filho do Desembargador Diogo Guerreiro Camacho e Aboim e de sua mulher Dona Maria Luiza de Fóios Coutinha, natural da cidade de Évora e morador na de Lisboa. _________
Ou seja, Dom Manuel Guerreiro Camacho, que terá nascido em 1645, Deão de Faro, o tal primo de Tomé, era filho de Diogo Guerreiro Camacho - por sua vez filho de Manuel Guerreiro Aboim e Maria Guerreira - e Mónica Guerreira - filha de André Guerreiro Camacho e Maria Filipa. Tinha por irmãos:
- André Guerreiro Camacho, casado com Maria Afonso Faleira e pai de Manuel Guerreiro Camacho e Aboim
- Dr. Diogo Guerreiro Camacho, desembargador, casado com Maria Luísa de Fóios Coutinho e pai de Manuel Guerreiro Camacho de Fóios Aboim
- Bárbara Guerreira Camacha, casada com Filipe Rodrigues Camacho e mãe de Manuel Guerreiro Camacho e Aboim
Esta informação coincide com os dados publicados aqui, no Genea. E, infelizmente, não nos apresentam nenhuma conclusão sobre o parentesco entre Manuel e Tomé. A não se que esta gente se casava demais dentro da família!!
E por hoje é tudo.
Até breve
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Teresa, bom dia.
Chamou-me bastante atenção o fato de D. Manuel Guerreiro Camacho tratar João Duarte Ribeiro por contemporâneo. Caso fosse "conterrâneo", poderiamos concluir que João também fosse de Almodôvar, assim aumentariamos a chance dele também ser parente de Tomé.
Encontrei os dados da diligência de João Duarte Ribeiro. Se pudesse consultá-la seria a confirmação que o termo irmão corresponde a ordem e, consequentemente, primo o parentesco de Tomé com Manuel.
Até breve.
Luiz
.
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Continuando.
Quanto ao parentesco de primo, sabemos que os pais de Tomé e Manuel não eram irmãos. Os avós maternos de Tomé (Manuel Vaz Guerreiro e Maria Guerreiro) e paternos de Manuel (Manuel G. Aboim e Maria G. Aboim), também não, apesar de serem parecidos... O primeiro era de Rosário, Almodôvar, e, o segundo, de Gomes Aires. Assim, sobram apenas os bisavós.
Concluindo. Achei em Ourique:
Maria (ou Ana) Vaz, natural do Rosário, Almodôvar, em 1677 c.c. Baltasar Pontes, de Pinhos, Ourique. Ela, filha de Manuel Vaz e Maria Guerreiro.
Luiz
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa noite Luiz,
Vou contactar a TT para poder consultar as diligências de João Duarte Ribeiro e Tomé. Não me parece que nestas as referências recuem mais do que os avós mas talvez possamos, como disse, excluir o parentesco entre os dois.
Tentarei, também, encontrar o livro "Os Guerreiros da Comarca de Ourique" nos índices das bibliotecas de LIsboa. Talvez nos traga alguma pista.
Já o registo que encontrou seria o de uma tia de Tomé? Os pais deste teriam casado antes do nascimento de Apolónia em 1657. Uma diferença de 20 anos entre o casamento de dois irmãos parece grande mas é possível.
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Teresa, boa noite.
Abaixo, a referência no site da TTOnline sobre a dilligência de João Duarte Ribeiro:
CódigoReferência "PT-TT-TSO/CG/A/8/1/11927"
Título Diligência de habilitação de João Duarte Ribeiro
NívelDescrição Documento Composto
DimensãoSuporte f.; papel
CódigoReferAlternCota Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações, João, mç. 17, doc. 447
EntidadeDetentora ANTT
DataDescrição 14/12/2007
Aviso Aberto
Maria Vaz Guerreiro seria tia de Tomé e Apolónia. Seguramente era a filha mais nova de Manuel Vaz Guerreiro e Maria Guerreiro. Não encontrei filhos para esta Maria Vaz... talvez tenha casado com cerca de 30 anos mais ou menos.
Note que Bárbara (mãe de Tomé) nasceu por 1631 (devia ser a mais velha), assim, dependendo da idade de sua mãe, esta, pode ter tido filhos até 1651.
A diferença de meu irmão mais velho para a mais nova (filhos de um mesmo casal) é de 18 anos. Já, na família de minha mãe, seu irmão mais velho nasceu em 1.945. A mais nova em 1.967, diferença de 22 anos. E, há um caso, cujo intervalo é de 25 anos.
