Pericões / Rolões , de Aveiro
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Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel:
Depois da n/ conversa telefónica de hoje aqui o que tenho sobre os Perições / Rolões
Pedro Anes Pericão, o velho, m. 27.08.1575, casou com Antónia Jorge (suponho fª de António Jorge Rolão)
Filhos:
1-Miguel Pires Pericão, cav. fid. e provedor da Miz. em 1590. casou com Isabel Migueis Rangel.
Filhos:
Miguel Rangel - cg em Aveiro
André Migueis Pericão
2- Pedro Anes Pericão, o novo, m. 2.2.1617. casou com Isabel Jorge - Filhos:
João André Pericão n. 26.6.1580 e casou com Leonor Couceiro
António Jorge Pericão, n. 23.8.1586
Maria Jorge, n. 13.8.1588
Manuel Jorge, n. 21.6.1592
3- Maria André Pericoa casou com Miguel André Rolão, e m. 22.7.1594 - Filhos:
Leonor Roloa c.c Rui Lopes de Magalhães, fid. cav.
Catarina Roloa c.c Dr. Pedro Nunes da Costa, desembargador do Paço
Um abraço
Zé Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Não é Pedro Anes Pericão o que eu tenho, mas sim Pedro Anes Caripão. Mas tenho ( !!!):
Isabel Pires Perico ou Pericão, casada com Simão Francisco, pais de Maria de Matos casada com António Miguens em 1693. Todos da Soalheira. Seguem o apelido Matos.
Pedro Anes Caripão, casado em 1633 com Maria Rodrigues, sendo Testemunha Francisco Anes, pais de Gregório Dias Caripão, pai este de Manuel Dias Caripão casado com Maria Fernandes Rolão tb Maria Fernandes Tomé. Será Caripão deturpação de Pericão? Vá-se lá agora saber!
Dá para esclarecer???
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel Rolão:
Dificilmente é que esses Pericões não serão dos de Aveiro.
Como sabe, após o fecho da barra do porto de Aveiro nos finais do sec. XVI a maioria da nobreza aveirense zarpou para outras paragens. Maria André Pericoa que casou com Manuel André Rolão teve uma fª D. Catarina Roloa casada que foi com o Dr. Pedro Nunes da Costa, desembargador do Paço, e deste casal houve vários fos. todos nascidos em Aveiro. de todos se perdeu o rasto, mas receber do ANTT uma hab. do Sto Of. de Manuel Nunes da Costa (fº dos anteriores) descobri que este vivia em 1636 em Tomar onde era " homem principal e fidalgo desta vila" !!. Na verdade o apelido Pericão quase que desapareceu de Aveiro no sec. XVII. Para onde foram eles ? De certo que houve geração de muitos, mas tal como o Manuel Nunes da Costa, estaram por esse país fora.
É mta coincidência estarem juntos os apelidos Pires e Pericão numa só pessoa e essa mesma pessoa não ser parente dos Pires Pericão de Aveiro.
Sobre este assunto vou tentar averiguar mais alguma coisa e depois logo lhe direi.
Um abraço
Zé Couceiro
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
É de admitir a hipótese que refere, sem dúvida.Mas ainda tenho mais duas.
Como sabe, era "normal" um Padre ser colocado numa paróquia qualquer e chamar para junto de si,uma sobrinha (às vezes até mais que uma!)ou sobrinho, que acabava por casar onde o P.e estava e aí deixar descendência. Tenho dois casos desses, um vindo de Sernancelhe, com um sobrinho de 12 anos, e outro vindo de Bobadela, com uma sobrinha de 2, em que o pai era de Óbidos!.Não voltaram ao sítio de origem e ambos deixaram grande descendência. Terá sido o caso do Vigário Francisco Rolão, que faleceu perto da Soalheira em 1609, sobrinho de um Mateus Pires?. Teria sido um militar ou Juiz de fora colocado num dos concelhos, e sendo solteiro aí casou?.
Como já lhe tinha falado, há um Rolão dos de Aveiro, que casou com a filha ou irmã de um Coiceiro, juiz de Fora na Covilhã.Teria algum sobrinho ou sobrinha, por este casamento passado a essa região?
É realmente estranho( ou não)tanto apelido comum. Mas que tb há grandes coincidências, tb é verdade, e pode não passar disso, e a ligação estar noutro lado.
A ver vamos. Assim a Torre do Tombo não dê o dito!
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel Rolão:
Sobre o vigário é dificil dizer alguma coisa.
Sobre o Juiz de Fora na Covilhã - o Lic. António Couceiro da Costa - fº de Thomé André Rolão e de sua 2ª mulher Branca Couceiro - foi casado com Leonor Cardoso de Albergaria e não se conhece geração, tanto mais que seu irmão Pedro foi seu imediato sucessor na administração do vínculo da Morraceira.
O citado Pedro só teve um fº legitimado e que novo rumou para Goa, onde morreu cerca de 1640.
D. Leonor Couceiro da Costa (irmão de António e Pedro) casou com seu primo Lourenço de Carvalho de Menezes, Tentúgal,e tb. não teve geração alguma.
Logo suponho que por esta banda não chegaremos a conclusão alguma.
Um Abraço
Zé Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Eu não me refiro à descendência que indicou, mas sim ao facto de uma família de Aveiro, ter sido ligada a uma que teve um familiar na Covilhã.Pode parecer que o relacionamento já seja anterior.
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel Rolão
Peço desculpa mas não percebi a onde quer chegar.
ZCC
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Não lhe respondi ontem ainda,por não ter visto a sua resposta.
Pelas indicações que tenho, Tomé André Rolão, casou 2ª vez com Branca da Costa Couceiro, filha ou irmã do Juiz de Fora da Covilhã, António Couceiro casado com Leonor Cardoso. Ora pelo menos o pai ou irmão dela esteve na Covilhã.
O que eu pergunto é o seguinte:onde se conheceram?
Já eram todos de Aveiro e António Couceiro foi para a Covilhã, já casado, ser Juiz e voltou a Aveiro?
Ou António Couceiro ou sua mulher tinham família na Covilhã ou arredores, onde tb há muitos Cardosos?
António Couceiro casou na Covilhã?
De onde era Branca Couceiro?
Como não tenho conhecimento dos ramos colaterias de Branca Couceiro, uma das hipótese que tinha posto, era a ligação de Aveiro com a BB através de um (a) familiar de Tomé André Rolão com um (a) familiar de António Couceiro ou de Leonor Cardoso, que trouxesse o apelido Rolão para esta zona.
Tirando esta hipótese, ou a de ter sido um militar ou padre, a trazerem um familiar ou filho ( o que tb não era inédito!), não estou a ver outra. Ou a ligação está ainda acima de Filipe Rolão, e sendo assim...
Espero não ter baralhado mais.
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel Rolão:
A Branca Couceiro (só)foi a 2ª mulher do Thomé André Rolão, fª de António Couceiro, cav. fid. natural de Tentúgal e de sua mulher D. Genebra Fernandes- natural de Vilarinho - Esgueira.
De Branca e Thomé houve o Lic. António Couceiro (n. 1580) que serviu inúmeros cargos entre os quais o de Juiz de Fora na Covilhã (13.04.1618)por um espaço de 3 anos.
Este António casou com Leonor Cardoso de Albergaria, natural e moradora e falecida em Aveiro; deste casal não houve geração que pelo menos perdurasse.
Realativamente aos ramos colaterais da Branca, ela apenas teve um irmão que não casou e não teve geração. Por outro lado o único irmão do Lic. Ant. era o Pedro Couceiro da Costa, que como lhe disse teve geração ilícita e passou a Goa.
Será que o lic. António Couceiro teve geração ilícita na zona da Covilhã, e que assim passou o seu apelido paterno ??
Presumo q. quando o Lic. António Couceiro foi nomeado para a Covilhã era já casado, pois tinha nessa altura 38 anos.
Um abraço
Zé Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Então tb não é por aí, pois por volta de 1580 já os havia na Soalheira.
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel:
Inclino-me para que haja ligação dos Pericões de Aveiro com os da Soalheira, e como os Pericões de Aveiro tinham sangue Rolão....
Um abraço
Zé Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Não sei se os Pericões da Soalheira tinham sangue Rolão, mas que lho meteram na Soalheira, lá isso meteram! :)
Só que destes Pericões, não tenho nada para trás de Isabel Pires Pericão. Vamos ver essa hipótese.
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel Rolão:
tem noticia de algum neto da Isabel Pires Pericão ter sido Fam. do Sto. Ofício ??
Uma leitura atenta ao 1º lv. de baptismos ou casamentos da Soalheira, poderá dar uma pista mto valiosa,do género " Foi testemunha "N" da vila de Aveiro e Isabel Pires Pericão" ou então " foi test. Isabel Pires Pericão natural da vila de Aveiro e ora moradora nesta freguesia"
Enfim, pistas ...
