Vasco Jácome e o desastre de Tânger
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Vasco Jácome e o desastre de Tânger
Felgueiras Gayo a propósito de Vasco Jácome (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=35629)
diz que dele “faz menção o Sr. D. Duarte nas Instrucoins q deo a seu Irmão q.do foi a Tangere dizendo-lhe se lembra-se do q tinha escrito a Vasco Jacome como se ve do Livro 1.º da provas a Hestoria Genealógica”.
Domingos de Araújo Affonso concretiza um pouco mais dizendo: “El-Rei D. Duarte, dando instruções a seus irmãos acerca da expedição a Tânger, faz menção de Vasco Jácome, na relação «das cousas que ma veis de mandar recado o mais sedo que puderdes», dizendo «sede lembrados dos mantimentos, que filhou o Conde Dom Pedro segundo escreveo Vaso (sic) Jacome».
Isto teria sido feito em Lisboa aos 10-IX-1436 e constaria nas Provas da História Genealógica da Casa Real Portuguesa, 1ª Edição, Tomo I, Livro III, pág. 536.
Num site da net encontrei a referência àquilo que julgo ser um manuscrito que deve existir na TT:
[Title] Conselho espeçial que el rey noso s~or deu ao ifant dom anrriq~ quãdo se partio cõ a armada que foy sobr~ Tanjer.
[text 132v inc.] Destas cousas uos dise segundo meu Juizo ...[ 151v expl.]... segundo escreueo vasco Jacome.
Aí é apontada a seguinte bibliografia:
Comissão Executiva das Comemorações do Quinto Centenário da Morte do Infante D. Henrique. Monumenta Henricina. 15 vols. Coimbra: Atlântida, 1960-74. [Vol] 6, 6, 6, 6, pp. 86-90, 91-3, 102-07, 201-02 [Item] 46, 47, 50, 59.
Dias, João José Alves, Ed. Lit. Livro dos Conselhos de El-Rei D. Duarte (Livro da Cartuxa){M}. Edição diplomática. Imprensa Universitária, 27. Lisboa: Editorial Estampa, 1982., pp. 121-34 [Item] 21.
Garcia, José Manuel, Ed. Lit. Documentação henriquina. Maia: Castoliva Editora, 1995. [Vol],, pp. 289-91, 292-93, 294-97, 299 [Item] III.40, III.41, III.42, III.44.
Loureiro, Rui Manuel, Ed. Lit., et al. O Infante D. Henrique e a Expansão Portuguesa. Antologia Documental (Textos dos séculos XV e XVI). Lisboa: Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1995, pp. 11-13.
Sá, Ayres de. Frei Gonçalo Velho. 2 vols. Lisboa: Imprensa Nacional, 1899-1900. [Vol] 1, pp. xciv-xcvi [Item] nota 1.
Na minha interpretação, este Vasco Jácome terá escrito algo que D. Duarte considerou importante comunicar aos irmãos quando preparavam a primeira tentativa de conquista de Tânger. Mas será que alguém que possua alguma das obras referidas acima, me pode fazer um melhor enquadramento deste episódio?
Com os antecipados agradecimentos,
Vasco Jácome
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RE: Vasco Jácome e o desastre de Tânger
Meu Caro Vasco Jácome:
Transcrevo-lhe o que diz Ayres de Sá na obra e nota que referiu:
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De: Ayres de Sá, “Frei Gonçalo Velho”, Lisboa, Imprensa Nacional, 1899, pgs. XCIV e seg., Nota 1. (Transcrição de “Biblioteca Nacional de Lisboa, ms. L. 6-45 (da Cartuxa, Évora”))
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“Nota 1. É importantissimo o seguinte documento em que, a ser authentico, segundo tudo leva a suppor, el-rei é injusto para seu irmão. Deve notar-se que era muito costume dos principes, nos seculos XIV e xv, trocarem cartas de conselhos em que a philosophia classica, então em voga, servia, erradamente, para contrariar a doutrina de Christo :
«Conselho especial que ElRey N. S.or deu ao Jfante D. Anrrique quando se partio có a armada que foi sobre Tnnjer.
Destas cousas vos disse segundo meu juiso que vos compria muito avisar escrevais brevemente porque por vosso bom juiso, e lembrança com a graça de N. S.or de todo podees ser bem lembrado.
Primeira de tirardes de custume em vossas repostas, «loguo farey, ou mandarey faser tal cousa» .
Segunda, de poer termo no que aveis de faser, salvo quando muy certo fordes que sem duvida se comprirá o que disserdes ou per grande necessidade fordes constrangido de o assi dizerdes.
