Azevedos, século XIV
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Azevedos, século XIV
Caro Carlos Paulo e demais Confrades
A ascendência de Gonçalo Pires, progenitor dos Malafaya. Será que a paternidade eventualmente atribuída a Diogo Gonçalves de Azevedo será consistente ? Sendo assim seria irmão de Lopo Dias de Azevedo, de que à partida não existe registros de mais nenhum irmão. Uma outra hipótese que ponho é o de ser, eventualmente irmão de Gonçalo Vasques de Azevedo, o Marechal, primo 2º de Diogo, filho de Teresa Vasques de Azevedo, Abadessa do Mosteiro de Lorvão (D.Afonso IV) e de D. Francisco Pires, Prior do Mosteiro de Sta Cruz de Coimbra ?
Recordo-me caro Carlos Paulo de referir, salvo erro no início de 2002 a transcrição da morte desonrosa de Diogo Gonçalves de Azevedo em Guimarães, no período das guerras Fernandinas. Claro que essa era a versão do cronista ... não sei se Fernão Lopes?. Agora do ponto de vista histórico o nosso Rei D. Fernando, o Formoso, fartou-se de fazer disparates, especialmente quando embarcou na ideia de ser o detentor do trono de toda a Espanha, sem medir convenientemente consequência de atitudes precipitadas. Na altura em que D. Fernando decide invadir a Galiza (1369), Henrique II de Trastâmara, punha na ordem Zamora, levanta de imediato o cerco e arranca para a Galiza, seguem-no Bertrand Du Guesclin, e os seus temíveis mercenários. D. Fernando refugia-se no Porto. Henrique II, o irmão Sancho e Du Guesclin transpõe o rio Minho a vau (Verão de 1369) e entram em Portugal. Sitiam, dominam e lançam fogo a Braga, põe cerco a Guimarães, que então resiste com êxito. Diogo Gonçalves de Azevedo, ficou do lado de Henrique II de Castela, o porquê desta opção ? é simples, a sua 4ª avó era uma Trastâmara, portanto eram primos. Qual o seu objectivo? Desconheço, mas acredito que se prendia com o propósito de derrube do Rei D. Fernando.
Não sei qual a relação que marcou os anos seguintes, entre el Rei D. Fernando e a viúva de Diogo G. de Azevedo, Aldonça Coelho e o por sua vez o seu filho Lopo Dias de Azevedo, o tio de Aldonça foi o tristemente célebre Pedro Coelho, conselheiro de D.Afonso IV, que interveio na morte de Inês de Castro.
Diogo G. Azevedo tinha sucedido ao seu pai nas casas de Azevedo (13º Senhor), Vasconcelos e Castro.
O certo é que Lopo Dias bate-se em Aljubarrota ao lado de D.João I de Avis e este dá-lhe então os Senhorios de S.João de Rei, Terras de Bouro e Aguiar de Pena, não antes de as ter tirado e dado a outro, para lhe devolver finalmente, esquecimentos de um Rei “de boa memória”...
Lopo Dias distribui a sua herança para os seus filhos do seguinte modo:
João Lopes de Azevedo, o primogénito ficou com os senhorios de S. João de Rei, Terras de Bouro e na terra da Pereira, foi a Ceuta (1415).
Pedro Lopes de Azevedo (2º), foi morto pelos Mouros na tomada de Ceuta
Martim Lopes de Azevedo (3º), Foi a Ceuta, foi um dos 12 de Inglaterra, foi á conquista de Tanger com os Infantes D.Henrique e D. Fernando, e morreu em combate em 20 de Setembro de 1437. Recebeu a honra e quinta do Souto, herança de sua mãe que por sua vez era de seu Pai, João Coelho.
Lopo de Azevedo(6º), recebeu a honra e quinta de Crasto, que por sua vez, lhe tirou D. Afonso V, por em Alfarrobeira se encontrar do lado do Infante D.Pedro. Recebeu também parte da quinta de Azevedo, que acabou doando à sua irmã Inês de Azevedo, a 15 de Fevereiro de 1439.
