Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
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Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Numa busca pelos registos paroquiais de Torres Vedras (freguesia de Santa Maria Madalena do Turcifal) encontro uma linha de populares onde surge "de repente" um Manuel Joaquim Barreto Caldeira Gorjão de Freitas (nascido por volta de 1750), filho de João Baptista Barreto, "moço solteiro" e de Maria dos Santos, "mulher que nunca casou".
Alguém sabe de que família se trata mais concretamente?
Agradeço antecipadamente.
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RE: Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Caro Gui,
Só com esses dados nada de concreto poderei afirmar, podem ser apelidos assumidos, linha bastarda, etc. Mas, caso não tenham existido apelidos assumidos, parece tratar-se dos Barretos de Pina, tratados pelo Snr. Marquez de Sampayo (no V Centenário de Gil Vicente, Armas e Troféus, 1965, págs. 121 e seguintes), família que descendia por varonia de Luís Vicente, filho de Gil Vicente.
Abraço
NB
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RE: Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Caro Nuno há quanto tempo não nos encontramos!
Agradeço a tua mensagem e vou tentar averiguar. Nos tempos que correm, o tempo para passar pela Torre do Tombo não é muito, mas quando for possivel vou tentar aprofundar a linha pelos paroquiais, solidificando-a.
Um forte abraço,
Gui
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Apelidos assumidos
Caro(s) Senhor(es)
De facto, ao ler na mensagem de NB "......caso tenham existido apelidos assumidos,...." despertou-me interesse redobrado por um tema que me trouxe há tempo o pensamento ocupado.
Julgo que tivessem existido, mas não tenho base documental(de absoluta certeza ,alguns indícios...!???, como simples hipótese)para fundamentar esta minha suposição. Seria de interesse, para mim em particular, que os conhecedores destes assuntos nos informassem, nem que seja apenas opiniões, para daí se tirarem as devidas ilações.
Com os meus cumprimentos e agradecimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Apelidos assumidos
Meu caro Rafael Carvalho,
Tenho visto apelidos serem assumidos por diversas formas.
1.º Escravos - É frequente, muito particularmente em Lisboa, lerem-se assentos do seguinte teor, p.e., nasceu Pedro, filho de Pedro de Lancastre e de Maria de Noronha, pretos, escravos de Dom Luís de Lancastre;
2.º Expostos - Ao atigirem a maioridade assumirem, naturalmente, apelidos, que tanto poderiam ser à escolha como ir buscá-los a uma pretensa filiação;
3.º De parentes - Alguém que era primo pelos Pires, p.e., dum Manuel Pires de Albuquerque, e passar a usar também o Albuquerque;
4.º "Dados" - aqui entra o caso dos Pignatelli, não sei se haverá outras famílias. Recordo aqui, também, o caso recente do jogador Nené, do benfica, que consta usar o apelido Tamagnini sem ter gota de sangue desta família. A história foi-me contada por um senhor da família Tamagnini mas não vou aqui reproduzi-la, por várias razões;
Outros motivos existirão, para além destes.
Ao contrário daquilo que é corrente dizer-se, não tenho visto assumir apelidos de padrinhos, pelo menos não m númerosignificativo, para não dizer nenhuns. Normalmente os padrinhos eram escolhidos dentro da própria família ou dos "notáveis" da terra, da região, do País. sobre este assunto dos padrinhos e da transmissão dos apelidos aos vários filhos dum casal, existe um bom estudo em Raízes e Memórias, salvo erro.
Um forte abraço
NB
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RE: Apelidos assumidos
Caro Nuno Borrego
Muito agradecido pela resposta. Formulei a pergunta num contexto que não era o presente na sua mensagem. E há razões que me obrigam a não expô-la aqui, novamente, como queria.
Porque, de facto sempre houve, há e continuará a haver apelidos iguais que não correspondem às mesmas famílias. Todavia a sua resposta trouxe ao meu conhecimento uma curiosidade que vem mais uma vez salientar a irresponsabilidade, pouca vergonha, o livre arbítrio; enfim,a anarquia do uso de alguns apelidos ilustres, e históricos alguns, por quem os não devia usar e cuja culpa cabe também a famílias ilustres que os deram a quem não deviam ou permitiram o seu uso tornando-os, por vezes, de uma vulgaridade que, hoje, confrange e que tantos malefícios e embaraços continuam a causar à Genealogia.