ZCC
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Nunca me tinha preocupado com este apelido, que apareceu e desapareceu práticamente logo a seguir, na Soalheira.Mas nos RP da Soalheira não vêm referências nenhumas a Aveiro. O que sei é que Isabel Pires Pericão, casada com Simão Francisco ( de Matos?), teve uma filha, Maria de Matos, esta casada com António Miguens em 1697, irmão de Helena Antunes casada com João Mendes de Aragão Cabral. Para trás não sei mais nada.
Um abraço
MSR
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel Rolão:
Muito gostaria de saber a referência (Freg/Lv./Fl.)completa do casamento de Isabel Pires Pericão com Simão Francisco, pais de Maria de Matos casada com António Miguens no ano de 1693, na Soalheira.
Um abraço
Zé Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
O casamento de Simão Fernandes com Isabel Pires vem no Livro 1 de Mistos, pag 154, 3º registo.
O casamento de António Miguens com Maria de Matos, vem no Livro 2 de Mistos, 5ª pag a contar do fim, verso, pois não se consegue ver a numeração.
Mas se é para pedir cópias, eu já as tenho e vou mandar-lhas.
Um abraço
Manuel Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel Rolão:
Muito obrg. pela sua atenção.
Bem haja !!
Zé Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caros participantes deste forum:
A informação genealógica sobre os Pericões de Aveiro que não está fundada nos registos paroquias foi inventada pelos genealogistas do século XVIII:
1)A esposa de Pero Anes Pericão, o velho chamava-se Maria Fernandes
2)Pero Anes Pericão, o novo casou a 10-12-1570
Muito mais haveria a dizer e assim farei se vocês virem nisso interesse.
Ao vosso dispor,
Um abraço
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro(a)Mene
Quanto aos Pericões de Aveiro, nada sei. Se no entanto tiver alguma indicação que os ligue a Castelo Novo, ou Aldeias perto, agradecia qualquer informação.
Se foram ou não inventados no Sec XVIII, o problema é de quem o inventou. Por isso há quem tenha credibilidade, e quem não a tenha.
Até no Felgueiras Gaio, só num ramo que me interessava, encontrei 3 erros, quanto ,mais no resto!.
Pelo menos a minha postura nestas coisas de genealogia, é sempre a mesma. Ou há documento, ou não há. Se não houver, depende de quem fornece a informação e de poder ou não confirmar por outras fontes.E mesmo assim!
Aliás o que estava em discussão neste tópico, era a eventual ligação dos Pericões de Aveiro à Soalheira e não a sua genealogia. De qualquer maneira, pela minha parte agradeço a informação. E se me puder localizar um Pedro Anes Rolão ou um Pedro Afonso Rolão, que por volta de 1580 viviam na Soalheira ( Castelo Novo, Beira Baixa), então era ouro sobre azul!
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caros Senhores,
No sec. XVI e XVII, aparecem vários Rolões na cidade de Faro, entre os quais os fundadores do convento de S. António. Não sei se vos dá alguma dica, mas de qualquer modo passo esta informação. Cumprimentos J. Cabecinha.
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro(a) " Mene"
Agardeço-lhe antes do mais a sua mensg., e pela minha parte cá fico a aguardar com atenção as suas informações.
Um abraço
José Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro J. Cabecinha:
Muito lhe agradecia toda e qualquer informação que possua sobre esses Rolôes, de Faro, mas caso não seja abuso utilize o tópico ROLÕES, para que dessa forma fique toda a informação sistematizada.
Fico a aguardar com particular interesse.
~Cumprimentos
José Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caros José Couceiro e Manuel Rolão
A minha investigação tem por fim mapear a Ria e vila de Aveiro até ao final do séc. XVI e para isso consultei, entre outros arquivos, os registos paroquiais de casamentos e óbitos de Aveiro até 1620. De fora ficaram os baptizados e parte do arquivo da Misericórdia, que aqui ou ali terão informações complementares de índole genealógica que desconheço.
Feita esta ressalva, eis a contribuição que, de momento, posso dar a este forum:
1º) Não guardo memória de existir em Aveiro qualquer referência à Soalheira ou a Castelo Novo, mas creio que existe pelo menos uma a Castelo Branco, em meados do séc.XVII, entre os refugiados da guerra da restauração que chegaram a Esgueira. Na primeira oportunidade irei verificar se assim é e logo digo o que encontrei. Note-se que no caso de não residentes Aveiro nem no bispado de Coimbra os registos, frequentemente, indicam a morada com formulas do tipo " do bispado de ...". Por isso, caro Manuel Rolão, como ainda vou conviver mais algumas semanas com os registos paroquias e com umas escrituras de Pero Anes Pericão pedia-lhe que enviasse informações como: qual o bispado; que aldeias ou vilas em concreto devo procurar e ainda os nomes (estes penso que já os indicou ) datas e testemunhas aos actos registados, isto tendo em conta um limite temporal que não ultrapasse muito 1620.
2º) Pericão/Pericoa ou Periquão/Periquoa, é uma alcunha, como tal referida em muitos registos. Também aparece Periquaem, o que deve ser erro, e Periquez o que creio significar que quem o escreveu ainda conhecia a palavra que deu origem ao aumentativo Pericão. Como alcunha que é, pode surgir espontaneamente partir da sua raiz, sem que anteriormente algum familiar fosse conhecido por Pericão, em qualquer parte do país. Ainda hoje há Pericões em Aveiro mas desconheço se descendem dos do séc.XVI.
3º) Os Pericões da 1ª e 2ª geração eram meros mestres e pilotos que acumularam uma fortuna enorme (tinham, por exemplo, a Ilha do Monte Farinha, na Ria de Aveiro) a ponto de alguns dos da 3ª geração terem podido contratar casamentos, no início do séc. XVII, com consortes a que os seus avoengos nem em sonhos aspiravam.
4º) Pero Anes Pericão, o velho, mestre piloto, teve um irmão, cuja viuva faleceu em Aveiro a 6-9-1565. Não consta o nome de nenhum deles.
5º) Creio que Caripão não é deturpação de Pericão.
Por hoje é tudo. Em breve restabelecerei contacto para o assunto dos Rolões.
Saudações
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto:
Muito lhe agradeço a sua mensagem.
Relativa/te aos Pericões e a sua presumível condição social de " meros " mestres-pilotos é que tenho algumas dúvidas se assim fosse:
Miguel Pires Pericão (fº do Pedro Anes - o Pericão)foi provedor da Misericórdia de Aveiro nos biénios 1589/90; 90/91; 97/98, e Manuel Barreira na sua tese de mestrado " Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, Poder, Pobreza, Solidariedade " (Out. 1998) dá-o como cavaleiro fidalgo, sem contudo adiantar fonte documental.
Maria André - a Pericoa - (irmã do anterior) casou com Miguel André Rolão (irmão de Tomé André Rolão, C.F.C.R., Prov. da Mia., vereador da Câmara já em 1555 etc ). Esta Maria André e seu marido são referenciados por todas as testemunhas no proc. hab. sto. of. (ano 1630) do seu neto Manuel Nunes da Costa como pessoas nobres e principais de Aveiro.
Pedro Anes Pericão - o novo - foi aceite como irmão de condição da nobreza da MIA em 09.06.1591
Estes elementos apesar de não ser absolutos para a questão indiciam pelo menos nobreza civil para os filhos do Pedro Anes - o Pericão, o primeiro de que tenho notícia em Aveiro.
Menciona ainda na sua mensg uma escrituras do Pedro Anes Pericão. São do pai ou do seu filho homónimo ?
Por último, para quando notícias da Maria Fernandes, mulher do Pedro Anes - o Pericão ?
Com os melhores cumprimentos,
José Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Couceiro da Costa
Agradeço-lhe a sua amavel mensagem.
Lamento mas só dentro de dois ou três dias terei tempo para voltar com vagar aqui ao fórum.
Telegráficamente: O nome da esposa de Pero Anes consta do assento de casamento de uma sua sobrinha na Vera Cruz de Aveiro, salvo erro em 1604. Não conheço outra referência. As escrituras são do Pericão novo.
Até breve
Com os melhores cumprimentos
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto:
As primeiras gerações que tenho, são as seguintes:
Soalheira ( 20 Km de castelo Branco):
1-Maria Rolão ( com grafias de Rollam e Rellam) casada com Tomé Pires. Este faleceu em 1633, já viúvo.Pais de
2-Leonor Pires Rolão cc Domingos Pires da Fonte
2-Ana Rolão casada em 1625 com Manuel Gonçalves (Preto)
1-Maria Rolão ( Rellam ou Rellam) que casou com Pedro Esteves, pais de
2-Manuel Rolão (Rollam ou Rellam) que casou com Domingas Jorge fª de Custódio Dias e de Mécia Jorge em 1633
1-Maria Rolão ( ou Rellam) que casou com Domingos Dias, pais de
2-Maria Rolão que casou com Manuel Pires Cicioso, pais de
3-João Pires Rolão, nasceu em 1692, cc Isabel Gonçalves Preto
1-Pedro Anes Rolão o Velho ( não sei se é da Soalheira) cc Leonor Fernandes, da Soalheira, pais de
2-João Rolão, nascido por volta de 1620 cc Ana Leitão
1-Pedro Afonso Rolão, irmão de Joana Rolão, cc Isabel Fernandes, pais de
2-Francisco Rolão nascido a 1611
2-Tomé Rolão cc Leonor Domingues, da Soalheira
Castelo Novo ( a 5 Km da Soalheira):
1-Francisco Duarte Fernandes, cc Isabel Fernandes cerca de 1615, pais de
2-Francisco Rolão cc Paula Rodrigues
2-Joana Rolão cc Gregório Pires
2-Ana Rolão cc Manuel Leitão
Póvoa de Rio de Moinhos ( 10 Km de Castelo Branco):
1-Maria Rolão cc Miguel Martins Nunes, falecida em 1639 já viúva. Pais de
2-Maria Rolão, batisada em 1587, cc Antão Fernandes
Tinalhas ( 10 Km de Castelo Branco):
1-Isabel Rolão cc Manuel Antunes, pais de
2-Jorge Antunes Rolão casado em 1619 com Maria Gonçalves, de Cafede
Podemos meter todas estas localidades, incluindo Castelo Branco, num raio de 20 Km. Todas as gerações seguintes, se interligaram, o que me leva a pensar que já o estariam antes.