Inês de Azevedo (?), recebeu parte da quinta de Azevedo. A que se somou a parte de seu irmão Lopo. Fernão Afonso, marido de Inês, vende em 15 de Junho de 1454, a quinta de Azevedo ao seu sobrinho Diogo de Azevedo, filho de Martim de Azevedo.
Maria Coelho(9ª), que recebeu o senhorio de Jales, e passou por sucessão aos Lemos, senhores da Trofa.
A quinta e honra de Vasconcelos, não sei para quem ficou? Ou se foi tirada a jurisdição a Lopo Dias ?
Tento perceber como o bem mais emblemático de família, que era a quinta e honra de Azevedo, é dividida por dois filhos segundos(Lopo e Inês), e que por um acaso vai ter ás mãos de um sobrinho destes, filho de um filho segundo (Martim) que assume a jurisdição do couto/quinta de Azevedo e que se manteve até à relativamente pouco tempo, nesse ramo de Azevedos.
A tentativa de desmembramento da quinta de Azevedo, acredito ter sido a influência do poder Real, nomeadamente de D. João I, como forma de “quebrar” uma família com poder, destaque e antiguidade no País. A ”negociação” terá sido planeado pelo Rei, e imposta a Lopo Dias de Azevedo. Motivos que terão levado o Rei a tomar esta decisão?
Lopo Dias de Azevedo pertencendo à antiga nobreza, da primeira dinastia e por sua vez, uma das cinco infanções naturais, do condado Portucalense, não seria muito bem visto pelos aliados do antigo Mestre de Avis temerosos de um volte face, desconheço se na época haveria outro varão Lusitano com ascendência semelhante. A somar Lopo Dias de Azevedo ter ficado órfão de Pai, morto por ter optado em se aliar a um familiar Trastâmara, no caso o Rei de Castela. A somar, a fuga e fixação de um ramo de Azevedos para Espanha, nomeadamente o descendente do Marechal Azevedo, morto em Aljubarrota, junto com a antiga nobreza Portuguesa do lado Castelhano ? A somar o casamento da filha do Marechal com o novo Marechal o todo poderoso Gonçalo Vaz Coutinho?
Um abraço,
JosedAC
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José de Azevedo Coutinho
A hipótese de filiação de Gonçalo Pires surge em nota do editor do “Nobiliário” de Sousa da Silva, Vol. I, pg. 351. Mas nem o próprio autor a parece confirmar. Nas “Linhagens Medievais”, Lopo Dias de Azevedo também surge como filho único.
Gayo no seu ttº de Malafayas apresenta outra ascendência a Gonçalo Pires (adaptando a linguagem):
N 1 PEDRO ANES DE TAFIÃO é o 1º em quem o Conde D. Pedro principia o ttº de Tafioins ttº 44 fls 275. Viveu por 1272 ainda vivendo D. Afonso III. C. c. D. Sancha Gil do Avelar fª de Gil Esteves do Avelar e D. Dordia Afonso. Tiveram:
N2 GONÇALO PIRES Sr. da Honra e Solar da Malafaya de que tomou o apelido em tempo de D. Dinis. C. c. Guiomar Gonçalves Nogueira, fª Gonçalo Nogueira e neta de João Nogueira.
N3 PEDRO GONÇALVES MALAFAYA sucedeu na casa de seu pai, foi 2º Regedor da Casa do Cível, foi Sr. de Belas por mercê de D. João I e da quinta de Labruxe por mercê do dito Rei em 1424. Foi escrivão da Chancelaria em 1384, do Rei D. Fernando. C. c. D. Maria Anes fª de um Fidalgo da Casa dos pais. Tiveram, entre outros:
N4 LUIS GONÇALVES MALAFAYA, Rico Homem e embaixador a Castela. Genro de Lopo Dias de Azevedo e aqui em (repetido):
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=179103
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=58825
Este casamento pode justificar o Azevedo que apareça em descendentes.