Um abraço amigo.
Rafael Carvalho
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RE: Apelidos assumidos
Caro Nuno Borrego,
Há muito que não sei notícias suas; fiquei na dúvida se teria recebido os meus acrescentos aos seus Rebelo Palhares.
Venho só dar testemunho de um caso na minha familia de apelido assumido, subalínea do seu ponto 3.º, que me parece ser relativamente frequente no que toca à administração de vínculos: os meus antepassados Quinhones,ao suceder num vínculo instituído por seu primo o Dr. António de Matos Cabral, receberam a obrigação do uso destes apelidos, o que fazem até hoje; acontece que os Quinhones, embora tivessem ascendência Cabral, nunca tiveram, que eu saiba, ascendência Matos, embora o brasão destes seja usado no brasão do ramo principal.
Um abraço do
Rui Portugal
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RE: Apelidos assumidos
Caro Rui Portugal,
Recebi e muito agradeço. Fiquei com a ideia de ter-lhe respondido. Mandarei por mail o estado actual desse estudo.
Coloquei acima as situações que me ocorreram na altura e de facto existem outras, como a que aponta e que me parece ser caso idêntico ao dos Street d'Arriaga e Cunha.
Um abraço
NB
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RE: Apelidos assumidos
Meu Caro Nuno:
Outro caso interessante é o dos Guiões, do Palácio da Rua de São Filipe Nery, os quais usaram “Abreu” e as respectivas armas, tal como as dos Costas, sem ser porque o fossem de sangue, como julgo poder provar. Mais rigorosamente (uma vez que ninguém ousará afirmar que não tivessem alguma gota de sangue de Costas e Abreus), a razão pela qual usaram Abreu e as armas de Costas e Abreus não foi por deles descenderem, mas, neste caso, porque passaram a acreditar ou a querer fazer acreditar que deles descendiam; a história, resumidamente é esta: a varonia destes Guiões, até onde se sabe, era Rosa (ainda usaram “da Rosa Guião e Abreu”), provenientes de uma próspera linhagem com origem conhecida num abastado ferreiro com irmão Padre que institui vínculo. Eram parentes, pelos Rosas, de uns Costa e Abreu de quem talvez tivessem herdado bens; muito se fica a saber desta gente toda por um sumarento processo de habilitação para FSO em que se levantam suspeitas de cristã-novice precisamente na linha “Rosa”. Ora tive oportunidade de ver uma árvore de costados do século XVIII em que um varão Rosa, já acrescentado de Abreu, é miraculosamente entroncado nos tais Costa e Abreu e daí para trás nos “verdadeiros Abreus”. Esta genealogia é totalmente desmentida pelo meritório trabalho dos Senhores Inquiridores do S. O. no referido processo (note-se que a tal ascendência Costa e Abreu não é minimamente invocada pelo habilitando; a árvore de costados “embelezada” nada tem que ver com o processo), mas fica-se a conhecer claramente o parentesco com os ditos Costa e Abreus, também Rosa na varonia, um dos quais, aliás figura como testemunha. O que é certo é que a partir de certa altura passam a usar Abreu e juntam às armas de um antepassado Padre de apelido Mendes (mas julgo que com ascendentes “Faria, Barbosa e Fagundes”) as dos Costas e Abreus, dando origem à extraordinária pedra de Armas do Palácio dos Guiões, “esquartejada”, por assim dizer, de Mendes, Costas, Abreus, Farias, Barbosas e Fagundes!
Caso parecido com o Cunha dos Street de Arriaga é o Cymbron dos Borges de Sousa, mas nestes dois casos não houve qualquer engano nem intenção de enganar. Outro caso que me toca na ascendência e de que me falou o Miguel Côrte-Real é o de uns Mello Coelho ou Coelho de Mello cujo Mello, tanto quanto se sabe, vem de uma das mulheres de um ascendente Coelho, do qual provêm por outra Senhora (virão referidos nos FCA do Algarve).
