Casa do Infantado - D.João (VI) e D.Miguel
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Casa do Infantado - D.João (VI) e D.Miguel
Caros confrades,
Não consigo encontrar as datas em que D.João (VI) e D.Miguel passaram a ser Senhores da Sereníssima Casa e Estado do Infantado.
Alguém tem estes dados consigo e mos possa facultar?
Muito obrigado.
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Casa do Infantado - D. João (VI) e D.Miguel
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http://digitarq.arquivos.pt/details?id=3910382
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/6453.pdf
Cumptºs
Saintclair
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Casa do Infantado - D.João (VI) e D.Miguel
Caro Saintclair,
Muito lhe agradeço os links mas já os conhecia, bem como o livro sobre Infantado da Professora Maria Marçal Lourenço. Contudo não há nenhuma indicação, quer de data, ano ou sequer década em que a Casa do Infantado tenha sido entregue a Dom João (VI) e a Dom Miguel.
Sabe-se que até à sua morte Dom Pedro III manteve-se como Senhor do Infantado e que após a sua morte as dívidas relativas a Queluz foram pagas pelo Erário Régio. Depreende-se, portanto, que o Infantado tenha sido entregue a Dom João nesse ano, como competia ao 2º filho do monarca.
Também se depreende que Dom Miguel tenha recebido o Infantado já no Rio de Janeiro, em 1816, aquando da aclamação de seu pai, pois tudo indica que o Infantado manteve-se ligado ao Príncipe Regente até à morte de Dona Maria I.
O "Tractado sobre direitos e encargos da Serenissima Casa de Braganca" (c.1820) de Francisco da Silva Ferrão é não só omisso nestas informações como contém erros, em boa hora corrigidos por diversos académicos.
Infelizmente, por muito que procure não consigo encontrar as datas em questão.
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Casa do Infantado - D.João (VI) e D.Miguel
Caros confrades
Com base em informação vária disponível online apurei o que segue abaixo, que obviamente carece de
confirmação em fontes escritas mais fiáveis, mas que se pode admitir ser um bom ponto de partida.
A Casa foi criada em 1654-55 por D. João IV para o segundo na linha de sucessão ao trono, sendo o primeiro a recebe-la D. Pedro que a deve ter tido até que seu segundo filho D. Francisco, tivesse idade (geralmente no mínimo 12 anos) para a receber e antes da subida ao trono do irmão mais velho (1707).
D. Francisco seria o titular até 1742 quando falece.
A casa passa então para o filho segundo de D. João V ou seja então D. Pedro. Apesar de em 1777 se tornar rei consorte, D. Pedro III deverá ter mantido a casa até à morte em 1786.
Essa passará então a D. João (VI) que a manteria pelo menos até 1816, ano em que se torna rei e possivelmente passaria ao filho D. Miguel ou ficaria vaga. Sabe-se que em 1828 D. Miguel I se torna grão-prior do Crato (cargo já então associado à Casa do Infantado) pelo que apenas então tomaria posse daquela.
Em 1834 D. Maria II retomando a coroa retira-a ao tio e extingue aquela Casa.
Cumprimentos,
RCC
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Caro confrades,
Posso adiantar o seguinte:
1) Em 1824, Dom Miguel era duque de Beja (já agora, porque é que não aparece aqui no geneall como duque de Beja?). Contudo, em 1823 aparece apenas como Sereníssimo Infante, donde depreende-se que foi feito duque algures entre 1823-1824;
2) Em 1826, na carta de resposta a sua irmã Dona Isabel Maria, Regente de Portugal, a propósito da morte de Dom João VI, fica patente estar na posse do Infantado há, pelo menos dois anos, pois fala no plurar (“nestes anos”).
3) Quanto ao Grão-Priorado do Crato, que estava ligado à Casa do Infantado desde uma Breve Papal de 25 Novembro de 1789, Dom João VI manteve-se nesta dignidade até à sua morte, 1826.
Não deixa de ser possível, como aconteceu várias vezes no passado, que Dom João VI, de facto, e Dom Miguel, por cortesia, mantivessem ambos os títulos de Senhores do Infantado (ou vice-versa).
Cumprimentos,
José Bruto da Costa
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