Pode ver esta gente aqui a partir de:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=91872
Em relação à Torre de Vasconcelos: que eu saiba, nunca foi dos Azevedos.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Azevedos, século XIV
CAROS CONFRADES
Tenho tido alguma dificuldade em perceber como é que os Silva Athayde da Casa do Terreiro, em Leria, adquiriram o apelido Athayde. Tenho encontrado na Pedatura Lusitana, no Instrumentário genealogico e no Theatro genealogico arvores genalogicas com diferenças, mas que têm em comum, nunca mostrar claramente, pelo menos para mim que ainda agora dou os primeiros passos nestas lides, como entra este apelido na família. Com uma suspeita baseada no Instrumentário genealogico, que refere Francisco da Silva de Azevedo, meirinho Mor da Correição de Entre o Douro e Minho(casado com D Isabel Annes do Canto), avô de Jorge da Silva de Athayde, venho pedir se alguem me pode confrimar se o referido Francisco da Silva Azevedo, tem algum parentesco com os Azevedo Athayde, Senhores da Horna de Barbosa e Athayde. Se assim fosse, estava resolvido aasunto que me tem intrigado.
Um abraço
Nuno Ataíde Amaral
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José,
Os Azevedos tardomedievais sào o meu fraco (como dizia a Severa), de modo que nào posso nào dar uma pequena achega, mas lamento nào vai dar resposta quanto ao fulcro das suas perguntas.
Antes de mais, no entanto, parece-me que melhor mestre na definiçào dos contornos patrimoniais dos Azevedos filhos de Lopo Dias de Azevedo é o nosso muito excelente colega Manuel Abranches Soveral, que bem o demonstrou no topico :
Azevedos de S. Joao de Rei
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=4511#lista
Quanto a mim, no que diz respeito a certos aspectos menos tecnicos, vou tomar a liberdade de comentar um pouco. Nào passa de mera opiniào pessoal.
Chamaram a minha atençào os pontos seguintes :
1) A proposito da versào do cronista (Fernào Lopes de facto)
cronica de D. Fernando, de Fernào Lopes, capitulo XXIV « Como elRei Dom Hemrrique çercou Guimaraaens, etc... »:
«...e ao seraào entrou Diego Gomçalvez de Castro, padre de Lopo Diaz Dazevedo, em panos de burel demtro da villa, dizemdo que era homem do jullgado que hia a vellar ; e os da villa conheçeromno, e foi logo tomado ; e veemdo que nom havia em el se nom morte, confessou que antre el e elRei Dom Hemrrique avia falla, que posesse o fogo aa villa em quatro partes, e que em quanto os da villa acorressem a apaguar o fogo, que trabalhasse elRei Dom Hemrrique por emtrar a villa ; e elles veendo tal treiçom como esta, mataromno, e leixaramno comer aos caaens. »
O José parece privilegiar uma leitura muito relativa da versào do cronista. Claro que é uma opçào intelectual louvavel cuja sanidade nào discuto.
No entanto, no que toca às cronicas de Fernào Lopes quero deixar escrito que "o ponto de vista historico" para usar as suas palavras, nào serà muito diferente da versào do nosso melhor cronista.
Sem duvida, as circunstancias da morte de Diogo Glz o tronam um antepassado bem interessante. O aspecto pouco honroso da sua morte nào procede principalmente da sua aposta pro-castelhana, mas tambem do facto de ter morrido às maos do povo e o seu corpo ter sido tratado como "treedor".
Mas, claro, tudo é relativo.
Com efeito, tambem se pode considerar que o Diogo Glz era hoeme audaz e decidido que tentou um golpe ambicioso mas vencido pelo furor cego do povo e morto de modo bàrbaro.
Afinal, durante a crise de 1383-1385 o partido Português conquistou Guimaràes por meios um pouco parecidos.
