Pinheiros de Barcelos na Terceira
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Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caros Confrades,
Especialmente aos peritos em terras do Minho, gostaria de perguntar se conhecem a ligação da família em epígrafe, e que com este nome surge em título do Nobiliário da Ilha Terceira, aos membros da mesma família estabelecidos naquela ilha dos Açores, os quais, ainda segundo o NIT, "descendem de Pedro Pinheiro de Barcelos Mariz (ou Pedro de Mariz Pinheiro, ou tão somente Pedro de Barcelos), o qual pertencia, segundo alguns linhagistas, à nobilíssima família dos Pinheiros, com solar na vila de Barcelos."
Menciona também o NIT que a favor deste Pedro de Barcelos foram passadas cartas de sesmaria, datadas de 18/10/1490 e 14/4/1495 (dou esta informação para o situar cronologicamente).
Agradeço a possível ajuda.
Cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caro Alexandre Burmester,
Apenas uma pista:
No livro "Barcelos Histórico,Monumental e Artístico" do nosso ilustre Confrade, Revº António Limpo Trigueiros, na pag. 458, lê-se o seguinte, quando trata da Quinta da Barreta:
"Pedro Álvares de Faria, natural de Barcelos [...] esteve na tomada de Azamor em 1513. Casou com D. Filipa de Mariz, natural de Barcelos, filha de Lopo de Mariz [...] e de sua mulher D. Catarina de Mariz Pinheiro, parenta dos Pinheiros de Barcelos".
Será este o Pedro referido no NIT?
Estou certo que o nosso Revº Amigo, o poderá esclarecer.
Um abraço e votos de Feliz Natal.
João de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caro João de Castro e Mello Trovisqueira,
Muito agradeço a sua pista.
Há muito que eu já deveria ter comprado a obra que refere, pela sua qualidade e pela do autor, bem como pelo facto de eu ter bastas raízes por terras de Barcelos. Acho que oeferecerei esse presente a mim próprio nesta quadra.
Quanto ao nosso Pedro, aquele que eu refiro consta aqui da BD
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=204567
e não se trata da mesma pessoa, pelo menos a avaliar pelo nome da mulher.
Um abraço e Bom Natal para si também.
Alexandre Burmester
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caros João e Alexandre
Esta vossa conversa sobre a descendência (necessariamente enorme, do norte a sul, Ilhas e Ultramar, com origem no sé XIV), do antiquíssimo e encantador “Solar dos Pinheiros” ou ainda “Palácio do Barbadão” na monumental Barcelos, despertou-me uma série de recordações! Assim, lembro-me bem do Engº Martim Azevedo e Menezes (um inesquecível “Tio” pela muita amizade com os meus Pais, remoto parentesco por si, bem como pela sua mulher, a Tia Mª Alice Bacelar, 3ª prima do meu Pai), me ter contado que por detrás de toda a fidalguia dos Pinheiros estava como tronco principal um mestre sola, sapateiro no séc. XIV, do qual ninguém queria falar.
Na verdade, o Tio Martim não raro lembrava a sovela do avô Estevam, para esfriar os ânimos mais exaltados de algum familiar mais excitado com os nobres costados!
Passados alguns anos passei a frequentar com bastante assiduidade a casa do Dr. Elísio Ferreira de Sousa, um investigador genealogista de mérito, interessantíssimo conversador, que apesar dos seus 90 anos conservava uma inteligência vivíssima e uma espantosa memória! Conhecia e relatava histórias quer encantadoras quer terríficas de todas as principais famílias a norte o Tejo e até mesmo em Lisboa… fora grande amigo do Dr. Alberto Saavedra, ambos frequentavam umas célebres termas onde muitos os Mandamentos eram pouco respeitados, sobretudo a cobiça (e fruição) da mulher do próximo…
Era este Dr. Elísio casado com uma senhora do Vinhal, pelo que conhecia bem o historial da família. Um dia veio à baila a lenda do Barbadão de Barcelos, repetindo-me então a tal história do Estevam mestre sapateiro, como dado certo e adquirido.
Nunca a tinha lido em parte alguma e hoje, por vossa causa, fiz uma busca e realmente encontrei algo de semelhante, ainda que não muito claro, redigido pelo Dr. António Ferraz no seu artigo sobre o Solar dos Pinheiros de Barcelos (Esteves Pereira, “Portugal”, Vol. II, pg. 127), referindo justamente os tombos da Casa do Vinhal, sobre o problema da filiação do Dr. Pedro Esteves, sobre quem teria sido seu apontado pai, Estevam Annes, o “Borboleta”. No que se lê, segundo Damião de Goes, o Barbadão “era judeu espanhol converso, estabelecido na cidade da Guarda, onde exerceu por largos anos a sua modesta profissão de sapateiro”.
