Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

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Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#117678 | josemariaferreira | 30 Apr 2006 12:33

Caros confrades

Tudo indica que a célebre Batalha de Ourique se tenha dado de facto em Panoyas.
Tudo foi encoberto pela igreja católica, só passado cerca de duzentos anos, os freires de Santa Cruz de Coimbra escrevem sobre o facto mais importante da nossa história e logo para o deturparam propositadamente!
Panoyas em 1300 era o maior centro religioso do sul, porquê? A população moçárabe do Sul sabia que tinha sido em Panoyas que Anrico tinha travado a batalha contra os mouros quando seguia pela antiga estrada romana de Salácea para Ossonoba, para ir resgatar as relíquias de S. Vicente ao Algarve, mas isso não interessava aos católicos, porque era estar a fazer a apologia da religião ariana que defendia o culto do Espírito Santo, anti-papal. No início do século XIV a população mocárabe do Sul sabia ainda que ía em romagem a Panoyas em homenagem ao Santo do Portal, aquele que fortaleceu os nossos soldados na Batalha de Ourique e na tomada do Reino do Algarve! Porque é que os freires de Coimbra o omitiram?
Portugal foi fundado pelos alemães, os nossos primeiros reis nunca abraçaram a religião católica muitos deles foram mesmo excomungados! D. Afonso Henriques só passado muito tempo foi reconhecido rei de Portugal, a troco de ouro!
D. Henrique, pai de D. Afonso Henrique era húngaro, (Panonia) de raça ariana, logo era cristão ariano!
D. Afonso Henriques quando conquistou Lisboa aos Mouros foi ajudado pelos cruzados alemães, e sobre o cemitério dos alemães mortos na tomada de Lisboa ergueu o Mosteiro de S. Vicente, em sua homenagem. D. Afonso Henriques também era cristão ariano e durante a tomada de Lisboa também matou os católicos e o próprio bispo católico.
Na tomada de Faro, assim como da conquista definitiva do Algarve foi em Panoyas que se concentraram as tropas. Porquê? Não seria porque aquele território lhes dizia algo para os moralizar para a vitória? Não seria porque Panoyas era o Santuário do Espírito Santo que vinha já desde os tempos remotos dos gregos e romanos?
Passados 200 anos os freires de Santa Cruz contaram a história à sua maneira, isto é, no campo religioso e católico, escrevendo que Cristo tinha aparecido a D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique! E também não podiam indicar o local, por isso omitiram propositadamente para que a Batalha, que deu a bandeira a Portugal, não fosse conotada com o culto do Espírito Santo e a religião ariana.

Cumprimentos a todos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#117687 | Luis K. W. | 30 Apr 2006 15:23 | In reply to: #117678

Caro Zé Maria,

Uáu!!!!!

E onde é que você se documentou para ir buscar essa dos nossos Henrique(/s) serem Húngaros?
Lembro-me de na Expo-98 ter lido isso no pavilhão da Hungria...

Luis K W
Lisboa-Portugal

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#117691 | artur41 | 30 Apr 2006 15:57 | In reply to: #117687

Caro Luís,

A asserção do confrade Ze Maria, que eu saiba, não tem fundamento. Gostaria, também, a razão da questão.

Um abraço

Artur

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#117692 | artur41 | 30 Apr 2006 16:04 | In reply to: #117691

Caro Luís,

A mensagem saiu truncada!

Onde se lê «Gostaria, também, a razão da questão.» deve-se ler «Gostaria, também, de perceber a razão da questão.»

Abraço

Artur

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118006 | josemariaferreira | 04 May 2006 16:44 | In reply to: #117687

Caro Luís

Na escola sempre me ensinaram que D. Henrique, assim como seu primo D. Raimundo eram franceses originários da Borgonha. Ora toda a gente sabe que na Idade Média as coisas não eram bem assim, ainda hoje o não são, ser-se Conde de Borgonha, não implicava que o titular daquele título nobiliárquico fosse necessariamente de origem francesa.
Então, fiz uma pequena investigação e logo cheguei à conclusão que os Burgúndios, os quais deram o nome à Borgonha, eram um povo de origem escandinava que durante o Império Romano, se instalou na Gália e na Germânia na qualidade de federados. Tendo também procurado se estender na Bélgica, onde foram repelidos por Aécio no ano 436 D.C. e transferidos para a Sabóia. De lá, eles se espalharam nas bacias do Saône e do Ródano.
No seu contacto com os germânicos, os burgúndios converteram-se ao arianismo, o que passou a ser uma fonte de suspeita e desconfiança entre os burgúndios e o Império Romano Ocidental católico. As discórdias foram atenuadas por volta do ano 500 D.C., quando, Gundobad, um dos últimos reis burgúndios, manteve uma amizade muito próxima com Ávito, bispo católico de Viena, originando que seu o filho, Sigismundo, aderisse ao catolicismo, no entanto, a maioria do povo burgúndio continuaria convicto na religião cristã ariana.
No inicio do século VII, surgiu na Arménia um movimento inspirado no Maniqueísmo, que ficou conhecido por “os Paulistas”, estes defendiam que o mundo material fora criado pelo deus do mal e como tal negava toda a organização hierárquica da Igreja e do estado. Este culto passou à (Hungria), antiga Panonia fundada pelos gregos, onde muitos dos seus habitantes com a mesma origem étnica dos Burgíndios, aderiram a esta ideologia tomando os seus crentes o nome de Bougres, ou Cátaros e rapidamente se difundiu e ultrapassou os Balcãs, tendo chegado no início do século XI à Itália e à França, e seguidamente à Hespana, adoravam o Espírito Santo e tinham como símbolo a Pomba Branca e usavam apelidos conotados com ela, como Taube na Alemanha, Piegon, Pigeoneaux e Colombe em França; Palomo, Palombo, Colombo e Columbrete na Espanha; Colombo, Columbo, Columbano, Columbella, Columbati, e Piccione, na Itália, e Pombo, Pombinho em Portugal.
Na Itália estes crentes faziam voto de pobreza e deram-lhe por isso o nome de Patarinos, o nome da moeda com menos valor, que na altura circulava naquele território.
Este movimento religioso ao Culto do Espírito Santo era na sua maioria formado por camponeses e artesãos e devido às várias perseguições que sofreram, alguns senhores feudais decidiram defendê-los, assim na França os nobres de Borgonha,Toulouse e Provença, de religião cristã ariana, centraram a sua acção defensiva de apoio a este movimento na cidade de Albi, pelo que se denominavam de Albigenses.
Durante os cerca de 500 anos(desde a sua fundação ao seu desmembramento) que durou a Hungria foi um dos pilares no cristianismo na Europa.
A Hungria converteu-se numa nação completamente ocidental, cuja evolução se completou graças a Santo Estevão, São Ladislau e Kálmán, Béla III e Béla IV. Os monarcas da dinastia de Anjou, Carlos Roberto e Luis, o Grande, que era ao mesmo tempo rei da Polônia, e portanto, reinava sobre um império enorme, desempenharam papéis similares, e mais ainda, levaram a cabo a grandiosa tarefa de confirmar a grande potência húngara medieval
Este país foi o centro da Europa em contacto com as três grandes civilizações da Europa, a romana ocidental, a oriental assim como a muçulmana. Tanto a nível religioso como politico, tudo passava pela Hungria fundada por S. Estevão, e é assim que os sucessores deste Rei e Santo se misturam com a demais linhagem real europeia ascendendo a Reis da França, Polónia, Chipre, Nápoles, Jerusalém etc. etc.
Entre os descendentes do Rei de França estavam os nobres de Borgonha e Neustria (condes e marquêses) que apoiavam os húngaros por terem a mesma origem etnica escandinava.
D. Henrique, era bisneto de Roberto Duque da Borgonha e sobrinho de D. Constança, casada com o Rei de Castela e Leão, tanto o bisavô como a tia eram Burgúndios, logo seriam cristãos arianos a não ser que fizessem parte da minoria convertida ao catolicismo no tempo de Sigismundo, mas pelo avaliar dos estragos feitos pelo seu filho D. Afonso Henriques, em Lisboa à comunidade católica, este só poderia manter ainda a convição primitiva da sua raça burgúndia.

Cumprimentos

Zé Maria

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#118012 | Sérgio Sodré | 04 May 2006 17:37 | In reply to: #117678

Caros confrades

A ideia absurda de que D. Henrique era húngaro está expressa nos Lusíadas, mas como se sabe não tem qualquer fundamento. A Borgonha tira o seu nome da tribo germânica dos Burgúndios que, como todas as tribos germânicas, vieram originalmente da Escandinávia e eram de língua ariana como o é o alemão. Os húngaros ou magiares não eram de língua ariana nem de raça germânica, mas sim povos nómadas de cavaleiros das estepes russas, como foram os que os antecederam na região que é hoje a Hungria, nomeadamente os Ávaros e antes os Hunos. A raça, ou melhor as línguas de raíz ariana, nada tem a ver com a heresia ariana, pois esta deriva da doutrina religiosa do Bispo Ário (há arianos e arianos....) que negava a Trindade, no sentido em que defendia que o Pai tinha criado o Filho e o Filho tinha criado o Espírito Santo. Deus não seria simultaneamente Uno e Trino.
Portugal não fundado pelos alemães, nem esse conceito existia no tempo de D. Henrique. Os Alamanos (alemães) eram apenas mais uma tribo germânica, tal como os Suevos e os Visigodos que, estes sim, estiveram no território que muito mais tarde seria Portugal. Os Portugueses que fundaram Portugal independente eram já uma mistura étnica complexa em 1096, quando o Condado Portucalense foi entregue a D. Henrique de Borgonha e se passa da "pré-história" para a "história" de Portugal num caminho irreversível para a independência.

Cumprimentos a todos
Sérgio Sodré

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#118013 | josemariaferreira | 04 May 2006 18:08 | In reply to: #118012

Caro Sérgio Sodré

O idioma húngaro pertence à família de línguas fino-ugrianas, os seus parentes são os finlandeses, os estonianos e outros povos pequenos que vivem nos montes Urais e na região do rio Volga, no território actual da Rússia, território esse donde provêm também os Burgúndios. Entretanto,através dos tempos, a maior procedência étnica dos húngaros passou a relacionar-se mais com os povos turcos da Ásia Interior.

Cumprimentos

Zé Maria

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#118022 | Sérgio Sodré | 04 May 2006 20:50 | In reply to: #118013

Caro Zé Maria
Caro Zé Maria

Só que os Burgúndios são germânicos e partiram da Escandinávia para Leste, alíás como os Godos, Gépidas e outros, enquanto que os Húngaros nada têm a ver com a Escandinávia, os Germânicos e os arianos em geral. Godos e Burgúndios entram na Europa central corridos pelos Hunos cuja semelhança com os Magiares leva aliás a que os europeus chamem húngaros aos segundos quando uns 500 anos mais tarde surgem a assolar o Ocidente Romano-Germânico. Mas isto pouco releva para a fundação de Portugal, segundo me parece.
Já agora, os Visigodos ao entrarem na Península Ibérica ao serviço do Império Romano do Ocidente (em missão mercenária contra Suevos, Vândalos e Alanos)eram efectivamente de fé cristã ariana, e os Suevos converteram-se primeiro do que eles ao cristianismo católico.

Cumprimentos

Sérgio Sodré

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#118023 | Sérgio Sodré | 04 May 2006 20:50 | In reply to: #118013

Caro Zé Maria
Caro Zé Maria

Só que os Burgúndios são germânicos e partiram da Escandinávia para Leste, alíás como os Godos, Gépidas e outros, enquanto que os Húngaros nada têm a ver com a Escandinávia, os Germânicos e os arianos em geral. Godos e Burgúndios entram na Europa central corridos pelos Hunos cuja semelhança com os Magiares leva aliás a que os europeus chamem húngaros aos segundos quando uns 500 anos mais tarde surgem a assolar o Ocidente Romano-Germânico. Mas isto pouco releva para a fundação de Portugal, segundo me parece.
Já agora, os Visigodos ao entrarem na Península Ibérica ao serviço do Império Romano do Ocidente (em missão mercenária contra Suevos, Vândalos e Alanos)eram efectivamente de fé cristã ariana, e os Suevos converteram-se primeiro do que eles ao cristianismo católico.

Cumprimentos

Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118109 | Luis K. W. | 06 May 2006 01:05 | In reply to: #118006

Caro Zé Maria,
Obrigado pela recapitulação que fez da história dos Burgúndios.

Mas parece-me que está a misturar um bocado as coisas...

A nossa nobreza (galaico-portuguesa, ou o que lhe quiser chamar) no séc. XII era, na sua maioria, de origem visigótica. E esses também foram, durante largos anos CRISTÃOS arianos. E, pelo que você escreve, os Burgundios começaram a aderir ao catolicismo ainda antes dos nossos antepassados visigodos...

Se os Reis de Portugal eram assim tão pouco católicos, então que dizer do raio da ideia de Afonso Henriques se proclamar vassalo do Papa (só para se ver livre do jugo do primo?)?!? :-))

Por outro lado, é sabido que por essa época havia dentro da Igreja demasiados ritos, e por isso é que havia seitas, cismos, se acusavam uns aos de hereges, se criou a Santa Inquisição (em França, para acabar com os cátaros), etc. E, se bem me lembro, foi para combater os desvios moçárabes e outros que o nosso Rei D Afonso Henriques facilitou o estabelecimento dos de Cluny em Portugal.

Caro Zé Maria. Dizer que o Afonso Henriques, educado por portucalenses e galegos, e que mal conheceu o pai (que morreu quando o nosso primeiro rei tinha uns 3 anos), teria um comportamento de burgúndio dos anos 500, e era um anti-católico primário, é um bocado de exagero, não acha?

E eu estou à vontade para o dizer, porque NÃO SOU católico. :-)

Cumprimentos
Luís K W
Lisboa-Portugal

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#118133 | josemariaferreira | 06 May 2006 13:54 | In reply to: #118109

Caro Luís K. W.

Pois tudo isto é muito nebuloso, pelo menos para mim, que me tenho deparado com factos nunca antes narrados nos compêndios de História.
Ora o que é certo é que havia entre os cristãos diversas facções que se acusavam mutuamente de hereges e que levou que houvesse entre eles lutas e guerras onde pereceram milhões de pessoas (o caso mais flagrante foi entre os católicos e os Albigenses!)
Na minha terra também dei conta disso quando comecei a abservar que durante a Idade Média, os Santos que haviam nas cinco Igrejas, apesar de mártires cristãos, eram mais conotados com Santos adorados pela Igreja Ortodoxa do que com a católica, a tal ponto que ainda no início do século XVII, se formaram dois partidos na Vila de Panoyas, onde de um lado estava o padre Beneficiado e doutro o Prior.
O Prior, segundo a outra parte, punha publicamente em causa um Santo venerado na terra!!!
Em Portugal sempre houve muitos problemas com a Igreja Católica, D. Afonso Henriques na tomada de Lisboa matou os católicos, assim como o seu Bispo, D. Sancho foi excumungado tendo morrido nessa condição, D. Afonso II, também foi excomungado e só em 1213 o Papa Inocêncio III, o absorveu, tendo pago por isso o Rei de Portugal 50.000 cruzados! No ano de 1218 volta ser proposta novamente a sua excomunhão, no ano de 1220 Honório III confirmou essa excomunhão e ameaçou expor o reino de Portugal à conquista de outros soberanos, além de absolver seus vassalos do juramento de fidelidade. Afonso II também morreu excomungado. No ano 1231, o Rei de Portugal sofreu novo interdição papal, a qual foi levantada em 1233 por Gregório IX. Estes conflitos religiosos entre os primeiros soberanos de Portugal e o Papa levaram o País a guerra civil e a deposição de D. Sancho II, que foi sucedido neste conflito pelo sei Irmão D. Afonso III, o Bolonhês.
Todas estas lutas entre cristãos levou a que a parte vencedora, neste caso a Igreja católica em Portugal, não quisesse que se soubesse a verdade de certos acontecimentos, por isso omitiam-no propositadamente!
Não se comprende como a Batalha de Ourique, um episódio tão importante para a História de Portugal, só tenha sido relatado e destrocido cerca de 200 anos depois!!!
Não me saem da cabeça aquelas palavras de um ancião da minha terra, "A Batalha de Ourique deu-se na Quinta Nova, os padres é que não querem que se saiba a verdade, ainda há lá o lugar onde foram depositados os despojos!!!"
Não sei até que ponto esta história terá algo de verídico, mas de tradição tera certamente é comum entre os habitantes da terra indicarem mesmo o lugar onde D. Afonso Henriques acampou com os seus homens. Não resisto em pôr aqui os versos de Maria Joaquina Rosa, uma panoniana, cuja cultura só foi aquela que teve na escola da terra de D. Vataça.

Aproximam-se de um poço
Junto à povoação
E ordena-lhes D. Afonso
-Deponham armas no chão!

Alguns entrando na terra:
-Ó bom povo, aparecei!
Foi aqui o fim da guerra!
Afonso Henriques já é rei!

E o povo que apenas tinha:
"Quase nada" em seu celeiro,
Fez-lhes, da pouca farinha,
Cinco pães e um merendeiro.

D. Afonso ao ver o pão,
Que prá tantos não chegava,
Recolheu-se em oração:
Por mais a Deus suplicava.

E o pão se multiplicou!
Já toda a gente comia,
Foi tanto que até sobrou
Do tão pouco pão que havia!


Cumprimentos a todos

Zé Maria

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#118162 | Luis K. W. | 07 May 2006 00:47 | In reply to: #118133

Caro Zé Maria
Parece-me que vai para aí mesmo muita confusão.
Deixe-me só esclarecer - com a ajuda de apontamentos gentilmente fornecidos por um nosso ex-colega (MUITO obrigado, F.!) - dois ou três pontos que me parecem importantes:

Ao contrário do que nos ensinaram na escola, no que toca à conquista de Lisboa D. Afonso Henriques NÃO FOI *ajudado* pelos cruzados, pois estes eram mais numerosos e melhor equipados que os portugueses.
Terá sido, portanto, o contrário.
O *exército* português era, salvo erro, constituído maioritariamente por milícias municipais, e muitas não se mantiveram no cerco até ao fim (muitas delas limitaram-se a cumprir o serviço mínimo estipulado nos respectivos forais).

No acordo de rendição de Lisboa - negociado e assinado, e criminosamente incumprido pelos cruzados - as primeiras tropas a entrar na cidade seriam os anglo-normandos e os da Flandres. Portugueses, nenhum! (o que é *muito* embaraçoso para o heróico episódio de Martim Moniz).

Ora, foram exactamente os da Flandres "deixando o conde d'Aerschott muito apoucado aos outros condestabres" que em vez dos 200 ou 300 combinados, entraram em magote, e começaram a pilhar, violar e saquear, e mataram o bispo cristão, um ancião, quando roubavam a igreja.

É óbvio que nada disto tem a ver com religião, nem a acção em Lisboa estava prevista e, se não sei se os de Munique eram arianos (duvido muito) os da Flandres eram de uma região onde o arianismo nunca entrou.

O bispo de Lisboa seria certamente moçárabe mas, se é certo que os Borgonheses também vinham em *cruzada* anti-moçárabe impulsionada por S. Bernardo de Claraval, não me parece que D. Afonso Henriques tenha herdado essse propósito, tanto mais que, a começar por Coimbra, sempre conviveu bem com eles. Aliás, se o anti-moçarabismo fosse um objectivo, o novo bispo de Lisboa teria sido alguém da arquidiocese de Braga e não um inglês como foi.

Cumprimentos
Luís K W
Lisboa-Portugal

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118218 | abivar | 08 May 2006 16:56 | In reply to: #118133

Caro José Maria Ferreira:

Gostaria de perceber como distingue o que chama “factos” do que considera falsidades; por que razão não dá crédito aos compêndios de História mas considera como factos provados alguns relatos colhidos noutras fontes. Sei bem que nem todas as fontes merecem o mesmo crédito, mas, desculpe-me a franqueza, muitas das afirmações que faz são objectivamente incorrectas, e têm sido neste mesmo tópico rectificadas por outros confrades, com argumentos que me parecem dificilmente contestáveis, pelo que os seus critérios de avaliação e utilização das fontes levantam sérias interrogações. “Quase tudo” já se escreveu acerca de alguns temas históricos, sobretudo dos que estão mais “na moda”; em muitos casos há cadeias de citações que partem de puras invenções ou deturpações grosseiras da realidade, servindo o propósito de denegrir os “inimigos de estimação” de uns e de outros. Desde há dois mil anos que a Igreja Católica tem sido um desses “inimigos de estimação” de muitos, pelo que não é de admirar que se possam encontrar relatos ao longos dos séculos acusando-a de tudo e do seu contrário; não pretendo com isto ilibar nenhuma instituição dos erros e crimes que possam ter sido cometidos em seu nome ou pelos seus membros, mas o volume de disparates que tenho visto publicados nos últimos tempos, no meadamente no campo da História das Religiões, é tal que se torna difícil manter a lucidez em debates como este...

Com os melhores cumprimentos,

António Bivar

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118270 | josemariaferreira | 09 May 2006 11:14 | In reply to: #118012

Caro Sérgio Sodré

Numa Europa em constante mutação é necessário ter em atenção os acontecimentos no seu devido tempo.
Os Hunos estão na "Hungria" Panónia no séc.V, só depois da derrota de Átila, vêm os Ávaros no séc. VI, que em aliança com os Búlgaros chegaram a formar um estado, que depois se desmoronou, continuando os Ávaros a existir na Panonia só até ao séc IX, altura em que Carlos Magno subjugou aquela região da Panonia ao poder dos Francos.
Portanto só depois dos Francos terem dominado a região da Panonia é que se formou a Hungria, a grande potência da Idade Média na Europa e no Mundo!
É dessa grande Hungria que eu falo, a Hungria saída das civilizações dos Godos, Francos, Gregos e Romanos com o Rio Danúbio a dividi-la ao meio, de dum lado de influência Ostrogoda e do outro a Visigoda. A Hungria fundada por Santo Estêvão e não a "Hungria" dos Hunos e Avaros que a sua passagem só deixaram destruição e não civilização.
A Hungria que eu falo é a Hungria da Idade Média que foi considerada o bastião do cristianismo ocidental, mas também a região fronteiriça da construção de igrejas românicas e góticas, assim como a potência medieval europeia na expansão da civilização ocidental em direcção ao Oriente.
Falo da Hungria herdeira da antiga Panonia grega e romana que também foi bastião do cristianismo ocidental, de lá partiu no séc. IV S. Martinho da Panonia em direcção ao Ocidente, para em Tours, na França iniciar ali uma nova maneira de estar com Cristo, a vida monástica. Mais tarde, é de lá que parte S. Martinho de Dume com destino à Península Ibérica para se tornar Bispo de Braga, de lá também partiu o célebre legionário romano Constantim de Panonias, de lá (agora já com o nome de Hungria) também partiu D. Henrique embebido de todos os sentimentos religioso e militar dos seus antecessores, ele chega à Península Ibérica funda mosteiros e combate os infiéis muçulmanos, tão bem, como também o já houvera feito na Hungria, onde ficara celebremente conhecido entre os muçulmanos.
Luís de Camões nos Lusíadas diz que a nacionalidade do pai de D. Afonso Henrique era Húngaro, ele lá sabia porquê! Um grande génio como foi Camões, não vamos duvidar dele, pois não?

Destes Anrique (dizem que segundo
Filho de um Rei da Hungria experimentado)
Portugal houve em sorte, que no mundo
Então não era ilustre nem prezado;
E, pêra mais sinal de amor profundo,
Quis o Rei Castelhano que casado
Com Teresa, sua filha, o Conde fosse;
E com ela das terras tomou posse.


Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118279 | Sérgio Sodré | 09 May 2006 14:14 | In reply to: #118270

Caro Zé Maria

Camões foi um génio, mas não em genealogia. Para a genealogia de D. Afonso Henriques o estudo mais completo deve ser o trabalho publicado julgo que nos dois ou três primeiros volumes da revista da Associação Portuguesa de Genealogia, "Raízes e Memórias". Entrando no site da Associação é possível verificar os títulos dos artigos publicados na revista pelo antigo Presidente do Instituto Português de Heráldica. Os artigos são vastos e exaustivos. Tenho quase a certeza de que, mais tarde, foram publicados numa separata da Associação. A revista existe na Férin.

O confrade refere bem a questão dos Hunos, Ávaros e Francos (de Carlos Magno), mas não cita os Magiares que chocam, mais tarde, com o Imperador germânico Otão chegando a penetrar na Alemanha. Ora são os Magiares que se fixam e formam a Hungria moderna (os demais europeus é que lhes chamam húngaros, mas eles continuam hoje a autodenominarem-se magiares) cuja raiz não é pois germânica. Os francos carolíngios já eram passado. Se o Conde D. Henrique fosse húngaro (igual a magiar) não era com certeza franco, nem burgúndio, nem sequer germânico. Mas ele era da Casa dos condes de Borgonha e estes não eram magiares. Eram francos, na melhor das hipóteses talvez com algum sangue dos burgúndios batidos e anexados (o que duvido). Gota de sangue magiar é que não me parece possível.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118280 | Sérgio Sodré | 09 May 2006 14:32 | In reply to: #118270

Correcção

Fui confirmar na internet, afinal o colossal estudo de Luís de Mello Vaz de São Payo "A Ascendência de D. Afonso Henriques" é composto por artigos vastos publicados nos números 2,3,4,5,6,7 e 8 da revista "Raízes e Memórias".

Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118343 | luis262 | 10 May 2006 19:45 | In reply to: #118006

Caro José Maria Ferreira,

Tenho acompanhado com o maior interesse este debate levantado por si.

Sou um leigo no assunto, embora tenha abordado a questão dos cátaros e da cruzada contra os Albigenses, a propósito da existência de um Castelo de Aguilar,na actual França, em pleno "país cátaro" , cujas origens , bem como a denominação parece que estão mais ou menos esfumadas no tempo...

Há quem atribua a origem do nome ao facto do castelo se situar no cume de uma montanha rochosa. Teria então a ver com as águias, outros afirmam que esteve em época indeterminada na posse de uns Condes região da Catalunha.
Resumindo: sabe-se que pertenceu a um Conde de Besalú, bisneto de Wilfred le Velu, pois é conhecido o testamento em que o conde o legou a seu filho Guilherme em 1020.
Mais tarde viria a pertencer aos senhores de Termes , vassalos dos poderosos senhores de Trencavel.
Quando da cruzada contra os Albigenses, Raymond de Termes, ligado aos cátaros, luta contra a cruzada.
O castelo , depois de se defender durante vários meses de um cereco que lhe foi montado por Simão de Monfort, acaba por ser conquistado, em 1210 e dado a um cruzado, de nome Alain Roucy.

Terminada a Cruzada contra os Albigenses, o rei toma posse do castelo, mas ele volta a ser pertença dos senhores de Termes, por doação real, na pessoa de Olivier de Termes , em 1250, em paga das suas vitórias militares na terra Santa.

Finalmente em 1260, Louis IX. compra o castelo , que passa a fortaleza real.

É interessante que a origem do apelido Aguilar, tem várias versões, mas também é um facto, que tanto as origens deste Castelo, como as do Mosteiro de Aguilar del Campoo, são francamente anteriores à versão mais corrente, que é areferida em alguns nobiliários.
Como geralmente a História acaba por ir sendo quase sempre contada pelos vencedores, julgo que todo este tipo de questões merecem ser aprofundadas sem preconceitos.
Daí aminha saudação a propósito do tema que lançou, embora o meu conhecimento sobre a questão de fundo seja mais do que parco e, interessei-me sobretudo por, como sabe ter Aguilares nos meus costados do Baixo Alentejo.

Cumprimentos

Luís Piçarra

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118378 | Sérgio Sodré | 11 May 2006 12:07 | In reply to: #118270

Caro confrade

Lembro um facto histórico da maior importância: a decisiva, para o futuro da Europa, Batalha de Lechfeld em 955. A terem nela participado, de que lado estavam os antepassados de D. Afonso Henriques, do Ocidente cristão ou do Leste pagão (e húngaro)?

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#118391 | josemariaferreira | 11 May 2006 14:56 | In reply to: #118378

Caro Sérgio Sodré

Como saberá, será uma coisa e outra. D. Afonso Henriques, apesar de Cristão não renegava os Deuses antigos, era inclusivé um templário que adorava Salomão! Na batalha de Panoyas, no sítio Pombal de S. João, (actual Quinta Nova)armou mesmo cavaleiro Gualdim Pais, este em honra de Panoyas fundou o Castelo do Pombal.
Por muito estranho que pareça, foi a batalha que deu nome à actual localidade de Ourique e não esta que deu nome à batalha, aquela localidade ainda no tempo de D. Pedro I, se denominava de Vila Nova do Campo de Ourique!
Campo aqui, não é terreno onde se cultiva o trigo, mas sim nome germânico/ anglo saxónico (antigo) como os homens de D. Afonso Henriques designavam Vitória dos seus soldados ou guerreiros!

Cumprimentos
Zé Maria

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#118460 | Sérgio Sodré | 12 May 2006 13:49 | In reply to: #117678

Caros confrades

Para aqueles que aceitam uma Batalha de Ourique travada nos arredores desta vila alentejana, o que é controverso, recomendo o estudo de Martim Velho publicado pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal (A Batalha de Ourique - estudos críticos), julgo que em 1989.
O autor, eminente arabista, estudou as fontes árabes, investigando durante décadas (inclusive no Magreb), pelo que o trabalho produzido é assaz interessante.
Quanto ao local da batalha, situa-o em S. Pedro das Cabeças, onde, inclusivamente, refere descobertas arqueológicas abonatórias.
Também afirma que apenas a zona de Ourique no Alentejo tinha tal designação na época de D. Afonso Henriques, comprovada por fontes árabes, sendo que os outros Ouriques só o foram em datas mais recentes. Ou que pelo menos não há prova documental de que já assim se designavam em 1139. Vale a pena ler.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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#118468 | josemariaferreira | 12 May 2006 16:36 | In reply to: #118460

Caro Sérgio Sodré

S. Pedro das Cabeças, também era a denominação porque era conhecida a Vila de Panoyas no início do séc. XIV, era costume da população, assim fazê-lo, numa alusão ao orago da sua igreja e por nela se encontrarem as cabeças de S. Fabião e S. Romão.
Mas como Panoyas era nessa altura terra de D. Vataça uma espiã alemã, anti-papal na Corte de Castela, a Igreja tudo fez para não se conotar aquela terra como a da Batalha que deu origem a Portugal, vai daí lançaram a confusão no povo (que naquela altura ainda era tradição celebrar o feito) dizendo que afinal não era bem ali, mas em Cabeças de El-Rei na antiga estrada romana que ía de Beja para Mértola. Com a divisão administrativa do território por Comarcas foi dado o nome a uma Comarca, com o nome de Campo de Ourique em memória da Vitória de Henrique (Uriq em moçárabe) fica a confusão instalada, o que foi uma "acção" passou a ser um "lugar", os padres podiam agora reinar à vontade, a Inquisição faria depois o resto!!!
Mas Deus escreve direito por linhas tortas e vai daí, a Igreja Católica manda mesmo construir uma Ermida que se passou a dominar de S. Pedro das Cabeças, para comemorar uma batalha travada em dia de S. Tiago! Seria mais logíco denominá-la de S. Tiago (também conhecido por Mata-Mouros)! No séc. XVIII, constrói-se também sob os auspícios da igreja católica uma Basílica Real em Castro Verde para assinalar a Batalha. Mas tanto o lugar da Ermida como a Basílica não têm qualquer significado histórico, senão aquele que a Igreja lhe quiser atribuir. Há uma razão para a Igreja não querer assumir que a Batalha de deu de facto em S. Pedro das Cabeças de Panoyas, assim denominada na altura por nela se encontrar a cabeça de S.Romão, o soldado que acreditou e morreu em Cristo, numa alusão aos soldados que morreram e campearam na batalha de Panoyas, e a cabeça de S. Fabião, o papa eleito por acção do Espirito Santo, numa alusão à aclamação Divina de D. Afonso Henriques, Rei de Portugal.
No dia de S. Cristovão do ano de 1139, D. Afonso Henriques levando Cristo, para Sol, conseguiu comunicar com Deus, através do Espírito Santo, no Pombal de S. João da Villa de Panoyas. Milagre!!! Exclamavam os os seus Soldados. D. Afonso Henriques a partir daquele momento mandou o Papa às urtigas porque ele tinha comunicado com Deus e não lhe reconhecia nenhum poder Divino senão o que vinha de Deus! Portugal foi formado desta forma por acção Divina (eu sou disso testemunho!)
Milagre também foi a cabeça de S. Fabião ter ido parar à Basílica de Castro Verde!!!
Se a quiserem ver, vão vê-la antes que ela desapareça, assim com desapareceu da Igreja de S. Pedro de Panoyas!!!

Cumprimentos a todos
Zé Maria

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#118538 | Luis K. W. | 13 May 2006 23:31 | In reply to: #118468

«Portugal foi formado desta forma por acção Divina (eu sou disso testemunho!)»

Caro Zé Maria,
Aviso que sou pouco dado a coisas misteriosas, inexplicáveis, esotéricas e afins. Mas achei curiosa a sua frase (entre parêntesis).

Explique-nos lá melhor do que é que você "é testemunho".

Cumprimentos
Luís K W
Lisboa-Portugal

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#118606 | Sérgio Sodré | 15 May 2006 10:30 | In reply to: #118538

Caros Confrades

Sobre a formação da "Lenda de Ourique" há um excelente estudo de Lindley Cintra que permite acompanhar a evolução da documentação relativa à batalha desde as primeiras referências muito curtas até aos relatos em que D. Afonso chega a dialogar com Cristo. Houve toda uma criação de documentação aquando do cativeiro espanhol (1580-1640) para justificar a libertação como estando de acordo com os desígnios divinos. Neste contexto patriótico também se inventaram as famosas Cortes de Lamego. Tudo ao serviço da Restauração, essa sim um verdadeiro milagre de fé e tenacidade na Nação Portuguesa.
Quanto a Ourique, inclino-me a crer que foi realmente uma grande vitória em condições muito difíceis. Mas o seu principal valor é como mito-fundador de Portugal, como história exemplar que devia inspirar os feitos dos vindouros, e que por isso foi sendo reconstruída ao longo dos tempos, adaptando-se às necessidades patróticas de cada contexto histórico. Sendo posta em causa quando o contexto era de racionalismo e positivismo. A verdade factual de 1139 poderá nunca ser alcançada, mas não deixa de fazer sonhar qualquer Português.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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#118903 | josemariaferreira | 19 May 2006 18:55 | In reply to: #118538

Caro Luís K W

Sou testemunho da veracidade do juramento de D. Afonso Henriques feito no ano de 1152.
Apesar de alguma manipulação, numa cópia do documento original, existente no mosteiro de Alcobaça, a essencia do seu juramento mantem-se e disso vou dar provas com factos.

Eu tinha sete anos, quando, subi a primeira vez ao monte da Vigia em companhia de um ancião da minha terra. Ao chegar ao cimo, perguntei-lhe porque se chamava assim aquele monte, ao que ele me respondeu:
“Este lugar chama-se Vigia ou Búgia, porque era daqui que os Portugueses durante a guerra com os mouros vigiavam, (estavam à véla) dos Mouros que vinham do lado dos Algarves através da Serra da Vigia ou de S. Martinho. Durante a batalha, que D. Afonso Henriques travou com os Mouros, foi aqui que ele esteve acampado e de Vigia (á vela). A ermida, que vês ao fundo, é a da Piedade, onde Deus, com piedade de D. Afonso Henriques, lhe apareceu na forma do Espirito Santo e lhe transmitiu que o tinha escolhido para ser Rei de Portugal, assim como tinha escolhido a sua geração, da qual linhagem saíria um Imperador que levaria o nome de Jesus Cristo aos quatro cantos do Mundo! Vês além!, logo por baixo da Fonte da Piedade, onde cinco caminhos se vão entroncar num que segue para o Sul, nesse local ficava o Pombal, ou Esprital de S. João, onde D. Afonso Henriques, depois da Vitória armou cavaleiros, os homens seus vassalos”.
- Continuava o ancião enquanto eu eternicido, ouvia as suas palavras:
“ Vês!, D. Afonso Henriques e os seus homens, depois de travada a batalha seguiram para norte, a primeira povoação que encontraram foi Panoyas, D. Afonso, já Rei por acção Divina, mandou seus homens, deporem as armas, junto ao poço da povoação e para comemorar a fundação do Reino, mandou aos seus pedreiros fundar o poço e empedra-lo em forma de um quadrado que era a visão medieval do cosmos, nas suas paredes mandou colocar um brasão de Jesus Cristo. D. Afonso Henriques deliberou que de futuro à povoação seria dado esse brasão, como significado que fora lá que aparecera Cristo ao primeiro Rei, assim como teria direito para sempre a ser representada nas Cortes, para nelas apoiar Cristo e a vinda do Imperador, com privilégio sobre todas as outras terras da região.” Depois deste relato, fez uma pausa, para logo continuar!
“Vês!, ao sítio contra o nascente onde D. Afonso viu a Cruz passou a ser conhecido por Cruz da Pedra. D. Afonso Henriques deixou em Panoyas, gravados em pedra sólida, a Cruz como sinal da morte de Cristo, e o poço como sinal do renascimento (fundação) de um Novo Reino em Cristo”.
Não sei o nome do ancião que apareceu a D. Afonso Henriques, mas este tinha Luz no seu, e foi o meu Sol.


Evidentemente que se trata da narração da lenda, por um ancião da Vila de Panoyas contada a mim próprio, mas a lenda encaixa perfeitamente no juramento de Afonso Henriques, apesar do documento que a regista poder ter sido já manipulado por se tratar duma cópia que existe no Mosteiro de Alcobaça. Mas a ter sido manipulada por quem seria? Certamente pelos católicos o que é prefeitamente compreensível na medida em que é muito difícil lidar-se com o sentimento de uma nação maioritariamente católica e ter-se uma família real e a aristrocracia com outro culto. Vai daí talvez fosse mais consensual entre os eclesiásticos, dar uns retoques nesse documento, até como forma de manter a unidade espiritual e quem sabe talvez mesmo politica da Nação Portuguesa.
São disso notório as passagens desse documento.” Eu estava com o meu exercito no Alemtejo, no Campo de Ourique para dar batalha a Esmael” Ora D. Afonso Henrique jamais diria aquela frase, porque era uma aberração para aquela altura, seria o mesmo que dizer “Eu estava com o meu exército nas terras Alemtejo, na minha batalha vitoriosa para dar batalha a Esmael”, Ora aqui percebe-se perfeitamente que a Batalha não podia ser vitoriosa, porque ainda não se tinha travado!!! Uma maozinha de algum padre católico que para omitir o verdadeiro local da Batalha, acabou por lhe sair o tiro pela culatra!!!
Outra passagem curiosa para conotar o nosso primeiro rei com a religião católica, o copista escreve mesmo descaradamente “… Senhor meu porque está aqui um homem velho que vos quer falar”. Respondeu D. Afonso Henriques “ Entre se é Católico”...)
Ora sabe-se que D. Afonso Henriques não era Católico, ele e a sua aristocracia tinham um culto próprio, o copista tenta deste modo ligar o primeiro Rei ao catolicismo!!!

Mas a Vila de Panoyas jamais será ocultada!!!

TRADIÇÃO: Sempre foi tradição desde tempos remotos que D. Afonso Henriques, passou pela então povoação de Panoyas, tendo sido recebido pela população moçárabe ( cristãos visigodos sob o domínio muçulmano, que até tinham uma Ermida de devoção a S. João) como libertador.

BRASÃO DE ARMAS: O brasão de armas da Vila de Panoyas é o único brasão da então Comarca do Campo de Ourique que tem a cabeça de Cristo com cabelos louros circundado por um Sol. Num Reino de Cristãos que outras localidades tiveram esse previlégio?

CORTES: Panoyas foi a Vila do Campo de Ourique que tinha representação nas Cortes à frente de todas as outras da região.

IMPERADOR: Deus anunciou na batalha de Panoyas (Campo d`urique) um novo Imperador. Este Imperador saído da linhagem de D. Afonso Henriques será Colombo. Os homens de Panoyas sempre estiveram na primeira linha, para fazer renascer uma Nova Era, um Império em Cristo.

Os meus melhores cumprimentos

Zé Maria

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#118970 | fertelde | 20 May 2006 18:49 | In reply to: #118903

Caro José Maria: Se o Imperador Colombo, pretendia criar um Imperio em Cristo, entâo equivocou se de tal modo, que foi trazido em ferros daquelas terras, por anti Cristo. Isto è, praticou tantas barbaridades, que o mandaram de volta para a Peninsula... detido.-
Cumprimentos,
Fernando de Telde

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#118973 | josemariaferreira | 20 May 2006 19:20 | In reply to: #118970

Caro Fernando Telde

Detido por quem? A exemplo de Cristo ele deu a sua vida pela humanidade! Cristo veio pobre a este Mundo, Cristovão veio rico mas abdicou de toda a sua riqueza para morrer sem uma telha em Espanha!!!
É preciso saber quem foi Colombo, não foi certamente um tecelão, cujo filho casou com uma Vice-Rainha.

Cumprimentos

Zé Maria

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#118975 | fertelde | 20 May 2006 19:28 | In reply to: #118973

Foi detido pelo entâo governador da Isabela e, mandado em ferros prestar contas perante o Rei de Leâo, Fernando o Catolico...
Morre pobre?? Onde se pode ler isso?
Cada vez sinto mais curiosidade por conhecer os livros por onde busca informaçâo...
Hoje, no sul de Gran Canarias, houve uma homnagem a Colón, porque se diz que por alí passou para consertar e fazer aguada nas suas naos...
Cada um inventa o que quer e se apropria da historia como lhe vem na alma, mas ha que ter um pouco de ètica... Em Maspalomas nem ha rios nem è uma zona onde se pode reparar uma nao. Tremendo o que se pode inventar, para fazer politica e...
Cumprimentos,
Fernando de Telde.-

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#118976 | Luis K. W. | 20 May 2006 19:43 | In reply to: #118903

Meu caro Zé Maria,

Vou começar por lhe pedir desculpa. Os que me conhecem sabem que evito escrever mal-disposto e que o normal é eu escrever descontraidamente, com um sorriso nos lábios. Mas desta vez estou a escrever reprimindo uma enorme vontade de rir.
É que eu, que sou ateu mas respeito os crentes - até porque estudei numa Universidade Católica - também tenho os meus limites...

Tenho um bocado de dificuldade em acreditar em tradições com 800 anos. É-me mais fácil acreditar em tradições com 350 anos de que se faz de conta que têm 800. A TRADIÇÃO do milagre de Ourique, por exemplo, sabe-se muito bem QUANDO e PORQUE apareceu.
(É como a do Santo Graal que foi mencionado pela primeira vez num "romance" do sec. XII e desde então toda a gente acredita que ele existiu. Ou, seria como se daqui a 500 anos a Humanidade acreditasse que os personagens do Senhor dos Anéis realmente existiram).

Acho muita graça a essa sua teoria segundo a qual Afonso Henriques não era católico. Portanto, as igrejas que ele mandou fundar, os actos que assinou (em nome de Deus Nosso Senhor), etc. são tudo balelas forjadas por padrecas?

E também não é exactamente verdade que ele tenha fundado - pelo menos sózinho - o reino de Portugal (a mãe, Tareja, que devia odiar a meia-irmã Urraca, já se intitulava Regina). O Reino foi forjado por um conjunto de vontades e circunstâncias, de que Afonso Henriques foi o principal esteio.

E essa ideia de Jesus Cristo ser LOURO é de rebolar a rir! Não dúvide que ele teria mais um perfil de Yasser Arafat que de Bjorn Borg!!

Quanto ao NOVO IMPERADOR sei de um, bem actual, com pretensões a todo o Mundo, e que até FALA COM DEUS (tal como o seu antepassado Afonso Henriques); mister George W. Bush, claro!

Pensando melhor, eu também tenho Afonso Henriques na linhagem. E mais umas centenas de milhões de pessoas. Seremos todos nós, os seus descendentes, os tais imperadores?

Quanto aos dados q referiu sobre Panoias, são interessantes. Prometo que estarei atento.