Diferençasno entanto: Os homens do "coup de main" da crise 1383-85 conquistaram as portas da Vila seguindo a tradiçào, enquanto o Diogo Glz tencionava (parece) deitar fogo em certos pontos da vila, o que nào entra na parte nobre da arte da guerra.
Mas antes de tudo, julgo que no ideario medieval, basicamente religioso, o exito ou o fracasso de tal tentativa militar nào se afastavam muito do conceito de "julgamento de Deus", que de algum modo definia acima do parecer do cronista o que era honroso ou vergonhoso na mente do homem da idade media em todo o ocidente cristào : o exito era honroso, e o fracasso nào o era.
Além disso, parece claro, que o Fernào Lopes faz seu o ditado "vox populi, vox Dei".
Assim nas cronicas de Fernào Lopes a "opiniào publica" e a "adesào popular" sào sempre legitimas e bem fundadas. Portanto a adesào patriotica dos Vimaranenses ao lado de D. Fernando contra D. Henrique torna "legitima" a crual matança e o terrivel destino de Diogo Glz na visào Lopesiana, tanto mais sendo vitoriosa.
2) Razào pela qual Diogo Gonçalves de Crasto (de Azevedo) ficou do lado de D. Henrique II de Castela
Pessoalmente, sem excluir de todo a explicaçào proposta pelo José, a saber o parentesco (bem remoto me parece) com o Rei de Castela, julgo que nào se deve conferir excessiva importância ao referido parentesco.
Seria reflexo de genealogista, creio, mas nào de senhor feudal ou de fidalgo do sec. 14.
A 4a avo Trastamara de Diogo Glz é apenas uma avo no meio de 32 avos do mesmo grau de parentesco. Tampouco sabemos se ele conhecia a dita ligaçào.
Seja como for, julgo que um nobre do sec. 14 nào governava seus interesses estrategicos fundamentais por esses criterios.
Claro que os vinculos do sangue no seio das linhagens eram estreitos e fortes. Mas nào a ponto de impedir, por exemplo, que proximos parentes, da mesma linhagem, irmaos até, fizessem apostas opostas na altura de escolher o partido na hora de verdade, em 1368, 1372-73, 1383-1385, ou 1449.
O José deixou referido o casamento de Gonçalo Vaz Coutinho com a filha do Marechal Gonçalo Vasques de Azevedo, que nào impediu escolhas partidarias opostas em 1383-85 (o que nem sempre significa hostilidade no seio da familia).
Mais simplesmente, julgo que nào saberiamos hoje escolher entre os varios motivos seguintes :
Aposta politica e patrimonial consciente, sensibilidade patriotica, acaso puro, mau génio, amizade, solidariedade, vingança individuais, frustaçào patrimonial, politica, individual, familiar, cortesà perante a coroa, e outros mais.
3) Martim Lopes de Azevedo e os 12 de inglaterra
O assunto merece abertura de um topico. Nào acredito na realidade do acontecimento dos doze da Inglaterra. Mas que que Martim Lopes de Azevedo conte, do ponto de vista literario entre os famosos 12, é certo. Ja nào é pouco. Antes pelo contrario.
4) Posiçào da coroa pernate os Azevedos nos finais do sec.14 e sec.15
Quanto a mim devo dizer que nào acredito que o poder real tenha procurado "quebrar" de modo especial o pode da linhagem de Azevedo, que nào era assim tào forte.
Acasa de Azevedo nunca contou entre as principais potencias do reino, apesar de ter certo prestigio.
O raciocinio do José neste aspecto é bastante interessante, mas nào se podem, na minha opiniào aplicar os preceitos e as praticas de D. Joào II ou de Luis XI frente às temiveis potencias terroriais que representavam um perigo para o poder real. Nunca foi o caso dos Azevedos.
Quanto a nova nobreza Aviz, contava no seu seio muitos descendentes das mais antigas linhagens, muitas vezes filhos segundos que aproveitaram o exilio dos ramos primogenitos das casas senhoriais.
