Os Kenedy Portugueses e o nosso "máscara de ferro"
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Os Kenedy Portugueses e o nosso "máscara de ferro"
Caro Francisco António Dória
Na sequência da sua pergunta, se Rose Kenedy era não, ou não, Fitzgerald, voltei a indagar o meu amigo, uma figura impar, na qualidade, dos últimos nobres aventureiros Portugueses... dos últimos cinquenta anos, António Júlio d’ Albergaria Spínola Barreto. Naturalmente cidadão do mundo...especialmente o nosso.
A questão de Rose, matriarca da geração de John ( presidente) e irmãos, ser Portuguesa, foi uma afirmação falsa minha. A situação é a seguinte:
O bisavô de António Júlio, António Sebastião Spínola Barreto, no período das nossas guerras “Liberais”, emigra para os EUA, casa-se com Mary Anne Kenedy ( anos 1870), esta senhora era irmã de um banqueiro Kenedy, avô destes John e irmãos, é por sua vez, pai do grande contrabandista do período da Lei Seca dos EUA.
O avô de António Júlio, chama-se Júlio Olavo Kenedy Spínola Barreto, o pai, António Sebastião Spínola Barreto.
Há alguns anos, António Júlio recebeu uma carta dos EUA, em que a família Kenedy os convida a visitá-los, na qualidade de familiares ...
António Sebastião era senhor, do Morgado de S. Gil, da ilha da Madeira.
A ascendência desta família é curiosíssima, segundo António Júlio, descendem de Gonçalo Trastâmara Fernandes, que é o primeiro filho de D.Afonso V, com uma Trastâmara. Foi enviado para a ilha da Madeira, tornando-se o “Máscara de Ferro Português”, conveniências políticas ao que parece, terão sido razão dessa atitude. D.João II, no entanto sempre tratou o irmão primogénito com consideração e carinho, Gonçalo abdicou em vida de quaisquer pretensões ao trono, permanecendo o resto da sua vida na Madeira.
Segundo António Júlio, existe uma publicação sobre o assunto.
Um abraço,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Os Kenedy Portugueses e o nosso "máscara de ferro"
Caro José de Azevedo Coutinho,
O livro em questão é da autoria de Luiz peter Clode, e leva por título «Descendência de D. Gonçalo Afonso d'Avis Trastamara Fernandes - O Máscara de Ferro Português», ed. Governo Regional da Madeira, Funchal, 1983.
É este estudo uma leitura curiosa, pelo menos.
Cumprimentos
NB
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O "máscara de ferro" português
Caro José de Azevedo Coutinho
No caso de ter sido verdade que tenha existido um filho secreto de D. Afonso V, com sua 2ª mulher e sobrinha D. Joana, rainha legítima de Castela destronada pela tia Isabel a Católica, esse filho seria sempre mais novo que D. João II, fº do 1º casamento do rei D.Afonso V com sua prima D. Isabel de Aviz, fª do Regente Duque de Coimbra.
Em nada a sucessão à Coroa portuguesa seria alterada quando esse filho tivesse sido escondido, pelo menos inicialmente. Era a sucessão legítima na Coroa de Castela, usurpada pela Católica, que estava em causa, apenas, e obrigou por tratado que em Portugal a Rainha D. Joana, madrasta e prima de D. João II, pudesse usar apenas do tratamento de «Excelente Senhora».
As mesmas razões políticas de paz peninsular levaram a que em Portugal se lhe retirasse o tratamento a que tinha legitimíssimo direito: além do de rainha reinante de Castela, também o de rainha consorte de Portugal, declarando-se este casamento como nulo por não consumado... coisa que as fontes coevas obviamente parecem desmentir.
Só com a morte sem descendência do Príncipe D. Afonso, fº único de João II, na Ribeira de Santarém, esse suposto infante do segundo casamento de D. Afonso V se tornaria sucessor em Portugal e, se subisse ao trono em Lisboa, afastando D. Manuel I, seria de novo perigoso para Castela dada a legitimidade dos direitos sobre o trono castelhano que deteria.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: O "máscara de ferro" português
Caro Alexandre.