3.ª que vos lembre muito o que affirmardes de fazer, qua per mingoa de tal lembrança vi muitos falecer do que dizem, e prometem.
4.ª que nom queirais mais prazer aos homês que quanto com garda de verdade justiça e toda maneira virtuosa o poderdes faser, lembrandovos que nõ devees desprazer a Deos por comprazer a outra criatura, e antre os homés se diz: «Quem à todos quer prazer, a todos despraz» . Esto se entende daquelles que por re-
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querer andar á vontade dos outros nom gardão as virtudes suso escrittas.
5.º Que façais vossos feitos em boa ordem e nom vivais em comer, Dormir, ouvir Missas, e semelhante fora de boa ordenança porque vossas obras seguirá muito a maneira de vosso viver, qua o bó custume quando se bem pode gardar de viver ordenadamente todo faz obrar com boa ordenança, e todos interpretarão melhor o que fizerdes, e averão em vos para merce de N. S.or Deos melhor esperança lembrando vos que s( e) escreve de Julio Cesar que assi sabia seu tempo repartir que sempre apartava oras certas em cada hum dia por muito que ouvesse de faser para ler, e estudar em dittos de sabedores, e N.º S.or Rey e Padre cuja alma Deos aja, e aqueste Santo Conde que cada hum dia grande espaço sô na manhã ou de dia se apartava para resar e pensar no que avia de fazer e depois ouvia, e dava audiencias tempo certo, e quando avia de livrar, seus feitos sempre apartadamente o fazia, e nunca de praça.
6.º Que quanto mais poderdes vos escuseisde dar livramento em presença das partes por muitos inconvenientes que dello se seguem, e alongar, e perder tempo cuydardes as cousas pior, averdes sanha nas profias, nom poderdes aver conselho doutra pessoa, nem vosso, fallecerdes de vossos dittos por torvaçaom, ou nom consirardes todo tam bem asi improviso someterdes vos a muy desvairados juizos e a devasidade que para todo Sñor muito empece.
7.º Que assi como tendes cuidado de buscar dinheiro, que assi sempre sejais avsiado de o fazer por justos e direitos caminhos com garda de vossa verdade e bom estado.
8.º Que nom vos metais em desordenadas despesas, porque se nom poserdes em isto temperança, nó vos podês escusar de grandes mingoas, prasmos e falecimentos.
9.º Que ponhais bom provimento no que teverdes sabendo como se faz, como pertence de o saber hú tal Sñor fazendo bem aos bós servidores, e aos maos trabucadores e mentideiros nom passem sem pena, qua esta he a principal garda que aos Siíores pertence, qua elles nom podem tudo ver, e comué que muito leixem á lealdade e discriçom de seus servidores, os quaes per lou-
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vor e merces dos bás, pena, e escarmento dos maos com a graça de Deos se rasem bós, e leaes.
Decima, que nom creais em todo vosso coraçom por o que vos ja disse e alhur vos escrevo nom ajais as cousas por feitas antes que o sejam, mas acabaras perfeitamente e entó crede assi todas como claramente souberdes que o são, e nom como vosso coraçó, de hua parte com desejo de muito fazer quer ingolir ante que bem mastigue, e doutra se faz 1 por hua muy sotil parte de ociosidade porque a vontade, e entender com pratica hão por maJor trabalho hua cousa perfeitamente acabar, que muitos englodadamente cuidar que acaba, em as quaes o mais fica por fazer e que os feitos trazem a melhor perfeição com a graça de N. Sor. Deos, ao qual para vosso coração assi armar destas dobradas guynas que sempre naqueste feito e todos outros façais seu serviço com muita vossa honrra.
E ainda que a hu Sñór e capitão pertenção muitas outras virtudes, porque, graças a Deos, vos, avês dellas muy grande e boa parte vos nó faço doutra mençom des hy porque algíías vos toco em outro meu escritto que mais em forma parceira vos escrevo.
Tão costume era trocarem-se conselhos que elrei, que os dá, ao parecer, bem ásperos, pede-os tambem :
«Em nome de N. Sor. Jesu Christo e da Sua bemaventurada Madre Virgem N. S.a Sancta Maria.
Muy alto, e muy honrado e excellente Rey e Senhor.
Vosso Jrmão e Servidor o Jfante Dom Anrique governador da Ordem de N. S.or Jesu Christo,Duque de Viseu, e Senhor de Covilham, e Protector dos Estudos de Portugalcom humildosa reve
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rença respondo ao conselho, qué me perguntastes, se era cousa justa, direita e rasoada de faserdes guerra aos Mouros da tera Dafrica em as partes de Belamary o s(e) era melhor de folgardes, e regerdes vossas terras, e reynos, e de a escusardes dos males que se da guerra seguem. Por compeço deste conselho he de saber, que as fys desta vida som postas em salvar alma, e honrra da pessoa, nome, linhajem, na- çom, e em alegrar o corpo, e a derradeira em aver gança temporal.