Não compreendo muito bem como vem este nosso herói a casar com Garcia Martins, filha do Dr. Martim Domingues, instituidor do antigo hospital da Rua das Congostas, no Porto, c.c. Garcia Esteves, depois ter estado muitos anos na Guarda!
Mas assim reza o artigo citado. Não o confrontei ainda com o “Corpvs Codicvm Latinorvm”, esse corpulento monstro de informação.
Consta que nas “soirées” da Rua do Sol o muito erudito Conde de Samodães, já casado e já presidindo à Vereação da Câmara Municipal do Porto, recebia os seus amigos e companheiros discutindo com estes os mais diversos temas, e entre esses a inevitável genealogia… mas, competiam entre si referindo os antepassados mais singulares e menos nobilitados, em jeito de advinha posta por cada um. Chegada a vez do Conde de Azevedo refere este o seu avô “Borboleta” como advinha que não sei se terá sido descoberta, ou não. Replicando, o C. de Samodães diz ser tal do domínio lendário e que ele iria por uma advinha mais real e bem menos longínqua. “Quem é que não sendo fidalga nem castelã é de facto a Senhora da Quintã?”
Foi uma clara (e infeliz) alusão à sua sogra que não terá tido grande aplauso, pois de imediato a senhora Condessa se levantou e abandonando a sala sem mais desculpas…
Curiosamente, volvidos alguns anos seriam os Condes de Samodães os senhores da magnifica e muito espaventosa Casa da Quintã, na Livração!
Um santo Natal!
Manuel Maria
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Alexandre
Poderás situar melhor esta Ana Vaz de Sampaio?
Possivelmente, é "nossa" e assim sendo estará no "Parágrafo Segundo", uma das minhas delícias em genealogias que eventualmente acrescentará alguma coisa.
Até porque temos várias ligações bem conhecidas ao Solar dos Pinheiros e ao Vinhal.
MM
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Manel,
A descendência deste Pedro Pinheiro de Barcelos de que vimos falando é tudo gente da Terceira ou outras ilhas dos Açores, de um modo geral.
Alguns cônjuges há que constam no NIT sem mais dados para além do nome, o que me leva a supor tratar-se por vezes de continentais.
Desta D. Ana nada mais sei.
Alexandre
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RE: Pinheiros de Barcelos
Meu Caro Manuel Maria:
Histórias deliciosas para quem tem o privilégio de as ler.
De facto, entroncar o Barbadão de Veiros na progenitura do Dr. Pedro Esteves não é assunto resolvido. Longe disso. Mas a lenda fica, e as barbas arrancadas pela desafronta da filha e dos seus amores ilícitos com o Mestre de Aviz, continuam a ser uma incontornável referência quando se fala de Barcelos e do Solar dos Pinheiros!
Um Feliz e Santo Natal!
João
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caro Alexandre Burmester,
Nos Pereira de Sarmento das Ilhas de que ambos descendemos, o Alexandre do Garcia, eu do João,
há uma antepassada Sottomayor que eu tenho elementos da sua ascendência, que o Genea não tem. Sabe a que me refiro? Há outros dados que faltam que eu também possuo.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
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Pereira de Sarmento
Caro José Berquó de Seabra,
Sei muito bem a que se refere, e estou obviamente interessado em ter acesso à ascendência que menciona, o que desde já muito lhe agradeço. Presumo que esteja a falar desta senhora:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=194894
Sabe, isto de ascendências insulares para mim é uma espécie de fatalidade (mormente nos Açores, claro). Acho que só não descendo do A. João!:)
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: Pereira de Sarmento
Caro Alexandre Burmester,
É essa mesma, filha de D. Pedro Álvares de Sottomayor Conde de Caminha, mas não do que o Genea sugere.
Os cruzamentos nas Ilhas são tantos que, se descermos do Garcia Álvares de Sarmento, quase todos casam com primas. Tenho elementos dos Sarmentos, de Filipa Henriques de Albergaria, de Inês de Magalhães, etc, e claro que a ascendência vai toda dar aos mesmos.
Vou passá-la e depois envio-lha.
Um abraço
Zé
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caros participantes do fórum,
Poderia alguém esclarecer-me uma dúvida?
Será esse Pedro Pinheiro de Barcelos o pai de Gonçalo Anes de Barcelos que casa com Maria de Mendonça e com Luzia Gonçalves Fagundes?