Quando faço estes cálculos cronológicos, considero como a idade máxima para uma mulher gerar filhos é 45 anos. Logo, não me espanto.
Luiz
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa tarde, Fabrício
Fui à Torre do Tombo e consegui consultar a sua referência "Leitura de Bacharéis de João Correia Mazagão, maç 12, doc 25"
Passo a transcrever alguns trechos:
flh1
Diz João Correia Mazagão, Cavaleiro do Hábito de Cristo e residente na vila de Abrantes, que para certo requermento lhe é necessário correr folha neste Juízo de Comissão.
A Vª Exª lhe mande passar alvará e que os escrivães lhe deêm a forma costumada.
14 de Julho de 168__
flh5
Dr. João Duarte Leitão, fidalgo na Casa de Sua Majestade e _______ da Corte, em ela Auditor Geral da Gente de Guerra (?) ____ manda os escrivães desta Corte e cidade, que costumem responder às folhas, nestas digam as culpas que tiverem de João Correia, Cavaleiro do Hábito de Cristo, natural da vila de Alcochete e morador na de Abrantes, filho de Diogo Correia, de idade de quarenta anos, tudo segundo sua correcta forma.
no verso treze anotações por diferentes mãos e assinaturas, datadas de 1687, dizendo: "Nada de João Correia, segundo folha"
flh7
Maria Rodrigues, natural que foi desta cidade, casada com Diogo Correia Mazagão, foi avó paterna do habilitante João Correia Mazagão, a qual era cristã velha, limpa, sem raça alguma de nação infecta.
Sua Majestade mandará o que lhe for servido.
Guarda (?) 4 de Outubro de 1687
flh9
Conta ser João Correia filho legítimo de Diogo Correia, neto pela parte paterna de Diogo Correia Mazagão e de Maria Rodrigues, da qual não souberam as testemunhas dar verdadeira notícia dela por ser pessoa muito antiga, e do casamento seu procedeu Diogo Correia, pai do suplicante que, sendo rapaz, se ausentou para a cidade de Lisboa, assistindo em casa do Senhor de Pancas (?), do qual pai os avós foram sempre tidos e havidos por cristãos velhos, sem raça alguma, como depoem as testemunhas.
Alcochete, 12 de Junho de 1687
flh11
Pelos juramentos das testemunhas inclusos nestas cartas, se verifica uniformemente a limpeza de sangue e bom procedimento do justificante, não havendo nele, nem em seus pais e avós maternos, que todos foram naturais da vila de Alcochete, raça alguma de qualquer infecta nação.
Vossa Majestade mandará sempre o que for servido
Setúbal, 27 de Junho de 1687
restantes folhas - inquisições
Espero que estas informações o ajudem.
Até breve
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa tarde, Luiz
Fui à TT consultar o processo de João Duarte Ribeiro. Infelizmente não pude fazê-lo pois está classificado como estando em "mau estado". Para poder aceder-lhe posso ainda tentar pedir uma reclassificação.
Por outro lado, consegui a referência específica da Habilitação à Ordem de Cristo de Tomé. Na próxima oportunidade irei consultá-lo e darei notícias.
Até breve
teresa
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Teresa, boa tarde.
Triste pela diligência de João, porém, felicíssimo por Tomé. Caso as informações genealógicas resumem-se àquelas que já conhecemos, talvez nós conseguiremos ligá-lo ao tronco dos Guerreiro Aboim pelas testemunhas.
Por exemplo, Manuel Guerreiro Camacho, parente em terceiro grau, etc.
Até breve.
Luiz
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Cara Teresa,
Muito obrigado mesmo! Com certeza serão muito úteis para mim, vou anotar tudo.
Um grande abraço,
Fabrício Gerin
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RE: Habilitações Ordem de Cristo - Peço Ajuda na TT
Boa tarde Luiz,
Fui consultar a Habilitação à Ordem de Cristo de Tomé que se revelou desapontante. Consta de:
Habilitação à Ordem de Cristo, maç 6, doc. 62
Tomé Guerreiro Camacho e Aboim
3 documentos
Doc 1 (o mais recente):
Lisboa 20 de Junho de 1731
Dos pareceres que se fizeram a Tomé Guerreiro Camacho para receber o hábito da Ordem de Cristo, constou ser maior de 50 anos, e por este impedimento se julgou não estar capaz de entrar na Ordem, do que, dando-se conta a Sua Majestade pela carta inclusa, foi Vossa Majestade servido mandar responder que estava bem.
