Mateus de Abranches, de Torrozelo
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Mateus de Abranches, de Torrozelo
Para quem se interessa pelos Abranches, da Beira Alta, aí vai uma notícia em primeira mão:
Mateus de Abranches, capitão de ordenanças em Torrozelo onde casou com Maria Delgado Ferrão, com larga geração, era sem dúvida filho de Mateus de Abranches e de sua mulher Maria Rodrigues Brandão, senhores da Casa da Boavista em Sameice, esta irmã do Inquisidor Dr. João Álvares Brandão.
Até agora tinha-se duvidado existência de um terceiro filho deste casal, além dos dois conhecidos: Maria Brandão, b. a 20-06-1568 e f. em Sameice a 17-12-1641, e Marcos de Abranches Brandão, b. a 02-10-1569 e f. em Sameice a 07-05-1608, casado com Isabel Marques de Figueiredo, com geração conhecida.
A dúvida era ainda maior pelo facto de Mateus de Abranches (pai) e sua mulher Maria Rodrigues Brandão terem falecido poucos anos depois do seu casamento, ele a 20-05-1571 e ela, já viúva, a 17-01-1573, com pouco mais de 24 anos, pois tinha sido b. a 25-10-1548.
Isto apesar de a filiação já estar referida há mais de 150 anos. De acordo com uma árvore genealógica destes Abranches de Torrozelo, proveniente da casa da família Freire Lobo, da Bobadela, e datada de 1 de Agosto de 1851, este Mateus de Abranches é referido como «filho 2º da casa da Boavista de Sameice (hoje Condes de Murça), sobrinho, afilhado e legatário do Inquisidor Mateus de Abranches (como se vê no testamento que existe no cartório da Coitena)».
Sucede que nunca existiu tal Inquisidor Mateus de Abranches, sendo certamente lapso do autor do manuscrito, mas sim o inquisidor João Álvares Brandão, irmão da referida Maria Rodrigues e portanto tio direito de Mateus de Abranches (filho).
A presente notícia é que esse filho Mateus de Abranches existiu, e vivia em Sameice em 1590. Um assento feito em Lourosa a 04-01-1590 refere-se ao baptismo de um Francisco, «filho de Mateus de Abrantes, de Sameice, e de sua criada Maria, filha de Maria Antunes, viúva, moradora em Pinheirinho».
Mateus de Abranches teria nessa altura cerca de 20 anos e teve, ainda solteiro, este filho natural Francisco. Em minha opinião, não pode deixar de ser o mesmo que casou em Torrozelo, referido no início, atendendo à cronologia e proximidade geográfica, o que permite entroncar dois conhecidos ramos de uma mesma família.
Eduardo Osório
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RE: Mateus de Abranches, de Torrozelo
Caro Eduardo Osório:
Excelente notícia aqui colocou. Afinal havia um Inquisidor mas com um nome diferente. Um erro mil vezes repetido não se torna numa verdade, mas complica muito as investigações.
Estranho o silêncio dos confrades com sangue Abranches. Eu, que sou um beirão atípico, sem um único costado Abranches (por enquanto...), considero interessantíssima esta sua descoberta, que abre novas perspectivas para o estudo desta família.
Cumprimentos,
José Caldeira
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RE: Mateus de Abranches, de Torrozelo
Caro Eduardo Osório
Como descendente de um ramo Abranches que nesta data vivia em Sinde, Tábua, é importante para mim mais esta descoberta.
Vera
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RE: Mateus de Abranches, de Torrozelo
Caríssimo:
Pois, como descendente dos Abranches da Beira, e, descendente também dos Brandões do Inquisidor João Álvares Brandão, de Sameice e Travanca de Lagos, aqui estou (senti-me espicaçado pelos outros intervenientes neste tópico), a dar o meu contributo elogiando-o pelo sucesso nesta investigação e pelo seu habitual rigor no apuramento da verdade dos factos.
Parabéns e boa continuação e até um dia destes no AUC, lá para quarta ou quinta-feira.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: Mateus de Abranches, de Torrozelo
Caro Eduardo Osório:
Sendo descendente de Aleixo Afonso de Abranches, nascido c. de 1510 e falecido em Arganil, Vila Cova do Alva, a 29.07.1589, casado c. Isabel Álvares n. em Vila Cova do Alva, Arganil c. de 1520 e falecida a 05.10.1593,pais de Maria Afonso d`Abranches, por sua vez, mãe de João Manuel da Fonseca que foi Capitão mor de Avô, gostava de saber se estes Abranches estão de alguma forma ligados com os de Torrozelo e, se assim fôr, ficava muito agradecido se pudesse disponibilizar elementos que estabeleçam essa relação.
Como descendo igualmente de Roque Fernandes de Abreu ("O Pequeno") e verifico que este Aleixo , também aparece, como avô da mulher de João Marques de Abreu,( §1 nº2 -3-4) da geneanologia por si apresentada, aumenta ainda mais o meu interesse pelo assunto.
Melhores cumprimentos
Luís Piçarra
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RE: Mateus de Abranches, de Torrozelo
Caro Luís Piçarra:
Não consegui até agora encontrar qualquer tipo de documento que prove a filiação de Aleixo Afonso, pelo que só há hipóteses... Num manuscrito do bispo da Guarda aparece como filho de Pedro Afonso o Novo e de Maria Marques de Abranches, o que não é possível pela cronologia. É uma questão que aguarda respostas.
Cumprimentos
Eduardo Osório
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RE: Mateus de Abranches, de Torrozelo
Caro Eduardo Osório:
Obrigado pala sua pronta resposta.
Cumprimentos
Luís Piçarra
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Manuel de Abranches Homem Ferrão
Caros confrades,
Encontrei um assento que talvez interesse este tópico.
No livro "Freires de São Gião" do nosso confrade Nuno Canas Mendes na página 27 existe uma nota de pé de página em que menciona um António d'Abranches Ferrão casado com Maria Soares de Paiva.
Encontrei o casamento de um filho.
Em Pombeiro da Beira, aos 26-11-1702, o capitão-mor Manuel de Abranches Homem Ferrão, filho do capitão-mor António de Abranches Ferrão e de Maria Soares de Paiva, moradores na vila do Torrozelo, casou com D. Perpétua Maria da Cunha, filha de Manuel da Cunha Serrão e Clara Antunes, moradores no lugar da Mucela, freguesia de São José. Esta é a freguesia de Lavegadas.
Cumprimentos
JLiberato
Bruxelas
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