Penso que o que referiu, em meados do Sec XVII, virá de um destes casamentos e não será portanto ascendente. A não ser que fosse para casa de algum familiar.
Eu sei que Caripão não é deturpação de Pericão. Mas como tenho um Pedro Anes Caripão na Soalheira , quando o José Couceiro da Costa referiu o Pedro Anes Pericão eu confundi-o, aliás o que lhe disse na mensagem seguinte.
De onde eles vieram, eu não sei, mas o que posso assegurar é que não são de geração espontânea, por muito que posa parecer.
Com os melhores cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto
Cá fico mais 2 ou 3 dias à espera de mais noticías suas e da mulher do Pedro Anes - o Perição (o velho)
Obrg.
JCC
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caros José Couceiro da Costa e Manuel da Silva Rolão
Aqui vai, finalmente..., mas só os Pericões e uma Roloa. Contactarei em breve.
Para abreviar as referências, vou adoptar as seguintes abreviaturas: arquivo paroquial da freguesia da Vera Cruz de Aveiro (VC) e da freguesia de S. Miguel de Aveiro (M) seguido do nº do livro e do da folha. Não há referência aos casamentos e óbitos do livro 1 da freguesia do Espírito Santo (1589 a 1516), porque ele não contem qualquer informação de interesse para o nosso assunto. Clarifico que li os registos de óbito da Vera Cruz de 1572 até 1620 e os de casamento de 1572 até 1591, e daí em diante só tenho algumas fotocópias dispersas do livro 15, que vai de 1591 até 1629; de S. Miguel só o livro 17 de óbitos e casamentos entre 1562 e 1582, já que não há outro antes de1650; de premeio não mais que algumas olhadelas aos baptismos, que existem desde 1570, de onde provirão as cotas que vão incompletas.
Pero Anes (ou Eanes) Pericão ou, o Pericão ou, o Pericão velho, era mestre e piloto, ou mestre piloto, vivia em Vila Nova, Aveiro, na parte que veio a integrar, em 1572, a freguesia da Vera Cruz (M17;107) e (VC1;36v;51v), como se presume por nela estar registado o seu óbito a 27-8-1575 (VC1;121) e designou seus testamenteiros os filhos Maria André e Miguel Pires, ambos não nomeados Pericão, mas havia, pelo menos, mais um filho: “testemunha Miguel Pires Pericão e seu irmão Pedro Anes”(VC ;65). Foi vereador da câmara de Aveiro no ano de 1560 ( Francisco Ferreira Neves, A casa e ducado de Aveiro, Arquivo do distrito de Aveiro, vol. XXXVIII, 1972, pág. 180). A 6-9-1565 “faleceu a cunhada de Pero Anes Pericão” (M17;11). Casou com Maria Fernandes, (ver o filho Pero Anes). Filhos:
a) Maria André Pericoa, moradora na Rua Larga, freguesia da Vera Cruz, já enviuvara a 4-3-1571 (M1;22) e faleceu a 22-7-1594, nomeando testamenteiro seu irmão Miguel Pires Pericão (VC15;95v). Casou com Miguel André ( tão só, sem Rolão, salvo se a habilitação de familiar de Manuel Nunes da Costa de 1638 disser diverso; dela só conheço o resumo publicado no Arquivo do distrito de Aveiro, vol. XL, 1974; pág. 139). Tiveram, pelo menos, três filhos: Catarina Roloa, madrinha de baptismo a 17-5-1574 (VC ;11), casou com o doutor Pero Nunes, pais de Manuel Nunes da Costa “natural da vila de Aveiro e morador em Tomar”, como consta da referida habilitação; António Rangel, padrinho de baptismo a 23-9-1581 (VC ;103), faleceu no final de 1608, antes de tomar posse do cargo de vereador da câmara para o ano de 1609 ( Francisco Ferreira Neves, A casa e ducado de Aveiro, Arquivo do distrito de Aveiro, vol. XXXVIII, 1972, pág. 200); Leonor Rangel ( e não Rolão ), “filha que foi de Miguel André e de sua mulher Maria André...já defuntos...”quando casou a 3-4-1595 com “ Rui Lopes de Magalhães, filho que foi de Rui Lopes de Basto e de sua mulher Antónia Pereira, naturais de Coimbra ... testemunhas presentes ... o cónego Jorge de Magalhães, morador em Coimbra e Francisco Tavares e Henrique Esteves da Veiga e outros muitos” (VC15;10v, 11). A mãe não é identificada como “Pericoa”, mas em 8-10-1604 há notícia das casas na Rua Larga “que foram de Maria André Pericoa e que ora são de seu genro Magalhães, morador em Coimbra”(VC15;123v,124) e António Rangel com Rui Lopes de Magalhães, obtiveram uma mercê do rei, na qualidade de proprietários da Ilha de Monte Farinha da Ria de Aveiro, a 5-10-1607 (Milenário de Aveiro, vol. II, 1968, pág.450 ) sendo, por isso, seguro que Leonor Rangel era sua filha.
b) Miguel Pires, ou André (9-4-1581,VC1;72), Pericão, casou com Isabel Migueis (sem Rangel) e é dado como morador na Rua Larga, a 21-7-1577 (VC ;35), junto aos Balcões em 1591 (VC15;4v) e na Rua dos Balcões a 4-7-1601 (VC15;25), que ficava na freguesia de S. Gonçalo, da qual não há registos paroquiais anteriores ao séc. XVIII, o que limita muito o acesso a informações fiáveis sobre os seus habitantes. É muito provável que este seja o Miguel Pires, filho de Pero Anes, que em 18-2-1552 era mestre de uma nau de duas cobertas e 130 toneis, que estava “no estaleiro para botar” à água, de que o pai era senhorio (ANTT, Corpo Cronológico, parte I, maço 87, doc.115) e o escrivão, a 7-7-1577, da confraria de Nossa Senhora de Sá, sendo “que somente podiam servir de juiz, mordomo ou escrivão, confrades que fossem pescadores ou mareantes, ou que já o tivessem sido” (Francisco Ferreira Neves, A confraria dos pescadores e mareantes de Aveiro, Arquivo do distrito de Aveiro, vol. XXXIX, 1973, pág. 249). Foi vereador da câmara de Aveiro no ano de 1580 (Livro dos Acordos da Câmara de Aveiro de 1580, transcrição de Francisco Ferreira Neves, edição da Câmara Municipal de Aveiro, 1971, pág. 48 e seguintes) e provedor da Misericórdia de Aveiro em 1589/90, 1590/91 e 1597/8 (Manuel Barreira, Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, 1998, pág. 198; na mesma pág. é registado em 1592/1593 um irmão da Misericórdia de “baixa condição” chamado Pedro Lopes Pericão que não sei quem seja: erro de leitura?; descendente de um escravo de algum dos Pericões?; o primeiro de uma nova “linhagem” de Pericões?). Um filho, Miguel Rangel, casou na Vera Cruz, em vida de seus pais, com Maria de Barros a 4-7-1601 (VC15;25).
