Mottas de S.Vicente/Brasil
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Mottas de S.Vicente/Brasil
Alguem saberá desenvolver a descendência de "Vasco Pires da Motta",Tabelião Público e Judicial em S.Vicente(1557),filho de Dr.Aniceto Vaz da Motta?
Com os meus melhores cumprimentos,
João de Abreu Coutinho
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Caro João de Abreu Coutinho
Se pesquisar em (...) Julgo que encontrará algo do seu interesse.
Melhores cumprimentos, e um bom 2004
Luis Camizão
P.S.
Se não resultar assim, por favor pesquise no motor de busca "Vasco Pires da Motta" com as aspas.
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Caro Luis Camizão
Grato pelo sua pertinente resposta, mas a minha pesquisa insere mais no desenvolvimento genealógico e descendência da varonia do Atanásio da Motta,Tabelião e Escrivão da fazenda e da Alfandega em S.Vicente, filho este do mencionado Vasco Pires da Motta.
Retribuindo os votos de um bom Ano Novo.
Meus cumprimentos,
João de Abreu Coutinho
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Caros confrades,
"Euphemia da Costa Motta, natural de S.Vicente,irmã do capitão-mor de Itanhaém, Vasco da Motta, e do reverendíssimo padre António Raposo, pároco colado da Igreja da Vila de S.Vicente, da qual tomara posse em 1611."
Possuo um documento que indica a vinda deste padre para Portugal, acompanhando um sobrinho paterno..
Haverá algum confrade neste digníssimo fórum, que indique alguma notícia (de António Raposo)concreta,relativamente à sua deslocação,Ordem relg.E óbito ?
Com os meus cumprimentos,
João de abreu Coutinho
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Meu Caro João de Abreu Coutinho
Uma achega.
A cidade de S. Vicente, foi o nome que nós Portugueses demos, à primeira povoação criada no actual estado de S. Paulo, no ano de 1532. Estabeleceu-se nesse ano o regime de donatárias (capitanias hereditárias).
António Raposo Tavares, chefiou 150 portugueses de S.Paulo que foram incorporados ao exército do conde da Torre, com o objectivo de combater os holandeses em Pernambuco. Tendo sido derrotados no mar, desembarcaram no cabo de São Roque, donde iniciaram uma retirada a pé de 2 700 quilómetros em direcção à Baía: Este revés é vingado por estes Homens na célebre batalha de Guararapes (Abril 1648) contra os holandeses em Pernambuco, junto com António Raposo distinguem-se Vidal de Negreiros, Filipe Camarão, Henrique Dias e outros.
Em 1648, o “Bandeirante” Raposo Tavares sai de S. Paulo, com destino inicial para Ocidente, para realizar um grande périplo que o vai levar a Belém, Pará.
Um abraço do,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Meu Caro José
Esse Famoso Bandeirante,nada tem haver com este Padre António Raposo,filho de Athanásio da Motta que levou em dote de casmento os ofícios de Escrivão da fazenda Real e da alfândega da Vila de Santos(de que era proprietário seu sogro)e de Luzia Machado, natural de Santos;neto paterno de Vasco Pires da Motta, natural de Portugal(fº do Doutor Aniceto Vaz da Motta e de Filipa de Sá) e de sua mulher Filipa Gomes da Costa,por esta bisn.de Estevão da Costa, natural de Barcelos,Senhor da Quinta do Costa, e de Isabel Lopes de Sousa, esta filha natural do fidalgo Martim Afonso de Sousa,Donatário da Capitania de S.Vicente com 100 léguas de costa;neto paterno (por Luzia Machado) de Simão Machado, um dos primeiros e nobres povoadores da Vila de S. Vicente, vindo com Martim Afonso em 1531, a cujo filho ou filha fez El-Rei D. João III mercê dos supraditos ofícios, e de Maria da Costa natural de S.Vicente,por esta,bisn.de Martim da Costa, natural de Barcelos e de Maria Collaço,natural deS.Vicente;por esta 3º neto de Pedro Colaço, natural de Viana da Foz do Lima, capitão-mor e Governador da Capitania de S.Vicente de 1561 a 1565, e de Brigida Machado natural de S.Vicente, esta fª de Ruy Dias que veio em 1531 com o dito Martim Afonso de Sousa, e de sua mulher Cecília Rodrigues.
