As ruínas de Troia
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As ruínas de Troia
Caros confrades,
acabo de receber um texto que vem ao encontro do que eu proprio já tinha pensado, isto é, que no meio de tanto mediatismo à volta da implosão das torres de Troia e do projecto megalómano que aí vem, ninguém fale das ruínas romanas (e não só) de Troia. Achei que devia divulgá-lo aqui.
Cumprimentos,
Coelho
Tróia e o cavalo de betão
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Eu nem queria acreditar que durante toda esta semana a grande notícia nos meios de Comunicação Social fosse a “Implosão” das duas Torres de Tróia. Mas fiquei pior quando hoje, dia 9 de Setembro, as noticias de abertura dos telejornais era o grande êxito da implosão, o Sr. Primeiro-Ministro a “tentar” detonar os edifícios, os binóculos distribuídos à população para ver o “grande espectáculo”, a grande comitiva que se deslocou até ao Hotel RosaMar, a conferência de Imprensa do Sr. Belmiro de Azevedo, e claro que não podia faltar…a tenda dos comes e bebes. Que grande espectáculo que reuniu gregos e troianos.
Todos ouvimos as palavras proferidas pelas altas individualidades, os empregos que vão nascer em catadupa, os ecologistas que concordam e até fizeram o estudo de impacte ambiental, mas achei estranho que ninguém (nem um único jornalista) tenha feito “a” pergunta …” e as ruínas de Tróia? Irão elas sofrer com as implosões?” E as ruínas de Tróia qual é o papel que lhes cabe no meio de campos de golfe, hoteis de muitas estrelas, casino, gente de dinheiro... Irão as ruínas ser valorizadas, virá finalmente o museu , terão finalmente as ruínas de Tróia o tratamento que merecem? Nada! Nem uma só palavra. “Que estranho!”, pensei eu …
Será que no meio de tanta “prosperidade” que está a caminho da península, Tróia, a das ruínas, vai ficar perdida no pó levantado pela implosão ?
As pedras talhadas pelos nossos antepassados, o lugar escolhido por quem passou e disse: “Sim. Este é o local para nascer algo de belo”; a Tróia da “princesa”, a Tróia daqueles que dela fizeram o seu sepulcro. A Tróia com milhares de histórias ainda por contar, quem se levanta para a defender?
Susana Bailarim
(ARQUEÓLOGA)
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RE: As ruínas de Troia
Cara Susana Bailarim
É com efeito muito pertinente esta sua pergunta, pois nada vem referido a propósito disso na comunicação social. Foi algo de que eu também me lembrei, pois, para além da genealogia, sou acima de tudo historiadora, embora mais vocacionada para o âmbito da música (história da Música, mais propriamente). O que diz o Instituto Português de Arquelogia acerca disto? Não seria importante alguém chamar a atenção para o facto, também na comunicação social? porque não envia um texto para os jornais?
Cumprimentos
Maria José Borges
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RE: As ruínas de Troia
Cara Maria José Borges,
eu estou a dar a minha modesta contribuição para essa chamada de atenção. No entanto, note que não sou eu o autor do texto e nem sequer sou arqueólogo, embora tenha interesses em história e arqueologia.
Cumprimentos,
Coelho
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RE: As ruínas de Troia
Caros Participantes:
O que se passou esta semana com o caso "Tróia" só vem revelar a selvajaria crescente no n/País.
A pp. cerimónia foi saloia e provinciana e a cobertura feita pela Comunicação Social só o evidenciou ainda mais.
Lado a lado com o n/PM com corte de cabelo fashion e fatos Zegna, senhoras emocionadas com a destruição das torres.... vá se lá saber porquê, eram meros mamarrachos de betão que nunca serviram para nada...
Enfim, os que puderem que emigrem, de preferência com licenciaturas e MBA's, que lá fora (normalmente) está-se melhor...
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: As ruínas de Troia
Caro confrade
Relendo agora o tópico reparei, com efeito, que cita um texto da referida arqueóloga que eu julguei ser a autora do tópico. Respondi tão prontamente a este tópico, que nem reparei que o signatário do texto não coincidia com o autor do tópico, como geralmente acontece. E como, ao responder aos tópicos só conseguimos visualizar o final do texto a que respondemos, vai daí... lá fiz a tal confusão, plenamente esclarecida agora.
Somos, então, dois, já, a chamar a atenção para o assunto. Já agora pergunto: o texto que cita surgiu em algum jornal?
Cumprimentos (e desculpe a confusão de identidades)
Maria José Borges
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