A antiguidade da linhagem deAzevedo nào ameaçava ninguem.
Pelo contrario, a antiguidade, sem esquecer certa abastança meu caro José (pois o prestigio nào vinha apenas da antiguidade como tambem da riqueza e demonstraçào de "bondade") significava antes demais alianças matrimoniais apeteicveis para as outras linhgens antigas e para as novas ou menos antigas.
Em termos politicos, a linhagem de Azevedo nunca ocupou os lugares cimeiros da corte (tirando o caso ponctual do Marechal). Neste aspecto tambenào era perigosa para a coroa, bem para a nobreza.
Por enquanto fico por aqui.
Como é obvio tudo isso deixa lugar à avaliaçào diferente dos factos e das ideias.
Fica a minha modesta achega, nào decisiva, para tào vasta e interessante materia.
Um abraço
Carlos Paulo
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RE: Azevedos, século XIV
Meu Caro Vasco Jácome
A aliança das duas Famílias, Azevedos e Vasconcelos, fazem-se com o casamento de três irmãs Vasconcelos, e três irmãos Azevedo.
Elas eram filhas de Rodrigo Anes de Vasconcelos, filho 2º de João Pires de Vasconcelos. Rodrigo e seu irmão aparece nas inquirições das Honras de D.Afonso III, possuíam então na freguesia de Ferreiros, os lugares de Vasconcelos, Ruivo e Bernaria. Com o seu casamento com Mécia Rodrigues, filha herdeira de Rui Vicente de Penela e de D.Frole, passam a possuir o senhorio e couto de Penagate e muitas fazendas, em Penela do Lima, e além de outras a quinta de Crasto,
Das filhas de Rodrigo, Constança, casa com Gomes Pais de Azevedo, filho 2º de Paio Soares de Azevedo, e leva em dote o couto de Penegate, que lhe provinha da mãe, e da quinta de Freiriz que talvez também tivesse origem materna. A filha Guiomar, casa com Estêvão Pais de Azevedo, desconheço o dote. A outra filha Maria, casa com o primogénito dos Azevedos, Vasco Paes, e leva em dote a casa e quinta de Vasconcelos, a quinta de Castro e outras fazendas de Entre Homem e Cavado, no reinado de D.Dinis. A quinta de Castro, que fica dos Azevedos, e se mantém no seu poder até que o filho de Lopo Dias de Azevedo, Lopo de Azevedo(6º), a perde por se encontrar do lado “errado” em Alfarrobeira, foi-lhe tirada por D. Afonso V, como referi anteriormente, e entregue a Pedro Machado seu aliado.
Diogo Gonçalves de Azevedo (ou de Crasto), por ter reedificado a casa de Crasto e nela fixar a sua residência, neto de Vasco Paes era um homem muito rico e poderoso, tinha herdado do Pai, Gonçalo Vasques, a casa e quinta de Azevedo, Vasconcelos e Crastro. Da mãe, Berengueira Vasques da Cunha, filha de Vasco Martins da Cunha, o Seco, alcaide –Mor de Lisboa e Senhor da Tábua entre outras fazendas, recebe o couto de Abadim, em Basto. Da sua mulher Aldonça Coelho, recebe a quinta e honra de Souto.
Curiosamente volta-se a repetir outra grande aliança familiar, dois filhos de Vasco Paes de Azevedo e de Maria Rodrigues de Vasconcelos, casam com duas filhas de Vasco Martins da Cunha e Senhorinha Fernandes, acima referido. Sendo o outro casal, Rui Vasques de Azevedo, senhor dos coutos de Caldelas e Cardielos que casa com Joana Vasques da Cunha.
Voltando a Diogo Gonçalves de Azevedo que alem de outros bens que referi, foi proprietário da casa e quinta de Vasconcelos, continuo sem saber qual foi o destino deste bem emblemático da família Vasconcelos. O que de certa forma ocorreu com o seu filho Lopo Dias, em relação à casa e quinta de Azevedo.
