Pimentel da Mesquita
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Pimentel da Mesquita
Caros Confrades
Procurava saber se o escrevo está correcto:
1- António Pimentel da Mesquita casado com Margarida de Vasconcelos tiveram:
2- António José Pimentel de Mesquita e Vasconcelos casou com Maria de Sá da Silva Cardoso e Vasconcelos (Avós do 1º Visconde de Gouveia) c.g.
2- Micaela de Vasconcelos casou com Lourenço da Fonseca Figueiredo e Albuquerque (Avós do 1º Barão de Fornos de Algodres)c.g
Não possuindo o «Livro de Linhagens», de Jaime Serpa Pimentel, estas informações foram retiradas da base de dados do Genea.
Grato pela atenção dispensada
Diogo Soares de Albergaria
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro Diogo Soares de Albergaria
O António José Pimentel de Mesquita e Vasconcelos aqui em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=187107
pelo que vejo nos “Lucenas”, Tomo I, pg. 234 é filho de José Inácio Pimentel de Mesquita e Vasconcelos, Fidalgo da C. R., Capitão-mór de Gouveia, e de D. Luísa Teresa Pereira Coelho de Cerqueira Mansilha.
Inclusivamente, o autor remete precisamente para essa obra (que não tenho), pelo que deve haver aí qualquer confusão.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro Diogo Soares de Albergaria:
O livro "A Descendência Portuguesa do General Napoleónico Andoche Junot", de Américo Brasil, confirma o que se diz na fonte consultada pelo nosso Confrade Vasco Jácome. O Autor usou igualmente o "Livro de Linhagens". Na referida obra pode ver-se o seguinte:
1. António José Pimentel Freire de Mesquita e Vasconcelos, FCCR (13-12-1734), capitão-mór de Gouveia, 4º administrador dos Morgados de Sant'Ana e N.Sª. dos Prazeres, e senhor das Casas de Sedielos, Remesal e Sta. Júlia, c.c. D. Maria Isabel de Sá da Silva e Vasconcelos, que foi b. em Penso a 23.7.1736 e + em S. Pedro de Gouveia a 1.11.1795.
Ele filho de:
2. José Inácio Pimentel de Mesquita e Vasconcelos, FCCR, capitão-mór de Gouveia, administrador dos sobreditos morgados, b. em S. Pedro de Gouveia a 7.8.1683, + Loureiro a 18.7.1731, c. em 17.9.1708 c. D. Luísa Teresa de Cerqueira Mansilha, senhora das casas de Sedielos e Remesal e da Qta. de Sta. Júlia.
Ele filho de:
3- Gaspar dos Reis Pimentel de Mesquita, FCCR (20.1.1667), Cav. Prof. O. Xto., moço de câmara de D. Pedro II, capitão-mór de Gouveia. b. em S. Pedro de Gouveia a 2.8.1648, c.c. D. Ana Freire de Andrade da Fonseca Coutinho Cabral, senhora do morgado de Sant'Ana.
Ele filho de:
4. António Pimentel de Mesquita, FCCR, capitão-mór de Gouveia, "que emerge de fontes bibliográficas como sendo 6º neto de D. Martim Gonçalves Pimentel e de s.m. D. Inês de Mesquita. D. Martim Gonçalves Pimentel era filho de D. João Afonso Pimentel, que foi, em Castela, 1º Conde de Benavente e + em 1420.
Cumprimentos,
J.de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Pimentel da Mesquita
Em tempo, e da mesma obra:
"De Gaspar dos Reis Pimentel foi irmã D. Micaela de Vasconcelos Pimentel, que sendo baptizada em S. Pedro de Gouveia a 7.10.1640, se casou na mesma localidade, a 8.12.1653, com Lourenço da Fonseca de Figueiredo e Albuquerque; c.g. entre a qual os Barões de Fornos de Algodres."
jpcmt
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RE: Pimentel da Mesquita
Caros Vasco Jácome e JPC Melo Trovisqueira
Desde já agradeço a pronta resposta.
O que escrevi estava incorrecto, pelo que agradeço a correcção, contudo (se me permitem)detenho uma dúvida: com quem era casado o «nº4 António Pimentel Mesquita, FCCR, capitão-mór de Gouveia (...)6º neto de D. Martim Gonçalves Pimentel e de s.m. D. Inês Mesquita(...)»?
