Paio Rodrigues de Araújo- senhor de Barbudo
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Paio Rodrigues de Araújo- senhor de Barbudo
Caros colegas
Como sabem há muito que venho estudando os Araújos e Sousas, meus antepassados. Uma questão, fundamental, continua a persistir: a sua origem.
Duas cartas de brasão, de 2.12.1799 (José António Pereira de Araújo e Sousa; Caetano Pereira de Araújo e Sousa) apontam para um 2º casamento de Payo Roiz de Araújo, senhor de ARAÚJO E LOBIOS com D. Aldonça de Souza, ou D. Violante, filha de D. Lopo Dias de Souza sobrinho da Rainha D. Leonor Telles de Menezes, último Grão Mestre da Ordem de Christo.
Uma carta, de 23.3.1778 (Roque Landeiro Pereira de Souza)não aponta a sua origem, remontando, no que diz respeito aos Araújos, a Alvaro Rodrigues de Araújo Comendador de Ryo Frio na Ordem de Christo, e Fidalgo da Caza Real.
Colocam-se-me duas questões:
a) Não vislumbrei no Felgueiras Gayo, ou noutra compilação, qualquer possibilidade de um 2.º casamento de Payo Roiz de Araújo. Poderá ele ter existido?
b) Terá havido confusão realtivamente aos Araújos considerados, sendo a ligação feita desta forma? Em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=175162
Com os meus melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Paio Rodrigues de Araújo- senhor de Barbudo
Errata:
Onde se lê "Araújos e Sousas", deve-se ler Araújos e Sousa.
Onde se lê "realtivamente", deve-se ler relativamente.
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RE: Paio Rodrigues de Araújo- senhor de Barbudo
Caro Artur Camisão Soares
Continuo sem ter nada que me permita dar uma reposta cabal à sua questão. Mas posso adiantar que houve mais um Paio Rodrigues de Araújo, a viver em Barbudo, que não identifico no Gayo. Com efeito, consultando as “Matrículas dos Ordinandos da Mitra de Braga”:
PAIO RODRIGUES DE ARAÚJO c.c. BEATRIZ DIAS, tiveram pelo menos:
1- Paio Rodrigues, tomou ordens menores a 19.12.1450 (não é dito que o pai é Araújo, mas parece-me altamente provável que seja o casal em questão)
2- Gonçalo Rodrigues, tomou ordens menores a 23.12.1455
3- Paio Anes, tomou ordens menores a 23.12.1455. É possível que na realidade fosse Pedro (tendo em vista o nome do irmão) e que seja o que a 11.7.1457 tomou ordens de epístola. Nesta última, só é dito que os pais são moradores na diocese, enquanto nas outras os pais são dados como moradores em S.ta Maria de Barbudo.
Quem será este Paio Rodrigues? Parece filho do Paio Rodrigues de Araújo c. c. Leonor Pereira de Barbudo, quer pela data, quer por viver em Barbudo. Será um 1º casamento do Paio do §2 N20 do Gayo? É que não encontrei nenhum casal com estes nomes e filhos.
Não sei exactamente que influência isto pode ter no seu “caso”, mas parece demonstrar que o ttº de Araújos do Gayo está incompleto.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Paio Rodrigues de Araújo- senhor de Barbudo
Caro Vasco Jácome
Parece-me, com toda a probabilidade, que Gayo equivocou-se. Os elementos que nos trás das matrículas dos Ordinandos de Braga reforçam essa tese.
Tenho tido o prazer de trocar ideias consigo, da mesma forma gostaria que outros colegas dessem a sua opinião!
Um abraço do
Artur
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caro Vasco Jàcome, caro Artur Joào,
Nào sei ao certo se o Alvaro Rodrigues de Araújo, comendador de Rio Frio era filho de Paio Rodrigues de Araújo, ou de um Paio Rodrigues de Araújo.
Segue a biografia de um Paio Rodrigues de Araújo, um dos 219 biografados de Humberto Baquero Moreno, em « A batalha de Alfarrobeira – antecedentes e significado historico », obra cuja qualidade merece sempre ser salientada (inclusive para o genealogista).
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=10003
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Paio Rodrigues de Araújo
Cavaleiro da casa do rei, desempenhou as funçoes de escrivào da fazenda régia nos reinados de D. Joào I, D. Duarte e D. Afonso V.