Relativamente a esse lamentável acidente na Ribeira de Santarém, nunca consegui saber quem eram os Cavaleiros que acompanhavam o Príncipe nessa altura.
Vasco
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RE: Príncipe D. Afonso, fº de D. João II
Caro Vasco,
Adiantando alguma coisa:
Da "Crónica d'El-Rei D. João II" de Garcia de Resende:
"O Príncipe [...] começou de passear pelo campo, e lançar o ginete por ser de singular rédea e muito ligeiro, e cometeu a D. João de Menezes, o que morreu em Azamor, primeiro capitão que nele houve, homem de muito merecimento e qualidade, que corressem ambos uma carreira, de que D. João se escusou por ser já noite.[...] O Príncipe[...] apertou com D. João que todavia corressem. E D. João pela muita vontade que para isso lhe viu, o fez, e o tomou pela mão, e correndo asi ambos à carreira, na força do correr o cavalo do Príncipe caíu...etc."
Um abraço,
João
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RE: Príncipe D. Afonso, fº de D. João II
Meus caros João e Vasco
Este naco estava inserido num texto dos nossos manuais de "Português" do liceu!
Não me lembra já do ano...
Bem por certo q. nos obrigaram a dividir as orações e a fazer as respectivas análises morfológicas, sintáticas, etc....
Abraços
MM
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RE: Príncipe D. Afonso, fº de D. João II
Caríssimo João.
Este assunto fêz-me recordar ter lido algures que um dos Cavaleiros que acompanhava o Príncipe, ou não estava lá mas era seu grande amigo, assumiu um luto perpétuo colocando nas suas armas "umas ou várias listas negras". Há muito que procuro esse livro lido na minha mocidad e que agora não encontro!
Um grande abraço
Vasco Briteiros
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RE: Príncipe D. Afonso, fº de D. João II
Meu Caro Manuel Maria:
No meu tempo (sou mais velho!) era com "Os "Lusíadas" e as "Lendas e Narrativas" -- e mais as suas orações -- que nos massacravam o juízo...
Um abraço, João
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RE: Príncipe D. Afonso, fº de D. João II
Meu Caro Vasco:
A essa não lhe sei responder!
O que se diz na Crónica é que D. João de Menezes "desapareceu, e se foi com muita tristeza, e esteve anos sem vir à corte, até que por mandado d'El-Rei veio".
Outro abraço,
João
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RE: Príncipe D. Afonso, fº de D. João II
Meu caro João
Numa margem do Tejo... no vale de Santarém...
tenho uma vaga reminiscencia destas referencias.
Os meus manuais do liceu ainda eram os mesmos do tempo do meu sôgro, nascido em 22 e alguns professores (q. o Vasco conheceu bem) haviam sido do meu Pai, n. em 1911!
Bem me lembra dividir as orações em "O Lusíadas" e considerar dum ridículo atroz que o professor ali apontasse inúmeros erros!
Hoje parece q. sequer é lido, quanto mais analisado!
Outro abraço
MM
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Opinião do Marquês de Abrantes
Caros Confrades:
Chamo a atenção para o artigo do falecido Marquês de Abrantes (D. Luís Gonzaga) intitulado “Pretensões, pretendentes & Cª” (Armas e Troféus, VI Série, Tomo II, 1989/90, pp. 29-72) em que considera a ascendência real real de Gonçalo “Trastâmara” Fernandes uma lenda totalmente inverosímil (nas suas palavras, p. 41, “A cronologia, aliás, é uma das bases mais seguras para se avaliar da total inverosimilhança da lenda”), cuja origem o autor atribui aos finais do séc. XVII. O primeiro autor que, segundo o Marquês de Abrantes, refere essa ascendência seria Henrique Henriques de Noronha (1667-1730) o qual, no entanto, afirma que Gonçalo Fernandes foi Vedor da Casa do Infante D. Fernando, falecido em 1470, portanto cinco anos antes de D. Afonso V se ter casado com a “Excelente Senhora”...
