D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
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D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caros Confrades,
Chamo a vossa atenção para o recém editado livro (D. Quixote), onde através de uma entrevista que a autora faz ao Senhor Duque de Bragança, podemos ter acesso ao Seu pensamento enquanto Homem, Português e Príncipe. Vale a pena a leitura. É uma boa sugestão para venda na "nossa" livraria, a Guarda-Mór.
Cumprimentos a todos.
Fábio Reis Fernandes
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caro Fábio
Concordo consigo, gostei imenso do livro, que tenho a sorte e a honra de ter dedicado por SAR, uma vez que estive no lançamento.
JTMB
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Re
ouvi dizer que Cerventes so teve uma filha nascida nos Açores
Verdade ?
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Re
Lol... D. Quixote deve ser a editora da livro em questão...
Se calhar é melhor abrir um tópico pp. para abordar a descendência de Cervantes.
João Pombo
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caros Confrades
Desculpem o mal entendido. O livro "Dom Duarte de Bragança - Um Homem de Causas, Causas de Rei" é efectivamente editado pelas Publicações D. Quixote.
Aproveito para informar que a última revista "Exame" tem um excelente artigo sobre os custos da Presidência da Republica comparando-os com os das Casas Reais europeias. Também o jornal "Expresso" - Economia de há 15 dias publicou uma interessante referência às vantagens para Portugal da utilização da imagem de SAR o Senhor Dom Duarte.
Com os melhores cumprimentos.
Fábio Reis Fernandes
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caro Fábio:
Como já aqui tive ocasião de dizer, a opção República-Monarquia não deverá nunca ser feita com base em critérios meramente economicistas/financeiros.
Mas devo confessar que esses estudos me interessam, por me parecer altamente improvável que o custo de uma república como a nossa possa superar o de uma monarquia.
Um abraço,
João Pombo
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caro João Pombo
Concordo que uma opção república/monarquia não deve ser feita com base em critérios economicistas. Julgo ainda que pouco interessa se a Casa do Presidente da Répública é mais cara que a manutenção de algumas monarquias europeias. Isso são trocos face aos desmandos a que assistimos, e como, mesmo em monarquia, esses desmandos serão os mesmos, o problema tem mesmo apenas uma vertente: a ideológica.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Cara Maria Benedita:
Estaremos, provavelmente, de acordo quanto ao seguinte:
Precisamos é de uma nova República (será a 4ª ou 5ª?)!
Eu propunha, para começar, uma Assembleia da República com metade dos Deputados, Governos mais pequenos e se legislasse no sentido de conter a vaga "acessorista" que há muito se faz sentir.
Já nem um Presidente de Junta prescinde de acessores;)
E, claro está, acabar de uma vez por todas com esse fenómeno luso: as rotundas!
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caros Amigos
Nunca defendi os critérios económicos/financeiros, pelo contrário, ao meu ver a Chefia do Estado, a representação da Nação Portuguesa, está acima de qualquer outra coisa. É tudo uma questão de preparação, isenção, cultura e educação.
Simplesmente é esse o critério mais utilizado pelos republicanos, além, claro, do "critério democrático". Como se alguém pudesse ser eleito sem o apoio dos partidos ou do capital financeiro, só pelas suas qualidades.
Mas, de qualquer forma, quando analisamos os custos é preciso levar em consideração que "continuamos a pagar" os presidentes mesmo depois de findo os mandatos, sem esquecer o custo de cada volta das eleições.
Cumprimentos.
Fábio Reis Fernandes
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caro Fábio Reis Fernandes:
Concordo com a primeira parte da sua intervenção anterior.
Já quanto à segunda, não creio que os ditos critérios economicistas sejam muito usados pelos republicanos. Eu pelo menos nunca lhes dei grande relevo.
Em relação à última parte da s/msg, sinceramente acredito que mesmo assim a República sai mais barata ao erário público.
Aliás, se Mário Soares ganhar as presidenciais - hipótese que me parece remota, mas nunca fiando - estou para ver como se vai resolver o caso das suas reformas, alcavalas e vencimentos.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caros confrades
Apenas à laia de reflexão: Já pensaram que os países de maior tradição cívica, riqueza e modernidade acordam que um soberano é a forma mais barata, eficaz e estável de corporizar a unidade nacional?
E, se não, vejamos: Se aceitarmos (e parece-me consensual e pacífico) que o trinómio riqueza, paz e direitos humanos mede melhor que qualquer outro a felicidade de um povo, então os países mais felizes do mundo são monarquias.
E isto, nos cinco continentes. Passemos de lado a Europa, por demais conhecida e vejamos na Net os dados económicos e os noticiários referentes a regimes em outros continentes. Na Ásia, Japão e Tailândia. Em África Marrocos e Suazilândia. Na Oceânia Austrália e Tonga. Na América Canadá e Jamaica.
Claro que esta é uma perspectiva sintética e resumida, merecedora de outro tipo de discussão. Mas torna-se difícil argumentar contra a evidência...