Um abraço,
JosédAC
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RE: Azevedos, século XIV
Caro Nuno Ataíde Amaral
Francisco de Azevedo e Atayde, da primogenitura dos Azevedos Malafaya, Senhores da Honra de Barboza e Atayde. O último de que tenho registo, da geração dos avós do Marquês de Pombal. Além da casa e honra de Barbosa e quinta de Atayde e da parte da mãe, o senhorio da Mourisca e quinta do Fayal; serviu uma comenda em África e nas guerras passadas contra Castela (Restauração), serviu sempre em várias ocasiões e postos, até que por último foi Mestre de Campo General da província de Entre Douro e Minho, até ao final da Guerra. Pouco tempo depois morreu, no ano de 1669. Casou, em Lisboa, com ?
Cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José de Azevedo Coutinho
Nada a opor a essa genealogia. O problema é o percurso da Torre de Vasconcelos. A versão de passagem aos Azevedos é realmente apresentada por Gayo e Sousa da Silva. No entanto, parece que aqui anda dedo do Marquês de Montebelo que terá influenciado os outros.
Repare no que é dito no “Poeta do Neiva” nas pág. 304 a 306. Maria de Vasconcelos m.er de Vasco Pais de Azevedo leva de facto a Casa, ou apenas as terras, do Castro, mas não Vasconcelos, que terá sido herdada pelos seus irmãos Mem Rodrigues e Estevão, cónego em Lisboa.
Sousa Machado cita Braamcamp Freire que no “Livro Primeiro dos Brasões da Sala de Sintra”, pg. 172 da 2ª edição: “Estevão Rodrigues de Vasconcelos, irmão de Mem Rodrigues instituiu em 1308 o morgado, fazendo dele cabeça a quinta de Vasconcelos com todas as suas pertenças, Entre Homem e Cávado e nomeando primeiro administrador este seu irmão e sua mulher e em sucessão a eles seu filho Gonçalo Mendes e sua geração”. Ora terá sido esta geração que herdou Vasconcelos.
Também não encontro nenhuma indicação dessa possível passagem de Vasconcelos aos Azevedos nas “Linhagens Medievais”. Por isso, parece-me que a sua teoria tem sérias reservas. Qual a sua fonte de informação?
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José de Azevedo Coutinho
Fico a perceber da sua pronta resposta que não consegue entroncar o "meu" Francisco da Silva de Azevedo com o ramo Azevedo Athayde. Será que ajuda alguma coisa se eu acrescentar que este Francisco da Silva de Azevedo era filho de Diogo Fernandes Soeiro (Abade Stª Cristina de serzedelo)e de D Mécia da Silva de Azevedo , filha de Álavaro Rebelo de Macedo e de sua mulher D Branca de Azevedo; neta paterna de João Gonçalves de Azevedo e de sua segunda mulher D Isabel Gomes de Rebelo, de Caria; neta materna de Fernão Afonso de Araujo e de sua mulher Inês de Azevedo, de S João do Rei?
Um abraço
Nuno Ataíde Amaral
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RE: Azevedos, século XIV
Meu Caro Vasco Jácome
Tem toda a razão, a existência da “quinta de Vasconcelos” passou-me também por Manuel de Sousa da Silva, que segundo diz, foi beber no marquês de Montebelo, indivíduo controverso.
Realmente de acordo com Braacamp Freire, via José de Sousa Machado, a quinta de Vasconcelos, fica com Estêvão Rodrigues de Vasconcelos, cónego de Lisboa, cunhado dos três Azevedos, tendo colocado como primeiro administrador o seu irmão Mem Rodrigues de Vasconcelos e em sucessão o seu filho segundo, Gonçalo Mendes de Vasconcelos, que dá origem aos condes de Figueiró, Castelo Melhor e Penela.