Cumprimentos
Luis K W

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#118980 | josemariaferreira | 20 May 2006 22:32 | In reply to: #118975

Caro Fernando de Telde

O que os Espanhóis queriam era o ouro e as pérolas, mas como o prazo dos 7 anos se estava a esgotar e não viam nada, trouxeram-no preso sob ferros e Bobadilha leva o ouro e as pérolas aos Reis Católicos. Veja-se aqui o exemplo de Colombo, os navios chegarem a Espanha carregados de ouro e perolas e ele preso a ferros, a que ele terá afirmado " o ouro é muito excelente" " acreditava que o meu exemplo teria servido para os outros, pelo contrário estão de rosto contra a Terra e apesar de não morrerem a doença é incurável ou pelo menos profunda. Que aquele que os pôs neste estado, venha agora trazer remédio, se puder ou se conhecer. Para destruir, cada um é Senhor. Não fiz esta viagem para ganhar honra ou fortuna"
A afirmação que não tinha uma telha em Espanha é do próprio Colombo, em carta que lhe atribuída. A não ser que a mesma seja falsa!!!
Mas posso lhe afiançar por minha investigação própria que em Portugal também não tinha, ou melhor, abdicou de toda a sua fortuna em prol da Humanidade!!!

Os meus melhores cumprimentos

Zé Maria

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#118981 | josemariaferreira | 20 May 2006 22:54 | In reply to: #118976

Caro Luís K W

Eu também estou a escrever com um sorriso nos lábios! Afinal não devemos levar o Mundo assim tão a sério!?
Quanto a religiosidade do nosso primeiro Rei, temos que ter em conta que ele era soberano de uma nação iminentemente católica e que teria por força das circunstâncias ter acordos do o Papa, isso seria lógico. Foi num desses acordos que tomamos conhecimento através da respectiva Bula que a Igreja de S. Vicente seria construída sobre o cemitério dos cavaleiros germânicos caídos na conquista da cidade.

Cumprimentos

Zé Maria

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#118982 | Luis K. W. | 20 May 2006 23:40 | In reply to: #118981

Caro Zé Maria,

Há coisas que vc escreveu que estão bem vistas.
Mas vão TÃO contra ao que está mais que estudado e comprovado pelos mais eminentes historiadores que é natural que tenhamos as nossas dúvidas.

Um abraço
Luís K W

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#118984 | Luis K. W. | 20 May 2006 23:48 | In reply to: #118980

Caro Zé Maria

O C.C. ate' pode ter gasto toda a sua fortuna a custear as suas diligências para arranjar quem lhe financiasse as viagens às Caraíbas (quem me dera arranjar quem me pagasse as minhas).
Mas dizer que ele abdicou da fortuna em prol da Humanidade é um exagero! As exigencias que ele fez aos primeiros patrocinadores (os reis de Castela e Aragão), não foram as de um desprendido dos bens materiais! Foram as de um ganancioso que imaginou ali um filão inesgotável.
Isto é, o que ele fez foi dar tudo por tudo em prol dele próprio e da sua descendencia!

Luis K W
Lisboa-Portugal

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#119025 | josemariaferreira | 21 May 2006 19:09 | In reply to: #118975

Caro Fernando Telde

No final de sua vida Colombo escreve uma carta ao Rei Espanhol onde lhe narra algumas passagens da sua terrível quarta viagem, para rematar no final:
"... Finalmente, para chegar ao cúmulo da minha desgraça, vinte anos de serviço de fadigas e perigos não me trouxeram nenhum proveito, pois encontro-me hoje sem uma só telha na Espanha, e apenas o albergue me dá asilo quando quero algum descanso, ou as mais simples refeições; ainda que me encontre muitas vezes impotente para pagar meu quinhão..."

Tudo isto é muito estranho para um homem que escreveu que foi ele que financiou na maior parte da empresa da 1ª viagem, pois o Reino de Espanha era nessa altura pobre e os Reis só gastaram um conto de maravédis.
Colombo depois de "descobrir" as Índias chega mesmo a propôr aos Reis Espanhóis uma cruzada para a tomada de Jerusalém.
"...Escrevi aos Reis, meus Senhores, que eu durante 7 anos, pagaria 50.000 soldados de infantaria e 5.000 de cavalo, para a sua conquista; e durante outros 7 anos outros 50.000 peões e outros 5.000 de cavaleiros, que seriam 10.000 de cavalos e 100.000 de pé. Os historiadores aqui nesta afirmação de Colombo nunca a levaram a sério e alguns dizem mesmo que ele estava a delirar!!!
Colombo estaria mesmo a delirar, ou teria proposto na realidade essa cruzada aos Reis Espanhóis?
Parece estar aqui o cerne da questão, tal como D. Afonso Henriques tinha por trás de si os alemães, na formação de Portugal, também este Colombo um nobre português tinha por trás os Alemães no seu projecto da conquista do Reino de Jerusalém e formação de um Novo Império com a "descoberta" do Novo Mundo, para se cumprir com o juramento de D. Afonso Henriques!!!
È que ele quando foi de Portugal para Espanha ficou em casa do tio de Filipa Moniz que era Alemão!!!

Cumprimentos

Zé Maria

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#119029 | Luis K. W. | 21 May 2006 20:26 | In reply to: #119025

Caro Zé Maria,
Ajude-me! Que tio da Filipa Moniz era Alemão?

Do lado do pai, Bartolomeu, eram Pallastrelli, e não me lembro de o irmão ou as irmãs dele terem casado com um Alemão.
Idem do lado da mãe e das outras mulheres de Bartolomeu (ele casou sucessivamente com Margarida Martins, Catarina Furtado de Mendonça e com Isabel Moniz).

Quanto ao que o C.C. escreveu, em vez de acreditar em tudo sem pestanejar, mais vale pensar que ele era um bocadinho exagerado... :-)

Luis K W
Lisboa-Portugal
PS: George W Bush, o actual pretendente a "Imperador", descendente de Afonso Henriques e que também - DIZ QUE - fala com Deus, teve azar com os Alemães que lhe chamaram mentiroso na cara! :-))

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#119065 | josemariaferreira | 22 May 2006 11:07 | In reply to: #119029

Caro Luís K W

Queria referir-me a Miguel Mulliarte, cunhado de Filipa Moniz e Cristovão Colombo.
Este acompanhou Colombo nas duas primeiras viagens às Indías Ocidentais.
A sua nacionalidade é muito discutida, mas cá para mim se não é alemão será porventura holandês, muito próximo dos Leme. Fernão Gomes da Mina foi casado com uma Leme.

Cumprimentos

Zé Maria

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#119066 | fertelde | 22 May 2006 11:14 | In reply to: #119025

Estimado Zé Maria: Sim, efectivamente parece ser que Colon delirava bastante... Delirou quando foi para Espanha apresentar o seu projecto aos reis católicos e, parece ser que estes também deliravam, quando aceitaram um projecto inviàvel tanto do ponto de vista técnico como económico. Delirou quando exigio o preço da entrega do seu segredo aos reis de Espanha, e delirou quando quis governar aquelas terras como se de uma nao se tratara.
Quanto à pobresa de Colón, pode que seja um outro invento ou delirio, uma vez que, os filhos de Colón, casaram com Damas nobres e com dote.-
Cumprimentos,
Fernando de Telde

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#119070 | josemariaferreira | 22 May 2006 12:02 | In reply to: #119066

Caro Fernando Telde

Estou inteiramente de acordo com o que diz, no entanto quanto à pobreza de Colombo, se me permite, faço-lhe um pequeno reparo. O que era essa riqueza que Colombo deixava quando faleceu, comparada com o seu grande Império que ele em vida se despegou!!! Era mesmo de dizer que não tinha sequer uma telha em Espanha.

Cumprimentos

Zé Maria

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#119082 | Aqua | 22 May 2006 15:20 | In reply to: #118976

Caros confrades,

A propósito de tradições, lembro-me sempre da forma como Tróia foi descoberta. Não passava de uma historieta da Ilíada, mas Schliemann achou que havia ali mais qualquer coisa e passou a vida a investigar. Acabou por encontrar a verdadeira Tróia, que até ao século XIX não passava de uma lenda. E não estamos a falar de uma tradição de 1000 ou 2000 anos, mas sim, de muito mais!
Cumprimentos
Rosário Figueiredo

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#119086 | Aqua | 22 May 2006 15:32 | In reply to: #118980

Caros confrades,

Há cerca de dois ou três meses o Canal de História exibiu um documentário sobre Colombo. Era sobre umas escavações arqueológicas que estavam a ser realizadas nas Caraíbas, no sítio onde teria sido erguida a primeira paliçada nas Américas. Eram arqueólogos norte-americanos, se não estou em erro. Bem, eles chegaram à conclusao de que tinha havido ali um incêndio e muitos homens de Colombo que ficaram no local a guardar aquela defesa haviam sido mortos, com vestígios de ataques com flechas. Isto ocorrera numa altura em que Colombo se tinha ausentado para a Europa. Especulavam qual teria sido o motivo do incêndio e da morte dos companheiros de Colombo, e punham a hipótese de ter sido este acontecimento que levou à posterior política espanhola nas Américas. Curiosamente, esta hipótese que o José Maria Ferreira levanta também foi avançada pelos arqueólogos, isto é, de que tudo o que aconteceu posteriormente na colonização das Américas tinha sido em detrimento dos princípios de Colombo.

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#119094 | mpinto | 22 May 2006 17:07 | In reply to: #118109

Caro Luís K W,

Mesmo a noção de que a N/ nobreza medieval tinha uma origem genética visigótica é pouco fundamentada e corresponde mais à idealização que a realeza faz de si mesmo a partir do reinado de Afonso III como descendente e representante do Império Visigótico, quando se procura fundamentar a guerrilha endémica com o Islão como um movimento de reconquista. Visão ideal essa amplamente difundida no N/ ideal colectivo desde o início da nacionalidade e "popularizada" com os autores românticos do Sec. XIX.

Esta noção de reconquista estaria, álias, completamente ausente da mentalidade dos guerreiros detentores do poder (e muito menos ainda das populações fortemente ruralizadas e confinadas ao espaço psico-geográfico da sua aldeia) dos primeiros tempos da monarquia asturo-leonesa, como as variadíssimas alinças entre princípes e senhores cristãos com os seus equivalentes mouros confirma. Quando Almançor devasta todo o noroeste da penísula, tinha consigo inúmeros senhores portucalenses com as suas hostes. A noção de reconquista é tardia e de origem real, ou seja, corresponde a uma justificação erudita para a hegemonia (idealizada) dos reis de Oviedo/Leão. A realidade era bem diferente, com as relações pessoais de compromisso e lealdade a sobreporem-se permanentemente a qualquer noção de "pátria", e fragmentação do poder a dar origem a toda uma série de linhagens N/ conhecidas.

Sem querer fazer afirmações "científicas", estou em crer que a componente genética da nobreza do noroeste peninsular dos séculos VIII a XII seria, com certeza, uma amálgama de sangue godo (o que restou da estrondosa derrota de 711), aliado às aristocracias locais dos astures (nunca completamente romanizadas), do que sobreviveu das aristocracias hispano-romanas, elementos moçárabes (Sisnando de Coimbra, por ex.) e aragoneses (o nome Ximenes, por ex. frequente na nobreza alto medieval portuguesa), etc.

Espero ter dado mais um contributo para este tópico.

Melhores cumprimentos,

Maurício Pereira Pinto

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#119104 | fertelde | 22 May 2006 19:42 | In reply to: #119070

Estimado Zé Maria:
O "Grande Império" que Colón descobrio, nâo foi mais de que umas quantas ilhas do Caribe, que nâo tinham, nem tem ouro nem prata e, as costas do norte, sul americano onde chegou, nunca lhe foram atribuidas...
Cabral, em comparaçâo, deu a conhecer todo um vasto território, esse sim, rico em ouro e prata e, nâo reivindicou mais que honras. Mesmo assim, morreu sem pena nem glória.
Outro, que deu a conhecer o novo mundo, que acompanhou várias expediçôes áquele vasto continente, também dalí nâo sacou mais que a honra de deixar para sempre o seu nome ligado a um vasto território: Americo Vespucio...
Abraço,
Fernando de Telde

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#119164 | xisco | 23 May 2006 14:59 | In reply to: #118981

Caro José Maria Ferreira

Já o "conheço" de outros tópicos, estou atento e absolutamente deliciado com esta discussão à volta de Panóias e da Batalha de Ourique. É uma teoria muito curiosa sobretudo tendo em conta a importância que foi perdendo como povoação até aos nossos dias. De facto apesar de lhe conhecer a importância de outrora como sede de concelho, nunca imaginei que se poderia ir tão longe na especulação (e uso o termo sem qualquer tipo de depreciação ou juízo, já que sou pouco mais que leigo na matéria) sobre a sua história. Conheço uma ou outra lenda ligadas à batalha de Ourique mas nenhumam se aproxima do que aqui tenho lido. Já li também em outros tópicos nomeadamente sobre a família Brito Camacho, se não me engano, referências a D. Vataça cuja existência e importância desconhecia. De facto constato que muito pouco está divulgada a história, ou histórias, do concelho.
Já agora, poderá dizer-me alguma coisa acerca do surgimento de Ourique como povoação anterior ao foral de D. Dinis, já que pelo que afirma não fará sentido considerar a sua existência anterior à de Panóias.

Ainda relativamente a Panóias, também já li que a ela estariam ligados os Condes de Unhão, há alguma ligação entre estes, D. Vataça e os Paes Matos.

Ultrapassando o tema, se me souber dizer quaquer coisa acerca das famílias Contreiras, Brito e Nobre, em Ourique, Alcarias ou Garvão talvez até Odemira (na família fala-se de relações estreitas do meu tetravô José Contreiras com José Nobre da Torre Vã e com a família Falcão) também lhe agradeço.

Obrigado

Luís Nobre Contreiras

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#119170 | josemariaferreira | 23 May 2006 17:14 | In reply to: #119164

Caro Luís Nobre Contreiras

Dona Vataça de Lescaris foi uma Senhora muito poderosa, basta ir à Sé Velha de Coimbra, para ver que aquele túmulo monumental, não é qualquer pessoa vulgar!!!
Ela era filha de Henrique, cujo nome em germânico já significa Rei, Governador, Homem poderoso, ao fim e ao cabo ela era de raça germânica e prima da Rainha Santa Isabel em cuja Corte ela esteve como Dama de honor e responsável pela educação dos príncipes.
Ora sucede que esta Senhora quanto chegou a Portugal "exigiu" da Ordem de Santiago aquela terra de Panoyas, ela lá sabia porquê!!! Escusado será dizer que a mesma logo lhe foi oferecida (por troca) com o Senhorio o Espiritual e o Herdamento.
Do Espiritual, logo fêz de Panoyas o maior centro religioso de toda a região Sul, do Herdamento fêz de Panoyas uma das terras mais nobres do País, pois através de doacções de terras (herdades e quintas) concentrou no concelho de Panoyas a fina nata da nobreza da altura, desde nobres portugueses até italianos (sicilianos) aragoneses ou mesmo germanos/hungaros, todo eles irmanados numa causa Universal, levar de novo Cristo ao Mundo!!!
É assim, que ainda hoje lá encontramos toponímicos dos seus antigos possuidores, como Fonterrata, Laborela de sicilianos, Bendoia (Mendôa) de aragoneses. Desta miscelânea de nobres, vamos depois encontrar no séc XV, os seus descendentes na Casa do Infante D. Henrique (ou não fosse ele também henrique), depois da morte deste passaram para a Casa de D. Fernando, Duque de Beja e depois quando este faleceu ficaram na Casa de D. Brites/D. Diogo de Beja.
São os descendentes da nobreza da Casa de D. Vataça os mais importantes Navegadores portugueses que no séc. XV, levaram o nome de Portugal aos quatro cantos do Mundo!
Daí a razão por se encontrarem em Panoyas, diversas pessoas ligados às navegações e às descobertas, inclusive foi panteão de algumas destas mais importantes famílias dentre as quais se destacam os Minas que sucederam a D. Henrique na empresa dos descobrimentos.
Os condes de Unhão foram os sucessores de fidalgo da Torre Vã, Álvaro Pires de Távora que também teve sepultura na Igreja de Santo António, uma das cinco Igrejas de Panoyas. Este Álvaro Pires de Távora era filho do morgado de Alcube.
Os Pais de Matos Palermo, descendem dos Palermos que vieram para Panóias com D. Vataça eram sicilianos, ainda no séc. XIX, lá se casavam em Igrejas mandadas construir por D. Vataça.

Ourique era naqueles primeiros tempos uma Vila Nova, como o eram Vila Nova de Portimão, Vila Nova de Milfontes e Vila Nova de Ficalho. Recebeu o nome de Vila Nova do Campo de Ourique, por ficar situada na Comarca com aquele nome. Ignoro se já havia o toponímico antes da sua fundação mas tudo leva em crer que o tenha recebido da Batalha.

Sobre os Contreiras, tenho em Panoyas um José Sabino Contreiras que teve dois filhos: José Guerreiro Sabino e Carlos Guerreiro Sabino, foram os últimos da geração dos Sabinos em Panoyas. O primeiro além de lavrador e proprietário, também era industrial com lagar e debulhadora e no comércio estava estabelecido com loja de confecções, mercearia e ferragens. O seu irmão Carlos era também lavrador e proprietário e industrial com fábrica de moagem. Foram os últimos Sabinos de uma geração de Sabinos na Vila de Panoyas.(trazidos por D. Vataça?)
Se souber algo sobre este Contreiras, agradecia a sua contribuição.

Os meus melhores cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#119206 | Luis K. W. | 24 May 2006 09:58 | In reply to: #119082

Rosario,
Nesse caso até havia documentos escritos (Ilíada, Odisseia,...), vindos de uma época em que a tradição oral era absolutamente fundamental para a história dos povos.
Luis K W
Lisboa-Portugal

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#119254 | xisco | 24 May 2006 22:14 | In reply to: #119170

Caro José Maria Ferreira

Obrigado pela sua pronta e muito esclarecedora informação.

Quanto a esse Sabino Contreiras nada sei a seu respeito mas é uma pista a explorar, em que data terá vivido?
A minha pesquisa ainda mal começou e por enquanto só sei o que me foi transmitido oralmente pelos meu avós. O Contreiras mais antigo de que tenho conhecimento é o meu trisavô José Contreiras, lavrador e produtor de vinho que viveu nas Alcarias (mas parece que não era natural de lá), casado com Maria Manuela Espada (de Montes Velhos), dele se diz que tinha relações muito próximas (não se sabe se parentesco) com a família Falcão e com a família Nobre da Torre Vã. Teve um filho, José de Contreiras Revez que casou com Assunção da Costa Pimenta de Garvão (tia do infame Costa que matou o Presidente Sidónio Pais).

Mais uma vez obrigado,

Luís Contreiras

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#119848 | josemariaferreira | 01 Jun 2006 18:12 | In reply to: #118218

Caro António Bivar

Factos são todos os acontecimentos que aqui tenho relatado, todos eles suportados por documentos manuscritos. Outra coisa são falsidades que por muito bem feitas e abençadas que estejam nunca conseguirão esconder a verdade.
Assim se passou com a célebre Batalha de Ourique, cuja história, muito nebulosa chegou ao séc. XIX, para que um grande historiador como foi Herculano a denunciasse como uma grande farsa ao afirmar que “Ourique não passa de uma lenda”. Caíu-lhe a Igreja em cima e só não foi à forca porque a Inquisição já tinha acabado. Herculano tinha constatado que a lenda assentava em pressupostos falsos, mas apesar de se levantaram contra ele as iras de todo o clero, este não se fartava de o injuriar por toda a forma, tanto em folhetos, como em jornais religiosos, e até nos próprios púlpitos, chegando a acusá-lo de deprimidor das glórias portuguesas. Herculano conhecia por dento a lenda da Igreja,acerca da Batalha de Ourique, mas não conhecia a autentica a genuína a popular que não é dita para se obter nada em troca, aquela lenda que passou de geração em geração nas gentes de Panoyas.
Se Herculano conhecesse a lenda de Panoyas, depressa chegaria aos documentos para fundamentar o seu raciocínio, mas depressa também constataria que afinal essa lenda só tinha sido pervertida a partir da morte de D. João II, com a introdução da Inquisição no nosso País.

O Juramento de D. Afonso Henriques é uma cópia de um documento, adulterado por essa mesma Igreja? Será um facto ou uma falsidade?

Eu Afonso Rei de Portugal, filho do Conde Henrique, e neto do grande Rei D. Afonso, diante de vós Bispo de Braga, e Bispo de Coimbra, e Teotónio, e de todos os mais Vassalos de meu Reino, juro em esta Cruz de metal, e neste livro dos Santos Evangelhos, em que ponho minhas mãos, que eu miserável pecador vi com estes olhos indignos a nosso Senhor Jesus Cristo estendido na Cruz, no modo seguinte. Eu estava com meu exercito nas terras de Alentejo, no Campo de Ourique, para dar batalha a Ismael, e outros quatro Reis Mouros, que tinham consigo infinitos milhares de homens, e minha gente temerosa de sua multidão, estava atribulada, e triste sobremaneira, em tanto que publicamente diziam alguns ser temeridade acometer tal jornada. E eu enfadado do que ouvia, comecei a cuidar comigo, que faria; e como tivesse na minha tenda um livro em que estava escrito o Testamento Velho, e o de Jesus Cristo, abri-o, e li nele a vitória de Gedeão, e disse entre mim mesmo. Muito bem sabeis vós, Senhor Jesus Cristo, que por amor vosso tomei sobre mim esta guerra contra vossos adversários, em vossa mão está dar a mim, e aos meus fortaleza para vencer estes blasfemadores de vosso nome. Ditas estas palavras adormeci sobre o livro, e comecei a sonhar, que via um homem velho vir para onde eu estava, e que me dizia: Afonso, tem confiança, porque vencerás, e destruirás estes Reis infiéis, e desfarás sua potência, e o Senhor se te mostrará. Estando nesta visão, chegou João Fernandes de Sousa meu Camareiro dizendo-me: Acordai, senhor meu, porque está aqui um homem velho, que vos quer falar. Entre (lhe respondi) se é Católico: e tanto que entrou, conheci ser aquele, que no sonho vira; o qual me disse: Senhor tende bom coração, vencereis, e não sereis vencido; sois amado do Senhor, porque sem duvida pôs sobre vós, e sobre vossa geração depois de vossos dias os olhos de sua misericórdia, até a decima sexta descendência, na qual se diminuiria a sucessão, mas nela assim diminuída ele tornará a pôr os olhos e verá. Ele me manda dizer-vos, que quando na seguinte noite ouvirdes a campainha de minha Ermida, na qual vivo há sessenta e seis anos, guardado no meio dos infiéis, com o favor do muito Alto, saias fora do Real sem nenhuns criados, porque vos quer mostrar sua grande piedade. Obedeci, e prostrado em terra com muita reverencia, venerei o Embaixador, e quem o mandava; e como posto em oração aguardasse o som, na segunda vela da noite ouvi a campainha, e armado com espada e rodela saí fora dos Reais, e subitamente vi a parte direita contra o Nascente, um raio resplandecente; e indo-se pouco, e pouco clarificando, cada hora se fazia maior; e pondo de propósito os olhos para aquela parte, vi de repente no próprio raio o sinal da Cruz, mais resplandecente que o Sol, e Jesus Cristo Crucificado nela, e de uma e de outra parte, uma copia grande de mancebos resplandecentes, os quais creio, que seriam os Santos Anjos. Vendo pois esta visão, pondo á parte o Escudo, e espada, e lançando em terra as roupas, e calçado me lancei de bruços, e desfeito em lágrimas comecei a rogar pela consolação de meus vassalos, e disse sem nenhum temor. A que fim me apareceis Senhor? Quereis por ventura acrescentar fé a quem tem tanta? Melhor é por certo que vos vejam os inimigos, e creiam em vós, que eu, que desde a fonte do Baptismo vos conheci por Deus verdadeiro, Filho da Virgem, e do Padre Eterno, e assim vos conheço agora. A Cruz era de maravilhosa grandeza, levantada da terra quase dez covados. O Senhor com um tom de voz suave, que minhas orelhas indignas ouviram, me disse. Não te apareci deste modo para acrescentar tua fé, mas para fortalecer teu coração neste conflito, e fundar os princípios de teu Reino sobre pedra firme. Confia Afonso, porque não só vencerás esta batalha, mas todas as outras em que pelejares contra os inimigos de minha Cruz. Acharás tua gente alegre, e esforçada para a peleja, e te pedirá que entres na batalha com titulo de Rei. Não ponhas dúvida, mas tudo quanto te pedirem lhe concede facilmente. Eu sou o fundador, e destruidor dos Reinos, e Impérios, e quero em ti, e teus descendentes fundar para mim um Império, por cujo meio seja meu nome publicado entre as Nações mais estranhas. E para que teus descendentes conheçam quem lhe dá o Reino, comporás o Escudo de tuas Armas do preço com que eu remi o género humano, e daquele porque fui comprado dos judeus, e ser-me-á Reino santificado, puro na fé, e amado por minha piedade. Eu tanto que ouvi estas coisas, prostrado em terra o adorei dizendo: Porque méritos, Senhor, me mostrais tão grande misericórdia? Ponde pois vossos benignos olhos nos sucessores que me prometeis, e guardai salva a gente Portuguesa. E se acontecer, que tenhais contra ela algum castigo aparelhado, executai-o antes em mim, e em meus descendentes, e livrai este povo, que amo como a único filho. Consentindo nisto o Senhor, disse: Não se apartará deles, nem de ti nunca minha misericórdia, porque por sua via tenho aparelhadas grandes searas, e a eles escolhidos por meus segadores em terras muito remotas. Ditas estas palavras desapareceu, e eu cheio de confiança, e suavidade me tornei para o Real. E que isto passasse na verdade, juro eu D. Afonso pelos Santos Evangelhos de Jesus Cristo tocados com estas mãos. E por tanto mando a meus descendentes, que para sempre sucederem, que em honra da Cruz e cinco Chagas de Jesus Cristo tragam em seu Escudo cinco Escudos partidos em Cruz, e em cada um deles os trinta dinheiros, e por timbre a Serpente de Moisés, por ser figura de Cristo, e este seja o troféu de nossa geração. E se alguém intentar o contrario, seja maldito do Senhor, e atormentado no Inferno com Judas o traidor. Foi feita a presente carta em Coimbra aos vinte e nove dias do mês de Outubro, era de mil e cento e cinquenta e dois.
Eu El-Rei D. Afonso.
João Metropolitano Bracarense. --João Bispo de Coimbra. --Teotónio Prior.--Fernão Peres Vedor da Casa. --Vasco Sanches. --Afonso Mendes Governador de Lisboa. --Gonçalo de Sousa Procurador de entre Douro e Minho. --Payo Mendes Procurador de Viseu. --Soeiro Martins Procurador de Coimbra. --Mem Peres o escreveu por Mestre Alberto Chanceler del-Rei.

Factos:

Panoyas deriva do latim Panonias, (Hungria) donde era natural o avó e pai de D. Afonso Henrique.

A Igreja da Nossa Senhora da Piedade que se situa Quinta Nova tem duas gárgulas de estilo gótico introduzido no séc. XII. A Ermida de S. Pedro das Cabeças em Castro Verde só foi construída no séc. XVI depois de instituída a Inquisição em Portugal. De que Ermida seria o ermitão que apareceu a D. Afonso Henriques?

Na herdade da Quinta Nova existia ainda no século XVIII, um lugar denominado de Pombal. D. Gualdim Pais foi armado cavaleiro na Batalha de D. Afonso Henrique contra os Mouros, este cavaleiro fundou depois um Castelo denominado Pombal, o qual deu origem à actual cidade de Pombal.

A Igreja Matriz de Pombal tem como orago S. Martinho que era um Santo da Panonia, também assim era conhecida a Serra que se vigiava da Quinta Nova para o lado Sul ou Algarve. Esta Igreja medieval de Pombal tem uma capela da Nossa Senhora da Piedade, tal como na Quinta Nova.

Foi na Igreja de Pombal que por acção de D. Isabel foi assinada a paz entre D. Dinis e seu filho D. Afonso IV, (este tinha sido pupilo de D. Vataça e era um iluminado do Espírito Santo)

O Brasão de armas de Pombal, tem duas pombas com duas espadas. A Quinta Nova é ainda referida no cancioneiro popular, onde se enaltece as pombinhas. No séc. XVIII, ainda se acha referência ao Pombal, sito naquela herdade.

Panoyas no séc. XIII, era a terra mais religiosa do sul ao Culto do Espírito Santo, onde estavam as relíquias do Papa Fabião eleito Papa por acção divina do Espírito Santo, trazidas expressamente de Roma por D. Vataça, para aquela vila, assim com o S. Romão, o soldado que morreu por Cristo, às mãos do Imperador Romano.

Sempre foi tradição desde tempos remotos que D. Afonso Henriques, passou pela então povoação de Panoyas, tendo sido recebido pela população moçárabe ( cristãos visigodos sob o domínio muçulmano, que até tinham uma Ermida de devoção a S. João) como libertador.

O brasão de armas da Vila de Panoyas é o único brasão da então Comarca do Campo de Ourique que tem a cabeça de Cristo com cabelos louros circundado por um Sol.

Panoyas foi a Vila do Campo de Ourique que tinha representação nas Cortes à frente de todas as outras da região.

O orago de Panoyas é S. Pedro e durante a Idade Média sempre ostentou as relíquias das cabeças de S. Fabião e de S. Romão, apesar de uma certa resistência dos católicos que não viam com bons olhos a romagem de muitos peregrinos aqueles Santos. Em 1777 só já havia no sacrário da Igreja uma daquelas relíquias, a outra por desleixo propositado dos priores e beneficiados, dera sumiço, esta dita relíquia acabou também por desaparecer pouco tempo depois.

Em suma: a religião católica confrontou-se na Vila de Panoyas com uma outra religião cristã de origem bizantina, que teve reflexos na criação da lenda da Batalha de Ourique, a qual um grande historiador como foi Herculano, não passou despercebida.

Com os meus melhores cumprimentos

Zé Maria

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Júlio Teixeira & Júlio Teixeira

#120892 | Lourval | 16 Jun 2006 14:49 | In reply to: #118218

Caro António Bivar,

Eu estou procurando muito pela naturalidade de meu tataravô Júlio Teixeira. Ele era filho de José Teixeira Osório e Cândida Luísa. Nasceu em 1856. Em 1887 ele já estava aqui no Brasil ano que nasceu seu primeiro filho Júlio Teixeira Júnior.

Ele era companheiro de Ana Luísa Esteves com quem nunca casou-se pois esta foi casada em Portugal com cerca de 18 anos de idade. Ela nasceu em Constantim em 1866. Era filha de Firmino Esteves e Maria de Assunção. O marido dela veio para o Brasil. Ela veio atrás dele para cá. Por algum motivo o casamento não deu certo. Então ela conheceu Júlio Teixeira.

Pode ser que Júlio Teixeira fosse também de Vila Real onde há muitos Teixeiras. Há também muitos Teixeiras Osórios em Vila Real.

Eu me pergunto se na obra do outro Júlio Teixeira, não haveria referência à família de meu tataravô Júlio Teixeira.

Agradeço sua ajuda.
Lourval dos Santos Silva

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#120896 | Sérgio Sodré | 16 Jun 2006 15:32 | In reply to: #119848

Caro confrade

É hoje por demais evidente que o texto do pretenso "juramento" é uma falsificação patriótica patrocinada por Santa Cruz de Coimbra no contexto da resistência à ocupação espanhola. Nenhum historiador duvida disso, aliás como as actas das Cortes de Lamego.
Do ponto de vista da Heráldica a falsificação é absolutamente óbvia, com "Cristo" a atribuir a D. Afonso Henriques um timbre (a serpente de Moisés), uns 200 anos antes dos timbres aparecerem na Heráldica portuguesa (D. João I, quanto muito D. Fernando).

com os meus cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#120902 | Sérgio Sodré | 16 Jun 2006 17:21 | In reply to: #119848

Caro confrade

Já agora também gostava de saber como é que o "juramento" está datado da Era de 1152. É que na altura de D. Afonso Henriques datava-se pela Era de César e não pela de Cristo. Ora descontando os 38 anos de diferença entre as duas Eras resulta que o documento seria de 1114 !!! Portanto muito anterior à batalha de Ourique de 1139. Enfim, não há "milagre" que valha a falsificação tão grosseira...

Com os melhores cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#120941 | Sérgio Sodré | 17 Jun 2006 10:18 | In reply to: #119848

Caro confrade

Agora que tenho a documentação à mão aproveito para referir que a Era de César começava a 38 A.C. e que a datação de documentos em Portugal pela Era de César apenas terminou em 1422 (Era de César de 1460), portanto nos documentos até 1460 é preciso estar atento e descontar os tais 38 anos, a não ser que esteja escrito que está datado da Era de Jesus Cristo, ou seja que foi redigido após 1422 D.C. já pela nova datação.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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Coroas de Religiões Opostas

#121937 | kolon | 30 Jun 2006 04:41 | In reply to: #119206

Caros Confrades,

A meu ponto de ver Portugal começou com uma missão especial religiosa dirigida pelos monges de Cluny e depois de Cister.
Sendo o grande Hugh de Cluny um importante familiar do Conde Henrique que lhe arranjou para casamento uma Princesa de Castela. E o grande Bernardo de Clairvaux, pelo que algums escrevem, era outro familiar desse pai de Afonso Henriques.

Quem vê de olhos claros as guerras de religião pode entender as razões de algums manterem secreto os seus verdadeiros sentimentos sobre qual Deus é mais poderoso.
Por um lado temos os Papas averices e cheios de fome pelo poder que não abrem a mão para dar mas sómente para receber. Muitos só adoravam o poder, a influencia, o controlo, e o ouro. Foi esta a humilde casa que Jesus começou com a primeira pedra - Pedro?

Um pouco de pesquisa sobre a nossa história e vemos que sempre foi uma nação de religiões contrárias ums com o Papa, outros com o rei e ainda rei contra rei.
Por detráz de tudo seguia aquela grande organização anti-papal 'os Pedereiros Livres' que até veio a meter irmão contra irmão e rei contra rei- um anjo S. Miguel contra um S. Pedro?
Um Libertador contra um Absolutista!

A luta sobre quem ía salvar os povos das trevas travava-se dentro da fronteira ás vezes em plena vista mas de certo na maioria ás escondidas.
A Maçonaria de certeza descendeu daqueles Templários que se transformaram na Ordem de Cristo e que se manteve secreta até o seu poder ser igual ao da Inquisição do Papa e já em 1700 podia o pai do Marquês de Pombal ser conhecido como Maçon.

Parece um ahistória de fantazia mas sim há provas. É só ler a história levando em mente que tanto um lado como o outro controlava a propaganda que lhes assegurava a ascendencia ou a queda do poder.

Cumps,
Manuel Rosa

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RE: Coroas de Religiões Opostas

#121948 | josemariaferreira | 30 Jun 2006 10:51 | In reply to: #121937

Caro Kolon

Obrigado por teres vindo "visitar a minha terra" que há tanto tempo eu te queria mostrar!
Estou com pressa e não posso me adiantar muito nas minhas palavras.Portanto vou ser breve e tentar ser objectivo.
Não foi por acaso que Sebastião José Carvalho e Mello recebeu o titulo nobiliárquico de Marquês de Pombal. Não foi por acaso que quando D. Miguel foi obrigado a entregar o poder em Évora-Monte, tinha a seu lado o Comendador de Panoyas e o Senhor de Panoyas. Não é por acaso que quando D.Miguel partiu para o exílio, escolheu fazê-lo por terra de D.Vataça, passando por Panoyas, Alvalade onde pernoitou, e Sines onde no dia 1 de Junho de 1834 a bordo do vapor inglês Stag, partiu para o exílio.
D. Miguel ao passar por terras de Panoias, foi bem recebido e acarinhado e não apupado como outros querem ainda fazer crêr, e disse mesmo que faria daquela terra uma cidade!!! O certo é que a terra a partir daí foi votada ao abandono, foi-lhe retirado o concelho, não se fez nenhuma obra pública até ao ano de 1954, nunca mais ninguém pode construir uma casa que fosse em Panoyas, é ainda a única terra do País, senão no Mundo, que eu conheço em que não se pode construir uma casa de novo. A Câmara Municipal de Ourique lá terá as suas razões para isso!!!
Para concluir, D. Miguel era o grão-prior da Casa do Infantado, herdeira da Ordem de Malta e dos Templários, portanto D. Miguel era no séc. XIX, o mesmo, que era o prior do Crato no séc. XV.
Os partidários de D. Miguel , ainda remexeram por longos anos nas Serras de S. Martinho, e Caldeirão. Gostava era de saber o que é que o Remexido disse ao padre que o confessou, antes de ser fusilado! Mais um segredo que ficou dentro da Igreja Católica!

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#124037 | fritz | 01 Aug 2006 14:53 | In reply to: #117678

Só gostava que nos indicasse a bibliografia consultada. Concordo com muita coisa que disse, mas gostava de saber, se nos quizer facultar, a bibliografia que consultou. Só se esqueceu do promenor, de nosso Afonso Henrique, talvez não seja o filho do Henrique. Já que era uma criança com atrofia muscular e de repente aparece um grande cavaleiro. O problema são as fontes que são um pouco nublosas, isto é contraditórias, mas é uma corrente que apareceu nas nossas universidade há mais de 10 anos, e até hoje ainda ninguém investigou isso a sério. É como o tema que o senhor desenvolveu, e bem neste forum, alguém instiu alguma coisa e todos têm medo de contrariar. Toda a gente da História sabe que as nossas motivações da ida a Ceuta não foram os ceriais, mas continuam a ensinar nas escolas, que os portugueses foram a ceuta por causa dos ceriais, tendo por fonte unicamemte Zurara, existinto fontes de época que o contrariam. Já me vou alongando e a fugir do tema. Sem mais, Cumprimento a todos...
Luís Silva

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#124041 | Sérgio Sodré | 01 Aug 2006 15:47 | In reply to: #124037

Caro confrade

No meio de relações causa-efeito tão imaginativas já só faltava a lenda da "criança com atrofia muscular" que não seria filha de D. Henrique. O verdadeiro filho, doente das pernas, morrera e fora substituído por outro saudável, e por aí fora. Parece que uma boa conspiração, bem imaginativa, é muito mais interessante do que a verdade. Toda essa estória já foi desmontada pelo Professor Mattoso há muito. A lenda da "atrofia" foi inventada por clérigos para cativar devotos ao santuário onde supostamente D.Afonso Henriques teria sido curado milagrosamente. A lenda é precisamente ao contrário. Inventou-se uma doença para se inventar um milagre! O único problema que o Rei teve nas pernas foi em Badajoz quando as partiu...
Estou a falar de cor mas tenho em casa a explicação de Mattoso.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#124045 | fritz | 01 Aug 2006 16:50 | In reply to: #124041

Por acaso é uma estória engraçada, e foi justificada pelo caro confrade com bibliografia.
Já coloquei esta estória para ser respodida por alguém, com justicação em bibliografia. Mas também só temos o parecer do Prof. Mattoso... Na minha humilde opinião, a mais correcta.
E Até que enfim alguém fala do Professor Mattoso.
Mas o mais caricato, é que as obras de Mattoso é do pouco material com qualidade que temos, sobre a Idade Média ( não desgosto do trabalho desenvolvido da Professora Maria José ferro Tavares e do Professor Moreno), mas também é verdade se existir alguém a contrariar as suas teses, nada é verdadeiro.
Todos sabemos do seu trabalho gigantesco, mas as novas teses do Portugal Medievo, nunca podem contrariar Mattoso. Porquê? É o que temos .... não há mais.
Será que as fontes não podem ser interpertadas de maneira diferente.
Já estava na hora de fazer investigação como se faz em Espanha, já vão na terceira fase de investigação sobre as mesmas fontes.
Tou a falar da Arqueologia, por exemplo, em que as novas investigações estão a ser feitas pela terceira vez, no mesmo local ou no mesmo material guardado em laboratório ...
Mais uma vez já tou a fugir ao tema, caro Sergio tá totalmente certo sobre o assunto.
Agora só falta a questão de Ceuta.... mas estamos a fugir do tema.
Cumprimentos
Luís Silva

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#124101 | Sérgio Sodré | 02 Aug 2006 11:11 | In reply to: #124045

Caro confrade

Continuo a falar de cor, mas julgo que em Ceuta haveria a intenção de armar cavaleiros os filhos de D. João I (em batalha ao invés do torneio que estaria prevcisto), de granjear prestígio internacional para a nova dinastia de Avis, de combater a pirataria moura obtendo uma base de operações no Norte de África, de desviar uma rota do ouro em nosso proveito, e talvez cereais (o que duvido, pois recordo que a zona cerealífera seria mais na latitude de Mazagão...).
Mas parece que o ouro, os piratas e os cereais não eram susceptíveis de resultados benéficos, segundo aprendi. Os piratas passavam ao largo sem serem interceptados, o ouro e eventuais cereais seriam desviados. A conservação de Ceuta só deu prejuízos. Aliás, após o saque os guerreiros logo quiseram retirar e foi difícil impor uma guarnição permanente.
O prestígio junto do Papa e da cristandade com a subsequente contribuição para a consolidação da independência face a Castela e da nova dinastia talvez seja a explicação mais correcta e não razões económicas onde só haveria perdas e gastos, tirando o saque inicial.
Cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#124288 | Sérgio Sodré | 04 Aug 2006 10:41 | In reply to: #119848

Caro confrade

Estava a consultar notas avulsas sobre D. Afonso Henriques, quando deparei com alguns apontamentos sobre o juramento que refere que talvez sejam do seu interesse.
O "juramento" teria sido "achado" em 1596 no cartório do Real Mosteiro de Alcobaça por frei Bernardo de Brito, cronista-mor de Portugal. Está transcrito no Livro X da "Monarchia Lusitana" parte III, de frei António Brandão, Imprensa Nacional, Casa da Moeda, Lisboa, 1973.
Assim, provavelmente terá sido o próprio frei Bernardo de Brito o autor do documento.

Junto outra nota: A batalha de Ourique terá ocorrido a 25JUL1139 e no documento que se conserva mais próximo desta data, de 10ABR1140, D. Afonso Henriques intitula-se pela primeira vez Rei. Assim, é muito provável que a batalha esteja relacionada com o título. Poderá mesmo ter sido alevantado Rei pelo seus guerreiros antes do confronto, como reza a tradição.

com os melhores cumprimentos
Sérgio Sodré

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#124292 | CNT | 04 Aug 2006 11:54 | In reply to: #124288

http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=100256

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#124318 | josemariaferreira | 04 Aug 2006 21:22 | In reply to: #124037

Caro Luís Silva

As principais motivações da tomada de Ceuta, foram essencialmente religiosas, isto é da expansão da fé cristã dos portugueses no Mundo, em afirmação a Castela e ao Papa. Evidentemente que por detrás dessa empresa estaria sempre o suporte financeiro o qual provinha do comércio de cereais, gado, ouro, sal, panos e outros. D. Henrique foi sobretudo um grande agricultor no Sul de Portugal, tendo a sua acção se estendido às Ilhas da Madeira e dos Açores, na base desse desenvolvimento agrícola esteve o desenvolvimento da marinha e exploração de novas terras para angariar novos mercados onde colocar os produtos. A mais-valia desse comércio essencialmente com o Norte de Africa e Itália, era canalizado para a expansão da fé, fé essa que se vinha impondo em Portugal já desde o tempo de D. Afonso Henriques de uma maneira autónoma em relação ao Papa.
A iniciativa da expansão da Fé Cristã dos portugueses, foi uma "autentica bomba atómica" que chegou a Hiroxima, cidade fundada pelos portugueses no Japão.
Não seriam por questões económicas que se deixou de resgatar o Infante D. Fernando, foi este mesmo que pediu ao seu irmão o Rei D. Duarte para não entregar Ceuta aos Mouros, porque aquela cidade era mais importante que a sua vida, ela era essencial para se continuar a expansão da fé pelo Mundo. O seu exemplo foi ímpar morreu no cárcere e depois de conhecida a sua morte foi embalsenado, o seu corpo nu foi pendurado nas ameias da muralha junto de uma das portas da cidade de Fez, atado pelas pernas com a cabeça para baixo; ali celebrando os Mouros, jogos e festas em sinal de triunfo. Passados 4 dias foi depois metido num ataúde de madeira, e pendurado por cadeias sobre a mesma muralha, onde esteve muitos anos, até que no tempo do Rei D. Afonso V, seu sobrinho, foi trazido para Portugal, onde foi depositado no Convento do Salvador, sendo depois transladado para o Mosteiro da Batalha.
Como se vê pelo exemplo de D. Fernando havia algo mais forte que o interesse comercial. Este facto histórico marcou fortemente todos os seus irmãos. Ainda há muito para desvendar na vida e obra da Inclita Geração, uma delas é o desaparecimento misterioso do Arquivo da Casa do Infante D. Henrique, o qual foi essencialmente um grande agricultor, e como todos os irmãos um ferveroso religioso do Culto do Espirito Santo, introduzido em Portugal por D. Afonso Henriques, e que eles juraram em Alhos Vedros levar aos quatro cantos do Mundo!!!