Retorno a Vossa Majestade com uma petição em que se refere ser ___ pelos ___ declarados na cópia da portaria inclusa, pelos quais se fazia digno da Real atenção de Vossa Majestade, visto serem pessoais os ditos serviços, para a Comissão dar dispensa. E, por Vossa Majestade mandar que a dita petição se veja neste Tribunal, e se ___ o que pareceria ser impedimento das ordens em contrário.
Provém a Vossa Majestade, façam-se ao suplicante de dispensar-se os impedimentos de sua maior idade, visto não ter outros.
Lisboa, dezoito de Maio de mil setecentos e trinta e um
Doc 2
(pedido de reconsideração à Mesa de Consciência)
Doc 3 (o mais antigo)
(Parecer desfavorável por ser maior de cinquenta anos)
Ou seja, não há informações sobre os antepassados de Tomé.
Por outro lado, ficamos a saber que o processo contra ele parece ter sido arquivado e que está nas boas graças de "Sua Majestade".
Aproveitei para consultar um outro documento de que já tinha referência à algum tempo:
Tribunal do Santo Ofício, maç 58, doc. 40
Correspondência de Frei Tomás da Purificação sobre o preso Tomé Guerreiro Camacho e Aboim, Físico-Mor, conduzido para Cambambe
Doc 1:
Muito prezado Pe vosso Reitor Francisco Teixeira
___ diante do prisioneiro Tomé Guerreiro Camacho e Aboim, médico habilitado de cristão velho nos partidos da Universidade de Coimbra, e habilitado de cristão velho nobreza no foro de Cavaleiro Fidalgo da Casa de Santa Madalena (?) de Deus, Físico-Mor do Reino de Angola, pelo dito, homem de bom procedimento e quito ___ de todas as violências, que fez o Sr. Bispo ordenar ser expulso do Convento de Santa Teresa, dizendo dos crimes do Santo Ofício, estando-se curando das feridas, __ da cabeça e braço quebrado, e passados poucos dias foi preso, com os homens outros de culpa formada …. (rol do que lhe fizeram)
____ lhe alerta seu protesto, declarando nele a verdade do procedimento nesta prisão, ____ não se concedeu vista para ser ouvido.
Tomé Guerreiro Camacho e Aboim
Doc 2:
Por morte do Reverendo D. Gregório Rodrigues da Silva, recebi uma carta deste Santo Tribunal, e logo executei o que nela me ordenava, dando uma rigorosa representação ao Reverendo Padre Francisco Teixeira, que ele levou com toda a humildade, como devia, diante do Reverendo Padre Comissário Frei Anselmo, vice-prefeito dos Capuchos, como consta de sua certidão. Em também recebi o que me toca, ouvida na mesma carta, a qual representação, suposto motivo que tive, e de que, em chegando a este Reino, irei dar conta a este Santo Tribunal, ainda que o Sr. Bispo diga outra coisa muito contrária, do que obrou, segundo a carta que escreveu ao Governador, pedindo-lhe soldados que acompanhem ao preso, o Físico-Mor Tomé Guerreiro Camacho de Aboim, a Cambambe, temeroso sítio, na opinião de todos, e dificultoso escapar nele com vida, dizendo nela que o preso ia por ordem do Santo Ofício, e assim procedeu sempre até àquele tempo, contra ele, e se prova mais, intimando-lhe ao preso a ordem de ir para Cambambe o escrivão da Ordem do Eclesiástico Tomé de Matos, e pedindo o preso vista, respondeu ao dito pedido que não era costume do Santo Ofício o dar vista aos réus e assim não devia dar esta, senão fazer executar a ordem do Sr. Bispo que nesta forma procedia; a qual repreensão, torno a dizer, não foi para mim tão sensível, pois este Tribunal como tão recto, e que não se quer meter em mais, obrou segundo a informação que tivera, como a que tivemos todos os comissários de todo este povo, pela notícia que deu o Sr. Bispo, comunicando o que o Santo Tribunal lhe escrevia nesta matéria, de que vínhamos gravemente repreendidos por nos metermos no que ele obrava; razão ___ ___ se sentir, em quem conhece o seu modo e génio de obrar, porém tudo deixo para Deus, que só sabe a verdade e dará o prémio ou castigo a quem merecer, ele prémio às pessoas de Vossas Senhorias, por Nossa Senhora do Carmo.
De Luanda, 10 de Dezembro de 1728
Humilde súbdito de Vossas Senhorias
Frei Tomás da Purificação
Trata-se, então, de descobrir como e onde consultar estas habilitações para a Universidade de Coimbra e para o Foro de Cavaleiro Fidalgo.
Até breve,
teresa
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