Os Gallwey da Irlanda para Lisboa
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Os Gallwey da Irlanda para Lisboa
Henry Gallwey, filho de David Gallwey e Mary Gallwey nasceu por volta de 1750, em Mardyke perto de Bantry, no condado de Cork na Irlanda, fundador do Ramo português da família, estabeleceu-se em Lisboa, onde faleceu em 1800. Veio para Portugal com 16 ou 17 anos de idade. Em 1776 casou com Miss Caffary de quem teve 3 filhas (Johanna, n. em 1778; Frances; Mary Anne). Enviuvando, casou em segundas núpcias com Maria Bárbara Mordaunt, filha de Osmond Mordaunt, natural de Coimbra de quem teve 9 filhos. Henry esteve debaixo da vigilância do Intendente-Geral Pina Manique, havendo conhecimento duma carta que este dirigiu ao Mordomo-Mor de D. Maria I em 17 de Dezembro de 1794. É um extenso relatório de actividades, supostamente subversivas, levadas a cabo por cidadãos estrangeiros que em Lisboa se reuniam numa taberna à Rua Direita de Remolares, junto ao cais. Henry Gallwey é referenciado como irlandês, residente no Sequeiro das Chagas e Jacobino do partido do " temível" Cônsul da América. Pina Manique referia ainda, que a família Gallwey, a partir da Irlanda, mandava inúmeras "famílias de artistas e de fabricantes" para a América do Norte. Ainda em 1791, Henry fora comissário de um navio carregado de emigrantes irlandeses que arribara a Lisboa a caminho da América. Esta família tinha um excelente relacionamento com o Cônsul da América, estando inclusivamente um irmão de Henry para casar com a filha do diplomata. Este relacionamento com a América viria a perdurar até aos dias de hoje, onde, em Chicago, se fixou o ramo da família Gallwey que descende do ramo de Lisboa.
David, o filho mais velho do segundo casamento de Henry, foi consul de Portugal em Cork. Casou com Ana Teixeira de Sampaio, filha do rico negociante português instalado em Fulham.
Outros filhos:
Henry, John Florence, Michael David, Johanna,
Apenas Michael David Gallwey permaneceu sempre radicado em Portugal. Nasceu em Lisboa a 8 de Janeiro de 1796. Filho de Henry Gallwey e Maria Bárbara Mordaunt.
Foi negociante, importador e exportador com firma na Rua do Ferragial de Cima em Lisboa. Acumulou enorme riqueza. Não teve descendência pelo que foram seus sobrinhos os herdeiros.
Michael foi sócio do Gabinete de Leitura de Sintra em 1835, assim como de uma agremiação lisboeta, em tudo similar; a Sociedade Literária Patriótica. Aliás, na sua longa vida, Gallwey foi sócio da Sociedade Promotora das Belas Artes em Portugal (nº202), do Grémio Literário, do Club Lisbonense e da Assembleia da Península.
Vivia na Rua do Alecrim e tinha residência e diversas propriedades em Sintra.
Em resumo:
Henry Gallwey + Mary Mellifont( Bantry, Ireland) em 1732
David Gallwey + Mary McCarthy( Bantry, Ireland)
Henry Gallwey + Caffary (1776)
Johanna (b. 1778)
Frances
Mary Anne
Henry Gallwey + Maria Bárbara Mordaunt
David, Henry, John Florence, Michael David (1796), Johanna,
Fontes:
Cork Historical and Archaeological Society
Hallan Hipwell« Post-war travel in 1817» in Fourth Annual Report & Review - The Historical Association, Lisbon Branch, 1940;
Ida Kingsbury « An Anglo-Irish Family In Portugal» publicado no Ninth Annual Report and Review de 1982 da British Historical Society of Portugal,
Manuel Pinheiro Chagas e J. Barbosa Cohen, História de Portugal op. Cit., VII Volume, p.336 a 339
Alguém tem mais alguns dados sobre esta família irlandesa que se radicou em Portugal? O seu último representante foi Eduard que faleceu nos anos 30 do século XX.