Cumprimentos

Zé Maria

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#124319 | josemariaferreira | 04 Aug 2006 21:32 | In reply to: #124318

Ressalvo: evidentemente, queria dizer Nagasaque

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#124327 | cverde | 05 Aug 2006 00:58 | In reply to: #124318

Mas que grande confusão!

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#124342 | josemariaferreira | 05 Aug 2006 12:04 | In reply to: #124327

Caro Luís Figueira

Tem razão que grande confusão! Confusão na cabeça de quem? Espero que não seja na sua que não sabe agora o que há-de fazer à Basílica e à ermida de São Pedro das Cabeças em Castro Verde, talvez o culpado disso tenha sido o Alexandre Herculano que descobriu a careca à Igreja! Mas ele infelizmente ao descobrir a farsa de Castro Verde, também ele se enganou a indicar o sítio certo da Batalha e agora até Vila Chã de Ourique no concelho de Cartaxo, também já mandou erguer um monumento à Batalha de Ourique, para confundir ainda mais, Ourique no Alentejo, também tinha o direito de ter uma estátua em memória da Batalha de Ourique, porque ostenta esse nome e vai daí a élite local também mandou erguer uma estátua à batalha de Ourique. Já são três monumentos construídos em Portugal em homenagem à Batalha de Ourique, e pelo andar da carroça parece que se avizinha um quarto, por este caminho, os portugueses ainda vão ser alcunhados de ignorantes por andarem a erguer, isso sim monumentos à ignorância. E Panoyas a vê-los passar!!!
Não leve a mal, já sei que é um alentejano e como tal se não formos nós a puxar pela nossa terra quem será? Gostava te ter a oportunidade de um dia ainda nos conhecermos pessoalmente.

Cumprimentos e mande sempre

Zé Maria

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#124370 | Luis K. W. | 05 Aug 2006 23:06 | In reply to: #124318

Carissimos confrades,
Imaginem-se em 1385, ainda com parte da peninsula ibérica na mão de mouros. Imaginem o efeito que terá causado a notícia sobre um pequeno Reino no cantinho da Europa que manda um exército atravessar o mar e lançar-se contra a mourama conquistando-lhes uma cidade no norte de África!
A notícia deverá ter corrido por toda a Cristandade, e os nossos heróis (sobretudo os princípes) deverão ter sido cantados por jograis em todas as cortes.

Uma das razões da conquista terá também sido o prestígio internacional (e apoio do Papa para outras questões) que se granjeou com tal feito!

Quanto ao facto de a tomada de Ceuta ter por objectivo (entre outros) permitir controlar a pirataria, é esquecer que os muitos dos nossos heróis também traziam navios a praticar pirataria. Desde D Pedro de Meneses ao bispo de Faro, princípes, clérigos e nobres, tudo o que tinha capital para investir - e a respectiva autorização real - o fazia na pirataria.

E (esta é sobretudo para o meu caro Fernando de T) não me venham acusar de eu estar a denegrir os feitos dos nossos antepassados! Não estou. Limito-me a constatar uma verdade que, naquela época, nada tinha de especialmente criticável.

Cumprimentos
Luís K W
Lisboa-Portugal

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#124452 | Sérgio Sodré | 07 Aug 2006 13:33 | In reply to: #124370

Caro Confrade

Por lapso escreveu 1385 quando decerto queria dizer 1415, mas o importante é que tem toda razão ao destacar o impacto na cristandade da grande operação anfíbia portuguesa no Norte da África. É que, para mais, já grande parte dos balcãs estava nas mão dos turcos otomanos, apesar de Cosntantinopla só ter caído em 1453, os turcos já antes estavam bem dentro da Europa! Foi Portugal quem começou o grande contra-ataque estratégico que viria a privar os turcos do domínio do Índico e a abrir-lhes uma segunda frente onde menos esperavam.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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#124467 | Luis K. W. | 07 Aug 2006 17:16 | In reply to: #124452

Caro Sérgio,

Exactamente. Obrigado pela correcção.
E confesso que desconhecia que naquela época (1415) os turcos já estavam na Europa.

Cumprimentos
Luís K W
Lisboa-Portugal

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#124494 | feraguiar98 | 08 Aug 2006 01:00 | In reply to: #124452

"Foi Portugal quem começou o grande contra-ataque estratégico que viria a privar os turcos do domínio do Índico e a abrir-lhes uma segunda frente onde menos esperavam."

Sem dúvida mas nada teve a ver com a tomada de Ceuta.
Depois de Ceuta, a grande nobreza, incluindo o futuro duque de Bragança e o infante D. Henrique, queriam prosseguir a guerra no norte de África que pouco afectaria os turcos.
Quem lançou as navegações, contra essa corrente, foi o infante D. Pedro, que teve de *comprar* o irmão com o monopólio das saboarias e criou D. Afonso duque - sem grande proveito pessoal pois acabou morto por ordem de D. Afonso enquanto D. Henrique se furtara a intervir - e foram as navegações, projecto oposto à guerra no norte de África, que feriram profundamente os interesses - que muito bem conviviam - dos Turcos e da república de Veneza.

Cumprimentos,
Fernando Aguiar

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#124495 | feraguiar98 | 08 Aug 2006 01:00 | In reply to: #124452

"Foi Portugal quem começou o grande contra-ataque estratégico que viria a privar os turcos do domínio do Índico e a abrir-lhes uma segunda frente onde menos esperavam."

Sem dúvida mas nada teve a ver com a tomada de Ceuta.
Depois de Ceuta, a grande nobreza, incluindo o futuro duque de Bragança e o infante D. Henrique, queriam prosseguir a guerra no norte de África que pouco afectaria os turcos.
Quem lançou as navegações, contra essa corrente, foi o infante D. Pedro, que teve de *comprar* o irmão com o monopólio das saboarias e criou D. Afonso duque - sem grande proveito pessoal pois acabou morto por ordem de D. Afonso enquanto D. Henrique se furtara a intervir - e foram as navegações, projecto oposto à guerra no norte de África, que feriram profundamente os interesses - que muito bem conviviam - dos Turcos e da república de Veneza.

Cumprimentos,
Fernando Aguiar

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#124496 | feraguiar98 | 08 Aug 2006 01:27 | In reply to: #124370

Caríssimo confrade,

Sem pretensões de qualificar a sua importância relativa, houve outro motivo que pesou na decisão de lançar a empresa de Ceuta.

Vivia-se ainda o espírito da cavalaria medieval e Portugal há muito não combatia, isto é, não havia um evento adequado para que os jovens nobres, príncipes incluídos, pudessem ser armados cavaleiros. E alguns fidalgos estavam a coinho dos trinta ou tinham-nos feito sem terem sido armados cavaleiros.
As bandas de Espanha, ao tempo, não eram propícias e Ceuta correspondia exemplarmente à necessidade.

Cumprimentos
Fernando Aguiar

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#124509 | Sérgio Sodré | 08 Aug 2006 09:43 | In reply to: #124496

Caro Confrade Fernando Aguiar

Concordo a 100% com as suas duas mensagens.

Até há quem defenda que a tomada de Ceuta foi mais um episódio do fim da reconquista cristã do que do início dos descobrimentos. Um feito de cavalaria conforme refere Zurara mais do que qualquer outra coisa.

Cereais? Mas Ceuta sempre teve de ser abastecida a partir do Reino para não morrer de fome!

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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#124657 | josemariaferreira | 10 Aug 2006 13:44 | In reply to: #118279

Caro Sérgio Sodré

Pegando nos seus pontos:

"Camões foi um génio, mas não em genealogia. Para a genealogia de D. Afonso Henriques o estudo mais completo deve ser o trabalho publicado julgo que nos dois ou três primeiros volumes da revista da Associação Portuguesa de Genealogia, "Raízes e Memórias"."


“Se o Conde D. Henrique fosse húngaro (igual a magiar) não era com certeza franco, nem burgúndio, nem sequer germânico. Mas ele era da Casa dos condes de Borgonha e estes não eram magiares. Eram francos, na melhor das hipóteses talvez com algum sangue dos burgúndios batidos e anexados (o que duvido). Gota de sangue magiar é que não me parece possível”.

Pode pôr em causa Camões, quando este cantou que D. Henrique era filho de um Rei da Hungria, dando até pormenores como sendo seu segundo filho e da qualidade sábia de seu pai (um Rei experimentado), pode pôr em causa os historiadores húngaros que trouxeram a Portugal pela EXPO-98 a história do nosso País que muitos dos nossos doutos desconheciam e desconhecem, pode pôr tudo em causa, porque o homem é livre de pensar, mas a verdade é só uma, D. Henrique era húngaro!!! “
D. ENRICO UNGARORUM REGIS FILIO PORTUGALIAE COMITI” é esta a inscrição que se encontra no seu tumulo na Sé de Braga.
D. Henrique veio da Panonia, e não era francês como muitos historiadores ligados ao Poder e à Igreja em Portugal, ainda teimam em fazer crer na opinião publica portuguesa, chegando mesmo afirmar que o nobre cavaleiro partiu da Borgonha, (quando naquela altura este reino não tinha nada a ver com a França) sua terra natal para vir combater os Mouros na Península em companhia de seu primo Raimundo, que afinal de primo não tem nada! Onde está a prova que D. Henrique nasceu na Borgonha? Por o seu pai ser Duque da Borgonha não quer dizer que ele lá tenha nascido, D. Henrique também foi Conde de Portugal e não nasceu em Portugal! Mas o mais curioso de tudo isto, é que esses mesmos historiadores esforçam-se ao máximo para ligar D. Henrique à Igreja e ao Papa e vão ao cumulo de assinalar ou melhor, arranjar visitas onde este se deslocou a Roma em companhia do arcebispo de Braga, escondendo que D. Henrique era na essência um filho de Reis Apostólicos da Hungria e como tal não lhe era devida submissão ao Papa. D. Henrique era um Espiritualista e não um Católico e foi assim de durante o governo do seu condado ele doou terras e fixou em Leça do Balio a Ordem de São João Baptista do Esprital, a qual tinha como patrono aquele mesmo Santo que baptizou Jesus Cristo e lhe apareceu a Pomba.
Como seu pai, D. Afonso Henriques também se intitulava descendente dos Reis Apostólicos e como tal, também ele não tinha o dever de se submeter à vontade do Papa, e vai daí intitulou-se mesmo Rei de Portugal, quando esse mesmo Papa só lhe reconhecia apenas o título de Conde ou Duque, mas submetido a Castela!!! Em Zamora, alegando o milagre de Ourique, escreve a Inocêncio II, reclamando para si e seus descendentes, o status de “censual”. Ou seja,dentro de seu território mandava ele e só ele!!!
D. Afonso era mesmo um Rei Divino, nascido no dia de S. Cristóvão, armado cavaleiro no dia de S. Cristóvão intitulou-se Rei de Portugal em Panoyas quando campeou os Mouros no dia de S. Cristóvão.
Passados 95 anos quando D. Sancho II conquistou o Castelo de Aliustrel aos Mouros, em cujo território se encontrava a povoação de Panoyas, este Rei quis logo fazer dela a Capital de Portugal, assim como um grande centro religioso ao Culto do Espírito Santo, pois fora ali que Jesus Cristo tinha aparecido a seu bisavó, e onde este se tinha intitulado Rei de Portugal, assim, como tinham sido ali mandados cunhar nos escudos dos seus guerreiros as primeiras armas de Portugal. Aquela terra só poderia ser uma terra abençoada pelo Espírito Santo, D. Sancho ordenou que a partir daquele momento da conquista, aquela terra se passasse a chamar Panonias em homenagem à terra de seus avós, terra dos Reis Apostólicos que fizeram renascer Cristo dentro do Império Romano!!!
Esta decisão de D. Sancho II abriu um conflito sem precedentes entre o Rei de Portugal e o Papa, assim como um conflito a nível interno que originou uma guerra civil entre os Católicos que eram por Castela e os Espiritualistas que eram a favor da Alemanha, acabando o Papa por declarar o nosso Rei de inútil e excomungando-o no mesmo dia e através da mesma Bula Papal,para poupar papel, excomungava também Frederico II, Imperador da Alemanha e do Sacro-Império-Romano, esse mesmo a quem a Igreja chamou de Anti- Cristo, ou de 666, (por coincidência o mesmo número de peças de vidro que contém a pirâmide do Louvre, mandada construir por François Mitterrand).
Então o Papa como era apoiado maioritariamente pelos Francos, pensou que o melhor seria pôr um português mais para o lado dos Francos e então pensou em D. Afonso, Conde de Bolonha que por acaso era irmão do Rei por si deposto e excomungado. Depois de D. Afonso III ser coroado Rei de Portugal, com o apoio papal, e com a realização de um segundo casamento com Beatriz de Castela parece que começava a deixar o Papa tranquilo na sua grande convicção de unir de uma vez por todas Portugal sob o domínio de Castela, mas não é que no melhor pano cai a nódoa e D. Afonso III, fez-lhe um manguito daqueles bem português e mandou-o à fava!!!
Este Reino de Portugal, não era pêra doce e estava a dar água pelas barbas do Papa.

Cumprimentos

Zé Maria

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#124658 | braveman | 10 Aug 2006 14:00 | In reply to: #124657

esta está gira

Ricardo Mendes

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#124699 | Sérgio Sodré | 11 Aug 2006 10:20 | In reply to: #124657

Caro Zé Maria

a verdade é só uma, D. Henrique era húngaro!!! “
D. ENRICO UNGARORUM REGIS FILIO PORTUGALIAE COMITI” é esta a inscrição que se encontra no seu tumulo na Sé de Braga.

Há algum tempo atrás vi fotografia do túmulo e noutra ocasião li um comentário à inscrição que refere, mas terei de procurar para localizar e tenho pouca disponibilidade. Ainda assim prometo que assim que tiver informação lha comunicarei.
Do que não duvido é de que o actual túmulo é bem posterior à morte de D. Henrique assim como a inscrição. Assim como o são os de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I (falando de cor julgo que são manuelinos...). Mas é preciso investigar e datar.

De qualquer forma acho estranho que estando o confrade tão convicto de que a Igreja Católica esteve envolvida em sinistras maquinações e mistificações para esconder as à origens do Conde D. Henrique, dê ao mesmo tempo tanta credibilidade aos dizeres num túmulo situado numa tão importante Sé católica e aos versos de Camões, que foram vistos e revistos e censurados pela Inquisição. Até parece que a lenda húngara é que foi inventada pela Igreja!

Também estranho que ache que os historiadores húngaros é que ensinam os historiadores portugueses neste campo. Ou será que estes também fazem parte da conspiração?
D. Afonso Henriques em Zamora alegou o "milagre de Ourique" (?), julgo que ninguém sabe bem o que foi alegado em Zamora, pois não há documento coevo, o "milagre" inventado em quinhentos é que não foi de certeza!

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#124709 | Sérgio Sodré | 11 Aug 2006 14:55 | In reply to: #124657

o nobre cavaleiro partiu da Borgonha, (quando naquela altura este reino não tinha nada a ver com a França).

A Borgonha fora anexada à França em 1004.
O pais do conde D. Henrique (1066-1112) foi o Henrique Duque da Borgonha.
Henrique, nome húngaro?

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#124712 | josemariaferreira | 11 Aug 2006 16:10 | In reply to: #124709

Caro Sergio Sodré

A Borgonha era ao fim e ao cabo o fiel da balança da Europa, tanto pendia para o lado francês como para o alemão ou mesmo normando, tirando disso partido, fazendo-a uma grande potencia na Europa.

Cumprimentos

Zé Maria

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#124788 | josemariaferreira | 13 Aug 2006 12:42 | In reply to: #124699

Caro Sérgio Sodré

Não se esqueça que nos estamos a reportar ao tempo de D. Henrique, já lá vão mais de 1000 anos!!!
Por alturas do nascimento de D. Henrique é que se dá a grande cisma na Igreja Cristã, só a partir daí é que apareceram os Católicos, por isso não podemos dizer que D. Henrique foi sepultado numa importante Sé Católica.
Você sabe que as coisas em Portugal chegam sempre com um relativo atraso em relação ao que se passa na restante Europa, mas ao que parece na altura de D. Henrique não foi só ele que chegou do Império Romano do Oriente, para fazer prevalecer a Igreja Cristã que até aquela altura esteve instituída, tendo depois passado a chamar-se Ortodoxa em relação aos outros Cristãos que passaram a ser obedientes a Roma e ao Papa. A função principal de D. Henrique e da sua embaixada que veio do Oriente, era essencialmente religiosa, D. Henrique até tinha como divisa DEO OPTIMO MAXIM. O que se sabe é que a partir da grande sisma 1054, houve vários conflitos entre cristãos e a Sé de Braga que acabara de ser restaurada, estava novinha em folha, mas o seu Bispo D. Pedro tinha sido deposto por opositores, e que em 1092 o seu sucessor foi D. Geraldo, mais tarde Santo Geraldo, que veio da Hungria na Embaixada com de D. Henrique. Portanto quando D. Henrique faleceu, a Sé de Braga era governada por um seu compatriota!!! Católico? Bem me parece que não!!! Basta ler os documentos coevos para se ver que fazem referencia a Constantinopla, Panonia e Santo André.

Também diz que os versos de Camões foram vistos e revistos e censurados pela Inquisição, também eu já vi isso escrito nos livros que dizem ser das primeiras edições. Mas afinal que Inquisição era essa que deixou passar um dos maiores livros que faz a apologia dos Deuses pagãos, quando essa mesma Inquisição combatia no terreno o paganísmo? e uma exaltação aos gregos e à Grécia, transpostos para este cantinho da Europa!? Esta praia lusitana!!!
D. Sebastião contrariou o rumo imposto pelo seu bisavó D. Manuel, e admirava D. João II e o seu avó alemão, portanto o Rei desejado pelos portugueses seria um alvo a abater, os castelhanos armaram-lhe a cilada em Alcácer Quibir. Ele era um homem de Panóias tal qual o era D. Henrique, cujo sangue ainda lhe corria nas veias. O quinto Imperio que D. Afonso Henriques anunciou em Panóias ainda continuava vivo na alma dos grandes patriotas!!!

Cumprimentos e um bom fim-de-semana.


Zé Maria

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#124790 | josemariaferreira | 13 Aug 2006 12:47 | In reply to: #124788

Ressalvo: o sisma

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#125055 | Sérgio Sodré | 16 Aug 2006 13:53 | In reply to: #124788

Caro José Maria

Estêvão I da Hungria, c. 975 - 15/08/1038, o primeiro rei da Hungria, foi batizado aos 10 anos de idade por Santo Adalberto de Praga, como pré-condição para receber de Roma a coroa da Hungria.
Após derrotar os nobres pagãos que se lhe opunham e unificar as tribos magiares, reza a tradição que Estêvão recebeu do Papa Silvestre II uma coroa de ouro e pedras preciosas (a qual, denominada "Santa Coroa", tornou-se o símbolo do país), juntamente com uma cruz apostólica e uma carta de bênção em janeiro de 1001, com o que o papado o reconhecia como um rei cristão na Europa.

Isto nada tem a ver com Constantinopla e o Império Romano do Oriente. A Hungria era católica, Estevão aceitou a autoridade do Papa, o que aliás foi comemorado em 2000 pelo Papa João Paulo II.

Em 1112, morte do Conde D. Henrique, a Sé de Braga não era uma igreja católica?
D. Afonso Henriques anunciou o Quinto Império?
O Conde D. Henrique veio do Império Romano do Oriente (que decerto não incluia a Hungria)?

É tudo muito estranho

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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#125135 | Sérgio Sodré | 17 Aug 2006 14:24 | In reply to: #125055

Pelo que li entretanto a Hungria só em 1156 é que se submeteu ao Império Bizantino. Antes a influência era do Sacro Império Romano-Germânico e logo também do Papa romano.

cumprimentos
Sérgio Sodré

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#125308 | josemariaferreira | 19 Aug 2006 21:35 | In reply to: #125055

Caro Sérgio Sodré

É tudo muito estranho! Eu diria bizarro, Panoyas era mesmo considerada uma terra bizarra!!!


O Papa Silvestre II, embora tivesse nascido em França, era um Papa eminentemente pró alemão/húngaro. Controlou a política francesa a tal modo que o húngaro Hugo o Capeto sucedeu ao Rei de França, ele também concederia o título de "Rex apostolicus", a Santo Estevão, Rei da Hungria, enviando-lhe uma coroa que as gerações de monarcas húngaros usariam, como símbolo de poder e não submissão a Roma e ao Papa. Devido às suas posições pró Alemanha, ele acaba mesmo por ser escorraçado da França pelo Rei Hugo Capeto que ele mesmo ajudara a coroar, e refugia-se na Alemanha na Corte do Imperador Otão III que, vinte anos antes, havia sido seu discípulo em Roma. Oto III levou-o consigo, como conselheiro, à Itália, onde fez com que ele fosse nomeado Arcebispo de Ravena, e depois, com a morte do Papa Gregório V, acabou por ser eleito e ascender ao papado.
Os ideais do papa francês e do imperador alemão, contudo, não eram compartilhados pela população romana; ambos foram expulsos da cidade em Fevereiro de 1001. O papa Silvestre II, acabou por voltar a Roma alguns meses depois, mas, nos dois últimos anos do seu papado, toda a sua ambição reformadora da Igreja cessou com a sua morte e a do seu apoiante alemão.
Ora tudo isto, quanto a mim, tem a ver com o Império do Oriente, pois são precisamente os Godos e mercenários pagos pelo Imperador do Oriente, que estão na base do desmoronamento do Império do Ocidente, quando no ano de 489, o imperador ocidental acabou por ser deposto. A partir desta data a região que englobava a Alemanha e (Panonia) Hungria passam a ser muito influenciada pela Grécia, tanto política como religiosamente. Ora a Hungria aquando da sua formação seria logicamente uma nação sobretudo cristã, ou não fossem os gregos que estiveram na sua origem!!! Católicos Romanos não o seriam certamente nessa altura, porque estes só aparecem depois do grande sisma de 1054 e Santo Estevão da Hungria foi coroado Rei Apostólico no ano de 1001.

O Conde D. Henrique até não poderia ter vindo do Oriente, até poderia ter vindo da Catalunha ou da Borgonha, mas essencialmente ele integrava uma embaixada vinda do Império do Oriente de influência Grega. D. Henrique como conde portucalense tinha relações muito próximas com as comunidades concelhias, se nos reportarmos a um dos seus primeiros documentos, como é o Foral de Constantim de Panóias, vemos que no mesmo são feitas referências a Panonias, Constantim e a Santo André, ora se D. Henrique fosse católico, no ano de 1096 nunca assinava um documento onde se mencionasse uma festa dum Santo dos seus opositores do Oriente, em cuja cidade de Constantinopla, se erguia desde o grande sisma de 1054, a importante Basílica de Santo André, em oposição a Basílica de S. Pedro em Roma.

A divisa que D. Henrique usava era a divisa da Ordem dos Beneditinos Deo Optimo Maximo (Para Deus o máximo, o melhor). Para melhor compreendermos o sentimento religioso de D. Henrique, teremos que saber quem foi a santo que fundou aquela Ordem religiosa.
São Bento foi estudante em Roma no ano de 480 e toda a sua infância e cultura foram influenciadas pelos Godos que tinham então acabado de invadir o Império do Ocidente, com o apoio da Grécia para esta melhor difundir o Cristianismo que eles haverem fundado com os seus Santos.
Portanto S. Bento era de cultura alemã e apoiante dos São Martinho de Tour que veio da Panonia (Hungria) para iniciar na França a vida monástica, assim como era apoiante de São João Baptista, o Santo grego que poderá ser considerado o pai do Cristianismo, porque ele foi o seu percursor e o Espírito Santo o iluminou na escolha do Salvador (Cristo). São Bento venerava os Corvos, uma ave muito abundante na Hungria e Jugoslávia.
Quando morreu, diz-se que um raio de luz teria levado a sua alma para o Céu (uma referência Espírito Santo). Só esta pequena abordagem de São Bento, dará para o associar ao culto do Espírito Santo, culto que foi muito difundido pelos Imperadores da Alemanha e outras nações do Oriente. Caso curioso é o actual Papa ter escolhido o nome de Bento, não foi por acaso numa homenagem aos seus antigos compatriotas, uma vez que actualmente a Igreja Católica já assimilou esse Culto.
D. Henrique mantinha relações de amizade com os dois bispos de Braga que eram considerados seus compatriotas, ora D. Geraldo e D. Maurício Burdino têm nomes de origem germânica/húngara. Geraldo é mesmo nome de um Santo Húngaro que morreu nas lutas contra os pagãos naquele país fundado por Santo Estêvão.
D. Geraldo veio do Mosteiro de Moissac no qual há pinturas atribuídas ao apocalipse, esse mosteiro chegou em tempos a ser conquistado pelos Húngaros!!!
Na Sé de Braga onde D. Henrique viveu ficaram topónimos com o nome de Panonias (Panóias actualmente). O seu feitor tinha nome de Ordonho de origem germânica. Ora tanto os Francos como os Godos eram de origem germânica, mas os mais conotados com o espírito Santo eram que sofreram influencia Oriental da Grécia (ostrogodos) (de notar que são João Baptista era grego). D. Henrique fundou a maneira húngara mosteiros em Portugal da Ordem de S. João Baptista do Espirital, a qual um seu neto D. Afonso chegou depois a ser Grão-Mestre, esta Ordem relacionava-se muito bem com a dos Templários e em campanha na Terra Santa faziam acções conjuntas. D. Afonso Henriques foi um Templário e em Panoyas do Campo de Ourique, armou cavaleiro o alemão Gualdim Pais que tinha como timbre o pavão dos paiones gregos.

Camões também se inteirou sobre a genealogia do Conde D. Henrique, para concluir que era um “ forte e famoso húngaro extremado” ou não fosse a sua terra natal a extrema entre o Império do Oriente e do Ocidente. Ele também consultou fontes estrangeiras que o consideravam natural da Loteríngia (actual Lorena), mas Camões como grande sábio e poeta cantou para sempre :
Nós húngaros o fazem; porém nado
Crêem ser em Lotaíngia os estrangeiros
Quem melhor que os portugueses para saber da sua naturalidade, D. Afonso Henriques sabia com certeza a naturalidade de seu pai, assim como também o saberiam os seus netos e bisnetos, assim como o saberia o Infante D. Pedro o das Sete-Partidas que tinha como destino final atingir a Terra Santa e a Hungria ele era um Sábio para aquela altura, ele lá sabia porquê!!! Quem melhor que Camões para transmitir esse sentimento português?

E se Camões não chegar o que dizer da lenda de Panoyas, que cantada certamente durante longos anos por jograis, e depois transmitida de geração das gentes de Panoyas em que fala que depois da batalha D. Afonso Henriques esteve acampado junto do poço e discursando à população participou a mudança do nome para Panoyas. Imaginem e logo Panoyas a terra de seu pai que ele perdera ainda menino!!! Porque seria? É uma grande coincidência Camões dizer que ele era natural da Hungria (Panonia) e D. Afonso Henrique mudado o nome a uma terra para Panoyas, depois de ter obtido uma grande vitória sobre os Mouros. Faz-me lembrar presentemente os desportistas que quando vitoriosos dedicam a sua vitória ao seu pai, mãe ou outro familiar querido.
Hoje essa terra se denomina de Panóias-Ourique no seu brasão de armas!
Deus escreve direito por linhas tortas, os homens tanto quiseram apagar a memória de Panoyas que acabaram por ligá-la a Ourique!

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#125309 | josemariaferreira | 19 Aug 2006 21:44 | In reply to: #125308

Ressalvo:
Nós húngaro o fazemos; porém nado
Crêem ser em Lotaríngia os estrangeiros

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#140270 | Sérgio Sodré | 15 Jan 2007 09:48 | In reply to: #124657

Caro José Maria Ferreira

Refere bem que:
D. ENRICO UNGARORUM REGIS FILIO PORTUGALIAE COMITI” é esta a inscrição que se encontra no seu tumulo na Sé de Braga.

Contudo esqueceu-se de referir que o túmulo está datado de 1513. Ou seja é uns 400 anos posterior à morte de D. Henrique. Foi aí que Camões também e não por ser um grande genealogista.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#140328 | Henrique Figueira | 15 Jan 2007 16:43 | In reply to: #117678

Caro Senhor José Maria Ferreira,

Antes de mais um bom ano novo.
Precisava que me enviasse a sua morada para henriquefigueiraarrobamailpontopt, para lhe enviar um exemplar dos I Cadernos Culturais d'Ourique.

Com os melhores cumprimentos,
Henrique Albino Figueira

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#140337 | rafael | 15 Jan 2007 18:47 | In reply to: #140328

Caro Henrique

Ao ler a sua msg. dirigida ao nosso estimado confrade José Maria Ferreira sobre o 1.º Caderno Cultural de Ourique apraz-me agradecer-lhe, e enviar a si,em particular, e a todo o elenco da Associação de Defesa do Património de Ourique as minhas felicitações pelo emprendimento, que contribuirá pela defesa e conhecimento do valioso património cultural do concelho de Ourique.
Não só a agradável apresentação, rara em publicações desta natureza, como também pelos colaboradores que contribuem pelo bom conteúdo da referida publicação.Gostei muito de ler o artigo da minha estimada prima Maria Inês Vargas da Palma Carvalho e sobre os BARREGÕES uma notícia genealógica que me aguçou a curiosidade.
Brevemente entrarei em contacto consigo, depois de consultar a visitação de uma igreja da Ordem de SANTIAGO, do concelho de Ourique,na T. T. depois de ouvir o parecer de quem me fez chegar a respectiva informação.

Um abraço do parente e amigo.
Rafael Carvalho

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#140405 | josemariaferreira | 16 Jan 2007 13:10 | In reply to: #140270

Caro Sérgio Sodré

D. Henrique é mesmo filho de um Rei Húngaro!
Não é apenas Camões que o disse, houve muitos outros. Camões não o ía afirmar de animo leve, até porque tinha o tio que era o responsável pela Biblioteca da Universidade de Coimbra e teria certamente acesso a documentos que provavam a genealogia do fundador de Portugal, Camões foi mais longe e até desmentiu genealogistas que o dava como natural da Lotaríngia.
Mas não foi só Camões, Fernão Lopes que foi guarda-mor da Torre do Tombo e escrivão da Puridade do Infante D. Fernando, também ele o dava como filho de um Rei da Hungria. Então Fernão Lopes que assumiu o cargo de guarda-mor da TT em 1419, isto é passados 300 anos da morte de D. Henrique e que conviveu de perto com o Rei D. João I, não teria conhecimentos académicos, a tal ponto que, também ele o deu como filho de um Rei da Hungria?
D. Diogo de Sousa, o grande alentejano que revolucionou a cidade de Braga e que foi capelão-mor e confessor do grande Rei D. João II, também ele não saberia a sua nacionalidade para que mandasse fazer uma nova sepultura em cujo epitáfio ficou gravado na pedra como ele era filho de um Rei da Hungria? Então se não confiarmos naqueles que viveram mais próximo do fundador da nacionalidade, vamos confiar em quem? Nos genealogistas que a partir dos reinados de D. Manuel I e seus filhos, o passaram a ligar a Borgonha? Naqueles que nas vésperas de 1580, o povo manifestando-se nas ruas, chamava de traidores da Pátria?
Ora se a dinastia iniciada em D. Afonso Henrique fosse realmente de ascendência da Casa de Borgonha, teria certamente nos seus descendentes nomes dos daquela Casa como: Hugo, Eudes, Roberto, Reinaldo, Hélia ou Simão. Quantos nomes destes vamos encontrar na dinastia iniciada em D. Afonso Henriques? O conde D. Henrique não conheceria a sua ascendência a tal ponto de não dar aos seus sucessores os nomes de família? E donde é que apareceram os Sanchos? Do céu certamente!!!
Vão-me dizer certamente que usou o nome de Henrique, mas Henrique, está provado que não era nome de família, porque terminou logo, Henrique era nome de um Rei da Alemanha que apadrinhou D. Henrique, filho de um Rei da Hungria.

Se a voz do povo é voz de Deus, o que dizer então da lenda de Panoyas, como é que o povo passado 800 anos depois da batalha ainda anda a balbuciar entre eles que D. Afonso Henriques mudou o nome a terra para Panoyas. E logo para Panoyas (Panonias) que era a terra do avô de D. Afonso Henriques, que coincidência, e os Reis da Hungria intitulavam-se mesmo de "ILLVSTRISSIMVS REX PANNONIE”
Eles (o povo) hoje podem não saber o que dizem, mas daqui a mil anos ainda o dizem certamente, porque voz do povo é voz de Deus!!!

Os meus melhores cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#143204 | josemariaferreira | 06 Feb 2007 19:55 | In reply to: #140328

Caro Henrique Albino Figueira

Cá foi recebedor do exemplar dos I Cadernos de Ourique. Foi através deste Fórum que me fez a oferta, também quero aqui e através dele agradecer-lhe a amabilidade que teve para comigo, mostrando com este seu gesto, apesar da distancia que nos separa, que a Alma alentejana está sempre presente, o meu muito obrigado e bem haja!
Ao receber a publicação o meu entusiasmo foi tão grande que a devorei em segundos!!!
Quero aqui também reconhecer o mérito de todos aqueles que colaboraram na publicação dos I Cadernos de Ourique, apesar de ser ainda um “bebé” que começa agora a dar os primeiros passos, ela é sem dúvida uma lufada de ar fresco que, espero venha trazer um melhor conhecimento da história da nossa terra e das suas gentes.
Foi dentro deste espírito que ao receber a publicação, o meu entusiasmo foi tão grande, que talvez por ser pequena, a devorei em segundos. Foi com grande orgulho que verifiquei que os colaboradores da publicação não se esqueceram de falar da Vila de Panoyas, assim como de tantos outros lugares que integram o concelho, aliás, até porque todo o concelho é rico no seu historial, só que por motivos ainda não explícitos ficou esquecido, para não dizer ignorado na sua essência.
Vem isto a respeito do artigo nela inserido sobre a visita de El-Rei Dom Sebastião à Vila de Panoyas, localidade esta que durante a Idade Média foi o maior centro religioso do Sul de Portugal, não foi por acaso que as relíquias do Papa Fabião, eleito papa por acção do Espírito Santo, foram arrancadas às catapultas de São Calixto na Basílica de Roma, e foram no início da nacionalidade doadas à vila de Panóias!!!
Enquanto em Portugal os reis e eclesiásticos católicos, que se seguiram a D. João II, abandonaram o Culto do Espirito Santo e com ele as relíquias de São Fabião, que foi considerado por muitos um dos maiores papas, noutros países da Europa, levantavam-se catedrais em memória dos bispos nomeados por este Papa para a antiga Gália e martirizados às mãos do Imperador Décio.
Portanto a partir de D. João II, passamos a ter um país à nossa dimensão, enquanto Fabião repousa numa igreja abandonada de Panoias, os franceses veneram os bispos eleitos por aquele papa, em catedrais monumentais, que vão desde a de S. Saturnino em Toulosse á de S. Denis em Paris.
O principal motivo que levou o Rei Dom Sebastião a visitar Panoyas, não foi bélico, mas sim o religioso, tal como o fez D. João II, antes de falecer.
D. Sebastião sabia que com o reinado de D. Manuel o País tinha levado uma reviravolta, tanto no campo político como no religioso, o jovem rei queria retroceder e continuar o trabalho de D. João II, o seu rei preferido, assim como o dos Homens de Panoyas que o retiraram aos Jesuítas e o educaram numa visão futurista dos Portugueses no Mundo:- A criação 5º IMPÉRIO!!!
D. Sebastião também sabia que D. Manuel tinha desviado ao lugar da Batalha de Ourique, para Castro Verde, dando a esta localidade o estatuto de Vila com foral e lá mandando construir uma Ermida a que deram o nome de S. Pedro das Cabeças, para no local se passar a comemorar a Batalha, que até aí era tida e havida como travada em Panoyas do Campo de Ourique, com a finalidade de retirar e neutralizar o peso religioso que Panoyas tinha até aquela época.
D. Sebastião sabia disso e no seu reinado a Ermida estava já pronta, ele foi lá ver o que os homens de D. Manuel andaram a fazer, mas ele como homem de Panoyas sabia da tamanha farsa que os traidores castelhanos andavam a fazer, ele sabia que tinha sido em Panoyas que D. Afonso Henrique tinha travado a Batalha e tinha anunciado um Imperador saído da sua linhagem, e foi a Panoyas, isso sim, oferecer-se a S. Romão e a S. Fabião para o seu sucesso na sua campanha no Norte de Africa, para se cumprir com a promessa de D. Afonso Henriques na batalha travada em Panoyas do Campo de Ourique.
Depois de Colombo ter falhado no seu projecto, por ter confiado nos outros, D. Sebastião, estava então decidido a tomar essa tarefa em mãos e partir para a conquista do 5º Império.
Depois de se ter oferecido em Panoyas, capital do Espírito Santo, partiu a 25 de Junho de 1578 para o Norte de África com o seu exército formado por cerca de 18.000 homens e uma armada 800 velas, sem no entanto se deixar de munir da espada com que D. Afonso Henriques tinha vencido os Mouros na Batalha de Panoyas do Campo de Ourique e de uma Coroa de ouro que devia colocar na Cabeça quando no Norte de África se proclamasse Imperador do 5ªIMPERIO.
Afinal, tudo isto se passou ali tão perto de Ourique!!!

Os meus mais sinceros agradecimentos

Zé Maria

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#143205 | josemariaferreira | 06 Feb 2007 20:00 | In reply to: #143204

Ressalvo: .....catacumbas de São Calisto....

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#151507 | josemariaferreira | 05 Apr 2007 23:29 | In reply to: #118468

Caros confrades

Acabo agora de ter conhecimento através www.europaethesauri.eu/imprensa.html que se realizou em Beja de 22 a 25 de Novembro o 1º Congresso Internacional Tesouros da Igreja/Tesouros da Europa, com diversas centenas individualidades nacionais e estrangeiras cujo programa muito vasto incluía também as seguintes visitas:

22 Novembro Quarta-Feira
17h00 Centro Histórico de Beja


23 Novembro Quinta-Feira
19h00 Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres (Museu Episcopal)


24 Novembro Sexta-Feira
19h00 Museu do Seminário de Beja



25 Novembro Sábado
9h30 Tesouro da Colegiada de Santiago, Santiago do Cacém
Tesouro da Igreja de Nossa Senhora das Salas, Sines

Almoço em Sines

Tesouro e Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição, Castro Verde

Concerto pelo Coro Gulbenkian (direcção: Maestro Jorge Matta)
Os Vilancicos "Negros" do Manuscrito 50 de Santa Cruz de Coimbra (Século XVIII)

Jantar em Castro Verde
.........................................
Ora o que mais me dói no meio disto tudo, é que já ande tanta gente a comer à conta de S. Fabião, já não bastava que o Rei D. Manuel e a Igreja tenham tentado levar a Batalha de Ourique para Castro Verde, senão agora, também se aproveitando do roubo que fizeram na Igreja Matriz de S. Pedro da Vila de Panoyas, da Cabeça-Relicário de São Fabião, que foi oferecida á Vila de Panoyas por D. Vataça, andem agora a apresentá-la como Tesouro da Basílica Real de Castro Verde.
É PRECISO TER LATA!!!
Já D. Jorge de Alencastre, o homem que herdou o pelicano de seu pai, muito devoto das relíquias de D. Vataça, na visitação que fez à Vila no ínicio de 1500, referindo-se ás ditas relíquias de São Romão e de São Fabião, mandou que "As quaes relliquias sam de muita devoção e de mujtos mjlagres e amdam pellas maãos de leigos o que nam deuemos consentir E portanto que estejam no dito sacrario e daly se tiraram e amostrarão quando for necessário.. e nos asy ho lavramos e aprovamos e mandamos que se guarde para sempre"
Ai se D. João II ou o seu filho fossem vivos!!!

Saudações

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#151565 | Marggo | 06 Apr 2007 19:17 | In reply to: #143205

Senhor José Maria Ferreira
Tenho lido todas as suas intrevenções sobre Pannoyas assim como as dos outros genealogistas e veio-me á memória uma frase que minha avó,
natural de S, Teotónio dizia quando nos demoravamos a vestir e nos enfeitavamos-nos demais
"Pareces uma noiva de Pannoyas"
Nunca tinha reflectido sobre o assunto.Agora acho curiosa tal alusão a Pannoyas.
Será que eram muito faustosos os casamentos?Alguém sabe sobre os costumes
nessa época em Pannoyas.
Os meus cumprimentos
MG

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#151935 | josemariaferreira | 10 Apr 2007 16:14 | In reply to: #151507

Caros confrades

D. Vataça a templária infiltrada na Ordem de Santiago não trouxe só as relíquias de S. Romão e São Fabião para a Vila de Panoyas, ela também trouxe a verdadeira Cruz, e o Santo Graal ( e talvez ainda a Lança falta confirmar).
Os muitos milagres a que se refere D. Jorge de Lencastre, filho do grande Rei D. João II, Mestre da Ordem de São Bento de Avis, Duque de Coimbra e Senhor de Torres Novas, parece que sucediam mesmo, e que terão ficado para sempre na memória dos portugueses. Uma tão alta individualidade de então como era o Mestre da Ordem de Santiago, a falar de milagres, de certeza que se estaria a reportar a casos do seu conhecimento aos quais atribuiria a sua devida importância.
Ora sucede que dentro da família Real e da nobreza que praticava o Culto do Espírito Santo, ao que parece, estes confirmavam que se juntando três destas relíquias se operavam de facto milagres!!! Por isso na Idade Média estas relíquias eram muito requisitadas para oratórios de casas da nobreza fundiária, nobreza essa, também ela ligada á empresa dos descobrimentos. Sabendo-se que os descobrimentos portugueses foram levados a cabo por homens todos eles conotados com o Culto do Espírito Santo, não é de excluir que as mesmas relíquias também elas tenham integrado muitas dessas expedições na descoberta de lugares no Novo Mundo ao qual os portugueses deram nome. Sucedeu assim com Pedro Álvares Cabral na descoberta das Terras de Vera Cruz, ás quais ele deu o mesmo nome da relíquia que então estava á guarda de seu tio, Vasco Martins Moniz, comendador de Panoyas.
Sabe-se por outro lado que os homens de Panóias sempre conviveram muito bem com os homens do Ordem de Cristo até 1511, altura em que D. Manuel remodelou aquela Ordem e criou também a Companhia dos Jesuítas. Foi também por essa altura que D. Jorge mandou o retirar a cruz templária da Igreja Matriz de S. Pedro de Panoyas.
Os templários deixaram as suas marcas em Panoyas, tanto no poço de iniciação, como na Igreja ou até nas relíquias, como se pode confirmar pela cabeça relicário de São Fabião, o papa eleito por acção divina do Espírito Santo, que ostenta a cruz templária em forma de folha de trevo de quatro folhas.(ver pormenor aumentando a imagem) http://www.europaethesauri.eu/imprensa.html
O Santo Graal veio de Alcaçar de Uesca em Aragão, terra também considerada terra sagrada por possuir aquela relíquia, esta localidade foi comprada por um familiar de D. Vataça, que depois trouxe aquela relíquia para Panoyas.
Foi assim que os templários adquiriram a relíquia e a passaram a Portugal. Por isso Panoyas, foi na Idade Média o maior centro religioso do Sul de Portugal, por isso mesmo as armas da Vila tinham um Cristo sobre um Sol, por isso mesmo em Panoyas do Campo de Ourique, D. Afonso Henriques anunciou um Imperador da sua linhagem.
D. Afonso Henriques só pode ser descendente de Jesus, ele só pode ser descendente da dinastia Merovíngia, ele já era de sangue Real !!!

Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#152260 | Augustus_o | 13 Apr 2007 14:03 | In reply to: #151935

Caro Zé Maria,

Vi a imagem do relicário e achei curiosa o desenho da cruz templária...

é que na recente "polémica" do realizador norte-americano James Cameron, que alega, mais 1/2 dúzia de carolas, ter descoberto o "túmulo" de Jesus e da Sua "Família", nas urnas encontraram-se desenhos de cruz templárias com a forma do trevo...

alguma ligação?

Cpts,
Augusto

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#152265 | josemariaferreira | 13 Apr 2007 15:05 | In reply to: #152260

Caro Augusto

Colombo proclamou VITÓRIA, mas todo o Mundo só lhe vê derrotas!!!
Depois dos ataques do 11 de Setembro, e agora que estamos num Mundo de confronto à beira da guerra atómica, pode ser que São Fabião que sempre esteve em Panoyas, vá ainda Salvar o Mundo!!!
É com muita satisfação que tive conhecimento que a foto de S. Fabião, foi Cabeça de cartaz que correu toda a Europa. Assim os políticos e todos estes participantes que estiveram no Congresso soubessem entender a sua mensagem!!!

A
Agostinho Borges (Reitor, Instituto Português de Santo António, Roma, IT)
Agostinho Ribeiro (Director, Museu de Lamego, PT)
Alexandra Braga (Técnica Superior, Museu de Lamego, PT)
Amélia Albuquerque (Presidente, Associação para a Valorização e Defesa do Património do Vale do Douro, Lamego, PT)
Ana Arez (Técnica Superior, Instituto Português do Património Arquitectónico, Lisboa, PT)
Ana Isabel Seruya (Directora, Instituto Português de Conservação e Restauro, Lisboa, PT)
Ana Luísa Ferreira Maia (Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa, Porto, PT)
Ana Margarida Andrade (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Ana Margarida Ferreira (Directora, Museu de Aveiro, PT)
Ana Maria Brandão (Conservadora, Museu Nacional do Traje, Lisboa, PT)
Ana Maria Correia Rodrigues (Arquitecta, Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, PT)
Ana Maria Gonçalves Félix (Cascais, PT)
Ana Maria Ramôa (Chefe da Divisão de Administração Urbanística, Câmara Municipal de Beja, PT)
Ana Palma (Técnica Superior de Turismo, Região de Turismo da Planície Dourada, Beja, PT)
Ana Rita Oliveira (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Ana Santiago Faria (Técnica Superior, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Coimbra, PT)
André Varela Remígio (Conservador-Restaurador, Lisboa, PT)
António Agostinho dos Santos Braga (Investigador, Lisboa, PT)
António da Franca Marim (Cónego do Cabido, Sé Metropolitana Patriarcal de Lisboa, PT)
António Frederico Correia Maciel (Provedor, Santa Casa da Misericórdia de Vila das Velas, ilha de São Jorge, Açores, PT)
Antonino Mannaioli (Presidente, Cappella del Duomo di Todi, IT)
António Manuel Oliveira (Conservador, Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, PT)
António Nabais Fernandes (Pároco, Paróquia de Sousel, PT)
António Pestana de Vasconcellos (Presidente, Federação de Amigos dos Museus de Portugal, Lisboa, PT)
António Ribeiro da Costa (Investigador, Porto, PT)
Artur Goulart Melo Borges (Coordenador, Inventário do Património Cultural da Arquidiocese de Évora, PT)
August Heuser (Direktor, Domschatz und Diözesanmuseum Limburg, DE)



B
Belmira Maria Maduro (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Benoît Kervyn (Conservateur, Schatkamer van de Sint-Salvatorskathedraal, Bruges, BE)
Benvinda Rodrigues (Tesouro da Igreja de Nossa Senhora das Salas, Sines, PT)
Bernard Berthod (Conservateur, Musée de Fourvière, Lyon | Consulteur pour la Commission Pontificale des Biens Culturels de l'Eglise, FR)
Bieito Pérez Outeiriño (Director, Museo das Peregrinacións, Santiago de Compostela, ES)
Boris Danailov (Director, National Art Gallery, Sofia, BU)
Brian Clark (Conservation Manager, South-West Region, Churches Conservation Trust, Londres, UK)
Bruno François (Conservateur Délégué, Musée des Hospices de Beaune, FR)



C
Cândida Salomé Gonçalves (Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa, Porto, PT)
Carla de Freitas (Santiago do Cacém, PT)
Carlos Manuel Vilhena Nunes Sobral (Técnico Superior, Câmara Municipal de Santiago do Cacém, PT)
Catarina Saavedra da Silva (Técnica Superior, Tesouro-Museu da Sé Primacial de Braga, PT)
Cidália Pina (Tesouro da Colegiada de Santiago, Santiago do Cacém, PT)
Conceição Ribeiro (Conservadora-Restauradora, Centro de Conservação e Restauro, Palmela)
Cristina Santa Bárbara (Gabinete da Presidência, Câmara Municipal de Sines, PT)



D
D. António Vitalino Dantas (Bispo de Beja, PT)
D. Manuel Clemente (Presidente, Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, Lisboa, PT)
D. Manuel Franco Falcão (Bispo Emérito de Beja, PT)
Dália Maria Godinho Guerreiro (ISCTE, Lisboa, PT)
David Policarpo (Gerente, Digitrace Portugal, Évora, PT)
Denise Witschard (Conservateur-restaurateur, Trésor de Saint-Maurice d’Agaune, CH)
Deolinda Veloso (Conservadora, Museu de Etnografia e História da Póvoa de Varzim, PT)
Diamantino Teixeira (Capelão, Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, Lisboa, PT)
Duarte Melo (Director, Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, PT)



E
Eduardo de Arantes e Oliveira (Vice-Presidente, Academia das Ciências de Lisboa, PT)
Eduardo José Costa Falcão (Paróquia de Santiago do Cacém, PT)
Eduardo José Costa Serral (Universidad Politecnica de Valencia, ES)
Elisabeth Évora Nunes (Docente, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova
de Lisboa, PT)
Elísio Summavielle (Presidente, Instituto Português do Património Arquitectónico, Lisboa, PT)
Enrique Campuzano (Museo Diocesano de Santillana del Mar, ES)
Estela Maria Cameirão (Arquitecta, Lisboa, PT)
Étienne Vacquet (Conservateur Délégué des Antiquités et Objets d’Art, Angers, FR



F
Fernanda Ferreira Barbosa (Técnica Superior, Tesouro-Museu da Sé Primacial de Braga, PT)
Fernanda Maria Moreira do Vale (Conservadora, Museu Municipal de Santiago do Cacém, PT)
Fernando Duarte (Conservador-Restaurador, Lisboa, PT)
Florentina Udrea (Analist-Istoric, cIMeC – Institutul de Memorie Culturala, Bucuresti, RO)
Francesco Venturi (Presidente, Opera del Duomo di Orvieto, IT)
Francisca Alberty (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Francisca Figueira (Conservador-Restaurador, Lisboa, PT)
Francisca Romão (Arquitecta, Câmara Municipal de Beja, PT)
Francisco Clode de Sousa (Director, Direcção de Serviços de Museus, Governo Regional da Madeira, Funchal, PT)
Francisco da Cruz dos Santos (Presidente, Câmara Municipal de Beja, PT)
Francisco Fariña Busto (Director, Museo Arqueolóxico Provincial de Ourense, ES)
Francisco José Paixão (Técnico Superior, Museu Regional de Beja, PT)
Francisco Luís de Castro (Mosteiro de Singeverga, Santo Tirso, PT)
Francisco Singul (Director, Departamento de Exposicións e Publicacións, S. A. de Xestión do Plan Xacobeo, Santiago de Compostela, ES)
Francisco Vilar (Presidente, Comissão de Arte Sacra da Diocese da Guarda, PT)
Frederico Carvalho (Estudante da Licenciatura em História, Universidade de Évora, PT)



G
Gastão da Cunha Ferreira (Arquitecto, MC Arquitectos, L.da, Lisboa, PT)
Gilberto Melquíades Soares Santos (Director, Tesouro da Sé de Faro, PT)
Glória Azevedo Coutinho (Professora, IADE, Lisboa, PT)
Gonçalo Cardoso (Museu de Arte Sacra e Etnologia de Fátima, PT)
Gordana Matevcic-Sobota (Conservation Department, Ministry of Culture, Zagreb, CR)
Graça Filipe (Directora, Ecomuseu Municipal do Seixal, PT)
Graça Maria Soares Nunes (Chefe, Divisão de Património e Museus, Câmara Municipal de Vila Franca
de Xira, PT)
Gregório Eugénio Neto Perregil (Colaborador, Museu de Arte Sacra de Sobrosa, Paredes, PT)
Guus Van den Hout (General Director, Museum Catharijneconvent, Utrecht | Consultant, Pontifical Commission for Church Cultural Heritage, NE)
Guy Massin-Le Goff (Conservateur des Antiquités et Objets d’Art, Angers, FR)



H
Heimo Kaindl (Direktor und Diözesankonservator, DIÖZESANMUSEUM GRAZ (minésculas), Graz, AU)
Helena Gonçalves Pinto (Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa, PT)
Henrique Albino Figueira (Presidente da Direcção, Orik – Associação de Defesa do Património
de Ourique, PT)
Hermann Reidel (Direktor, Kunstsammlungen des Bistums Regensburg | Consultant, Pontifical Commission for Church Cultural Heritage, DE)
Hernâni Perdigão Santos Serra (Centro Cultural de Beja, PT)



I
Iacopo Gori (Fabbriciere-Segretario, Opera del Duomo e delle Chiese Monumentali di Arezzo, IT)
Ieva Dilyte (Head of Department of International Affairs, National Art Museum of Lithuania, Vilnius, LT)
Inês Carvalho Sá (Vogal, Junta de Freguesia de São Jorge de Arroios, Lisboa, PT)
Isabel Fernandes (Directora, Museu de Alberto Sampaio, Guimarães, PT)
Isabel Silveira Godinho (Directora, Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa, PT)
Isabel Ricardo (Arqueóloga, Câmara Municipal de Beja, PT)



J
Jaime Nuño González (Director, Centro de Estudios del Románico, Fundación Santa María la Real,
Aguilar de Campoo, ES)
Jean Hany (Trésor de la Cathédrale de Troyes, FR)
Jean Michel Leniaud (Professeur, École Pratique des Hautes Études, École des Chartes, Paris, FR)
Joana Rosário (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Jaime Nuño González (Director, Sección de Historia, Centro de Estudios del Románico, Fundación Santa María la Real, Aguilar de Campoo, Palencia, ES)
João Evangelista Ribeiro Jorge (Pároco, Sé Velha, Coimbra, PT)
João L. Inês Vaz (Professor, Centro Regional das Beiras, Universidade Católica Portuguesa, Viseu, PT)
João Luis Ferreira (Economista, Oeiras, PT)
João Margalha (Director do Departamento Técnico, Câmara Municipal de Beja, PT)
João Martins Taveira (Vogal, Junta de Freguesia de São Jorge de Arroios, Lisboa, PT)
João Paiva de Sousa (Director, Gabinete de Reabilitação Urbana e Património, Câmara Municipal de Santiago do Cacém, PT)
João Sebastião Cardoso Azaruja (Provedor, Santa Casa da Misericórdia de Redondo, PT)
Jorge David (Seminarista, Seminário Diocesano de Beja, PT)
José Alberto Ribeiro (Director, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Lisboa, PT)
José Alberto Seabra Carvalho (Conservador, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, PT)
José António Cabrita do Nascimento (Delegação Regional da Cultura do Alentejo, Évora, TP)
José António Falcão (Director, Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja | Presidente, Associação Portuguesa dos Museus da Igreja Católica, PT)
José Carlos Oliveira (Conservador, Museu Regional de Beja, PT)
José Catarino (Paróquia de Santo André, PT)
José Coelho Proença (Pároco, Amareleja, PT)
José Filipe Murteira (Director do Departamento Sócio-Cultural, Câmara Municipal de Beja, PT)
José Manuel del Río Carrasco (Oficial, Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja, CV)
José Maria Amador (Assessor da Presidência, Instituto Português do Património Arquitectónico, Lisboa, PT)
José João Carias (Chefe do Gabinete do Governador Civil do Distrito de Beja, PT)
José Manuel Flores (Arqueólogo, Museu de Etnografia e História da Póvoa de Varzim, PT)
José Maria Carvalho (Lisboa, PT)
José Ribeiro Gomes (Professor, Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa, Porto)
José Santiago Faria (Granja, Lorvão, PT)
José Ventura da Cruz Pereira (Provedor, Santa Casa da Misericórdia de Odemira, PT)
Josep M. Riba (Director, Museo Episcopal de Vic, ES)
Josep M. Trullén (Conservador, Museo Episcopal de Vic, ES)
Julie Gabriel (Collaboratrice Scientifique, Trésor de la Cathédrale de Liège, BE)
Julien Maquet (Conservateur Adjoint, Trésor de la Cathédrale de Liège, BE)
Jürgen Lenssen (Museum am Dom, Würzburg, DE)



L
Leonel Pereira (Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, PT)
Leonor Sá (Directora, Museu e Arquivos Históricos de Polícia Judiciária, Loures, PT)
Liliana Cascais (Conservadora-Restauradora, Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, PT)
Luciano Coelho Cristino (Director, Serviço de Estudos e Documentação, Santuário de Fátima, PT)
Luís Filipe Monteiro Pedro (Conservador-Restaurador, Lisboa, PT)
Luís Seixas (Conservador-Restaurador, Almada, PT



M
Madalena Farrajota (Conservadora, Museu de Arte Popular, Lisboa, PT)
Mafalda Magalhães Barros (Chefe, Divisão de Património Integrado, Instituto Português do Património Arquitectónico, Lisboa, PT)
Manuel Alves Lourenço (Director, Tesouro da Sé de Lisboa, PT)
Manuel António Guerreiro do Rosário (Reitor, Seminário Diocesano de Beja, PT)
Manuel Bairrão Oleiro (Director, Instituto Português de Museus, Lisboa, PT)
Manuel Coelho Carvalho (Presidente, Câmara Municipal de Sines, PT)
Manuel Faião (Arquitecto, Câmara Municipal de Beja, PT)
Manuel Garcia da Silveira (Capelão, Santa Casa da Misericórdia de Vila das Velas,
ilha de São Jorge, Açores, PT)
Manuel Gracia Rivas (Tesoro de la Colegiata de Santa María, Borja, ES)
Manuel Soares Monge (Governador Civil do Distrito de Beja, PT)
Manuelle-Anne Renault (Musée de Fourvière, Lyon, FR)
Margarida Cavaco (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Margarida Teves de Oliveira (Conservador, Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, PT)
Maria Alexandrina Barreiro (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Marília Alves Pimenta (Gueifões, PT)
Maria da Conceição Ribeiro (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Maria de Fátima Eusébio (Diocese de Viseu, PT)
Maria Dulce Matias Santos Bilhau (Lisboa, PT)
Maria Fernanda Matias (Assessora, Serviço Internacional, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, PT)
Maria Filomena Silva Martins (Técnica Superior, Santuário de Fátima, PT)
Maria Francisca Romão (Arquitecta, Câmara Municipal de Beja, PT)
Maria Helena Mendes Pinto (Consultora do Serviço Internacional, Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa, PT)
Maria Isabel Guimarães Costeira (Assessora Principal, Museu do Mosteiro de Alcobaça, PT)
Maria Isabel Rocha Roque (Universidade Lusíada, Lisboa, PT)
Maria Isabel Tissot (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Maria Joana Campelo (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Maria João Pina (Directora, Museu Municipal, Ferreira do Alentejo, PT)
Maria José Queirós Meireles (Técnica Superior do Museu de Alberto Sampaio, Guimarães, PT)
Maria Leal Monteiro (Presidente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
do Alentejo, Évora, PT)
Maria Lomelino de Freitas (Lisboa, PT)
Maria Ludovina Barreiros Grilo (Técnica Superior Principal, Câmara Municipal de Évora, PT)
Maria Ludovina Grilo (Responsável, Núcleo de Documentação, Câmara Municipal de Évora, PT)
Maria Manuel Gantes (Técnica Superior de Turismo, Região de Turismo da Planície Dourada, Beja, PT)
Maria Manuela Barreiros (Coimbra, PT)
Maria Manuela Santana (Conservadora, Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa, PT)
Maria Teresa Caetano (Técnica Superior, Câmara Municipal de Sintra, PT)
Maria Teresa de Bragança Van Uden Chaves (Presidente, Cáritas Diocesana de Beja, PT)
Maria Teresa Pais (Directora, Museu da Quinta das Cruzes, Funchal, PT)
Mário Pedro Parreira Salvador (Santa Casa da Misericórdia de Faro, PT)
Mário Pereira (Subdirector, Instituto Português de Museus, Lisboa, PT)
Marisa Bacalhau (Directora, Museu Municipal de Moura, PT)
Marta Félix Campos (Cascais, PT)
Marta Nunes Ferreira (Digitrace Portugal, Évora, PT)
Miguel Machado Quaresma (Chefe do Gabinete da Presidência, Câmara Municipal de Beja, PT)
Miguel Vieira Rego (Técnico Superior, Câmara Municipal de Castro Verde, PT)
Mike West (Chancellor, Lincoln Cathedral, UK)
Mons. Alfio Rapisarda (Núncio Apostólico, Lisboa, PT)
Mons. Giovanni Scanavino (Vescovo di Orvieto-Todi, IT)
Mons. Mauro Piacenza (Presidente, Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja, CV)



N
Natália Correia Guedes (Professora da Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa | Consultor, Comissão Pontífica para os Bens Culturais da Igreja, PT)
Natasha Maria da Costa Fernandes (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, PT)
Nicole Hany-Longuespé (Conservateur, Trésor de la Cathédrale de Troyes, FR)
Nuno Aurélio (Director, Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, Conferência Episcopal Portuguesa, Lisboa, PT)
Nuno Grancho (Investigador, Lisboa, PT)



P
Patrícia Carla Batista Silva (Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa, Porto, PT)
Patrícia Moscoso (Técnica Superior do Museu de Alberto Sampaio, Guimarães, PT)
Patrícia Sarrico (Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, PT)
Paula Barbosa (Directora, Museu de Arte Sacra de Sobrosa, Paredes, PT)
Paula Monteiro (Conservadora-Restauradora, Lisboa, PT)
Paulo Crujo (Técnico Superior de Turismo, Câmara Municipal de Beja, PT)
Paulo Jorge Nascimento (Vereador do Pelouro da Cultura, Câmara Municipal de Castro Verde, PT)
Peter Keller (Direktor, Dommuseum zu Salzburg, AU)
Philippe George (Conservateur, Trésor de la Cathédrale de Liège, BE)
Pierre-Louis Navez (Chanoine, Conservateur du Patrimoine de de la Cathédrale Notre-Dame de Tournai, BE)
Pio Alves de Sousa (Director, Tesouro-Museu da Sé Primacial de Braga, PT)



R
Ranka Saracevic-Würth (Main Conservator for the Movable Cultural Heritage, Ministry of Culture, Zagreb, CR)
Raquel Zeferino (Técnica Superior de Turismo, Região de Turismo da Planície Dourada, Beja, PT)
Ricardo Pereira (Vogal, Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, PT)
Rita Bernardo (Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, PT)
Regina Anacleto (Professora, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, PT)
Rui Aldegalega (Antropólogo, Câmara Municipal de Beja, PT)
Rui Galopim de Carvalho (Executive Liaison Ambassador, ICA - International Colored Gemstone
Association, Sintra, PT)
Rui Manuel de Sousa Valério (Pároco, Paróquia de Castro Verde | Tesouro da Basílica Real
de Castro Verde, PT)
Ruben Lois (Director Xeral de Turismo, Xunta de Galicia, Santiago de Compostela, ES)
Rui Mateus (Assessor da Presidência, Câmara Municipal de Beja, PT)
Rui Santana (Chefe do Gabinete da Presidência, Câmara Municipal de Almodôvar, PT)



S
Sandra Sofia Ferreira Patão São Pedro (Técnica Superior, Delegação Regional da Cultura
do Alentejo, Évora, PT)
Sara Fonseca (Vogal, Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, PT)
Saskia van Haaren (Chief Curator, Museum Catharijneconvent, Utrecht, NE)
Sílvia Cristina Cópia (Museu Municipal de Vila Franca de Xira, PT)
Sónia Moreira Alves (Conservadora, Museu Municipal, Portalegre, PT)



T
Teresa Freitas Morna (Conservadora, Museu de São Roque, Lisboa, PT)
Tzvetomira Tosheva (Director of International Department, National Art Gallery, Sofia, BU)



V
Vânia Teodoso Prata (Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Beja, PT)
Vítor Proença (Presidente, Câmara Municipal de Santiago do Cacém, PT)
Vítor Silva (Presidente, Região de Turismo da Planície Dourada, Beja, PT)


Saudações

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#153819 | josemariaferreira | 26 Apr 2007 10:33 | In reply to: #143204

Caros confrades

Salomão disse não haver cousa que já não fosse e que houve outros, que já fizeram o que nós agora fazemos.

D. Afonso Henriques quando travou a batalha contra os Infiéis, nos Céus de Panoyas por acção Divina do Sol, viu Jesus Cristo com as Cinco Chagas e que lhe transmitiu "Com este Sinal, vencerás!" e “da tua linhagem sairá um Imperador!”

A primeira vez que D. Afonso Henriques escreveu a palavra Portugal, quis fazê-lo em homenagem a esse mesmo Sinal que lhe tinha aparecido nos Céus de Panoyas, X Pº . Sinal este que levará Colombo a todo o Mundo.

Saúdo-vos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#155656 | josemariaferreira | 10 May 2007 14:08 | In reply to: #120896

Caro Sérgio Sodré


“Eu sou o fundador, e destruidor dos Reinos, e Impérios, e quero em ti, e teus descendentes fundar para mim um Império, por cujo meio seja meu nome publicado entre as Nações mais estranhas”.

“E por tanto mando a meus descendentes, que para sempre sucederem, que em honra da Cruz e cinco Chagas de Jesus Cristo tragam em seu Escudo cinco Escudos partidos em Cruz, e em cada um deles os trinta dinheiros, e por timbre a Serpente de Moisés, por ser figura de Cristo, e este seja o troféu de nossa geração”.


Se o texto fosse uma falsificação feita no contexto da resistência à ocupação espanhola o que dizer da afirmação de D. João II feita em 1495, pouco antes de falecer em Alvor? "Ja posso agora ysto descubrir, nunca em minha vida me pediram cousa aa honrra das cinco chagas que nam fizesse".

Sabe-se que foi no reinado de D. João II que se levantaram as duas quinas nas Armas de Portugal, que até aí tinham sempre permanecido deitadas, isto não é sintomático que D. João II estava de facto a cumprir com o desígnio profético de D. Afonso Henriques?
Quem foi que no reinado de D. João II levou o nome de Cristo publicado entre as nações mais estranhas? Não foi certamente Cristóvão Colombo? Ou será pura coincidência o nome Cristóvão, só por si ele já significar; aquele que leva Cristo.

Do ponto de vista da Heráldica, diz que é uma falsificação óbvia, com “Cristo” a atribuir a D. Afonso Henriques um timbre (a serpente de Moisés), uns 200 anos antes dos timbres aparecerem na Heráldica portuguesa. Não se esqueça que os Paiones já no tempo de D. Afonso Henriques usavam o Pavão como timbre, e eles eram dos homens de confiança que apoiavam o nosso primeiro Rei.

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#155912 | josemariaferreira | 12 May 2007 17:13 | In reply to: #153819

Caros confrades

Hoje é um dia muito especial e quero aqui realçá-lo em homenagem aos Paiones!
Os Paiones era um povo que fazia parte da antiga Grécia e vivia a norte do território onde hoje é a actual Macedónia. Estiveram com Alexandre, o Grande, na Batalha de Tróia e no estabelecimento do seu Império no Mundo, assim como na fundação de Alexandria e da sua grandiosíssima e monumental Biblioteca, que dirigiam, por isso os Paiones passaram a ser conhecedores de muitos dos segredos porque se regia o Mundo. Dentre os Paiones saíram os mais variados filósofos gregos tais como Tales de Mileto, Pitágoras, Anaximandro ou Anaxímenes e muitos outros grandes pensadores.
Quando o Imperador do Oriente apoiou os Visigodos na tomada do Império do Ocidente, foram os Paiones que com os Visigodos primeiramente se instalaram na Luzitânia, território por eles considerado sagrado, por nele se venerar o Sol (a Luz) e donde já tinham partido os seus antecessores. Eram muito cultos, eram cristãos mas veneravam o Sol e tinham como timbre o Pavão, deram nome a muitas terras que ainda hoje perduram nos nossos hábitos, como Septosbriga(Cetróbriga) Septosvaell (Setúbal) Troino, Troia, Paiones (Panoyas) Luzitânia, Ourém e Ourique, estas em homenagem ao Deus da Luz (OURIJA)
Ora, era sobre este dois últimos termos que eu me quero debruçar: á região de Ourém eles davam o nome de territorrium Ourichiense e à região de Panoyas eles davam o nome de cãpo de ourija, ourix,ourich. Eles como descendentes dos Celtas sabiam que nestes lugares de determinados em determinados anos, que serão por vezes milhares e que as gerações por vezes não conseguem registar, sucedem fenómenos que se manifestam pela acção do Sol, ou não fossem eles, os Paiones, aqueles que lhe conheciam melhor os seus segredos guardados na Biblioteca de Alexandria, por isso eles já haviam dado nome a esses lugares, conotando-os com o Deus da Luz. (Ourija)
D. Henrique era natural de Constantinopla e trouxe com ele muitos de raça paionia para fundar um Reino Cristão na Hispânia, por ser uma altura propícia em que estes esperavam uma manifestação do Sol ou da Luz no território da LUZitânia.
Não é por acaso que o filho de D. Henrique e os seus homens, sendo conhecedores e prevendo já o fenómeno tenham feito uma infiltração nessa mesma altura em território inimigo, e tal como tinham programado o fenómeno aconteceu e ficou conhecido como Milagre de Ourique, quanto mais que nessa infiltração deu-se uma batalha entre muçulmanos e Cristãos na qual estes saíram vitoriosos!!!
Tal como hoje sucede em Fátima, também na Idade Média sucedeu o mesmo na minha terra, chegando esta a ser considerada o maior centro religioso do Sul de Portugal. Os nossos primeiros 12 Reis Apostólicos mantiveram esse culto do Sol, (ou do Espírito Santo) e que tinha o seu Santuário em Panoyas, lugar onde se dera o Milagre de Ourique presenciado por D. Afonso Henrique e pelos seus homens que com ele tiveram no campo de batalha.

Salomão disse não haver cousa que já não fosse e que houve outros, que já fizeram o que nós agora fazemos.
Talvez por isso ainda hoje, a bandeira da Macedónia conserve o Sol.

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#155945 | josemariaferreira | 12 May 2007 21:55 | In reply to: #155912

Caros confrades

Quando Colombo, o Imperador saído da Batalha de Ourique, fez a sua primeira missão ao Novo Mundo, o Rei Fernando de Aragão e Castela, prometera uma quantia de dez mil morabitinos, ao primeiro marinheiro ou oficial que o descobrisse.
No dia 10 de Outubro de 1492, as tripulações dos três navios achavam-se ludibriadas por ilusões opticas e começaram a reclamar de Colombo, aquele estrangeiro que os havia arrastado para tão longe da sua pátria, de os ter enganado e decidiram declarar-lhe que não segueriam em frente! Colombo prometeu-lhes que durante três dias se avistaria terra e convenceu-os a não retomar o caminho da Europa.Na noite do dia 11de Outubro um tal Rodrigo Sanchez, e Colombo achavam ter visto uma Luz(itânia) movimentando-se nas trevas, pelo que o marinheiro que devia de ser castelhano, na sua ansia de receber os 10 mil morabitinos, começou logo a gritar: Terra! Terra!
Colombo disse-lhe: deixa-te mas é estar calado que quem viu primeiro a Luz fui Eu!!!

Saudações

Zé Maria

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Um pedido a josemariaferreira

#155952 | Marggo | 12 May 2007 23:16 | In reply to: #155912

Caro confrade:
Leio com muito interesse tudo o que diz respeito a Pannoyas.Verifiquei ser muito conhecedor sobre a sua História. Veio-me a memória um dito da minha avó ,natural de S. Teotónio.
Quando demoravamo-nos muito a vestir para sair e apareciamos muito enfeitatas dizia" Parecem uma noiva de Pannoyas"
Será que eram assim as noivas de lá.?Sabe algo sobre os costumes daquela época?

Obrigada por qualquer informação.

Cumprimentos
Marggo

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#155965 | josemariaferreira | 13 May 2007 11:41 | In reply to: #153819

Ressalvo: Estiveram na Guerra de Troia e com Alexandre, o Grande no estabelecimento do seu Império no Mundo,...

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RE: Um pedido a josemariaferreira

#155966 | josemariaferreira | 13 May 2007 12:09 | In reply to: #155952

Caro confrade

Desculpe eu ainda não lhe ter respondido, mas só o não fiz ainda pelo motivo de haver contradição sobre a lenda da Noiva de Panoyas. Nas enciclopédias consta uma versão que não condiz com aquela que eu ouvia contar da boca dos anciãos da minha terra, ainda há pouco tempo aqui no Fórum tive conhecimento através do muito estimado confrade Miguel de Sousa que as noivas que se casam na Sé Velha de Coimbra deixam os "bouquets" sobre o túmulo de D. Vataça. Penso que se poderá encontrar neste gesto das noivas de Coimbra, resposta para a lenda da noiva de Panoyas, agora preciso é de saber porque é que o fazem ainda passados 700 anos da sua morte. Penso dentro em breve, assim que tiver tempo disponível, me deslocar a Coimbra para me inteirar do mistério sobre D. Vataça, uma princesa grega que foi Senhora de Panoyas. Depois quanto tiver uma opinião mais formada logo lhe direi qualquer coisa sobre o assunto.
Só lhe tenho a agradecer em trazer este tema aqui para o Fórum, porque é um tema muito aliciante, pelo que não se poderá responder de animo leve. Fique a aguardar da minha parte, uma resposta logo que possível.

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: a josemariaferreira

#155967 | Marggo | 13 May 2007 12:31 | In reply to: #155966

Caro confrade
Obrigada pela sua resposta. Desconhecia esse costume em Coimbra .Sempre me intrigou tudo o que diz respeito à Batalha de Ourique e Panoyas.Faça as suas investigações e quando tiver oportunidade dê noticias.
Cumprimentos
Marggo

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Milagre de Ourique virou Massacre de Lisboa

#158978 | josemariaferreira | 10 Jun 2007 19:23 | In reply to: #155965

Caros confrades

Talvez a melhor maneira de comemorar a nossa Raça, seja lembrar aqui e agora, que nascemos todos de Adão, feito por Deus á sua imagem e talhado do barro vermelho da terra de Panoyas, da mesma terra que partiu na antiguidade um povo seu descendente que deu origem às três grandes religiões do Mundo, que se foram encontrar na terra vermelha da Palestina. Como em tudo na vida, um dia voltaram ao seu ponto de partida e conjugaram esforços para todos juntos, fazerem um Mundo melhor.

...................DO MAPA DE IDRISSI Á ESFERA DE ABRÃO ZACUTO.........................

O PRINCÍPIO

OURIQUE
Foi o começo.
A esperança duma nova era. Fraterna. Humanista. Profundamente espiritual.

O MASSACRE DE LISBOA
Foi o fim.
Abrupto. Trágico. Traumático
Desse corte com o passado, ainda hoje, quinhentos anos depois, nos ressentimos.

AS CRUZADAS
No Ano de 1087,uma Cruzada organizada pelo papa Urbano II, vem em auxílio de Afonso IV, Imperador da Hispânia, combater os Mouros na Península Ibérica.
Essa Cruzada foi dirigida por Raimundo de Saint-Gilles, Conde de Toulouse e Eudes I e Duque de Borgonha.
Com D. Raimundo de Saint-Gilles vem seu sobrinho, D. Henrique, filho segundo de uma sua irmã e de um Rei da Hungria, com quem era casada.
Acompanham-nos os herdeiros de Rogério da Sicília.
Depois do sucesso que estes cruzados tiveram no combate aos Mouros, no ano de 1094, o imperador D. Afonso IV de Hispânia em seu reconhecimento, a D. Raimundo, que então já se encontrava viúvo de Matilde da Sicília, deu em casamento a sua filha Dona Elvira, e a Dom Henrique, sobrinho do conde de Toulouse deu em casamento, D. Teresa, ambas filhas ilegítimas nascidas da sua amante D. Ximena Moniz de Gusmão.
D. Raimundo e D. Henrique, depois desta primeira missão que foi um sucesso pois venceram os Mouros na Península e acabaram ambos casados com as filhas do imperador D. Afonso VI; no ano de 1095, o papa Urbano II, em face de um apelo de ajuda por parte de Aleixo Comneno, imperador de bizâncio, volta a fazer-lhes um novo pedido para integrarem aquela a que se chamará a primeira cruzada e que se destinará não só dar apoio ao imperador de Bizâncio como da conquista da Terra Santa e formação do Reino de Jerusalém.
D. Raimundo de Saint-Gilles vai como dirigente de uma expedição daquela cruzada e seu sobrinho D. Henrique acompanha-o na mesma à Terra Santa, onde assiste no ano de 1103 ao nascimento e baptismo de seu primo e sobrinho, Afonso que por se ter baptizado no Rio Jordão, passou a chamar-se Afonso de Jordão

A esperança da sustentação do Reino de Jerusalém, perdera-se na radicalização das divergências entre culturas, na “terra vermelha” da Palestina e os turcos otomanos acabaram mesmo por conquistar o Reino de Jerusalém que os cristãos haviam fundado.

Dos antigos territórios da Luzitânia, tinha segundo Heródoto, saído o povo que deu origem às três grandes civilizações: judaica, cristã e muçulmana
Os cruzados quando viram goradas as suas expectativas, voltaram-se então para a Hispânia na procura dum Novo Reino, que iria ser formado segundo a doutrina de Cristo, um reino onde todos pudessem conviver pacificamente, qualquer que fosse a raça ou a religião.

E OS PROFETAS PASSARAM A ANUNCIAR AO MUNDO QUE DA HISPÂNIA SAIRIA UM DIA O SENHOR (O DUX) SALVADOR DO MUNDO.

Foi um jovem "Príncipe", filho do falecido D. Henrique, que assumiu a Missão de fundar esse Reino.

O seu nome era AFONSO.
O Reino foi PORTUGAL.

O NOME DE PORTUGAL
Para D. Afonso Henriques chegara o momento do reencontro das Antigas culturas, para que de novo partissem juntas, para a criação dum Mundo Novo.
Sem guerras, nem conflitos.
Com Cristo por exemplo, construiriam um Reino onde Cristãos, Judeus e Muçulmanos pudessem viver em paz, na esperança de Deus lhes dar um dia a Terra Prometida.


O MILAGRE DE OURIQUE
Mas porque nem todos partilhavam deste projecto, D. Afonso Henriques avança com os seus homens rumo ao Sul, para combater todos os que se lhe opunham.
E foi no céu azul da Terra Vermelha e Rubra de Panoyas, da mesma com que Deus moldou Adão, que Afonso viu, saído do Sol, um raio luminoso, que lhe mostrava Cristo com as cinco chagas, crucificado.

D. Afonso Henriques acreditou que fora um sinal de Deus, para que a formação do Novo Reino se cumprisse.
E porque Deus dissera "com este sinal vencerás", no dia seguinte os seus soldados venceram a batalha contra os Infiéis. A que em honra do Sol chamou OURIYAH - OURIQUE.

Em Memória deste feito, e para que o Tempo a não apagasse, mandou D. Afonso Henriques fundar um Poço.
Nele gravou um Brasão - A Cabeça de Cristo sobre dois Braços cruzados, apontados para o Céu.

Seria o símbolo do Imperador franciscano que sairia da sua linhagem e chegaria à América, para aí formar uma nova sociedade, baseada numa forma superior de Ordem.


O REINO DE PORTUGAL
Em paga dos serviços, que nas conquistas, os judeus haviam prestado, protegeu-os D. Afonso Henriques.
E mais tarde, muitos se destacaram na vida pública portuguesa:
Diplomatas, Conselheiros Reais, Administradores, Médicos Matemáticos, Astrónomos, Comerciantes e Banqueiros, e mesmo noutras profissões, que hoje se consideram modestas, mas que assumiam na Idade Média grande importância: Alfaiates, Sapateiros e tecelões.

D. YAHIA BEM YAISGH, um dos mais nobres judeus portugueses, descendente da Casa Real de David, que segundo a tradição, teria sido o primeiro Rabi-Mor dos portugueses. A ele, teria D. Afonso Henriques concedido, em paga dos serviços durante a reconquista, terra e Brasão com a cabeça de um negro. Daí, viria o nome pelo qual os seus descendentes passaram a ser conhecidos. Seu filho José, foi Almoxarife-Mor de D. Sancho I.

GEDALIAH IBN YAHYA HA-ZAZEN BEN SOLOMON - Médico do Rei D. Fernando até 1370. Passou depois ao serviço de D. Henrique de Castela que o nomeou Chefe das Comunidades Judaicas no seu reino, tendo uma renda anual de 5.000 ducados de ouro, soma proveniente de um imposto. Morreu com avançada idade em Toledo.

DAVID YHYA NEGRO BEN GEDAILIAH - Figura proeminente durante a guerra de Castela e Portugal. Denunciou o plano secreto da Rainha D. Leonor para assassinar o seu genro. Em recompensa, o Rei Espanhol nomeou-o Rabi Principal em Castela. Morreu em Toledo, em Outubro de 1385.

GEDALIAH IBN YAHYA BEN SOLOMON - MESTRE GUEDELHA, FÍSICO E ASTRÓLOGO - Nasceu em Lisboa, cerca do ano de 1400. Foi Rabi-Mor dos judeus. Antes de atingir os 30 anos de idade, foi nomeado Astrólogo da Corte de D. João I. Após a morte de D. João I, foi Astrólogo da Corte de D. Duarte.
MESTRE ABRAÃO, seu filho, foi Físico de D. Afonso V e viria a falecer durante a conquista de Arzila.

JUDA NEGRO, distinguiu-se como poeta, ao serviço de D. Filipa de Lencastre.

GEDALIAH IBN YAHYA BEN DAVID - Filósofo, nascido em Lisboa em 1437. Morreu em Constantinopla em Outubro de 1487. Foi autor de "SHIB AH ENAVIM", uma das sete virtudes cardiais dos Judeus, editado em 1453 em Constantinopla e mais tarde em Veneza. Durante a sua estadia em 1453 em Constantinopla, defendeu a união entre Caraístas e Rabinistas.

DON GEDALIAH NEGRO, Médico de D. Afonso V, acompanhou-o nas guerras em Castela (Batalha de Toro).

DON ISAQUE ABRAVANEL, foi Conselheiro e Tesoureiro do Rei D. Afonso V.

ABRAAM ZACUTO- embora nascido em Salamanca, auando da expulsão dos judeus de Espanha em 1492, Zacuto refugiou-se em Lisboa, Portugal. Foi chamado à Corte e nomeado Astrónomo e Historiador Real pelo Rei D. João II, cargo que exerceu até ao reinado de D. Manuel I. Foi o autor de um novo e melhorado Astrolábio, que ensinou os navegantes portugueses a utilizar, e também de melhoradas tábuas astronómicas que ajudaram a orientação das caravelas portuguesas no alto-mar, através de cálculos a partir de observações com o Astrolábio. As suas contribuições foram muito importantes para o sucesso dos portugueses nos descobrimentos de novas terras então desconhecidas dos Europeu.


Na conquista e formação do Novo Reino em Cristo, D. Afonso Henriques teve não só o apoio de Judeus, mas também de Mouros.
Alguns dos grandes vultos da cultura do território português, foram Árabes, e de certa maneira influenciaram as populações do território que se tornou Portugal.
Entre eles destacam-se: ABENADUN, ALMUTÂMIDE e IBN SARA OU ABDUL ABDULLAH MUHAMMAD IBN ABDULLAH IBN ASH-SHARIF, MAIS CONHECIDO POR AL IDRISSI, AL-MU´TAMID, IBN ´AMAR, IBN QASI, AX- XILBIA, MARYAM AL-ANSARI, IBN DARRAJ, ABU AL-ABDARI, IBN HABIB, IBN HARBUN, IBN BASSAM,
ABU-I-QASIM IBN AL-MILH, ABU BAKR IBN AL-MILH, ABD ALLAH IBN WAZIR, IBN SIDMIR, IBN BADRUN, IBN AT-TALLA, ABU-I-FALDL IBN AL-ALAM, IBN AL-ASILI, AR, RAXID IBN ABBAD, ABU-I-RABI SULAYMAN IBN ´ISA AL-KUTHAYYIR, AT-TULAYTULI, IBN AL-A´LAM AX-XANTAMARI, ABU-I-HASAN IBN SALI AX-XANTAMARI, IBN ÁBDUN e muitos outros que aqui não foram mencionados.

Foi AL IDRISSI que esteve como espião do Rei Rogério da Sicília ( cunhado de Raimundo de Saint-Gilles, o tio de D. Afonso Henriques), nas cidades da Costa Algarvia, para recolher informações, de como haveriam D. Afonso Henriques e os cruzados, tomar as cidades de Faro,Tavira, Silves e Lagos.
Este grande cientista muçulmano, passou a sua juventude em Córdoba, na Andaluzia, onde realizou os seus estudos. Os seus maiores trabalhos científicos não foram no entanto realizados na Andaluzia, nem sequer em terras Islâmicas, mas sim numa corte profundamente impregnada pela cultura islâmica - A dos Reis Normandos da Sicília. E foi em Palermo que este grande sábio morreu, em 1166.
D. Afonso Henriques teve acesso a muitos trabalhos de Al Idrissi, entre os quais se encontraria o Mapa, cuja cópia os portugueses viriam a usar nos descobrimentos, e que Colombo, o Imperador saído de Ourique, levaria depois, na sua Missão ás Índias Ocidentais.

D. Afonso Henriques protegeu os Judeus e Muçulmanos que quiseram integrar o seu Reino fundado no amor de Cristo. Aos mouros que ficaram na região de Lisboa, depois da conquista, chegou mesmo a dar uma carta de segurança no ano de 1170, na qual proíbe que os mesmos sejam maltratados por cristãos ou judeus.
Muitos ficaram e influenciaram a etnia, não só da região saloia, mas em toda a região Sul que se estendia até Coimbra.
Ainda em 1484, tempo em que reinava D. João II, eram ainda mouros quase todos os proprietários de vinha no Zambujeiro, perto de Camarate. E no Algarve, os Cristãos de Silves queixavam-se de que três quartas partes das propriedades, pertenciam aos Mouros.

Exerciam a medicina. Muitos eram comerciantes. Podiam portanto considerar-se, uma camada superior da sociedade.
As suas culturas mantiveram-se em Portugal, apesar das contrariedades, e chegaram ao tempo de D. Afonso V e D. João II ainda estruturados em comunas. Em ambos os reinados existiam comunas de Judeus e Mouros, reconhecidas pelo Rei.

Havia comunas de Judeus em Abrantes, Alenquer, Alcácer do Sal, Algarve, Arruda, Avis, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Crato, Elvas Estremoz, Évora (muito numerosa), Faro, Guarda, Guimarães, Lagos, Lamego, Leiria, Lisboa (muito numerosa), Loulé, Miranda, Mogadouro, Montemor-o-Novo (muito numerosa), Moura, Olivença, Portalegre, Porto, Santarém, Serpa, Setúbal (muito numerosa), Silves, Tavira, Torres Vedras, Trancoso, Vila Flor e Vila Real.
Havia comunas de Mouros em Alcácer do Sal, Beja, Elvas, Évora, Faro, Lisboa, Loulé, Moura, Santarém, Setúbal, Sines e Tavira.

No reinado de D. Afonso V e de D. João II a projecção dos Judeus no território nacional, chegou a gerar descontentamento entre alguns Cristãos, que sentiam que a cristandade estava submetida à jurisdição judaica.
Neste tempo, ainda não era comum. os Judeus terem nomes não hebraicos.