Participou na malograda expediçào a Tânger, efectuada em 1437. Dois meses apos a morte d’El-Rei D. Duarte, coube-lhe a tarefa de elaborar, em 9 de Novembro de 1438, o Regimento do Reino atribuido ao Infante D. Henrique, o qual devia vigorar até o Rei D. Afonso V atingie a maioridade.
Durante a regência do Infante D. Pedro, em 17 de Março de 1445, foi nomeado contador-mor da casa dos Contos em Lisboa, em substituiçào de Gonçalo Caldeira. Apos o afastamento do duque de Coimbra do governo do reino, continuou a exercer as suas funçoes. Observa-se a sua fidelidade ao soberano num alvarà exarado em 27 de Abril de 1449, em que D. Afonso V lhe dà instruçoes, no sentido de que ordene ao seu substituto na mencionada casa a sua permanência à frente dela com os restantes oficiais. Neste interessante diploma, o rei chega a precisar que «nom see embarguem de nos vjrem seruir em esta jda honde hora a Deus prazendo jmos a Coymbra porquanto assy o auemos por nosso seruiço».
Combatente em Alfarrobeira ao lado d’El-Rei D. Afonso V, recebeu, como prémio da sua actuaçào, os bens movéis e de raiz pertencentes à Fernào Rodrigues e Alvaro Pires da Regueira, partidàrios do Infante D. Pedro no conflito, residentes em Lisboa e em Montemor-o-Velho respectivamente.
Foi nomeado, em 5 de Março de 1457, juiz dos feitos pertencentes ao juiz da alfândega de Lisboa, numa zona que abrangia a capital e um perimetro de dez léguas à sua volta. Alguns anos depois, em 22 de outubro de 1464, o monarca anexou ao seu oficio de contador-mor o cargo de vedor da fazenda de Lisboa, o que ampliava substancialmente as suas atribuiçoes. Tal funçào tinha sido ocupada pelo falecido Luiz de Azevedo, rico-homem pertencente ao conselho régio.
Acompanhou o rei na sua malograda expediçào a Africa, em 1463, tendo tido o desgosto de ficar privado de dois filhos, Pedro Pais e Rui Pais, ambos mortos quando participavam na desastrosa expediçào a Tânger, realizada no ano seguinte, sob a direcçào do Infante D. Fernando.
Jà era falecido em 17 de Outubro de 1472, data em que foi nomeado seu filho Joào Rodrigues Pais para o mesmo cargo. O seu sucessor obtivera, em 12 de Abril de 1452, a tença anual de 4500 reais brancos para a efectivaçào dos seus estudos. Teve mais dois filhos : Paio Rodrigues e Lopo Rodrigues de Araujo, escudeiros-fidalgos da casa do rei, que lhe devem ter sucedido em conjunto, conforme carta de 25 de Fevereiro de 1464, na posse das rendas e direitos do reguengo de Monçào, que o progenitor trazia da coroa.
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Note-se que este Paio Rodrigues de Araujo tem um itinerario que nào é a propriamente falar representativo da nobreza « feudal ». A priori tem caracteristicas de alto funcionario régio. Mas pode se tratar de uma orientaçào biografica devida à qualidade dos documentos encontrados pelo investigador.
Por mais estamos jà no sec. 15 em que os limites entre funcionarios régios e nobreza vào sendo menos claros.
Além disso, temos uma referência à zona fronteiriça galaico-minhota (Monçào) que corresponde à area de actuaçào dos Araujos.
Melhores cumprimentos
Carlos Silva
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caros Carlos Silva e Artur Camisão Soares
O que posso dizer sobre Álvaros Araújos é que na pg. 36 das “Matrículas”, há um Fernando Álvares, filho de um Álvaro Rodrigues de Araújo e de sua m.er Urraca Fernandes, da freguesia galega de S. Vicente de Lobeira (próxima de Lóbios), que tomou ordens menores a 11.04.1444.
Haverá confusão de Álvaros?
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caros Confrades
Volto ao tópico com a intenção de aclarar a questão.
Que crédito se pode dar aos escritos do Abade de Perozelo?
Melhores cumprimentos
Artur João
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Meu Caro Artur João:
Nos papéis de Abade de Prozelo há alguns documentos com eventual interesse para o tema.
Nomeadamente:
- Um aforamento do Couto de Val de Poldros feito por Payo Rodrigues de Araújo "fidalgo da Caza do muito magnifico e poderoso Senhor ElRey Dom João primeiro, e guardador da sua pessoa, e Comendadeyro da Comenda de Rio Frio, e Rio Caldo, Alcayde Mor do Castello de Lindozo, e senhor de Lobeos em Galiza". deste documento restam apenas legíveis as páginas iniciais, pelo que não se sabe a data.