Embora só possa ajuizar desta questão com base no que li neste artigo, parece-me que se levantam fortíssimas dúvidas quanto à referida ascendência.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Príncipe D. Afonso, fº de D. João II
Caros João e Manel
Além dessas ainda tive o Franciscuo Saa de Miranda(era o patrono do nosso Liceu) e as sua "Éclogas" mais o Bernardim Ribeiro e o Auto da Barca do Inferno ( era um Inferninho que fazia suar e bem!).
Abraços Literatos Lusitanos!
Vasco
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RE: Opinião do Marquês de Abrantes
Podem-me informar qual o topico onde o Francisco Doria faz a tal pergunta dos Kennedy...
Cumprimentos,
Filipe
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RE: O "máscara de ferro" português
Caros Confrades,
este tópico ja tem alguns anos, e eu somente agora o li, e interessou me este Dom Gonçalo D'Aviz Trastamara Fernandes, e o nome da Filha do Regente Duque de Coimbra, Dona Isabel de Avis.
È que eu ando a tentar encontrar um suposto Avis, passo a esplicar, em 1600 encontro um Martim Afonso d'Aviz , Escrivão do Juizo Ordinario de Mina, India e Guiné. filho de Martim Afonso d'Aviz e neto de Martim Afonso d'Aviz. Ainda não consegui recuar mais para saber de onde vem esta familia Avis, mas o nome Martim Afonso e o apelido AVIZ são bastante sujestivos.
Podem os confrades ajudar me?
Sinceros CUmprimentos
João da Silva Gaspar
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RE: O "máscara de ferro" português
Caro João da Silva Gaspar
Existiu um tal Gonçalo de Aviz que foi escudeiro da Casa de D. Fernando, natural de Alcácer.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: O "máscara de ferro" português
Caro José Maria .
Muito Obrigado pela sua resposta. Como poderei saber qual a ascendencia de tal Gonçalo de Aviz e a sua possivel descendencia?
Cumprimentos
João Paulo
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RE: Opinião do Marquês de Abrantes
caro senhor
Venho desde já algum tempo fazendo uma investigação sobre a minha ascendência e obtive a informação de que o falecido Sr. Marquês de Abrantes (D. Luís Gonzaga) escreveu um artigo intitulado “Pretensões, pretendentes & Cª” (Armas e Troféus, VI Série, Tomo II, 1989/90, p. 109), em que faz referencia a pessoas que podem estarem relacionadas com a minha ascendência, por este motivo pedia a gentileza se possível, que me informa-se onde posso consultar a fonte acima referida.
Desde já agradeço, toda e qualquer informação.
Com os meus melhores cumprimentos.
Luz Aniceto
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RE: Opinião do Marquês de Abrantes
Caro confrade,
Essa revista deverá existir na Biblioteca Nacional de Lisboa, mas eu próprio tenho um exemplar; posso fazer uma consulta do artigo se me der alguma indicação específica.
Com os melhores cumprimentos,
António B ivar
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RE: Opinião do Marquês de Abrantes
Caro Confrade,
Desde Já agradeço a sua amabilidade em responder-me.
Quando comecei a investigar a origem do meu apelido, solicitei ao fórum da geneall, um pedido de ajuda, o qual me foi prontamente respondido, sugerindo que o meu apelido poderia tratar-se de Patronímico. Continuando a minha investigação direccionada para esta hipótese, encontrei nos registo da geneall, uma referencia, a um individuo que usou o nome de Aniceto da Silva, nascido em Sintra, Almargem do Bispo, em 1770, filho de António Pedroso nascido em 1740 e de Rosa Felícia nascida em 1745, este dados foram por mim confirmados através do assento de nascimento da paróquia da freguesia de Almargem do Bispo, neste assento não tinha a descrição do local de nascimento, quer de António Pedroso quer de Felícia.