Julgo ser um tópico interessante, o estudo das famílias irlandesas que no século XVIII escolheram o nosso país para viver.
Cumprimentos
Filipe Reis
Malveira da Serra, Cascais
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Os Gallwey em S. Martinho de Sintra
Caros Confrades
Michael david Gallwey casou com Libânia dos Reis, filha do Capitão - Mor de Sintra e Colares Máximo José dos Reis, em 28 de Janeiro de 1823 na Ermida da Sr.ª do Monte Carmo em S. Martinho de Sintra. Foram padrinhos: O desembargador Padre Inácio Xavier de Macedo Caldeira e o Capitão das Ordenanças e Vereador da CM de Sintra João Clímaco dos Reis, tio paterno de Libânia. A noiva quando casou, vivia com seu pai nos Paços Reais de Sintra.
cumprimentos
Filipe Reis
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RE: Os Gallwey da Irlanda para Lisboa
Caro Filipe Reis
Decorrido mais de um ano sobre a nossa última troca de informações, resultado de vários precalços informáticos, venho de novo ao seu contacto sem ter forma de lhe fazer chegar mensagem privada, podengo claro está, se o entender, enviar-me um mail para o meu endereço pessoal, que ainda é o mesmo que lhe havia enviado: vitorveigaadvog@netcabo.pt
Contudo o assunto agora prende-se com o facto de ter encontrado na minha biblioteca, um livro de registo de exportações e importações que julgo ter pertencido à casa comercial dos Gallweys, de onde consta todo o movimento mercantil de 1826 a 1842, quer dizer, já depois do casamento do Michael e a Libânia, podendo constatar-se registos que referem o Capitão Máximo José dos Reis, nomeadamente como exportador de limões para a Irlanda.
Talvez queira consultar tal documento, bastando para tal contactar-me.
Saudações
Vítor Veiga
Estoril, Cascais
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RE: Os Gallwey da Irlanda para Lisboa
Caro Vitor Veiga
É bom voltar a ter notícias suas.
Agradeço muito o seu convite.
Enviei há momentos um mail em resposta.
As minhas saudações
Filipe Reis
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Apenas cumprimentá-lo ...
Caro Filipe
Como vai?
Não tenho nada que lhe possa dizer sobre os Gallwey. Mas, como sucedeu estarmos com tópicos na mesma pág do Geneall, aproveito para o cumprimentar, dado que há já muito tempo não nos cruzamos nos nossos tópicos sintrenses.
Ultimamente, isto é, até há cerca de mês e meio, tenho andado a percorrer sistematicamente os paroquiais mais antigos de Colares. Na tentativa (menos má) de conseguir subir um pouco mais nas gerações mais antigas dos antepassados dos Sousa Prego. Assim, consegui subir mais uma geração nos Vicente, o apelido mais generalizado entre os familiares paternos do Padre Manuel Coelho Prego, pai do João de Sousa Prego, tronco desta numerosa e nobre família sintrense dos séculos XVII, XVIII e XIX.
Tudo isto correlativamente com as outras investigações sobre os meus "Águas" e o refazer de trabalhos antigos (abandonados e agora retomados) sobre os Miranda Henriques, designadamente dos ramos dos Sandomil e dos Sousel.
Já sabe que se eu "topar" com alguma referência que me pareça interessar-lhe, a anotarei para depois aqui lha deixar.
Um abraço,
Filipe Menéndez
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RE: Apenas cumprimentá-lo ...
Caro Filipe Menendez,
Boa tarde. Como Vai?
Faz tempo que não trocamos palavras neste fórum.
Os Vicentes de Colares podem ter raízes em Alcabideche, que tem como santo padroeiro S. Vicente.
Há muita família ali com esse apelido.
Dê-me notícias de Reis, e Vicentes, de Colares.
Um abraço,
Filipe Reis
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