c) Pero Anes Pericão, morador na parte da Rua da Fontinha que ficou para a freguesia da Vera Cruz era mestre e piloto (ver abaixo) e faleceu a 2-2-1617, ficando a mulher por testamenteira (VC15;135v). Casou com Isabel Jorge a 10-12-1570: “recebi a Pero Eanes, filho de Pedro Anes, de Vila Nova e de Maria Fernandes com Isabel Jorge, filha de Sebastião Jorge, da Ribeira e de Isabel Afonso, sua mulher. Testemunhas: Tomé André, o velho e Lançarote Ribeiro e a mulher de André Falcão e outros muitos” (M17;109). Se dúvidas há, devido à ausência da alcunha, elas são removidas nos registos de casamento da sua sobrinha, por parte da esposa, Isabel Jorge e dos pais desta: a 10-1-1604 Bartolomeu da Silva, sirgueiro, casou com “ Isabel Jorge, filha de António Simões e de sua mulher Maria Jorge, já defuntos, moradores que foram no Alboi, freguesia de S. Miguel (de Aveiro); ela era moradora nesta freguesia (da Vera Cruz) em casa de Pero Anes Pericão, seu tio” (VC15;28v) e a 6-4-1566 esse António Simões (apelido assaz raro na época, em Aveiro) “filho de Maria Alvares, da Ribeira” casou com “Maria Jorge, filha de Sebastião Jorge, da Ribeira” (M17;158v). Uma prova adicional: numa escritura de 2-5-1585 em que Pero Anes Pericão, mestre piloto e sua mulher Isabel Jorge compram 3 meios e 1 quarteirão de uma marinha na Remelha é testemunha “Sebastião Jorge ... mestre piloto e pai da dita compradora” (Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, maço nº 39, documento avulso não numerado); este Sebastião Jorge, da freguesia de S. Gonçalo foi testemunha de casamento a 6-1-1567 (17;156v) e será o senhorio e mestre de uma nau de duas cobertas, de 150 toneis e 4 anos de idade, o 3º maior barco de Aveiro em 1552 (ANTT, Corpo Cronológico, parte I, maço 87, doc.115). É possível conhecer o elenco completo dos filhos deste Pero Anes, porque há registos paroquiais de baptismo da Vera Cruz desde 1572 e antes destes os de toda a vila desde 1570, no Arquivo Distrital de Aveiro. Creio que isso ainda não foi feito. Uma filha, Isabel Jorge (mais uma!) casou em 1612.
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Meu caro Amigo:
Antes de mais os meus agradecimentos pela sua completa e exaustiva resposta e esclarecimentos.
Verifico que o seu método é semelhante ao meu; já li tb. VC 1-8 ; 15-18 ; 23-28 S Miguel 1-6 ;17-19 ; 22-23 Esp. Santo 1-4 ; 17
e sobre estes livros caso lhe possam ser úteis estão ao seu dispor os meus apontamentos.
Relativamente aos filhos de Pedro Anes - o Pericão - (o velho)
a) Maria André Pericoa - assim vem referenciada a 05.11.1587 (M3;106) casou com Miguel André Rolão, que apenas usava Miguel André, mas na justificação de nobreza que fez Manuel Rolão (neto de Tomé André Rolão - o velho ou o rico)em 1635 diz ser neto do dito Tomé André Rolão neto por sua vez do fidalgo aveirense Felipe Rolão, e do dito seu avô é irmão Manuel André que teve duas filhas uma Catarina Roloa casada com o Dr. Pedro Nunes da Costa, desembargador do paço, outra de nome Lianor Roloa casada com Ruy Lopes de Magalhães irmão do Dr. Fernando de Magalhães, do conselho de Estado em Madrid. O próprio Tomé André Rolão assinava só Tomé André e como tal era conhecido pois o próprio D. António Prior do Crato assim só o tratava.
Quanto ás filhas da Maria André Pericoa a Catarina sempre usou ROLOA, a Lianor apenas usou RANGEL no seu casamento, pois já no bap. do seu fº Jorge (VC3; 126) aparece como "donna Lianor Roloa" ; o mesmo se verifica em (M3; 86v) e (M3; 106)
b) - Pedro Anes Pericão - teve um fº chamado Jõão André Pericão que casou a 09.01.1621 - São Miguel - com Leonor Couceiro.
A título de curiosidade a Isabel Jorge que casou com o Bartolomeu da Silva, sirgueiro, foi bapt. a 25.09.1584 (M3; 62) (o seu pai António Simões era mestre-piloto e morador no Alboi) sendo seu padrinho Bartolomeu Jorge, mestre-piloto, fº de Sebastião Jorge, morador nos Balcões.
Por fim quanto ao Pero Lopes (irmão de menor condição da MIA) o seu nome é Pero Lopes Perilham (Arq. Miser. de Aveiro - cota 337; fls 39)
Sempre ao seu dispôr
José Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caros José Couceiro da Costa e Manuel da Silva Rolão
Aqui vão os Rolões que conheço.
Catarina Roloa, filha de Miguel André, já falecido a 4-3-1571 e Maria André Pericoa falecida a 22-7-1594, moradores na rua Larga, freguesia da Vera Cruz de Aveiro, casou em data desconhecida com o doutor Pero Nunes e viveram em Aveiro, como ficou dito nos Pericões. Entre os netos conhecidos do Pericão velho, só ela tinha o apelido Rolão e é licito admitir, como hipótese de trabalho, que assim era por o pai, Miguel André, ter uma ascendência que lhe tivesse permitido usa-lo, ainda que o não tenha feito, como não fez, nos documentos em que figura.
Como foi madrinha de baptismo a 17-5-1574, é provável que seus pais se tenham casado antes de 1560 e pertencerá a uma geração anterior aos que se seguem.
João Jorge Rolão, mestre piloto, morador na rua de Santa Cruz, freguesia da Vera Cruz de Aveiro faleceu a 31-1-1583 (VC1;134) ficando por testamenteira “a sua mulher (Guiomar de Madaíl) e não querendo ela a sua filha Maria Roloa e não querendo ela sua filha, a cada um de seus irmãos”(VC1;134). Maria Roloa única herdeira, como se viu, casou a 3-12-1580 com Pero André perante o testemunho do padre Pero Vaz e de Francisco João, pedreiro (VC1;70). João Jorge Rolão redigira o seu testamento a 15-9-1574 quando ainda estavam vivos vários irmãos entre eles Fernão Jorge e, creio, a Antónia Jorge que vai abaixo, identificando-se como primo do padre Gabriel Gonçalves (José Reinaldo Rangel de Quadros, Aveiro, origens, brasões e antigas freguesias, Aveiro, Paisagem Editora, 1984, pág. 65 e 66) -- falecido a 16-11-1581 (VC1;132v) e irmão de Afonso Gonçalves -- e nele mandava ainda ser enterrado na sepultura de
António Jorge, seu irmão, já defunto, portanto, a 15-9-1574, e dizia ter meios da marinha Pinta misturados com
Fernão Jorge, seu irmão que, creio, era o marido de Maria Matosa, moradores na freguesia de S. Gonçalo e ambos já falecidos quando a filha Isabel Jorge casou a 28-1-1582 com Jerónimo André, filho de André dias Penteado, mestre piloto, da Rua de Santa Cruz, enlace esse testemunhado por “João Jorge, tio da noiva, e Roque André, e todas as mais criaturas da freguesia ( da Vera Cruz)” (VC1;133).
Antónia Jorge, sua irmã, casada com o referido Roque André, piloto (VC1;?), moradores na Rua de Santa Cruz, freguesia da Vera Cruz, faleceu antes dele, a 26-8-1587 e deixou por testamenteira “sua filha Antónia Roloa, solteira, e por herdeira de sua terça” (VC1;143), pelo que, como ela casou a 15-1-1584 com Miguel Jorge, filho de Jorge Gonçalves e de Andresa Henriques, já defuntos, na presença de “Gaspar Cardoso e Braz Gonçalves e Miguel André e Manuel Chamorro e João Pires, da Misericórdia e outros muitos” (VC1;81) deduz-se que o seu testamento foi redigido antes de 1584 e ela não teria outro descendente. Casada, Antónia Roloa foi morar para a Rua Larga, da mesma freguesia, e pouco sobreviveu à mãe, porque faleceu a 4-3-1588 e “mandou-se sepultar na igreja de S. Domingos, com a mãe de seu marido ou avoo (sic)” (VC1;144).
Dever-se-á ler avó ou avô? A ser avó, o “ou” é conjuntivo, isto é, a mãe do seu marido era, simultaneamente, sua avó? Se este for o caso, é plausível que João Jorge Rolão, António Jorge e Fernão Jorge, sejam filhos de uma primeira esposa de Jorge Gonçalves, sogro de Antónia Roloa e simultaneamente seu avô por a mãe, Antónia Jorge, ser fruto de um seu segundo casamento, o que abriria uma janela de ligação para estes Rolões serem primos do padre Gabriel Gonçalves, como o testamento de João Jorge Rolão declara, sendo Jorge Gonçalves irmão de um dos pais de do padre.
Fernão André Rolão: assiste à aclamação de D. António prior do Crato em Aveiro a 4-7-1580 (Livro dos Acordos da Câmara de Aveiro de 1580, leitura de Francisco Ferreira Neves, edição da câmara municipal de Aveiro, 1971, pág. 78). Irmão de Antónia Roloa? Irmão do Miguel André pai de Catarina Roloa? Não há outra referência.
Saudações
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto
Quanto a Guiomar de Madaíl, terá, por acaso, dados sobre sua ascendência?
Melhoresa cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Só agora me apercebi da amável mensagem que me enviou ontem. É muito estimulante, como sabe, depois de dedicarmos tantas horas a desvendar os segredos dos mortos, podermos trocar impressões com os vivos que compreendam do nosso trabalho. Agradeço-lhe, encarecido, as informações que me envia, bem como a oferta de colaboração. Também pela minha parte, toda a documentação e informação que detenho estão ao seu dispor. Vou agora cruzar a nova informação com a que já tinha e logo lhe direi algo.