- Legitimação dos filhos de Álvaro Rodrigues de Araújo, Comendador de Rio Frio, havidos em Constança de Lama (1-9-1475); estes filhos são Rodrigo Álvares de Araújo, Payo Rodrigues de Araújo e Gonçalo Rodrigues de Araújo
- Testamento de Álvaro Rodrigues de Araújo, comendador de Rio Frio, feito em 25-4-1506.
Nele são citados vários filhos, filhas e genros.
- Certidão da Varonia dos Araújos passada pelo Cardeal Dom Veríssimo de Lencastre ao Capitão de Infantaria António de Araújo de Azevedo (10-11-1690).
Esta certidão está já por mim transcrita, aqui, em:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=37403#lista
Quanto aos filhos de D. Lopo Dias de Sousa já o Dr. Abranches de Soveral deixou aqui no Forum -- creio que no tópico Abreus da Grade -- a sua esclarecida opinião.
O que diz o Abade está conforme o documento do Cardeal Lencastre.
Um abraço,
João
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Meu caro João
Muito obrigado pela resposta. Obrigado pelas indicações!
Santa e Feliz Páscoa!!
Grande abraço do
Artur
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caríssimo João
De facto, o confrade já tinha tido a gentileza de me enviar dois e-mails, particulares, sobre a questão: o 1º em 5/03/2002 e o 2º em 6/03/2002.
Poderei pesquisar em mais alguma obra?
Renovado abraço
Artur
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caro Artur:
Confesso que não me lembro do que lhe enviei. Interpreto que terão sido as transcrições dos documentos que referi na nota anterior.
Pouco ou nada posso acrescentar. Nas apontamentos de meu avô sobre Paio Rz de Araújo encontro o que já conhece, com duas anotações:
-"D. João I armou-o cavaleiro em Ceuta, onde foi com 300 homens à sua custa--Vd. "África Portuguesa" de Manuel de Faria e Sousa, cap. 3º, fls. 38";
- Casou com D. Leonor Pereira de Barbudo, filha herdeira de Bernardim de Barbudo, senhor da Torre de Barbudo e do couto de Sabariz. Esta D. Leonor era irmã de Martim Anes de Barbudo, que perdeu a casa, por passar a Castela, como diz Fernão Lopes".
Temos, pelo menos, mais dois Paios Rz de Araújo, depois deste. Um, filho do anterior, de quem descendem os senhores de Passos e outros, na Galiza, e os Cunhas de Braga e Viana; outro, filho bastardo, legitimado, de Álvaro Rz de Araújo, Comendador de Rio-Frio.
Por agora, nada mais lhe posso dizer.
Grande abraço,
João
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caro João
Sim, assim foi.
O Paio Rz de Araújo que vejo referido na carta de armas de José António Pereira de Araújo e Souza foi armado cavaleiro em Ceuta por D. João I: onde «levou 300 homens pagos à sua custa...» !
Vou aproveitar para ler a "África Portuguesa" de fio a pavio.
Grande abraço
Artur
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caro Artur:
Provavelmente já conhece, mas fui ver o que, sobre estes Araújos, nos diz a “Corografia Portugueza” do P.e Carvalho da Costa:
“S. João de Rio frio foy Mosteiro, & Commenda de Templarios, mas extinta esta Ordem de Cavallaria em tempo delRey Dom Diniz, & instituindo elle a de Christo, lhe applicou esta Commenda, de que forão Commendadores depois de viuvo Payo Rodrigues de Araujo, (senhor das Casas de Araujo, & Lobeos, & outras em Galliza, & em Portugal das de S. Fins, Panoyas, & de muias com a Alcaydaria mór de Lindoso, & Guarda mór delRey dom João o Primeiro, & do Infante Dom Henrique seu filho) & Alvaro Rodrigues de Araujo, filho deste Payo Rodrigues de Araujo, que está sepultado à mão direita da Capella mór desta Igreja.