Aproveito e pergunto ao JPCM Trovisqueira, se o livro sobre a descendência de Junot tem algumas indicações biograficas sobre os suprareferidos (não quero incomodar, de modo que não necessita de transcrever nada, depois eu consulto)?
Grato pela atenção
Cumprimentos
Diogo Albergaria
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro Diogo Soares de Albergaria:
Ma obra de Américo Brasil, tudo o que consta, relacionado com a sua pergunta, é o que transcrevi. Além disso tem uma nota sobre a ascendência de D. Luísa Teresa Mansilha, rectificando o que o autor tinha escrito n'"Os Morgados de St.º António do Cruzeiro" (copiado de Jaime Forjaz, segundo ele próprio afirma).
Não tenho este último livro.
Cumprimentos,
J. de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro JPCM Trovisqueira
Que rapidez!
Muitissimo obrigado, com os dados que me enviou, a minha pesquisa está muito facilitada.
Com os melhores cumprimentos
Diogo Albergaria
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro Diogo Soares de Albergaria
Só agora reparei no conteúdo deste tópico e, embora com atraso, aqui estou para o ajudar no que me seja possível, embora o confrade J. Trovisqueira já lhe tivesse dado a maior parte das informações que eu também poderia ter dado.
Poderei acrescentar o seguinte:
1.ANTÓNIO PIMENTEL DE MESQUITA foi casado duas vezes, conforme o que refere Jaime de Serpa Pimentel, sendo a primeira com D. MARGARIDA DE VASCONCELOS FRAGOSO QUARESMA DE PAIVA, sua prima em terceiro grau (filha de Manuel Mendes de Vasconcelos Fragoso Quaresma de Paiva e de sua mulher D. Maria de Sampaio), «que lhe trouxe em dote alguns bens de importancia e a propriedade do officio de escrivão das sizas de Gouveia que provinha de seu pai e avós».
Para além de outros, tiveram:
2.D. MICAELA DE VASCONCELOS PIMENTEL casada com LOURENÇO DA FONSECA DE FIGUEIREDO E ALBUQUERQUE (Referidos também a p. 20 dos "Albuquerques da Beira").
2.GASPAR DOS REIS PIMENTEL DE MESQUITA, de quem descendo, bem como o autor do livro sobre a descendência de Junot, Américo Brasil, pseudónimo de António de Serpa de Souza-Brandão.
Se precisar de algum dado mais do Livro de Linhagens de Jaime de Serpa Pimentel, estarei ao dispôr.
Os meus cumprimentos
Francisco Serpa Brandão
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro Francisco Serpa Brandão
Agradeço as palavras e a simpática prontidão.
Só depois de abrir o tópico reparei num outro já existente sobre os Pimentel do 1º Visconde de Gouveia, no qual simpaticamente disponibilizou muitos dados.
Despertou-me a curiosidade ao beber um vinho branco Quinta da Pacheca, engarrafado pelo seu parente Eduardo Serpa Pimentel e lembrei-me que tinha uns avoengos com nomes Pimentel (Micaela casada com Lourenço). Tentei perceber via base de dados do genea, mas algo não me soava bem, e assim pedi ajuda aos simpáticos participantes deste fórum (aos quais agradeço mais uma vez)que prontamente me auxiliaram.
Também tenho muitos Brandão, mas são como os chapéus, há muitos. Não sei se ainda seremos aparentados, e confesso que dos meus pouco sei!
Quando ao livro não o quero incomodar, consultei o site da Biblioteca Nacional e existe um exemplar que poderei consultar em qualquer altura, mas de qualquer modo agradeço.
De qualquer modo pergunto-lhe (pois não sei quando irei a Lisboa) este é daqueles ramos que tem problemas (por exemplo falta de documentação a dada altura), ou estão todos resolvidos/esclarecidos(no geral)?
Com os melhores cumprimentos
Diogo Albergaria
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro Diogo S. Albergaria
Folgo em saber que o branco da Quinta da Pacheca do meu primo Eduardo ocasionou esta aproximação genealógica!