Luís Canavarro
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caro Luís Canavarro:
As monarquias europeias são, sem dúvida, bons exemplos e sê-lo-iam mesmo enquanto repúblicas. Basta pensar nos bons exemplos republicanos: Finlândia, Irlanda, Áustria, Suiça e muitos dos estados do leste que aderiram à UE.
Marrocos será uma espécie de mal menor no continente africano. A Suazilândia sinceramente não me parece grande exemplo, mas confesso aqui alguma ignorância da m/parte...
A Jamaica, para além da imagem idílica e da forte cultura rasta, é um país com características terceiro-mundistas, extremamente violento e desigual. Aliás, duvido muito que os jamaicanos se sintam súbditos de Isabel II.
Tonga deve ser uma ilha minúscula e paradisíaca e, portanto, não conta para o campeonato.
Cumprimentos,
João Pombo
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O custo já foi argumento de escolha de regime
Quando a Noruega obteve a independência o único membro da assembleia constiotuinte que era republicano votou pela monarquia argumentando que a república era muito mais cara.
Assim, o custo já foi argumento de escolha de regime republica cosntitucional / monarquia
Cumprimentos
Marmello
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caro Luís Canavarro
Foi com muito prazer que o volto a encontrar neste fórum.
Com efeito gostaria de acrescentar um pequeno comentário quanto a essse artigo da Revista Exame - embora pense também que as coisas importantes na vida não devem ser equacionadas em termos económicos ou financeiros. Sendo uma revista conhecida pela sua qualidade não equacionou gastos importantes que a república portuguesa tem como por exemplo - o custo das eleições presidenciais e dos lautos banquetes que se lhe seguem; - o custo da manuenção dos chorudos emolumentos aos ex- presidentes e às suas viúvas e secretariados, etc.
Cumprimentos Iza Luso Barbosa
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Cara Iza e demais Confrades
Grato pelo encorajamento traduzido nas suas gentis palavras. Contudo, eu não li a revista que refere, as minhas cogitações, se calhar autistas, vêm antes de conversas avulsas e informação coligida aqui e ali, tendo como fonte velhas amizades e sendo por isso de confiança total.
A propósito de custos, concordando consigo em que o factor económico seria bom se pudesse ser subalterno, mas não resisto a pedir-lhe uma ginástica contabilística:
Considere:
1 - O preço do hospital que S.A. o Senhor Dom Duarte conseguiu para Timor e cuja rentabilidade, em termos humanos, não carece comentários.
2 - O Museu das Primeiras Damas (que não conheço mas suponho que será algo entre o museu dos horrores da Mme. Tussaud e as caves do museu do Cairo) e cuja utilidade tambem não carece de comentários, por opostas razões.
3 - O custo de uma eleição presidencial, que igualmente não há que discutir, já que a mesma lei que nos impede a liberdade de escolha do regime, também impõe tal acto cívico (civismo de pandeiro e corneta, mas civismo ainda assim).
Ou andarei muito enganado ou, pela ordem indicada, os custos crescem exponencialmente.
É que, de facto, sai mais barato manter a História do que fabricá-la...
Luis Canavarro
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Re
Caro Amigo
Como está o Senhor ?, há muito que não troco pqalavras consigo.
Estou desejoso de ler o livro de SAR (inveja do seu estar assinado).
Grande Abraço
Pedro TP
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Caros Amigos,
Aproveito para lembrar a todos que aproxima-se a época de "Conjurarmos".
A Real Associação de Lisboa está a organizar e realizará o tradicional Jantar dos Conjurados à semelhança do ano anterior.
O jantar terá lugar na Qtª. de Santa Sofia, Outeiro de Polima, São Domingos de Rana, Carcavelos, no próximo dia 30 de Novembro de 2005, pelas 20,30 horas e, como habitualmente, Suas Altezas Reais, os Duques de Bragança estarão presentes.
O secretariado da organização do jantar funcionará na sede da Real Associação de Lisboa, na Praça Luís de Camões, 46, 2º Dt., 1200-243 Lisboa (ao Chiado), nos dias úteis entre as 15.00 e as 20.00 horas ou pelo telemóvel 93 453 55 25. Os ingressos têm o valor de €35.00 para associados e convidados e de €30.00 para jovens até aos 25 anos. As reservas e aquisições de ingressos poderão ser feitas até ao dia 26 de Novembro próximo (inclusivé).
Estão previstas as intervenções do Presidente da Real Associação de Lisboa, do Presidente da Causa Real e de Sua Alteza Real o Duque de Bragança.
Teremos ainda para animar: Fado Marialva com Carlos Pegado, Rodrigo Pereira e D. Manuel da Câmara, acompanhados à guitarra por Edmundo Albergaria e à viola por Carlos Velez. No final do jantar, Música Jovem com João Rei Vilar.
A Real Associação de Lisboa apela ainda a todos os seus associados e amigos a comparecerem na cerimónia que terá lugar na praça dos Restaurados, em Lisboa, dia 1 de Dezembro próximo, às 16h00.