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Tres legoas acima da Ponte da Barca pela mesma ribeira do Lima da parte do Sul, entre as asperas serras da Amarella, & Cabral contiguas com as de Gerés na raya deste Reyno, & do de Galliza, tem seu assento o Concelho, & Castello de Lindoso, nome que lhe poz ElRey Dom Diniz, quando o vio tam galante, depois de o mandar fazer: & parece teve tanto gosto ElRey de se obrar este Castello, que se dilatou dias em Soajó da outra parte do Lima só por este respeito; & de certo posto vinha ver como crescia a fabrica: & logo entregou a Alcaydaria mór delle a Payo Rodrigues de Araujo o Cavalleiro, senhor de Araujo, Lobeos, Gendive, Ogos, Torno, Alcayde mór dos Castellos de Santa Cruz, Sande, & Milmanda, & muitas apresentaçoens de officios, & beneficios em Galliza, & em Portugal senhor dos Coutos de Val de Poldros, Soutello, & Ris Caldo, & o primeiro Alcayde mór de Castro Laboreiro, & de Lindoso.
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Nestas montanhas, em que ha muita caça, & veação, houve antigamente hum Couto, a que chamavão Val de Poldros, o qual fez, marcou, & defendeo Payo Rodrigues de Araujo, de que possue parte seu sexto neto Manoel de Araujo de Caldas, Sargento mór de Valladares, inda que atenuado em parte das grandes regalias que tinha.
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Santa Maria de Barbudo, a quem está unida ha annes a Parochia do Salvador de Parada, Abbadia simples com Vigario, ambas do Ordinario, tem o Vigario dez mil reis, ao todo cincoenta mil reis, & para o Abbade trezentos mil reis. Aqui ha huma Torre antiga Solar do appellido de Barbudo, que os copiadores do conde Dom Pedro erradamente dizem Barundo; compreendia em si muitas fazendas, particularmente a nobre quinta de Geja. O primeiro de seus habitadores, de que achamos noticia, he Dom Gonçalo Pires de Belmir, do qual logo tornaremos a fallar em Toriz; não se sabe o nome de sua mulher, que devia ser senhora desta Casa; teve della Sueyro Gonçalves de Barbudo, João Gonçalves de Barbudo, Fernão, ou Rui Gonçalves, Pedro Gonçalves de Barbudo, Gonçalo Gonçalves de Barbudo, Dona Sancha Gonçalves, mulher de Gonçalo Rodrigues da Maya o Velho do Couto de Palmazõs, & Dona Maria Gonçalves, mulher de Rodrigo Henriques de Louredo; & diz mais o conde Dom Pedro, que todos assim se appellidàrão, por serem daqui naturaes, & terem muitos bens; de todos ha illustre descendencia, & ainda a Casa se conserva nelles; porque supposto a varonia della se acabou em Bernadim de Barbudo, foy sua filha herdeira Dona Leonor Pereyra de Barbudo, huma das tres mulheres de Payo Rodrigues de Araujo o Cavalleiro senhor das Casas de Araujo, & Lobeos, os quaes entre outros nasceo Gonçalo Rodrigues de Araujo, que herdou heste Solar, & foy pay de Payo Rodrigues de Araujo, que viveo na quinta de Arca, & tambem lhe chamàrão o Cavalleiro. De Sueyro Gonçalves de Barbudo, & sua mulher Dona Tareja Pires de Novaes descendérão os melhores Soares do Reyno, & de hum seu filho foy o Solar de Outeyro de Poldros, de que fallamos em Prado. Tambem tem por certo ser filho desta Casa Dom Frey Martim Annes de Barbudo, que no anno de 1385. foy eleito Mestre Geral da Ordem da Cavallaria de Alcantara, que chamamos Aviz; o epitafio que tem na sepultura, publica seu valor, o qual diz: Aqui jaz aquelle, que de nenhuma cousa houve pavor em seu coração. Tem os Barbudos por Armas em campo de ouro cinco estrellas vermelhas, & huma bordadura azul, timbre dous braços de Leão de ouro em aspa muito gadelhudos de cabellos vermelhos, & entre elles huma estrella das Armas, & outra nas unhas em todo semelhantes às dos Barbudos. No alto do monte Brito, aonde chamão o Castello dos Mouros (outro dos Barbudos) se vem vestigios, de que o houve, & com a pedra delle se reedificou a Ponte do Prado. Na Aldea de Real ha outra Torre antiga, não sabemos de que familia fosse Solar; muitos querem que dos Barros, ou pertença sua: mas sopposto alguns assim se appellidem, o Solar he em Regalados, como dizem muitos Geneologicos. Com alguns bens passou esta Torre aos Mesquitas de Outiz: teve-a Fernão de Mesquita; depois a comprou Estevão Falcão Cota, Thesoureiro mór da Sè de Braga, que tudo poz em Morgado, & de presente o logra Manoel Falcão, fidalgo daquella Cidade. Ha nesta Freguesia humas antigas ruinas de huma Casa, a que chamão o Paço dos Sylvas; devia ser de Dom Payo Guterres da Sylva, Ricohomem, & Viso-Rey de Portugal por ElRey Dom Affonso o Sexto, que seguio a Corte do Conde Dom Henrique, o qual de sua segunda mulher Dona Urraca Rabalves teve a Dona Gontinha Paes, mulher de Pedro Soares de Belmir, & de ambos era bisneto Dom Gonçalo Pires de Belmir, de quem já fallamos, & por sua descendente a possuío a mulher de Pacoal Borges Leite, Capitão mòr de Regalados, com pleito com a Casa de Gege, a quem pela mesma via pertence. Ha mais a quinta do Sol, cousa muy vistosa, que em Morgado possuem filha, & genro de Pedro Barreto de Menezes, que sendo por varonia Abreu de Regalados, tem por casamentos incluido em si os Barretos, & Menezes da Casa dos Magalhaens da Ponte da Barca, & dos Limas de Giella, Viscondes de Villa-nova de Cerveira."