Se me enviar o seu email para gautier_neto@hotmail.com terei todo o gosto em enviar-lhe os ficheiros originais em word que são muito mais legiveis porque as formatações perdem-se ao colar na caixa do fórum.
Esqueci-me de referir que no que toca aos casamentos de S. Miguel em que há aquela trapalhada toda de folhas com dupla numeração e com uma na frente e outra no verso eu fiz uma numeração nova para me entender no meio daquela confusão toda. Isso faz com que no final do livro cheguem a haver diferenças até, salvo erro, 4 folhas entre a referência que enviei e a numeração do livro. Vou fazer a grelha de correspondência e logo a porei no fórum.
Um abraço
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto:
Agradecendo-lhe as suas amáveis considerações, vejo pela mensg. a que respondo, que na sua meng. das 17.12 H ainda não tinha lido a minha.
Quando ao apelido Rolão nas filhas da Pericoa suponho que não restem dúvidas sobre o uso do mesmo cf. as indicações que dei. Atente uma vez mais que tanto o Tomé André (cav. fid) como seus irmãos Miguel André e Pedro André, apenas usavam o nome sem o apelido Rolão; todos eles eram filhos de Pedro André Rolão e de sua mulher Leonor Annes.
Quanto ao Fernão André (Rolão) por si citado os registos paroquiais apenas vem como FERNÃO ANDRÉ ou Fernão André Migalhas, sendo certo que ele é filho de André Afonso - o Migalhas - e todos os seus filhos ficaram com a alcunha de migalhas como apelido; assim acontece com Diogo André Migalhas, Manuel André Migalhas, Tomé André Migalhas, Maria André Migalhas, Inês André e Antónia André. Este Fernão André assiste à aclamação de D. António e na acta vem referido como testemunha " Fernão André (rolão ??)" sendo no entanto certo que o Fernão André foi enforcado por D. António a 11.09.1580 aquando da sua violenta entrada em Aveiro. Presumo que os Migalhas e os Rolões sejam da mesma gente, o francisco de Moura Coutinho dá o André Afonso - o Migalhas - como irmão do Tomé André supra citado; nada encontrei que me confirme isso, contudo o Luis da Gama dá os Migalhas como Rolões, mas todo o cuidado é pouco ...
Os próprios filhos do já citado Tomé André apenas usavam e assinavam Pedro André e Matias André, sendo que o fº varão do Pedro usava Manuel Rolão e uma das filhas do Matias usava e assinava Joana Roloa.
Tb nunca consegui fazer a ligação do João Jorge Rolão com o tronco que tratamos de Rolões.
O meu mail é Josecouceiro@mail.telepac.pt e está ao seu dispôr.
Na próxima quinta feira (19) irei ao Arq. Dist. de Aveiro. Talvez nos possamos encontrar nessa altura.
Um abraço
José Couceiro da Costa
P.S. a minha varonia é Rolão (Felipe Rolão)
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Embora cagareu de gema, vivo "exilado" em Lisboa há mais de 30 anos. No entanto devo ir a Aveiro brevemente e quando for aviso-o, e terei todo o gosto em que falemos pessoalmente. Alias, como o Arquivo da Misericórdia é um pouco esquerdo, e bem, a deixar tirar fotocópias terei todo o gosto em lhe oferecer na ocasião uma cópia das escrituras do Pero Anes Pericão. Já enviei os ficheiros. Espero que cheguem em condições.
Um abraço
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto
Muito lhe agradeço os fich. q. me enviou.
Lamento o seu "exílio" na capital mas estou certo que em breve poderemos conversar sobre estes assuntos.
Amanhã vou a Aveiro e tentarei adiantar mais alguma coisa sobre este nosso assunto. Os Pericões apenas os tinha tratados de uma forma superficial, mas confesso que o assento de casamento do Pedro Anes Pericão - o novo - tinha-me escapado.
Caso tenha necessidade, estou a sua disposição para qualquer dúvida que possa ter sobre este ou aquele assento - não hesite em telefonar-me para o Arq. de Aveiro. TELM 932671231
Fico a aguardar o seu comentário a minha mensagem sobre os filhos do Pericão - o velho -
Um abraço amigo
José Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Meu caro amigo, não foi só a si que escapou. Tambem a mim durante mais de dois anos. De cada vez que fazia uma consulta ás fotocópias e passava nessa folha ficava a dar voltas à cabeça a pensar como é que podia provar que era o casamento do Pericão, porque o casamento tinha tudo certo...,excepto que faltava o apelido, no pai e no filho. Se ao menos fosse possivel saber o nome da esposa do Pericão velho, mas ela não é referida em lado nenhum... (conforme percebeu da minha primeira intervenção neste forúm não dou qualquer crédito aos genealogistas de Aveiro; voltarei a este tema brevemente com um exemplo que vem nas enciclopédias). Só no Natal passado quando fui ao arquivo fazer uma busca nos casamentos da Vera Cruz para recolher informações toponímicas, é que dei de caras com o casamento da sua sobrinha e encontrei a prova por uma via inimaginável.
Volto-lhe a manifestar o meu agradecimento pela sua disponibilidade de colaboração. O meu telm. é 919433765 e queira dispor dele com a mesma liberdade que me concedeu. Normalmente a altura em que estou mais disponivel é aos fins de semana à tarde, mas isso não o iniba de contactar numa outra ocasião.
Claro que irei comentar as informações que me enviou e, além disso, eu quero pedir-lhe alguns esclarecimentos. Mas necessito de cruzar as informações com as que já tinha, e de ponderar quais são as perguntas certas. Talvez no fim de semana eu esteja pronto. OK?
Um abraço amigo
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Artur Camisão Soares
Não conheço a ascendência de Guiomar de Madaíl.
Tenho algumas informações sobre duas sobrinhas suas que poderão auxiliar nas buscas e que lhe enviarei brevemente.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando
Agradeço-lhe, então, o envio das citadas informações.
Melhores cumprimentos
Artur João
arturcamisao@netcabo.pt
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto:
Antes de mais deixe-me dizer-lhe que já a 13.07.1999 procurava o casamento do Pedro Anes Pericão - o novo - !
Como já lhe tinha dito hoje estive no A.D. Aveiro.
Tornei a ler o Lv. 1º da VC procurando mais algum elemento que possa ter escapado, e então apontei n assentos de Pericões como padrinhos e testemunhas; a Maria André (fª do Pedro Anes - o pericão) aparece umas vezes como Maria André Pericoa, outras vezes como Maria André, dona viúva, Pericoa, outras ainda como Maria André, dona viúva, irmã de Miguel Pires Pericão.
O Pedro Anes Pericão o novo vivia com a sua mulher Isabel Jorge na rua da Fontinha.
Vou-lhe enviar para o seu mail um assento que nos poderá dar um outro filho ao Pericão - o velho -
VC1; 64v - Recebimentos
Fernão Anes, fº de Pedro Anes e de sua primeira mulher Violante Frz, já defunta, da freg. de S. Gonçalo, rua que vai para S. Roque, com Maria Frz. fª de Simão Pires e de sua mulher Isabel Frz, já defuntos da freg. de S. Vicente de Pereira (Ovar).
TESTEMUNHAS: Miguel Pires Pericão e seu irmão Pedro Anes.
outro assento:
VC1; 83v - Recebimentos
Martim João, fº de Martim Afonso, já defunto, e de sua mulher Isabel Anes, moradores em S. Martinho de Salreu, com Lianor André, fª de Brás Alvares, já defunto, e de sua mulher Maria Pires, de S. Martinho da Gandara.
TESTEMUNHAS: António Rangel, Miguel Pires Pericão, Maria André, Pedro Anes Pericão.
Por último só tornei a encontrar o bapt. de João André, fº do Pedro Anes Pericão e de sua mulher Isabel Jorge (VC1; 67)
Um abraço amigo
Zé Couceiro da Costa
P.S. - Tem alguma nota sobre um Manuel Chamorro cuja mulher morreu na Vera Cruz em 1581 e foi a enterrar em S. Domingos - suponho ser familiar de Miguel Chamorro casado que foi com Felipa Ribeiro, todos de Aveiro.
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro:
O conde da Borralha tem um estudo sobre os Chamorros, que publicou no Arquivo do Distrito de Aveiro ( vol. III, 1937; pág. 105 a 115 e 281 a 288 ) que é a todos os títulos notável. Por ele fica-se a saber, com base em documentos que transcreve, que a 25-10-1584, o rei D. Filipe “ havendo respeito a Miguel Chamorro ... proceder bem” opondo-se à entrada de D. António prior do Crato em Aveiro “com seus parentes e filho” e de na entrada lhe “darem uma arcabuzada de que o feriram na mão direita e no pescoço e assim ferido ser preso e levado à cadeia, onde morreu” dos ferimentos, factos que fundamentaram um alvará do mesmo rei , de 6-12-1584, concedendo mercês à esposa, Leonor Gomes, e às duas órfãs mais velhas, ocorrências estas que, é obvio, ainda que não referido, foram apuradas em inquérito prévio. O Manuel Chamorro que surge na mensagem de 16-4-2002 é este filho não nomeado, porque não há evidência de haver outros Chamorros em Aveiro.
