Sebastião de Sousa e Vasconcelos
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Sebastião de Sousa e Vasconcelos
Gostaria de ter qualquer informação sobre o general Sebastião de Sousa e Vasconcelos que foi Governador das Armas do Minho. Deve ser do século XVIII. Desde já muito agradeço.
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RE: Sebastião de Sousa e Vasconcelos
Cópia. – O ms. apresenta o seguinte título no início do texto: «Breves lições da Artelharia para exercitar mecanicamente hu artilheiro no manejo e exercicio da Artelharia». – Miguel Lescole veio para Portugal a seguir à Restauração, tendo feito o exame para Engenheiro em 1642. Trabalhou em Trás-os-Montes, onde traçou as plantas da fortificação de Chaves. Em 1656 ocupou-se da obra de fortificação de Monção, sendo depois nomeado mestre-de-campo general da Província do Minho. Em 1661 traçou a fortificação de Valença, e posteriormente diversas baterias no litoral a Norte do Douro. A seguir à paz com Espanha, fixou-se em Viana do Minho, onde foi responsável pelo trem de artilharia dessa vila. O aspecto mais relevante da sua actividade parece ter sido o pedagógico, tendo fundado uma Aula de Artilharia em Viana do Minho em 1676. Esta seria oficializada ou ampliada em Aula de Fortificação no ano de 1701. O curso do ano de 1676 está contido neste ms., fruto do trabalho de compilação do capitão engenheiro Sebastião de Sousa de Vasconcelos, certamente aluno de Lescole, e que terá estado envolvido na obra de fortificação da praça de Monção em 1686, e na de Chaves, em 1700. – Nos f. 101-102 há um apontamento relativo às características dos canhões de diversos países, e algumas máximas sobre o mesmo assunto. – Desenhos à pena, a sépia, de figuras geométricas, instrumentos de precisão e peças de artilharia. – MOREIRA (1989). – Encadernação em pergaminho. Tít. na lombada: «liçois de artellaria»
COD. 7660
Elementos constitutivos de «carreta»
de campanha de peça de artilharia
Desenho à pena, sépia
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RE: Sebastião de Sousa e Vasconcelos
Carissímo amigo,
No livro «Memorias historico-estatisticas de algumas villas e povoações de Portugal» de Pedro Venceslao de Brito Aranha pode-se ler o seguinte:
"Esta fortaleza mandou edificar o serenissimo senhor rei D. Pedro II, quando o mesmo fez fortificar a marinha de todo o seu reino, por uma representação que lhe fez o capitão da ordenança, que então era d'esta villa, João de ALmeida Rego; expondo-lhe a necessidade que havia de fortificação, que defendensse esta enseada e cobrisse o povo d'esta villa, livrando-o dos desembarques n'ella e nas circumvisinhas; governanva as armas do partido do Porto o mestre de campo Pedro de Vasconcellos e Sousa, da casa dos ill.mos e ex.mos condes de Castillo Melhor; as do Minho D. João de Sousa, da ill.ma casa dos marquezes das Minas, de quem era filho segundo, e tinha a patente de general de artilheria, que ambos se acharam n'esta villa no dia destinado para o sargento mór engenheiro Sebastião de Sousa desenhar a figura com as bandeirolas, e havendo disputa sobre a qual dos governos das armas pertencia a disposição da obra e o subsequente governo da fortificação..."
Este sargento-mór Sebastião de Sousa deve ser o mesmo que procuramos, esteve igualmente envolvido no desenho do forte de Povoa de Varzim, Porto.
Abraço,
RMS
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RE: Sebastião de Sousa e Vasconcelos
Agradeço muito. Quem é este militar ilustre? Sabemos que foi Engenheiro-mór do Reino, fez a carreira toda das forças armadas pois aparece como capitão, sargento-mor,marechal de campo e general. Quem é? Teve filhos?
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RE: Sebastião de Sousa e Vasconcelos
Sobre Monção há novidades:
O século XVII
No contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa (1640-1668), tornou-se imperativa a modernização das defesas da vila, que foi então convertida em uma fortaleza de planta poligonal abaluartada, adaptada aos tiros da artilharia da época. Iniciadas em 1656, com projeto do engenheiro militar francês Miguel de L'Ècole, sob a direção do mestre João Alves do Rego, a eficácia destas defesas, foi posta à prova quando da invasão de 1658, pelas forças espanholas sob o comando do Governador e Capitão-general da Galiza, D. Rodrigo Pimentel, marquês de Viana, e como Mestre de Campo General D. Baltasar de Rojas y Pantoja. Após terem atravessado o rio Minho na altura de Lapela, impuseram assédio a Monção em 7 de outubro, que se prolongou por quatro meses, até 7 de fevereiro de 1659, quando a exaurida guarnição finalmente capitulou. A praça só retornou à posse de Portugal após a assinatura do Tratado de Paz em 13 de fevereiro de 1668.