Ponho as indispensáveis reservas...
Obrigado,
João
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caro João
Belíssima transcrição a que faz de excertos da "Corografia Portuguesa". Já lá vão uns bons anos (por volta de 22) onde no antigo A.N.T.T.T., junto à A.R., a consultei. Movia-me uma curiosidade especial: o deslindar dum escrito misterioso (a carta de Caetano Pereira de Araújo e Souza), para além de alguns relatos orais de meu pai e de minha tia-avó Cláudia Pereira Camisão.
Bons tempos esses, em que eles ainda eram vivos...!
Bom, voltando á questão primacial: terei as devidas cautelas!!
Outro abraço
Artur
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Caro João
A carta de José António Pereira de Araújo e Souza (assim como a de Caetano Pereira de Araújo e Souza) dão como filho de Alvaro Rodrigues de Araújo: Rodrigo Álvares de Araújo. Este último foi pai de Sebastião Rodrigues de Araújo que se casou com Joanna Dias Rebello (ambos aqui no Genea)!!
Abraços
Artur
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RE: Paio Rodrigues de Araújo
Meu Caro Artur:
E julgo que assim é. De facto, no seu testamento, Álvaro Rodrigues de Araújo deixa como testamenteiro o seu filho Rodrigo. Menciona também outro filho, Álvaro Rodrigues, uma filha, Lucrécia (possivelmente a única solteira naquela data), e vários genros: Pedro Álvares, Gonçalo de Morim, Rodrigo Álvares de Mantelães, João Gomes, Álvaro Pires de Caravana, Luís de Moreira e Afonso Garcia, omitindo o nome das filhas com quem casaram; e ainda uma neta, Mayor.
Alguns autores dão ao nosso Comendador de Rio-Frio 22 filhos de várias mulheres solteiras! Uma delas, Catarina de Lama (e não Lima, como diz o Gayo) mãe dos três filhos legitimados em 1475, também é contemplada no testamento. Outras terão sido Guiomar de Villafranca e Branca Afonso.
Se não tem este testamento, posso enviar-lhe a transcrição.
Filhos, netos e bisnetos com nomes iguais, têm gerado alguns equívocos.
Tenho o "Supra Camões" onde já vi a transcrição da CBA's.
Forte abraço,
João
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RE: Paio Rodrigues de Araújo- senhor de Barbudo
Caro colegas,
Tenho um interesse particular na família Araújo, da qual tenho procurado recolher documentação, sobretudo relativa ao período anterior ao aparecimento dos registos paroquiais, uma vez que já levantei esta informação até ao meus 9.os avós Gaspar de Araújo de Azevedo, e sua mulher Constança de Abreu, que viveram em Valença, nos finais do séc. XVI e inícios do séc. XVII (v. F. Gayo, tt.º de Araújo, §-37). Tendo em consideração que esta é uma família com muita descendência tanto em Portugal como em Espanha, e para não sobrecarregar os tópicos já abertos sobre outros ramos, vou abrir um outro neste fórum para a partilha de informação relativa aos seus ascendentes, com o nome: Araújo, de Portugal e da Galiza - Ramo 01.
Achei muito interessante a transcrição da certidão passada pelo Cardeal D. Veríssimo de Lencastre a António de Araújo e Azevedo, da Barca, que curiosamente tem o mesmo nome do meu 4.º avô, e que aparece resumidamente transcrita nos documentos deste meu ramo familiar, e no "Portugal Antigo e Moderno" do Pinho Leal (v. Souto, Casa do).