No reinado de D. João II era D. Diogo - Duque de Viseu e Beja, quem tinha todos os direitos sobre os Judeus e Mouros, e era em D. Diogo que residia a esperança de honrar a profecia de D. Afonso Henriques, um Império em Cristo - o 5º Império.



O FIM
Morreu D. João II e pouco tempo depois, a 5 de Dezembro de1496, já o Rei D. Manuel tinha assinado o decreto de expulsão dos hereges, concedendo-lhes um prazo, até 31 de Outubro de 1497, para deixar Portugal.
Aos Judeus, o Rei permitiu que optassem pela conversão ou desterro, esperando assim que muitos se baptizassem, ainda que apenas formalmente.
Os Judeus, no entanto não se deixaram convencer, e a grande maioria resolveu abandonar o país.
Ao ver a sua estratégia derrotada, D. Manuel para impedir a fuga, mandou encerrar todos os portos de Portugal, excepto o porto de Lisboa,

Foi no dia 19 de Abril de 1506, num domingo de Pascoela, na Igreja de S. Domingos, que alguém gritou ter visto o rosto de Cristo Crucificado, iluminar-se inexplicavelmente no altar.
Em redor, gente que rezava pelo fim da seca prolongada, que grassava pelo país, clamou que era milagre.
Entre eles, um judeu convertido à força terá tentado explicar que a luz que emanava do crucifixo, era apenas o reflexo de um raio de sol que entrava por uma fresta da Igreja.
O marrano imbuído do espírito dos seus antecessores, que durante três séculos, esperaram o cumprimento da profecia de D. Afonso Henriques; ele que venerava Cristo, mas também venerava o Sol, viu aquele acontecimento como o milagre que há tanto tempo o seu povo esperava, e pôs -se a gritar Ouriyah! Ourijah! Ourich! Ouriq!
Os cristãos disseram - Milagre!
Os judeus disseram - Ourique!
Os cristãos não perceberam que era o Milagre de Ourique.
Terão sido as suas últimas palavras.

Arrastado para a rua, o marrano e um seu irmão foram espancados até à morte.
Os seus corpos mutilados, foram arrastados para o Rossio e queimados em frente dos Estáus - onde décadas depois, foi instalada a Inquisição.

Incitada por frades dominicanos Castelhanos, a multidão que entretanto se aglomerara, decide partir em direcção à Judiaria, gritando - Morte aos judeus! e - Morram os hereges!

Foram os primeiros de entre mais de quatro mil mortos; judeus portugueses, homens, mulheres e crianças, assassinados em três dias sangrentos.

Lisboa, passou a ser uma cidade desoladora.
Para embarcar, os judeus tinham vindo de todo o reino.
Os Estáus da Ribeira, apresentavam o aspecto de um antigo acampamento. Albergadas em barracas, as famílias - vinte mil judeus esperavam as naus de embarque, contando hora a hora, o prazo da redenção.

D. Manuel não estava, naturalmente em Lisboa.
Tinha fugido da Peste, e acompanhava os acontecimentos a leste - terá mesmo sido a partir daqui, que surgiu a expressão - ESTAR A LESTE.
O Rei encontrava-se em Abrantes, em viagem para Avis e Beja, para visitar a mãe.
Devido ao escândalo suscitado, pelo facto das forças reais, não terem posto cobro à chacina, D. Manuel viu-se depois obrigado a tomar algumas medidas para encobrir o seu envolvimento nos acontecimentos.
Mandou então executar os frades envolvidos - que a corda parte sempre pelos mais fracos .
E mandou encerrar o Convento de S. Domingos, por algum tempo.

D. Manuel também esteve sempre a leste de Panoyas.
E para encobrir o verdadeiro local do Milagre e Batalha de Ourique, desviou-o da terra do barro vermelho, mais par leste, para a terra do Campo Branco de Castro Verde.
E, acabar assim com as manifestações religiosas, que até aí se faziam em Panoyas.
Pode mesmo dizer-se, que este Rei esteve sempre a Leste de Portugal, já que esteve praticamente sempre em Espanha, governando a partir daí.
Quando D. João IV restaurou a Independência de Portugal, uma das suas primeiras medidas, foi impedir que a partir daí, os Reis não mais pudessem residir fora do País.

Enquanto em Lisboa, o sonho se desfazia.
Colombo, o Imperador saído da Batalha de Ourique, tinha sido destronado pela Espanha, dos cargos que tinha, nas suas próprias terras nas Índias.
A Terra de Deus.
A Terra Prometida.

Quando soube do Massacre, Colombo, no dia em que fazia precisamente um mês sobre o terrível acontecimento, mandou acrescentar uma "Adenda" ao seu Testamento, para que ficasse eternamente simbolizado.

"A UN JUDIO QUE MORAVA A LA PUERTA DE LA JUDERIA EN LISBOA, O A QUE MANDARE UN SACERDOTE, EL VALOR DE MEDIO MARCO DE PLATA"

Morreu no dia seguinte.
Como Jesus Cristo, morreu de Paixão pela traição do seu Povo.
E passados trinta e três dias do Massacre de Lisboa; enterrou-se o Homem, que levando o Mapa de Idrissi, descobriu o Mundo Novo em Trinta e Três dias.

Mas o seu Espírito, esse elevou-se para sempre, nos Céus do "deserto" Campo de Ourique.

Viva Portugal!

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre de Lisboa

#158986 | pedro3m | 10 Jun 2007 21:45 | In reply to: #158978

VIVA SEMPRE PORTUGAL!

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RE: Um pedido a josemariaferreira

#160988 | ruiper | 26 Jun 2007 18:34 | In reply to: #155966

Caro confrade
Tenho com objectivo construir a arvore Genealógica da minha familia, que tem origem em Casevel (minha terra natal) ,Panoias e Messejana.
Um dos ramos ascendentes da familia tem como apelido ""Aleluia"".
Na perspectiva de obter dados junto das pessoas mais velhas, desloquei-me recentemente a Panoias. Foi uma viagem bastante produtiva, espero vir a repeti-la em breve para continuar as pesquisas que iniciei.
Tenho três perguntas que ninguem me conseguiu dar informações, nem que fossem imprecisas, passo a indicá-las, caso possua alguma informação que me possa dar, desde já agradeço
Todos os ""Aleluia"" têm a alcunha ""Bagatela""--------qual será a origem/razão desta alcunha?
Qual será a razão da origem do apelido ""Aleluia-------será por Panoias ter sido no passado uma zona bastante religiosa?
No século vinte, muitos pais (do meu ramo familiar) com o nome Aleluia deixaram de atribuir o nome Aleluia aos filhos----------será por o nome ter uma conotação religiosa?
Os meus cumprimentos

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#163697 | luis262 | 27 Jul 2007 23:31 | In reply to: #117678

Caros participantes do fórum,

Permito-me transcrever um texto sobre D.Vataça, que se pode encontrar na net.
e me parece ter algum interesse.



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PATRIMÓNIO HISTÓRICO
E CULTURAL
Santiago do Cacém

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Castelo de Sant'iago de Kassem
Origem Islâmica
Santiago era uma importante praça forte espatária, fundamental para o domínio do vasto território litoral e das vias de comunicação com o interior.

Por doação feita pelo rei D. Dinis, o castelo pertenceu à aia e amiga da rainha Santa Isabel, a princesa bizantina D.Vataça Lascaris (recordada na lenda como D. Bataça) encarregada da educação de D.Constança, filha mais velha de D.Dinis, depois em casamento (que serviu para consolidar a paz entre os dois países) em 1297, esposa de D.Fernando IV de Castela, apontando-se para a posse da comenda do Castelo o período entre 1310 e 1336 .

"Conta a lenda que um certo dia, veio do Mediterrâneo Oriental uma esquadra comandada por uma mulher nobre que desembarcou em Sines e avançou decidida a tomar o castelo pelo mouro Cassem. Como tomou o castelo no dia de Santiago pôs-lhe o nome de Santiago de Cassem"


A lenda é isso mesmo, uma narrativa na qual a história está deturpada pela tradição.

Viúva e sem filhos, D.Vataça, gozando da confiança dos soberanos de Portugal, reunia as condições para acompanhar na qualidade de camareira-mor a infanta D.Constança quando esta se consorciou em Castela, onde permaneceu por largas décadas e onde recebeu o encargo de velar pela educação dos netos do rei D.Dinis.

Regressada a Portugal em 1317, D.Vataça, fixou residência na alcáçova do castelo de Santiago de Cacém onde estabeleceu uma pequena corte senhorial, tendo vassalos fiéis, donde começou a administrar os seus territórios e outros bens acumulados.
Aí terá vivido até 1332 ou 1325 para se estabelecer definitivamente em Coimbra.
Durante os últimos anos de vida a princesa não se quis afastar da rainha D.Isabel a quem estava ligada por laços de tanta amizade.


O castelo regressou finalmente à posse da Ordem de Sant'Iago em 1336 ano da morte de D.Vataça em Coimbra - onde jaz tumulada em mausoléu na Sé Velha - até 1594, em período filipino, - segunda metade da Civilização da Idade Moderna, - altura em que Filipe II o doou aos duques de Aveiro, situação que se manteve até 1759.
Com a acusação pendente de tentativa de regicídio contra o rei D. José I , os seus bens foram confiscados revertendo para o património da Coroa.





"Da Villa, que hoje permanece, que tomàra o nome de huma Imagem de Santiago de mármore, que se achára enterrada naquelle sítio, e de Cassem Regulo Mahometano, que dominava o Castello, quando D.Bataça, Princeza Constantinopolitana, ajudada dos Cavalleiros da Espada, o expugnara".

(André de Resende - Humanista Eborense - Livro IV De Antiquitatibus Lusitanae, ano de 1593)



A "imagem de Santiago de mármore" aqui referida é o retábulo de Santiago Combatendo os Mouros que se encontra na Igreja Matriz.
Daqui se depreende que o povoado terá recebido o nome do Apóstolo São Tiago e de Cassem - Santiago de Cacém.
O castelo apresenta a planta de um paralelogramo.
Agregados à muralha existem nove torres de formas redondas e quadradas de um conjunto que eram doze.
Algumas partes da muralha ainda conservam a técnica de construção islâmica e, quase integralmente, o perímetro da barbacã.

No interior da cerca muralhada subsistem restos da antiga alcáçova ( recinto murado onde se alojavam os alcaides-mor e os seus homens de armas ) e de outras construções militares, um poço cisterna e vestígios de outras edificações que poderiam ter pertencido à Ordem de Sant'Iago.

O castelo teria duas portas, uma das quais situada na zona onde foi reedificada a igreja matriz, e a outra, a existente, emoldurada em arco quebrado, se podem observar - lapidadas em duas pedras - as insígnias da Ordem de Sant'Iago e da Ordem de Avis, ladeadas pelo escudo de Portugal .


GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
A fidelidade do povo de Santiago à causa nacional

Durante a Revolução de 1383-1385, o castelo esteve ocupado pelos exércitos do rei de Castela que entraram na região Sul até à região litoral. Esta ofensiva foi contrariada pelos exércitos de D.Nuno Álvares Pereira, que recuperaram esta praça e outras.

Quer em 1383:
- durante a crise política por não haver descendentes varões do rei, o interregno e regência de D.Leonor Teles viúva do rei D.Fernando I - quando o Mestre da Ordem de Sant'Iago, Fernando Afonso de Albuquerque, colocou as forças militares e o castelo ao serviço do Mestre de Avis aclamado Regedor e Defensor do Reino pelo povo de Lisboa - por os castelhanos invadirem Portugal e derrotados em Atoleiros no Alentejo que estava à guarda de D. Nuno Álvares Pereira começando a Guerra da Independência -.

Quer em 1385:
quando as cortes de Coimbra, nas quais o chanceler João das Regras consegue habilmente fazer valer os direitos do mestre de Avis contra as candidaturas ao trono português de D.Beatriz filha de D.Leonor e mulher do rei de Castela e as dos infantes D.Dinis e D.João filhos de D.Pedro I e D.Inês de Castro, aclamam D.João I rei de Portugal.



GUERRA DA RESTAURAÇÃO

Quer ainda:
quando em 1643, após a expulsão do jugo espanhol de sessenta anos e a aclamação do rei D. João IV, se dá o início da Guerra da Restauração entre Portugal e a Espanha que invade o nosso País.
A Espanha, perdida a esperança de retomar Portugal por meio da influência sobre a Santa Sé para que esta não lhe reconhecesse a independência e pelo malogro das duas conspirações por ela fomentadas contra o monarca português, procurava agora realizar os seus intentos pela guerra.


Existe adossada à zona sudeste da muralha a antiga Igreja Matriz - igreja medieval -, com fundação muito posterior à reconquista definitiva do castelo, e dedicada a S.Tiago Maior.

Na encosta virada a oeste encontra-se a capela de S.Pedro.

Perdendo estratégia militar, após as Guerras da Restauração, segunda metade do Séc. XVII, o castelo entrou em acentuado declínio de ruína e grande abandono por parte das autoridades responsáveis, verificando-se esta situação ainda em 1758, situação que seria invertida - hoje em completo bom estado de conservação - o que levou o Executivo Camarário de então, a escolher o local para servir de cemitério.

Pena para a arqueologia e para a história que, com escavações a efectuar no local se poderia encontrar a resposta do que foi a sua ocupação ao longo de tantos séculos.

É preocupação do município: a necessidade de retirar o cemitério para outro local, com todo o sentimento e melindre moral que isso envolve.




Classificado como Monumento Nacional, com a delimitação da respectiva Zona de Protecção.


--------------------------------------------------------------------------------

Sem mais, cordialmente

Luís Piçarra

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#163702 | luis262 | 27 Jul 2007 23:51 | In reply to: #163697

Mais uma citação de uma informação, também patente na net. em,


(...) 10 Obras de Referência - Museu Nacional de Arte Antiga.l
Peças que falam.
Ana Raposo

O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) fecha as suas portas às 18 horas, excepto na última quarta-feira do mês, dia em que os visitantes são convidados a ficar, ou a entrar, para uma viagem guiada por alguns dos tesouros artísticos mais relevantes deste museu.



No terceiro piso - a que se tem acesso pela escadaria principal - cerca de 150 pessoas estão num silêncio absoluto. A razão prende-se pela iniciativa «Visita a 10 Obras de Referência», já na segunda edição, que o Museu Nacional de Arte Antiga realiza todos os meses.


O objectivo é a divulgação e promoção do património cultural, permitindo aos diversos públicos do MNAA uma visão imediata da importância histórica e da diversidade tipológica das obras em exposição.

O público presente não é homogéneo. Pessoas de todas as idades, como especialistas, estudantes, professores e reformados conquistam o espaço, algumas sentadas nas cadeiras dispostas para o efeito, outras de pé, com os olhos atentos no painel onde se projectam imagens da peça em destaque – uma escultura datada do segundo quartel do século XIV, pertencente à Oficina de Mestre Pêro, intitulada «Virgem com o Menino».


Antes de se dar início à sessão, são distribuídas folhas informativas com um pequeno resumo sobre a obra-prima que se exibe, o que ajuda – e muito – à sua contextualização.

Luísa Penalva e Anísio Franco - especialistas em História de Arte e técnicos do MNAA - satisfazem os olhares curiosos. O tempo é limitado, mas nada fica por explicar.

Devido às influências que a sua arte manifesta, A Virgem com o Menino, uma figura central na evolução da escultura gótica trecentista em Portugal, atribui-se a um artista estrangeiro, talvez de origem aragonesa.

Não se sabe ao certo a data da sua chegada ao país, sendo possível ter vindo por volta de 1330, escassos anos após a morte de D. Dinis (1325), nos primórdios do reinado de D. Afonso IV, seu filho.


Desde o percurso pelo trabalho escultórico da Oficina de Mestre Pêro, através de algumas das suas mais importantes obras em Portugal - como o túmulo do arcebispo D. Gonçalo Pereira (na foto), na Sé de Braga, ou o mausoléu da dama de companhia da rainha D. Isabel de Aragão - a princesa bizantina Vataça Lascaris - que se encontra na Sé Velha de Coimbra, até a peças da época existentes em museus de todo o mundo, tudo é ‘absorvido’ para enquadrar a obra em questão e para compreender a sua importância histórica. (...)

Cumprimentos,
Luís Piçarra

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre de Lisboa

#165817 | Sérgio Sodré | 27 Aug 2007 10:39 | In reply to: #158978

Caro confrade Zé Maria

A obra "Moedas de Ouro em Portugal" de Javier Sáez Salgado demonstra que Pannonias foi uma casa de cunho dos reis visigodos Sisebuto e Viterico. Em Panoias (Vale de Nogueiras, Vila Real) Sisebutus mandou cumhar moeda de ouro entre 612 e 621, e Witterico fez outro tanto entre 603 e 609.

Ora, foi muito depois, em 862, que o cronista Incmaro de Reims regista no seus Anais que o Reino de Luigi o Germânico foi atacado "por inimigos chamados Ungri, até então desconhecidos" e esta é a primeira notícia que chega ao Ocidente relativa à população hungara (magiar). Só cerca de 20 anos mais tarde, os húngaros, continuando a sua emigração para Oeste, se estabelecem na planície panónia, que corresponde mais ou menos à actual Hungria.

Assim, não parece haver qualquer razão para ligar o topónimo Panóias em Portugal a qualquer influência húngara, pois é muito anterior.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre de Lisboa

#175856 | AIRMID | 10 Dec 2007 13:04 | In reply to: #165817

Exmo Senhor

Tem Vxa Exa toda a razão, Panoyas no Alentejo é muito mais antiga.
A Grécia, também.

Cumprimentos

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#234778 | Panonias | 22 Jul 2009 21:39 | In reply to: #175856

Caros confrades

Milagre de Ourique, 696 anos depois virou Massacre em Panoyas!!!


--Nós queremos restaurar sobre as armas da Coroa Portuguesa o pelicano de D. João 2º. e a esfera de D. Manuel, e qual será o inimigo da Pátria, que ouse opor-se a tão nobre empenho?

—Nós queremos pagar com a moeda do grande Afonso de Albuquerque aqueles que se arrojam de impor-nos o tributo da Anarquia, da dependência e do jugo
estrangeiro, e esta moeda são balas, espadas, lanças e broqueis

– Nós queremos estar em Paz com todo o Mundo, e merecer a simpatia de todas as nações livres, respeitá-las e favorecê-las para que também nos respeitem, e socorram e acaso não poderemos amaldiçoar os tiranos que nos escravizam, que nos atraiçoaram, e venderam?

— Não poderemos nós amaldiçoar esses ingratos, e perversos, que tentam sufocar para sempre dentro de nossos peitos o grito dos nossos maiores “ nós somos livres”

--Nós não queremos que o nosso Reino seja governado por estrangeiros ?!


"....Debaixo do estandarte Nacional da Realeza estão [aqui] os imitadores daqueles Portugueses que, para serem independentes, travarão a 1ª batalha do Vale de S. Mamede, e encerraram no Castelo de Lenhoso a própria mãe daquele Homem, que, depois no Campo d'Ourique, aclamaram Rei.

— Este Homem foi Absoluto, mas o povo sempre livre e governado com a lei, superior a tudo, e só neste sentido é que têm sido Absolutos os Monarcas Portugueses.

--Seriam escravos D. João de Castro, Vasco da Gama, Colombo, Cabral, Zarco, e Fernão de Magalhães?

— Seria escravo esse vassalo de D. Manoel, Duarte Pacheco, que na Judia obrigava o rei de Cochim a fazer justiça declarando-lhe que, ele, como Português, nunca consentiria em arriscar a Salvação de um Reino inteiro, e a dignidade régia pela inconsiderada contunda do Soberano...?"

(Manifesto dos Reais de D. Miguel que lutaram em Panoyas no Campo de Ourique, em homenagem ao nosso primeiro Rei, 696 anos depois da Batalha de Ourique),


Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#234783 | Sérgio Sodré | 22 Jul 2009 22:11 | In reply to: #234778

Caro confrade Zé Maria

Está à venda um novo trabalho sobre a batalha de Ourique, desta vez da autoria do General José Lopes Alves, que me pareceu muito completo, embora ainda não o tenha adquirido. Também recomendo os estudos críticos sobre a batalha de Ourique de Martim Velho, editado pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal e, 1989 (este tenho).

Julgo que o pelicano de D. João II e a esfera de D. Manuel nunca estiveram sobre as armas da Coroa Portuguesa. Eram empresas heráldicas e não timbres (o pelicano timbre só com os Lencastres e como timbre de família e nunca real...). O timbre real é o dragão enquanto símbolo de São Jorge e é esse que seria de restaurar...

cumprimentos e bem haja por relembrar o dia (25 de Julho de1139) em que os Portugueses alçaram o seu Rei sobre o escudo afirmando que eram um reino, ou seja que eram autónomos na península e no mundo. Fosse qual fosse o resultado da batalha iminente e eminente combateriam em torno de um Rei (a encarnação da Pátria em forma humana) por eles escolhido livremente...

Sérgio Sodré

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#234796 | AIRMID | 23 Jul 2009 05:02 | In reply to: #234778

Caro José Maria


"Tornarem se senhores da memória e do esquecimento é uma das grandes preocupações das classes, dos grupos, dos indivíduos que dominaram e dominam as sociedades históricas. Os esquecimentos, os silêncios da História são reveladores desses mecanismos de manipulação da Memória Colectiva."

Jacques Le Goff


O Rei Dom Miguel e os Homens de Panoyas, procuraram no Século XIX, o Regresso à Idêntidade de Ourique.

Mas o Século XIX, foi o Século de Darwin, de Augusto Comte de Karl Marx.
O Século XIX, foi o Século da confirmação da Burguesia no Poder. Do Novo Riquismo saloio da Burguesia Nobilitada. Do deslumbramento da Pequena Burguesia, que renegava as suas origens rurais, como se a Terra, não fosse parte da essência da Vida.

O Regresso ao Conceito Messiânico de Aviz, numa época em que se anulou o Ser Humano, impondo-lhe na ascendência ancestral uma Osga Emplumada, numa época em que a Sociedade Ideal foi a Positiva, e a Espiritualidade procrita, estava votado ao fracasso.

A cultura burguesa, inaugurada no século XVIII, e autodenominada revolucionária, invadia os quatro cantos da Terra. E num rasgo de Non Sense, Marx, previa o fim do sistema social por ela criado, como se o Capitalismo não fosse a consequência da negação da face Espiritual do Ser Humano, que o próprio Marx defendia.

A Recuperação da Memória Colectiva, numa época de desumanização progressiva, em que o culto do Dinheiro, e do Poder material, se impunham, foi uma Utopia.

Aquele, foi um tempo de glória da mesquinhez. Da mediocridade, da mentira e da manipulação de: Vintistas, Cartistas, Setembristas, e mais tarde Regeneradores, Progressistas e Repúblicanos, numa correria louca pelas cadeiras do Poder.

Ocuparam Ruas Praças e Avenidas, e esconderam-nos em Becos e Pátios.

Foi o Tempo do Esquecimento. Do Silêncio.

Que se impôs até hoje.

Perdeu-se o Povo, que numa luta que nunca foi a sua, apenas viu o seu nome, ser evocado em vão.


Talvez um dia...

O Regresso à Identidade de Ourique.
O Povo Português predestinado por Deus, para reconstruir o Paraíso.
O regresso ao Conceito Messiânico de Aviz. O Rei e o Povo Eleito caminham sobre as Águas no Regresso à Terra Prometida.

Finalmente a Paz!

Dom João II, O Rei Pelicano, O Consagrado, o Patriarca Perfeito.
A imagem do Pai, bom, sábio e justo, que nos conduz e protege; com quem nos identificamos em Absoluto; que acompanhamos até ao final dos Tempos.

O Rei e o Reino fundem-se.
Simultâneamente, somos Rei e Povo.

A Esfera Armilar, Átomo ou Universo? O Caminho do Futuro ou o Regresso ao Passado?

Ou Ambos?


Saudações

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#234829 | Panonias | 23 Jul 2009 18:45 | In reply to: #234796

Cara AIRMID

"Foi o Tempo do Esquecimento. Do Silêncio.
Que se impôs até hoje."

Mas eu não me vou silenciar!!!Vou dizer bem alto ao Mundo, que quiseram apagar a minha terra do mapa, quiseram esconder Ourique, quiseram esconder Portugal!!!

Os liberais entraram "vitoriosos" em Panoyas, terra onde D. Afonso Henriques, um rei absoluto, mas de lei, imperou e fundou Portugal!!!

Escrevia de Panoyas, o comandante do exército liberal que entrou "vitorioso" no dia 14 de Agosto de 1833, ao rei D. Pedro IV, que estava no Palácio das Necessidades em Lisboa, governando como regente da sua filha D. Maria que era ainda de menor idade!!!

"......Os nossos entraram vitoriosos em Panoyas, cujos Habitantes os receberão com o maior alvoroço. Não há expressões, com que se possam descrever as violências praticadas naquela Vila pelos rebeldes depois de roubarem todo o dinheiro, que encontraram nas casas mais abastadas, cevaram a sua ira destruindo móveis, portas, janelas, forros,(telhados) papeis, e Cartórios públicos, não escapando nem o livro dos Baptismos, nem os objectos Sagrados, porque a um dos prisioneiros, que os nossos fizeram, se encontrou escondida uma Patena de prata dourada..."


"Os nossos entraram vitoriosos em Panoyas, cujos Habitantes os receberão com o maior alvoroço."


O Comandante não é explícito na sua afirmação, porque para se exprimir bem teria de ter transmitido ao Rei, se esse alvoroço era de euforia, animação ou de entusiasmo de apoio à sua causa, ou se pelo contrário esse alvoroço era de medo, sobressalto, inquietação e revolta.

De facto foi um horror a entrada das tropas liberais na Vila, a Batalha prolongou-se para dentro da Vila, foi a confusão total, a população que abrigava os patriotas miguelistas, foi massacrada nas suas próprias casas, violadas, assaltadas, presos muitos e outros mortos. Tudo porque a população só queria honrar a memória de D. Afonso Henriques, que naqueles mesmos campos combatera havia 696 anos, tendo sido então recebido entusiasticamente pela população que foi acender os seus fornos e com a farinha que restava dos seus celeiros cozeram pão para dar às tropas, e D. Afonso Henriques discursou à população e mudou o nome da terra que então era Pajones para Panoyas em memória de seu pai e da Hungria!!!


"Não há expressões, com que se possam descrever as violências praticadas nesta Vila"

Isto é tudo uma grande mentira dos liberais, não foi nada disto que se passou!!! Quem destruiu a Vila depois dela ter sido tomada pelos liberais, foram os próprios liberais que deixaram a vila arrasada, por vingança desta localidade sempre ter dado o apoio aos patriotas miguelistas. Ainda no ano de 1830, a 22 de Fevereiro, para comemorar os 3 anos da vinda de D. Miguel da Áustria para Portugal se tinha realizada um casamento, entre um nobre panoniano e uma donzela internada no Convento de S. Bernardo em Tavira, que foi o protesto para se fazer uma grande festa de apoio ao rei D. Miguel, onde este também deveria estar presente, só que o Rei por motivos de saúde não pode estar presente!!! Neste casamento esteve a maior parte da nobreza do Campo de Ourique e Algarve, nobreza essa, que na sua maioria apoiava o Rei D. Miguel se atendermos às suas dádivas em dinheiro ou em géneros para a causa Miguelista!!!

Entre muitos outros destaco a lista dos convidados presentes no casamento que contribuíram com donativos para o cofre dos Corpos Voluntários Reais e Milícias:

O Corregedor da Comarca, Dr António Teixeira de Sousa Pinto................20.000 reis
O Escrivão da Provedoria, João António da Silva Veloso …………………………….. 10.000 reis
Joaquim R. Louro Palmer, juiz ordinário da vila de Panoyas (o Noivo)……..13.000 reis
António Mestre Afilhado, juiz ordinário da vila de Panoyas………………………….. 2.400 réis,
Várias pessoas do povo de Panoyas com módicas quantias…………………………14.310 réis.
Francisco Inácio Alberto de Assis, capitão mór………………………………………………....15.888 reis
D. Ana Rosa Cordeiro da Mattos Zagallo. ................................................4200 réis
D. Ana Maria Bivar Weinholth (morgada de Messejana)............................2400 réis
Gervásio Carvalho de Miranda, ex-Juiz de Fora de Messejana………………………….4800 réis
O Prior de Messejana, Joaquim Baptista da Lança Cordeiro, por si, e sua família.................................................................................................2400 réis
Jacinto Pais de Matos, capitão-mór……………………………………………………………….. …....4800 réis
O Visconde de Sousel , alcaide-mór e comendador de Panoyas..……….......10.000 réis
Donativos do povo da vila de Panoyas em metal…………………………………………… 10.280 réis
A Comunidade do Convento de S. Francisco de Almodôva…………………………..10.000 réis
Matias da Palma (que fora graduado em Major de Ordenanças)…………......20.000 réis
A Madre Abadessa e religiosas do Convento de S. Bernardo de Tavira……… 7.200 réis
O pai da Noiva, Sebastião José Teixeira, Capitão-mór de Alcoutim…………. 14.000 réis
Jacinto Pais de Matos, capitão de S. Bartolomeu- S. do Cacém,………………...2.400 reis,
José Máximo Possidónio, Prior de S. Bartolomeu, pela mão do capitão….. 2.400 reis.
José Joaquim Salema, produto de 30 alqueires de trigo……em metálico 14.600 réis.
O Padre da Aldeia da Conceição, João Pedro de Torres…………………………………..3.200 réis
Vicente da Fonseca Pimentel de Gusmão, 3º vereador de Tavira……………………2.400 réis
José Gonçalves de Sá, escrivão da câmara de Ourique……………………………………..2.400 réis
O Doutor José Francisco Parreira de Vilhena ……………………………………………………….2.400 reis
José Joaquim da Palma, vereador de Mértola e padrinho da Noiva……………..2.400 réis
O Conde de S. Miguel, morgado da Torre Vã…………………………………………………..20.000 Réis
António de Lemos Mascarenhas de Sousa, capitão…………………………30 alqueires de trigo
José Joaquim de Sousa Reis de S. Bartolomeu de Messines………………………….1.000 réis

A Ilustríssima e Excelentíssima Senhora condessa de S. Vicente, que trazia já prontos 36 capotes para entregar em Panoyas ás forças miguelistas.
O Morgado de Almodôvar em apoio à causa de D. Miguel, ofereceu uma parelha para o Serviço dos Parques de Artilharia, parelha de mulas essas que ficaram nas suas cavalariças da Vila de Panoyas, às ordens do Remexido.

O Procurador do Campo de Ourique era mesmo um homem de Massas. (Resende) Consta na relação das pessoas que de 15 de Fevereiro a 15 de Abril de 1832 contribuíram com mais donativos para se dar capotes e outros objectos aos Corpos de Voluntários Realistas e Milícias. Assim: 222.260 réis em moeda mais 166.600 em papel /e mais 78.740 reis em metálico e 22.800 em papel/ mais 24.710 em metálico. Mais 60.000 réis de donativos oferecidos pelo próprio, agora como ex- corregedor da Comarca do Campo de Ourique.

A Villa de Panoyas era assim uma vila estratégica para os Miguelistas, não só por ter sido a terra onde D. João II, fez a sua última jornada, para conferenciar com os Homens de Panoyas descendentes de D. Vataça, antes de partir para o além, mas também porque era a terra sagrada dos Espiritualistas, e D. Miguel era o seu Grã-Mestre.

As casas mais abastadas que foram assaltadas e roubadas na Vila de Panoyas, foram precisamente a daqueles nobres e lavradores que apoiavam D. Miguel, e foram-nas não por aqueles que os apoiavam, mas sim às ordens do comando liberal, que arrasaram a Vila, degolaram-lhe o seu concelho e a desprezaram-na em qualquer melhoramento durante anos, parecendo uma terra bombardeada em plena segunda grande Guerra, pelo menos era esse o aspecto que ainda parecia no meados do século passado, para quem nela entrava pela estrada que vinha de Messejana.

Dois irmãos, duas maneiras de ver o Mundo, um amava-a e queria fazer dela uma cidade outro odiava-a e queria arrasá-la para sempre!!!
"....Manda Sua Mejestade Imperial declarar-lhe que Ouvio com particular agrado a narração dos feitos obrados pela força do seu commando,[em Panoyas] e que Espera que elles continuem a tornar-se cada vez mais beneméritos da Pátria, cujos interesses defendem com tanto valor e tão decidido entusiasmo..."

Panoyas, o Principio e o Fim!!!

Era em Panoyas que D. Miguel e os Realistas tinham a Arca do Testamento!!!

Saudações fraternas

Zé Maria

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MOVIMENTO ESPERANÇA PORTUGAL

#234863 | 2Fátimas | 23 Jul 2009 20:03 | In reply to: #234829

MOVIMENTO ESPERANÇA PORTUGAL
http://www.mep.pt/

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RE: MOVIMENTO ESPERANÇA PORTUGAL

#234873 | Sérgio Sodré | 23 Jul 2009 22:32 | In reply to: #234863

Este fórum virou lugar de propaganda política?
Haja senso...

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#234883 | AIRMID | 24 Jul 2009 03:24 | In reply to: #234829

Caro José Maria

Os Liberais, entraram "vitoriosos" em Panoyas, Terra onde Dom Afonso Henriques, fundou Portugal.

E porque o Povo de Panoyas no Alentejo, quis honrar a memória de Dom Afonso Henriques, e defendeu o seu Legítimo Rei, a população que abrigava as tropas Miiguelistas, foi massacrada nas suas próprias casas, violada, assaltada, muitos presos e outros mortos.

E os que agora lutavam contra o seu Rei e matavam o seu próprio Povo, em Panoyas, Campo de Ourique, haviam anos antes, escoltado as tropas Napoleónicas, que invadiam Portugal.

Foram tempos de sobressalto e de medo.
Mas passados os primeiros instantes, ao instinto de sobrevivência, sobrepõs-se a revolta.
Uma revolta imensa, contra a injustiça, contra a prepotência, contra a cobardia, que amarram e sufocam, a Liberdade.

No Século XIX, o Povo de Panoyas foi massacrado pela Burguesia Liberal. Agora, nestes tempos em que a opressão veste o manto da legalidade, os métodos são mais subtis.
Sufoca-se a economia, inventam-se processos disciplinares aos que ousam levantar a voz, e a palavra escrita.

A aposta é invariàvelmente a mesma. O Medo.

Só que o medo é como a escuridão, dura apenas breves instantes, e a revolta, essa ,fica por toda a vida.

O José Maria, não se vai silenciar. Vai dizer bem alto ao Mundo, que quiseram apagar a sua Terra do Mapa. Quiseram esconder Ourique. Quiseram esconder Portugal.

Também eu não me calarei!
Nada apagará as minhas palavras de denúncia e de revolta! E todas as pressões serão inúteis!

Inexoràvelmente, a Arca reaparecerá!

Saudações

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#235015 | Panonias | 25 Jul 2009 20:39 | In reply to: #234796

Caros confrades


Dia de S. Cristóvão, 25 de Julho de 1139


Enquanto os Liberais no dia 24 de Julho de 1833 entravam vitoriosos em Lisboa sem terem dado um único tiro, em Panoyas a 14 de Agosto de 1833, precisamente no dia em que fazia 448 anos que se tinha travado a Batalha de Aljubarrota, também em Panoyas se travava uma Batalha, não só para honrar Ourique, mas também para comemorar e honrar Aljubarrota!!!


Saudações fraternas


Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#235205 | Panonias | 28 Jul 2009 17:20 | In reply to: #234883

Cara AIRMID

"Os Liberais, entraram "vitoriosos" em Panoyas, Terra onde Dom Afonso Henriques, fundou Portugal.
E porque o Povo de Panoyas no Alentejo, quis honrar a memória de Dom Afonso Henriques, e defendeu o seu Legítimo Rei, a população que abrigava as tropas Miiguelistas, foi massacrada nas suas próprias casas, violada, assaltada, muitos presos e outros mortos."


Depois dos absolutistas terem tomado o poder em Portugal, com a tomada de Lisboa 24 de Julho de 1833, a Câmara de Panoyas em reunião forçada foi obrigada pelos Liberais a fazer um auto de aclamação a D. Maria II, como Rainha de Portugal, aliás como também o já tinham feito na sua passagem por Alvalade, em que obrigaram em reunião da vereação da Câmara daquela vila, a aprovar também um Auto de Aclamação, à mesma Rainha. Soube-se disto na Vila de Panoyas pela boca do capitão António de Lemos Mascarenhas de Sousa, casado com D. Teresa Francisca de Matos Correia Parreira de Panoyas, que fazia parte daquela vereação da vila vizinha de Alvalade, e que era capitão da 3ª Companhia do Batalhão de Voluntários Realistas de Beja e Sargento-mór das Ordenanças, que no dia 27 de Setembro de 1831, em reunião da Câmara de Beja, já tinha dado o seu apoio ao Rei D. Miguel.

Este auto de aclamação da Câmara de Panoyas "foi recebido com grande satisfação" por D. Pedro, no Palácio das Necessidades, logo nos primeiros dias de Agosto juntamente com os de Santarém e de Sobral de Monte Agraço.

Mas a satisfação de D. Pedro seria por pouco tempo porque logo estaria já a enviar para Panoyas um corpo constitucional de tropas do seu exército, para combater os patriotas miguelistas que tinham tomada a Vila de Panoyas!!! Um corpo constitucional comandado entre outros pelo maçon Francisco Correia de Mendonça de Lagos.

Foi uma das primeiras batalhas entre os miguelistas e os liberais depois destes, terem tomado o poder em Lisboa. A Batalha travou-se nas cercanias da Vila e prolongou-se mesmo para dentro da localidade onde os liberais praticaram as maiores atrocidades. Mas em comunicado os liberais imputaram essas responsabilidades para os patriotas miguelistas, que defendiam a sua "cidade" a Jerusalém da "nossa Santa Religião", a mesma religião que já tinha sido dos nossos pais e avós e que Portugal tinha levado a todo o Mundo.


"...Não há expressões, com que se possam descrever as violências praticadas naquela Vila de [Panoyas] pelos rebeldes depois de roubarem todo o dinheiro, que encontraram nas casas mais abastadas, cevarão a sua ira destruindo móveis, portas, janelas, forros, papeis, e Cartórios publicos, não escapando nem o livro dos Baptismos, nem os objectos Sagrados, dos [dos Templos]..."

O Remechido bem tentou ainda vingar os ataque à sua "Cidade Sagrada" empreendendo logo vários ataques à fortaleza de Lagos de que era seu governador, Francisco Correia de Mendonça, que usava como pseudónimo da maçonaria “Bruto”, mas infelizmente não conseguiu vingar Panoyas, a “Cidade Santa”, porque os maçons estavam a ser apoiados pelos franceses por mar e por terra, enquanto o patriotas estavam apenas a serem apoiados pelo povo, principalmente pelos lavradores da Serra e Campo de Ourique. Foi sem dúvida uma Guerra entre a cidade e o Campo, não foi por acaso que a denominação de Campo de Ourique foi extinta nessa altura do vocabulário liberal até hoje!!!


De facto não há expressões com que se possam descrever os tempos de repressão e abandono que se seguiram ao povo de Panoyas, imposto pelo regime liberal. Os objectos Sagrados dos Templos foram assim abandonados pelo regime liberal, que desapareceram dos templos onde sempre estiveram desde a fundação da nacionalidade, a Cabeça de S. Romão, a Cabeça de S. Fabião, a Cruz do tempo de D. Afonso V, assim como muitos outros objectos sagrados acabaram por
desaparecer. As igrejas ficaram ao abandono, muitos templos religiosos acabaram mesmo por ruir e desaparecerem, durante no regime liberal, assim sucedeu com a Ermida de S. João, a Igreja da Misericórdia, a Igreja do Espírito Santo, a Igreja de S. António, a Ermida de S. Sebastião, imagine-se que mesmo a Igreja Matriz de S. Pedro, em meados do século passado, (cerca de 1950) já nem telhado tinha, era o povo que por altura dos bailes e das festas populares de S. João forrava o telhado com rama de eucalipto, rosmaninhos e estevas!!! Panoyas pura e simplesmente tinha sido abandonada, (parecia uma localidade bombardeada, a maioria dos Templos, estavam derrubados) pelo regime liberal triunfante em 24 de Julho de 1833,o povo, esse ainda esperava depois de 120 anos por essa Liberdade prometida. A falta de trabalho e a fome raiavam nos campos de Panoyas, como nunca se tinha visto!!!


A repressão prolongou-se depois com a ditadura de Salazar, nos campos do Alentejo, a fome não foi menos, a celebre lei da ”fome” que tabelava o preço do pão para proteger a produção nacional, tinha os seus efeitos nefastos no consumidor final, que se reflectia na dificuldade em adquirir o pão.
A ordem repressiva, estava patente nas forças militarizadas da G.N.R. que todos dias teriam de rondar e se mostrar ao povo da freguesia, a população essa sabia resistir pacificamente, duma maneira digna lutando contra o desemprego provocado intencionalmente pelos latifundiários, por melhores salários e pela implantação das oito horas de trabalho diário, mas a luta do povo de Panoias atingirá o seu auge em Agosto de 1950, com uma posição que ficará na história desta tão digna e modesta Vila de Panóias.
Custou essa posição, aos desempregados da Vila de Panóias, a condenação na sua totalidade de penas, a dois anos e cento e setenta dias de prisão efectiva e os menores a 8 anos de pena suspensa, pelo facto de terem feito uma batida às perdizes como protesto pela fome e desemprego que pairava na terra.
Nada mais elucidativo que o depoimento de António Nobre Arsénio, que na altura que integrou o protesto, era menor e órfão de pai.

«Decorria o mês de Agosto de 1950, no Alentejo ainda se fazia sentir o efeito da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Civil de Espanha, a Vila e freguesia de Panóias não era excepção, o desemprego e a fome grassavam em muitos e muitos lares.
Os homens aos magotes vagueavam pela Vila, sem que tivessem nada para fazer, concentravam-se às dezenas nas esquinas das ruas, no Terreiro ou junto do cemitério velho, este era o local favorito por dele se avistar quem entrasse ou saísse da Vila.

Num dia do dito mês juntaram-se nesse mesmo local, junto do “Pau do Arrebenta-Malandros” um toro assim chamado por nele se sentarem os desempregados, sessenta e quatro homens entre os quais três ou quatro menores, num ambiente de contestação e desespero pela situação, e num acto de solidariedade para chamar a atenção das autoridades, decidiram ir caçar perdizes em pleno tempo de defeso! para isso incorporaram no grupo menores, afim de se livrarem de detenções e em caso de serem confrontados com as autoridades para obedecerem e serem solitários com o detido.

Por volta das onze horas da manhã os “caçadores“ clandestinos partiram da Vila pelo caminho do cemitério novo, em direcção às terras da Quinta-Nova, onde lá chegados se espalharam em fila de jolda, abrangendo a herdade numa extensão aproximada de três quilómetros de largura, começando a caçar a perdiz à mão (ao corso), no sentido da herdade das Cabreiras e Monte da Rocha. (escusado será dizer que não havia perdiz que resistisse).

Chegados perto daquelas herdades, no sítio onde o barranco dos Penilhos entra na Ribeira, já no outro lado desta, o Chico Mariano foi interceptado pela patrulha da Guarda da Venatória composta pelos guardas Belchior e Espanhol, que estavam escondidos no barranco da Quinta Nova, começando estes, logo a levantar os respectivos autos para o multar, os outros em vez fugir, num acto de solidariedade como haviam jurado, foram para junto do camarada que fora detido.

Entretanto durante duas horas os guardas continuavam a apreender as perdizes caçadas, que diziam ser para entregar para o Hospital de Ourique e a identificar e passar os respectivos autos a sessenta e quatro indivíduos, a provar que como funcionários zelosos estavam a cumprir e fazer cumprir a Lei, e os populares colaboravam na tarefa, só que a fome com toda esta espera apertava ainda mais! alguém disse que tinha fome; trazendo um guarda um melão na sua merenda, pediu a um maioral de cabras que andava ali por perto e estava a assistir a tudo isto, para ir ao Monte da Rocha e trazer um pão e uma bilha de água, tendo ficado aguardar as cabras um moço que viera no grupo de populares.