Um abraço e até breve,
João
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Caro João de Abreu Coutinho
A sua fonte é a Genealogia Paulistana, V 6, página 112. Título Godoys. Cap. 4.º
"João de Godoy Moreira(1) segundo escreveu Pedro Taques, foi um cidadão que teve em S. Paulo, sua pátria, o 1.º voto no governo político e civil da república, como pessoa de grande autoridade, respeito e veneração. Foi abundante em cabedais e possuía uma fazenda de cultura onde as vinhas lhe davam vinho com fartura. Foi casado com Euphemia da Costa Motta, natural de S. Vicente, irmã do capitão-mor de Itanhaém, Vasco da Motta, e do reverendíssimo padre Antonio Raposo, pároco colado da igreja da vila de S. Vicente, da qual tomara posse em 1611. Segundo escreveu Pedro Taques, foi Euphemia da Costa f.ª de Athanazio da Motta que levou em dote de casamento os ofícios de escrivão da fazenda real e da alfândega da vila de Santos (de que era proprietário seu sogro) e de Luzia Machado, natural de Santos; n. p. de Vasco Pires da Motta, natural de Portugal (f.º do doutor Aniceto Vaz da Motta e de Filippa de Sá) e de sua mulher Filippa Gomes da Costa, por esta, bisn. de Estevão da Costa, natural de Barcellos, senhor da Quinta do Costa, e de Izabel Lopes de Sousa, esta f.ª natural do fidalgo Martim Affonso de Sousa, donatário da capitania de S. Vicente com 100 léguas de costa; n. m. (por Luzia Machado) de Simão Machado, um dos primeiros e nobres povoadores da vila de S. Vicente, vindo com Martim Affonso em 1531, a cujo filho ou filha fez el-rei d. João III mercê dos supraditos ofícios"
O problema é o seguinte, no processo "de genere" do Padre Angelo de Siqueira, sobrinho neto do Padre Raposo (Cúria de SP, 1.8.120), consta que este Padre Raposo era filho de António Raposo (de Portugal) e de Inês da Mota (do Rio de Janeiro). Aina consta que o Padre Raposo nasceu no Rio de Janeiro e foi para Santos se habilitar nas Ordens Sacras. O Padre Raposo foi a Portugal entre 1654 e 1659, tendo deixada a Paóquia de São Vicente "indo a Portugal, conseguiu a mercê da Igreja de propriedade, mas vindo ao Rio de Janeiro o não quis colar o prelado Manoel de Souza e Almada".
Fonte : Antigos Vigários do Litoral de São Paulo. Revista do Arquivo Municipal XCIV. São Paulo. Ano de 1944.
Só não entendi qual é o seu interesse nisso tudo !
Melhores cumprimentos
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Caro Ricardo Costa de Oliveira
Essas suas informações são muito importantes o que desde já agradeço. O que me levará á Torre do Tombo para resgatar a dita mercê obtida, naturalmente por uma provisão Régia aqui em Portugal.
Quanto à filiação do Pe.António Raposo;
julgava que "Pedro Taques" não teria dúvidas, quando desenvolve a descendência de João Godoy Moreira, referindo as fontes consultadas e a respectiva Inquirição de genere do sobrinho Padre António de Godoy Moreira!
O meu interesse nesta pesquisa genealógica, relaciona-se com os dados manuscritos dum tio meu,Pedro de Magalhães Lançós de Abreu Coutinho já falecido, que desenvolve esta árvore dos "Mottas" de Ponte de Lima,ligando-os com os notáveis fundadores das Grandes cidades, do Rio de Janeiro e S.Paulo..,desempenhando funções em lugares de relevo na administração das mesmas.
Com os meus cumprimentos e aguardando mais novas..
João de Abreu Coutinho
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Guerras Holandesas
Caro José de Azevedo Coutinho
O episódio da derrota da armada do Conde da Torre representa uma das páginas épicas da guerra que travamos contra os holandeses. Nos momentos de maior desespero é que o espírito de luta dos portugueses mais se manifesta. Creio que o meu único ramo pernambucano esteve envolvido nessa célebre marcha.
A riqueza da pesquisa genealógica consiste no cruzamento de várias fontes.
Encontrei pela primeira vez o Manuel de Barros Araújo na obra do Rheingantz
(Primeiras Famílias do RJ). Rheingantz é muito seco e sempre é necessário
avançar em outras fontes. O ideal é a procura de "livros locais" que apresentem
minúcias e detalhes sobre um município ou uma região em termos descritivos
para uma comunidade. Depois é so reconstruir os aspectos da realidade social,
econômica e política em que o antepassado tenha vivido. Nesse caso:
1- Origens portuguesas de Amaro de Barros Aranha, Senhor da Terra dos Quintão
de Pontarins. Fidalgo de Cota e Armas. Justificou a sua nobreza a 13/2/1612
em Braga (Dicionário B&B,390).
