A heroicidade contra a invasão naporleónica
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A heroicidade contra a invasão naporleónica
Entre os inúmeros casos de heróica resistência contra a agressão napoleónica, conta-se o de dois irmãos vimaranenses.
MANUEL ANTÓNIO MOREIRA DE SÁ, faleceu heroicamente no ataque da Ponte de Amarante em 1809, na Guerra Peninsular, mal ferido. Distinguiu-se ainda na defesa do Douro, em Castro Daire e nas baterias do Porto.
Era cadete do Regimento nº 18 da 2ª Brigada da Divisão do Norte.
A “Gazeta de Lisboa” de 15/12/1809 (nº 169) refere-se-lhe deste modo:
“Entre os muitos rasgos de entusiasmo Patriótico, que deram a conhecer a Lealdade Portuguesa na justa defesa contra os bárbaros satélites do aventureiro Corso, tem distinto lugar o seguinte: Manuel António Moreira de Sá, filho de Francisco Joaquim Moreira de Sá, Fidalgo da Casa Real, tendo-se distinguido na defesa do Doiro contra a furiosa agressão do General Loison, sendo un dos que o perseguiram até às vizinhanças de Castro d’Aire, assentou depois praça de Cadete com seu irmão José Xavier Moreira de Sá, no Regimento nº 18 da Segunda Brigada da Divisão do Norte: veio à restauração de Lisboa; distinguindo-se nas baterias da cidade do Porto, quando foi investida pelo Exército de Soult, e em todas as acções em que foi empregado; consumando a sua gloriosa carreira na Ponte de Amarante, aonde comandava uma partida de atiradores, e foi atravessado por uma bala. Nas poucas horas que sobreviveu, deu provas evidentes de valor intrépido; e conhecendo em fim que a sua ferida era mortal, foram as seguintes as suas últimas palavras: Paguei o que devia ao meu Soberano, e à minha Pátria. Peço perdão a Deus e a benção a meus Pais. Nimguém me chore, imitem-me”. Morreu solteiro e s.g.
Um seu irmão, de nome JOSÉ XAVIER MOREIRA DE SÁ, foi, como o irmão Manuel António, cadete do Regimento nº 18, da 2ª Brigada da Divisão do Norte.
Comportou-se igualmente com bravura na Guerra Peninsular como, de resto, foi atestado por instrumento lançado na nota do tabelião Manuel da Cunha Vale, da cidade do Porto, em 29/7/18:
“O Monsenhor Miranda; Mestre Escola; o Magistral da Colegiada Fortunato Cardoso Menezes Barreto e os mais abaixo assignados moradores na mesma Vila, Atestamos e juramos sendo necessario, em como os Ilustríssimos Manuel António Moreira de Sá e seu irmão José Xavier Moreira de Sá, quando tocou à sahida para atacar, ou repelir a Coluna Franceza, que estava no Dezejo e caminhava a esta Província sahira com animo valeroso, e athe de pé por falta de cavalgaduras, direitos a Amarante e dahi atravessarão ao Douro Lamego e athe perto de Castro Daire não desamparando nunca as Bandeiras Portuguezas avançandose a portos arriscados animando o Povo na sua frente e com as Armas, que adquirirão e mostrando em tudo não só valor mas amor ao Princepe e à Patria que defenderão não se recolhendo senão depois que o inemigo se perdeu de vista” .
Além dos já referidos acima (monsenhor Pedro Machado de Miranda, o mestre escola João Machado da Guerra e o capitão Fortunato Cardoso de Menezes Barreto) assinam mais esta atestação o capitão magistral Manuel de Gusmão Machado da Cunha, António Clemente Cardoso, Henrique José Vieira, o cirurgião da expedição e o porta-estandarte do referido ataque, José Maria Borges da Cunha Gaivoso, Pedro Machado de Miranda da Maia Pereira de Azevedo e o alferes Lourenço António Vieira. Faleceu igualmente solteiro e s.g.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Fernando de Sa Monteiro.
São filhos do autor do poema épico "Queda de Napoleão" ?
Abraço
Vasco Briteiros
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Exactamente, meu caro Vasco.
São filhos de Francisco Joaquim Moreira de Sá (Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto), FCR, Cavº Ordem Cristo, etc. e de sua 1ª mulher D. Josefa Antónia de Sotomayor Osório de Menezes de Vasconcelos, e meus 4ºs e 5ºs tios-avós.