De volta o maioral, com o pão e a água o guarda Belchior repartiu (imagine-se) o melão e o pão entre todos, também mostrando a sua solidariedade.
Depois de feita a identificação do grupo decidiram continuar a caçar e dirigiram-se no sentido da Funcheira onde chegaram por volta das 15 horas, onde venderam as perdizes que entretanto haviam apanhado ou algumas que não haviam entregado aos guardas, pelo preço de cinco escudos cada, no Florêncio da cantina da estação e no Celestino da taberna.(com o dinheiro compraram comida).

Em seguida continuaram pela ribeira de Garvão abaixo direito à Funcheira de Baixo, Monte Ruivo, Ameixial e Boavista sempre a apanhar perdizes ao “corso”.
Às vinte e uma horas, já com o lusco-fusco, estavam de regresso à Vila, mas ao chegarem à terra estava tudo num alvoroço, havia uma revolução na terra!!! Porque um indivíduo conhecido pelo Sete-Voltas, enterrador na Vila, ter denunciado à G.N.R os irmãos Chapas que haviam feito a batida às perdizes e que a mesma força militarizada estava a espera para deter á sua chegada, o povo tinha-se oposto á sua detenção, mostrando a sua repulsa junto do café do Artur Vilhena. Entretanto quando os ditos irmãos estavam a chegar á Vila foram informados e fugiram indo esconder-se num canavial na horta da Fonte.

No meio deste alvoroço todo, Manuel Nobre, um guarda-rios, dirige-se à estação dos caminhos-de-ferro (único sitio na altura com telefone) e através de um telefonema para o Posto da G.N.R de Aljustrel, informa aquela força, que em Panóias havia uma revolução.
Às dez horas da noite começam a chegar a Vila camiões e jipes repletos de militares do batalhão da Guarda Nacional Republicana de Évora e tomam posições junto do moinho do” Pé-Curto”, com os canhões apontados para a Vila, pois traziam ordem superior de Salazar para que á menor manifestação popular de repúdio, se bombardeasse a localidade, enquanto brigadas faziam rondas pelas ruas da Vila ordenando aos moradores o recolher obrigatório a suas casas, só permitindo o postigo aberto!..posteriormente são descobertos e detidos os irmãos Chapa que se haviam escondido num canavial da Horta da Fonte, sendo levados para o Posto de Ourique, no qual ficaram detidos durante uma noite.

Durante mais algumas horas continuam as rondas das forças da ordem, pelas ruas da localidade, um oficial tenente que comandava as operações vendo o povo todo acomodado, terá então exclamado ”mas isto é que é um povo revoltado” e terá dado ordem de retirada das suas forças, que regressaram prontamente aos seus respectivos quartéis, ficando apenas na Vila, o Comandante e o seu imediato os quais puderam constatar o sossego da pacata terra até altas horas da noite!
Passados três dias foram intimados a apresentarem-se no Tribunal em Ourique, do primeiro grupo de convocados, faziam parte todos os menores, para lá partiram a pé, logo de manhã acompanhados dos pais, o António Arsénio foi acompanhado por sua mãe por ser órfão de pai.

No Tribunal foram apresentados em audiência a um Oficial de Diligências, e depois de ouvidos e julgados, lhes foi aplicada, dois anos de pena suspensa, em virtude de serem menores, a mesma sorte não tiveram os restantes sessenta e um, que foram julgados nos dias seguintes e foram condenados casa um a quinze dias de prisão efectiva, que vieram a cumprir na cadeia de Ourique, perfazendo na totalidade 2 anos e 285 dias de prisão efectiva. Foi esta a maneira que o regime de Salazar achou para que matassem a fome!!!

Passados dias por intervenção do Bispo de Beja D. José do Patrocínio Dias, (representante da religião que a maçonaria salvou) junto das autoridades, estas tomaram posição distribuindo os desempregados pelos lavradores da freguesia, consoante as posses destes; assim o lavrador, José Nobre Lança da Torre- Vã recebeu e ocupou seis trabalhadores em aprendizes de tosquiadores, pois tinha rebanho de mil e tal ovelhas, o lavrador Brito Paes do Montenegro levou sete, Carlos Lança, proprietário da Fonte da Rata levou cinco, Columbano Monteiro arrendatário da Quinta Nova levou cinco, outra grande parte foi dividida por outros médios e pequenos lavradores da freguesia, na Junta (de Freguesia) também ficaram alguns que se ocuparam na conservação e caiação dos edifícios públicos da freguesia .»

Foi por esta liberdade que esperaram os panonianos durante 120 anos, os panonianos e todos os outros portugueses que para matarem a fome tiveram que rastejar até França onde a maçonaria lhe abriria a porta, para não morrerem de fome!!!

Portugal de rastos!!!

Portugal quem te viu em quem te vê!!! Bem diziam aqueles patriotas que lutaram por Panoyas, “não queremos ser governados por estrangeiros e honraremos sempre a religião de nossos pais”!!!


Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#235268 | Panonias | 29 Jul 2009 18:37 | In reply to: #235205

Cara AIRMID


D. José do Patrocínio era assim um representante "regenerado" da Igreja, saído depois do cisma de 1842, ano em que terminou o namoro, dos maçons franceses através da Rainha D. Maria II, que pisgou o olho ao Papa , quando lhe escreveu a dizer-lhe que se submeteria à sua vontade. Estava salva assim a religião romana pelos maçons, que tanto tinha sido atacada desde a revolução francesa e que com a realização da 4ª Aliança, a Espanha tão bem soube defender e levar a água ao seu moinho!!! O Papa deixava assim cair no esquecimento D. Miguel e a "nossa Santa Religião" a verdadeira religião dos portugueses, porque esta até se poderia tornar no principal inimigo do Papa em Roma!!! Mais valia ao Papa jogar pelo seguro aliando-se agora ao seu velho rival, do que continuar a apoiar um Rei que defendia uma política e uma santa religião, que muitos pensavam vir Salvar a Europa!!!

D. José do Patrocínio, um ferveroso apoiante das ideias liberais, foi depois no século seguinte, lutar para França, foi um dos perto de 20 capelães militares que se ofereceram, no âmbito da comissão de Assistência Religiosa em Campanha para a 1ª grande Guerra, de apoio aos franceses, ou melhor à maçonaria francesa, que no fim tinha sido benevolente para com a religião de Roma. Em Dezembro de 1917 foi nomeado capelão-chefe, cargo que ocupou até ao final da guerra. Pouco mais tarde foi nomeado Bispo de Beja, onde ficou conhecido devido á sua participação na guerra como «Bispo-Soldado». Foi em agradecimento e demonstração de apoio à franco-maçonaria e pelos seus ideais humanistas que implantaram à força de armas em Portugal e sobretudo no sul, Alentejo e Algarve, com o conluio da 4ª Aliança, que muitos portugueses iludidos por uma Liberdade que nunca encontraram, voltaram a morreram sem nenhuma glória durante a 1ª Grande Guerra. O conflito rompeu definitivamente com a antiga ordem mundial criada após as Guerras Napoleónicas, marcando o derrube final do absolutismo monárquico na Europa.

D. José do Patrocínio, não morreu e voltou para Portugal, tinha agora o dever de lançar as mãos às vítimas, do mesmo sistema liberal que ele foi defender em terras de França,que provocava em Portugal. Era preciso olhar para as vitimas e dar-lhes umas migalhinhas de pão para não morrerem à fome.!!!
Grandes humanistas, foi por essa causa vã, que esconderam Panoyas e Colombo, valeu bem a pena!!! Ainda hoje estamos a sofrer na pele a politica destes franco-maçons, na pele e na Alma, por não termos honrado a memória dos nossos avós, aqueles que levaram “a nossa Santa Religião” e o nome de Portugal a todo o Mundo!!!

Colombo, não será eternamente esquecido!!!

Panoyas de Ourique, jamais será esquecida!!!


Saudações

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#235303 | AIRMID | 30 Jul 2009 02:23 | In reply to: #235268

Caro José Maria

"Era preciso olhar para as vítimas e dar-lhes umas migalhinhas de pão para não morrerem à fome!!!"

Mas caríssimo como poderiam os Liberais vitoriosos, deixar morrer o povo à fome?

Quem trabalharia a Terra?
Quem cozinharia e serviria, lavaria e arrumaria roupas e casas?
Quem limparia as pratas, os cristais e as porcelanas?
Quem poria e manteria em movimento, as egrenagens dos meios de produção?
Quem sustentaria com o dinheiro dos seus impostos, os caprichos consumistas dessa Burgoisie Emergente, e dos Nouveau Riche Nobilitados?
Quem ?

No decurso da Guerra entre os Liberais e os apoiantes do Rei Dom Miguel, enquanto que o Clero Regular na sua esmagadora maioria apoiou Dom Miguel, o Clero Secular, posicionou-se maioritáriamente do lado Liberal.
Óbviamente!
O inverso, é que seria contra-natura!

Mais tarde, os Liberais instalados no poder suprimiram as Ordens Religiosas, expropriaram e venderam em Hasta Pública, os bens do Clero Regular.

Entretanto, Mouzinho da Silveira,iniciara já nos Açores, o processo de demolição das Instituições e das estruturas económicas existentes, ao que parece, inspirado em Adam Smith e Jean Baptiste Say, com as suas convenientes formulações da "mão invisível", que guia o capitalismo pelo caminho do bem comum, e do "laisser faire, laisser passer", que tudo se resolve expontâneamente, e da melhor maneira, neste mundo de perfeição capitalista.

Nesta óptica, e agora instalados no poder, o entendimento com a Santa Sé era não só necessário como lógico.
E claro, a "mão invisívil", que conduziu os Liberais, levou-os ao tão desejado encontro do Papa, e é assim que surge o Artigo 6º do Texto Constitucional:

"A Religião Católica Apostólica Romana continua a ser a Religião do Reino".

Agora, não diga que não são brilhantes!

AH! Quase me esquecia do retoque final.

Em 24 de Abril de 1842, D. Maria II, tal como outrora D. Manuel I, ganhou do Papa, uma Rosa de Ouro!


Saudações

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#235395 | Panonias | 31 Jul 2009 13:52 | In reply to: #235303

Cara AIRMID



...............................................
"A Religião Católica Apostólica Romana continua a ser a Religião do Reino".

"Agora, não diga que não são brilhantes!
AH! Quase me esquecia do retoque final.
Em 24 de Abril de 1842, D. Maria II, tal como outrora D. Manuel I, ganhou do Papa, uma Rosa de Ouro!"
...............................................



A rainha D. Maria II participou ao papa a sua maioridade.

Começa assim a carta da rainha :

«Muito santo em Cristo Padre e muito Bem-aventurado Senhor. — A vossa devota e obediente filha, D. Maria II. por graça de Deus rainha de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'além mar em África, senhora da Guiné e da conquista navegação e comercio da Etiópia, Arábia Pérsia e da índia, etc, etc, com toda a humildade envia beijar seus santos pés. Muito santo em Cristo Padre e muito Bem-aventurado Senhor. A lamentável e gravíssima enfermidade que aflige a augusta pessoa do duque de Bragança, meu senhor e pai, obrigou sua majestade imperial a declarar-se impossibilitado de exercer, em meu nome e durante a minha menoridade,
a regência d'estes reinos, a que o levara o voto geral da nação portuguesa.»

Participa que as cortes dispensaram as disposições da carta enquanto á sua menoridade, e que ela está senhora da governação.

Esta carta tem a data de 20 de Setembro de 1834

Em 4 de Outubro participou ao papa a morte do pai, pedindo-lhe, nos mesmos termos humildes, a bênção apostólica para ela e todo o reino!

O papa, vendo a atitude humilde e o tom suplicante da rainha de Portugal recentemente elevada ao trono, encheu-se de íntimo regozijo; e reconheceu que o governo português começava a recuar ante as suas resistências e pretensões. Foi o que o Vaticano desejou. Estava provado que ele se tornara temido, e que a própria consciência da soberana, que acabava de se confessar devota e obediente ao papa, já partilhava dos escrúpulos dos mais devotos e fieis com respeito ao sisma.

Parece incrível que houvesse alguém que aconselhasse a rainha de Portugal a escrever semelhantes cartas, depois de estar bem conhecida a politica seguida, ha muitos séculos, pela corte de Roma, que nunca cedeu diante de adversários, tendo sido sempre a sua norma invariável de proceder, sobre tudo com as nações católico
cas, não transigir, antes obrigar a humilhar-se a seus pés quem não quer sujeitar-se ás suas prescrições e se confessa católico.

As cartas de D. Maria II, além de pouco dignas, autorizaram o papa a manter-se firme no seu posto, e a esperar que, tarde ou cedo, essa rainha, que se dizia mui devota e obediente ao chefe da igreja, viesse prostrar-se arrependida a seus pés, e revogasse os decretos que ele condenara.

Os maçons saídos da Revolução francesa deixavam assim cair uma das bandeiras da sua revolução e agora desdobravam-se em reuniões com o papa para procurarem uma Salvação para a religião de Roma, enquanto por outro lado combatiam a religião popular e as Ordens religiosas submetidas ao clero regular, onde desde a nossa fundação se tinha apoiado Portugal!!!

Enquanto isto em Portugal a repressão aos patriotas continuava, aqueles mesmos patriotas que defendiam a nossa Santa Religião, os ideais de D. João II, de Afonso de Albuquerque, Colombo, Fernão Magalhães e D. João de Castro, que tinham à sua frente como seu comandante o Remechido que fora agraciado pelo Rei D. Miguel como cavaleiro da Ordem de Avis e seu General Chefe das tropas miguelistas no Alentejo e Algarve!!!

Remechido lutava agora na serra do Caldeirão ou Mú, pela memória dos portugueses que deram Mundos ao Mundo, ele transportava agora no peito a mesma Cruz Verde que já havia transportado Colombo nas suas Índias!!!
Remechido que ficou na história escrita pelos liberais, como um assassino um salteador um monstro, não foi senão um herói nacional, era contra a interferência dos estrangeiros em Portugal, combatia apenas com o apoio genuíno do povo português e dos lavradores sucessores dos mesmo lavradores a quem D. João IV se socorreu para defender e restaurar a Independência de Portugal!!!

Mas também na Historia escrita pelos liberais, não foram capazes de esconder essa Verdade, porque a verdade acaba sempre por vir ao de cima!!!

Remechido fez tudo para vingar Panoyas, a vila que tinha como brasão um Cristo franciscano!!! Depois de ter desferido vários ataques à Praça Forte de Lagos, cujo comandante tinha atacado e tomado a Vila de Panoyas, o homem forte da serra com o apoio dos serrenhos e campaniços não baixava os braços perante os maçons vindos com Napoleão!!! Na Serra algarvia e os campos do Alentejo, continuou a luta para honrar a memória “ dos nossos pais e avós” e que alguém um dia disse que era uma pena ver os campos donde saíra Colombo todos dilacerados pela Guerra!!!

Sobre o povo da Villa de Panoyas abateu-se uma repressão enorme, com a tomada da villa pelos liberais, um dos seus homens fortes passou a ser o capitão de Cavalaria Eduardo de Brito Carvalho, que morou e casou com uma das Senhora mais ricas da vila, os seus métodos de repressão aos patriotas foi tal, que os liberais depois de terem travado um violento combate com os patriotas comandados pelo Remechido, em plena serra do caldeirão o reconheceram e recomendaram superiormente em comunicado:
“entre os de mais recomendados estão, o Capitão Comandante da Coluna , Capitão da Guarda Nacional de Cavalaria , Eduardo de Brito Carvalho, e o Alferes de infantaria da mesma José Ângelo”

Mas a verdade vem sempre ao de cima para poucos meses passados sair uma portaria do governo liberal, demitindo o referido capitão, pelo mesmo em companhia de outros indivíduos terem escandalosamente abusado da autoridade e terem cometido os mais atrozes violências e assassínios “ tomando desta sorte o flagelo dos povos que devia proteger”

Nós já sabemos disso, que eram patriotas, aqueles que os liberais combatiam, e que a Igreja abandonou!!!


Saudações fraternas


Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#235454 | AIRMID | 31 Jul 2009 22:32 | In reply to: #235395

Caro José Maria


Na Ilha da Madeira, um holândes e oito portugueses construiram uma réplica da Nau Santa Maria, onde Cristóvão Colombo, atravessou o Mar Oceano na 1ª Viagem.
Embora não existam os projectos da nau original, procuraram construir, com toda a documentação que reuniram, uma réplica o mais perfeita possível.

A Nau Santa Maria, efectua viagens turísticas, e no final do Verão passado, militares espanóis cujo barco estava atracado no Porto do Funchal, invadiram a Nau Santa Maria, e arrancaram a Bandeira Portuguesa.

Talvez numa manifestação de Ibéristas, e antevendo já futuros desmandos consentidos, apressaram-se a dar antecipadamente, largas ao desrespeito, com que os castelhanos, sempre trataram o património Português.
Ou quem sabe, talvez os ditos militares castelhanos, na sua ignorância, se achassem com algum direito sobre a Nau Santa Maria...

A Nau Santa Maria, que foi destruída em 25 de Dezembro de 1492, na sequência de um "choque" que lhe provocou um enorme rombo no casco. seria propriedade de Juan de La Cosa, de quem nada se sabe, nem o nome verdadeiro, mas que se supõe ter navegado com Bartolomeu Dias, e acompanhado Colombo nas suas três primeiras viagens, e cartografado o Portulano de Quinhentos, baptizado como -Portulano de Juan e La Cosa.

E é curioso que no Portulano inacabado de 1500?, da Biblioteca do Congresso, a 3ª Nau, que de início pensei que estaria em construção, está na verdade destruída, e apresenta um grande rombo no casco.

"Na Serra Algarvia e nos campos do Alentejo, continuou a luta para honrar a memória dos nossos pais e avós, e alguém um dia disse, que era uma pena vêr os campos de onde saira Colombo todos dilacerados pela guerra."

É a segunda vez, que me apercebo, pelo que escreve, que Dom Miguel, e provávelmente muitos Miguelistas, conheciam a Verdadeira História de Colombo, e a sua missão no Novo Mundo, e que talvez por isso, a sua destruição fosse um caso de vida ou morte, para a Maçonaria Burguesa.

Esse, é mais um dos motivos, porque tenho a absoluta certeza, de que agora tudo será revelado.

Saudações

Airmid

Pergunto-me se o Rei de Espanha, terá apresentado desculpas ao Governo da Regional da Madeira e ao P. R., pela atitude inqualificável destes seus militares.

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Livro Nautico Meio pratico de Construção de Navios

#235469 | José-Manuel | 01 Aug 2009 00:27 | In reply to: #235454

==Livro Nautico ou Meio pratico de Construção de Navios, e Galés antigas==
(Estudos sobre Navios Portuguezes nos Séculos XV e XVI)

Medidas pera fazer hua Nao de seiscentas Tonelladas,
e os paos q¯ hà de leuar de Souoro e Pinho

Primeiramente a Quilha terá de comprido de esquadria a Esquadria, dezasete
Rumos, e terá esta Quilha de grossura hu palmo de Goa, e de altura terá mais dous
dedos; leura esta Quilha co os couçes sete paos.

A Roda que he a Segunda cousa que se arma, terá de Altura çincoenta palmos
de Goa, e terá de lançamento, trinta r cinco palmos, por esta conta: de cada dez
palmos que ests Roda tiner d'altura lhe tirarão tres, e os que fiquarem he o
lançamento: será mais alta na madeira que a quilha dous dedos: leuará esta Roda
tres paos, e por dentro quatro coraes, que he contra Roda, e são sete paos.

O Codaste, que he o terçeiro que se arma sobre o couce de popa, terá de grossura
palmo, e meo em quadrado, e tera d'altura cor?ta,
e dous palmos de Goas .s. dezasete palmos que leua esta nao de Ragel,
que pera boa conta dezasete Rumos de Quilha dezasete palmos de Ragel:
deste Ragel pa çima hà uinteçinco palmos, em que hão de caber tres Cubertas,
desta maneira; a primr.a cuberta leuanta do Ragel seis palmos,
e a Segunda faz de uão oito palmos, e a terceira faz de uão sete palmos,
e mais tres palmos que a madeira leuanta faz? os uinteçinco:
o lançamento d'este Codaste sera deste maneira:
de cada quatro palmos que tiner d'altura lançará hu; leua este Codaste dous paos.

O Gio, que he o que alrauesa sobre esta Codaste há de ter uinteçinco palmos
de Goa de largura, que ha a metade de largura, que a Nao ha de ter, e terá de
grossura no meo palmo e meo, e na ponta hu palmo, leua tres paos de souoro,
e dous de Pinho manso na grade q¯ faz

Esta nao pera boa conta terá tantos pares, como tem de Rumos na Quilha, de
modo q¯ dezasete Rumos, dezasete pares, e a Cauerna mestra se há de assentar tres
Rumos auãte do meo da Quilha, porq~ o meo da Quilha he o lugar onde assenta o
pe do masto grãde: irá esta Cauerna tres Rumos pa proa, e da qui a esquadria ficão
çinco Rumos, e meo, nos quais hão de caberos dezasetes pares, q~ tanto de uão,
como de cheo faz? os trinta e quatro palmos; e quando a madeira ajunta fiqua a
Almogama, que he a derradeira cauerna hu Rumo a tras da Esquadria, e outro tãto,
que occupa a madeira, da mestra pa a Popa ficão de Quilha uazia, seis Rumos,
da Almogama a Esquadria de Popa, e da qui começa a fazer o Ragel, que chamão
delgado: Esta Almogama de Popa, terá de garaminho tres palmos de goa, porq~
tres uezes seis são dezoito palmos que ha de ter o Ragel.

Leua esta nao dezasete pares que são trinta e quatro cauernas

Leua nestas cauernas sessenta, e oito braços

Leua dalmogama pa proa treze ?nchim?tos

Leua nestes enchimentos uinteseis Astes

Leua a Popa uinte hu enchimentos, e piquasLeua corenta, e dous areuessados

Leua por dentro hua Carlinga pao masto, e dous trinquanis das bandas pa fazer forte

Leua dous Coraes de Popa

Leua dez Palmejares q~ são sobrequihas

Leua na primeira aposturag? cento, e corenta paos.

Leua nos dromentes, e contradromentes da primeira cuberta cor?ta e quatro paos

Leua settenta Paos de çintas de Pinho mãso nas Escoas

A primeira cuberta se assenta nesta manr.a atrauesarão hu Cordel a Prumo
do meo da mestra em altura de quatorze palmos que ha de ter de pontal, que he
porão, e da qui pa baixo uai o dromente, e A prumo da Carlinga, porão hu ponto,
e da hi pa a Popa farão hu uão de tres palmos, e pera a proa de dous palmos, que
são cinco que o uão onde uay o Masto, e logo meterão duas latas juntas, e farão
outro uão de dous palmos, e meo pera as Bombas,
e da qui a escotilha de Popa hauerá sete palmos moçiço, e a Èscotilha terá outros
sete palmos ? quadrado porque caiba pipa; e do masto pa Proa farão outros sete
palmos de moçiço, e logo a Escotilha do meo que terá outros sete palmos, e desta

Escotilha aa de Proa hauerá uinte a hu palmos de moçiço, e a escotilha terá outros
sete palmos.

Leua nesta primeira cuberta oitenta latas antre grandes, e pequenas

Leua quatorze cordas que são as latas que lião as outras de longo

Leua dezaseis Bonequas que sãoito paos

Leua trinta e dous peis de carnr.o no porão

Leua quatro paixóes no lugar do masto q~ são paos aonde fechão os tamboretes

Leua uinte e hu trincanis nesta primr.a cuberta

Leua na Popa quatro areuessados

Leua noue porquas nesta Popa

Leua doze duzias de taboado de pinho brauo nos soalhados desta cuberta cõ as escotilhas

Leua no porão hua Buçarda

Leua dez Dragas de pinho manso

Leua esta primeira cuberta quatorze carreiras de curuas que são uinte oito curuas de conues

Leua uinte antremichas porq~ as do meo não chegão

Leua duas curuas a popa que lião pellas cordas, e pellas porquas

Leua hua Buçarda nas dragas

Leua hua duzia de tauoado de pinho mãso nas dragas

Leua dez taboas de pinho manso nas coçeiras

Leua dous paos de pinho manso nas madres das Escotilhas

Quando se cordea esta primeira cuberta, se cordea tambem a primeira çinta
q~ a proa na Roda uay em altura de uinte hu palmos de goa a Esquadria, e no meo
da Nao uay por onde o dromente da cuberta, e a Popa de todo leuanta hu palmo
da cuberta, que boa conta pa a terceira çinta ficar sãa aos seis bordo.

Acabada de soalhar a primeira cuberta, balisarão a segunda Aposturag, a qual
feita, porão a apostura de Popa do seis bordo dous Rumos auante da Porqua de Popa,
e desta apostura a outra dauante hauerá sete palmos,
q~ tantos hà de ter o seis bordo em quadrado, pera que caiba Pipa por elle:
este seis bordo fiqua direito da Esquadria do coçe que tanto lança o Codaste.

A aposturada esta segunda aposturag? ass?tarão o dromente da segunda cuberta
que irá em altura de oito palmos, e latarão logo desta maneira,
atrauessarão hua lata hu palmo pa a Popa da que uai em baixo, que tanto ha de
encostar o masto a Re, e isto farão em todas as cubertas, e logo farão o lugar
das bombas como na outra cuberta, e da hi pa a Popa será todo latado tanto de
uão como de cheo: a Escotilha do meo, e a de Proa serão a prumo das de baixo,
e pa a Proa será latado da mesma maneira que a Popa.

Leuará nesta segunda Aposturag cento, e corenta aposturas

Leua nesta segunda cuberta dezanoue dormentos

Leua oitenta e tres latas

Leua dezaseis cordas que são as que uão de longo

Leua uinte oito curuas de Reves

Leua hua mesa do seis bordo

Leua quatro paixoes

Leua dezoito trinquanis.

Leua duas curuas nas cordas que lião a Popa

Leua dezaseis duzias de taboãdo de Pinho brauo no soalhado

Leua corenta e dous peis de carneiro por baixo

Leua quinze carreiras de curuas de cõues que são trinta curuas

Leua uinteçinco antremichas

Leua hua Carlinga pera o mastro do traq~te cõ seus cunhos, e são quatro paos

Leua hua agucarda das Dragas

Leua hua duzia de taboado de Pinho mãso nas dragas

Leua dezaseis coçeiras

Leua tres paos de pinho nas madres das Escotilhas

Leua duas conchas de strinqua cõ seis curuas .s. quatro das bandas, e duas de bordo

Esta Estrinqua se assentará nesta maneira, da lata em que emcostão as
Bombas ate o meo da concha hauerá oito palmos, porq~ a Roda da Estrinqua
tem noue palmos e a metade, são quatro palmos, e meo, e tres e meo q~ ficão
pera o escotilhão das bombas, faz? os noue.

Leua esta estrinqua hu eixo

Leua a Roda cõ a cruzetta noue paos

Feita a segunda cuberta, farão a terçeira aposturagem, que do andar da
Portinhola pera cima, começará a cubrir, cinco palmos de cada banda, e
aposturado, se assentara o dromente da terçeira cuberta, que he a ponte,
em altura de sete palmos e meo.

Esta cuberta ponte latará deste maneira:
a lata em que demcostar o masto, ira pa a popa hu palmo da debaixo,
e logo farão hu uão pa a chaminea da estrinqua que tera de comprido dez palmos,
e do meo deste uão pa popa, se assentarão as conchas do Cabestrãle
porq~ a barra delle hã de ter uinte quatro palmos de comprido, e auante do masto,
irá a tilha a prumo da Escotilha do meo, e da qui pa a proa farão suas cuxias que
cheguem ao Castello, e no uão destas cuxias yrão os quarteis do Batel
que terão de comprido doze goas que são trinta e seis palmos, e terão
de largo, junto da tilha quatorze palmos, porq~ desta largura há de ser
o Batel, e a proa, terão de largo doze palmos, e da qui ate a Roda sera
tudo latado, e no meo hauerã hu Escotilhão que tenha quatro palmos
em quadrado pa caber hu quarto.

A Bita que uay nesta cuberta se asscntara a prumo da lata do
Castello, irä tres palmos alta da cuberta pa por baixo caber pipa.


No meo dos quarteis faräo ha escutilhäo de tres palmos pera seruintia do Batel.

Leua a terceira aposturag? cento, e cor?ta e çinco aposturas

Leua mais uinte e hu dormentes

Leua cincoenta e duas latas inteiras

Leua cincoenta e duas meas latas

Leua dezaseis cordas

Leua uinte quatro curuas de reues

Leua uinte duzias de taboado de pinho brauo no soalhado

Leua uinte trinquanis

Leua quatro paixóes

Leua doze carreiras de Curuas de Conues q~ são uinte quatro paos

Leua uinte entremichas

Leua duas Conchas do Cabestrante

Leua duas Abitas a popa q~ são tres paos

Leua hua buçarda das Dragas

Leua doze dragas de pinho manso

Leua doze coçeiras de pinho manso

Leua por baixo uinte seis peis de Carneiro

Leua nos quarteis, seis madres, e uinte e hu Barrotes q~ são quinze
paos de pinho manso

Leua dous paos de pinho manso nas barçolas das escotilhas

Feita esta ponte, farão de fronte da escotilha do meo duas portinholas,
hua de hua bãda, e outra da outra, e dous Rumos auante destas farão
outras duas que fiquem a Re da amura.

A tolda yra lugar do masto pa Popa, e da lata em que emcosta o pasto
pa a proa hauerá dez palmos de uão que faz? uinte palmos por amor dos
gingamochos da bomba, e pera a Popa será tudo latado, e sobre o
Cabestrante farão hu escotilhão pera da uista, e a tilha dauante o masto
sera a prumo das de baixo, e no


Pimeo sons quarteis cõ sua madre pello meo, e no Connes leuara trinta aposturas,
quinze por banda; e do masto pa a Re leuará trinta e cinco uirotes por
cada banda que se metem depois de latada a tolda, e uirotada, assentarão o chapiteo,
quo terä d'altura sete palmos, e meo, e não será mais comprido que do Escotilhão do Cabestrante
pera a Popa, e de mareag?, 7 pal:

Leua esta tolda corenta latas enteiras

Leua no Conues oito dromentes

Leua nas cuxias, e nos lugares dos gingamochos cincoenta e quatro meas latas

Leua no Conues quatorze cordas

Leua do Castello ate a Serpe cor?ta latas

Leua na tolda e castello, e conues onze carreiras de curuas que são vinte dous paos

Leua quinze antremichas

Leua doze curuas de Reues na tolda

Leua no Chapiteo dez curuas de Reues

Leua a Abita quatro curuas.

Dous paos pa esta Abita

Leua hua Papoya

Leua hua curua do falcão

Leua no chapiteo vinte latas

O Castello se assenta no andar do Conues, e terá do comprimento cincoenta
palmos q~ he tanto como a nao tem de largura e da Roda pa for a, tera dezaseis palmos,
e pa dentro, terá trinta e quatro que são cincoenta,
e terá de largura este Castello na primeira lata da Arpa, corenta palmos,
e a gurita se assentará em altura de sete palmos, e tera de largo na primeira lata trinta palmos,
e sobre a Roda tera esta gurita do largo, dezaseis palmos.

Leua este Castello quinze uirotes p bãda q~ são trinta paos e mareag? tera 7 pal:

Leua hu falcão

Leua çinco paos na mão e papa mosqua e contra falcão, e guçarda

Leua na gurita vinte latas

Leua quatro curuas de Reues

Leua dous Escouems, e dous contraescouens

Leua hua curua do Beque

Leua duas curuas pellas cordas

Leua duas curuas pellas bandas

Leua quatro curuas na Arpa

Leua duas curuas na Alcaçeua que seruem de peis de Carneiro

Leua hua Carlinga da mezena cõ duas curuas

Leua duas curuas na Dala

Leua duas curuas no Perpao

Leua dous gingamochos da bomba

Leua dous paos nos trilhões

Leua hua carregadeira

Leua dezoito cambotas nas abobadas

Leua quatro cambotas no chapiteo, e castello

Leua dous mulinetes

Leua hu mulinete no Castello

Leua hu Perpao no chapiteo cõ sua grade q~ são çinco paos de pinho mãso

Leua dous Perpaos no Castello

Leua duas çerauiolas

Leua esta no costado çinco carreiras de çintas dobradas,
nas quais entrão çento corenta e çinco paos de pinho manso .ss.

Na primeira carreira uinte noue paos
Na segunda carreira uinte noue paos.
Na terceira outros uinte noue paos
Na quarta outros uinte noue paos
Na quinta outros uinte noue paos

Leua mais quatro carreiras de çintas singellas .s. hua que uem da banda de baixo dos Escouens,
pella qual se ass?ta a mesa de popa, e na dita cinta
entrão quinze paos de pinho manso

A outra carreira uai por cima dos escouens e uai a te a popa, e por
esta se assenta a mesa de Proa, leua quinze paos de Pinho manso
A outra uai das tabiquas do Castello ate popa pera fazer forte a madeira leua quatorze paos
A outra he a çinta da mareag? que uai do alquatrate do Castello ate popa leua quatorze paos

Leua outra çinta que serue de dromente do chapiteo, que uem a te o
pousa uerga, leua quatro paos

Leua na mareagem do chapiteo quatro cintas de cada banda, que são
Pioito paos

Leua no Castello hua carreira de cintas por cada banda, que uem
pollas latas em que entrão quatro paos

Leua outra carreira que uai pellas Jeneladas, e uem da mão ate Arpa

leua quatro paos

Leua outra cinta que uem do cote do papa mosqua, que serue do dromente
da gurita. Leua quatro paos

Leua outra çinta, que uem da ponta do papa mosqua a te Arpa que leuanta
tres palmos da gurita e esta se chama da mareagem, em q~ entrão quatro paos

Leua este Castello quatro çintas de cada banda na mareagem, que são oito paos

Leua no chapiteo çinco duzias de taboade no soalhado

Leua na gurita tres duzias de taboado no soalhado

A Varanda se assentará no andar da tolda e lançarà fora da Popa doze palmos, e
será da largura da abobada

Leua esta uaranda noue uirotes de pinho manso

Leua seis peitoris, e dous peis de carneiro, e tres mesas de telhado, e trinta barrotes

Leua no soalhado seis taboas

Leua esta nao da primeira çinta a te a quilha cincoenta duzias de taboado
de pinho manso de costado de meo palmo de goa de grossura

Leua da primeira çinta ate o Portaló em todas as alcaixas outras cinco?ta
duzias do dito taboado mais delgado meo dedo que o do fundo

Leua na popa sessenta calimes

Leuanas emendas dos ditos calimes uinte cinco Taboas

Leua quatro çintas nesta popa

Leua esta nao has mesas grandes que uão do pousauerga a te a façe de Re
do seis bordo, e leuão uinte Apostareos


Leuão nas castanhas, e cunhos dezoito paos

Leuão duas taboas de largura de tres palmos, e de grossura de meo
palmo de Goa

As mesas de proa yrão do direito d'Arpa até o Escouem, e leuará cada
hua sete apostareos que são quatorze paos

Leuão dez paos nas castanhas, e cunhos

Leuão duas taboas como as de popa

Leua esta nao duas Amures e cada hua leua tres Apostureos que são seis paos

Leua duas chumaçeiras de uinte e hu palmos de goa de comprido

Leua seis paos nas castanhas

Leua antre estas Amuras, e as mesas de Popa tres passaros q~ são seis paos

Leua duas bombas de 45 palmos dalto cõ sua dalla

Leua esta nao dous cabrestantes .s. hu grande, e outro pequeno do Conues

O grande leua quatro paos nos cunhos

O pequeno leua tres paos nos cunhos

Leuão seis barras estes dous cabestrantes



Escoteiras q- leua esta nao

Leua duas escotieras das escotas grandes

Leua duas dos Amantilhos grandes

Leua seis escoteiras das troças grandes

Leua duas dos braços da uerga grande

Leua duas dos ostingues

Leua duas das escotas do traquete

Leua duas dos Amontilhos do trquete

Leua quatro das troças do traquete

Leua duas das escotas da çeuadeira

Leua quatro das bulinas

Leua hua da driça da gauea grande

Leua hua da driça da gauea de proa

Leua duas das escotas da gauea de proa


Mastos desta nao

Leua de masto grande dezoito braças de comprido a fora calçes, e
terá este masto de grossura no tamborete quatro palmos e meo redondos
esforçados, e na garganta terá a metade, e mais dous dedos

Leua de masto de traquete quinze braças de comprido sem calces, e
de grossura quatro palmos, e a metade na garganta

Leua de goroupez quinze braças

Leua de Verga grande dezasete braças, e de grossura dous palmos de
goa cada hu penão

Leua de uerga do traquete treze braças e de grossura dous palmos de goa

Leua do mastareo grande sete braças e mea, e de grossura palmo e meo
de goa

Leua de mastareo de proa seis braças, e mea, e de grossura palmo, e
meo redondo

Leua de uerga da gauea grande seis braças de comprido, e de grossura
hu palmo de goa

Leua de uerga da gauea de proa çinco braças, e de grossura hu palmo
pequeno

Leua de uerga da çeuadeira noue braças e de grossura palmo e meo
redondo

Leua de masto da mezena dez braças e de grossura dous palmos de goa

Leua de uerga da mezena treze braças e de grossura hu palmo na
_________________________________________________________________

... (Embora não existam os projectos da nau original, procuraram construir, com toda a documentação que reuniram, uma réplica o mais perfeita possível.)

Não, não, existem planos originais para construir Navios e Galés antigas em arquivos privados, como este que publiquei na Wiki e foi automaticamente censurado por um usuário lusófono (Manuel Anastácio 18:22, 23 Outubro 2005)

E essa da invasão espanhola;
... (A Nau Santa Maria, efectua viagens turísticas, e no final do Verão passado, militares espanhóis cujo barco estava atracado no Porto do Funchal, invadiram a Nau Santa Maria, e arrancaram a Bandeira Portuguesa.)

Podia ter acabado mal pois é crime. Estão a esticar a corda que vai arrebentar.
Os compatriotas Airmid, José Maria e outros não desistam de defender a memória e independência de Portugal, pois a nova geração é muito irreverente e não vai em conversas medíocres ou europeístas, mas cala-se por oportunismo temporário.

Cumprimentos,
José Manuel CH-GE

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RE: Livro Nautico Meio pratico de Construção de Navios

#235481 | AIRMID | 01 Aug 2009 02:31 | In reply to: #235469

Caro José Manuel

Censura!?
Então a tal Wikipédia não é livre?
Aberta à discussão? Bastando citar as Fontes, e respeitar o Livro de Estilo?
Não passam o tempo a pedir que se completem os temas?!
Afinal, parece que a tão apregoada liberdade, é só para alguns. Como sempre!

Supõe-se que o Sr Manuel Anastácio tenha profundos conhecimentos sobre Construção Naval Quinhentista, que lhe permitem contestar a técnica que o Confrade publicou, e descrita no "Estudo sobre Navios Portugueses dos Séculos XV e XVI".
Possivelmente o dito Sr teve acesso aos planos, que o Rei Dom João II, guardava no Armário fechado do quarto. e de cuja chave nunca se separava.

Ou então é outro ibérista, que acha que os castelhanos é que construíram e armaram as Caravelas, e desenharam os Portulanos, descobriram a América, e navegaram pela Costa do Pacífico, construiram Fortalezas em África e na Índia, Igrejas na China, Conventos e Fortalezas no Brasil, e descobriram a Austrália.

Provavelmente, esse Sr, é dos que diz que a Fortaleza de São Jorge da Mina é castelhana, tal como a da Ilha de Moçambique. E que foram os castelhanos quem construíu a Fortaleza de Qual´at al Bahrain, de Safi, de Ormuz, de Diu, de Baçaim, de Mazagão e de Mascate, o Centro Histórico de Malaca, o Convento do Carmo em Luanda e a Cidade Velha de Santiago.
Vai vêr que os castelhanos até construíram a Igreja de São Paulo em Macau...
E aquela Igreja em pedra, de Greenland, que os "doutos", atribuem aos Vikings...

Só é estranho que com tanta descoberta, e tanta construção castelhana por esse Mundo, até as pedras da calçada de Ceuta, sejam Portuguesas!!!

Sinceramente, já não há pachorra para este tipo de gente!!!

Melhores Cumprimentos

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#243756 | josemariaferreira | 08 Nov 2009 22:36 | In reply to: #235015

Caros confrades

Enquanto os Liberais no dia 24 de Julho de 1833 entravam vitoriosos em Lisboa sem terem nesta cidade, dado um único tiro, a 14 de Agosto de 1833, precisamente no dia em que fazia 448 anos que se tinha travado a Batalha de Aljubarrota, em Panoyas travava-se uma Batalha, não só para honrar Ourique, mas também para comemorar e honrar Aljubarrota!!!

Foi em Panoyas que os verdadeiros patriotas lutaram por Ourique, foi em Panoyas que Herculano com a baioneta e a pena na mão, lutou contra Ourique. Mas por mais liberal que se pinte, não haverá ninguém que se sobreponha à liberdade da Verdade!!!
Porque só a Verdade é Sagrada!!! A Verdade é Ourique!!! Só Aulic, Auric, Oric, é Sacro!!!
Herculano não sabia o que era Sacro, e duvidava que D. Afonso Henriques, alguma vez pudesse ter sido aclamado Rei de Portugal, em Panoyas do Campo de Ourique, por fidalgos portugueses e outras comunidades!!! Foi em Panoyas do Campo de Ourique que D. Afonso Henriques foi capaz de unir o Mundo Divino com o Mundo Humano!!! E foi assim que um seu sucessor de D. Afonso Henriques, a partir de Panoyas também foi capaz de unir Deus ao Homem, ele que usava como sigla o oito, o oito não só representa a união do Homem com Deus, como representa a ressurreição de Cristo e também de todos os santos!!!

Pois é, Herculano não sabia, que no fim do séc. XV e no séc. XVI ainda havia muita gente que o sabia e lutava com armas na mão para defender o ideal do nosso primeiro rei!!!
Pois é, o maçon francês, Herculano no séc. XIX ainda não sabia que o nosso Rei tinha sido aclamado em Panoyas do Campo de Ourique pelos fidalgos portugueses e de outras comunidades, mas sabia ele e os outros seus correligionários das sociedades secretas, gritarem «morras aos áulicos» aos verdadeiros patriotas que lutavam por Ourique!!!

Pois fique sabendo Herculano e os maçons, que os Áulicos nunca morrerão, ou melhor por cada um que morre, mil se levantarão!!!

Morte à maçonaria francesa e Viva Portugal!!! Viva D. Afonso Henriques!!!


Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#243771 | AIRMID | 08 Nov 2009 23:48 | In reply to: #243756

Caro José Maria


Acreditei que o conhecimento da História, do que aconteceu na realidade, e não do que a Inquisição primeiro, e a Maçonaria depois, ficcionaram segundo o seus interesses, pudesse de algum modo contribuir para modificar a mentalidade actual.
Acreditei sinceramente, que a maioria dos Portugueses sentiria como eu, se soubesse. Por isso lhe pedi inúmeras vezes que não demorasse tanto tempo, a provar tudo o que aqui foi contando.


Receio que agora seja demasiado tarde.
O abismo que existe entre o que somos e o que fomos, tornou-se instransponível.

Saudações

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251255 | josemariaferreira | 09 Mar 2010 11:49 | In reply to: #243756

Caros confrades

Apesar da vitória de D. João IV sobre o domínio castelhano que nos oprimiu durante 60 anos, e que acabou na sua aclamação como rei de Portugal, a Espanha não deixava de lutar para retomar a soberania sobre Portugal, e por meio da influência que tinha na Santa Sé, tentava tudo por tudo para que Roma não reconhecesse a independência de Portugal, o que veio a suceder, tendo D. João IV falecido sem que tivesse sido reconhecido como Rei de Portugal, pela Santa Sé!!!

Só depois no tempo do seu filho D. Afonso VI, é que Roma finalmente reconheceu este como Rei, e Portugal como nação independente de Espanha. Mas mesmo assim, a Espanha tentava através do poder da Santa Sé neutralizar a Fé e o Ímpeto dos portugueses que fez com que eles resistissem durante quase 30 anos a uma Guerra. – A BATALHA E O MILAGRE DE OURIQUE- este foi sim, o grande milagre que fez com que os portugueses fossem para sempre independentes de Espanha.

