Melo da Cunha
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Melo da Cunha
Poder-me-á alguém ajudar a identificar a Família de D. Brites de Melo, filha de João de Melo da Cunha, fidalgo da Casa Real, o qual foi irmão de Roque de Melo da Cunha, também fidalgo da Casa Real e casado com D. Margarida Coelho.
Esta última foi tia de Baltazar Coelho Caldeira o qual casou com a dita D. Brites de Melo.
Muito obrigado
Luís Soveral Varella
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RE: Melo da Cunha
Caro Luis Varella
A Familia Melo é muito grande e com grandes ramificações, embora a maioria tenha a mesma origem.
Mando-lhe um site de pesquisa dos Melos para ver se isto poderá ajudar.
http://www.arqnet.pt/dicionario/m.htm
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RE: Melo da Cunha, de Tavira
Olá Luís,
Há vários Melo da Cunha (ou Cunha de Melo) em Tavira. Alguns estão aqui na BD do Genea. A varonia é Cunha.
À boleia do tópico, procuro mais informações sobre D. Ângela da Cunha, filha de Manuel da Cunha de Melo (fal. ant. 1671) e de sua mulher D. Maria Pacheco, a qual casou com Fernando da Silva Maldonado, FCR, vereador de Tavira em 1684.
Cumprimentos,
Miguel Centeno Neves
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RE: Melo da Cunha, de Tavira
Caro Miguel Centeno Neves e restantes colegas:
Posso acrescentar que o Cap. Pedro Barbosa Soares de Castro, b. Mértola 25.10.1641, era viúvo de Maria da Cunha de Melo quando casou a 25.02.1680 em Mértola com Joana Marques de Medeiros, b. Mértola 07.05.1651. Foram dispensados em segundo grau de consanguinidade e quarto grau de afinidade. Sei qual é o parentesco de consanguinidade entre os noivos, mas quanto à afinidade, que sugere ligação familiar entre Maria da Cunha de Melo e Joana Marques de Medeiros, nada sei. Tenho a ascendência de Joana completa até aos bisavós e não há qualquer Cunha ou Melo.
Aproveitando a oportunidade para mais uma pergunta, por acaso sabe quem eram os pais de Fernando da Silva Maldonado?
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Maldonados, de Tavira
Caro Rui Pereira,
Não sei os pais de Fernando da Silva Maldonado e bem que tenho tentado descobri-los!
Muito provavelmente seria dos Maldonados de Alegrete.
O que me intriga é se há ou não relação com o Francisco Maldonado, de quem descendo, mareante em Tavira, mordomo-tesoureiro da Confraria da Virgem da Graça, no Convento de São Francisco em Tavira, em 1712, o qual em 1699 declarou um rendimento anual 30.000 réis. A desigualdade social faz pensar que não seriam dos mesmos. É essa a opinião do Miguel Corte-Real.
No entanto um neto de Francisco Maldonado chama-se António Martins DA SILVA MALDONADO. Foi meirinho das correições da Provedoria do Reino do Algarve em 1756, e no mesmo ano em que consegue este ofício adquire umas casas nobres na Rua do Poço da Cadeia, pelo preço de 150.000 réis.
Sobre esta gente troquei várias mensagens com o Nuno Borrego, algumas aqui no fórum em http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=23363 e tenho o maior interesse em obter mais informações.
Um abraço,
MCN
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RE: Melo da Cunha
Caro Luís Soveral Varella:
Baltazar Coelho Caldeira é meu antepassado, mas através de outro casamento, com Catarina Henriques de Souza; curiosamente, os descendentes deste outro casamento adoptaram o Mello da Madrasta, dando origem aos Mello Coelho e Coelho de Mello de Odemira e Ferreira, tendo o Mello sido usado como único apelido por descendentes femininas. Tem algumas informações suplementares que permitam explicar esta adopção de apelido?
