Ajuda urgente - Transmissão de apelidos maternos
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Ajuda urgente - Transmissão de apelidos maternos
Caros amigos,
Devido a um processo Judicial, precisava da vossa preciosa ajuda na busca de famÃlias cujo apelido tenha passado via materna e não paterna e em que circunstâncias é que, eventual e historicamente, se deu essa inversão da tradição. Fico grata por toda a ajuda que me possam dar. Um grande bem haja.
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RE: AJUDA URGENTE - Transmissão de apelidos maternos
Cara Diana Ralha
A transmissão sistemática do apelido paterno não tem sido sempre muito linear, e nem sempre foi a tradição. Não o foi no passado longínquo, em que tantas vezes os apelidos influem ora da via materna, ora da via paterna, nem no passado próximo. Embora exista presentemente essa tradição no século XX sei que houve um período que durou até cerca de 1934 (não sei quando começou) em que aparecia primeiro o apelido paterno e depois o apelido materno. Na minha família aconteceram vários casos desses: por exemplo, os irmãos mais velhos da minha mãe que nasceram antes de 1935 são ... Carvalho Quaresma, a minha mãe e o irmão mais novo nascidos depois de 1935 são Quaresma de Carvalho. Também o meu apelido Borges que vem pelo lado do meu pai, nem sempre foi transmitido por via masculina.Não tenho dados mais concretos, por ora sobre este assunto, mas talvez isto já ajude.
Cumprimentos
Maria José Borges
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RE: AJUDA URGENTE - Transmissão de apelidos matern
http://genealogia.netopia.pt/1052/pessoas.php?id=1015808
Aqui tem um exemplo de um apelido que se impos sempre pela parte femenina. veja os costados de Maria Cristina.-
Espero que isto ajude a servir como "prova judicial" de que nem sempre os apelidos se transmitiram pela via paterna. Coloco entre aspas, porque nao vejo como um simples exemplo poderá influir na mente julgadora..
Fernando de Telde
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos matern
Caros amigos,
Por mais surreal que vos possa parecer, foi-me requerido sim, como prova num processo de alteração de nome, exemplos de apelidos que se tenham transmitido pela via materna e não paterna.
Agradeço toda a ajuda que me possam dar.
Diana Ralha
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos matern
Cara Senhora,
Embora há vários séculos que tal não suceda na minha Família, os apelidos que hoje uso não deixaram de vir por via feminina. Está abundantemente demonstrado e publicado em livro que recentemente publiquei. Julgo no entanto que pretenderá tal prova em relação ao séc. XX e ao actual regime do registo civil.
Cumprimentos,
Miguel Gorjão-Henriques
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Transmissão de apelidos maternos
Cara Diana Ralha,
O que se pode afirmar com relativa segurança, pelo menos nas classes ditas populares, era que as meninas ou não usavam apelido nenhum ou herdavam o apelido da mãe. Os rapazes, e sobretudo para períodos mais recentes (2 séculos), usavam sem dúvida mais frequentemente o(s) do pai. Mas se usavam dois, a ordem variava, e para períodos anteriores, era 'à ibérica' (e não 'à espanhola': eles apenas o conservam, e nós mudámos), primeiro o do pai e no fim o da mãe.
Aqui vão alguns exemplos concretos do que pretende:
- Em três gerações por via feminina: Maria da Costa, n. 15/02/1767: Fª de José Lourenço e Maria da Costa; ntª patª de Manuel Lourenço e Ana dos Santos (sem Costas); ntª matª de Francisco da Costa e Maria da Costa.
- Em cinco gerações por via feminina até chegar a um varão: José Ferreira de Loureiro, n. a 02/10/1829. Fº de José Ferreira (que até quatro gerações acima não tem nenhum ancestral 'de Loureiro') e de Ana Maria de Loureiro; ntº matº de Sebastião da Cruz (que até avós não tem nenhum Loureiro) e de Clara de Loureiro, esta última fª de Bernardo de Loureiro e de Cecília de Loureiro. Bernardo era Loureiro pelo pai, Manuel de Loureiro: mas Cecília também o era pela mãe, Joana de Loureiro.
- Em casamentos com expostos: Francisco José da Costa n. 05/11/1805, fº de Francisco José ("enjeitado") e de Luiza da Costa. Mas esta era por sua vez filha de José Monteiro Correia e de Josefa da Costa.