Um abraço,
Tó
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RE: Apelidos assumidos
Caro Tó,
Obrigado por mais este exemplo. Haverá outros, como por exemplo assumir apelidos foneticamente parecidos aos usados, por razões várias, como foi o caso de alguns Loronhas terem passado a usar Noronha.
Outro é aquele que segue.
CRISTÓVÃO RODRIGUES “O Marquês” de alcunha, filho de Diogo Fernandes Marques. Foi Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, em 20-IX-1658 teve alvará onde se declara que esse foro passasse a seus filhos e netos; a 27-VI-1647 teve mercê de 20.000 rs de pensão numa Comenda da Ordem de Avis, para os ter com o Hábito, para um filho que nomear, pelos seus serviços em Elvas; em 12-VIII-1648 recebeu mercê da promessa de 20.000 rs de pensão numa Comenda da Ordem de Santiago, para os ter com o Hábito, para quem casar com uma de suas filhas, em atenção aos seus serviços e particularmente no assento do pão de munição; Cavaleiro do Hábito de Cristo, em 01-III-1660 foi-lhe feita mercê da promessa de uma comenda nessa Ordem. Teve graves problemas com o TSO por judaísmo, sendo condenado.
Casou com MARIA DE MESA, falecida na freguesia do Salvador a 02-VIII-1674. Tiveram:
DIOGO MANUEL MARQUES, morreu na freguesia do Salvador, Elvas, a 31-XII-1702. Foi Capitão de Infantaria. Teve em ANA BAPTISTA:
LUÍS MANUEL MARQUES, morreu na freguesia do Salvador, Elvas, a 03-XII-1762, foi FCCR. Casou na freguesia da Alcáçova a 19-X-1707 com D. INÊS MARIA LUÍSA DE LEÃO E VASCONCELOS, falecida em Elvas a 20-X-1750, já viuva do Dr. Rodrigo Pegado.
Ora este Luís usou armas, existem 3 ou 4 pedras em Elvas, onde num dos quartéis são representados os Manoeis(Tancos) e não vislumbro qualquer ligação a esses. Na análise que até agora foi possível fazer, parece-me que um nome próprio foi transformado em apelido e assim representado nas Armas :o)
Em relação a uso de armas com certos apelidos será um erro gravíssimo tomar a parte pelo todo e julgar que por se usarem armas das famílias x, y ou z era o mesmo que ter sangue dessas famílias.
Abraço e até 5.ª feira
Nuno
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RE: Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Caros correspondentes
Admito que o Manuel Joaquim Barreto Caldeira Gorjão de Freitas possa ser parente muito próximo (talvez irmão) de Eugénia e de António Gorjão Barreto Figueira, nascidos em Torres Vedras (respectivamente 1736 e 1740), filhos de João Pedro da Silva Barreto (dos Barretos de Pina de Torres Vedras, descendentes de Gil Vicente) e de sua 1ª mulher D. Inês Maria Gorjoa de Vasconcelos.
Será "Caldeira", ou "Figueira"?
Trato destes no meu trabalho "Barretos e Outros" publicado em Lisboa, 1976, a págs. 22-23.
Fico curioso de saber se se confirma tal parentesco.
Cumprimentos
Augusto Ferreira do Amaral
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RE: Apelidos assumidos
Caro Nuno:
Lembro-me de ver armas de Manuéis atribuídas a neo-armigerados no séc. XIX que só justificam ascendência para aí até avós (sem qualquer fumo de nobreza), só porque uma ou um dos avós usa o patronímico Manuel!
Como nota curiosa vi recentemente um produto de mercearia (já não me lembro qual) chamado "Três Brazões", propriedade de um tal Manuel Pereira Puga, cujo símbolo é nem mais nem menos que as armas reunidas de Manuéis, Pereiras e Pugas! afinal, na melhor tradição dos usos heráldicoa nacionais...
Abraços e até 5ª
Tó
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RE: Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Agradeço a sua mensagem. Tentarei amanhã recuar mais uma geração para que seja mais fácil tirar conclusões sobre eventuais parentescos.
Por agora estou certo de que é Caldeira e não Figueira, já que é este o único apelido usada pela filha deste Manuel, Maria Joaquina Caldeira.
Melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Segundo pude apurar hoje na Torre do Tombo, Manuel Joaquim Barreto Caldeira Gorjão de Freitas foi baptizado na freguesia de Santa Maria Madalena do Turcifal a 5 de Agosto de 1743; filho de João Barreto Pereira e de Maria dos Santos (solteira). Neto paterno de Francisco Barreto e de sua mulher Dona Mariana Fogaça (?); materno de Domingos Alveres e Maria Vieira.
Será que com estes novos dados se poderá adiantar mais alguma coisa? Ainda não tive tempo de ir de consultar o artigo da Armas e Troféus nem o trabalho "Barreto e Outros"!
Cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Será este João Baptista Barreto filho de Francisco Barreto, o que foi nomeado Ajudante Engenheiro na Baía em 1715?
Agradeço quaisquer outras contribuições.
Gui Maia de Loureiro
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RE: Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Caros Senhores.
Ao pesquisar por "Caldeira Gorjão" nas salas do forum, encontrei este ponto comum. Embora, possa não se tratar do assunto que abordam, o meu objectivo era perguntar se algum de vós conhece algo que me possa ajudar a prosseguir, uma vez que fiquei "parado" por falta de informação geográfica.
Estes Caldeira Gorjão, meus antepassados, eram licenceados/bachréis de direito e encontro-os em várias partes do nosso País; Beja, Sardoal, Ourique, Abrantes, o que me tem dificultado as buscas nos "Paroquiais":
Assim:
João Francisco Caldeira Gorjão, terá nascido cerca de 1740 (não sei onde) e casou , cerca de 1770, com Francisca das Chagas e Sousa (não sei o local).
Tiveram entre outros:
Joanna Rita Viterbo Caldeira Gorjão, terá nascido cerca de 1770 e casou com o Dr. José Monteiro de Carvalho Oliveira, Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo e tiveram:
1. Dr. João Luis Monteiro de Carvalho Oliveira, terá nascido cerca de 1800, Provedor da Comarca de Ourique e Corregedor do Mestrado da Ordem de Santiago de Espada dessa Comarca.
2. Desembargador Joaquim José Anastácio Monteiro de Carvalho Oliveira, natural de Lisboa, terá nascido cerca de 1801, era Juiz de Fóra em Évora, cidade onde, a 21-09-1832 nascia, (do seu casamento com Maria Benedicta da Silveira Brissos, não sei de onde era natural) a minha Trisavó Carlota Emília d´Oliveira Monteiro. Teve outros irmãos ou irmãs, já que ela "era a oitava filha e primeira desse nome". Encontrei uma outra irmã a nascer também em Évora.
Em relação a estes antepassados mais recentes, procurá-los-ei logo que possa...
O tema é Caldeira Gorjão... se souberem algo destes, em especial, agradeço.
Um Santo Natal para todos.
Fernando Serrão d´Andrade
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Barreto Caldeira Gorjão de Freitas - Estranho!
