Teófilo Braga (1843-1924)
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Teófilo Braga (1843-1924)
Procuro notícias sobre a ascendência do prolífico jacobino, particularmente da paterna.
Agradeço, cumprimentos,
Luís Ferreira
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RE: Teófilo Braga (1843-1924)
"Era filho do professor de Matemática e Filisofia Joaquim Manuel Fernandes Braga e de D.Maria José da Câmara de Albuquerque,
n.24 de Fevereiro de 1834 Ponta Delgada,
Terceira,Açores
e era descendente de duma das mais antigas e nobres famílias açoreanas..."
GELB,Vol.4,pag.1036
Maria
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RE: Teófilo Braga (1843-1924)
Maria,
A GELB diz mesmo que Ponta Delgada fica na Terceira? Lá terei eu de rever a minha Geografia.:)
Por outro lado, fico curioso de conhecer os antepassados deste conhecido crítico literário, pois dada a profusa endogamia açoreana, às tantas, às tantas...
Um abraço
Alexandre
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RE: Teófilo Braga (1843-1924)
Caros colegas,
vejam o topico seguinte:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=22375#lista
cumprimentos
Carlos Silva
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RE: Teófilo Braga (1843-1924)
Peço imensa desculpa a todos,mas o lapso foi meu e se não o visse assim ficava
Maria
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Teófilo Braga (1843-1924) e D. João V
Informações (?) dispersas:
- Enciclopédia VERBO, assinada pelo Doutor Domingos Maurício:
«A perda prematura da mãe, bastardias ancestrais e a luta com a hostilidade dos ambientes estimularam-lhe a energia indomável e exacerbaram-lhe o inconformismo religioso, social e político.»
- ???
Recordo, de fonte perdida, notícia de uma viagem de D. João V aos Açores (ou só a São Miguel?), na qual, após trato com três senhoras, teria deixado prole (das três, note-se), toda «Braga», de apelido (!?).
- Por último, sabe-se que a bastardia é renitente:
(Carta de Teófilo a Francisco Maria Supico, 17 de Junho de 1961)
«Noticiou-me na sua última a existência de um filho meu. Aceito as honras de pai que me confere. Não devo admirar-me, que isso apenas é o resultado da imitação de algumas cenas do reinado de Nero. [...] Contudo, não fiz mais do que executar o crescite et multiplicamini do poema hebreu.»
Cumprimentos. LAF
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RE: Teófilo Braga (1843-1924) e D. João V
Notas Biográficas – extraído -Álbum Açoriano, pág. 205 e 206, e outros documentos.
Theophilo Braga fez-se por si, lutando sempre contra os reveses da sorte; e pelo esforço da vontade inquebrantável, aliado ao poder forte da sua inteligência, ergueu-se bem alto, paira acima de os que trabalham neste campo ingrato das letras, e assim, conseguiu já há muito impor-se ao respeito e á admiração incondicional da sua pátria, conseguiu ser discutido e acatado em todo o mundo culto na ciência e nas letras.
Apesar das suas nobres origens de velhos pergaminhos, vem muito de baixo, da camada dos pobres: tanto mais gloriosa é a sua ascensão! O seu passado não tem que o envergonhar, antes é para o envaidecer, se a vaidades fosse afeito o seu espirito superior.
Sem poder deixar de trabalhar, porque era pobre, nunca deixou de estudar, porque tinha sede de saber.
Foi, por isso, tipógrafo, ele próprio compôs o seu primeiro livro de poemas, intitulado “Folhas Verdes – 1860”, ao mesmo tempo que era estudante do liceu em São Miguel. Depois, em Coimbra, ao cursar direito, como era insignificantissima a sua mesada, via-se obrigado a leccionar para viver! Era árdua a tarefa, mas foi brilhante a vitoria!
A sua obra é, das mais vastas, e certamente a mais solida que a intelectualidade portuguesa tem produzido, na historia, poesia, na critica e na filosofia. Animada por um saber forte e por uma orientação segura, essa obra impõe-se aos estudiosos como um documento certo em que palpita toda a alma portuguesa, na sua formação, nas suas aspirações, na sua evolução.
A atestá-lo, ai estão esses livros que se chamam "Historia da Literatura Portuguesa (9 volumes), Idéas Republicanas em Portugal, Visão dos Tempos, História Universal, (Esboço de Sociologia Descriptiva), História do Direito Português, Soluções Positivas da Politica Portuguesa (3 volumes),Cancioneiro e Romanceiro Geral Português (5 volumes), e muitos outros, que me abstenho de mencionar, por fastidioso, nos quais há sempre a ideia fundamental de utilidade para os que estudam e para os que trabalham, conforme os assuntos de que os livros versam – historia, filosofia, literatura, por um lado; pelo outro, problemas sociais – estes não só tratados no papel, mas ainda em conferencias, em comicios, onde quer que o grande mestre sinta necessária a sua intrevenção de pensador, de de amigo dessa classe obscura e forte que a má orientação, resultante da parca cultura intelectual, traz vergada sempre a um destino miserando.
Theophilo Braga é um erudito. Sabem-no todos os que sabem alguma coisa! E se houve homem em Portugal a quem possa dar-se o nome de sábio, certamente será a esse glorioso filho de São Miguel.
Mas não foi só na língua pátria que ele expande o seu saber: Os seus artigos são sempre aceites insistentemente nas revistas literárias e cientificas de Espanha, França, Itália, Inglaterra e Alemanha, pois que Cérebros como o de Theophilo Braga não brotam com grande abundância por esse mundo.
De 1872 a 1910 regeu a cadeira de Literaturas Modernas no Curso Superior de Letras, em Lisboa.
Militante do Partido Republicano, de tendência socializante e anticlerical, após a queda da monarquia em 1910 presidiu o governo provisório,e em 28 de Maio de 1915 foi eleito 2º Presidente da Republica Portuguesa.
No fim da vida cultivada pelas letras, terá demonstrado grande interesse e vasta curiosidade pela genealogia.
José Duarte Valado Arnaud
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RE: Teófilo Braga (1843-1924) e D. João V
Caro Primo do Canto,
Interessantíssima esta sua transcrição da prolífica actividade deste conhecido micaelense. E é caso para dizer que em 1910 a lamentável perda do Curso Superior de Letras não resultou num ganho para a governação.
Um abraço
Alexandre
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