- Em casos de ausência de apelido no pai: António Ferreira, n. 27/10/1800, fº de Manuel António (sem apelido, e cujo pai - Miguel João - também não usava) e de Ana Ferreira, esta por sua vez filha de Manuel Ferreira e de Teresa Ferreira.
Espero ter contribuído para a sua pesquisa, e que seja por uma boa causa.
VF
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RE: AJUDA URGENTE - Transmissão de apelidos maternos
Cara Diana
A questão dos apelidos tem vindo a ser frequentemente abordada em vários tópicos e nas respostas anteriores à minha encontra já algumas explicações.
A tradição do apelido paterno ser o último é recente. E muitas vezes não era sequer o último apelido do pai. Durante muito tempo também se usou como último apelido o da linha materna.
A lei Portuguesa não exige sequer que um filho tenha um apelido de cada um dos progenitores. Terá que ter pelo menos um apelido (num máximo de quatro) escolhido(s) dentre os usados pelos seus pais ou avós, não havendo qualquer regra que obrigue a ser paterno ou materno, ou que tenha pelo menos um de cada linha.
Cumprimentos,
Rui Correia
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos mate
Caro Rui e restantes amigos,
Fico muito grata pela vossa ajuda. Onde é que eu posso obter documentação relativa a este tópico?
Nomeadamente, a partir de quando é que se começou a adoptar o apelido paterno? Alguma sugestão?
(Entretanto, estou a ficar com o bichinho da genealogia. Estou viciada no site e quando me desenvencilhar deste embróglio começo a pesquisar precisamente pelo meu peculiar apelido)
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos mate
O seu peculiar apelido existia em Braga e até dava nome a uma casa comercial.
Cumprimento
V Briteiros
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos mate
Sempre ouvi dizer que somos de Arganil.
E penso que - feitas umas pesquisas hoje, muito ao de leve - era um apelido rejeitado. Os Correia Ralha (como eu) utilizavam Correia e não o Ralha. Encontrei um ministro das Finanças da I República Correia Ralha que riscou do seu nome o Ralha.
De qualquer forma, agradeço a sua atenção.
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos mate
Diana
Vou ver se lhe encontro mais qualquer coisa, nomeadamente a tal documentação que procura.
Também em Coimbra, conheço pessoas com o seu apelido.
Rui
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos mate
Eu, curiosamente, não conheço nenhuns. (minto: no meu jornal trabalhava uma Ivone Ralha, que tinha uma filha Diana Ralha, de Vila Franca de Xira, mas não conseguimos encontrar nenhuma relação entre as famÃlias, apesar de sermos extremamente parecidas fisicamente). Mas ainda me lembro quando os Ralhas eram meia dúzia nas páginas amarelas de Lisboa. E, entretanto, já enchem umas folhitas.
Rui, fico mesmo muito agradecida.
Diana
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos mate
Em "Raizes e Memórias" , nº 3 de Outubro 1988 (que poderá encomendar aqui na Livraria do Guarda Mor), a pag 83 a 98, Carlos Lourenço Bobone publica um interessante artigo sobre como se formam e se transmitem os apelidos em Portugal. Trata-se de um esboço, muito bem feito, sobre a historia da formação e transmissão dos apelidos em Portugal. Normalmente procuram-se exemplos, mas poucos fizeram a historia deste assunto.
Consequentemento recomendo a sua leitura
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos mate
Caro Senhor, muito obrigada pela sua ajuda. Infelizmente, neste caso surreal todos os exemplos ajudarão. Se não se importasse, gostava que me deixasse aqui o título do livro que publicou, porque efectuei uma pesquisa no "guarda-mor" e não descobri.
Muito obrigada pela sua ajuda.
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RE: Guedes
Caro Fernando de Telde,
Percorri a árvore que indica seguindo o apelido Guedes, e cheguei a D. Ana Guedes de Sanhoane. Sabe por acaso de quem era filha esta senhora?
Cumprimentos,
Ana Maria Guedes
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RE: Guedes
Estimada Ana Maria Guedes.
Infelizmente nao tenho nenhuma indicaçao. Se tem alguma informaçao sobre o assunto agradeço me indique.
Cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: Guedes
Caro Fernando de Telde,
Tenho dados de Guedes em Sanhoane de Penaguião, mas sem a filiação da D. Ana Guedes, não sei como ajudá-lo. Aqui está alguma informação, espero que ajude.