Quanto ao que me pergunta sobre este ramo de Pimenteis, tenho a dizer que a sucessão delineada por Jaime de Serpa Pimentel está correcta, pelo menos até Jerónimo de Mesquita Homem, pai de António Pimentel de Mesquita. Para trás destes, a obra deverá ser olhada com reserva, pois creio que ainda não se fez um estudo sério sobre estes Pimenteis de Gouveia que possa avalizar o que ele escreveu. Eu e o meu primo António de Souza-Brandão pensámos já em fazer um trabalho sobre a família Serpa Pimentel, o que obviamente incluiria os Pimenteis de Gouveia, mas o facto de vivermos ambos no Porto (longe das fontes) tem impedido, até agora, a realização desse trabalho.
Quanto ao meu "Brandão" ele é, como costumo dizer, «apócrifo»... A história é esta:
Falecendo o pai do Arcebispo de Braga D. Frei Caetano Brandão (meu tio 5º avô), quando este tinha poucos meses de idade, a mãe volta a casar, desta vez com um indivíduo de apelido Brandão, que foi decerto um verdadeiro pai para ele, de tal modo que ao ingressar na Universidade de Coimbra passa a usar o apelido do padrasto. Dado ter sido uma grande figura da Igreja os sobrinhos começaram igualmente a usar o apelido que se foi transmitindo até à data!
Sempre ao dispôr
Francisco
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RE: Pachecos, da Quinta da Pacheca
Caro Francisco Serpa Brandão:
Gostaria de lhe perguntar se por acaso tem conhecimento da eventual relação de parentesco entre os seus primos Serpa Pimentel, actuais donos da Quiinta da Pacheca, e D. Mariana Pacheco, senhora da referida quinta, á qual deu o nome. Serão estes seus primos descendentes da família Pacheco, ou a Quinta foi adquirida? Tenho bastante interesse em saber informações sobre esta família, pois D. Mariana Pacheco foi casada com um "tio" meu, o Dr. Bento da Fonseca, embaixador de D.Pedro II junto da S. Sé, falecido em 1698, em Roma e que se acha sepultado cá em Roma, na igreja de Santo António dos Portugueses, onde existe a sua lápide funerária armoriada mandada colocar por sua mulher, D. Mariana Pacheco.
Antecipadamente agradeço qualquer informação.
Cumprimentos amigos
António Júlio Limpo Trigueiros
Aqui segue o que tenho sobre este casal:
Doutor BENTO DA FONSECA
Nasceu na casa que seus pais tinham na rua Direita, em Barcelos e foi baptizado a 14/6/1646, na igreja matriz Colegiada de Barcelos . A casa onde nasceu deveria ser uma casa nessa rua que pertencia em 1762 a Manuel José de Bessa e Meneses. Não conseguimos no entanto identificá-la com segurança.
Seu pai, o Licenciado Bento da Fonseca, (1617/1686), nascido na Casa de Amins, em Chorente, era filho de Domingos Tomé da Fonseca, natural de Chavão e de sua mulher D. Francisca André, senhora da Casa de Amins; neto paterno do Reverendo Tomé Peres da Fonseca, vigário de S. João Baptista de Chavão, na Ordem de Malta e materno de João André, senhor da Casa de Amins e de sua mulher Catarina Afonso. Foi Bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra, foi advogado e Procurador da Côroa em Barcelos e depois de viúvo, por volta de 1668, ordenou-se e foi Abade de Creixomil e de Santa Maria do Abade de Neiva, ambas no concelho de Barcelos, foi senhor da Quinta de São Bento, em S. Pedro Fins de Tamel, que deixou a seus filhos.Veio a falecer a 24/8/1686, na sua casa da rua Direita na vila de Barcelos, tendo feito testamento, no qual deixou seu filho Manuel da Fonseca Coelho, por herdeiro e foi sepultado na igreja da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos.
