Eduardo Lobo de Moura
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Eduardo Lobo de Moura
Boa noite,
Gostaria de saber se alguém terá mais informações acerca de Eduardo Lobo de Moura, pintor inglês, casado com mulher portuguesa, Eugénia Augusta Rebello de Andrade nascida em Londres.
Eduardo Lobo de Moura 1817 - 1887
Eduardo Lobo de Moura was a British visual artist who was born in 1817. Several works by the artist have been sold at auction, including 'Marie Evelyn, Viscountess Byng of Vimy, née Moreton' sold at Christie's London 'A Life's Devotion: The Collection of Mrs. T.S.Eliot' in 2013 for $8,478. There have been many articles about Eduardo Lobo de Moura, including 'Art exhibitions to look forward to in 2016' written by Moira Jeffrey, Duncan Macmillan for The Scotsman in 2015. The artist died in 1887.
Obrigado.
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http://ancacid.yolasite.com/resources/01.002%20-%20ADP%20-%20tema%201%20-%20Texto%20A%20-%20p.179-182%20-%20Cronologia%20sumaria.pdf
Aqui é dito que ele, Eduardo Lobo de Moura nasceu em Vila Nova de Fozcôa, Guarda, em 1817
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http://www.arquipelagos.pt/arquipelagos/newlayout.php?mode=imagebank&details=1&id=40692
Creio que se confirma naturalidade-Vila Nova de Foz Côa. Freixo de Numão, Almendra, Castelo Melhor também foram sedes de concelho em 1817, os livros digitalizados online de Vila Nova de Fozcôa surgem a partir de 1849.
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https://archive.org/stream/noticiadealgunsp00viteuoft/noticiadealgunsp00viteuoft_djvu.txt
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LXXL— Lobo de Moura (Eduardo).— Uma folha portuense (A Provin-
da), de 30 de janeiro de 1887, publicava a seguinte noticia:
iO sr. Eduardo de Moura, irmão do visconde de Moura, que foi nosso
ministro em S. Petersburgo, falleceu ha pouco em Londres. Este nosso com-
patriota era um ininiaturista dos mais notáveis de Inglaterra, considerado
mesmo o primeiro. Por occasião da sua morte a rainha de Inglaterra fez di-
rigir a seguinte carta á filha do illustre artista. Traduzimol-a do Standart, de
Londres :
«Osborne, 3 de janeiro
«Minha querida senhora: recebi a sua carta esta tarde, e tenho ordem da
rainha para lhe transmittir a expressão do grande sentimento de sua mages-
tade pela morte tão inesperada de seu pae, cujo talento sua magestade tinha
na mais alta conta.
«Sua magestade está muito satisfeita com a miniatura e dá-lhe um gran-
díssimo valor por ser a ultima obra de seu pae.
«Affirmando-lhe os meus próprios sentimentos pela grande perda que
acaba de sofírer, continuo a ser sinceramente sua
Emilie Dittweiler.
«Este nosso compatriota, desconhecido no seu paiz, era um notável ta-
lento que se finou sem que a nossa imprensa tivesse duas palavras para lhe
honrar a memoria.»
Não sei se a noticia da Provinda é original, ou se foi reproduzida de ou-
tra folha.
O visconde de la Figanière, explicando a tal ou qual authenticidade dos
retratos que apresenta no seu livro Rainhas de Portugal, diz que se resolvera
a dar o de D. Theresa por conselhos do nosso minialurista. E a este propó-
sito escreve:
1 Torre do Tombo. Chanc. de D. Affonso V. L.° 16, fl. 90 v.
102 NOTICIA DE ALGUNS PINTORES
iO retrato de D. Theresa, que apresento, é copia do que se acha na ta-
boa n.° 6 da referida arvore genealógica. Se fiz excepção d'esta, não foi por
suppôr o retrato fiel quanto ás feições, mas resolvi-me a apresental-o por con-
selho do meu amigo o sr. Eduardo Lobo de Moura, artista portuguez residente
em Londres, bem conhecido por suas obras primorosas e cuja fama tem mere-
cidamente chegado aos principaes paizes da Europa.»
O Diário de Noticias, de 2 de dezembro de 1902, publicou um artigo in-
titulado Na legação de Portugal em Londres, acompanhado de uma gravurinha,
representando a missa que se celebrou u'aquella embaixada por occasião da pas-
sagem da rainha D. Estephania, que vinha consorciar-se com D. Pedro V. Era
nosso ministro n'aquella corte o conde de Lavradio, que assistiu ao acto com
o pessoal da legação e com toda a comitiva régia. A gravura do Diário de No-
ticias era copia, segundo photographia, de uma aguarella pintada por Moura.
D'este artista possue o meu amigo Anselmo Braamcamp Freire três agua-
rellasinhas, representando uma d'ellas sua esposa, d'elle possuidor, quando
creança; outra uma lebre, e outra, finalmente, Ophelia.