Sotto Mayor Pizarro, situa a Torre dos Vasconcelos, no couto de Penagate, freguesia da Torre, concelho de Amares. Observa que sobre a origem e evolução da Torre e Honra de Vasconcelos, se consulte o trabalho de Mário Barroca, 1989, que desconheço o título.
Um abraço,
JosédAC
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RE: Azevedos, século XIV
Meu Caro Carlos Paulo
Ainda estou em fase de apreciação dos seus comentários. Logo que me for possível responderei.
Um abraço,
JosédAC
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RE: Azevedos, século XIV
Caro Nuno Ataíde Amaral
Pedi ajuda a um nosso Confrade, que da forma que lhe é natural, me enviou esta resposta:
“Andei procurando na Pedatura (aliás já consultada pelo seu amigo) mas sem resultado, apesar de existir uma geração SIlva de Azevedo lá. Os dados que ele fornece são aliás manifestamente insuficientes, sem datas etc. Peça-lhe que forneça o que sabe em árvore. Os Azevedo dele ao que li descendem dos de S. João de Rei directamente, sem passarem pelos A e A. Resta saber aonde entrou, e eventualmente ligado a quê, o Ataíde presente em Silva Ataíde. Há quatro entradas pelo menos para Ataíde na PL, mas não vale a penas pesquisar sem mais dados do que ele sabe sobre o primeiro a usar o Ataide na família dele, e cronologia aproximada.”
Cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Azevedos, século XIV
Meu Caro José de Azevedo Coutinho:
Segundo o pai do M. de Pombal, no seu "famoso" D. Tivisco, os costados de Manuel de Athayde e Azevedo são os que abaixo indico (Árv. 125).
Claro que é aqui necessário pôr as reservas inerentes ao que escreveu este augusto personagem. No entanto o meu exemplar da obra, que há largos anos comprei num alfarrabista, pertenceu ao VII Conde de São Payo (tem o seu ex-libris), que nele corrigiu vários erros; nesta árvore, contudo, nada emendou.
Diz assim:
1. D. Manuel de Athayde e Azevedo e Brito, Senhor das Quintas de Barbosa e Athayde, Comendador de Punhete, Tenente-General de Cavalaria da Corte, casado com D. Luisa Ponce de Leão.
2. D. Francisco de Azevedo e Atayde, Mestre de Campo, General da Província de Entre-Douro e Minho, Senhor das Quintas Barbosa e de Athayde.
3. D. Maria de Brito, sua prima (H.)
4. D.Manuel de Athayde e Azevedo, senhor das quintas de Barbosa & Athayde, serviu Comenda em Tânger.
5. D. Ângela de Castro
6. Lopo de Brito, Com. O. Xto.
7. D. Maria de Alcáçova
8. D. Francisco de Athayde (bastardo), Sr. das Quintas de Barbosa e Athayde, Cav. O. Xto.
9. D. Brites da Silva
10. Manuel de Castro Alcoforado
11. D. Maria Toscana
12. Cristovão de Brito
13. D. Maria da Silva
14. António de Alcáçova
15. D. Maria de Noronha
16. D. Manuel de Azevedo, Abade de S. João de Alpendurada, Sr. das Quintas de Barbosa e a
Athayde.
17. D. Violante Pereira, sua amiga, filha de Fernão Pinto de Mello, Sr. da Honra do Real.
18. Vicente de Novais da Cunha, Secretário do Estado da Índia.
19. D. Branca da Silva, filha de Diogo Moniz, Sr. de Angeja.
20. Lourenço de Castro Alcoforado
21. D. Maria Soares, filha de Pedro Dias Carneiro.
22. Pantaleão dos Santos.
23. Francisca de Magalhães, fª de Francisco Reimão.
24. João de Brito
25. D. Antónia de Athayde, fª de D. Álvaro de Athayde
26. Vicente Novais da Cunha, acima
27. D. Branca da Silva, acima
28. Pedro de Alcáçova, Conde das Idanhas, Governador de Portugal.
29.D. Catarina de Sousa, fª de D. Diogo de Sousa, Alcaide-Mór de Tomar.