Mas, adiante. Em 1602, depondo na justificação de nobreza de um genro de Miguel Chamorro, testemunhas presencias da tomada de Aveiro por D. António reafirmaram, quase palavra por palavra, as circunstâncias da morte dele na cadeia. Acontece que o prior do Crato fugiu de Aveiro para o Porto cerca de 25-9-1580 ( Aníbal Fernandes Tomás e Marques Gomes, O prior do Crato em Aveiro, Aveiro, 1894, pág. 101 e 102) onde foi definitivamente derrotada (no continente) em 21-10-1580 e, por outro lado, na freguesia da Vera Cruz, a 22-10-1580, faleceram dois soldados, um tudesco e outro castelhano (VC1;129) do exército de D. Filipe I e é sabido que o prior quando fugiu levou consigo toda a pólvora da vila (( Aníbal Fernandes Tomás e Marques Gomes, O prior do Crato em Aveiro, Aveiro, 1894, pág. 89 e 90). Ora, Miguel Chamorro faleceu a 8-11-1580 (VC1;128v) e, assim, das duas uma: a vila de Aveiro resistiu, no mínimo, 18 dias ( entre 22-10 e 8-11 ) às tropas castelhanas, tendo sido o derradeiro indomável reduto de D. António no continente, algo insuspeito até hoje, ou todas as testemunhas presenciais de 1584 e 1602, juraram em falso afirmando que ele faleceu na prisão para criarem um nexo de causalidade indiscutível entre os ferimentos e a morte. Cada um ajuizará por sua cabeça mas, a meu ver, as testemunhas mentiram sobre o local , e isso subentende a data, da morte, o que prova por um lado o prestígio e influência da família Chamorro e por outro, que os registos paroquiais devem prevalecer sobre todos os outros.
Este é, meu caro amigo, o meu (não) comentário às informações sobre Andrés que eram Rolões, mas de que eu e você conhecemos dezenas ou centenas de referências em que eles não usaram uma única vez esse apelido e à credibilidade das testemunhas dos inquéritos que se faziam nessa época. Mentiam sempre? Certamente que não. Como saber quando falavam verdade? Não sei. Mas, se as respostas forem, testemunha a testemunha, rigorosamente iguais, uma coisa é certa, elas só assinaram por baixo, de cruz (literalmente, porque raríssimas sabiam ler ou escrever) e o que ficou escrito foi aquilo que o inquiridor achava “politicamente correcto”, nem mais nem menos.
Se assim é com testemunhas presenciais, imagine-se quando a fonte é um genealogista de Aveiro. “Miguel Rangel, solteiro, filho de Mateus Fernandes” foi padrinho de baptismo na Vera Cruz a 14-9-1580 (VC1;69) e faleceu em Lisboa em agosto de 1583 (VC1;135). Pero de Frias, escrevendo nos últimos anos do séc. XVI, precisa que foi enforcado no castelo de Lisboa, depois do S. João de 1583, por ser partidário de D. António (Mário Alberto Nunes da Corta, Crónica de el-rei D. António por Pero de Frias, Universidade de Coimbra, 1955, pág. 346 e 348). Não obstante, os genealogistas de Aveiro dizem que este Miguel Rangel foi o 7º e último bispo de Cochim (desde logo falso, por os haver até ao séc. XX), o qual foi nomeado em 1631!
Um abraço
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro e restantes participantes no Fórum.
Conforme prometido aqui ficam as equivalências para as quotas de S. Miguel.
O livro 17 da freguesia de S. Miguel de Aveiro é o registo paroquial mais antigo de todos os existentes para Aveiro. As suas folhas são numeradas na frente até à 90 e no verso em todo o livro. Aparentemente ambas as numerações são do mesmo punho, António Alvares Varejão, vigário de S. Miguel, mas só coincidem das folhas 28 a 54. Segui a numeração na frente até à folha 68 e aí, não me apercebendo que tinham desaparecido as 69 e 70 ( 71 e 72, no verso), prossegui uma numeração sequencial própria, que conduziu às diferenças em relação à numeração no verso, única original e que abrange todo o livro, que assinalo no seguinte quadro:
Numeração no verso da folha 73 a 87 89 a 91 92 a 94 95 a 126 128 a 130 131 a 134 139 143 a 177
Numeração que usei
-4 a) -5 b) -2 c) -1 d) -2 e) -1 f) -1 g) -4 h)
a) A folha central desapareceu e com ela as meias folhas numeradas 69 e 70 (frente) ou 71 e 72 (no verso). Perderam-se os casamentos entre 27-4-1578 e 29-5-1578, “dia de Corpos Cristo”.
b) Falta a folha numerada 86 na frente e 88 no verso. Não posso saber se é uma lacuna na minha colecção de fotocópias, porque não sei onde pára, hoje, o livro.
c) A folha numerada na frente com o número 90 e verso 92, abre um novo caderno e é a última numerada na frente .Segui a previsível numeração na frente.
d) Erro meu, porque saltei a minha numeração de 92 para 94.
e) Falta-me a folha 127 da numeração verso; é provável que estivesse em branco.
f) Erro meu, porque saltei a minha numeração de 128 para 130.
g) Não tenho fotocópias das folhas numeradas no verso nº 135, 136, 137 e 138; presumo que estavam em branco, mas desconheço o actual paradeiro do livro.
h) Faltam as folhas numeradas no verso com o nº140, 141 e 142. Perderam-se os casamentos entre 29-11-1562 e 14-2-1564.
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caros participantes no Fórum
A tabela que acabei de enviar desformatou-se ao copiar para o Forum. A si, caro José Couceiro, vou-lha enviar para o seu mail. Se algum outro participante o desejar farei o mesmo.
Saúde a todos
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Artur Camisão Soares
Guiomar de Madaíl tinha duas sobrinhas (José Reinaldo Rangel de Quadros, Aveiro, origens, brasão e antigas freguesias, Aveiro, Paisagem Editora, 1984, pág. 65 e 66), Jerónima de Madaíl, já casada a 13-5-1593 com André Gomes, mestre piloto, e Maria de Madaíl filha ( esta e, creio, a anterior, tão raro é o apelido ) de Mateus Dias, cordoeiro e de sua esposa Inês Dias, da rua do Campo que casou a 15-8-1574 com António Henriques, de Macinhata (M17;133v) e faleceu no início de outubro de 1616 na freguesia do Espírito Santo de Aveiro (ES1;153).
Mateus Dias, cordoeiro, falecido em novembro de 1564 (M17;8v) e Inês Dias tiveram pelo menos mais três filhos, a saber: Diogo Dias que casou a 18-5-1564 com Filipa de Lemos, (M17;140); Afonso Dias, viúvo, que casou a 20-10-1578 com Branca Gomes, viúva, filha de Gomes Afonso e Maria Gomes (M17;70); Domingos Dias, testamenteiro da mãe, Inês Dias, da rua do Campo, falecida a 7-7-1575 (M17;41v).
Assim, a ascendência de Guiomar de Madaíl talvez usasse o apelido Dias e/ou fosse originária de Madaíl.
Uma busca nos registos de baptizado dos filhos destes casais, tendo particular atenção aos padrinhos e madrinhas, era a primeira linha de investigação que eu seguiria. Depois Madaíl, mas não sei se há registos desta época, e os arquivos da Misericórdia de Aveiro.
Este é o contributo que posso dar para o progresso da sua investigação.
Se tiver a gentileza de me manter a par da evolução do seu estudo terei todo o gosto em partilhar consigo as informações que detenho e sejam relevantes para o seu trabalho.
Disponha sempre,
Um abraço
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando
Obrigadíssimo pela resposta. Vou investigar, principalmente em Aveiro: quando tiver notícias, comunico.
Um abraço
Artur João
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto
No traslado do 5º Livro de Baptismos de S. Miguel (Aveiro)- feito pelo linhagista(!) Luís da Gama refere que:
Fl. 11 (ano de 1594) se diz que Isabel Jorge Roloa, fora filha de Pedro Anes Pericão.
A ser verdade o traslado em que ficamos ???
Um abraço
José Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando:
Se poucas dúvidas haviam sobre a filiação do António Rangel, após a leitura da carta de perdão que lhe enviei, depois do q. encontrei em VC 2; 45v passou a ser uma verdade:
Bap. - Manuel fº de Domingos João e de s.m. Maria Martins - Padrinho - António Rangel, solteiro, e fº de Maria André Pericoa, moradora na Rua Larga.
Encontrei tb mais alguns fos do Pedro Anes Pericão e da Isabel Jorge.
Relativamente ao Fernão Anes, que se coloca a hipotese de ser irmão dos pericões, encontrei um assento de bap. de seu 1º filho de nome Pedro (!) sendo que os padrinhos são Miguel Pires Pericão e a sua cunhada Isabel Jorge.