A primeira de salvar alma he para fy finda por que he conjunta a Deos, que he infindo, e portanto se diz dos que em ella sõ: Em memoria eternal só os justos, e he melhor fim que todas e mayor. A segunda he donrra da pessoa, nome, linhajem, naçom, e porquanto esta fym he de erança que fica de linhajem em linhajem, he fundada no ser do mundo, e porque s(e) espera elle muito durar, portanto esta fim he muito presada por ser por seu nome por sua linhajem e por sua naçom, e dizia N. S.or Deos destes: Se honrrardes o padre, e madre, vivireis longamente sobre a terra.
Honrrar o padre e madre direitamente fallando he quando o homem faz taes obras, e feitos, per que seu padre e linhagem, e naçom som honrrados vivirão longamente sobre a terra porque. o seu nome fica ates a fim da terra.
A 3.' de se alegrar he muito pequena fy porque cada dia se perde, qa certo he que comer, beber, dormir, cantar, rir, ver, ouvir, companhia de molheres, casas motejar, fallar, e assi todas outras cousas trazem cansaço e perdimento della, e a velhice, e dor bem lhas gastão, e a morte acaba, e dizia N. S.or Deos por esta, que he assicomo o lyrio, que a sua flor he fermosa mais que logo desfalece, porem diz o Apostolo que a tenhamos assi como se a nom tivessemos, que assi usemos della.
A 4. que he de ganço tempural esto nom se deve chamar fym mais base e trautase pera as outras ou pera despender por Deos ou por a honrra sua, ou da sua linhagem, ou por despender em praser, e os que querem dello fazer fim dizia N. S.or por elles que mais impossivel causa s~ria de irem ao paraiso que o camelo ca-
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her por o fundo de hua agulha, e o cuidado do ganço logo deve ser conjunto aa outra fym, e se a fim he boa, bom he o ganço, e se bem he avido he, e se má fim requere mao he o ganço empero que bem avido seja saber. hu homem pedio hua esmola pera ajuntar dinheiro pera empecer a seu imigo por má ser a fym todo a ella conjunto pera o ajudar o comprir sem justiça he mao e assi nó deve ser avido por fym.
Assi S.or bem se mostra que a fim vossa e de todo bom deve ser em fazer serviço a Deos e em honrra, que estas são fyns direitas.
E o fim do praser que useis nella, como se nella nó tivesseis curação e do aver que useis della pera as outras fyns mais nõ por ella pois nom he fym.
E da guerra dos Mouros ser serviço de Deos nom ha que duvidar pois a Jgreja o detrimina, e per os grandes milagres e por as coronicas he authorizado, e todolos bós certamente lho crem, e porem o bem nosso he esforço com as muitas rasóes que tem por que a fe e pratica abasta.
E de ser honrra nom quero escrever porque esta he a mayor honrra que ha neste mundo, e em respeito desta as outras sã qasi nom avidas por honrras.
E de ser prazer entendo que de todos he mayor que os outros asinha sem fym, e este dura para sempre neste mundo, e no outro, e testemunha sera desto os que bem na guerra dos Mouros tem feito, e e vos meu bom S.or testemunha e se tendes prazer dos que passarão em que nos mais alegres que no daquelle dia em que fostes na tomada de Cepta, e pensae por merce por quanto o venderieis, e vede se tendes mericimento per fIle averdes prazer na outra vida, e pois direito christão soes creo que si.
E porem diz a Jgreja alegres vão os bõs aos perigos antre os Reys e Princepes nó tristes com grande medo mais alegres, porem mandou o muy alto e muy honrrado sempre vencedor ElRey vosso e meu Sñor e Padre que tirassemos o do que trazíamos
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pola muito excellente Rainha nossa Madre quando fomos a Cepta disendo, que a guerra nom se queria triste mais alegre e de prazer.
E pois da guerra dos Mouros se consegue serviço de Deos e honrra e prazer, meu conselho he que vos obrês nella quanto bem poderdes por vos ou por outrem, e se nom poderdes de nenhú cabo, que obrês por outra parte assi que vosso cuidado, e obra seja nello e o que e ouverdes seja para estas fys, e o que cuidardes daver seja para ello e ser vos ha contado em justiça. E para conseguirdes esta guerra vos cumpre primeiramente aver grande vontade de servir a Deos, e a 2.ª dezejo de muita honrra direita qa volenti etc.