1. Gonçalo Vaz Guedes, O Novo * c. 1380 + Vassalo do rei D. João I. Esteve na batalha de Aljubarrota. Meirinho da Correição de Trás-os-Montes. Instituíu o Morgado de Santa Comba, cujos descendentes são os chefes da antiga linhagem dos Guedes, na sua linha de primogenitura. Fidalgo-Escudeiro, casou com D. Elena Roiz Alcoforado, filha de Ruy Gonçalves Alcoforado, senhor da Bemposta e de sua mulher D. Felipa Vaz:
II. Francisco Vaz Guedes Alcoforado, Morgado de Santa Comba, onde ainda existe a Casa com a pedra de armas dos Guedes, casou com a sua prima D. Joana Guedes, filha de Pedro Vaz Guedes, Senhor da Quinta de Cimo de Vila de Sedielos e de sua mulher D. Ana Pinto da Fonseca, filha de Álvaro Pinto da Fonseca, Morgado de Balsemão, descendente de D. Gil Pinto, Fidalgo da Casa Real, Comendador de Penaguião, do qual procedem todos os de apelido Pinto das principais casas daquele concelho de Penaguião, de Lamego, como é o caso do Morgado Gonçalo Vaz Pinto e de seu irmão Dom Frei Manuel Pinto da Fonseca, Grão Mestre da Ordem de Malta, e Alexandre Pinto Morgado de Balsemão. Tiveram entre outros:
III. António Guedes Pinto, Familiar do Santo Ofício, fidalgo da casa real, Morgado de Santo António de Sanhoane. Felgueiras Gayo, no seu ttº de Guedes §5, escreveu sobre este António Guedes Pinto:
“q foi possuidor do Morgado trouse demanda com o Sr. de Murca // sobre as Armas dos Guedes, e nella foi julgado por Chefe desta famillia no anno de 1562 // pello Dez.or Franco Mendes de Brito de q foi escrivão M.el da Costa Botelho dos quaes // autos se tirou esta ascendência e foi Sr. do Padroado de Lobrigos”.
Teve (?) de sua parente D. Joana Silva Pinto:
IV. António Guedes Pinto, Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo, Senhor do Morgado de Santo António em Sanhoane de Penaguião, casou com D. Maria Antónia Silva Guedes:
V. António Guedes Pinto, Padre em Alfarela de Jales, Vila Pouca de Aguiar, teve de D. Isabel Rodrigues:
VI. Manuel Guedes Pinto.
Morgado de Santo António de Sanhoane em Penaguião, teve de D. Isabel Afonso, da ilustre casa dos Ruivos(?) em Vila Real, pelo menos:
VII. Lucas Guedes Pinto.
1º Morgado de Nossa Senhora da Conceição em Vila Pouca de Aguiar, Escrivão Proprietário do Público Judicial e Notas de Vila Pouca de Aguiar por Carta Régia de 12-3-1736, Escrivão de Almotaçaria, Juiz Ordinário (1735) e Almotacé (1736) em Vila Pouca de Aguiar. No Monte do Facho existe uma Capela de Nossa Senhora da Conceição construída em 1968. Sabe-se que antes desta existiu uma outra construída em 1872, ano em que, supostamente, se começou a realizar a Romaria da Imaculada Conceição, segundo o jornal “Aguiarense“ de 27 de Julho de 1901. Sabe-se que essa Capela não foi a primitiva, pois o Vínculo de Nossa Senhora da Conceição foi instituído por Lucas Guedes Pinto no início do século XVIII. Os Santos da antiga Capela (Santa Ana, Nossa Senhora da Conceição, S. Francisco e S. Martinho, todos do sec. XVI-XVIII) foram encontrados atrás da tribuna da Capela do Senhor e depois de restaurados, foram colocados na actual Capela do Monte do Facho. Casou com Maria de Souza Chaves Mourão.
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RE: Guedes
Estimada Ana Guedes: Agradecido pela informaçao. Vou tentar ver se se consegue a certidâo de casamento de Ana Guedes, para ver se por aí se consegue a filiaçao.
Cumprimentos,
Fernando de Telde
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RE: AJUDA URGENTE - Transmiss�o de apelidos mate
Olá!
Deves ser minha parente! Sou de Guimarães, mas o meu avo José Alberto Dias Correia Ralha é de Poiares.
Diz qualquer coisa
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