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Melo da Cunha
Caro António Bivar
Não tenho de facto qualquer justificação para que os filhos do 2º casamento de Baltazar Coelho Caldeira tenham adoptado o apelido Melo da sua 1ª mulher. Conheço o facto até porque tenho estudado alguns descendentes de Dionísia Coelho (ou Coelho de Melo), filha (de acordo com Gayo e mesmo com um processo para a Ordem de Cristo) do 1º casamento dele. Adianto-lhe no entanto que apesar de tudo tenho algumas dúvidas que esta Dionísia seja filha do 1º casamento, e como tal de D. Brites de Melo, tanto pela cronologia, que, a ser filha do 1º casamento terá tido uma filha já lá para os 46/48 anos (nada de anormal só por si), mas fundamentalmente pelo facto de nunca a encontrar referida como D. Dionísia e apenas Dionísia. Não estou a ver uma filha de D. Brites de Melo, por sua vez filha de um fidalgo da Casa Real (de foro maior) a não usar o tratamento de dona.
Claro que as regras têm excepções e o único documento que lhe dá a filiação (não encontro nem o seu assento de baptismo nem de casamento, e casou duas vezes) dá-lhe por mãe a 1ª mulher de Baltazar Coelho Caldeira. E essa é a realidade.
Terá sido por isso mesmo, por ela se ter chamado Coelho de Melo que os meios-irmãos também assim se chamaram? Há um outro caso e recente em Odemira, em que dum primeiro casamento com uma senhora de apelido Penha com um senhor de apelido Almeida, os filhos do 2º casamento usaram o apelido Penha de Almeida.
Não terei sido esclarecedor, antes pelo contrário, levantei mais dúvidas, mas é o
que sei de momento.
Um abraço
Luís Soveral
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RE: Melo da Cunha
Caro Luís Soveral:
Muito obrigado pelos esclarecimentos que me pareceram muito interessantes; não conhecia o caso dessa irmã ou meia-irmã dos Coelhos de Mello e levanta diversas questões aliciantes. Já tenho encontrado casos de tratamentos de "Dona" que se perdem, mas nenhum aparentemente tão flagrante; acho que é uma questão a merecer estudo.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Melo da Cunha
Caro António Bivar,
este assunto da adopção de apelidos já me levou a abrir um tópico com o título: "Omissão/adopção de apelidos até ao século XVI", onde se vê que muitas vezes os apelidos são omitidos durante várias gerações (como certamente sabe) e recuperados mais tarde.
Ora, estas famílias Coelho e Melo estão ligadas por (pelo menos) dois casamentos (Roque c.c. Margarida, e Baltazar c.c. Brites). Não se dará o caso de os Coelhos serem também Melos? Poderia ser um caso de casamentos dentro da mesma família.
É que, no referido tópico que lancei, são muitos os casos de recuperação de antigos apelidos enquanto os casos de adopção pura e simples de apelidos alheios são raros e nem sempre devidamente provados. É um tema interessante ....
Cumprimentos,
Coelho
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RE: Melo da Cunha
Caro Luís,
esse caso dos Penha de Almeida, se realmente estiver devidamente comprovado que os filhos do 2º casamento não herdaram o Penha de forma mais legítima, seria interessante que o relatasse no tópico "Omissão/adopção de apelidos até ao século XVI".
Obrigado,
Coelho
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RE: Melo da Cunha
Caro Coelho:
Tenho exactamente a mesma experiência! em alguns casos em que supus terem sido adoptados apelidos (de padrinhos, por exemplo) acabei por verificar que afinal eram apelidos de antepassados mais recuados. Subsistem casos inexplicados, mas nunca se sabe se não terão sido recuperados de algum antepassado nosso desconhecido. O que encontrei em alguns casos foi a adopção de um nome próprio junto com um apelido de um padrinho ou de um tio por afinidade (ex.: um Dionísio Ferreira da Fonseca filho de um José da Fonseca mas afilhado de um Dionísio Ferreira); verifiquei ser prática corrente nos EUA, o que deu alguns casos em Portugal (Açores) em descendentes do meu antepassado Thomas Hickling (e.g. Catherine Hickling Prescott Ivens, onde o Prescott era de um tio por afinidade, casado com uma Hickling... conheço o suficiente da genealogia anterior para excluir a hipótese de uma ascendência Prescott).
Neste caso só noto que os Mellos em questão davam "Dona" às senhoras e não os Coelhos... a não ser que fosse uma ligação anterior ao estatuto que lhes deu o "Dona".
Um abraço,
António Bivar
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RE: Maldonados, de Tavira
Caro Miguel Centeno Neves:
Muito obrigado pela sua resposta.