Caros confrades,
A origem e ascendência destes Barreto Caldeira Gorjão está esclarecida num artigo que publiquei em Armas & Troféus, 2016, sob o título "Reconstituição breve de uma linhagem nobre portuguesa: Coutinho Gorjão, da Madeira". Tanto a revista como a separata estão à venda na livraria Ferin, em Lisboa (e talvez também aqui na livraria do Geneall). Sobre o tema, é tratado especificamente na nota de rodapé 101, com várias páginas. Deixo apenas aqui a geração do João referido no tópico:
1) António Caldeira de Araújo Gorjão de Freitas. Foi baptizado no Turcifal, a 11 de Junho de 1695 (ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. B-3, fl. 27v., sendo a mãe chamada “Dona Mariana de Lemim” e padrinhos seu parente Pedro Moniz Pereira e sua filha Dona Violante). Teve o foro de Moço da Câmara com 406 réis, que era o foro de seu avô paterno (18 de Março de 1722) e foram ele e os irmãos, pouco depois acrescentados a Escudeiros Fidalgos e, ao mesmo tempo, a Cavaleiros Fidalgos (30 de Janeiro de 1723 – com o nome de António Caldeira de Araújo e Mousinho – ANTT, RGM, D. João V, Liv. 13, fls. 372-372v.); Foi administrador de diversas Capelas, como as instituídas pelo Pd. Baltasar Gorjão (ANTT, Hospital de São José, escrivão Pontes, mç. 237, n.º 9, cx. 1441), por Vasco Varela da Fonseca (ANTT, Hospital de São José, escrivão Pontes, mç. 254, n.º 15, cx. 1473, processo extenso, com c. 200 fólios – Capela com rendimentos prediais vinculados ao pagamento de 54 missas por ano, por testamento de 21 de Outubro de 1588), ou ainda de outra sita em Elvas, instituída pelo Cónego Manuel Zagalo (Zegalo), com obrigação de 40 missas, de que pediu a Administração para a poder «tirar por demanda» – Alvará de 5 de Abril de 1740, v.g. ANTT, RGM, D. João V, Liv. 31, fl. 389v.]; Morreu solteiro no Turcifal, a 2 de Junho de 1771, dito filho do Capitão Francisco Barreto e de sua mulher D. Mariana da Fonseca Caldeira, com testamento, sendo o seu enterro acompanhado «por quarenta e cinco padres, todas as confrarias, e amortalhado no Hábito de São Francisco, teve ofício de corpo presente e foi sepultado nesta Igreja na sua sepultura que nela tem» (ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. O-5, fls. 46v.-47).
2) Luís Afonso da Silva e Sousa, baptizado no Turcifal a 16 de Janeiro de 1700, sendo a Mãe dita «Dona Mariana Fogaça» e padrinho Miguel Tagarro, da Merceana (ADL, RPTVD, Turcifal,
Liv. B-3, fl. 50); Cavaleiro Fidalgo da Casa Real (supra); este Luís será o que foi dotado por sua avó paterna «para efeito de ser sacerdote», por escritura de 11 de Janeiro de 1726, passada pelo Tabelião António da Costa Teixeira (Torres Vedras, Liv. 28.9.1725 a 14.5.1726, fls. 66, apud Figueiroa-Rego, Rogério de, Alguns Sumários das Notas de Vários Tabeliães da Vila de Torres Vedras nos Séculos XVI a XVIII, Vol. I, Lisboa, 1973, pág. 35); lê-se também que foi padre e «Capelão da Ermida de Santa Isabel»;
3) José Fogaça do Carvalhal Barreto Gorjão (ou José Fogaça Barreto ou José Fogaça de Lami Barreto), baptizado no Turcifal a 3 de Junho de 1702, sendo padrinhos António José e D. Joana Margarida de Menezes, filhos do Conde da Ponte (ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. B-3, fl. 62v.); Cavaleiro Fidalgo da Casa Real (supra); Obteve em 6.11.1729 alvará para administração da Capela instituída pelo Dr. António de Matos Bernardes, que estava vaga para a Coroa (ANTT, RGM, D. João V, Liv. 21, fl. 44); foi Capitão de Ordenanças da Lobagueira. Morreu antes de 26 de Junho de 1766 (como se confirma em Borrego, Nuno, As ordenanças e milícias em Portugal – subsídios para o seu estudo, Vol. I, Guarda-Mor, Lisboa, 2006, p. 357); referido como Capitão, casou em Lisboa, em Santa Marinha, a 14 de Junho de 1753, com D. Francisca Rita Xavier de Aguiar e Gouveia, filha legítima de Evaristo Lourenço de Gouveia, que era Escrivão do Eclesiástico, e de D. Bernardina Miranda de Aguiar e Gouveia (ADL, RPLx, Santa Marinha, Liv. C-3, fls. 2v.-3)];