Gostaria de muito de consultar os sites da Vera (silvestre) e do João (jpcmt) referidos no tópico 'Novais de Araújo', pelo que lhes peço o favor de me enviarem os respectivos endereços para o meu correio-e: nunoborgesdaraujo@netc.pt.
Venho aqui partilhar uma informação, que talvez alguns de vós desconheçam, relativa à participação de um outro Paio Rodrigues de Araújo, escudeiro de Pedro Alvarez de Sotomayor, numa interessante escritura realizada na Galiza em finais de 1470. Foi publicada em dois livros sobre a nobreza galega na Idade Média, um do já nosso conhecido medievalista José García Oro (1999) e outro de Eduardo Pardo de Guevara y Valdés (2000) com leituras ligeiramente diferentes, inclusivamente no que se refere ao local e data precisa da sua realização (provavelmente correspondentes a momentos diferentes da certificação do mesmo documento), pelo que transcrevo primeiro o de mais recente publicação, e em seguida o outro. Na leitura de García Oro, em vez de Paio Rodrigues de Araujo (ou Arauxo) aparece Aranxo, o que deve ser um problema de escrita ou da leitura do documento, uma vez que desconheço a existência de tal apelido.
Passo a transcrever:
Pardo de Guevara y Valdés, Eduardo - Los señores de Galicia: Tenentes y Condes de Lemos en la Edad Media II. A Coruña: Fundación Pedro Barrié de la Maza, 2000. ISBN (obra completa) 84-89748-71-3, (tomo II: 84-89748-73-X. (Colección «Galicia Histórica» preparada por el Instituto de estudios Gallegos "Padre Sarmiento". CSIC), [vol. II], doc. 176, p. 186-188:
[Doc.] 176
1470, octubre, 13, Mucientes.
Confederación entre don Pedro Álvarez Osorio, conde de Lemos, don Juan de Stúñiga, vizconde de Monterrey, Sancho de Ulloa, Pedro Álvarez de Sotomayor, Lope Sánchez de Ulloa y Moscoso, Diego de Andrade, Suero Gómez de Sotomayor y Diego de Lemos, contra el Arzobispo de Santiago, la marquesa de Astorga y la hermandad que éstos han levantado.
ADA, Sécción de Lemos, C-85-36. Edit. por J. García Oro, Señorio y Nobleza. Galícia en la baja Edad Media. Santiago de Compostela, 1977, 251-252.
Ihesús. Por quanto el arçobispo aconpañado de mucha soberbia y codiçia se senorea las çiobdades, villas y lugares del rey, nuestro señor, e asy los bienes e faziendas de los cavalleros e fidalgos deste regno de Gallisia que en su yglesia e dignidad le restituyeron, de la qual estava despojado por la hermandad de los pueblos, e ahá començado novamente levantarlos en hermandad para destroyr e hocupar las casas e fasyendas de los sobredichos cavalleros fidalgos, para lo qual se ha alyado e confederado con la marquesa de Astorga, en nonbre del marqués, su fijo, e con otros cavalleros. E aviendo memoria de los grandes dapnos e males que por aquella hermandad, segund es notorio en estos regnos de Castilla e Gallisia, los sobredichos ovieron resçebido, para lo qual resestir e \de/ aquélla nos anparar e defender e asy del sobredicho arçobispo e marquesa e hermandad las cosas por nosotros poseydas por qualquier caso o rasón que las tengamos y por bien e concordia de nuestras vidas, estados y faziendas, acordamos de nos aliar e confederar e nos aliamos e confederamos para lo sobredicho, yo don Pedro Osorio, conde de Lemos, e yo, don lohán d'Estúñiga, visconde de Monterrey, e Sancho de Ulloa, e Pero Álvares de Sotomayor, Lope Sanches de Ulloa e Moscoso, Diego d'Andrade, Suero Gomes de Sotomayor e Diego de Lemos, para nos ayudar los unos a los otros e los otros a los otros e todos a cada uno, e qualquier de nos contra los sobredichos arçobispo, marquesa y hermandad. Primeramente, que si alguno de nos, los sobredichos cavalleros, fuere requerido por otro qualquiera de nosotros que seamos hobrigados de nos ayudar los unos a los otros e los otros a los otros como dicho es, con la gente que buenamente poderemos para resistir lo quel dicho arçobispo y señora marquesa, en nonbre del