Também sou descendente de Francisco Maldonado, por dois dos seus filhos, Luís da Graça c. c. Elvira Vaz e Maria do Ó c. c. Manuel Pires. Não tenho dados sobre António Martins da Silva Maldonado, mas estarei atendo ao que possa surgir.
Um abraço,
Rui Pereira
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RE: Melo da Cunha
Caro Luís
Quanto ao João Melo da Cunha sabe-se ser irmão de Roque Melo da Cunha, e pai de Brites de Melo, que cc Baltasar Coelho Caldeira.Os filhos do 2º casamento deste com Catarina Henriques de Sousa, são os Coelho de Melo de Odemira, que têm CBA em 1625, pelo que se poderá admitir que o casamento entre Baltasar e Brites teria tido lugar entre 1590 e 1600 (no Alentejo?), e durado pouco por eventual falecimento de Brites, não tendo havido geração por tal causa.Brites teria então nascido à volta de 1570-75 , pelo que o seu pai João Melo da Cunha teria nascido por 1545-50.
Os pais de Baltasar - Francisco Luís Coelho e Catarina Dias Caldeira - eram da Ilha Terceira, ou teriam lá casado.Margarida Coelho irmã de Baltasar foi casada com o referido Roque Melo da Cunha .
Pegando agora na CBA do meu 6º avô Francisco Fontes Serra Correia de Melo, sabe-se que o seu 5º avô se chamava João Cunha de Melo, filho de Tristão da Cunha de Melo Correia (o que veio para a Vidigueira) , filho de Jorge Correia, 2º Capitão donatário da Ilha Graciosa e de Leonor de Melo.
Leonor de Melo era filha de Gaspar Dias Darce e de D.Brites de Melo, que tinha um irmão chamado Roque.Brites e Roque eram filhos de Vasco Martins de Melo, irmão do 1º Conde da Atalaia, Pedro Vaz de Melo(Carta de D.Afonso V- 21.12.1466).Vasco Martins de Melo é bisneto doutro Vasco Martins de Melo, irmão do rico-homem e 5º Senhor de Melo, Martim Afonso de Melo, que tomou partido de Castela em Aljubarrota, ao contrário de seu irmão Vasco que combateu ao lado do nosso D.João I.
O meu avô João Cunha de Melo já viveria no Alentejo, e cronológicamente «bate» com o teu João Melo da Cunha, aparentemente também ligado ao Alentejo. Além disso aparecem os repetidos nomes, Brites e Roque , quatro gerações depois na filha de João MdaC, e três gerações depois no irmão de João MdaC .
Seriam João Melo da Cunha e João Cunha de Melo a mesma pessoa?Se sim, admitindo as coincidências - Ilhas, Alentejo, cronologia, repetição de nomes - a origem do Melo está referida acima, e a tua pergunta fica respondida, mas sem docs a provar quem é o teu FCR João MdC, nada feito, mas aqui fica a pista e talvez alguém no Forum possa ajudar.
Um abraço
zé maria
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RE: Melo da Cunha
Caro José
O 2º capitão donatário da ilha da Graciosa era Pedro Correia da Cunha( meu antepassado).
Cumprimentos
PTP
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RE: Melo da Cunha
Caro Tó,
Tenho um quarto avô (Bonifácio António de pina Osório) que usa e assina com os apelidos da família da mulher, que esta não usava (era simplesmente Maria Benedita) mas que seu pai usava. No casamento não há qualquer dispensa de parentesco. Ele é filho natural e faltam paroquiais pelo que só sei o nome dos pais. Não são da mesma freguesia embora relativamente próximas.
O pai dela era filho natural de um Sargento-mor, Cav. da Ordem de Cristo. Ela tinha primos direitos (filhos de uma meia-irmã do pai) importantes. Talvez por isso, algum prestígio do nome, o meu 4.º avô os tenha adoptado em lugar do simples "Abrantes" do pai de quem era filho natural (que na Beira, onde tudo isto se passa, fácil e habitualmente se converte em Abranches...)
Um grande abraço
Lourenço
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RE: Melo da Cunha
Caro Zé Maria
Muitissimo obrigado. Vou ver em detalhe os dados que me enviaste que à partida me parecem formar uma hipótese credível.
Pelo menos deste-me dados novos para poder investigar. Vou-te dando notícias.
