À Memória do Marquês de Abrantes
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À Memória do Marquês de Abrantes
O POETA-CONDE DE MATOSINHOS
À Memória do ilustre investigador D. Luiz Gonzaga de Lancastre e Távora (Marquês de Abrantes e Fontes)
à qual me curvo respeitosamente, em jeito de homenagem póstuma
Francisco de Sá de Menezes nasceu no Porto, cerca de 1510, no seio da ilustre família dos Sás, alcaides-mor do Porto desde o século XIV.
Alguns autores, nomeadamente o Dr. Carlos de Passos (vd “Os brios portuenses em 1580 e 1640”), fazem-no nascido no ano de 1524. Esta data, anosso ver, não deve ser correcta, por demasiado tardia. A Drª Carolina Michaelis diz que nasceu em 1515, e outros autores ainda situam o nascimento entre esta última data e 1513. É certamente mais verosímil.
O pai, João Rodrigues de Sá de Menezes, faleceu no ano de 1576. Sendo certo que contava à data do decesso cerca de 103 anos, poderemos deduzir que terá casado em 1ªs núpcias entre 1495 e 1500. Aliás sabemos documentalmente que D. Inês de Noronha, irmã do futuro Conde de Matosinhos, casou no ano de 1525 com o futuro 4º Visconde de Vila Nova de Cerveira (vd, A. Braamcamp Freire, in “Brasões da Sala de Sintra”, vol. III, pág. 89), o que leva a situar o seu nascimento cerca do ano de 1505, ou posterior. A ser assim, até a data de 1513 nos parece tardia, ressalvando-se a hipótese de ela ser mais velha do que o irmão. Mesmo assim, arriscamos que Francisco de Sá de Menezes tenha nascido entre 1505 e 1510.
Embora não fosse o primogénito, veio a herdar toda a grande Casa de seus pais por ser, à morte do pai, o filho mais velho vivo.
Por este motivo, foi Francisco de Sá, alcaide-mor e capitão-mor do Porto, senhor de Aguiar de Sousa e Sever, de Bouças e dos quatro casais de Matosinhos, das Comendas de Santiago do Cacém e Sines, na Ordem de Santiago. Foi também Camareiro-mor dos reis D. Sebastião, D. Henrique e D. Filipe I, Capitão da Guarda dos dois primeiros monarcas, Conselheiro de Estado e Governador do Reino em 1578 e, posteriormente, nomeado para o mesmo cargo por disposição testamentária de D. Henrique. Foi ainda provedor da Misericórdia do Porto e Capitão-mor das fortalezas de S. João da Foz do Douro (que havia reconstruido à sua custa) e de Nossa Senhora das Neves de Leça de Matosinhos, reedificada pelo pai.
Em 2 de Dezembro de 1580, deu-lhe D. Filipe I o título de Conde de Matosinhos. O Dr. Carlos de Passos e outros autores, afirmam ser o título criado pelo Cardeal Rei, em 5 de Junho de 1579: “Com o título de conde de Matosinhos intentou D. Henrique dar-lhe a jurisdição desse povoado e do de Leça, que pertenciam à cidade do Porto, visto serem do seu termo; a cidade protestou e o rei morreu pouco depois. O intento renovou-o Filipe II e a cidade reclamou. A morte do conde, em Janeiro de 1582, arrumou esse maligno assumpto”.