4) João Baptista Pereira, baptizado no Turcifal, a 5 de Setembro de 1705, a Mãe chamada «D. Maria ana Fogaça», e sendo padrinho o Conde da Ponte (ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. B-3, fl. 82); Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, como seus irmãos (supra). Apresentou-se como João Barreto Pereira quando teve, com Maria dos Santos (solteira e filha de Domingos Alves e sua mulher Maria Vieira), a Manuel Joaquim, que foi baptizado por necessidade em casa e recebeu os Santos Óleos a 5 de Agosto de 1743, sendo pároco Bernardo da Franca Horta (ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. B-4, fl. 182v.) (informação que agradeço ao Dr. Guilherme Maia de Loureiro). É este o Manuel Joaquim Barreto Caldeira Gorjão de Freitas que seria chamado às responsabilidades das capelas de seu Tio António, em 1773, e que havia casado no Turcifal a 3 de Julho de 1771, na Ermida de Nossa Senhora das Angústias da Quinta de Feo, com Maria da Purificação (nascida no Turcifal e filha de Domingos Gomes, natural da Corujeira, freguesia de S. Domingos de Carmões, e de sua mulher Ana da Conceição, do Turcifal; ele dito filho de João Baptista Pereira e de Maria dos Santos, “mulher solteira” – ADL, RPTVD, Liv. C-4, fls. 71-71v.). E foram Pais da Maria Joaquina Gorjoa, nascida a 18 e baptizada no Turcifal a 29 do mesmo mês de Agosto de 1772 (o Pai dito filho de “João Baptista moço solteiro e de Maria dos Santos, mulher que nunca casou” – ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. B-7, fl. 50v.; e no assento de casamento da filha, a 9 de Agosto de 1816, a Mãe é chamada Maria Joaquina Caldeira) que casou com José da Cruz a 15 de Junho de 1796 (ele da Melroeira – ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. C-5, fl. 129). C.g. até à actualidade.
E não constando do RGM mas apenas da Série Genealógica e nos registos paroquiais:
5) Mateus Barreto da Silva Gorjão, que terá morrido antes de 1722, mas foi baptizado no Turcifal, a 9 de Janeiro de 1694, a mãe dita «Dona Mariana de Lamim» e sendo padrinhos o «Conde de Coculim e Dona Mariana Coutinha, ambos de Lisboa» (ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. B-3, fl. 17v.);
6) D. Catarina Margarida Gorjoa de Eça, que, sendo mulher, não tinha foro, mas foi baptizada a 10 de Dezembro de 1707, no Turcifal, «filha do Capitão Francisco Barreto da Silva Gorjão e de sua mulher Dona Mariana da Fonseca Fogaça», sendo «padrinhos D. Carlos de Noronha, Conde de Valadares, e D. Mónica Francisca dos Reis, deste lugar» (a avó) (ADL, RPTVD, Turcifal, Liv. B-3, fl. 97).
Como constará do próximo artigo, também a sair em Armas & Troféus, e em complemento:
«Quarto, sobre os referidos na nota 101, refira-se a assinatura do “Capitão José Fogaça de Lamim” em matrimónio no Turcifal (16.5.1740; idem a 25.1.1751) e os baptismos de Mónica Francisca dos Reis e seus irmãos no Turcifal, todos filhos de Tomé da Maia e de Maria Franca (Maria, a 25.3.1643; Pedro, a 6.7.1645; Mónica, a 4.5.1648; Leonor, a 6.2.1650; ); mais importante ainda, comprova-se que os pais de Mariana da Fonseca Fogaça de Lami eram, de facto, os aí indicados, pela extractação de Rogério de Figueiroa Rego: procuração ao seu marido «para que este em seu nome e no de ambos possa cobrar e arrecadar e a sua mão haver toda a fazenda que na vila de Porto de Mós, bispado de Leiria, lhe pertencer, por falecimento de António da Fonseca de Lami e de sua mulher Brites de Araújo, seus pais, ambos falecidos na referida vila de Porto de Mós, onde foram moradores. Escritura de 6 de Junho de 1693» (p. 472 – Figueiroa Rego, Rogério, «Subsídios para a investigação histórica em Portugal – Alguns sumários das notas de vários tabeliães da vila de Torres Vedras nos séculos XVI a XVIII (continuação)», Armas e Troféus, V série, Tomo I, 1981, pág. 192).
Não pois ligação imediata aos Barreto de Pina. Sobre ligações entre Gorjões e Barretos de Pina, além dos estudos do Dr. Augusto Ferreira do Amaral, também o novo artigo na revista Armas & Troféus, de 2017, trará novos dados.
Com os melhores cumprimentos,
MGH
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