Um abraço
Luís
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RE: Melo da Cunha
Caro Lourenço:
Esse caso nunca tinha visto! parece uma antecipação da lei actual... Teria havido alguma espécie de adopção pelo sogro? Em qualquer caso, como não sabes quem eram os avós, bisavós, etc. fica sempre a hipótese (pouco provável, aparentemente) de algum parentesco remoto por esse lado. É bom ir coligindo estes exemplos para ver se algum dia se consegue encontrar algum nexo nos desvairados constumes onomásticos portugueses...
Um agrande abraço,
Tó
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RE: Melo da Cunha
Caríssimos Tó, Lourenço, Luís SV, Miguel CN, Rui P e Coelho (desculpem-me as abreviaturas)
Conheço mais situações de apelidos aparentemente adoptados.
Mas de um caso sei, seguramente, que o foi por adopção. Não há pinga de sangue do apelido nos descendentes que dele fizeram uso. Tudo o que foi possível foi investigado, ascendentes e colaterais. Até que surgiu a única explicação possível: uma ascendência comum com a família desse apelido, mas por outra linha que não a do apelido.
A varonia da minha bisavó materna é Vasconcellos Hasse, de Leiria. A conjunção dos dois apelidos surge após o casamento (Santarém-S. Nicolau a 08.02.1741) de seus trisavós Alberto Homem de Vasconcellos Pessoa Spínola (conhecidos os costados até épocas anteriores à fixação dos Hasses em Portugal, e, obviamente, sem qualquer ascendente desse nome) com D. Maria Bárbara da Cunha e Andrade de Sotto-Mayor (b. Lxª-Anjos a 16.09.1720), filha de Luís Álvares de Andrade e Cunha, FCCR, b. Lxª (Anjos) a 23.07.1701 , e de sua mulher D. Micaela Joana da Cunha e Silva Sotto-Mayor, b. Porto (S. Nicolau).
A referida D. Maria Bárbara era neta paterna do capitão Manuel Álvares de Andrade e Cunha, FCCR, COC, e de sua mulher D. Ana Bárbara Inácia de Lossios, açafata da Rainha, "huma criada que a Serenissima Senhora Rainha May trouxe de Allemanha merecendo especialissima estimação da mesma Senhora", a qual foi filha de Daniel de Lossios, n. de Hildessein, conselheiro de estado do Bispo-Princípe de Hildessein (Eleitorado de Colónia), e de sua mulher D. Maria Elizabeth de Drefling; neta pat. de Daniel de Lossius, n. Hansfeld, comissário geral de cavalaria, e de sua mulher D. Ana Luísa de Regers, n. Goslar, arcebispado de Bremen; neta mat. de Haquino de Drefling, capitão-general das províncias de Sudermania (?), Wermelandia e Westeros, no reino da Suécia, e de s/m D. Ana Catarina Teresa Schmit, n. Stockholm.
A ascendência conhecida destes seus 4 avós era toda escandinava (sueca, norueguesa e dinamarquesa), não se vislumbrando qualquer hipótese de ascendência Hasse, ainda que longínqua.
Por outro lado, sabemos que o acima referido Luís Álvares de Andrade e Cunha foi b. em Lxª (Anjos) aos 23.07.1701, apadrinhado por D.Pedro Luís de Meneses, marquês de Marialva, mas baptizado pelo reverendo cónego da Sé de Lisboa e inquisidor da Mesa Grande, Dr. Pedro Hasse de Belém.
Porquê baptizado por Pedro Hasse de Belem ? O irmão deste, André Hasse, b. Lxª (Mártires), FSO (c. 1675), COC, casou duas vezes: a 1ª com D. Luísa Maria da Cunha (filha de Luís Álvares de Andrade); e a 2ª com D. Maria Cristina de Drefling, irmã de D. Maria Elizabeth de Drefling, mulher de Daniel de Lossios, estes, os já citados pais de D. Ana Bárbara Inácia de Lossios e de uma outra filha, de nome D. Maria Catarina de Lossios, mulher de Pedro Hasse de Belem, FCCR, FSO, filho do acima referido André Hasse e de s/m D. Luísa Maria da Cunha, sendo esta filha de Luís Álvares de Andrade (o avô paterno do Luís Álvares de Andrade e Cunha supra).