Assistirão SAR o Duque de Bragança e a direcção da Real Associação de Lisboa.
Levem as vossas bandeiras monárquicas
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RE: D.Duarte Bragança-Homem de Causas-Causas de Rei
Anexo a critica ao livro, hoje publicado no Público (pag 16) sob o títuço:
O elogio da real figura
Livro importante para quem quer saber como defender o regresso da monarquia
O livro Dom Duarte e a Democracia, da autoria de Mendo Castro Henriques, tem um subtítulo. Esse subtítulo é "Uma biografia portuguesa". No fundo, está correcta a designação. Em Portugal, não se fazem biografias a sério, mas antes encómios. Este livro é mais um.
Estão por todo o lado. No princípio, pelo meio e no fim. No princípio, em duas páginas antes do índice, com citações de Mário Soares, de Ximenes Belo, de Fraga Iribarne, de Otão de Habsburgo, do príncipe Eduardo da Inglaterra, do Dalai Lama. No fim, antes da bibliografia, com cartas de Mário Soares, Ximenes Belo, Fraga Iribarne, Otão de Habsburgo, príncipe Eduardo da Inglaterra, Dalai Lama... E mais alguns. Já no meio do livro, os elogios ficam a cargo do biógrafo.
O livro serve, acima de tudo, para fazer propaganda a favor da monarquia. Pelo meio, apresenta-se a figura do descendente dos antigos reis e dá-se a conhecer o que este pensa sobre os temas políticos. Democracia, regimes políticos, descolonização, ambiente, solidariedade, juventude, património e o 25 de Abril.
Sempre sem uma análise crítica do que foi o papel de dom Duarte. Escreve-se com quem falava, com quem protestava e o que defendia. Até mesmo onde estava no 25 de Abril de 1974. Estava "em Saigão", em escala para o regresso a Lisboa, depois de um mês em Timor. Nem uma palavra sobre a inegável falta de sagacidade política para perceber que algo estava para acontecer no seu país, naqueles primeiros meses de 1974.
O livro permite, ainda que de forma muito apressada, ver pelos olhos do biografado alguns dos principais intervenientes da política portuguesa e não só. Spínola é uma dessas personalidades e considerado "um grande patriota". Pouco mais se escreve sobre o general. O timorense Mário Carrascalão é apresentado como um "falso delegado indonésio", a "tentar minorar o sofrimento do povo timorense".
Mas a maioria das páginas serve para justificar o regresso da monarquia. O autor assume mesmo o discurso do apoio das bases, da monarquia amada pela população mas desprezada pela comunicação social e pelas "mais altas instâncias". O "país real" contra as elites da República: "Em 1996 têm lugar, em Vila Viçosa, as festas do 350º aniversário da elevação de Nossa Senhora da Conceição a Padroeira. Quase dez mil pessoas e todos os prelados portugueses estão presentes na missa na Praça da República. (...) No final do dia, o casal real atravessa a coxia central da praça. E soltam-se gritos espontâneos "Viva o rei" e "Viva o senhor Dom Duarte". Um homem sai das filas compactas da multidão e exclama: "Meu Senhor, esta terra é Sua!""
Os argumentos a favor da monarquia estão coligidos no capítulo "O Rei e a República". Aí se explica qual é "o melhor regime". Os problemas da democracia são culpa da República. Falta confiança por causa da "imagem de instabilidade que a República transmite". Nem uma linha sobre as razões por que a monarquia caiu em Portugal. Precisamente, devido à instabilidade política.
Falta um chefe de Estado "independente da luta partidária", porque os Presidentes são eleitos com apoios dos partidos. Com o rei, não seria assim, porque seria "uma pessoa preparada toda a vida para o efeito". Em contrapartida, o Presidente "gasta a metade inicial do mandato a aprender e a outra metade a preparar-se para a eleição seguinte".
Critica-se mesmo o facto de existir "tensão latente" entre "as duas legitimidades eleitorais", do Governo e do Presidente. Escamoteando precisamente o princípio do controlo do poder no regime. Ou seja, o Presidente vigiando o Governo, o Governo vigiando o Presidente.
Chega-se ao ponto de defender que as monarquias "são certamente mais baratas que muitas repúblicas". Cita-se mesmo um Nuno Pombo queixando-se, entre outras coisas, da chatice que era para o país suportar "os elevadíssimos encargos periódicos das próprias eleições, para não falar das respectivas campanhas".
O tom do livro exagera no elogio. Encontram-se exemplos disso ao longo da obra. Mas há uma passagem sintomática logo na página 47, em que se relata como o aluno do instituto das "Caldinhas" supera as dificuldades na educação física: ""Nem sequer havia monitores para nos ensinar desportos." Mesmo assim aprende a jogar rugby e inicia-se no hóquei em patins. Uma queda ou outra não o desmoralizam: caiu, levanta-se. Bragança até ao
fim." do "Público" de hoje por Nuno Sá Lourenço
Cumprimentos
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