Sua mãe D. Maria Rodrigues Coelho era natural da freguesia de Barcelinhos. Era filha de Giraldo Rodrigues, nascido na rua de S. Francisco, na vila de Barcelos, rendeiro do Préstimo de Perelhal e homem de contrato, e de sua mulher Isabel Coelho, natural de Barcelinhos. Era neta paterna de Ambrósio Rodrigues, sapateiro e de sua mulher Catarina Gonçalves. Era neta materna de Francisco Coelho, de alcunha “O Pilrão”, natural da aldeia de Moinhos, em Oliveira , o qual foi taberneiro e vendia vinho em Barcelinhos e tinha uma fazenda em Oliveira, Barcelos e de sua mulher Maria Francisca, natural do lugar de Mareces, em Barcelinhos e ambos faleceram na freguesia de Silveiros, onde seu filho, o Padre Francisco Coelho era Reitor. Era irmã do Reverendo Manuel Coelho, Reitor de Fragoso, do Reverendo Francisco Coelho, Reitor de Macieira de Rates , de Frei José da Santa Maria, que no mundo se chamava José Coelho e foi Frade Loio no Convento de Vilar de Frades “e depois foi lançado fora” do referido convento e do Beneficiado António Coelho. D. Maria Rodrigues Coelho veio a falecer a 10/8/1666, de parto, na sua casa da rua Direita, em Barcelos e "esta sepultada no habito de São Francisco" na Santa Casa da Misericórdia de Barcelos.
Teve oito irmãos: Bento , 1º deste nome (1644), que veio a falecer menor. Escolástica. 1ª deste nome (1649), que veio a falecer menor. Madre D. Escolástica da Fonseca (1651), e foi Religiosa de S. Bento, no Mosteiro de Vairão, onde faleceu. Madre D. Maria Eugénia da Fonseca (1653), foi Religiosa de S. Bento no Mosteiro de S. Bento de Vairão, ocupando o cargo de Abadessa do referido Mosteiro em 1722 . Licenciado Frei Antonio da Fonseca Coelho (1653), foi Religioso de S. Bento. Madre D. Isabel da Fonseca (1660), foi Religiosa de S. Bento, no Mosteiro de Vairão, onde faleceu. Doutor Manuel da Fonseca Coelho (1663/1727), Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra. Foi Fidalgo da Casa Real , pelos serviços de seu irmão Dr. Bento da Fonseca, com 1600 reis de moradia por mês e um alqueire de cevada, por alvará de 3/8/1700. Foi senhor da Quinta da Estrada, em São Fins de Tamel, onde mandou edificar a Capela de São Bento, que dotou por escritura de 26/6/1701 e veio a falecer a 16/1/1727, na referida quinta e fez testamento e foi "sepultado na sua Capella do Patriarcha São Bento sita na sua mesma Quinta da Estrada segundo assim o ter deixado no seu testamento", em sepultura armoriada de Fonseca e Coelho, com a seguinte inscrição: AQVI. JAZ. MANOEL. DA FONSECA COELHO. FIDALGO. DA CASA. DE. SUA. MAGES- TADE. 1727.ANO" Casara a 18/7/1689, na igreja de Santo André de Barcelinhos, com D. Micaela de Barros, natural dessa freguesia, filha do Dr. Luís Barbosa da Costa, Corregedor de Lamego e Auditor Geral do Minho e de sua mulher D. Luísa de Barros e que veio a falecer a 8/8/1742, na Casa do Jardim, na vila de Barcelos, tendo feito testamento, de quem teve uma única filha (desta senhora descende a família Bessa Sousa e Meneses, de Barcelos). D. Francisca da Fonseca (1666) e veio a falecer a 28/12/1756, na Casa do Jardim, em Barcelos, solteira, com 90 anos de idade, tendo feito testamento.
Foi Colegial do Colégio de S. Paulo, da Companhia de Jesus, na cidade de Braga.
Matriculado na Universidade de Coimbra (Instituta a 1/10/1662-63-64-65-66-67 e Leis a 3/4/1666), Bacharel em Leis (29/5/1669-suficiência e 13/7/1670), com aprovação a 20/7/1670, repetição a 26/7/1670, exame privado de licenciado a 30/7/1670 e Doutoramento em Leis a 4/10/1670.
Foi Lente de Instituta (4/8/1677) e Opositor residente na Universidade de Coimbra.
Foi Conselheiro e Desembargador dos Agravos, da Relação do Porto e depois Desembargador do Paço e Juiz dos Feitos da Coroa.
Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Familiar do Santo Ofício, por carta de familiar de 13/2/1679 (ANTT, Maço 2- Doc. 35).
Foi Senador do Palácio Conciliar do rei D. Pedro II e enviado diplomático deste soberano a Roma, junto do Papa Inocêncio XII.