30. D. Manuel Lobo, Alcaide-Mór de Campo Maior e Ouguela
31. D. Catarina de Noronha, fª de Rui de Carvalho Patalim.
Não verifiquei nada disto, mas fica a curiosidade.
Grande abraço e até breve,
João
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Torre de Vasconcelos
Caro José de Azevedo Coutinho
Não será exactamente isso que diz José Pizarro nas “Linhagens Medievais”, vol. 2, pg. 231, na introdução aos Vasconcelos: a localização é a correcta (no sítio onde ainda está o que resta dela...), o que diz é que o facto de Pedro Martins (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=16811) ser apelidado “da Torre”, não era por ser Sr. dela, como aqui é dito, mas por eventualmente ter nascido ou sido criado na freg. de S.ta Maria da Torre, Amares. A Torre, nessa época, parece que ainda não existia.
O livro de Mário Barroca (que não tenho) é: “Em torno da residência senhorial fortificada. Quatro torres medievais na região de Amares (Sep. de Revista de História, vol. IX), Porto, 1989.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José Azevedo Coutinho
Mais uma vez bem haja pela ajuda dada.Se faz favor, agradeça também por mim ao seu amigo. Este fim de semana vou preparar uma árvore o mais completa possível para lhe enviar. Não faz ideia das voltas que tenho dado para deslindar este inigma.
Um abraço
Nuno Ataíde Amaral
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José,
nào se sinta obrigado.
eu proprio estou uns dias nas Flandres com pouco acesso a internet
abraço
C.P.
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José de Azevedo Coutinho
Tal como lhe tida prometido eleborei árvores genealógicas com os ascendentes dos da Silva Ataíde, de acordo com quatro fontes distintas.
Como poderá verificar existem algumas contradições e inigmas.
Vinha pedir-lhe, se não for muita maçada, o seu e-mail para que lhe possa enviar as ditas árvores.
Cumprimentos
Nuno Ataíde Amaral
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RE: Azevedos, século XIV
Caro Jose de Azevedo Coutinho
Onde escrevi inigma se deve lêr-se enigma.
Fico também a aguardar uma resposta sua ao meu último e-mail.
Cumprimentos
Nuno Ataíde Amaral
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RE: Azevedos, século XIV
Caro Nuno Ataíde Amaral
O meu mail é jacoutinhoarrobasapo.pt
Cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José Azevedo Coutinho
Em tempos, tal como tinhamos combinado, mandei-lhe as árvores genealógicas dos Silva Ataíde para o seu e-mail.Posteriormente enviei-lhe mais dois e-mails mas ainda não obtive resposta. Será que errei no endereço ou que existe algum problema com o seu computador? Pedia-lhe o favor de me responder para este tópico.
Com os melhores cumprimentos
Nuno ataíde Amaral
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RE: Azevedos, século XIV
Caro Nuno Ataíde Amaral
Recebi de facto o seu mail, mas tenho andado há bastante tempo com sérios problemas no “Outlook”, em enviar o correio. Tentei inclusive criar um “hotmail”, para este efeito, mas que também não resultou. Queria dizer-lhe, que tal como inicialmente o informei, coloquei a sua questão a um nosso colega, mais bem habilitado e conhecedor, mas que até ao momento não me respondeu. Infelizmente da minha parte não tenho as informações e fontes necessárias, a executar a investigação que me solicitou.
Com os cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Azevedos, século XIV
Caro José de Azevedo Coutinho
Obrigado pela sua pronta resposta. Estava com medo que, por alguma razão, pudesse não ter recebido o meu e-mail com as árvores genealógicas. Agora sei que o assunto está em boas mãos e fico aguardar, calmamente, a resposta desse expert.
Mais uma vez bem haja sua ajuda.
Com os melhores cumprimentos
Nuno Ataíde Amaral
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