E tendo nesto bem firme vontade alegrar vos eis em todo o que nello obrardes e cuidardes.
A este serviço de Deos e honrra nom podeis vir sem preço de perigo, e trabalho e despesa segundo as esperiencias e exemplos e escritturas mostraom.
Christo N. S.or periguo e trabalho assaz passou e toda riqueza leixou nom tendo onde poer a cabeça.
Abel, Noe, Abraham, Jsac, Jacob, Mouses, David, e outros bõs da ley velha, Evangelistas, Apostolos, Martyres bem se per elles mostra confessores em dezempararem todo per jesús, vigilias, e apenas dependença e as virges e Santas per o sobrescritto e per abstinencia, e os Jnocenles e emfym todos per a pena, morte encalção a fym de Deos e da honrra qa é fym he todo louvor.
Os grandes Jmperadores e Reys e grandes Senhores dos quaes grande conto he dos nossos antecessores e de que vos descendês per perigos e trabalhos e despesas gançarom e mereceró o serviço de Deos e as grandes honrras, do qual he bom exemplo ao nosso virtuoso Padre, e os que deste conto nó só dizem as coro- nicas delles, nom feserom cousa que de contar seja, e a escrittura Santa nom som escrit~os no livro da vida.
Porem dizia N. S.or .Nom sejais solicitos dizendo que comereis e bebereis, e vestireis, porque as gentes que som nomeadas,
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os gentios que nom hã ler o buscão mais mandou que buscassemos periguo, trabalho, despeza dizendo «como eu faço assi o fasee ca eu nõ vy metter paz, mas cutello.
E porque periguo e trabalho e despesa sã contra a vida folgadia desejada para as gentes neste mundo, e a cousa muito desejada muito he receada de perder, porem compre outra cousa pera dello a qual he nõ temer perigo trabalho nem despesa, e esto ra soadamente.
E sabendo N. S. Deos que esto nos era muito compridoiro per muitas veses assi na ler velha como nova disse aos seus amiguos nõ temaes. Bem he que os bós nom receem os perigos direitos qua per muito receo que aja a morte nó s(e) escusa e o trabalho pois para elle só nados e a despesa pois todo hã de leixar.
E de vontade de servir a Deos e desejo d(e) onrra, e de nom temer se consegue detriminaçõ de executar, e a execução Deos N. S.or sera sua ajuda. .
E porem Senhor, pois tendes esperança d(a) ajuda de Deos nom avês que temer, e assi concluo que a guerra he justa pois seruiço de Deos he, e direita pois de vossa conquista he e por vossa honrra e rasoada me parece, visto o grande desvairo daquella terra, que toda he partida em Senhorios como nom he ouvido que tal fosse, vos podees esforçar no ditto de N. S.or que todo reyno partido sera destruido, e como som sem armas e de poucas fortalesas e demais por seus sabedores tê que há de ser conquistados de Senhor desta terra que lhe britará muito os coraçóes, e mais a esperança d(a) ajuda de N. S. Deos que he tã forte e tamanha, que toda força para ella he pequena, e porem com esforço a devês compeçar e proseguir.
E de folgardes, e regerdes vossa terra e a tirardes de trabalho da guerra todo esto ey por bem que folgueis em bem obrar segundo em cima escrevi.
E regerdes bem vossa terra a elo sois theudo per vos ou per outrem, e de a tirardes do trabalho da guerra que seja dos Chris-
CI
tãos,e que a façais valer ante Deos, e no mundo para a guerra dos infieis. Em Estremos era de 1436 anos. “
Ressalvo possíveis erros resultantes do "scanning", que me escaparam na revisão.
Grande abraço do
João de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Vasco Jácome e o desastre de Tânger
Caro João de Castro e Mello Trovisqueira
Começo por lhe agradecer a sua mensagem e a inerente trabalheira!
É realmente um texto interessante e comprovativo de certa discussão epistolar entre D. Duarte e D. Henrique sobre a questão de Marrocos. Pena é que não contenha nenhuma referência directa ao meu antepassado. Pode ser que ainda apareça qualquer coisa...
Renovado Abraço,
Vasco Jácome
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RE: Vasco Jácome e o desastre de Tânger
Caro João de Castro e Mello Trovisqueira
Começo por lhe agradecer a sua mensagem e a inerente trabalheira!
É realmente um texto interessante e comprovativo de certa discussão epistolar entre D. Duarte e D. Henrique sobre a questão de Marrocos. Pena é que não contenha nenhuma referência directa ao meu antepassado. Pode ser que ainda apareça qualquer coisa...
Renovado Abraço,
Vasco Jácome
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