marqués su fijo, e hermandad, nos quiera ocupar e tomar e que la gente que asy enbiaremos unos a otros seamos hobrigados de la pagar por un mes e se mais oviere menester de estar con el cavallero e o cavalleros a quyen fueren ayudar, que sean hobrigados de los pagar a veynte maravedís de sueldo por cada lança, segund la calidad de la cosa lo requerir. Iten que los sobredichos cavalleros don Pedro Osorio, conde de Lemos, y don lohán d'Estúñiga, visconde de Monterrey, y Sancho de Ulloa e Pero Álvares de Sotomayor e Lope Sanches de Ulloa y Moscoso e Diego d'Andrade e Suero Gomes e Diego de Lemos prometen de se non ygualar con los sobredichos arçobispo y marquesa, ni su fijo el marqués syn consentimiento de todos los sobredichos. E más prometen que sy por qualquiera de los sobredichos aliados confederados fuere tomado uno a otro o otro a otro villas, tierras o vasallos o rentas o señoríos que qualquiera, que lo tomaren que lo entreguen a su dueño e que ge lo dexe libre e desenbargadamente syn le demandar costas ni despensas que en la aver tomado ayan fecho. Para lo qual asy todo tener e conplir e agardar, nos los sobredichos don Pedro Osorio, conde de Lemos, e don lohán d'Estúñiga, visconde de Monterrey, e Sancho de Ulloa e Pedro Álvares de Sotomayor, e Lope Sanches de Ulloa e Moscoso, e Diego d'Andrade, e Suero Gomes de Sotomayor e Diego de Lemos, prometemos e fasemos pleito e homenajee una e dos e tres veses, una e dos e tres veses, una e dos e tres veses, como cavalleros e honbres fijosdalgo en manos de Gonzalo de Varros de Vanboa, honbre fijodalgo, que de nos lo resçibe, que ternemos e cunpliremos todo lo que dicho es cada cosa e parte dello e non yremos ni vernemos contra ello ni contra parte dello, so pena de cayer en aquellas penas en que cayen los cavalleros e honbres fijosdalgo que quiebran su fe, que non guardan sus pleitos e homenajees, por los que los unos seamos çiertos de los otros fesymos faser para cada uno de nosotros su escriptura1254 todas en hun tenor, tal la una como la otra, firmadas en ellas nuestros nonbres e signadas de notario público.
Feyto e outorgado este dicho contrabto de confederaçión en la Puente Abrojo, a trese días del mes de novienbre del año del señor de mill e quatroçientos e seteenta años. Testigos que foron presentes: Juan Veloso, Goterre Fálcón, Juan Rodrigues Nonaees, Françisco de Valle, Pay Rodrigues d'Araujo, escuderos del señor Pedro Álvares de Sotomayor, e para ellos llamados e espeçialmente rogados. E porque fuese más çierto y non veniese en duda esta dicha confederaçión y fuese más firme rogamos a Vaasco Camiña, notario que firmase e signase este dicho contrabto de confederaçión e signo acostunbrado. Sancho de Ulloa (Firma). Lopo Sanches (Firma). Sotomayor (Firma). Et eu, Vasco Camiña, notario público que a esto todo que susodito he en huun con os ditos testemuios chamado e rogado presente fui, este dito contrato de confederaçión segundo que por ante mi pasou en mina presença por outro fielmente fis escripvir e aquí meu nome e syno fis en testemuio de verdade, que tal hé, rogado e requerido. Vasco Camiña, notario (Signo)1255.
1254 Repetido: su escriptura
1255 Sigue otra firma ilegible.
Braga, 25 de Abril de 2003 Nuno Borges de Araújo
Direct link:
RE: Paio Rodrigues de Araújo- senhor de Barbudo
O mesmo texto publicado noutra leitura:
García Oro, José - Galicia en la Baja Edad Media: Iglesia, señorío y nobleza. 2.ª ed. Noia (A Coruña): Toxosoutos, 1999. ISBN: 84-89129-61-4. (Serie Trivium), doc. 176, p. 300-301:
VI
1470, noviembre, 13, Puente Cabrezo.
Confederación entre D. Pedro Osorio, Conde de Lemos, D. Juan de Estúñiga, vizconde de Monterrey, Sancho de Ulloa, Pedro Alvarez de Sotomayor, López Sánchez de Ulloa y Moscoso y Diego de Andrade, Suero Gómez de Sotomayor y Diego de Lemos contra el arzobispo de Santiago y la marquesa de Astorga.