Os melhores cumprimentos.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Francisco Joaquim Moreira de Sá , tenho aqui a informação que foi o inventor do papel vegetal. Certo?
Vasco Briteiros
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Homem empreendedor, a Francisco Joaquim Moreira de Sá se ficou a dever a fundação em Portugal da 1ª fábrica de papel fabricado com massa de madeira, que foi também a 1ª existente na Europa.
Foi, por este motivo, muito justamente considerada a pedra filosofal da papelaria.
Em 1866, na Exposição Universal de Paris, apareceu uma máquina de invenção alemã que fabricava aquele papel. E no início do ano seguinte os jornais portugueses referiam-se elogiosamente a este invento.
De imediato o Dr. Pereira Caldas (professor no Liceu de Braga) publicou um folheto de cinquenta páginas intitulado “Vindicação da prioridade do fabrico de papel com massa de madeira, como descoberta portuguesa: sendo fabrico intentado no princípio deste século, nas Caldas de Vizela, na província do Minho, na Fábrica da Cascalheira, em S. João das Caldas, na margem esquerda do rio Vizela: sob iniciativa de Francisco Joaquim Moreira de Sá, fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, e Senhor da Quinta de Sá, em Santa Eulália de Barrosas, na mesma Ribeira de Vizela”.
O folheto é datado de 10/7/1867 e dedicado à poetisa Ana de Sá (de seu nome completo D. Ana Amália Moreira de Sá), neta de Francisco Joaquim Moreira de Sá e, à data, senhora da casa de Sá.
Nele se refere o Dr. Pereira Caldas a um opúsculo muito raro, da autoria do juiz Dr. José Raimundo de Paços de Proben e Barbosa (da casa de Caneiros, em Fermentões, Guimarães), composto por uma ode exaltando o invento e o inventor, bem como por dois sonetos da autoria do próprio Moreira de Sá, dedicados ao rei D. João VI e à rainha D. Carlota Joaquina, sendo este opúsculo já impresso no novo papel produzido pela fábrica.
De facto, desde 1797 que Moreira de Sá começara a tratar da realização da aludida fábrica, a situar-se na sua quinta da Cascalheira, em S. João das Caldas de Vizela.
E as inúmeras escrituras de compra e venda existentes no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, em Guimarães, e no Arquivo Distrital do Porto, algumas delas referindo-se expressamente à fábrica de papel, permitem-nos corroborar a veracidade das afirmações do Dr. Pereira Caldas.
É ponto assente que para levar a cabo a construção daquela fábrica, Moreira de Sá desfez-se de onze quintas, na distância de uma légua da sua casa de Sá, de treze moradas de casas em Guimarães e de mil medidas sabidas ainda, pagáveis a maior parte em Margaride e Montelongo.
Escreve ainda o Dr. Pereira Caldas nas “Notas Históricas das Caldas de Vizela”:
“Conseguidos na Fábrica da Cascalheira bons ensaios do novo papel, foram eles presentes, para amostra, na Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do Reino e seus domínios - como disso dá testemunho o referido alvará de 24 de Janeiro de 1805. E foi expedido então esse alvará, em vista da consulta oficial da mesma Junta, em 9 de Outubro de 1804 - solicitada em requerimento do mesmo Francisco Joaquim Moreira de Sá, endereçada ao governo em 1797 - achando-se anexas ao mesmo alvará (registado na Secretaria do “Registro Geral” das Mercês, e na Chancelaria Mór da Côrte e Reino, e condições - no “Livro dos Ofícios e Mercês”, a fls. 132), as condições para as Fábricas de Papel de vegetais e de tinturaria de Primeira Sorte, a favor de Francisco Joaquim Moreira de Sá e seus consócios - agraciados todos com a mercê régia do Hábito de Cristo”.
O citado alvará de 24/1/1805 concede o privilégio da exploração da indústria pelo prazo de vinte e cinco anos a Francisco Joaquim Moreira de Sá.
A sociedade constituiu-se em 28/4/1804, por escritura lavrada na nota do tabelião Vitorino Alão de Macedo e Sousa, da cidade do Porto. Foram sócios de Moreira de Sá: José Pereira Ferraz, José Ventura Fortuna, Manuel Luís da Costa, José Pereira Ferraz de Araújo Ribeiro e Florido Rodrigues Pereira Ferraz.