Ora o que é certo é naquela data acima indicada, ter sido concedida a “Francisco de Saa de Menezes” a Capitania-mor do Porto . E que em 2 de Dezembro de 1580, o rei D. Filipe I deu a “francisco de saa de menezes meu Camareyro moor & do meu Conselho” o “titollo de conde do luguar de mathozinhos termo da Cidade do Porto & o faço Conde delle” . De resto, diversos documentos existem provando a falsidade da atribuição daquele título de Conde por D. Henrique na data referida. Citem-se, como exemplo: em 24 de Julho de 1579, prestou juramento D. Luis Pereira, do Conselho do Rei, nomeado no dia anterior regedor da Casa da Suplicação. Entre as testemunhas, aparece nomeado Francisco de Sá de Menezes, Camareiro-mor do Rei (vd. Anselmo Braamcamp Freire, in “Brasões da Sala de Sintra”, vol. II, pág. 157); e em 3 de Outubro do mesmo ano, na doação que El-Rei fez das vilas de Miranda, Podentes, Vouga, Germelo e Folgosinho, a Diogo Lopes de Sousa, aparece-nos novamente como testemunha “Francisco de Sá” (vd. ob. cit. ant., vol. I, pág. 289).
Por aqui se prova, inequivocamente, que Francisco de Sá de Menezes ainda não era Conde, pois, se assim fosse, não deixaria de ser tratado pelo título naqueles documentos, bem como o título do “Dom” que lhe seria inerente.
Casou ele em 1ªs núpcias com D. Ana de Mendonça, filha de Aires de Sousa, Comendador de Alcanede, e em 2ªs com sua sobrinha-prima D. Catarina de Noronha, filha de João Rodrigues de Sá, “o Moço”, vedor da Fazenda do Porto, Comendador de Cristo e Senhor de Aguiar, provedor da Misericórdia do Porto e, 1562, 1565, 1572 e 1580, e de sua mulher e prima D. Camila de Noronha (filha herdeira de António de Sá de Menenzes, irmão de Francisco de Sá).
De ambos os casamentos não teve filhos, pelo que se vagou consigo o título de Conde de Matosinhos.
Acerca da geral afirmação de que se extinguira o título de Conde de Matosinhos, com a morte de D. Francisco, por não ter descendentes directos, declarou-nos há anos o falecido Marquês de Abrantes e Fontes, D. Luiz Gonzaga de Lancastre e Távora, ilustre investigador, em carta amavelmente enviada aquando da publicação de trabalho da minha autoria, que não podia considerar-se exacta a asserção (que eu igualmente fizera).
Afirmava então o infelizmente já desaparecido investigador que “ a outorga daquele título fora feita em vidas e tendo em conta a adopção que o Conde fizera de seu sobrinho João de Sá e Menezes, como seu “herdeiro natural”, por essa razão o mesmo título chegara a ser reabilitado na sua pessoa, só não se tendo confirmado por alegação de oposição que interpusera a Câmara de Matosinhos. E que por tal motivo e enquanto se não sentenciasse a este respeito, ele fora titulado Conde de Penaguião, com a mesma antiguidade que teria como Conde de Matosinhos”.
A verdade, porém, é ter o monarca tão somente “prometido” o título de Conde a João Rodrigues de Sá, reservando, ainda assim, para mais tarde, a indicação do Condado que lhe seria dado e que veio a ser o de Penaguião.
Afirma ainda o ilustre investigador falecido, no seguimento da sua amável mensagem que me enviou, que “Por fim, em 1599, a causa erguida pela Câmara de Matosinhos foi julgada improcedente, razão por que ao Conde de Penaguião foi confirmado o seu senhorio da mesma maneira que otinham tido os seus ascendentes desde finais do século XIV.”.
Pelo que, pela leitura das próprias palavras do Marquês de Abrantes, apenas foi reconhecido aos herdeiros o “senhorio” de Matosinhos, já que o título nunca mais foi renovado.
Era D. Francisco filho do 1º casamento de João Rodrigues de Sá de Menezes, Alcaide-mor e Capitão-mor do Porto, do Conselho d’El-Rei, Senhor de Sever, Matosinhos, Paiva, Baltar, das Comendas de Santiago de Cacém e Sines, embaixador de D. Manuel a Fernando o Católico e a Carlos III de Sabóia, e de D. João III a Carlos V, poeta (autor das célebres “Quintilhas Heráldicas”), poliglota, perito no Latim (de que traduziu Homero, Píndaro e Anacreonte). Destemido guerreiro (aos 100 anos ainda montava a cavalo), distinguiu-se pela sua bravura em Arzila e Azamor. Foi sua 1ª mulher D. Camila de Noronha, filha do 1º Conde de Vila Nova de Portimão, D. Martinho de Castelo Branco.