ADA, Lemos, c. 85-32.
Jesus Christus. Por quanto el arzobispo de Santiago acompañado de mucha sobervia y codicia de señorear las ciudades, villas y lugares del Rey nuestro señor, e asi los bienes e fasiendas de los caballeros e fidalgos de ese Reino de Galicia que en su iglesia e dignidad le restituyeron, de la qual estava despojado por la hermandad de los pueblos se ha comenzado nuevamente levantarlos en hermandad para destruir e ocupar las casas e fasiendas de los sobredichos caballeros y fidalgos, para lo cual se ha aliado e confederado con la marquesa de Astorga en nombre de los marqueses sus fijos e con otros caballeros, e no habiendo memoria de los grandes dannos e males que por aquella hermandad segun es notorio en estos reinos de Castilla e Galicia, los sobredichos hubieren rescibido, para lo qual resistir e de aquella nos amparar e defender e asi del sobredicho arzobispo e marquesas e hermandad las cosas para nosotros poseidas por cualquier caso o razon que las tengamos y por bien e concordia de nuestras vidas, estados y fasiendas acordamos de nos aliar e confederar e nos aliamos e confederamos para lo sobredicho. Yo D. Pedro Alvarez Osorio, Conde de Lemos, y yo, Don Juan Estúñiga, vizconde de Monterrey, yo Sancho de Ulloa e Pedro de Sotomayor, López Sánchez de Ulloa e Moscoso, Diego de Andrade, Suero Gómez de Sotomayor, Diego de Lemos, para nos ayudar los unos a los otros, e los otros a los otros, e todos e cada uno e cualquier de nos contra los sobredichos arzobispo, marquesa e hermandad. Primeramente, que si alguno de nos, los sobredichos caballeros fuere requerido por otro cualquiera de nosotros que seamos obligados de ayudar los unos a los otros e los otros a los otros, como dicho es, con gente que buenamente poderemos para resistir a los dichos arzobispos e señora marquesa, en nombre del marques su fijo e hermandad nos quieren ocupar e tomar e que la gente que asi enviaremos unos a otros, seamos obligados de la pagar por un mes e se mais hobiere menester de estar con el caballero o cavalleros a quien fueron ayudar, que sean hobligados de le pagar a 20 maravedis de sueldo para cada lanza segund la calidad de la cosa lo requiere. Item que los sobredichos caballeros don Pedro Osorio, Conde de Lemos, e D. Juan de Estúñiga, visconde de Monterrey e Sancho de Ulloa, e Pedro Alvarez de Sotomayor e López Sánchez de Ulloa e Moscoso, e Diego de Andrade, e Suero Gómez e Diego de Lemos, prometen de se non igualar con los sobredichos arzobispo e marquesa e su fijo el marqués, sin el consentimiento de todos los sobredichos mas prometen que si por cualquiera de los sobredichos alzados confederados fuere tomado uno a otro, otro a otro, villas, tierras o vasallos o rentas o señoríos que cualquiera que lo tomare se lo entregue a su dueño e que se lo dexe libre e desembargadamente sin le demandar cosas ni despensas que en la aver tomado haya fecho, para lo cual asi todo tener e cumplir acordamos los sobredichos don Pedro Osorio (y todos los nombres antes mencionados) prometemos e facemos pleitohomenaje una e dos e tres veces; una e dos e tres veces; una e dos e tres veces, como caballeros homes fijosdalgo en manos de Gonzalo de Barros hombre fijodalgo que nos lo rescibe que ternemos e que cumpliremos todo lo que dicho e cada cosa e parte de ello e non iremos nin vernemos contra ello nin contra parte de ello, so pena de caer en aquellas pena que cayen los caballeros e homes fijosdalgo que quebrantan su fe e non guardan sus palabras homenajes e porque los unos seamos ciertos de los otros quisiemos facer para cada uno de estos otros, su escritura todas un tenor tal la una como la otra, firmados en ellas nuestros nombres, signados de notario público. Feito e otrogado este dicho con trato e confederacion en la Puente Cabrezo a los 3 dias del mes de noviembre del año del Señor de 1470 años, testigos que fueron presentes: Juan Beloso, Gutiérrez Fálcón, Juan Rodríguez Nonantes, Francisco de Pais Rodríguez de Aranxo, escudeiros de Pedro Alvarez de Sotomayor e para ello llamados e especialmente rogados.
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