Acrescente-se ainda o nome do engenheiro, director técnico da fábrica, o inglês Thomas Beshop, vindo de Londres a pedido e por influência do diplomata António de Araújo de Azevedo, futuro Conde da Barca, parente da 1ª mulher de Moreira de Sá.
Por ocasião das invasões napoleónicas a fábrica foi saqueada e incendiada, sendo o próprio Moreira de Sá - alcunhado pela populaça de “fero jacobino” - forçado a embarcar para o Brasil.
Não me alongarei mais sobre a fábrica de papel e respectivo invento já que sobre a matéria se encontram publicados vários trabalhos, dos quais é mister que salientemos - pela sua inegável importância - o da autoria do nosso prezado primo Dr. Rui Moreira de Sá e Guerra. Dada a relevância de que se reveste este estudo - aliada à competência e seriedade que são apanágio deste investigador - para aí remetemos o leitor interessado por esta matéria.
Bibliografia:
-Vd. "A Prioridade do Fabrico de Papel de Madeira na Quinta de Sá",Dr. Rui Moreira de Sá e Guerra, "Revista de Guimarães", Vol. XCIX (1989)
-"Os Sás de Vizela - MOREIRAS DE SÁ, Memórias Históricas, Genealógicas e Heráldicas", pág. 39 a 41, Fernando M. Moreira de Sá Monteiro, manuscrito
Com os melhores cumprimentos.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Porventura o prezado confrade não tem mais informações sobre José Ventura Fortuna, sócio de Francisco Joaquim Moreira de Sá, filho de Ventura Jose Fortuna e de Ana Maria Joaquina, casado com D. Rosa Candida de Beça Ferraz, filha de José Lopes Ferraz e de D. Maria de Beça Ferraz.
Com os melhores cumprimentos,
Rui
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Fernando de Sá Monteiro,
Deixo-lhe aqui um link para um texto do Abade de Tagilde sobre a Guerra Peninsular onde é referido Francisco Joaquim Moreira de Sá (http://www.csarmento.uminho.pt/docs/ndat/rg/RG025_11.pdf). Imagino que já conheça o texto mas, de qualquer das maneiras, fica aqui uma dica para os interessados na matéria.
Por acaso não tem nenhuma informação (dentro deste período da Guerra Peninsular) sobre José Manuel da Costa, o Vago-Mestre? Sei que José Manuel da Costa combateu na Guerra Peninsular (tendo recebido as medalhas nº 1, nº 2 e nº 3) mas não tenho mais nenhuma informação sobre a sua vida durante este período.
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Francisco Brito, fico-lhe grato pelo envio do texto do abade de Tagilde sobre o filho de Francisco Joaquim Moreira de Sá, de seu nome Manuel António Moreira de Sá, que refiro acima neste tópico. Ainda que já conhecesse o texto, não deixo de ficar sensibilizado pela sua lembrança e pela gentileza que teve. É sempre bom recordar aqueles que pela Pátria deram a vida, ainda mais quando se trata de pessoas "que a Lei da Morte" dificilmente libertou pelo esquecimento a que são votados... Mas recordá-los é prestar homenagem a tal heroísmo, ainda para mais quando nos referimos a jovens a quem tão cedo foi ceifada a vida em combate.
Bem haja pela sua comparticipação!
Aceite os meus respeitosos cumprimentos.
Fernando M. Moreira de Sá Monteiro
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Fernando Moreira de Sá Monteiro,
Nas pesquisas que estou a fazer sobre um antepassado meu que combateu na Guerra Peninsular (José Manuel da Costa) e que era proprietário de um café no Toural, encotrei o Doutor Francisco Joaquim Moreira de Sá como possível frequentardor do referido café. Pode dar-me algumas informações biográficas sobre o Doutor Francisco Joaquim Moreira de Sá?
Descobri na Torre o Tombo online um processo relativo a um Francisco Joaquim Moreira de Sá, acusado de ser maçon http://ttonline.dgarq.gov.pt/dserve.exe?dsqServer=calm6&dsqIni=Dserve.ini&dsqApp=Archive&dsqCmd=show.tcl&dsqDb=Catalog&dsqPos=35&dsqSearch=((Title='Moreira')AND(Title='de')AND(Title='Sá'))
Seria o mesmo?