Aniceto da Silva casou em Odivelas, Ferreira do Alentejo a 13-02-1804 com Gertrudes Rosa Ferreira, nascida em Odivelas em 21-02-1773, filha de Paulino Ferreira, nascido em Odivelas Ferreira do Alentejo (existe uma alusão á freguesia de S. Nicolau em Lisboa) a 22-06-1736 e de Maria da Encarnação nascida em 9-10-1744.
Paulino Ferreira e Maria da Encarnação tiveram vasta prol, sendo Gertrudes Rosa Ferreira uma das filhas do meio. Aqui começa as minhas interrogações, após o casamento de Aniceto da Silva com Gertrudes Rosa Ferreira e tendo este casal filhos, parece-me muito possível que os filhos gerados deste casamento tenham lhes sido dado o apelido de Aniceto, para se diferenciarem, dos filhos dos irmãos mais velhos de Gertrudes.
Como a minha família paterna e eu inclusivo, somos oriundos de Ferreira do Alentejo. Lembro-me apesar da minha idade avançada, que meu falecido pai dizia que meu 3º Avó tinham origem em Odivelas, Ferreira do Alentejo.
Como vi através da geneall referencia às fontes AT 1989 pp.108 e 109, pensei que me poderia acrescentar algo mais á minha pesquisa.
Peço desculpa pela extensa exposição, e agradeço a sua disponibilidade em responder-me.
Com os meus cumprimentos.
Luz Aniceto
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RE: Opinião do Marquês de Abrantes
Caro Confrade,
Consultando a referência que se encontra na página de Aniceto da Silva no Geneall verifico que não diz respeito ao artigo do Marquês de Abrantes referido na sua anterior mensagem mas ao que se lhe segue na mesma revista, da autoria do Embaixador Carlos Macieira Ary dos Santos com o título "A naturalidade e a família de Silvestre Pinheiro Ferreira"; infelizmente esse artigo não adianta nada em relação à descendência ou ascendência de Aniceto da Silva. Não sei se já esgotou a possibilidade de utilizar os assentos paroquiais de Ferreira do Alentejo para procurar a sua ascendência (há assentos desde o século XVII, como pude verificar); embora não seja impossível, só a coincidência do seu apelido com o nome próprio de Aniceto da Silva, parece-me muito pouco para concluir o que quer que seja, apesar da coincidência geográfica... Tenho encontrado coincidências muito mais significativas e que não correspondem a ligações genealógicas!
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Opinião do Marquês de Abrantes
Caro António Bivar
Agradeço a sua disponibilidade em me responder, assim como a informação prestada, cá volto eu novamente á estaca zero.
Quanto aos assentos paroquiais de Ferreira do Alentejo, tentei obter informação através do Arquivo Distrital de Beja, local onde os assentos paroquiais estariam presumidamente depositados, o que fui informado por uma funcionárias desses Serviços, que a referida documentação teria sido enviada para a Torre do Tombo.
Gostaria que se possível, me informa-se, qual a possibilidade de eu poder ter acesso a referida documentação no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, uma vez que não sou investigador, se houver possibilidades de ter acesso, quais os passos que deve dar.
Grato pela sua atenção,
Com os meus melhores cumprimentos.
Luz Aniceto
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Consultas Torre do Tombo
Caro Luz Aniceto,
A documentação que se encontra na Torre do Tombo é pública e qualquer cidadão tem direito de a consultar, dentro dos limites legais em vigor. Pode dirigir-se à Torre do Tombo e solicitar um cartão de leitor temporário; os funcionários da sala dos índices dão o apoio básico para encontrar os documentos que lhe podem interessar. Pode consultar o site da Torre do Tombo http://antt.dgarq.gov.pt/ e aqui no geneall as indicações básicas para iniciar uma pesquisa genealógica.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Consultas Torre do Tombo
Caro António Bivar
Agradeço toda a atenção por si disponibilizada, assim com o seu conselho no sentido de continuar esta minha pesquisa.
Com os meus melhores cumprimentos.
Luz Aniceto
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Os Kenedy Portugueses e o nosso
Afonso I o Conquistador, rei de Portugal is my 21st great grandfather.