Um abraço
Zé Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro da Costa
Não faço comentários, mas estou atento a ver se alguma coisa me possa dizer respeito. Vai ser difícil, embora os Anes me andem a fazer confusão. Quanto ao resto, sabe alguma coisa de concreto?
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto
O bispado que me interessa é o da Guarda, dado que na altura não existia o de Castelo Branco. Um dos Rolões onde estou parado, é Pedro Anes Rolão, que viveu na Soalheira e deveria ter nascido por volta de 1580. Há outro Pedro Anes Rolão, em Penela ( meio caminho entre Aveiro e Tomar), que deve ser de uma geração anterior e de quem não tenho elementos que me permitam ligá-lo ao da Soalheira. Seria possível terem passado os de Aveiro a Penela? O outro, Pedro Afonso Rolão, da mesma geração, pai de Tomé Rolão, tb não sei de onde veio.
Cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando:
Como ficou dito na minha última mensg. existiam simultaneamente em Aveiro 2 Antónios Rangieis; um fº da Maria André Pericoa, e um outro fº do Miguel André Pericão.
Qual destes Antónios casou com Catarina Correia da Veiga e Quadros, e qual deles foi o que morreu a 31.03.1608 - S.Miguel ??
Terá por ventura alguma informação sobre esta dúvida ??
Umm abraço
Zé Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Teve a enorme gentileza de me enviar fotocópias dos apontamentos que Luís da Gama colheu, no século XVIII, nos livros de registo paroquial de baptismo da então freguesia de S. Miguel de Aveiro, dos quais só sobreviveu o actual livro 1 de S. Miguel.
Só agora tive tempo para confrontar as notas de Luís da Gama com a minha cópia, parcial, desse livro 1 de S. Miguel, que ele designa por livro 2 dos baptizados (fls. 130v do seu manuscrito).
Luís da Gama elegeu 15, por entre as centenas de baptizados registados no livro, como fontes do seu trabalho.
Desses 15 registos, tenho fotocopias de 11 e, recorrendo a elas, posso confirmar a exactidão do nº das folhas e da data dos baptismos e bem assim dos intervenientes de 8 desses 11. Mas, no 1º registo seleccionado o padrinho é André Dias Cardoso Soeiro e o “genealogista” renomeou-o André Dias Cardoso Soeiro de Albergaria; no 10º, o pai foi Henrique Esteves, que o “genealogista” converte em Henrique Esteves da Veiga e, logo a seguir, no 11º, Gaspar Dias foi transformado num tal Gaspar Dias Ribeiro .
Procedendo desta forma, acrescentando apelidos criteriosamente, é possível ter prova genealógica de tudo o que se preconcebeu. Infelizmente, está em voga o argumento “não recuse à partida uma ciência que não conhece”, com a sua lógica de inverter o ónus da prova de quem afirma para quem escuta, e com isso o crédito das genealogias “criativas”.Atente-se ainda no seguinte:
a) Alem de apelidos, Luís da Gama acrescentou informações que de todo não podiam constar nos registos como, por exemplo, na folha 129v do seu manuscrito, em que refere o baptizado de Maria e remata dizendo “e esta Maria foi irmã do licenciado Gaspar Moreira” e logo no assento seguinte em que a baptizada tem o nome de “Jerónima Soeiro Cardoso de Albergaria”, quando é sabido que no baptismo a criança só recebia o seu nome próprio;
b) Luís da Gama conjugava levianamente o verbo ser, o que torna imprudente recorrer ao tempo verbal para concluir da morte do marido, pai, mãe, etc., ao contrário do que acontecia com o original, porque os párocos conjugavam-no com critério. É o que acontece, por exemplo, na folha 130 do seu manuscrito onde Luís da Gama se abonou na folha 182v de um dos livros desaparecidos, onde “se diz que Miguel Chamorro fora casado com Leonor Gomes a 13 de Agosto de 1570”, sendo esta data, obviamente, a do baptismo onde recolheu a informação. Ora, Miguel Chamorro faleceu em 1580 (VC1;128v) e, na terminologia do século XVI, “fora casado” significa que Leonor Gomes já estava viúva de Miguel Chamorro a 13-8-1570!
c) Luís da Gama não tomou nota de todos os filhos de cada casal que estudou, como é o caso, por exemplo, de Manuel André e Isabel Couceira que tiveram uma filha, Antónia, em Junho de 1572 (M1;73) que ele não refere, embora diga na folha 132 dos seus apontamentos, citando um livro hoje desaparecido, que Leonor, filha desse casal, foi baptizada a 7-9-1583.
Percebe-se, pelo que fica dito, porque razão Luís da Gama fez genealogias quase sem referencia a datas e fontes, apesar de ter abundância de umas e outras: se as divulgasse, o conteúdo do seu manuscrito seria desacreditado pelo primeiro que o lesse.
Luís da Gama sabia ler a caligrafia do século XVI, o que não é irrelevante (Marques Gomes mal a lia, por exemplo) e para o bem e o mal estes seus apontamentos são o único testemunho, embora faccioso, dos arquivos paroquiais já desaparecidos. Só o confronto com fontes existentes, poderá estabelecer os limites em que é utilizável.
Um abraço,
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto
O tempo dos verbos é realmente muito importante. O " fora casado " pode tb querer dizer " estaria casado ", sem estar viúvo. A diferença está no tempo utilizado por quem escreveu, e por quem leu. Mesmo nos óbitos, normalmente usado o termo " casado que foi com " ou "mulher que foi de ", por vezes não são viúvos. Pode-se muitas vezes confirmar o estado, quando no testamento deixam missas " por alma de". Ou então pelas datas dos segundos casamentos, muito frequentes na altura.
Sem querer ensinar o Padre Nosso ao Cura,
cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel da Silva Rolão
Em primeiro lugar peço-lhe desculpa por ainda não ter acusado a recepção de qualquer das mensagens que me enviou.
Tenho sempre presente as informações que me enviou sobre os Rolões que procura mas até agora nada encontrei, e ainda não tive tempo para ir ver a Esgueira os refugiados que, de memória, creio que eram de Castelo Branco.
Agradeço-lhe o cuidado que teve em criticar a minha última intervenção neste fórum.
Tem toda a razão no que diz sobre os óbitos. Aí, "mulher que foi" pode estar/abreviar "que se foi desta vida presente" e por isso significar que deixou de ser "mulher de "porque acabou de falecer e não que era viúva à data da morte. Mas o mesmo não se passa com os casamentos e os baptizados, onde por vezes, embora raramente, o padre, por desleixo, não assinala o estado de viuvez dos homens, ou no caso de casamento entre viúvos não refere o estado de ambos (neste caso, também não costumam nomear os ascendentes dos noivos, o que denuncia a viuvez de ambos). O que fica dito está sujeito, é claro, a cambiantes locais e a erros, que os há, dos párocos.
No entanto, quanto ao fundo da questão, o que eu pretendi transmitir, e rectifico agora uma vez que não ficou claro, foi um alerta aos elementos deste fórum, e ao nosso amigo José Couceiro em particular, para o facto de Luís da Gama não ter conservado nos seus apontamentos as formas verbais que encontrou nos originais e com isso ter-se perdido toda a informação que continham e, pior ainda, isso poder induzir em erro quem consulte os apontamentos. Só citei um caso, mas saltam à vista vários outros logo à primeira leitura.
Um abraço
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto
Ilustre cagaréu.
Muito lhe agradeço a sua intervenção, que apesar de concordar com ela gostaria de fazer algumas considerações.
HENRIQUE ESTEVES DA VEIGA
Se bem que no SM1;55 venha António , fº de Henrique Esteves e de sm Isabel de Brito, no SM2;82v vem Pedro, fº de Henrique Esteves da Veiga e de sm Isabel de Brito (o Luís da Gama - LG - também assim transcreve), no SM2;16v vem Tomás, fº do Sr. Henrique Esteves, fidalgo da casa de el Rey N. Sr. (LG retira-lhe o Sr. e não lhe coloca VEIGA), no SM2;55 vem Catarina, fª do Sr. Henrique Esteves da Srª sua mulher Isabel de Brito (LG retira Sr. e coloca VEIGA), no SM2;70 vem Mariana, fª de Henrique Esteves e de sm Isabel de Brito (LG transcreve de igual modo), no SM3;77 vem Inês, fª de Henrique Esteves da Veiga e de sm Isabel de Brito (LG não transcreve este assento)
GASPAR DIAS CARDOSO
Efectivamente no SM1;55 vem só Maria, fª de Gaspar Dias e de sm Antónia Ribeiro, assim como no SM2;48 vem apenas Miguel, fº de Gaspar Dias e de sm Antónia Ribeiro, no SM3;179 (LG não o transcreve)acontece o mesmo. Contudo no P.H.F.S. Ofício de seu neto Pedro Ribeiro Oliveira (Pedro, M7, nº204) os seus avós maternos são nomeados como Gaspar Dias Ribeiro e Antónia Ribeiro. Em SM3;65 é madrinha Antónia Ribeiro, mulher de Gaspar Dias, Mestre Piloto, da Fonte da Cal e LG relata que (fls 152v) a 10.09.1616 morreu Gaspar Ribeiro na Fonta da Cal, mandando-se sepultar na MIA. Gaspar Dias Ribeiro era irmão de condição da MIA em 1590 (Arq. MIA nº337, fl 6) e aparece como Gaspar Ribeiro nos irmãos em 1613 (idem fl 38) e sua mulher aparece no "titulo das mulheres dos irmãos nobres falecidos que a Casa tem obrigação de enterrar" entre as mulheres de António Lançarote e de António Barreto (idem, fl 41v).