Então a Espanha concluiu que para vencer definitivamente os portugueses talvez fosse melhor acabar com a sua Fé, e em consonância com a Santa Sé e o seu representante no Alentejo, o Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Dom Frei Miguel de Távora, Arcebispo Metropolitano da Santa Sé de Évora, foi incumbido e ordenado ao Álvaro Botelho de Sousa, Freire da Ordem de Santiago da Espada, para que fizesse uma inquirição na Vila de Castro Verde e suas vizinhanças de todas as pessoas que soubessem dizer algo acerca da Batalha que D. Afonso Henriques travou nos Campo de Ourique, assim como ao seu local certo, e se deste acontecimento haveria algum documento, ou outro sinal algum.

A diligência foi feita e concluída pelo dito Álvaro Botelho de Sousa, beneficiado de Castro Verde, à grande maioria dos seus fregueses, e que no final nada de plausível poderão ter revelado acerca da existência da Batalha nas cercanias daquela vila.
Ora o inquérito deveria ter sido mais abrangente e feito não só no termo de Castro Verde, mas também no de “suas vizinhanças” e como os confrades devem saber a freguesia de Castro Verde é limitada a oeste pela freguesia de Panoyas.

Entre a freguesia de Castro Verde e a freguesia de Panoyas, apenas existe uma ribeira que em tempos históricos, (antes do Rei D. Manuel) se denominava de Ribeira de São Salvador, passando depois a ser conhecida pelas Ribeira dos Aivados, e é afluente do Rio Sado. Para esta ribeira escorrem as águas das herdades das Creiras, Monte Queimado, Torrejão, Arrábida, Cabreiras, Quinta Nova e Macorados, todas situadas no termo do antigo concelho de Panoyas.

Ora segundo a tradição do povo de Panoyas, a Batalha deu-se próximo desta localidade,(Nossa Senhora da Piedade) pelo que depois desta, junto da vila, no local do Poço das Armas, D. Afonso Henriques discursou ao povo, e ainda segundo a tradição mudou o nome à terra, pondo-lhe Panoyas, pelo que se passou a denominar até hoje!!! O que me é estranho, é porque não se fez o inquérito aos panonianos sobre a Batalha de Ourique, mas o mais estranho ainda, é que o padre vá logo interrogar em primeiro lugar, um panoniano residente então em Castro Verde, sobre o assunto.”1º- Francisco Guerreiro Camacho de Barbuda, homem de boa intelegência de cincoenta e quatro anos anos, natural da Villa de Panoyas” .
Esta boa intelegência seria por ele também apoiar a arcebispo de Évora???

No fim, o arcebispo de Évora levou a água ao seu moinho, acabou por se fundar uma basílica em comemoração da Batalha de Ourique, em Castro Verde controlada pela Igreja de Roma, e assim a Santa Sé, tomava controle do antigo culto do Campo de Ourique, e abandona-se Panoyas, que apontava mais para Oriente, para Constantinopla!!!

E assim Roma, hoje em Castro Verde, já está a cobrar!!!


Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251393 | AIRMID | 11 Mar 2010 06:15 | In reply to: #251255

Caro José Maria


A Batalha de Panoyas, foi desde os primórdios, a Batalha contra Castela. Contra o que Castela representava na Europa.

Este é o cerne da questão.

A moirama, foi um fait divers!

Os Esclavagistas, os Opressores, os que sempre nos quiseram subjugar, foram os Castelhanos e os seus Ascendentes.

Mais de Mil anos de luta pela sobrevivência, é um feito Histórico!

E honra seja feita, que em épocas cruciais, sempre os Reis e a Nobreza de Portugal, souberam derrotar os invasores.

Pelas armas, ou pela astúcia.
Nem que para isso, fosse preciso esperar 60 anos.

De Duzentos em Duzentos anos, lá tivemos que tirar a velha Novela do Cofre, e pô-la de novo em prática, ou aqueles energúmenos ali do lado, já nos tinham extinto, como fizeram aos Tainos.

A Novela, vai-se adaptando ás circunstâncias, e a espanholada nunca a compreendeu.
Nem o Tonto Iluminado do Griffi de Ajácio, alguma vez percebeu quem lhe tirou o tapete, e o fez esborrachar no chão!

E eu, não sei se me apetece contar.

A verdade é que é um Segredo.
E quem sabe, se não iremos precisar de novo do Guião...

Agora que anda por aí um Moammad Al Rachid Al Rajad inb Pinto ibn Sousa, Magata do Petróleo de Alcochete, a gritar:

Hablamos en español!
Hablamos en español!
Hablamos en español!

A História é tão maluca, que ninguém acreditaria que já tivesse sido posta em prática. E Reposta...

Nem o tal De Vega!

Apesar de se julgar muito espertinho!

Se nem Darwin, que também era muito espertinho, percebeu, de que espécie evoluira o Lobo Guará que encontrou nas Falkland.

Nem poderia, claro!
Por muito que esmifrasse os neurónios...nunca encontraria a resposta!

Coitada da D. Maria I, que estava como a Irmandade do Avental... a Leste do Paraíso.


E subitamente... acorda no Brasil...A Oeste.... rodeada de Fantasmas.

E percebe que cometeu um erro....

E ainda há quem não acredite, que os Portugueses, são uns Génios!

Génios...E com um sentido de Humar incrível!

Saudações

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251439 | josemariaferreira | 11 Mar 2010 22:36 | In reply to: #251393

Cara AIRMID

Prefiro um Muhammad ibn 'Abbad al-Mu'tamid esse grande magnata pela fundação de um reino a partir de Ourique. Esse já em moçárabe clamava:

Por tu Gral
Por tu Gral
Por tu Gral

Esse ainda que abádida, não era na altura um magnata do petróleo, mas era um magnata de uma grande causa universal, congregar todos aqueles vitimas de alguns cristãos sem escrúpulos que depois das conquistas na Espanha, impuseram o seu domínio nesses territórios conquistados, reduziam à condição de escravos muitos dos próprios cristãos, para já não falar de moçárabes e judeus. Esse reino congregaria assim todo esse povo massacrado e teria como finalidade lutar por uma grande causa universal, e o seu nome seria Portugal!!!

É verdade que este grande magnata ao crer impor os seus ideais em Espanha, chamou em seu auxílio os Almorávidas e acabou ele também por ser traído por estes, e foi preso e acabou pastor em terras longínquas, mas sempre vendo Ourique!!!

Da sua família que deixou em Espanha, teve D. Afonso Henriques, dois primos co-irmãos, de que o conde D. Henrique, como Abade que também era, tanto apoiou para que um fosse Imperador da Espanha, nem que para isso fosse necessário se indispor com o seu sogro Afonso, mesmo até á beira da sua morte!!!

D. Afonso Henriques teve assim dois primos abádidas que muito amava. Foi com o apoio dos Abádidas do Reino Taifa de Sevilha, no qual se incluía os territórios do Algarb, território este onde continuavam a ter muita implantação, apesar da derrota de Muhammad ibn 'Abbad al-Mu'tamid perante os Almorávidas, que D. Afonso Henriques, um filho de um abade beneditino, congregou no Algarb, todas as forças apoiantes dos seus primos, vindas do Reino da Sicília da Provença e da Sabóia, para lutarem contra os Almorávidas que dominavam então o antigo reino do amado Muhammad ibn 'Abbad al-Mu'tamid.

Portanto D. Afonso Henriques estava assim combatendo os Almorávidas com as forças de todos os seus primos: os seus primos abádidas de Sevilha (Algarb), os seus primos de Aragão e Provença, os seus primos da Sicília e os seus primos da Sabóia!!!

Tal como o Duque da Terceira fez partindo do Porto por mar e desembarcando no Algarve para marchar por terra sobre Lisboa, também D. Afonso Henriques, partiu de Coimbra e por mar atingiu o Algarve para se juntar aos seus primos moçárabes Abádidas, mas também os seus primos cristãos de Aragão, Provença, Sícilia e Sabóia, que já há muito andavam a espiar o território do Algarb, para num momento de surpresa atacarem em conjunto os Almorávidas.

Claro que os Almorávidas que dominavam Lisboa, Santarém, Badajoz, Évora e Beja ao saberem do desembarque de tropas cristãs no Algarb, marcharam imediatamente para o Sul, indo-se encontrar com as forças comandadas por D. Afonso Henriques na estrada que vinha Silves para Lisboa, e encontrando-se os exércitos dos cristãos e mouros, pelas alturas de Panoyas, onde se travou a célebre Batalha, em que as forças mouras, mal apetrechadas e mobilizadas à pressa, sofreram uma grande derrota!!!

Foi a vitória de Portugal!!!
Foi a vitória de Portugal contra a vontade de todos, incluindo o Papa e Castela!!!

Mais de Mil anos de luta pela sobrevivência, é um feito Histórico!
E honra seja feita, que em épocas cruciais, sempre os Reis e a Nobreza de Portugal, souberam derrotar os invasores.

Pelas armas, ou pela astúcia.
Nem que para isso, fosse preciso esperar 60 anos.

De Duzentos em Duzentos anos, lá tivemos que tirar a velha Novela do Cofre, e pô-la de novo em prática, ou aqueles energúmenos ali do lado, já nos tinham extinto, como fizeram aos Tainos.

Mais outros duzentos anos se aproximam e nada de bom se prevê para Portugal, talvez seja a altura de voltar a lutar por Ourique, contra tudo e todos incluindo um Moammad Al Rachid Al Rajad inb Pinto ibn Sousa, Magnata do Petróleo de Alcochete.

Porque magnata Muhammad ibn 'Abbad al-Mu'tamid, só há um, esse mesmo depois de morto continua a ver Ourique!!!

E ainda há quem não acredite, que os Portugueses, são uns Génios!


Génios...E com um sentido de Humor incrível!

Saudações

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251451 | AIRMID | 12 Mar 2010 06:52 | In reply to: #251439

Caro José Maria

Mas claro que não se pode comparar um petroleiro Al Rachid ibn Pinto ibn Sousa das Arábias, com fundo falso, e a contaminar os Oceanos com crude, e Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid, que foi um poeta, e que foi sobretudo um Marbût, um Santo.

Dizem as Lendas que os Reis Cristão, se apaixonavam sempre pelas Princesas Mouras.
Não seriam Mouras, já que a sua origem era distante, e nada tinham de Africanas, mas de facto Afonso VI de Castela, foi um dos personagens dessas Romanceadas Paixões, já que não só casou com Zaida, que se diz ser filha de Ismail ibn Abbad de Sevilha, de quem teve uma filha, Sancha que mais tarde viria a casar com Rodrigo Gonçalo de Lara, como também teve de Isabel de Denia, a quem também chamam Zaida de Denia, Uma outra filha Elvira de Castela, que viria a casar com Rogério II da Sicília.

Diz-se que Zaida de Denia, que posteriormente ficou conhecida por Isabel de Denia, seria a filha do nosse Marbût, Muhammad ben Abbad Al Ma´Tamid.

Mas talvez os cronistas tivessem exagerado, e apenas houvesse uma Zaida, que mais tarde se chamou Isabel, a filha do Poeta e de I´tamid, filha de Mujahid das Baleares.

De qualquer modo, todos seriam primos de Dom Afonso Henriques e de Afonso I, Do Jordão Conde de Toulouse.

Só não sei, se seriam Monges Alfaqui, Monges Juristas que habitavam os Conventos de Arrábida ou Ribat, ou se também seriam Místicos Sufis, os Puros, os Suf, que em Egípcio Antigo, significava Pureza.

Considerando tudo o que sucedeu depois, e se recordarmos que em Ajmer, no Rajastão Indiano, se implantou a Ordem Mística Christi, penso que seriam ambas as coisas: Alfaqui e Sufis.

A Balança de Pedro, o das Sete Partidas da Lei, e as Duas Pirâmides Místicas de Henrique, o Monge Atlante.



Saudações

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251452 | AIRMID | 12 Mar 2010 06:58 | In reply to: #251451

P. S.


Estranhamente, os Túmulos dos Marbutes, têm uma porta, em forma de Chave....


Airmid

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#251468 | josemariaferreira | 12 Mar 2010 13:09 | In reply to: #251451

Cara AIRMID

Você, quase conseguia toda em si mesma, tornar-se Espírito!!!
E para se tornar toda Espírito teria de alcançar Panoyas, tal e qual como D. Afonso Henriques, soube alcançar!!!
E para se tornar toda Espírito, teria naturalmente que saber o que é um alentejano, para conhecer verdadeiramente Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid, que foi poeta, e que foi sobretudo um Marbût, um Santo.

Em Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid, está todo o Espírito de Portugal, está a Alma alentejana, a que Roma e Castela quiseram esconder aos olhos de todo o Mundo!!!

Princesas mouras encantadas quem ainda não ouviu falar, se nem Afonso VI de Espanha soube resistir ao seu encanto!!!

E desse encanto a quem os lusitanos chamavam Amor, teve o Imperador de Espanha de uma filha de Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid, pelo menos quatro filhos, um filho varão e mais três filhas mouras encantadas!!!


Sancho Alfonsez Prince Castile_&_Leon, baptizado em 1098 em Toledo.

Sancha Alfonsez Princess Castile_&_Leon, baptizada em 1100 em Toledo.

Elvira Alfonsez Princess Castile_&_Leon, baptizada em 1102 em Toledo


Claro que foi este príncipe Sancho, «Sanchus puer regis filium regnum electus patri factum» que era tio de D. Afonso Henriques, que o Imperador tinha escolhido para lhe suceder no trono das duas religiões de toda a Hespanha, com o apoio do conde Dom Henrique, seu cunhado. Mas o jovem príncipe morreu na Batalha de Uclés lutando contra os mouros Almorávidas que haviam ocupado os reinos taifas do sul da Espanha e a Taifa de Dénia que era da família materna do príncipe, o único filho varão do Imperador. A coroa passaria assim para as mãos da sua filha Urraca enquanto o conde D. Henrique protestava perante o seu sogro, porque D. Urraca e Raimundo eram apoiados pela França e pelo Papa, e não garantiam, como era vontade expressa do Imperador, que a Espanha fosse governada por um trono de duas religiões!!!

O receio do monge negro, conde D. Henrique tinha justificação e foi o que de facto depois se veio a verificar quando Urraca e Raimundo assumiram o poder em Castela e Leão, pura e simplesmente ignoraram a vontade do Imperador, seu pai e sogro!!!~

O príncipe Sancho morreu e passado quatro anos morria também o Abade Dom Henrique casado com D. Teresa, uma irmã do jovem príncipe mouro Abádida, mas deste casamento deixava já um rebento chamado D. Afonso Henriques, que saberá honrar para sempre Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid, o Santo, que mesmo depois de morto não deixa de ver Ourique!!!

Porque se apaixonaria D. Afonso Henriques, por Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid, o Santo???

Seria pelo Sol de Ourique, ou seria pelo São Martinho da Panonia???

Sim, é que estes árabes não vinham do Norte de África, mas eram eslavos!!!

Eslavos e gostavam muito do «Sancius»

Naves que são como esferas celestes e onde os seus arqueiros
são estrelas, armadas de ponta em branco.
Cruzas com elas os abismos do mar,
e as suas ondas fatigam-se pelo peso estonteante.


Saudações fraternas

Zé Maria

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#251529 | josemariaferreira | 13 Mar 2010 12:25 | In reply to: #251468

Caros confrades


O Abade Dom Henriques apoiava os mouros Abádidas, dos quais foi seu rei Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid, o Santo, o pai da Zaida a princesa moura que foi amante do Imperador de Hespanha. Assim o Abade Negro Dom Enric cujas qualidades militares ficaram bem provadas na oposição feita aos almorávidas combateu estes entre 1090 e 1904 na linha do Tejo.
O Abade beneditino DOM Enric (Erik em germânico) integra a Primeira Cruzada e vai depois substituir Ademar, o bispo que falecera na Terra Santa, e com o apoio do seu tio Raimundo de S. Gilles passou a comandar as hostes cristãs, tendo conseguindo com furor grandes vitorias entre os muçulmanos, tendo ficado conhecido entre eles como Erik, O Terrível.
Dom Enric volta de novo para Espanha, onde os Almorávidas, punham em perigo não só as posições dos cristãos como dos próprios mouros Abádidas, aliados dos cristãos contra os Almorávidas. Assim em 1100 esteve a combater na batalha de Malagón, perto de Toledo, e em 1103 no desastre de Vatalandi, apoiando simultaneamente não só o Imperador, como os mouros Abádidas (Abades) contra os Almorávidas.
E como mediador entre os Abádidas e o Imperador também ele seria possivelmente o padrinho dos filhos do Imperador nascidos da Princesa moura Zaida.
Enric, o “eternamente Imperador”, não poderia então deixar de dar nome ao seus afilhados, que o não fosse condizente com o seu, e que melhor que «Sancius» se lhes poderia dar!!!???
O Abade beneditino DOM Enric a sua fama foi tal, que passou fronteiras, e o seu nome passou para o seu filho, que em 1148, aquando da tomada de Óbidos, ainda era conhecido pelos mouros, não como D. Afonso Henriques, mas como Ibn Erik Rex.
E D. Afonso Henriques, Ibn Erik Rex, tal como seu pai, também gostava de baptizar com o nome de «Sancius»
………………
Um dia alguém escreveu:

D. Afonso Henriques:

Ibn Erik Rex

três palavras em 3 línguas, símbolo das 3 grandes culturas e civilizações que, para o melhor e para o pior, nos moldaram como povo.

Ibn - (árabe)
Erik - (franco/germânica)
Rex - (Latina)



É como é e assim é que é!

VIVA PORTUGAL.

……………

Erik - Eternamente Imperador


P. S. E ainda hoje os espanhóis andam para saber quem foi este DOM Henrique, que tal como para Colombo, já tem pelo menos, umas sete teorias!!!


Saudações fraternas

Zé Maria

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#251583 | AIRMID | 14 Mar 2010 07:05 | In reply to: #251529

Caro José Maria


IBN ERIC REX - O REI FILHO DE ERIC

Os Almorávidas eram oriundos de África, eram Berberes do Saara Ocidental.

Mas nem os Abádias ou Banu Ababbad, que governaram a Taifa de Sevilha, a que pertencia o nosso Rei Poeta Abbad Al Mu´tamid, nem os Banu Nasr, que governaram Granada, como Al Amahar - O Vermelho, eram africanos.

Os Banu Ababad, pertenciam à Dinastia Lakhm.
Eram Cristãos Árabes, que viviam entre o Tigre e o Eufrates, a sua capital era em 266 D.C. Al Hirah, que alguns Poetas descreveram como o Paraíso sobre a Terra.

O primeiro Rei desta Dinastia foi: Amr ibn Adi ibn Nasr ibn Rábia ibn Namarah ibn Lakhm.

Eram Nasr, tal como os reis de Granada.
A sua História remonta a cerca de 3200 A.C. ao período Yemdet-Nasr, da Civilização Suméria.


Aos Nasr, Pássaros que se libertam pelo voo para uma outra dimensão.
Ao Zigorates, Pirâmides escalonadas, onde os Homens ascendiam a Deus.
Ao Templo Branco, erguido no alto da Montanha, e dedicado aos Céus.

Eram Sufis, Místicos Contemplativos.
Viajaram da Mesopotâmia, de regresso ao Héber onde se haviam refugiado há cerca de 12 500 anos, mas o seu percuso atravessou Estepes, e contornou Fiordes.

Eram Ruivos como Ramsés I.
Eram Ruivos como EriK, o Vermelho, o Viking de Armadura em ferro, Escudo e Lança.

Dizem as Sagas que os Vikings se dedicavam ao Comércio, e à pesca do Bacalhau, e que viajaram para a América, para Greenland.
Dizem as crónicas, que em 1170, os Irmãos Errantes, partiram de Lisboa, com o mesmo destino.
E já no tempo do Reino Suevo de Portucalle, outros marinheiros Portugueses o haviam feito.

Erik, O Vermelho, pai de Leif Erickson, o Viking - cerca de 986 D.C.:

De Armadura em ferro decorada, no Ombro Esquerdo - uma cabeça de Lobo, no Direito - uma cabeça de Elfo.
Elmo, Ecudo redondo, Espada e Lança em Bronze.

Saudações

Airmid

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#251659 | josemariaferreira | 15 Mar 2010 11:37 | In reply to: #251583

Cara AIRMID

O seu Espírito foi longe demais!!!

Afinal o abade D. Henrique e o seu filho D. Afonso Henriques combatiam na Península juntamente com outros abades (abádidas) primitivos cristãos vindos da Mesopotâmia. Eram Cristãos Árabes, que viviam entre o Tigre e o Eufrates, a sua capital era em 266 D.C. Al Hirah, que alguns Poetas descreveram como o Paraíso sobre a Terra, o Jardim de Eden, que regressavam à terra de origem dos seus antepassados!!! Vinham empurrados por ventos Elísios para atingirem um novo Paraíso, no Novo Mundo!!!

Afinal D. Henrique e o seu filho D. Afonso Henriques estavam com os primitivos cristãos árabes do Oriente que vieram para o Ocidente combater os muçulmanos sectários e fanáticos fossem eles almorávidas ou almóadas!!!
Assim se compreende melhor porque D. Henrique e o seu filho D. Afonso Henriques tenham alinhado com o mauro arcebispo de Braga, Maurício Burdino, o Anti-Papa e o Imperador do Sacro Império Romano, Henrique IV, contra certas posições da Igreja de Roma!!!

Assim se compreende melhor porque D. Henrique na 1ª Cruzada tenha ido até Constantinopla em apoio de Aleixo, assim se compreende melhor porque Maurício Burdino, o arcebispo de Braga também se tenha deslocado à Terra Santa e depois a Constantinopla!!!

Assim se compreende melhor porque D. Henrique e o seu filho D. Afonso Henriques tenham ambos lutado contra Castela para imporem os seus desígnios políticos e religiosos. Compreender-se-à perfeitamente até porque Raimundo casado com Urraca de Castela, era irmão do Papa Calixto, o mesmo Papa que era contra o Arcebispo de Braga, o mesmo Papa que o insultou até ao ridículo, fazendo uma figura imitando Maurício, com umas orelhas de burro, montado ao contrário num cavalo, passeando-se pela cidade de Roma. Quer dizer que para Calixto de Borgonha, irmão de Raimundo de Borgonha casado com Urraca de Castela, o grande amigo e companheiro de luta do conde D. Henrique era um burro, daí ter ficado conhecido por Burdino (burdinus significa burro)!!! Mas a simbologia do burro vinha muito mais de longe e está ligada a épocas muito recuadas dos primitivos cristãos ao culto do burro, e até a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém foi feita montada num burro!!! Portanto para Calixto da Casa de Borgonha, a que muitos dizem pertencer o conde D. Henrique, o arcebispo de Braga era um burro estava ultrapassado quando defendia o primitivo cristianismo, para Calixto estava na hora de Cristo vir montado a Cavalo!!!
Para Roma, a partir de 1050, esse cristianismo de andar de burro estaria ultrapassado!!!

Na Câmara do Papa Calisto em S. João de Letrão, esculpiu-se em pedra, como prova do triunfo deste sobre a Antipapa Maurício Burdino, montado num camelo com o rosto voltado para as ancas em escárnio de sua ambição, e que diz assim:

"Calixtus Honor patrice decus Impertale nequam Burdinum damnat pacemque reformat"


Afinal os Mouros (Moros) eram outros, eram os que viviam em Moroccos!!!

Mas ainda hoje em Portugal há muito boa gente confundida com os mouros. Que o digam os habitantes de S. Martinho dos Mouros, a terra de um abádida cuja família vinha já desde o jardim de Éden, para ser aio de D. Afonso Henriques!!!


Porque se apaixonaria D. Afonso Henriques, por Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid, o Santo???

Seria pelo Sol de Ourique, ou seria pelo São Martinho da Panonia???


Saudações fraternas

Zé Maria

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#251793 | AIRMID | 17 Mar 2010 06:22 | In reply to: #251659

Caro José Maria

E não é para Navegar por todos os Mares e Voar por todos os Céus, que foram criados os espíritos?

Foi por isso que o José Maria, há três anos, não chamou uma pessoa, mas evocou um espírito.
As pessoas pensam, o que ás vezes é uma complicação. Os espíritos, como não têm Neurónios, limitam-se a registar factos, locais, cores.

Aqui tem o resultado!

Arrik, o Terrível era ruivo. Seu filho Afonso também. Aliás toda a família tinha as mesmas características.
Louros ou ruivos.

Eric, pai de Leif Ericson, também era ruivo, não lhe chamavam Eric O Vermelho?
Então qual é o espanto?

Acha que os Bannu Nasr eram o quê? Morenos de olhos negros?
Os Morenos eram os Almorávidas e os Almóadas, os Mouros do Saahara Ocidental.

Não dizem alguns autores, que o Profeta faz parte dos Ascendentes de muitas Famílias Reais?!

Não é Moniz apenas uma palavra?
Como Munire, Monio ou Moninho?
E não mudam as grafias ao longo dos tempos?

Aí tem!

Egas Moniz, o Aio, descende de Abd Munaf ibn Abd Manaf, que não é assim muito conhecido, mas que era um Quraysh, como toda a família de Maomé, e de quem descende também Abd Al Malik, 5º Califa de Córdoba, um Omníada.
Aliás dos Quraysh derivam três ramos os Banu Umayyah, os Banu Abbasid e os Fatimidas.
Os Banu Abbasid, descendem de Abbas ibn al Muttalid, tio de Maomé, e os Fatimidas, descendem de Fátima as Zahra, a filha do profeta e de Ali ibn Abi Talib.

Por sua vez os Quraysh são um ramo dos Bannu Kinanah, que descendem dos Khuzaimah.
Dizem alguns autores que a sua genealogia vai até Adão.

Os Bannu Kinanah têm quatro ou mais ramos segundo os autores : An-Nadr, os Abdumanat, Malakan e Malak e Muhriyah.

E nos seus ancestrais Khuzaimah, encontramos Arpachshad, neto de Noé e pai de Ura e Kesad, que terão fundado UR, na Mesopotâmia.

Meso ou Planalto, como é óbvio!

É que segundo consta, as planícies nessa época, estavam um bocado ensopadas devido ás CHEIAS do Tigre e do Eufrátes!!!

Saudações

Airmid

Mais para Corvo, que para Pomba.

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251818 | josemariaferreira | 17 Mar 2010 15:16 | In reply to: #251793

Cara AIRMID


O seu Espírito agora foi muito longe..............!!!

Ur - cidade da Mesopotâmia

Ur, Uric (Ourique)

Ura-

Urracca ibni Ura

Urracca Ibn Alfons ibn Erik Rex

Ibn Erik Rex, aquele cujo aio Egas Moniz, descende de Abd Munaf ibn Abd Manaf, cristãos do reino Taifa dos Abádidas!!!

Ibn Erik Rex que tanto combatia cristãos como mouros e em Panoyas de Ourique nas Mesas com o seu imponente Castelo com torre de Vigias (ou Bogia) conseguia ver para noroeste o Vale do Sado até ao Castelo de Palmela e para o norte o de Aljustrel, e para o Sul conseguia ver para além do Castelo dos Ladrões, até à outra Vigia na Serra do Caldeirão!!!

E ele, Ibn Errik Rex conseguia ver tão longe da Torre do Castelo de Panoyas que quando os Almorávidas vindos do norte lá chegaram já ele tinha o Campo montado nas Mesas preparado para a Batalha!!! Ele daquelas alturas, conseguia ver tão longe que profetizou que no futuro da sua linhagem (dos Munio, Munizes) viria um Imperador que agregaria todas as Comunidades do Mundo!!! E sabe-se disso pela minuta da representação, dirigida em 1318 pelos Freires da Ordem de Santiago, ao Papa João XXIII, num artigo em que se diz que D. Afonso, o de esclarecida memoria e primeiro Rei de Portugal, fora elevado ao trono pelos seus fidalgos e outras Comunidades, e noutro passo do documento se referem aos territórios Castelo de Aljustrel e outros castelos que existiam" no campo qui dicitur aurique et durat per quindecim leucas et ultru"!!!

Mas a Espanha que na divisão do Mundo escolheu a parte da Árvore do Mal, combateu essas Comunidades tanto no Novo Mundo como em Espanha.
E então a sua linhagem (dos Monizes) que em Espanha defendiam o seu sangue foram degolados e muitos tiveram de se refugiar em Portugal!!!

Restara agora aos portugueses não ir a Vale do Paraíso, (porque aquilo foi tudo abandonado), mas sim ao Vale de Ourika, para prestar homenagem ao poeta!!! A mesma homenagem que o seu neto lhe prestou em Panoyas D`Ourique!!!

O seu Espírito agora foi muito longe...., mas continue a ser pombinha, volte sempre!!!

Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251866 | AIRMID | 18 Mar 2010 07:19 | In reply to: #251818

Caro José Maria

Egas Moniz e os irmãos Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, Soeiro Mendes da Maia, e Dom Paio Mendes Arcebispo de Braga, Mohammed O Profeta, Abd Al Rahman II, 4º Emir de Córdova, e Muawiyad I ibn Abu Sufyar 4º Califa de Damasco, entre outros, incluindo o seu conterrâneo o Poeta Abbad al Mutamid, descendem de El Nadr.

Comum a Dom Afonso Henriques, pelo avô, o Rei D. Afonso VI de Castela, a Egas Moniz, O Aio, e aos Irmãos Mendes da Maia, temos:
Iñigo Aristes, 1º Rei de Pamplona, dele descendem Garcia Iñiguez, Rei de Pamplona e Assona Iñigez. que casa com Musa ibn Musa Al Qasaw de quem descende Lope ibn Musa e Auria ibn Lope ibn Musa.

E é Auria ibn Lope ibn Musa, o elo comum a Egas Moniz e aos Irmãos Da Maia, como ascendente, e ao Profeta Mohammed, como descendente.

Quanto a Alfonso ibn Errik, apostaria nos Balthes, como elo comum, pela linha materna.


Ura e Kesad, fundaram Ur, na Mesopotâmia.

E a Eritreia?

A Eritreia de Kesad Adi, Kesad Aguno, e da Montanha Kesad Mobsu?

A Eritreia de Kohaito, que pertenceu à rainha de Sabá?


Cada vez se torna mais ´difícil, para o pobre Corvo, regressar.

Não é fácil, voar noites inteiras, com tão pouco tempo para pousar, e descansar.


Nem o Corvo, que é apenas espirito, vive Eternamente.

Há sempre um dia, em que já não tem força para voar.


Saudações

Airmid

O Corvo

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251875 | Trismegisto | 18 Mar 2010 12:49 | In reply to: #251866

Caríssimos,
E os corvos da Provença que sempre voaram com o conde rei D. Henrique? Vejam os franceses (Ribaldos e Archibaldos) que vieram fundar Portugal!
Hermes, o Trismegisto

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251876 | josemariaferreira | 18 Mar 2010 14:20 | In reply to: #251866

Cara AIRMID


“Cada vez se torna mais difícil, para o pobre Corvo, regressar.

Não é fácil, voar noites inteiras, com tão pouco tempo para pousar, e descansar.


Nem o Corvo, que é apenas espírito, vive Eternamente.

Há sempre um dia, em que já não tem força para voar.”

D. Afonso Henriques era árabe e também passou por essas dificuldades, como você está passando neste momento, ele teve, tal como o corvo, projectar-se para o além, para não morrer e ser mais que o corvo, como a Fénix. Ele era um rei esclarecido (árabe) por isso ele sabia que em Panoyas tinha todo o seu apoio, não só para pousar como para descansar.

D. Afonso nessa noite tinha passado muito mal e no Castelo da Torre de Panoyas, havia um pilriteiro, árvore centenária com cerca 500 anos, e os seus fidalgos recomendaram-lhe um chá do pilriteiro para combater a ansiedade, a fadiga e palpitações, assim como as insónias provocadas pelo nervosismo, e angústias, para enfrentar os exércitos dos reis inimigos!!! Tomou então o chá do espinheiro Alvar e quando repousava acordou de um sonho maravilhoso!!!

Semi-adormecido, apareceu-lhe como que um sonho, um ancião. Fez sobre ele o sinal-da-cruz, chamou-lhe escolhido por Deus e alertou-o da batalha. Entretanto, apareceu-lhe um escudeiro, que vinha dizer-lhe que estava ali um velho que queria falar-lhe com muita urgência: Afonso Henriques viu, diante dos olhos, bem despertos, o velho do sonho:

- Tu, outra vez? Quem és afinal, ancião? O que me queres?

Quem sou não interessa... Acalma-te e ouve o que venho dizer-te por Cristo, Nosso Senhor: daqui a instantes, quando ouvires tocar os sinos da ermida (Ermida da Nossa Senhora da Piedade) onde há já sessenta e seis anos vivo, deves sair do arraial, só e sem testemunhas. É isto o que Cristo manda dizer-te! Antes de Afonso Henriques abrir a boca, o velho desapareceu na noite, sem deixar rasto. Daí a instantes, soou, efectivamente, o sino da ermida da Nossa Senhora da Piedade, e Afonso Henriques pegou na espada e no escudo, e com um gesto quase automático, saiu da tenda embrenhando-se na noite, sem destino, só, como lhe fora recomendado. Subitamente, um raio iluminou a noite e de dentro dele saiu uma cruz esplendorosa. Ao centro estava Jesus Cristo rodeado dos sete anjos vigias. Afonso Henriques, ajoelhado, deixou-se ficar boquiaberto, sem saber o que dizer, sem se atrever a quebrar o instante, até que dentro de si, ouviu Jesus dizer-lhe:

- Afonso, confia na vitória de amanhã. Confia na vitória de todas as batalhas que empreenderes contra os inimigos da Cruz. Faz como a tua gente que está alegre e esforçada. Amanhã serás Rei...

Apagou-se o céu e a visão celestial desapareceu, como viera. No dia seguinte a batalha foi terrível. Os mouros eram aos milhares e avançavam ferozmente contra as tropas de D. Afonso Henriques, que começou a gritar: “em frente em frente contra aos Infiéis (alguns também eram cristãos) e acabou por vencer a Batalha naqueles campos que circundavam a sul o Castelo de Panoyas!!!

A partir dessa data os abades moçárabes de Panoyas, mesmo tendo depois sido dominados pelos Almóadas que vieram logo do Norte de África em socorro dos Almorávidas vencidos, passaram a chamar ao Castelo, Vigias do Pilriteiro, e assim ainda se chamava no ano de 1498 na carta de delimitação do Couto da Villa que a Ordem deu para liberdade de pastorear os gados do povo daquela terra!!!

Para ser mais que o Corvo e vencer eternamente faça como o esclarecido (árabe) D. Afonso Henriques, tome um chá de espinheiro Alvar!!!


Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251904 | AIRMID | 19 Mar 2010 06:48 | In reply to: #251876

Caro José Maria


Eu sou um pobre Corvo cansado. De nada me serviria o chá do Espinheiro Alvar, com que foi feita a Coroa de Cristo, porque nunca fui um Corvo Hipertenso.

E Afonso Henriques era um Guerreiro, tinha todo o tempo do Mundo.
O pobre Corvo Airmid, não tem. E o Chá do Espinheiro Alvar, nao lhe vai aumentar os dias, que apenas têm 24 Horas.

E seria necessário que os dias tivessem o dobro do tempo, para o velho Corvo descobrir, o que faz o Escaravelho de Psamético I, em Alcácer.

Saudações

Airmid

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O Sal Azul da Pérsia o Arroz de Vénus e a Quinoa dos Incas

#251918 | José-Manuel | 19 Mar 2010 15:39 | In reply to: #251904

O Sal Azul da Pérsia o Arroz de Vénus e a Quinoa dos Incas

Pois é cada qual tem as suas mésinhas, eu fui influenciado pela ervanário da minha tia ama da terra do Viriato, mas sempre preferi a medicina cientifica aos chás, como gosto de viajar e provar de todos os manjares dos deuses aqui lhes recomendo três dos meus preferidos:

O Sal Azul da Pérsia;
Sal-gema extraído das lagunas dos mares pré-históricos (geologicamente solidificado) no Norte do Irão, Província de Semman,
rocha tipo diamante, a Halite de cor branca (também cor-de-rosa ou amarela) misturado com a sylvinite, mineral azul, dá este sal com cristais azuis.

Era considerado um “Ouro Branco” que se trocava pelo metal ouro nas mesmas proporções.

A sylvinite é também utilizada na coloração azul dos mosaicos das cúpulas dos Palácios e Mesquitas do Irão, também têm "Torres octogonais"! e muita neve http://www.ichto.ir/niavaran/tabid/15232/language/fa-IR/Default.aspx
Mas estas lâmpadas desta rocha favorecem o sono;

Persian Blue/Purple Salt Crystal Lamps
http://www.crystalrocksaltlamp.com/site/1351713/product/826-9474991
http://www.natural-salt-lamps.com/iraniansaltlamps.html

Este sal cor azul-malva das safiras da Pérsia é para utilizar uma vez por semana,
e igualmente e somente semanalmente o seu equivalente cor-de-rosa das Montanhas do Himalaia, pois estes sais são muito energéticos e só recomendados a quem não use o sal diariamente na alimentação.
Ver aqui que também tem o Sal de Portugal;
http://www.salzladen.ch/index.php?cPath=23&kendola=0796b7f115f4602b6b464bb921aa5e8e

Arroz de Vénus:
O segundo alimento é o Arroz de Vénus (cor de beterraba depois de cozido) reservado aos Imperadores da China;

"Ce riz d'origine chinoise - il était déjà cultivé à grande échelle en 2800 avant notre été - était, selon la légende, réservé aux empereurs. Depuis 1997, le Venere (riz de Vénus) est cultivé en Italie, dans la plaine piémontaise du Pô dont les champs de riz étendus et les voies de communication semées de peupliers offrent des conditions de croissance idéales".
http://www.reismuehle.ch/index.cfm?fuseaction=sprachewechseln&id_sprache=2&path=1-5-56-60

Quinoa dos Incas:
Finalmente o terceiro alimento (também dos astronautas da NASA) que é a Quinoa dos Andes do Peru, os conquistadores espanhóis interditaram aos Incas, sob pena de morta, o seu cultivo e consumo:

“Le quinoa est l’une des plus anciennes plantes cultivées au Pérou. Avec la cañihua et la kiwicha, il est l’aliment de base des peuples indigènes de la Cordillère des Andes depuis 6’000 ans. Appelée aussi le blé des Incas, le quinoa est une plante robuste et peu exigeante : elle pousse à toutes les altitudes, des régions tropicales aux plateaux se perchant à plus de 4000 mètres, là où le blé ou le maïs ne poussent plus. Les Incas lui attribuaient des vertus magiques et l’utilisaient aussi dans leurs cultes. Puis les conquistadors espagnols interdirent la culture de cet aliment « païen », sous peine de mort, et imposèrent la culture de céréales européennes. C’est pourquoi le quinoa joue aujourd’hui un rôle mineur en Amérique du Sud”.
http://www.interportal.ch/fr/flash/2010/07/cinq-siecles-apres-les-incas-le-quinoa-vaut-toujours-de-l2019or

VER RECEITAS em português aqui (e David Lynch 10 minutos a cozinhar...);
"Grão de ouro, trigo dos incas e até mesmo comida de astronauta são os mais comuns apostos usados para explicar a quinoa. E não por acaso: o grão ganhou fama internacional por ser utilizado pela NASA e é considerado o alimento mais completo do mundo, comparável somente ao leite materno, o que não é pouco".
http://carlapernambuco.uol.com.br/?p=1071

É uma sugestão de “viajar” e viver com uma pequena parte dos outrora privilégios dos Deuses.
Ao contrário do que o establishment da OMS que impõe a dieta mediterrânica como modelo são de alimentação, eu recomendo estes Manjar dos Deuses como contributo a uma vida longa e mente sã.

Cumprimentos,
José Manuel CH-GE

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251923 | josemariaferreira | 19 Mar 2010 18:09 | In reply to: #251904

Cara AIRMID

Para tudo há um tempo!!!

Há tempo para nascer, tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para colher….

Mas já lá vai o tempo em que Muhammad ibn Abbad Al Mu´Tamid pousava e descansava graciosamente em Panoyas.

Já la vai o tempo em que D. Afonso Henriques, Ibn Erik Rex, também pousava e descansava em Panoyas!!!

Já lá vai o tempo em que a última jornada de D. João II foi em Panoyas, onde pousou e descansou!!!

Já lá vai o tempo que em Panoyas se traduzia as Odes de Horácio para oferecer a D. Verríssimo de Lancastre, um descendente não só de D. João II, mas também de Madalena Granada e de Muley Hassam, rey de Granada.


Ó Airmid e logo você a deusa celta da cura e da magia, guardiã da fonte sagrada da saúde, renega o chá do Pirliteiro de Panoyas, por falta de tempo!!!

Logo o Pirliteiro, uma árvore sagrada cujo nome científico é “Crataegus”com origem no grego “Kratos” que significa força, isto porque a sua madeira é dura como o ferro.

Logo o Pirliteiro, uma das árvores veneradas pelos druidas, também chamado de espinheiro Alvar é identificado como “Uathf” e é representado por um Y (simbolizando o cálice) na horizontal com um traço vertical superior no alfabeto Ogham. O equivalente à letra H no nosso alfabeto latino. A sua cor é púrpura e na ordem de importância nas artes de adivinhação druida é das segundas, conhecidas como letras camponesas.

Logo o Pirliteiro, uma árvore que aparece frequentemente conotada com o Deus Hymen (que você tão bem conhece) das uniões e dos casamentos. Na mitologia grega a ele eram dedicadas as cerimónias nupciais e era representado com uma coroa de flores de espinheiro Alvar na cabeça. E muito naturalmente, a coroa espinhosa de Cristo só poderia ser desta árvore, como muito bem você disse.

Logo o Pirliteiro, a árvore sagrada conotada com os Maias do outro lado do Atlântico, mas também das Maia Lusitanas!!!

Logo o Pirliteiro, uma árvore que faz parte da Tríade das Fadas, é certo que lugar onde ele cresça em companhia do freixo e do carvalho, vivam lá fadas!!!

Logo o Pirliteiro do Castelo de Panoyas, uma árvore sagrada também conhecido por espinheiro Alvar, do qual D. Afonso Henriques tomou o chá, antes da Alvorada de Ourique !!!

Logo o Pirliteiro, um daqueles colossais e velhinhos do claustro Sé de Évora, de cuja madeira foram feitos os cepos dos suplícios onde foi decapitado D. Fernando, Duque de Bragança!!!

Logo você, AIRMD, a Deusa celta que queria sempre voltar como um pássaro dos esclarecidos (arabii) Nars, pássaros que se libertam pelo voo para uma outra dimensão!!!

E sobre um pássaro existe uma lenda na minha terra, que fala de um pássaro que só canta uma vez na vida, mas com mais graciosidade que qualquer outra criatura que se conheça. Logo após o momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro Alvar e só descansa quando o encontra. Então, quando entre os galhos selvagens encontra o espinho mais aguçado e cumprido espeta-se. E nesse momento de agonia despede-se com o seu primeiro e último canto, um canto muito mais belo que o de um rouxinol ou de uma cotovia. Um canto cujo preço é a sua existência, mas faz com que todos parem para o ouvir e que faz os deuses sorrirem com prazer, e quem alguma vez o escutou nunca mais esquece.

E eu não vou esquece-lo jamais, ele cantou às quatro da madrugada!!!

Ele cantou na Alvorada de Ourique!!!

Descanse porque também há um tempo para descansar, e deixe por agora o Escaravelho de Psamético, em Paz!!!

Assim, saudades tem as não tem.


Zé Maria

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RE: O Sal Azul da Pérsia o Arroz de Vénus e a Quinoa dos Incas

#251954 | AIRMID | 20 Mar 2010 05:47 | In reply to: #251918

Caro José Manuel

Há pessoas, que gostam e podem viajar.
Há pessoas que gostam, mas não podem viajar,
Há pessoas que não gostam, mas têm que viajar.
E há quem nem goste nem viaje.

Foco contente por saber que o confrade é dos que gosta e pode.

Para os pobres mortais que gostam mas não podem, seria útil que nos desse a indicação dos locais onde podemos
comprar o que nos sugeriu.

Os chás da sua tia, eu já conheço, e sempre se conseguem arranjar.