Gostaria de ter a confirmação de que o João de Barcelos Machado é irmão do Gonçalo, pois são ambos meus ascendentes: o primeiro pelo Berquó de João Maria da Camara Berquó e o segundo pelos Mendonça e Menezes (Camelo).
Agradecido desde já por qualquer esclarecimento,
Miguel do Canto Tavares
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caro Miguel do Canto Tavares,
Gonçalo Anes de Barcelos e João de Barcelos Machado eram de facto irmãos, e filhos de Pedro de Barcelos e sua mulher Inês Gonçalves Machado (também conhecida por Inês Ribeira Seca).
Os meus cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caro Alexandre Burmester,
Muito obrigado pela sua rápida resposta e pela informação que vem confirmar a minha suposição.
Já agora aproveito para perguntar:
-Já se descobriu quem são os ascendentes de Pedro de Barcelos?
Ao ler as mensagens, notei que João de Castro e Mello Trovisqueira faz referência a um Rev.º Amigo (seu) que poderia esclarecer esta questão.
-Terá o referido Reverendo acrescentado alguma coisa nesse sentido?
Cumprimentos,
Miguel C Tavares
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caro Miguel do Canto Tavares,
Tanto quanto eu sei continua por esclarecer a ascendência do navegador Pedro de Barcelos. Não sei se em "Famílias da Ilha Terceira", a publicar brevemente e anunciado na home page deste site, os autores avançarão alguma hipotese mais sólida que as até hoje apresentadas.
Quanto ao Rev. António Júlio Trigueiros, aquilo que tenha ideia de ele me ter dito é que, também ele, desconhece qualquer eventual ligação entre o navegador e os Pinheiros de Barcelos.
Cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: Pinheiros de Barcelos na Terceira
Caro Alexandre,
Mais uma vez lhe agradeço.
Também aguardo a Publicação dessa vasta obra do dr. Jorge Forjaz. Tudo indica que não será como a do Rodrigo Rodrigues, de cuja continuação continuamos todos à espera... Neste caso temos a vantagem dos autores estarem vivo e contactável!...
Cumprimentos,
Miguel do Canto Tavares
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Pinheiros de Barcelos na Terceira
A oba de Forjaz também coloca em dúvida a ascendência de Pedro de Barcelos, como consta:
PEDRO DE BARCELOS - Nasceu, segundo os nossos cálculos, por volta de 1460/1465.
Na verdade, este período parece-nos o mais provável, se tivermos em conta que, em 1523, dois de
seus filhos (Afonso e João), foram feitos cavaleiros na praça africana de Sta Cruz de Cabo de Gué.
Seriam homens novos, com 20 ou 20 e poucos anos, se não menos. Se nasceram cerca de 1500,
torna-se perfeitamente aceitável que o pai pudesse ter nascido dentro do periodo que indicamos
sendo, no final do século, homem de 35 a 40 anos.
F. nas Lajes entre 9.4.1507, data em que ai lavrou o seu testamentol e 7.6.1508, altura em que
o filho Diogo de Barcelos recebe do rei D. Manuel Ium conjunto de privilégios, em cuja carta régia
se diz que Pedro de Barcelos já tinha morrido? Segundo sua disposição, «mandou que falescendo
elle da vida deste mundo, que lhe mandasse enterrar seu corpo em a Igreja prrincipal de
Santa Cruz desta villa diante do altar de Nossa Senhora do Rozario».
Mas añnal, quem seria este Pedro de Barcelos que veio para a Terceira no tempo de Antão
Martins Homem, 2° capitão do donatário da vila da Praia (cujo governo se estende de 1481 a 1531),
do qual recebeu terras?
No seu testamento intitula-se apenas «escudeyro, Vassalo DelRey Nosso Senhor», grau que
é o mais baixo do escalão da nobreza. Chamamos a atenção para este pormenor e também para o
facto de os documentos da sua época o designarem somente por Pedro de Barcelos, o que poderá
indicar a sua terra de origem, a vila de Barcelos.
É importante ter em consideração estas observações, porquanto, ulteriormente, os seus
descendentes (netos e bisnetos, sobretudo?, usaram os apelidos de Pinheiro e Mariz, numa evidente
alusão à família dos alcaides mor de Barcelos, da qual diziam provir, induzindo em erro os mais
antigos genealogistas terceirenses.