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Carissimo Francisco de Brito:
Perdoe antes de mais a demora em responder e o facto de o fazer agora de forma algo lacónica. Prometo embora dar-lhe muitos mais elementos posteriores se assim o desejar. Estou em mudança de casa, com todos os atropelos e desesperanças de quem já o deveria ter feito há mais tempo e foi adiando sistematicamente. Obras, mais obras, mais obras e......muita falta de vontade e paciência.
Enfim, coisas da vida!
Passando ao assunto que refere, informo-o do seguinte:
1- O dr. Francisco Joaquim Moreira de Sá, foi juiz de Direito em Cabeceiras de Basto, senhor da casa dos Moreiras de Sá, na rua de Camões (antiga rua Nova das Oliveiras), casa brasonada onde a Câmara M. de Guimarães colocou a lápide de homenagem a Bernardo V. Moreira de Sá (seu filho), e da casa de Fundevila, em S. Miguel do Paraíso, no termo de Guimarães. Era casado com sua prima em 2º grau D. Eduarda Emília Moreira de Sá, primogénita da casa de Sá, em Santa Eulália de Barrosas (Vizela).
Como referi acima, foi o pai de Bernardo Valentim Moreira de Sá, o insigne musicólogo, violinista, professor, escritor, etc. a quem a CMG homenageou não só com a lápide referida como com o seu nome num Largo de Guimarães.
Era, pois, o juiz de Direito dr. Francisco Joaquim Moreira de Sá (Brandão Sotomayor e Menezes, como ainda aparece quando era mais jovem) um filho da Cidade Berço, ainda que tenha nascido e sido baptizado (ao contrário de todos os seus restantes irmãos, dos quais era o primogénito) em Almeida, pela circunstância do pai se encontrar naquela praça colocado.
Era filho de Valentim Brandão Moreira de Sá Sotomayor (e Menezes), major do Batalhão da Guarda Nacional, cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, senhor da casa da rua Nova das Oliveiras e da casa e quinta de Fundevila, em Paraíso (esta por sucessão a sua avó materna D. Gertrudes Maria de Campos Faria Pinheiro, viúva de Rodrigo Rebelo Peixoto e Castro, FCR, administrador dos Morgadios de Laços (Creixomil), Penegate e Rio Mau (filho 2º da casa de Recobelo, Águas Santas, Póvoa de Lanhoso), administrador de Guimarães na Patuleia, tabelião do público, judicial e notas e Guimarães e Famalicão, etc., e de sua mulher D. Ana Rita de Faria e Silva, senhora da quinta das Pigarras, em S. Tomé de Caldelas.
O juiz de Direito é meu trisavô.
2- Relativamente ao outro Francisco Joaquim Moreira de Sá, foi de facto maçon, apresentou-se voluntariamente ao Santo Ofício, e pedindo perdão por desconhecer que essa associação era condenada pela Igreja Católica, sendo somente admoestado e condenado a penas espirituais, era o 1º administrador do Morgadio de Sá, em Barrosas, FCR, COC, senhor da grande fazenda de Santo António de Rio Baixo, no Serro Frio (Minas Gerais), senhor de inúmeros outros vínculos e Morgado do Outeiro, em Paçô e S. Paio dos Arcos de Valdevez (por sua 1ª mulher D. Josefa Antónia de Sotomayor Osório de Menezes e Vasconcelos, primogénita de Valentim Brandão Coelho e Abreu, Morgado de Calvos, em Santa Maria de Távora, e senhor da casa da Boavista em Monte Redondo (Arcos de Valdevez), COC, etc., e de sua mulher D. Luisa Maria Xavier de Vasconcelos e Menezes de Sotomayor, da quinta do Cotinho, em Santa Maria de Grade).
A este se deve a 1ª Fábrica de Papel com massa de madeira (a 1ª na Europa), tendo obtido alvará régio de monopólio de exploração pelo prazo de 25 anos. Para construção da fábrica desfez-se ele de 11 quintas, inúmeras casas de morada em Guimarães e um sem número de foros e medidas no termo de Guimarães, Margaride e Vizela, etc.
Este era avô paterno do juiz e de sua mulher e prima D. Eduarda Emília Moreira de Sá - esta filha do capitão Miguel António Moreira de Sá, 2º administrador do Morgado de Sá, etc., combatente liberal, vereador da Câmara de Guimarães, poeta e redactor de "O Nacional", etc., e de sua mulher D. Maria Bebiana de Carvalho e Oliveira (descendente por sua mãe dos Carvalhos, compradores do Mosteiro e Quinta de Landim); e era neto paterno do Francisco Joaquim Moreira de Sá e de sua 2ª mulher D. Ana Peregrina Pinto Pereira Velho de Carvalho, senhora da Casa da Capela e vínculo da Santíssima Trindade, em Sernande, Felgueiras (descendente por seu pai dos Velhos Pintos, da casa da Capela, em Sernande, e por sua mãe dos Mendes de Carvalho e Vasconcelos, da casa da Cruz, em Real, Amarante).