Em 1686 o engenheiro Sebastião de Sousa e Vasconcelos foi afastado dos trabalhos da fortificação devido a um erro construtivo (SOROMENHO, 1991).
Mas pelos vistos voltou ao serviço.
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RE: Sebastião de Sousa e Vasconcelos
Este Sebastião de Sousa e Vasconcelos, é o mesmo que vem referido no Felgueiras Gaio, no seu titulo de Barbosas, § 178, N 2 - Domingas Soares cc. Domingos de Araújo. Casou com uma neta destes - Maria de Araújo, natural de Cendufe (Arcos de Valdevez, Viana do Castelo).
Felgueiras Gaio refere que foi Engenheiro-mór do Reino e Rico, porém, como estou a escrever um titulo dos Barbosas, deparei-me com este militar, pois a dita Maria de Araújo tem ascendência dos Barbosas, mas, ainda até ao momento não consegui encontrar os pais do dito oficial do exército. Sei da existência de um filho bastardo que foi legitimado com o nome de Valentim, contudo, no assento de casamento aparece com o nome de António de Sousa (António de Sousa cc. Grácia Ferreira, Viúva em Refoios de Lima, Ponte de Lima, Viana do Castelo) filho de Sebastião de Sousa e de uma Domingas, Solteira de Rio Frio (Arcos de Valdevez, Viana do Castelo).
Á uns tempos encontrei um acto de legitimação/justificação no ano de 1730 do dito António na Torre do Tombo, que consiste na justificação do mesmo, de porquê ter-se casado com o nome de António invés de Valentim, que fora o nome de legitimação dado pelo seu pai. Este justificou dizendo, que tinha pedido ao Bispo do Porto que lhe realiza-se um crisma e, desta forma alterou o nome para António. Nesta dita justificação, este menciona o seu nome (António de Sousa e Vasconcelos) e o nome de seu pai (Sebastião de Sousa e Vasconcelos). Refere igualmente, que no decorrente ano, o seu pai era Tenente General e Governador de Armas do Minho e Trás-os-Montes, se não estou em engano.
Eu sei que tenho uma cópia desta legitimação/justificação algures em casa, tenho de a procurar.
Ainda continuo à procura de desvendar os pais deste Sebastião, mas ainda não tive a sorte de desvendar os nomes e a sua origem.
Os melhores cumprimento,
RMS
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RE: Sebastião de Sousa e Vasconcelos
Caro confrade,
No livro "As Gerações Valencianas" da autoria do Major Alberto Pereira de Castro, pág. 182, lê-se:
"6 - D. Antónia Maria, baptizada em 21 de Setembro de 1703, sendo padrinhos o Doutor António Alves Teixeira, Lente de Leis da Universidade de Coimbra, e D. Maria Ozório da Penha, mulher do Sargento-Mor Sebastião de Vasconcelos, de Sendufe, senhor dos Arcos."
Na paróquia de Cendufe nos Arcos de Valdevez, o confrade pode ver vários assentos de baptismo em que os padrinhos são o referido casal.
"...José filho de Francisco Gonçalves e de sua mulher Maria Tenório moradores nos casais forão padrinhos ... dona Maria mulher de Sebastião de Sousa..."
"...Domingas filha de João Antunes e de sua mulher Ana Gonçalves ... forão padrinhos Sebastião de Sousa e sua mulher Dona Maria Ozório..."
"...João flho de João Álvares e de sua mulher Maria Gonçalves ... padrinhos João filho de Sebastião de Sousa e Dona Maria mulher do dito Sebastião de Sousa..."
"...João filho de Manuel de Araújo e de sua mulher Maria de Amorim ... padrinhos João de Sousa filho de Sebastião de Sousa e Dona Maria Ozório mulher do dito Sebastião de Sousa..."
"...Maria filha de Domingos Barbosa e de sua mulher Maria Rodrigues ... padrinhos Sebastião de Sousa e sua mulher D. Maria..."
"...Mariana filha de João Barbosa e de sua mulher Domingas Fernandes ... padrinhos Sebastião de Sousa e Maria de Araújo filha de Mécia de Araújo..."
Como oconfrade pode ver, este Sebastião casou com D. Maria, com um filho de nome João (Cendufe). Porém teve um bastardo com Domingas, Solteria, de nome Valentim, que crismou-se para António (Rio Frio).
Além da sua carreira militar, foi senhor de Arcos, como se pode verificar no assento transcrito pelo Major Pereira de Castro. Além disto, nada mais sei.
Os melhores cumprimentos,
RMS
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RE: Sebastião de Sousa e Vasconcelos
Prezado Confrade:
Muito agradeço. Não há dúvida que é o mesmo. Só que se desconhecem os pais e a naturalidade. Na Torre do Tombo há os decretos do Conselho da Guerra. Pode ser que aí se apanhe. Disse-me o Nuno Borrego que há uma lista de generais em vários volumes publicada pelo Exército. Talvez aí. Mas isto não está fácil para uma pessoa tão ilustre...
Obrigado sinceramente.
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