Viveu na cidade de Roma, no Palacio Sciarra Colonna, na Piazza Sciarra (hoje Via del Corso), pertencente à paróquia de Santa Maria in Via entre 1692 e 1698 (ano da sua morte).
Fez testamento a 22/5/1698, no qual deixa numerosos legados.
Veio a falecer no referido palácio de Sciarra, na cidade de Roma onde era ministro residente desde 1692, no dia 4/7/1698 .
Conforme relato que se acha no livro de óbitos: “Aos 4 de Julho de 1698 passou a melhor vida o Ill.mo Sr. Bento da Fonseca, Residente da Majestade del Rey de Portugal em esta Curia Romana, no seu Palacio aonde morava na Praça de Xarra, Parochia de Santa Maria in Via. No mesmo dia as tres horas de noyte foy transportado seu corpo a esta nossa Igrª de S. António dos Portugueses em caroça accompanhado do Paroco da dª Parochia e com m.tas carroças de cortejo, nas quaes vinhão m.tos Gentil-homem q o accompanhavão. No dia Seg.te 5 do dº mez pella manhãa athé a hua hora depois do meyo dia esteve o seu cadáver exposto com a mesma pompa q se costuma fazer a hum Cardeal com offº de nove licções, Missa cantada e Música solemne e com gran numrº de Missas baixas e logo acabada a função se lhe fez abrir hua sepultura nova na Capella da Natividade de Nosso S.or Jesus Christo vizinho ao Altar da parte da Epístola, aonde o seu corpo em Habito de Cavaleiro e enserrado em duas caixas hua dentro na outra, foy mettido em ditta sepultura feyta a modo de Túmulo; e na 2ª frª seguinte 7 do dº mez lhe fez a casa cantar hua Missa com Diacono e Subdiacono e com outro offº de nove licções com asistencia dos Sr.es Congregados com catafalco levantado rodeado de candeeiros e Tocheyras com cera. E por ser tudo na verdade fiz o presente assento q assinei hoje 8 do dº mez e anno, sendo Gov.or os Sr. Deão Miguel Ferreira e Sachristão mayor eu abaixo. Franc.co Gomes, mano propria” .
Foi sepultado na Igreja de Santo António dos Portugueses, conforme determinara em seu testamento e por decisão da Congregação daquela igreja, como se pode ver dos livros da mesma: “ Aos 4 do mês de Julho de 1698 dia em q morreo o Dr. Bento da Fonseca // Residente da Majestade de nosso Sr. nesta Curia de Roma, se // fez Congregação Geral na qual se achavão prezentes os Srs. Gov.res // Antiguo e Moderno, os Srs. Marqueses Francisco Nunes Sanches e// Francº Peres Vergueiro, Torquato de Andrª de Almada, Simão Queiro // Simão Frz Carnrº, Fran.co de Bulhão, M.el Falcão Cotta, Joseph Ribrº // Montrº, Joseph Lopes de Britto, M.el de Mesq.ta do Amaral, Diogo Alz// Mourão, João Roiz Mourão e Thomaz Pereira ao qual foi dado// Juram.to de mY Secretº, e porq o dº Sr. Rezidente pedia no seu // testam.to q fosse sepultado na nossa Real Igreja, no lugar, que // parecesse aos S.rs Congregados, foi decretado, que se enterrasse em // forma de Deposito na Capella do S.mo Presépio da Srª de Bethlem // q he a prim.ra lateral da parte do Evangelho e q na Segunda // feira seguinte que herão sette do prez.te mas se lhe fação as exéquias // costumadas, deixando o dº Residente a Sacrestia sincoenta escu- // dos de Moeda e ao Hospital oitenta e aos Cappellães e Pobres // Portugueses vinte escudos q tudo deve ser distribuido e respecti- // vam.te dispendido e beneplacito da dª Congregação Geral, e // de tudo dou fé e me sobscreveo dia, mês e anno assima. Machado”
Sua mulher D. Mariana Pacheco mandou erigir-lhe uma lápide funerária armoriada (com as armas em pleno de FONSECA), à entrada da referida igreja, com a seguinte inscrição:
"D.O.M. BENEDICTO DE FONSECA NOBILI BARCELENCI ORDINIS IESU CHRISTI EQUITI SERENISSIMI PETRI SECONDI LUSITANAE REGIS CONSILIARIS PALATII SENATORI AC IN URBE APUD INNOCENTIUM XII PONTIFICEM MAXIMUM RESIDENTI EXIMIA PRUDENTIA PRAEDITO SERMONE OMNIUM ANIMOS ALLICIENTI INSIGNI PROBITATE CONSPICUO PRAECLARO INGENIO AC MULTIPLICI ERUDITIONE ORNATO IN CONTROVERSIIS DIRIMENDIS IUDICI INTEGERRIMO OB EGREGIAS DOTES OMNIBUS ACCEPTO QUI POST SUMMAN IN DIUTURNA INFIRMITATE PIEDATIS AC PATIENTIAE LAUDEM MAGNO UNIVERSAE URBI DESIDERIO RELICTO HUMANUM TRIBUTUM EXOLVIT DIE IIII IULII AN:D:MDCXCVIII AETATIS SUAE LII D. MARIANA PACHECO LECTISSIMO CONIUGI MONUMENTUM POSUIT."