O avô paterno era Henrique de Sá e Menezes, Alcaide-mor do Porto, Canareiro-mor de D. João II e D. Manuel, do Conselho de Estado deste último monarca, Senhor de Sever, Bouças, Vila Nova de Gaia e dos 4 casais de Matosinhos. Casou com D. Beatriz de Menenzes, dos Senhores de Cantanhede.
O bisavô do Conde de Matosinhos era João Rodrigues de Sá, Alcaide-mor do Porto, Camareiro-mor de D. Afonso V, Senhor de Sever, Barreiro, Bouças, Paiva e Baltar, dos 4 casais de Matosinhos, Fronteiro-mor de Entre Douro e Minho, Vedor da Fazenda do Porto, senhor do “condado” de Massarelos e S. João da Foz , por carta de D. Afonso V de 29 de Dezembro de 1469, casado em 1ªs núpcias com D. Catarina de Menezes.
João Rodrigues de Sá era neto em varonia do seu homónimo, o célebre João Rodrigues de Sá, “O das Galés”, herói do cerco de Lisboa (1384) e muito valido de D. João I, que o encheu de mercês, das quais se salientam as da alcaidaria-mor do Porto e camareiro-mor, hereditárias.
Faleceu o Conde de Matosinhos em 1583, sendo sepultado na igreja do Convento de Nossa Senhora da Conceição, em Leça de Matosinhos. O insigne historiógrafo Dr. Artur de Magalhães Basto e outros autores, afirmam que morreu em 1584. É menos correcto. Num alvará de 10 de Fevereiro de 1583, lê-se: “Eu El Rey....que antes do falecimento de Dom Francisco de Sá Conde de Matozinhos....que foy meu Camareiro mór & do meu conselho de Estado....” .
O próprio Marquês de Abrantes, D. Luiz Gonzaga de Lancastre e Távora, neste seu valioso estudo sobre a grande Casa de Abrantes, publica, entre outros valiosos documentos, o testamento do Conde de Matosinhos, escrito em 30 de Novembro de 1582. Igualmente Francisco Dias, nas suas “Memórias quinhentistas de um procurador del-rei no Porto”, pág. 126, afirma que faleceu em Janeiro de 1582, no que deve ter havido lapso, querendo certamente referir o ano de 1583. Se porém faleceu em 1582, só poderá ter sdio no mês de Dezembro, o que se infere pelos documentos apontados atrás.
Em homenagem a este fidalgo-poeta, aqui vos deixo um poema seu, publicado ainda inédito, em 1982, pelo falecido e sempre recordado Amigo, Mestre e ilustre Homem de Letras, que foi o Dr. Francisco Miranda de Andrade :
Onde quer que a minha alma se imagina
sempre contigo assiste e sempre mora,
tão firme te ama, e tão fiel te adora
que a nada mais seu natural a inclina.
Em tudo quanto faço, amor me ensina
teu retrato formar, e, assi, e agora
de tudo quanto vejo me enamora
de impulso superior força divina.
Tão presente me estás em quanto vejo
que falar-te pudera e responder-te.
mas se a boca o não faz, fá-lo o desejo.
Uma tão clara forma de entender-te
poder saber dissimular invejo,
tanto pode o receio de perder-te!
Fernando de Sá Monteiro
NOTAS AO TEXTO:
1 Vide “Os brios portuenses em 1580 e 1640”, pág. 77.
2 “A Heráldica da Casa de Abrantes”, D. Luiz Gonzaga de Lancastre e Távora, in Boletim Cultural da C. M. do Porto, vol. XXXIII, pág. 313.
3 idem, ibidem, pág. 314.