Temos então: Hasses primos dos Álvares de Andrade da Cunha; Hasses casados com Dreflings; Hasses casados com Lossios; e o Monsenhor Hasse tio consanguíneo (por via materna) de Luís Álvares de Andrade e Cunha, e que o baptizou.
O prestígio do tio inquisidor Hasse, que levaria a baptizar o sobrinho, aliada a esta autêntica teia de relações familiares embrenhadas entre Hasses/Álvares de Andrade da Cunha/Lossios/Dreflings, serão as razões que explicarão o "Hasse" nos descendentes de Alberto Homem de Vasconcellos Pessoa Spínola e de s/m D.Maria Bárbara da Cunha e Andrade Sotto-Mayor.
Como se vê as famílias Vasconcellos Hasse, Hasse e Lossios são todas parentes, por Lossios e Álvares de Andrade; embora a 1ª não tenha pinga de sangue Hasse.
Boa noite a todos !
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RE: Melo da Cunha
Caro Miguel:
Este teu fantástico exemplo, juntamente com outros que vão sendo conhecidos, parece indicar que não havia de facto “regulação” muito estrita do direito ao uso de apelidos; será também interessante distinguir três situações:
1) Intenção deliberada de fazer passar os “utilizadores” por descendentes das linhagens cujos apelidos usavam, com distorção inequívoca da realidade pelos interessados ou por alguém que disso os terá convencido (conheço pelo menos um caso, já publicado);
2) Equívoco “inocente” quanto à ascendência, por desconhecimento da genealogia com precisão suficiente;
3) Uso assumido de um apelido não herdado pelo “sangue” por motivos diversos (vínculos, homenagem a alguém, etc.), sem intenção de falsear a genealogia (caso dos Cymbrons dos Açores, dos Pignatelli da Beira, do “Cunha” dos Streets de Arriaga, etc.).
No exemplo que citas, terá sido o caso 2) ou 3)? A teia intrincada de relações de parentesco terá levado alguém a julgar erradamente que também era Hasse? ou seria o caso 3), com intenção explícita de homenagem?
Um aspecto que me parece interessante é tentar perceber qual o entendimento que os diversos meios sociais tinham destas práticas onomásticas; outro, é a questão “burocrática”, ou seja, qual o enquadramento legal (teórico e em termos de jurisprudência) destes casos, ao longo dos tempos.
Um abraço,
Tó
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RE: Melo da Cunha
Caro Miguel,
acabei de copiar esse interessante caso para o tópico "Omissão/adopção de apelidos ...". Outros casos que conheça, em especial para épocas mais recuadas, seria interessante que os apresentasse directamente nesse tópico.
Um abraço,
Coelho
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RE: Melo da Cunha
Caros António Bivar e Miguel Côrte-Real,
não seria melhor passar esta discussão, que estravasa o âmbito do presente tópico, para o tópico que abri para questões deste género? Fica a sugestão ...
Cumprimentos,
Coelho
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RE: Melo da Cunha
Caro Tó:
Antes do mais desculpa o atraso na resposta, mas cheguei a casa para jantar e só agora fui espreitar a Net.
Parece-me que este é um caso que se enquadra perfeitamente no 3º tipo de situação que delineaste:
1-não creio que houvesse qualquer intenção deliberada de forjar a realidade, nem haveria razões sociais para isso; aliás há genealogias setecentistas sobre esta gente no essencial bem traçadas.
2-muito dificilmente se pode pensar em equívoco "inocente" resultante de desconhecimento genealógico: não decorreu tempo suficiente que o justificasse ou explicasse, mesmo tendo em conta a intrincada teia de parentesco, pois o uso do "Hasse" surge logo na geração dos filhos do Vasconcellos casado com a Álvares de Andrade (prima dos Hasses), portanto num tempo "memorial" (filhos-pais-avós)
3-não estava em mira a sucessão a qualquer vínculo dos Hasses por parte dos Vasconcellos
Daí inclinar-me mais para razões de ordem sentimental/afectiva.
Um grande abraço
Miguel
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RE: Melo da Cunha
Caro Coelho:
Penso que é uma sugestão sensata.
Os próximos "casos" orientarei para lá.
Cumprimentos
Miguel Côrte-Real
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RE: Melo da Cunha
Caro Confrade:
Só agora percorri o interessantíssimo tópico que refere e do qual só tomei conhecimento pelas suas referêncais neste; vou seguir a sua sugestão com a qual concordo inteiramente. Conheço inúmeros exemplos que me parecem relevantes para a questão, alguns deles já referidos em diversos tópicos do Genea.