A tradução desta lápide é a seguinte:
= D.O.M. A Bento da Fonseca, nobre barcelense, cavaleiro da Ordem de Jesus Cristo, Senador do Palacio Conciliar do Serenissimo Rei de Portugal , D. Pedro II, e residente em Roma junto do Sumo Pontíficie, Inocêncio XII, dotado de estraordinária prudência, convencendo, pela palavra, os ânimos de todos, notável pela sua insigne probidade, ornado de preclaro engenho e múltipla, ou vasta erudição, Juiz integérrimo a dirimir as discórdias, ou divergências, aceite, ou estimado, por todos em virtude dos seus egrégios dotes, que, depois de receber os maiores louvores pela piedade e resignação demonstradas em prolongada enfermidade, deixando grande saudade a toda a cidade de Roma, pagou o humano tributo, faleceu, no dia 4 de Julho do ano do Senhor de 1698, com 52 anos de idade. Ao queridissimo esposo construiu este monumento Dona Mariana Pacheco=.
Casara a 23/12/1685, na igreja da Vitória, na cidade do Porto, antecedendo escritura de dote de 22/11/1685, com D. MARIANA PACHECO, natural da cidade do Porto. Era filha de Manuel Pacheco Pereira, natural do Porto, cidadão do Porto, vereador nos anos de 1676/78 e escrivão proprietário do crime na cidade do Porto e de sua mulher e prima D. Joana Pacheco, natural da mesma cidade. Era neta paterna de Gonçalo Pacheco, natural de S. Tiago o Novo, no Porto, mercador de logea e de sua mulher Isabel Pacheco, da mesma cidade e materno de Sebastião Pacheco, natural do Porto, mercador de logea de panos, familiar do Santo Ofício e de sua mulher D. Marquesa Nunes das Póvoas. Foi dotada pela escritura acima referida, por sua mãe e irmão, Dr. José Pacheco, com 15 000 cruzados para o seu casamento. Foi senhora da Quinta dos Touraes, no Peso da Régua, por ter ficado herdeira de seu irmão, o Dr. José Pacheco, a qual passou depois a ser conhecida por Quinta da Pacheca, segundo parece, para perpetuar o nome desta sua senhora, rica proprietária, duas vezes viúva, sem filhos. Acompanhou seu marido a Roma e nesta cidade assistiu, retirando-se após a sua morte, em 1698, mandando erigir na igreja de Santo António dos portugueses a lápide funerária brasonada, que ali se pode ver, acima referida. Voltou a casar, três anos mais tarde, a 28/2/1701, na igreja de Santa Cruz do Castelo, em Lisboa, com o Dr. Francisco Mendes Galvão, senhor da Casa de Andeviso, em Mei (Arcos de Valdevez) e da Casa de Valverde, na vila dos Arcos de Valdevez, Desembargador do Paço e Chanceler mór do Reino, que faleceu antes de sua mulher, sem geração deste casamento. D. Mariana Pacheco fez testamento a 24/9/1735, contemplando muitos membros da família por quem distribuiu a sua grande fortuna, sendo principal herdeiro seu primo segundo, Pedro Pacheco Pereira, filho do Dr. Manuel Pacheco Pereira, Juiz da Alfândega do Porto. Veio a falecer a 13/4/1738, no seu majestoso Palácio da rua de Belomonte, na cidade do Porto. Não houve geração destes casamentos.