Eu
→ Dr. Joaquim Telêmaco Carneiro
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Os Kenedy Portugueses e o nosso
Caro Confrade,
Se ler uma minha mensagem acima em que refiro um artigo do Marquês de Abrantes, verá que se levantam fortes dúvidas quanto à filiação no rei D. Afonso V do referido Gonçalo Fernandes.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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Os Kenedy Portugueses e o nosso
Caro Confrade,
Sobre | histórico
"criou-se em casa d’a Excellente Senhora D.Joanna, e foi Vedor d’o Infante D. Fernando, Pae d’El Rei D. Ma¬nuel, veio a esta Ilha p.r mandado d’a dieta Senhora com bôa e luzida Casa, sem se dar a conhecer, nem se saber quem fossem até o prezente seus Paes. Fez seu assento n’a Ribeira d’os Soccorrídos; porém, le¬vando-lhe uma chêa as casas, a mudou para a Calhêta, e’em um sítio, a que chamão a Serra d’Agua, de quem elle tomou o nome, fabricou casas e uma Ermida de Nossa Senhora d’a Conceição, a que avinculou sua ter¬ça, tomandoa com muito luzimento, e bôas pinturas em que poz por Armas as quinas portuguezas sôbre urna cruz, e com estas mesmas sellou o testamento (1) com que faleceu em 13 de Junho de 1539 annos, e jaz enterrado n’a dicta Egreja" (NMHHN)
Nota: Segundo Afonso de Ornelas e Luiz Peter Clode, seria filho de D. Afonso V e da Excelente Senhora e levado secretamente para a Madeira.
Consta que seu verdadeiro nome seria Gonçalo Afonso de Avis Trastâmara Fernandes, filhos do rei D. Avonso V e da infeliz rainha D. Joana de Castela, que professou a força em St. Clara de Coimbra. Seria ele o herdeiro por direito, mas que por motivos políticos foi exilado na Madeira. Fundou a capela de NS da Conceição da Serra d´Água que foi cabeça de um morgado que instituiu, em testamento de mão comum com sua mulher, no seu primogênito. Tinha essa capela um capelão próprio e ao meio dela um boa campa em cuja tampa foram gravadas as quinas portuguesas em aspa. Todos os anos lhe vinham de Lisboa uma nau com tudo o que lhe era necessário (Meneses Vaz, Famílias da Madeira e Porto Santo, 1964, p 111). A idade e posição dos filhos é apenas sugerida.
"Gonçalo Fernandes criou-se em casa da excelente senhora D. Joana e foi vedor do infante D. Fernando, pai de d'El-Rei D. Manoel, veio a esta ilha por mandado da dicta senhora com boa e luzida casa, sem se dar a conhecer, nem se saber quem fossem até o prezente seus paes. Fez seu assento na Ribeira dos Socorridos; porem, levando-lhe uma chea as casas, a mudou para a Calheta, e em um sitio, que chamão de Serra d'Água, de quem ele tomou o nome, fabricou casas e uma ermida de NS da Conceição, a que vinculou sua terça, ornando-a com muito luzimento, e boas pinturas, em que poz por armas as quinas portuguezas sobre uma cruz e com estas mesmas selou o testamento com que faleceu em 13 de junho de 1539 anos e jaz enterrado na dicta igreja em uma sepultura no meio da capela com boa campa, onde se lê ao redor o seu nome, e no meio esculpido a meio relevo um vulto de um menino encostado sobre uma caveira, com a letra do ecleziastico = Nos nati continuo disivimus esse. Forado de moço fidalgo da Casa Real e todos os seus filhos. Temos uma justificação em que o fazem filho d'El-Rei D. Afonso V e da excelente senhora sua sobrinha e mulher" Na margem do texto de HH Noronha vai "Instituiu morgado da sua terça que hoje possuem os Freitas da Magdalena". (De Noronha, H. H., Nobiliario da Ilha da Madeira (1700) in BGL, 1947, tto Andradas por femea de Gonçalo Fernandes da Serra de Agua)
Com os melhores cumprimentos.
Joaquim Telêmaco Carneiro [de Mello]
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