4 Este “condado” tratava-se de certo imposto sobre o pescado que se cobrava no rio Douro, e não o título nobiliárquico associado a esta mesma palavra. Por isso tem havido muita estranheza, e muitos investigadores, ao não encontrarem, como é óbvio, a carta de mercê de tal título.
6 in “O Poeta e Conde de Matosinhos D. Francisco de Sá de Meneses”, separata do Boletim da Biblioteca Municipal de Matosinhos, Nº 26, 1982.
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Apresento as minhas desculpas por alguma deficiência com que saiu este texto. Na verdade, ao transferir o texto do Word, desapareceram os números das notas, nos locais onde deveriam estar, ficando assim incoerente com as notas finais apresentadas.
Para além disso, a nota 6, deverá ser entendida como 5.
Enfim, uma série de imperfeições, derivadas de alguém naturalmente imperfeito!*rs
As minhas desculpas a todos.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Meu caro Fernando
Com ou sem imperfeições e gralhas palpita-me (para não dizer que tenho a certeza) que o Sr. Visconde de Serpa Pinto/Lord Bettencourt, aqui noso esclarecido confrade, ficou encantado ao ler o seu texto, o seu preito de homenagem, a um Ilustre Avô dos seus filhos!
Não creio q. tenha porque se desculpar.
Manuel M/
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Acerca das "Quintilhas Heráldicas" e do seu autor, João Rodrigues de Sá e Menezes, eis as estrofes que ele dedicou à sua linhagem: os Sás e Menezes:
Nos esscaques çelestriaes
e de prata, está mostrado
o muy nobre e muy honrrado
e por batalhas reaes
sangue de Saa derramado,
com que o romão Columnes
se mesturou d’através,
cada hu de grão primor,
forte, leal, sem temor,
em combates e guallés.
Cumprimentos a todos.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Meu Caro Fernando de Sá Monteiro,
Sem dúvida que o Manuel Maria tem toda a razão no que diz: fiquei encantado (e mais instruído, diga-se) com o que aqui transcreve e relata.
Um abraço e bem haja
Alexandre Burmester
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Caros confrades
Será possível alguém completar estes dados genealógico da descendência do Senhor Marquês de Abrantes?
Ficaria muito grato.
Atentamente
João Trigueiros
9. JOÃO ANTÓNIO PORTUGAL TRIGUEIROS DE ARAGÃO (n. 1940), nascido a 24-XII-1940, na freg. de S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa. Professor de equitação.
Casou a 5-VII-1971, na Quinta da Fonteireira, em Belas, com D. MARIA DA CONCEIÇÃO DE LANCASTRE E TÁVORA (n. 1946), nascida a 14-III-1946, em Lisboa. Sua mulher era filha de D. José Maria da Piedade de Lancastre e Távora (1887-1961), 7.º Marquês de Abrantes , engenheiro da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, e de sua mulher, com quem casou as 26-II-1928, em Lisboa, D. Maria Emília de Casal Ribeiro Ulrich (1907).
Tiveram:
10. FRANCISCO XAVIER DE LANCASTRE E TÁVORA TRIGUEIROS DE ARAGÃO, nascido a 17-II-1973, na freg. de … … …, em Lisboa.
10. D. CATARINA DE LANCASTRE E TÁVORA TRIGUEIROS DE ARAGÃO, nascido a 24-XI-1976, na freg. de … … …, em Lisboa.
10. DUARTE MARIA DE LANCASTRE E TÁVORA TRIGUEIROS DE ARAGÃO, nascido a 23-V-1978, na freg. de … … …, em Lisboa. Faleceu a … … … na freg. de … … …, conc. de … …
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Caro João Trigueiros,
O Francisco é solteiro. A Catarina é só Lancastre sem Távora (por causa do azar dos ditos...) e tem um filho, António Maria Trigueiros de Aragão de Moura Coutinho, de Rodrigo de Lencastre de Moura Coutinho, filho de Francisco João Campos de Moura Coutinho e de s.m. D. Maria João de Melo Machado Monterroio de Lencastre (Anuário, vol. II, p.933). O Duarte morreu em S. Martinho do Porto a 9-8-1996 num desastre.