Creio ter, de momento, fornecido elementos que lhe servirão, ficando à suas ordens para o que mais desejar saber sobre a matéria aqui versada.
Aceite os meus respeitosos cumprimentos e renevo os meus pedidos de desculpas pela demora na resposta.
Fernando M. Moreira de Sá Monteiro
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Com os meus pedidos de desculpas, rectifico informação que saiu errada na minha anterior mensagem:
Onde se lê:
"Este era avô paterno do juiz e de sua mulher e prima D. Eduarda Emília Moreira de Sá......."
deverá ler-se:
"Este era bisavô paterno do juiz e avô paterno de sua mulher e prima D. Eduarda Emília Moreira de Sá......."
Os melhores cumprimentos.
Fernando M. Moreira de Sá Monteiro
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Fernando Moreira de Sá Monteiro,
Muito obrigado pela sua esclarecedora e completa resposta. Não tem nada que pedir desculpas pela demora. Eu é que tenho a agradecer a disponibilidade que teve, apesar de estar em mudanças, para me transmitir estas informações.
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Fernando Moreira de Sá Monteiro,
Peço desculpa pela intromissão neste tópico, mas o assunto do mesmo, bem como alguns dos nomes mencionados, soaram-me familiares.
De facto, nas pesquisas que tenho vindo a efectuar relativamente aos meus antepassados de Guimarães, surge o nome de Valentim Brandão Moreira de Sá Sottomayor, como padrinho, num assento de baptismo datado de 1840.
Relativamente ao assunto, tive a felicidade de visitar a exposição de gravuras levada a cabo pela Sociedade Martins Sarmento no passado Verão, intitulada "O tempo tão suspirado" e subordinada ao segundo centenário da aclamação do príncipe D. João em Guimarães. O catálogo desta exposição, para além de conter a reprodução das referidas gravuras, contém diversos artigos, todos eles extremamente interessantes, dedicados às invasões napoleónicas e ao papel de destaque das gentes do Norte, e de Guimarães em particular, na revolta contra o invasor.
Com os melhores cumprimentos,
Jorge Vaz Nápoles
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Fernando Moreira de Sá Monteiro,
Desculpe voltar a incomoda-lo novamente mas, nas investigações que estou a desenvolver, voltei a deparar-me com um Moreira de Sá e imagino que possa ter algumas informações sobre a pessoa em questão.
No trabalho que estou a terminar (sobre um Café que exisitiu no Toural durante o século XIX) estou a criar (em notas de rodapé) uma serie de "mini biografias" para que se perceba quem foram as pessoas que vou referindo ao longo do trabalho. Um dos nomes de que estou a tratar é o de Miguel Moreira de Sá.
Na pequena nota que criei sobre Miguel Moreira de Sá digo o seguinte:
Nasceu na Casa de Sá em Santa Eulália de Barrosas em Guimarães (hoje pertencente ao concelho de Vizela). Apoiante do liberalismo. Em 1828 foi oficial de um batalhão de Voluntários Constitucionais. Estando preso por motivos políticos nas cadeias do Castelo de Guimarães, na madrugada de 19 de Novembro de 1830 conseguiu fugir juntamente com outros cinco companheiros. Membro da Sociedade Patriótica Vimaranense. Foi vereador da Câmara Municipal de Guimarães em 1835. Segundo o Padre Caldas (Caldas, António José Ferreira, Guimarães Apontamentos para a sua História, Guimarães, Câmara Municipal de Guimarães/Sociedade Martins Sarmento, 1996 p. 181) foi “escritor notável de prosa e verso” tendo também sido redactor do periódico “O Nacional”.
Uma das coisas que me chamou a atenção foi o facto de Miguel Moreira de Sá ter sido oficial de um dos Batalhões de Voluntários Constitucionais e ter, de seguida (a seguir à revolta falhada de 16 de Maio de 1828) estado preso no Castelo.