MANUEL ANDRÉ MIGALHAS E ISABEL COUCEIRO
Deste casal houve 7 filhos (1572/88) e LG apenas refere 2 ou 3! Note-se contudo a fª Leonor foi bapt. a 07.09.1583 (SM3;47).
Este casal e a sua descendência são a prova provada que todo o cuidado é pouco ao ler a "genealogia" de LG; tudo quanto ele escreveu sobre este casal e seus filhos é ABSOLUTAMENTE FALSO.
Relativamente aos apontamentos sobre os Livros de S. Miguel, merecem-me algum crédito, pois não encontro neles delírios. É justamente esse crédito, que associado aos traslados que o LG fez dos extintos Livros da Provedoria de Aveiro e Esgueira (sec XVI/XVII), me obriga a entender, que face ao manancial de informação de que dispunha, não teve a capacidade nem o rumo para a saber trabalhar. Talvez a forma como acabou os seus dias sejam um reflexo nítido da sua personalidade.
Por fim, pena é que hoje em dia ainda se continue a aceitar cegamente o que foi escrito por LG e seus seguidores.
Um abraço
José Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caros participantes neste Fórum
Eis os mais antigos Rolões que consegui localizar em Aveiro.
Afonso Roll[ão]
No livro de Rangel de Quadros “Aveiro, Apontamentos Históricos”, vol. V, pág. 201 e 202, livro inédito, só consultável na Biblioteca Municipal de Aveiro, o autor transcreve partes de uma carta de aforamento de uma herdade na Granja de Vila Nova, que o rei mandara que Rui Gil, seu vassalo e escrivão, passasse em Coimbra, a 24-12-1269, a Afonso Roll (sic) e a sua mulher Constança Lourença, moradores em Aveiro, para eles e seus sucessores, por 40 soldos pagos no dia de S. Miguel de Setembro. “El-Rei havia sabido por carta de António Ribeiro, seu almoxarife e Gil Vicente, seu escrivão e tabelião” que a herdade fora posta em pregão por estes, antes do aforamento.
A referência aos três funcionários do rei e ainda a João Domingues, tabelião do Vouga, um dos confrontantes da herdade, permitirá validar a data, ou antes, o século, do documento, uma vez que, até hoje, é aceite que em 1269 o rei não tinha qualquer parte da vila de Aveiro. Esta incongruência desapareceria se a data fosse, por exemplo, 1369.
Rangel de Quadros diz que estava a ler do “tombo do prazo de Gil Homem pertencente à família dos Barretos”, isto é, o tombo ainda existia há cerca de 100 anos.
Algum participante do fórum sabe onde param os arquivos destes “Barretos”, que foram viscondes da Granja?
Jorge Anes Relão
Será referido em 1533, no tombo da Confraria de Nossa Senhora de Sá, um Jorge Anes Relão (sic), mestre piloto (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, Aveiro, 1899 -– consultável na Biblioteca Municipal de Aveiro). O tombo está no arquivo da igreja da Vera Cruz de Aveiro, segundo é voz corrente, mas ainda não o consultei.
A confirmar-se a leitura de Marques Gomes, provavelmente Jorge Anes Rolão é o pai dos “Jorge Rolão”, mestre pilotos, que referi em anterior participação neste fórum e, porque não, tio, ou avô, dos Rolões que também usavam Pericão.
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando G. Neto:
Uma vez mais a sua intervenção trás novas pistas e suscita novas dúvidas - ainda bem !!
Quanto ao Jorge Anes Rolão (1533 - Tombo da confraria de Sá) quanto a 17.03.1999 estive no cartório paroquial da Vera Cruz a consultar entre outras coisas o referido Tombo não encontrei o Jorge Anes Rolão, o que não significa que lá não conste; encontrei sim foi o Tomé André Rolão - o velho - como oficial numa escritura de 25.04.1573 (fl.33)(consta tb.o nome de Pedro Anes Pericão) , um Pedro André, piloto, confrade a 04.05.1532 (fl.25)(aparece tb na mesma escritura Miguel Ribeiro, mestre piloto), já em 1533,1534, aparece como Juiz da Confraria Pedro André, piloto, a 08.07.1543 aparece Pedro André, piloto, juiz da confraria e Tomé André, piloto (fl,.42) a 26.04.1544 Pedro André, mestre piloto e juiz, aparecendo tb. Tomé André, mestre piloto, (fl. 29 a 31v) aparecendo Tomé André como escrivão da confraria a 23.11.1555 (fl. 68v). Julgo este Pedro André ser o pai de Tomé André Rolão - o velho -, pois o dito Pedro André e sua mulher Leonor Anes constam no Tombo de Jesus mediante uma carta de compra que fazem a João de Couros, mercador, e sua mulher Catarina Nunes a 06.03.1532 sendo referenciados no documento como " mestre Pedro André, piloto, e sua mulher Leonor Annes"; esta carta de compra e venda veio à posse do Convento de Jesus como dote da soror Maria de São Paulo, fª do Tomé André Rolão - o velho - .
Será que o Tomé André que aparece no Tombo de Sá é o Tomé André Rolão - o velho - ??
Quanto ao arquivo dos Barretos Ferraz Sacchetti eventualmente poderá estar na posse do actual representante da família - António Villas-Boas Romano Vasconcelos Barreto Ferraz Sacchetti (telf. 21 4102578)
José Couceiro da Costa
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Fernando Gautier Neto
Tem indicações da descendência desse Afonso Rolão? Haverá alguma ligação com um Pedro Afonso Rolão ( o meu!) casado com Isabel Fernandes ou Isabel Gonçalves, falecida esta em 1623?
E só por curiosidade, também por aqui aparece uma Isabel Fernandes Rol, mais ou menos na mesma data!.
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro Manuel da Silva Rolão
Obrigado pela sua informação sobre Isabel Fernandes Rol. Na verdade não sei mais nada sobre Afonso Rolão para além do que comuniquei. Quando fizer o contacto que o nosso amigo José Couceiro me enviou talvez tenha novidades, que logo comunicarei.
Entretanto encontrei um outro Rolão, sobre o qual o José Couceiro tem vasta documentação.
O acento está no livro 4 de Esgueira fls. 260 e 260v:
// 260 Em os doze dias do mês de setembro [de 1661] / faleceu da vida presente dona Isa- / bel, mulher que foi, digo, dona Isabel / Coelha, dona viúva, mulher que foi de Igna- / cio (sic) Rolão Couceiro, cavaleiro do hábito de / Cristo, moradores na cidade de Lisboa.
E faleceu nesta / vila de Esgueira e foi sepultada por depósito / na capela-mor desta igreja de Santo André, / da banda da epístola, diante de um / confessionário, de onde José Rolão Pi- / mentel, reitor de Santiago de Beduído, / seu cunhado, se obrigou a mandar tirar / a tempo conveniente, para onde lhe parecer. /
O qual depósito se fez em presença do reverendo / beneficiado desta igreja Tomé Migalhas // 260v Godinho, estando presente o reverendo vigário / António de Pinho da Maia, que todos aqui / assinaram:
o vigário, António de Pinho da Maia Tomé Migualhas Godinho /
José Rolão Pimentel / ".
Um abraço
Fernando Gautier Neto
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro José Couceiro
Viu no tópico " Casa de Cardozo em S. Martinho de Mouros, no dia 21-07 às 11.58?
Um abraço
Manuer Rolão
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caros intervenientes neste tópico,
Provavelmente não estarei a dar nenhuma novidade.
No livro "Os Morgados de Sto. António do Cruzeiro de Oliveira de Azeméis" de António de Souza-Brandão, são transcritos dois assentos de baptismos ministrados por Rolões:
No primeiro, em 18.06.1680, figura o acima referido reitor de Santiago de Beduído, José Rolão Pimentel;
No segundo, em 06.03.1710, é reitor da mesma freguesia de Santiago de Beduído, o licenciado "Joze Rolam Coelho".
Melhores cumprimentos,
António Maria Fevereiro
PS - Caro José Couceiro da Costa, notei a sua observação de há pouco no tópico "Maria Amália Rangel Alpoim Quadros Mascarenhas".
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro António Maria,
Obrigado e posso-lhe dizer que o primeiro é tio paterno do segundo.
Cumprimrnytos
JCC
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RE: Pericões / Rolões , de Aveiro
Caro António Maria Fevereiro
Obrigado pela informação. Na verdade tenho o livro que cita e tenho-o na conta de muito bom, mas ainda não o li com olhos de ver, como pelos vistos você já fez.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Gautier Neto
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