Um abraço
António Bivar
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RE: Melo da Cunha
Caro António Bivar,
valia a pena colocar no tal tópico esses inúmeros exemplos! Entretanto, tomei a liberdade de copiar para ali algumas mensagens dispersas (suas e de outros participantes), mensagens essas que também desconhecia. E realmente constato que temos opiniões parecidas sobre este assunto.
O meu tópico foi lançado com uma barreira temporal (até ao século XVI), que não foi respeitada ..., e com uma ênfase na omissão/recuperação de apelidos (devido a preferência por patronímicos), mais do que na adopção pura e simples. Acontece que os exemplos anteriores a 1600 são ainda muito escassos. Será que tem alguns exemplos interessantes na manga?
Um abraço,
Coelho
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RE: Melo da Cunha
Caro Confrade:
Logo que possível (e com tempo...) tentarei transmitir mais casos que chegaram ao meu conhecimento, mas verifico que já adiantou bastante na reunião de diversas mensagens dispersas ligadas ao tema. De facto quase todos os exemplos que conheço são posteriores ao século XVI, mas alguns remetem para apelidos recuperados de épocas anteriores; também me pareceria interessante recensear os apelidos compostos (não patronímicos) anteriores ao século XVII.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Melo da Cunha
Caro Luso
Desculpe só hoje responder , mas tenho estado ausente da Net.
Obrigado pelo reparo. De facto Pedro Correia da Cunha foi o 2º, entrando em linha de conta com o malogrado Duarte Barreto com quem , em teoria, Pedro C da Cunha dividiu a donataria, nunca assumida por este, em partilha, até morte daquele. Nesse sentido poderemos dizer que Duarte Barreto foi o 1º Capitão, de facto, e Pedro Correia da Cunha , o 2º e Jorge, seu filho, o 3º.
Para sua informação, umas das linhas descendente de Pedro Correia da Cunha, via seu filho Jorge, casado com Leonor de Melo, vive em Odemira e ainda tem o apelido Correia de Melo.
Cumprimentos do parente
José Maria Simões dos Santos
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RE: Melo da Cunha
Caro José
A minha linha vem de Briolanja da Cunha casada com Gil Vaz Sodré, cuja ascendência passou para a ilha de S.Jorge (Calheta ) embora tenha alguma dificuldade em ligar especificamente Pedro Correia da Cunha aos Cunhas da Calheta , na obra do Padre Azevedo da Cunha, ( meu parente) os Cunhas da Calheta são estudados e ele liga-os aos Cunha da Graciosa (Pedro Correia da Cunha ) mas sem grandes explicações.
Será que me pode ajudar
(a obra citada está on line).
com os meus melhores cumprimentos
Pedro da Cunha Teixeira Pinto
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RE: Melo da Cunha
Caro Pedro
Pedro Correia da Cunha foi casado com Izeu Perestrelo, filha de Bartolomeu Perestrelo, 1º Capitão donatário de Porto Santo.Pedro não foi para a Graciosa quando lhe foi atribuída a donataria de metade da Ilha(a outra para Duarte Barreto) porque disputou a donataria de Porto Santo com o 2º Bartolomeu Perestrelo(Moniz), filho do 1º Capitão. Tornou-se 2º Cap.donatario de P.Santo e só teria ido para a Graciosa em 1485.
Uma das filhas do casamento de Pedro e Izeu,chamava-se Briolanja ou Branca da Cunha que, segundo consta, casou a furto com Diogo Vaz Sodré, filho de Vasco Gil Sodré, originário de Montemor-o-Velho.
Briolanja teria nascido cerca de 1457.
Será esta a sua Briolanja?Possívelmente sim, embora o marido que refere não confira - Gil vs. Diogo.
Cumprimentos
José Maria Simões dos Santos
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RE: Melo da Cunha
Caro José
Tem toda a razão, enganei-me no nome , é Diogo.
o meu problema é ligar os descendentes de Pedro Correia da Cunha ( a dita Briolanja ) ao meu ramo Cunha, da Calheta ,S.Jorge, cuja ligação existe mas eu não consigo decifrar.
Cumprimentos.
PTP
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