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RE: Pachecos, da Quinta da Pacheca
Caro e Revº António Júlio Limpo Trigueiros,
Embora o nosso Confrade F. Serpa Brandão lhe possa responder com mais propriedade do que eu,
transcrevo parte de uma notícia sobre a Quinta da Pacheca, publicada no "Diário de Notícias" de 11.2.1995:
"O mais antigo documento referente à propriedade que é hoje Quinta da Pacheca, data de 1551 e diz respeito a um foro pago por Bastião Pereira ao Convento de Tarouca. Como "da Quinta da Pacheca", só passou a ser designada a partir de um escrito de 17 de Abril de 1738, por alusão à sua proprietária, então D. Mariana Pacheco Pereira. Passados cerca de 200 anos (em 24 de Setembro de 1903), os 36 ha. de vinhas que constituem a quinta, foram comprados por D. José Freire de Serpa Leitão Pimentel."
Cumprimentos amigos do
João de Castro e Mello Trovisqueira.
P.S.: Julgo que saberá que estes Pachecos são tratados no livro "Pachecos, Subsídios para a sua Genealogia" de Abílio Pacheco de Carvalho, Lisboa, 1985.
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RE: Pachecos, da Quinta da Pacheca
Caro João de Castro e Mello Trovisqueira:
Muito obrigado pela informação, como sempre precisa e reveladora, que aqui deixou...
Este Bento da Fonseca (marido da "Pacheca") era primo direito da D. Francisca da Fonseca, que casou para Ronfe, para a Casa de Gimunde e vem citado na cba de Ronfe que lhe enviei...
Um abraço muito amigo
António Júlio Limpo Trigueiros
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro Francisco S. Brandão
Agradeço mais uma vez a simpática atenção.Só lhe respondi hoje porque neste fórum sou um «cinderelo», e ainda por cima era sexta-feira!
Sobre os Pimenteis agradeço o esclareceminto, mas só depois de consultar o livro e de me orientar na floresta Pimenteliana é que estarei mais à vontade! Por enquanto é tudo chinês, como deve calcular! De qual quer modo agradeço e se precisar de alguma coisa que eu possa resolver em Lx na BN ou no ANTT disponha se faz favor.
Curiosamente reparei que um dos netos do seu primo Eduardo é casado com uma menina (no Porto todas as senhoras são tratadas por meninas,não é!)que é Mouzinho de Albuquerque, ainda minha longiqua aparentada e também Mascarenhas Gaivão (família algarvia, aparentada com o Visconde de Lagoa - Mascarenhas Grade).
Como lhe tinha dito, dos meus «Brandão» pouco sei e também pouco me tenho dedicado, de modo que pouco lhe posso adiantar, em termos de parentesco. Contudo é mais primo dos meus primos Almiro de Tondela, visto que são Vale ou Valle e decerto que tem ramos comuns mais próximos.
Visto que este tópico está a derivar para Pachecos se desejar poderei dar-lhe o meu mail, para qualquer coisa que precise nomeadamente no ANTT (o Genea diz que é melhor através do moderador, mas não vejo mal em escrever)
Com os melhores cumprimentos
Diogo
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RE: Pachecos, da Quinta da Pacheca
Caro António Júlio Trigueiros
Ausente destes meios no fim de semana, só agora li a mensagem que me colocou, mas a que o confrade João Trovisqueira, sempre prestável, já respondeu. Resta-me poder ser-lhe útil em qualquer outro assunto, para o que estarei sempre ao dispôr.
Os meus, também amigos, cumprimentos
Francisco S. Brandão
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RE: Pimentel da Mesquita
Caro Diogo S. Albergaria
Agradeço os seus bons préstimos que retribuo, e aproveito para o informar do meu e-mail:
serpabrandaoarrobanetcabopontopt
A propósito do neto do meu primo Eduardo, creio que se refere ao Francisco, casado com a Ana Maria Moniz de Mascarenhas Gaivão. Ela é também "Pimentel" (de Gouveia), pois descende pelo pai Manuel Mouzinho de Albuquerque de Mascarenhas Gaivão, de Maria do Carmo Freire Pimentel e de José Maria Pereira Forjaz de Sampaio (meus tios-trisavós).
Cordiais cumprimentos
Francisco
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