2- Passou para Pernambuco e estabeleceu-se
na vila de Goiana onde casou com Domingas da Motta. Por volta de 1630 a
paróquia de Goiana era uma das mais importantes da capitania de PE e contava
com mais de 12 grandes engenhos e a sua população era superior a 3000 habitantes.Com
a conquista holandesa em 1630 de Olinda, a região passou a ser um teatro
de guerras e em 1635 ocorreu a retirada de cerca de 2500 habitantes motivada
pela queda da Paraíba. Posteriormente mais um grupo de Goiana se retirou,
sendo que na segunda leva mais de 400 pessoas morreram de fome.
3- Nasce o filho Manuel de Barros Araújo no início dos 1620 em Goiana, Pernambuco.
4 - A família refugia-se na Bahia em 1635 em função da guerra.
5- Duas patentes concedidas ao Alferes Manuel de Barros Araújo pela sua ação
no combate de Goiana com a tropa de Luiz Barbalho (Bibliografia sobre Goiana,111).
Tal combate aconteceu no dia 28 de fevereiro de 1640. Essa foi uma das
mais épicas jornadas de toda a guerra. Em janeiro de 1639 o Conde da Torre
chegou ao Brasil com mais uma armada. Em janeiro de 1640 a esquadra do
Conde da Torre tentava desembarcar tropas em Pau Amarelo e foi atacada
pela armada holandesa de Cornelizoon Loos. Os nossos foram perseguidos
e miseravelmente derrotados ao norte pelos holandeses. Os holandeses cantaram
a vitória naval com uma medalha "God sloeg's vijands hoogmoed de 12,13,14
em 17 Januarij 1640"(Deus abateu o orgulho do inimigo aos 12, 13,14 e 17
de janeiro de 1640). Alguns remanescentes da esquadra portuguesa desembarcaram
o grupo de Luiz Barbalho ao norte de Natal, Rio Grande do Norte e eles
tiveram de abrir caminho de volta para Salvador a ferro e fogo pela zona
de ocupação holandesa. Se no mar a superioridade era batava, em terra dependia-se
da guerra brasílica de guerrilhas com o esforço da nossa gente. Nas muitas
batalhas e ataques realizados por Luis Barbalho e suas tropas, nas quais
também incluíam-se paulistas, destacou-se a incursão no engenho de Goiana
quando foram mortos o Major Picard, o Capitão Lochmann e mais de 400 inimigos.
De acordo com uma carta holandesa do Conselho Supremo de maio de 1640 era
reconhecido que não se dava quartel a nossos soldados feridos (Varnhagen,
HGB, 2,312 e3,138. História do Exército Brasileiro, 156). O exército mercenário
de europeus do norte protestantes não perderia por esperar porque jamais
se abatera o nosso orgulho ! No fim do mesmo ano Portugal se levantou contra
Madri e acompanhou o Brasil que já estava em guerra há dez anos pela sua
sobrevivência. Em 1654 vencemos a pior guerra internacional da história
das Américas.
6- Manuel de Barros Araújo acompanha Luiz Barbalho de Bezerra
na nomeação deste para o governo do Rio de Janeiro em 1643 como seu Capitão
de Guarda.
7- O Coronel Manuel de Barros Araújo, Cavaleiro da Ordem de
Cristo, senhor do engenho de Saracuna, faleceu no RJ em 1715 quase centenário.
Deixou geração do seu casamento com Antonia Nunes, inclusive a minha 9°
avó Josefa de Barros.
8 - Que descanse em Paz na Glória com o perdão dos seus pecados ( e dos meus também ! )
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Caro João de Abreu Coutinho
Os processos de genere da Cúria de São Paulo foram microfilmados pela LDS. Se o colega quiser poderá consultá-los aí em Portugal. Se for do seu interesse posso lhe passar o número do filme com o processo de genere do Padre Angelo de Siqueira (caso efetivamente ainda exista nos filmes). Talvez revele mais detalhes relativos à sua pesquisa.
Abraços
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Mottas de S.Vicente/Brasil
Caro Ricardo Costa de Oliveira
Desde já agradeço pelo seu interesse em me ajudar neste enigma; a passagem dos "Mottas" do Brasil para Portugal e vice-versa com o conceito de identificar este topónimo aqui em Portugal relacionando esta estirpe quanto à sua origem.
Aqui vai a minha direcção:
abreu_coutinho@net.sapo.pt
Com um abraço e ficando a aguardar por mais detalhes...
João de abreu Coutinho
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