O que eu gostaria de saber e o motivo da minha mensagem, é se, por acaso, tem conhecimento ou se possui alguma lista dos oficiais do Batalhão em que Moreira de Sá serviu. É que uma das figuras centrais do trabalho que estou a desenvolver foi muito provavelmente oficial do mesmo Batalhão (foi preso por ter servido com os revoltosos no Porto). Calculo que Miguel Moreira de Sá seja seu antepassado (ou antepassado de familiares seus) e é por isso que lhe coloco esta questão. Infelizmente no Arquivo Histórico Militar e no A. M. Alfredo Pimenta não existem estas listagens dos homens que combateram pelo liberalismo em Guimarães...Curiosamente encontrei uma listagem de indivíduos pronunciados por terem servido na revolta de 1828 e o nome de Miguel Moreira de Sá não consta, o que pode indicar que o Batalhão em que serviu poderia não ser de Guimarães...
Melhores cumprimentos,
Francisco Pinto dos Santos Brito
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Jorge Vaz Nápoles,
Desculpe estar a responder a esta mensagem, que não me era dirigida, mas fiquei curioso com um dado que aqui deixou. Disse que Valentim Moreira de Sá foi padrinho de baptismo de um antepassado seu. Pode dizer-me o nome desse antepassado? É que tenho alguns dados relativos (e uma história interessante) a uma descendência ilegítima dos Fidalgos do Toural e gostaria de saber se estamos a falar da mesma pessoa...
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Francisco Brito
Valentim Brandão Moreira de Sá Sottomayor surge como padrinho no baptismo de Maria da Luz, filha ilegitima de D. Maria Júlia Vitória Vaz Vieira de Melo (minha tetravó), em Janeiro de 1840, conforme referido em "Os Fidalgos do Toural" de Maria Adelaide Pereira de Moraes. Não tenho mais dados sobre esta Maria da Luz.
Terei, naturalmente, interesse em qualquer informação que possa disponibilizar, relacionada com a Casa do Toural em Guimarães.
Com os melhores cumprimentos,
Jorge Vaz Nápoles
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Jorge Vaz Nápoles,
Tenho alguns dados sobre a Casa do Toural que lhe podem interessar.
Tenho informações sobre Jerónimo Vaz Vieira que penso que não constam no livro de D. Maria Adelaide Pereira de Moraes. Tenho também dados sobre D. Maria Antónia Vaz Vieira (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1341877) filha natural de D. Maria Julia Vaz Vieira e de Domingos Florentino da Silva (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=2034961).
Sobre a Casa propriamente dita posso transmitir-lhe informações que se encontram num livro recentemente escrito sobre a praça do Toural e sobre as pessoas que viveram na Casa depois desta sair das mãos dos fidalgos do Toural, a familia Martins Fernandes e a família Oliveira Bastos (uma parte da Casa foi comprada pelo meu trisavô João Joaquim de Oliveira Bastos em 1878).
Se me quiser dar o seu e-mail posso transmitir-lhe estes dados com mais detalhes e enviar-lhe uma imagem da casa em 1905, que penso ser das imagens mais antigas que se conhecem da casa...
Melhores cumprimentos,
Francisco Brito
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Francisco Brito,
Agradeço desde já qualquer informação complementar que me possa enviar (jorgevaznapoles@netcabo.pt) relativamente à Casa do Toural, e em particular, relativamente aos fidalgos do Toural.
Com os melhores cumprimentos,
Jorge Vaz Nápoles
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Francisco Brito:
Peço-lhe encarecidamente que me desculpe não poder de imediato responder ao seu pedido por total falta de tempo. Mas fá-lo-ei brevemente, prometo.
Quanto a Miguel António Moreira de Sá confirmo que ele é meu 4º avô materno. Tenho indicação dos nomes de alguns companheiros seus que foram também pronunciados. Vou tentar compulsar tudo o que tenho sobre o assunto e depois lhe darei conhecimento do que possuo.
Perdoe-me a minha falta de tempo neste momento.
Aceite por favor os meus respeitosos cumprimentos.
Fernando M. Moreira de Sá Monteiro
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RE: A heroicidade contra a invasão naporleónica
Caro Fernando de Sá Monteiro,
Muitíssimo obrigado pela sua disponibilidade e não se preocupe por não me poder dar para já os elementos que lhe pedi.
Fico a aguardar a sua resposta.
Com os meus melhores e mais agradecidos cumprimentos,
Francisco Brito
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