Satisfazendo com toda a gentileza a um pedido que lhe fiz, o sr. Jeronymo
da Camará Manuel, secretario da nossa legação em Londres, que tão primoro-
samente sabe conciliar os deveres oíEciaes do seu cargo diplomático com o
amor á cultura dos estudos históricos e litlerarios, teve a bondade de me en-
viar algumas interessantes notas acerca do artista nosso compatriota. Uma des-
sas notas, que eu dou no próprio original, com a respectiva traducção, é pro-
veniente da família; a outra é uma carta do sr. Camará Manuel, que eu peço
também licença para transcrever. Eis primeiramente a nota ingleza:
«Edward Lobo de Moira was born at Villa Nova Foscôa in the Beira Alta,
October 1817, died January 2, 1887. He was miniature painter to Her Majesty
the Queen of England and the principal Sovereigns of Europe. From the year
1849 to the time of his dealh, his portrait miniatures, on Ivory, were exhi-
bited at the Exhibition ot the Royal Academy of London, the Sahn in Paris
and other continental Exhibitions. He received the order of Christ from II is
Majesty Dom Pedro of Portugal and was Chevalier of the order of Malta. The
sympathy of lhe Queen of England and the King of Portugal enabled his son,
by their generous pensions, to persue his studies at the Royal Academy where
he received at ali examinaliim many honours and prizes. He is now a distin-
guished artist and been made Professor of design and painting at the Royal
College of Art London.»
«Eduardo Lobo de Moura nasceu em Villa Nova de Foscôa, na Beira Alta,
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em outubro de 1817 e morreu em 2 de janeiro de 1887. Foi pintor miniatu-
rista de sua magestade a rainha de Inglaterra e dos prineipaes soberanos da
Europa. Desde o anno de I8'i9 até á data da sua morte os seus retratos, mi-
niaturados em marfim, figuraram na Exposição da Real Academia de Londres,
no Saloti de Paris e em outras exposições conlinentaes. Foi agraciado com a
Ordem de Christo por sua Magestade el-rei D. Pedro de Portugal. Foi lambem
cavalleiro da ordem de Malta. A sympathia da rainha de Inglaterra e do rei
de Portugal habilitaram seu filho, com generosas pensões, a proseguir os seus
estudos na Royal Academy, oude recebeu, em todos os exames, muitas menções
honrosas e prémios. Actualmente é um artista distincto, tendo sido nomeado
professor de desenho e pintura no Gollegio Real das Artes, em Londres.»
Agora a carta do sr. Jeronymo da Camará Manuel, datada de Londres a
31 de janeiro de 1903:
«Meu Ex. m ° Amigo. — Apresso-me a enviar-lhe os apontamentos sobre o
pintor miniaturisla Eduardo de Moira, escriptos pelo próprio punho da viuva
do illustre artista e que hoje aqui veiu trazermos. A estes apontamentos aceres-
centarei o seguinte: Eduardo Lobo de Moira, antes de se dedicar á pintura, foi
empregado como escripturario na Agencia Financial Portugueza n'esta cidade,
onde trabalhou durante muitos annos.
«Foi muito protegido pelo Conde de Lavradio quando ministro junto da
corte d,e S. 1 James, sendo o mesmo Conde que o apresentou e recommendou
á Rainha Victoria. Como bem diz a viuva no apontamento incluso, foi minia-
turista da Corte Real ingleza, e ainda não ha muito tempo vi no Castello de
Windsor muitas miniaturas de quasi toda a f;imilia real de Inglaterra, pintadas
por elle. A rainha Victoria tinha-o em grande estima, escrevendo uma carta á
viuva por occasião do fallecimento do marido.
«Moira casou-se aqui em Londres com D. Eugenia Rebello, filha de Fran-
cisco Rebello, vice-consul de Portugal. D'este casamento existem ainda hoje
duas filhas e um filho. O rapaz chama-se Giraldo Eduardo Lobo de Moira ; fez
o curso de pintura com o subsidio do Governo portuguez (£ 4,8,11 por mez)
e com outro, dado pela rainha Victoria. Num concurso realisado no mez de De-
zembro de 1891 na Real Academia de Relias Artes d'esta cidade, obteve 4
prémios por uma collecção de 6 desenhos, e a medalha de prata pela pintura
de uma cabeça do natural. Terminou o curso em Junho de 1893 e hoje é pro-
fessor de pintura no Royal College of Art (South Keisington) recebendo de or-
denado £ 500, devendo muito breve ter um augmento de £ 300. É um ar-
tista de mérito e muito considerado. Em Portugal, dos trabalhos do pae, só co-
nheço duas ou três miniaturas, retratos de família, que possue o Visconde de
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Soure e uma ua posse da Condessa de Rilvas, pessoas muito da amizade da
família Moira.