Pela nossa parte, cremos que Pedro de Barcelos nada tinha a Ver com a família Pinheiro
daquela vila, suficientemente ilustre e poderosa para ser apetecivel pertencer-lhe. A favor desta
nossa convicção militarn os seguintes argumentos:
a) Os alcaides mor de Barcelos eram uma família poderosa e influente, ñlhada na Casa Real,
e que ostentava os seus brazões no magnifico solar que ainda hoje podemos admirar naquela vila.
Não parece pois muito crível, que um procedente desta casa fosse apenas um modesto escudeiro
e Vassalo real;
b) A 5 dos descendentes directos de Pero de Barcelos (4 deles por varonia) foram concedidas
cartas de brasão de armas. Seria natural que essas armas fossem as do apelido Pinheiro. Mas não!
Todas elas, variando apenas nas diferenças, apresentam escudos e timbres da família Machado, ou
seja, a familia a que pertencia a mulher de Pedro de Barcelos. São, pois, armas provenientes da
linha feminina, provando que pela linha da varonia não procediam de família armoriada.
c)A ligação entre os Pinheiros e os Marizes só se verifica no começo da 2”metade do séc. XVI
(nesta ocasião Pedro de Barcelos já tinha morrido há perto de 50 anosl), com o casamento de Pedro
Pinheiro Lobo e D. Ana de Mariz.
Esta realidade torna impossível que Pedro de Barcelos, mesmo admitindo que fosse Pinheiro,
pudesse também ter sangue da familia Mariz. Mas a verdade é que alguns dos seus descendentes
usaram em separado ou em conjunto tais apelidos. A única explicação que se encontra é a da
pura vontade de se aparentarem a todo o custo com os alcaides de Barcelos, sem atentarem na
cronologia e nas incongniências genealógicas.
Encerrada esta questão, voltemos de novo a Pedro de Barcelos e ao pouco mais que se conhece
dele: Como se disse, veio para a Terceira no tempo de Antão Martins Homem, portanto, na última
vintena do séc. XV Dele recebeu terras de sesmaria por cartas datadas de 18.10.1490 e 14.4.1495".
A porção de terras recebidas situava-se nos limites das actuais freguesias das Quatro Ribeiras
e Biscoitos. Segundo um estudo de José Agostinho5, mediiiam por todo cerca de 100 moios e
entestavam com propriedades atribuídas a João Valadãoõ,outro dos primitivos povoadores daquela
zona da capitania da Praia. Sabemos que em 1506, dessa vasta área de terras já Pedro de Barcelos
tinha arroteados 14 ou 15 moios. E seria esta terra trabalhada que, no todo ou em parte, Pedro de
Barcelos achou ocupada por filhos de João Valadão, quando regressou da sua viagem marítima: «e
cando tornei a dita ilha achei ha minha gente fora das ditas terras, e achei em posse dellas
huns filhos de Johã Valladam elleandoas (alienando-as)e trespassando as em outras muitas
pessoas sobre as quaes terras eu trago feitos (demandas)
O nome de Pedro de Barcelos* ficou deñnitivamente ligado às viagens portuguesas para Ocidente, na expedição marítima que realizou com João Fernandes Lavrador” a mandado de
D. João II (ou D. Manuel I): «ouve hum mãdado delrrey nosso senhor para hir a descobrir eu
e hum johã fernandes llavrador no quall descobrimento andamos bons tres annos>›1°.Esta
viagem de Pedro de Barcelos e João Fernandes foi, pela primeira vez, revelada por Ernesto do
Canto" e posteriormente retlectida por José Agostinho” e por historiadores da envergadura de
Damião Peres” e Jaime Cortesão. Este último, estudando a documentação disponivel, conjugandoa
com outros elementos da história do avanço marítimo para Ocidente, conclui que a Viagem
de Pedro de Barcelos e do seu companheiro ocorreu entre 1491 e 1495, resultando em «longas
explorações na América do Norte, e mais particularmente na direcção do noroeste, subindo
as costas americanas até próximo do estreito de Davis»“. Modernamente, outrosautores situam
a viagem de Pedro de Barcelos nos últimos 5 anos do século XV, havendo mesmo alguns que já
a consideraram no dealbar do século XVI. Entre estes autores encontra-se a Dr” Maria Teresa
Amado que assevera que aquela viagem foi feita de certeza depois de 1495, apoiando-se no facto
de no planisfério de Cantino se indicar a Gronelândia como tendo sido descoberta por ordem de
D. Manuel que só subiu ao trono naquele ano, concluindo que foi Barcelos e João Fernandes que
alcançaram a Gronelândia a quem puseram o nome de Terra do Labrador, defendendo assim uma
tese algo diferente da de Jaime Cortesão”.
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