Se permite um comentário, "Professor de equitação" não será o mais correcto para o João Trigueiros. "Equitador", "Mestre de equitação", etc serão mais correctos. É também Administrador da Fábrica Lusitana, da família, e foi um dos cavaleiros fundadores da Escola Portuguesa de Arte Equestre.
Cumprimentos,
Lourenço Correia de Matos
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Caríssimo Lourenço Correia de Matos,
Agradecia-lhe que entrasse em contacto para o meu e-mail para poder esclarecer mais alguns pormenores genealógicos da família Távora ...
Muito grato
João Trigueiros
meu e-mail: jotri “arroba” sapo “ponto” pt
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Caro Lourenço,
Obrigado pela jogada de antecipação! Já estava de telefone na mão para obter os nomes e datas que aqui colocou.
Um abraço
Alexandre
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Caro Correlegionário e Amigo:
Fui e sou amigo do Luis Abrantes.Quem acredita na Redenção sabe bem o que estou a dizer.Ofereceu-me todas as suas obras com dedicatórias em que prova que era mais meu Amigo do que talvez eu tenha sido dele.O Luis Abrantes sempre foi, antes de mais, um grande Senhor.Culto,brilhante,interessante,fazedor,com a modéstia orgulhosa mas simples de quem estudava e sabia quem era, embora com os pés no tempo e na terra que eram os seus.O Luis Abrantes pertencia,todavia, a outro mundo.A uma Pátria diferente que se confunde na aparência com a de hoje,mas que já não é.Antigamente nasciam pessoas que passavam por cima.Ainda sobram algumas.A dúvida é se continuam a nascer dessas assim.
Fez bem em recordar o Luis Abrantes.Aos que acreditam e queiram dar uma lembrança ao Luis Abrantes,recomendo uma oração.
Um abraço amigo.
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RE: À Memória do Marquês de Abrantes
Meu caro Amigo e Correlegionário:
Como saberá bem melhor do que muitas outras pessoas deste fórum, tive com D. Luiz Gonzaga, há anos, um muito desagradável "duelo" literario-genealógico, de que resultaram coisas escritas que, estou certo, nem ele, nem eu, quereriamos que fossem escritas.
Tudo passou e resta-me a alegria de ter sido eu, sem qualquer falsa bondade, nem sequer renunciando dos meus pontos de vista sobre a matéria versada, a dar o 1º passo no sentido de que a situação fosse ultrapassada.
É óbvio que o Marquês de Abrantes respondeu com aquela postura que eu esperava. A de um cavalheiro, a de um Senhor.
Repito: não renego muitas das minhas posições acerca da matéria, então defendidas, e hoje confirmadas.
Mas devo deixar aqui, com profunda emoção e respeito, a afirmação de que se houve alguém a quem a morte de D. Luiz Gonzaga de Lancastre e Távora colheu de forma brutal e com profundo desgosto, essa pessoa fui eu.
Porque esperava dar-lhe o abraço pessoalmente, a selar esse nosso "reencontro". Porque desejava poder mostrar-lhe que, para além de discordâncias sobre este ou aquele ponto, há na vida valores que estão - ou devem estar - acima de tudo o resto.
Afinal, o seu desaparecimento do nosso convívio, veio provar que eu estava bem mais perto da Verdade do que pensaria. Pouco valem os nossos pontos de discórdia, comparados com o valor da Amizade e do sentido da Vida.
Por tudo isso, esta minha modesta homenagem póstuma, que nem sequer é a 1ª que lhe dedico, mas é sem qualquer dúvida a manifestação pública do meu respeito e pesar pela sua ausência no mundo dos vivos.
Só assim a Vida terá sentido.
Aceite um abraço amigo.
Fernando de Sá Monteiro
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