«A gravura de Moira n'esta legação, e que o Diário de Noticias publicou,
é copia muito reduzida da aguarella pintada por Moira e por elle offerecida ao
seu protector o Conde de Lavradio. O correspondente do Noticias esqueceu-se
de mencionar, na sua correspondência, que o Moira foi celebrado pelo Cardeal
Wolsoley e que das pessoas então presentes apenas existe hoje o Conde da
Azambuja, que fazia parte da nossa Legação como addido.
«Desculpe, meu caro amigo, a mà redacção d'esta carta escripla á pressa
por causa do correio, que prestes está a partir.»
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Eduardo era irmão de João António Lobo de Moura, nascido em S. Petesburgo, em 1810,representante da côrte portuguesa na Rússia, filho do bacharel José Joaquim Ferreira de Moura e de Maria Perpétua Lobo..
João não teve descendência, mas seu irmão Eduardo teve um filho, Geraldo Eduardo Lobo de Moura também ligado às belas artes e duas filhas.
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Boa tarde,
Obrigado pelos comentários. Entretanto nas pesquisas que fui fazendo descobri alguma informação adicional.
Curiosamente já encontro aqui Eduardo Lobo de Moura em:
https://geneall.net/pt/nome/3071142/eduardo-lobo-de-moura/
Era irmão do dito Visconde de Moura, que teve um filho. Eduardo casou com Eugénia Augusta Rebelo de Andrade, que era filha de Francisco José Rebelo de Andrade, comerciante de vinho e Vice-Cônsul em Londres.
Pelo que fui vendo terá sido um artista de inquestionável valor, embora por cá não tenha tido grande notoriedade.
Obrigado.
TRA
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Morreu em Londres, pelo que percebi na carta escrita à sua mulher
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Quem criou a página sobre ele no Geneall, dá a entender que ele morreu em VNFoz Côa!...Deviam ter referido
VNFCôa 1817-Londres 1887.
Desculpe perguntar: o que o levou até esta personagem?
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Fiquei com a sensação de que tinha morrido em Londres e de facto, ao consultar os paroquiais de Vila Nova de Foz Côa, verifico que o óbito dele não consta nessa data.
Quanto ao meu interesse nesta personagem, deve-se ao facto de no estudo que estou a fazer sobre os Rebelo de Andrade, o meu trisavô António José Rebelo de Andrade referir que um dos tios dele, Francisco, residente em Londres (para lá tinha ido completar com os estudos com o seu pai, António) tinha tido "muitos filhos". Como apenas havia registo de um filho - também Francisco - que não teve filhos, decidi investigar. É que não existe mais geração com este apelido sem ser através deste António.
Até que uma simpática senhora inglesa me contactou através do fórum por causa de um tópico sobre o sogro deste Francisco que vivia em Londres e me deu acesso a alguma informação, onde constavam de facto 7 filhos, dos quais esta tal Eugénia Augusta Rebelo de Andrade, casada com o dito Eduardo Lobo de Moura.
Dos 7 filhos, esta teve geração com este referido pintor, Francisco regressou a Portugal, casou mas não teve filhos, outra, Antónia, também regressou a Portugal e por razões pouco claras - talvez por ligações políticas do Visconde Moura, pai deste Eduardo - viveu e morreu em casa do Duque de Palmela na Rua da Escola Politécnica, sendo até sepultada no mausoléu do Cemitério dos Prazeres.
Sobram 4 filhos, três raparigas e um rapaz que terão ficado pelo Reino Unido, sendo este último o que mais me intriga, pois terá sido o único a poder deixar geração Rebelo de Andrade além do ramo do meu bisavô...
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Giraldo Eduardo Lobo de Moura nasceu em Londres em 26 de janeiro de 1867. É filho de Eduardo Lobo de Moura, miniaturista da Rainha Vitória, nascido em Vila Nova de Foz Côa em 1817.
Gerald estudou pintura na Royal Academy Schools 1887-89, ganhando vários prémios e depois estudou em Paris.
O "Old Bailey" em Londres foi bombardeado pela Luftwaffe em 10 de maio de 1941 e as obras de William Richmond no Grand Hall foram seriamente danificadas. No início dos anos 1950, Moira foi contratada para recriar os murais. Imediatamente acima da entrada do Tribunal Número Um encontra-se a obra quase histórica Justiça na Escadaria de São Paulo, que inclui o próprio Moira, disfarçado de centurião.
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Eduardo Lobo é um pintor português que nasceu em Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, Portugal, em 1817.
Casou em Londres com D. Eugenia Rebello, filha de Francisco Rebello, vice-cônsul de Portugal.
Teve duas filhas e um filho.
Foi miniaturista da Corte Real inglesa. A rainha Victoria tinha-o em grande estima, e escreveu uma carta a D. Eugénia por ocasião do falecimento do marido.
Em Lisboa, na coleção do Museu Nacional de Arte Antiga, existe uma miniatura da sua autoria datada de 1858, retratando o rei de Portugal D. Pedro V.
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