Cumprimentos

Airmid

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RE: Milagre de Ourique virou Massacre em Panoyas

#251955 | AIRMID | 20 Mar 2010 06:50 | In reply to: #251923

Caro José Maria


Escutou o Pássaro de Fogo? O lamento da Fénix ao morrer?


Para os árabes é uma Palmeira. Para os Cristão é um Espinheiro Alvar.

Numa Lenda é o Fogo, noutra é o Espinho.

Seja Pássaro de Fogo, ou Passarinho do Espinheiro, o canto é o mesmo. Único!

O Simbolo também.

Sol Alado, Pássaro de Fogo, ou Ave Ferida, Fénix de Fogo ou Cristo do Espinhero, simbolizam a Ressurreição.


De todos os Pássaros, só a Fénix é Imortal.

Airmid

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Onde comprar a Quinoa em Portugal

#251968 | José-Manuel | 20 Mar 2010 13:31 | In reply to: #251954

Onde comprar a Quinoa em Portugal

Olá,

Airmid pergunta:
"Para os pobres mortais que gostam mas não podem, seria útil que nos desse a indicação dos locais onde podemos comprar o que nos sugeriu"

Fiz uma pesquisa e encontrei estes sítios da Próvida e Celeiro onde pode comprar pelo menos um dos três alimentos que recomendo, a Quinoa dos Incas, também dos astronautas da NASA, que os conquistadores espanhóis interditaram aos Incas o cultivo e consumo sob pena de morte :

"Considerado o alimento mais completo do mundo, comparável somente ao leite materno";
___________________________________________________

Quinoa Real BIO 500g / 4,33 ¤
http://www.provida.pt/artigos/artigo_ficha.asp

Quinori,Quinoa+Arroz+Grão+Sésamo BIO 500g-CX6
Prática mistura de Quinoa Amarela e Vermelha com Arroz Vaporizado, Grão e Sementes de Sésamo, precisa de apenas 15 mínutos de preparação e está pronto a comer. É tanto agradável servido quente como frio. Ingredientes: Quinoa vermelha* (30%), arroz longo completo pré-cozido*, quinoa*, grão*, sésamo*.
http://www.provida.pt/artigos/artigo_ficha.asp

Quico, Quinoa+Lentilhas+Cenoura BIO 500g-CX=6
Prática mistura de Quinoa, Lentilhas descascadas e Cenoura precisa de apenas 12 mínutos de preparação e está pronto a comer. Ingredientes: Quinoa* (70%), lentilhas* vermelhas, cenouras* desidratadas.
http://www.provida.pt/artigos/artigo_ficha.asp

Clin.Vale Arcas -M.Fernanda Mascaranhas
Av.Ilha do Sal R/C Esq.
5340-178 – Macedo de Cavaleiros
Telf.: 278 428 230
Email: clinicavaledearcas@hotmail.com

Naturalis de João Filipe T.Bravo
Av.Irmãos Rui e Garcia Lopes Edifi - Varandas do Sol Loja 5
5400 – Chaves
Telf.: 276 325 741

Prado Florido - Prod. Nat. Unipessoal
Praça do Mercado Loja 21 -1º Andar
5370 – Mirandela
Telf.: 278 264 794
Email: rfeliciano@royalschooloflanguages.pt

Lojas zona Norte e Centro [Celeirodieta]
http://www.celeiro-dieta.pt/index.php?id=188

Flocos quinoa bio
Conselhos de utilização: estes flocos foram pré-cozidos ao vapor, pelo que é possível consumi-los sem que seja necessário cozinhá-los, adicionando-os leite quente ou frio ao pequeno-almoço. Pode ainda adicioná-los a ovos, legumes e especiarias e cozinhar numa frigideira anti-aderente. Podem constituir um ingrediente principal na preparação de biscoitos, massas ou incorporados na elaboração de pão.
http://www.celeiro-dieta.pt/index.php?id=3691&tbl=registos

Quinoa bio
Conselhos de utilização: cerca de 60 a 80g por pessoa. Lavar os grãos. Cozer em 2 vezes o seu volume de água, durante 10 minutos até que o gérmen branco se separe do grão. Tapar e deixar crescer fora do lume. Servir quente como acompanhamento ou frio em saladas. Desde há mais de 5000 anos, que os índios da região do Altiplano boliviano cultivam "o arroz dos Incas". Este grão rico em proteínas e naturalmente sem glúten encontra-se hoje em dia amplamente disponível.
http://www.celeiro-dieta.pt/index.php?id=3707&tbl=registos
___________________________________________________

O tal arroz dos Imperadores da China que os italianos se apoderaram como fizeram a tudo o que copiaram aos chineses como as pizas e outras massas, agora o arroz de Vénus é conhecido por Risotto Nero Venere, eu consumo com carnes sem legumes, só encontrei este site em Portugal:
http://www.baratix.com/portugal/0/gourmet/Fim+de+Boca/detalhes-48908980-risotto_nero_venere_%22tenuta_margherita%22_500_g.html

Para terminar o sal dos persas não penso que encontre em Portugal pois mesmo para o nível de vida suíço é relativamente caro, este produtos que recomendo são vulgares e estão à venda aqui em qualquer supermercado de bairro:
Sel de Perse
http://www.salzladen.ch/product_info.php?cPath=25_34&products_id=61&kendola=0796b7f115f4602b6b464bb921aa5e8e

A Quinoa é como o Tardigrade, foram "importados"…

Cumprimentos,
José Manuel CH-GE

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RE: Onde comprar a Quinoa em Portugal

#264631 | AIRMID | 31 Oct 2010 22:51 | In reply to: #251968

Caro José Manuel

Por puro acaso, soube há pouco, que existe em Lisboa uma casa Inglesa, perto de Entrecampos, que se especializou na comercialização destes cereais "Importados".

É a Miosótis.

Cumprimentos

Airmid

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RE: Onde comprar a Quinoa em Portugal

#268256 | josemariaferreira | 09 Jan 2011 00:13 | In reply to: #264631

Cara AIRMID

Voz do Povo é voz de Deus!!!

E eu achei que nunca seria demais dar voz ao povo da minha terra, ao povo de Panoyas!!!

Desde pequeno que sempre ouvir sussurrar aos velhos da minha terra que D. Afonso Henriques por lá tinha passado depois da Batalha e até tinha discursado ao povo e mudado o nome à localidade.

Nunca dei crédito a tal, por julgar que eles o diziam sem qualquer fundamento, e por outro lado nunca ouvira falar em tal senão a pessoas da terra.

Afinal a Batalha de Ourique deu-se mesmo naqueles campos em redor de Panoyas, onde foi exactamente ninguém saberá ao certo porque não chegou até nós qualquer documento que o comprove, mas existe um documento árabe que comprova a existência de "escaramuças" entre cristãos e mouros no dia 25 de Julho de 1139 a oeste de Beja.

Escaramuças para uns ou batalha para outros, a realidade é que, e fazendo fé nesse documento, os cristãos teriam conseguido penetrar e mesmo atingido o coração do território controlado pelos Álmoravidas!!!
Como o teriam conseguido, também ninguém o sabe descrever efectivamente e tem sido um quebra cabeças para muitos autores de teses sobre a Batalha travada no Campos de Ourique a sul do Tejo, alguns deles até estrategas militares!!!

Mas o que tenho constatado é que todos esses autores são unânimes que o aparelho militar comandado por D. Afonso Henriques teria partido de região próxima ou mesmo de Coimbra e avançou para o sul atravessando o Tejo nos baixios junto a Tancos-Abrantes e penetrando no Alentejo. O que mais me admirou é que um destes autores, um general estratega militar em campanha de guerra, também ele defender tal ponto de vista, o que fazia com que o exercito de D. Afonso Henriques conseguisse ultrapassar as barreiras defensivas de Santarém, sem qualquer confronto!!!

E o mais caricato seria o exército de D. Afonso Henriques, em poucos dias, não só ter conseguido ultrapassar Santarém sem nenhum confronto, como depois ultrapassar os territórios de Alcácer e Évora sem qualquer outro confronto!!!

Mas poderia ser um género de fossado e ter apanhado os inimigos de surpresa, dizem outros. Sendo assim, D. Afonso Henriques teria passado o Tejo com o seu exército e os exércitos inimigos iam a correr atrás dele e só o conseguiram apanhar no Campo de Ourique, então aí D. Afonso Henriques só tinha uma coisa a fazer, era parar a marcha do seu exercito voltar-se para trás e confrontar com os cinco reis mouros, que o perseguiam à sua rectaguarda!!!

Os cinco Reis mouros que perseguiram D. Afonso Henriques, seriam então os de Santarém, Lisboa, Badajoz, Évora e Beja!!!

Tudo isto, não tem pés nem cabeça e qualquer estratega em guerra saberá que as forças em campo se enfrentam de frente, indo as forças inimigas ao encontro uma da outra, e nunca um exercito ir a fugir à frente dos exércitos inimigos, como defendem vários autores na Batalha de Ourique!!!

Mas o que eu também constato nestes teses é que os seus autores limitam o conflito de cristãos e mouros como se fosse um conflito regional e não um conflito mais abrangente e Universal que deveria estar presente na formação do Reino de Portugal!!! Para esses autores, dum lado estavam os mouros e do outro os portugueses, estes estavam a norte e os mouros a sul. Logo os portugueses avançaram sobre os mouros de norte para sul, esquecendo-se porventura estes autores do posicionamento estratégico de outras forças mais abrangentes que em aliança com os cristãos portugueses, também combatiam contra os mouros!!!

E se ao tempo da Batalha de Ourique formos verificar o posicionamento das tropas normandas do rei Rogério da Sicília, tio e aliado de D. Afonso Henrique verificamos que a sua frota não só atacava os mouros no norte de África, como também atacava os mouros no Al Garb Andaluz e que por altura da Batalha de Ourique posicionava a maior parte da sua Armada em Silves, Tavira, Cacela e Sevilha!!!

Ora como eu sempre defendi as tropas dos cristãos portugueses e seus aliados normandos e moçárabes do Al Garb que eram de raça maioritariamente de raça Iemenita, comandadas por D. Afonso Henriques terão sim partido do Al Garb, e através de Silves terão atravessado a serra Algarvia, pela antiga estrada romana e assim atingindo o famoso Campo de Ourique, onde enfrentaram os exércitos dos cinco reis mouros que lhes vieram barrar o caminho em Panoyas!!!

E como a História se repete o mesmo caminho tomou o Duque da Terceira em 1833, para marchar da cidade Porto para cidade Lisboa e em Panoyas e arredores se lhe opuseram as tropas de Molelos!!!

E como a História se repete, em 1833 nas mesas de Panoyas se travou uma grande Batalha!!!

Eu sei que para alguns ando a discutir o sexo dos Anjos, mas voz do Povo é voz de Deus!!!


Saudações fraternas

Zé Maria

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#268328 | josemariaferreira | 09 Jan 2011 22:43 | In reply to: #268256

Caros confrades


Os estrategas que historiaram sobre a Batalha de Ourique nunca lhes passou pela sua cabeça ideia que teve o grande estratega dos liberais o Duque da Terceira, aquando do cerco da cidade do Porto.


Quando os miguelistas atacaram no dia 24 de Março de 1833, foram repelidos pelas tropas comandadas pelo duque da Terceira no combate das Antas. Mas, apesar disso, o cerco não fora levantado e era necessário transportar a guerra para outro ponto, sob pena do impasse levar à desmoralização e à derrota dos liberais. Depois de várias hesitações e contra a vontade do general Solignac, que se demitiu ao ser contrariado, propôs-se uma expedição ao Algarve, sendo escolhido para seu comandante o duque da Terceira.

Com esse objectivo, foi-lhe confiada uma divisão de 1 500 homens, que foi embarcada em navios da esquadra comandada por Charles Napier. A expedição saiu do Porto a 21 de Junho de 1833, e a 24 desembarcava no Algarve, numa pequena praia entre Cacela e Monte Gordo.

Sem perder tempo, as forças comandadas pelo duque da Terceira marcharam sobre Olhão e tomaram logo em seguida São Bartolomeu de Messines, enquanto Charles Napier procedia a novo desembarque e se assenhoreava de Tavira.

Enquanto o duque da Terceira, em terra, se assenhoreava do Algarve, a esquadra de Charles Napier dava combate à esquadra miguelista que saíra de Lisboa, no que ficou conhecido pela batalha do Cabo de São Vicente, derrotando-a e pondo termo efectivo à capacidade naval dos miguelistas.

Planeava então o duque da Terceira, que tinha por chefe de estado-maior José Jorge Loureiro, marchar sobre Beja, onde as forças liberais se tinham levantado contra o miguelismo, numa insurreição que era necessário acalentar. Contudo, a notícia da vitória naval do Cabo de São Vicente fez com que ele fosse a toda a pressa a Lagos conferenciar com o almirante Charles Napier. Resolveram então que as forças do duque da Terceira marchariam de imediato sobre Lisboa ao longo do litoral alentejano, aproveitando a superioridade naval conseguida e o facto das forças miguelistas estarem a convergir sobre Beja, deixando aberto o caminho para a capital.

O duque da Terceira não quis, como primeiro tencionara, ir alentar a insurreição militar de Beja, porque entendeu que o principal fim da sua missão era tomar Lisboa. O general Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar, 1.º barão e 1.º visconde de Molelos, comandante das forças miguelistas que tinham por missão principal cobrir aquela cidade pelo sul, não percebeu esta alteração e decidiu subjugar a insurreição constitucional de Beja, ponto para onde esperava que as forças liberais em operação no Algarve convergissem. Este erro custar-lhe-ia caro, sendo depois, face ao descalabro de Lisboa, acusado de pusilânime e mesmo de traição.

Molelos não soube seguir de perto e espiar com atenção os movimentos do inimigo, ou não o quis fazer, marchando para Beja. Enquanto isso acontecia, a 13 de Julho, o duque da Terceira saía de São Bartolomeu de Messines para São Marcos da Serra, entrando no Alentejo no dia seguinte. A partir daí encetou uma marcha rápida para norte, chegando a 15 de Julho a Gravão, onde descansou no dia 16 para esperar a artilharia. A 17 [passavam por Panoyas] e estavam em Messejana, a 18 nos Bairros, atravessando o Sado no dia 19, indo nesse dia pernoitar a Vale de Ferreira.

Continuando a marcha para norte, no dia 20 de Julho tomava de surpresa Alcácer do Sal, e ia, no dia 21, acampar diante de Setúbal, que tomou no dia 22 de Julho, numa operação conjunta com as forças navais de Charles Napier. Marchou logo em seguida sobre Azeitão e Cacilhas, encontrando nesse mesmo dia, na Cova da Piedade, a cavalaria miguelista e alguma infantaria do exército de reserva comandado pelo general Joaquim Teles Jordão. Aquelas tropas, comprimidas entre o rio e as forças liberais, foram completamente batidas, caindo prisioneiras nesse dia quase toda a cavalaria e infantaria que entrara no combate. No dia seguinte, morto o general Teles Jordão, o resto das tropas que ocupavam Almada renderam-se sem disparar um tiro.

Na Batalha de Ourique passou-se exactamente o mesmo, o grande estratega que era D. Afonso Henrique, vendo que a frente da guerra com os muçulmanos não avançava na conquista de territórios para lá de Leiria, era necessário transportar a guerra para outro ponto, sob pena do impasse levar à desmoralização das tropas cristãs!!! E foi então que com o apoio das tropas e armada de seu tio Rogério da Sicília e Aragão, prepararam o terreno para que fosse possível um ataque penetrando a partir do Al Garb, onde tinham muitos moçárabes principalmente iemenitas que os apoiavam!!! Entretanto como retaliação, a frota de Rogério já teria atacado várias vezes o Norte de África para retardar os Almoadas em virem em apoio aos Almorávidas na Península, concentrando depois a mesma frota no mar em frente das embocaduras do Rio de Sevilha, do Mondego e do Arade!!!
Depois destas operações estava o caminho livre para D. Afonso Henriques embarcar a partir de Coimbra (?) ou de outro porto mesmo do Norte de Portugal, com as suas tropas até ao Algarve para se juntarem às tropas moçárabes de Rogério da Sicília e de Aragão.

Depois a partir de Silves cidade de maioria iemenita controlada por Ibn Qasi o místico aliado de D. Afonso Henriques no Messianismo, penetrariam pela Serra do Algarve e atingiriam o Campo de Ourique, tal e qual como o fizeram os liberais, (diga-se em má hora) no ano de 1833, porque estes, não viram em Panoyas nenhum Messias ou Salvador, simplesmente Mataram-no!!!!


Saudações fraternas


Zé Maria

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#268329 | josemariaferreira | 09 Jan 2011 22:57 | In reply to: #268328

(Ressalvado)

Caros confrades


Os estrategas que historiaram sobre a Batalha de Ourique nunca lhes passou pela cabeça, a ideia que teve o grande estratega dos liberais, o Duque da Terceira, aquando do cerco da cidade do Porto.

....................................................

Quando os miguelistas atacaram no dia 24 de Março de 1833, foram repelidos pelas tropas comandadas pelo duque da Terceira no combate das Antas. Mas, apesar disso, o cerco não fora levantado e era necessário transportar a guerra para outro ponto, sob pena do impasse levar à desmoralização e à derrota dos liberais. Depois de várias hesitações e contra a vontade do general Solignac, que se demitiu ao ser contrariado, propôs-se uma expedição ao Algarve, sendo escolhido para seu comandante o duque da Terceira.

Com esse objectivo, foi-lhe confiada uma divisão de 1 500 homens, que foi embarcada em navios da esquadra comandada por Charles Napier. A expedição saiu do Porto a 21 de Junho de 1833, e a 24 desembarcava no Algarve, numa pequena praia entre Cacela e Monte Gordo.

Sem perder tempo, as forças comandadas pelo duque da Terceira marcharam sobre Olhão e tomaram logo em seguida São Bartolomeu de Messines, enquanto Charles Napier procedia a novo desembarque e se assenhoreava de Tavira.

Enquanto o duque da Terceira, em terra, se assenhoreava do Algarve, a esquadra de Charles Napier dava combate à esquadra miguelista que saíra de Lisboa, no que ficou conhecido pela batalha do Cabo de São Vicente, derrotando-a e pondo termo efectivo à capacidade naval dos miguelistas.

Planeava então o duque da Terceira, que tinha por chefe de estado-maior José Jorge Loureiro, marchar sobre Beja, onde as forças liberais se tinham levantado contra o miguelismo, numa insurreição que era necessário acalentar. Contudo, a notícia da vitória naval do Cabo de São Vicente fez com que ele fosse a toda a pressa a Lagos conferenciar com o almirante Charles Napier. Resolveram então que as forças do duque da Terceira marchariam de imediato sobre Lisboa ao longo do litoral alentejano, aproveitando a superioridade naval conseguida e o facto das forças miguelistas estarem a convergir sobre Beja, deixando aberto o caminho para a capital.

O duque da Terceira não quis, como primeiro tencionara, ir alentar a insurreição militar de Beja, porque entendeu que o principal fim da sua missão era tomar Lisboa. O general Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar, 1.º barão e 1.º visconde de Molelos, comandante das forças miguelistas que tinham por missão principal cobrir aquela cidade pelo sul, não percebeu esta alteração e decidiu subjugar a insurreição constitucional de Beja, ponto para onde esperava que as forças liberais em operação no Algarve convergissem. Este erro custar-lhe-ia caro, sendo depois, face ao descalabro de Lisboa, acusado de pusilânime e mesmo de traição.

Molelos não soube seguir de perto e espiar com atenção os movimentos do inimigo, ou não o quis fazer, marchando para Beja. Enquanto isso acontecia, a 13 de Julho, o duque da Terceira saía de São Bartolomeu de Messines para São Marcos da Serra, entrando no Alentejo no dia seguinte. A partir daí encetou uma marcha rápida para norte, chegando a 15 de Julho a Gravão, onde descansou no dia 16 para esperar a artilharia. A 17 [passavam por Panoyas] e estavam em Messejana, a 18 nos Bairros, atravessando o Sado no dia 19, indo nesse dia pernoitar a Vale de Ferreira.

Continuando a marcha para norte, no dia 20 de Julho tomava de surpresa Alcácer do Sal, e ia, no dia 21, acampar diante de Setúbal, que tomou no dia 22 de Julho, numa operação conjunta com as forças navais de Charles Napier. Marchou logo em seguida sobre Azeitão e Cacilhas, encontrando nesse mesmo dia, na Cova da Piedade, a cavalaria miguelista e alguma infantaria do exército de reserva comandado pelo general Joaquim Teles Jordão. Aquelas tropas, comprimidas entre o rio e as forças liberais, foram completamente batidas, caindo prisioneiras nesse dia quase toda a cavalaria e infantaria que entrara no combate. No dia seguinte, morto o general Teles Jordão, o resto das tropas que ocupavam Almada renderam-se sem disparar um tiro. (Retirado da Wikipédia)

......................................................

Na Batalha de Ourique passou-se exactamente o mesmo, o grande estratega que era D. Afonso Henriques, vendo que a frente da guerra com os muçulmanos não avançava na conquista de territórios para lá de Leiria, era necessário transportar a guerra para outro ponto, sob pena do impasse levar à desmoralização das tropas cristãs!!!

E foi então, que com o apoio das tropas e armada de seu tio Rogério da Sicília e Aragão, prepararam o terreno para que fosse possível um ataque penetrando a partir do Al Garb, onde tinham muitos moçárabes principalmente iemenitas que os apoiavam!!!

Entretanto como retaliação, a frota de Rogério já teria atacado várias vezes o Norte de África para retardar os Almoadas em virem em apoio aos Almorávidas na Península, concentrando depois a mesma frota no mar em frente a Sevilha, Cacela e Sives, embocaduras do Rio de Guadalquivir, do Guadiana e do Arade!!!

Depois destas operações estava o caminho livre para D. Afonso Henriques embarcar a partir de Coimbra (?) ou mesmo de outro porto do Norte de Portugal, com as suas tropas até ao Algarve para se juntarem às tropas moçárabes de Rogério da Sicília e de Aragão.

Depois, a partir de Silves, cidade de maioria iemenita controlada por Ibn Qasi o místico aliado de D. Afonso Henriques no Messianismo, penetrariam pela Serra do Algarve e atingiriam o Campo de Ourique, tal e qual como o fizeram os liberais, (diga-se em má hora) no ano de 1833, porque estes, não viram em Panoyas nenhum Messias ou Salvador, simplesmente Mataram-no!!!!


Saudações fraternas


Zé Maria

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Nossa Senhora da Piedade

#268385 | josemariaferreira | 11 Jan 2011 09:56 | In reply to: #268329

Caros confrades


Os Liberais seguiram a mesma estratégica de D. Afonso Henriques!!!

Partiram do Norte por mar e entraram pelo Algarve para se dirigirem a Lisboa, só não se encontraram em Panoyas, como sucedeu a D. Afonso Henriques com os mouros, porque Molelos comandante das forças patrióticas miguelistas que tinha por missão principal cobrir e defender a cidade de Beja, abandonou Panoyas onde se encontrava com as suas tropas, para acudir a uma revolta liberal em Beja que entretanto eclodira naquela cidade capital do Baixo Alentejo.

Assim, Molelos no dia 7 de Julho de 1833 já se tinha posicionado com as suas tropas patrióticas entre Panoyas e Messejana, para barrar o caminho aos vendidos aos franceses comandados pelo Duque da Terceira que entretanto já haviam desembarcado no Algarve e se dirigiam para norte pela estrada Real, (ou estrada de Lisboa como era conhecida em Panoyas) com a intenção de tomarem Beja e depois Lisboa.

Molelos nesse mesmo dia escreveu uma carta enviada a partir de Messejana, terra donde seguia o correio de todas aquelas terras em redor, a pedir reforços a Lisboa para combater os liberais "franceses" cujos crimes contava ver castigados brevemente!!!

Ora se não se dá a revoltada em Beja, Molelos não teria abandonado Panoyas e continuaria com as suas tropas posicionadas em Panoyas para fazer frente às tropas liberais do Duque da Terceira, vindas do lado do Algarve que entretanto chegavam a Garvão a 15 de Julho, onde o seu comandante fixou o quartel general!!!

Assim teríamos no dia 15 de Julho de 1833 as tropas patrióticas miguelistas estacionadas na margem direita do Rio Sado ou Ribeira de S. Romão com o seu Quartel General em Panoyas/Messejana e as tropas liberais vendidas aos franceses estacionadas na margem esquerda daquele mesmo rio, com o seu Quartel General em Garvão!!!

A dar-se o confronto as tropas inimigas em Campo teriam de avançar uns contra os outros, se eles se encontravam à distância de duas léguas, obviamente que cada exército deveria avançar uma légua e iriam milagrosamente encontrar-se no mesmo local onde D. Afonso Henriques travou a Batalha de Ourique!!! (Campos de Nossa Senhora da Piedade na Quinta Nova)

Assim, e por azar dos todos os patriotas portugueses, Molelos só depois de acalmar a revolta em Beja, lhe foi possível partir desta cidade a 19 de Julho de 1833, quando as tropas liberais vendidas aos franceses já haviam passado em Panoyas e se dirigiram não para Beja como o tinham pensado fazer inicialmente, mas valendo-se do lapso de Molelos, seguiram logo para Lisboa, foi o descalabro total, Molelos ainda foi a partir de Beja a correr atrás deles, mas já era tarde demais, Molelos nunca deveria ter abandonado Panoyas para ali mesmo castigar os crimes dos liberais franceses e vingar D. Afonso Henriques!!!

E assim ainda hoje, em nome da Liberdade, os liberais continuam a praticar crimes todos os dias e não há quem os castigue....


Saudações fraternas


Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#268397 | LLR | 11 Jan 2011 17:39 | In reply to: #163702

Caros confrades interessados no local onde ocorreu a Batalha de Ourique:
Tenho em meu poder um opúsculo de 15 páginas, da autoria de Borges de Figueiredo, extraído da Revista Archeologica, vol III, nº5, publicado em Lisboa, em 1889, pela Tipografia da Academia Real das Ciências, que curiosamente declara que a referida batalha teve lugar no local onde se situa actualmente o bairro de Campo de Ourique.
Por acaso conhecem este autor e a sua tese?
Gostaria de conhecer as Vossas opiniões
Cuprimentos
Luis Leote do Rego

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#268536 | josemariaferreira | 13 Jan 2011 10:52 | In reply to: #268397

Caro Luís Leote do Rego


A Batalha de Ourique só poderia ter sido travada na minha terra, porque ela é terra Sagrada!!!

A minha terra é Sagrada, com Sagrado é o Açor!!!

E D. Sebastião tinha muitos Açores, e visitou o Campo de Ourique procurando saber o local onde se teria travado a famosa Batalha de Ourique, que ele achava condenável tal facto heróico não ter sido ainda assinalável, quando chegou à minha terra, ao passar na Ribeira de São Romão (Rio Sado) lançou um Açor a uma garça-real que por ali levantara voo. O Açor-garceiro foi no encalço dela e num golpe decepou-lhe a cabeça, tendo a cabeça vindo cair na terra de Panoyas, quis assim o Divino juntá-la ás cabeças de S. Fabião e S. Romão!!! Foi a admiração geral entre a comitiva do Rei D. Sebastião porque nunca ninguém entre os presentes tinha visto um Açor cortar a cabeça a uma garça-Real!!!

O Açor Divino quis assim assinalar a terra Sagrada onde D. Afonso Henriques tinha travado a Batalha!!!

Porque o Açor é Sacro!!!

E os homens ignoram!!!

Fica aqui a minha opinião.


Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#268537 | josemariaferreira | 13 Jan 2011 10:57 | In reply to: #268536

Caro Luís Leote do Rego


A Batalha de Ourique só poderia ter sido travada na minha terra, porque ela é terra Sagrada!!!

A minha terra é Sagrada, como Sagrado é o Açor!!!

E D. Sebastião tinha muitos Açores, e quando visitou o Campo de Ourique procurando saber o local onde se teria travado a famosa Batalha de Ourique, facto heróico que ele achava condenável não ter sido ainda assinalável o local, quando chegou à minha terra, ao passar na Ribeira de São Romão (Rio Sado) lançou um Açor a uma garça-real que por ali levantara voo. O Açor-garceiro foi no encalço dela e num golpe decepou-lhe a cabeça, tendo a cabeça vindo cair em território de Panoyas, quis assim o Divino juntá-la ás cabeças de S. Fabião e S. Romão!!! Foi a admiração geral entre a comitiva do Rei D. Sebastião porque nunca ninguém entre os presentes tinha visto um Açor cortar a cabeça a uma garça-Real!!!

O Açor Divino quis assim assinalar a terra Sagrada onde D. Afonso Henriques tinha travado a Batalha!!!

Porque o Açor é Sacro!!!

E os homens ignoram!!!

Fica aqui a minha opinião.


Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#268538 | LLR | 13 Jan 2011 11:12 | In reply to: #268536

Caro José Maria
Obrigado pela sua resposta e opinião.
Constato, admiro e até invejo um pouco o seu fervor e fé.
Gostaria de passear onde tudo se passou na realidade, onde
talvez ressoem ainda os sons da batalha, e talvez seja eu
também abençoado com o dom de acreditar no destino da nossa
terra. Quero mesmo ir a Panóias, nesta primavera que se aproxima,
numa romagem de mente aberta.
Obrigado e cumprimentos

Luís Leote do Rego

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#268540 | josemariaferreira | 13 Jan 2011 11:28 | In reply to: #268538

Caro Luís Leote do Rego


Hoje Panoyas é apenas pó, um pó vermelho da côr do fogo!!!

Ou não fosse a Garça-Real a Fénix que se regenera do fogo!!!

Saudações

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#268580 | josemariaferreira | 14 Jan 2011 09:38 | In reply to: #268538

Caro Luís Leote do Rego

Tudo isto são factos históricos, contados por um ignorante sem Fé. Fé tiveram-na os portugueses do séc. XV, eu hoje já não tenho nenhuma!!!

Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#268680 | josemariaferreira | 16 Jan 2011 00:57 | In reply to: #268580

Caros confrades


D. Afonso Henriques ao acampar em Panoyas, junto da Ribeira de São Romão, quando se deixou vencer pelo sono daquela longa caminhada que o levaram a ele e ao seu exército ao Campo de Ourique, apareceu-lhe, como que em sonho, um ancião Eremita. Fez sobre ele o SINAL-DA-CRUZ, chamou-lhe escolhido por Deus e alentou-o para a Batalha!!!

Seria a Alma do S. Romão que ainda andaria por lá a vaguear nas redondezas da Ribeira que ficou conhecida pelo seu nome???

Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#270317 | josemariaferreira | 09 Feb 2011 23:34 | In reply to: #268680

Caros confrades


D. Afonso Henriques ao acampar em Panoyas, junto da Ribeira de São Romão, quando se deixou vencer pelo sono daquela longa caminhada que o levaram a ele e ao seu exército ao Campo de Ourique, apareceu-lhe, como que em sonho, um ancião Eremita. Fez sobre ele o SINAL-DA-CRUZ, chamou-lhe escolhido por Deus e alentou-o para a Batalha!!!

Seria a Alma do S. Romão que ainda andaria por lá a vaguear nas redondezas da Ribeira que ficou conhecida pelo seu nome???

Ou seria a Alma de Viri Actus que ainda andaria por lá a vaguear nas redondezas da Ribeira de S. Romão para a qual corriam as águas de Ladrões???

Ladrões que tinha como capitão, Viri Actus!!!

Viriato e Dom Afonso Henriques encontraram-se precisamente no mesmo local, entre Panoyas e Ladrões!!!

E da Torre de Panoyas a Ladrões era uma légua bem andada!!!

Viri Actus e Dom Afonso Henriques souberam andá-la bem!!!


Saudações

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#270319 | josemariaferreira | 09 Feb 2011 23:39 | In reply to: #270317

Caros confrades


D. Afonso Henriques ao acampar em Panoyas, junto da Ribeira de São Romão, quando se deixou vencer pelo sono daquela longa caminhada que o levaram a ele e ao seu exército ao Campo de Ourique, apareceu-lhe, como que em sonho, um ancião Eremita. Fez sobre ele o SINAL-DA-CRUZ, chamou-lhe escolhido por Deus e alentou-o para a Batalha!!!

Seria a Alma do S. Romão que ainda andaria por lá a vaguear nas redondezas da Ribeira que ficou conhecida pelo seu nome???

Ou seria a Alma de Viri Actus que ainda andaria por lá a vaguear nas redondezas da Ribeira para a qual corriam as águas de Ladrões???

Ladrões que tinha como capitão, Viri Actus!!!

Viriato e Dom Afonso Henriques encontraram-se precisamente no mesmo local, entre Panoyas e Ladrões!!!

E da Torre de Panoyas a Ladrões era uma légua bem andada!!!

Viri Actus e Dom Afonso Henriques souberam andá-la bem!!!


Saudações

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#271515 | josemariaferreira | 28 Feb 2011 16:29 | In reply to: #270319

Caros confrades


Batalha de Ourique travou-se em Panoyas, para lá, convergiram a Espada de Viriato, a Espada de Artur, a Espada de Rogério e a Espada do Lidador!!!

D. Afonso Henriques fundiu-as numa só e temperou-a não no sangue, mas na libertação dos escravos!!!

Por mais generais que venham explicar a estratégia da Batalha de Ourique, nunca encontrarão quantas léguas terrestres andaram por dia as tropas cristãs, e quantos dias levaram a passar o Tejo nos baixios e muito menos como foi capaz o exército de D. Afonso Henriques conseguir atravessar o território inimigo até ao Campo Ourique local onde só então encontraram oposição, e logo por acaso no lugar mais despovoado, porque já no tempo de S. Romão era esse local chamado de deserto de Panoyas!!!

O exército de D. Afonso Henriques partiu sim de Coimbra não por terra, mas pelo Mondego e por mar atingiram o Algarve, onde os navios de Rogério que dominavam o Mediterrâneo e Norte de África se lhes juntaram, assim como também dois reis árabes!!! ( não foi por acaso que os espiões de Rogério da Sicília, já há muito espiavam as costas do Algarve, entre eles estave também Idrissi)

E através do Algarve, Rogério da Sicília e D. Afonso Henriques aliados, penetraram pela serra Algarvia e atingiram o Campo de Ourique, para onde convergiram também as tropas almorávidas dos reis Mouros de Santarém, Badajoz, Alcácer, Évora Beja, e em Panoyas se encontraram as tropas beligerantes, local onde se travou a célebre Batalha que ficou conhecida por Batalha de Ourique!!!

Depois da Batalha, as tropas portuguesas só poderiam ter voltado a Coimbra por onde tinham partido, isto é pelo Rio Mondego, e os heróis de Panoyas (paiones) desembarcados nas suas margens não deixaram de evocar a Vitória em terras Transtaganas dando a esses lugares das margem do Mondego, nomes com ela relacionada e assim ainda hoje lá se encontra Paião, Vala de Ourique e S. Varão que foi um Santo lusitano do Campo de Ourique, seguidor de S. Romão, que advogavam a vinda do Salvador!!!

Alguns historiadores até defendem a eventualidade da Batalha de Ourique se poder ter travado nestes territórios entre Montemor-o-Velho e Coimbra!!!

Eles ignoram é o Milagre que levou D. Afonso Henriques a fundar as localidades de São Varão, Paião (Paione, Mosteiro de Santa Maria de Seiça) assim como a existência da Vala de Ourique!!!


Saudações fraternas


Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#273775 | josemariaferreira | 01 Apr 2011 13:19 | In reply to: #271515

Caros confrades


Porque o Campo de Ourique era a Origem, D. Afonso Henriques denominado de "Imperante portucalis adelfonsus filius henrici comes" Portou (levou) o Calix /Calis, desde a Calizia até Panoyas!!!

Porque em Panoyas, terra do pão, se venerava não só o Pan como o Cálice, o Cálix Sagrado dos Celtas!!!

E em Panoyas, Afonso Henriques, o Rei que tinha Cabeça e um Dom, exaltou o Cálix do seu sangue!!!

E o seu sangue Imperou, e um Imperador o trans(portou) ao Novo Mundo!!!


Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#273965 | josemariaferreira | 03 Apr 2011 23:08 | In reply to: #118162

Caro Luís K W


"No acordo de rendição de Lisboa - negociado e assinado, e criminosamente incumprido pelos cruzados - as primeiras tropas a entrar na cidade seriam os anglo-normandos e os da Flandres. Portugueses, nenhum! (o que é *muito* embaraçoso para o heróico episódio de Martim Moniz)."


Evidentemente que os normandos tinham duas alianças muito consistentes, uma no Mar do Norte e outra no Mar Mediterrâneo. No Mar do Norte seria formada sobretudo com os Bretões e os Flamengos, no Mar do Mediterrâneo com Sicília, Sabóia e Aragão.


Os normandos teriam convencido S. Bernardo a fundar Portugal, um Reino que seria fundado no Espírito de Cristo. Os normandos comandados por Rogério, tio de D. Afonso Henriques, terão estado por isso não só na Conquista de Lisboa, como até na Batalha de Ourique!!!

S. Bernardo do Claraval terá por isso não só estado na tomada de Lisboa como na construção do Mosteiro de Alcobaça. E quem passa por Alcobaça, não passa sem lá voltar!!!

Evidentemente que naqueles tempos não havia ainda portugueses natos, eles foram sobretudo os normandos e seus aliados que souberam honrar a Espada do Rei Artur, que Rogério, tio de D. Afonso Henriques, tão bem soube temperar não no sangue dos escravos mas no magma do vulcão Etna da Ilha da Sicília!!!

E foi assim que D. Afonso Henriques a Sabóia irá casar, o seu filho Sancho em Aragão e a sua filha Teresa na Flandres, porque a sua tia Elvira foi Rainha da Sicília!!!

Teresa da Flandres, a filha de D. Afonso Henriques, que apoiou Chretien de Troyes a escrever as lendas do Rei Artur, o Perceval ou Conto do Graal!!!

D.Teresa da Flandres, a filha do "Imperante portucalis adelfonsus filius henrici comes" que em Panoyas de Ourique profetizou que da sua linhagem sairia um Imperador, que levaria o Sangue de Cristo a todo o Mundo!!!

O Santo Gral, o Cáliz Sagrado dos Celtas!!!


Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#273976 | Luis K. W. | 04 Apr 2011 08:47 | In reply to: #273965

Caro Zé Maria,

Gabo-lhe a persistência, ao manter tópicos respondendo a mensagens com 5 anos !

Mas, contra um Portugal eterno o que é isso de «5 anos»? Uma ninharia, não é verdade ?

Cumprimentos.

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#274022 | josemariaferreira | 04 Apr 2011 17:38 | In reply to: #273976

Caro Luís K. W.



"Gabo-lhe a persistência, ao manter tópicos respondendo a mensagens com 5 anos !
Mas, contra um Portugal eterno o que é isso de «5 anos»?"

Contra, Não! Por um Portugal Eterno

O Eterno, o seu fim é a Verdade. Mas a história conta-nos o que aconteceu numa época e que desapareceu noutra, substituído por outra coisa. Se a Verdade é eterna, ela não penetra na esfera do que passa e não tem história!!!

E eu através da busca constante ao encontro da Verdade, serei sempre um eterno aprendiz,5 anos não são nada, porque Dom Afonso Henriques para fundar um Portugal Eterno persistiu e não desanimou durante toda a sua vida!!!

E a historia quis fazer passar um Homem sem que ele ficasse na História!!!

O Imperador Divino saído da Linhagem de Dom Afonso Henriques!!!

Cristóvão Colombo, o Homem-Pássaro!!!

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#309412 | PAIVAMANSO | 01 Jul 2012 17:47 | In reply to: #273775

Porque sobre a Batalha de Ourique, as dúvidas são muitas, e as diversas opiniões também, creio que não fica mal sugerir a leitura do livro; LADEIA e LADERA, Subsídios para o Estudo do Feito de Ourique, Coimbra 1939 do autor Salvador Manuel Dias dos Santos Arnaut, que foi Médico, Historiador e Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Chamo a atenção para o «Centro de Estudos de História Local e Regional Professor Salvador Dias Arnaut», sito em Penela, perto do Castelo, e junto ao Edifício da Câmara Municipal, (que pertenceu à Casa de Aveiro), onde podemos consultar cerca de 30 Obras deste autor e muitas outras igualmente importantes. Cumprimentos. Jorge Santos

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#312709 | josemariaferreira | 28 Aug 2012 22:50 | In reply to: #309412

Caros confrades


http://www.flickr.com/photos/samuel_santos/4789944632/

A tradição árabe dos Omíadas, ascendentes de D. Afonso Henriques, mantém que a cabeça de João foi enterrada na Mesquita dos Omíadas, em Damasco. E onde foi enterrado D. Diogo, Duque de Viseu e Beja, irmão da Rainha D. Leonor e do Rei D. Manuel, apunhalado pelo Rei D. João II, na noite de 28 para 29 de Agosto de 1484???

Saudações finais

Zé Maria

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RE: Batalha de Ourique travou-se em Panoyas? Talvez nem tanto assim!

#314096 | Pedro França | 23 Sep 2012 02:23 | In reply to: #117678

Caríssimos:

Após a leitura de várias escrituras notariais no AUC, escrituras essas que pôem em relevo topónimos, confrontações de terras e prédios rústicos, sou levado a reinterpretar a quase mítica batalha de Ourique fazendo-a subir em latitude para o termo da antiga vila e atual freguesia de Santo Varão, concelho de Montemor-o-Velho.
Em 1139 estamos ainda a alguns anos da tomada de Santarém e Lisboa (1147). Leiria foi conquistada em 1145. Pombal era ainda terra de ermamento, de matos e brenhas fechadas e inóspitas entre Coimbra e Leiria; situava-se na fronteira das batalhas contra os sarracenos. Só na década de 40 do séc. XII é que a fortificação que hoje vemos foi erigida, como que para garantir a defesa e a posse definitiva das terras da margem sul do Mondego para o reino de Portugal. Ora, antes de 1147, a linha de defesa do Tejo não estava garantida. Para a época, dada a escassez de meios e de gentes não é fácil crer que D. Afonso Henriques se aventurasse tanto para sul a perder-se por terras alentejanas sem ter asseguradas as terras a norte e para mais a cidade de Coimbra. Sabemos bem, que estando D. Afonso em 1137 em lide na batalha de Cerneja com intenção de conquistar Tui, o avanço muçulmano por terras da Ladeia (entre Condeixa e Ansião) ameaçando Coimbra obrigou à assinatura às pressas da Paz de Tui com o primo Afonso VII de Leão e Castela.
Em face disto, como poderia D. Afonso percorrer descansado em fossado desde Coimbra, pelo menos cerca de 500 Km até Ourique ou proximidades dessa vila (não havia autoestradas na altura, os caminhos eram maus e as estradas romanas muito mal preservadas), sem que a moirama lhe atalhasse a retaguarda? Com os castelos de Tomar, Abrantes, Belver, Amieira do Tejo, Almourol, Santarém, Óbidos, Torres Vedras, Sintra, Lisboa, Almada, Palmela, Setúbal e Sesimbra por tomar? E como foi feita a travessia do Tejo? Com que tipo de tropas? Como era o rio na altura? Decerto, bem mais caudaloso do que agora e pontes? Coisa rara! Barcas de passagem?...
Eu apresento que, face aos referidos notariais, é bem possível que essa batalha tão baixada a tese e tratado tenha sido livrada nas proximidades de Santo Varão nos campos do Mondego - margem esquerda/sul - (zona de importância agrícola e de criação de gados) e isto porque existem lá, ainda hoje topónimos como Campo de Ourique, Vala de Ourique. Estes lugares aparecem mitigados, secundarizados em escritos científicos nesta área porque se deu demasiada importância a um lugar exponencial no Alentejo, entre outros, igualmente para lá do Tejo.
Não esquecer que em 1144 os Mouros fizeram uma razia sobre Soure o que obrigou os frades templários a fugir dali e a reunir-se com D. Afonso Henriques nos preparativos da conquista de Santarém para onde tinham sido levados alguns irmãos seus feitos cativos naquela acometida. Portanto, tudo muito incerto, Mouros a dominar ainda e muito cá para norte do Tejo.
Creio que à imagem de uma primeira Ourique outras terão surgido significando terras de confronto de proporção semelhante. É assunto para revisão em especial para os historiadores de História Militar. É um desafio que deixo aqui.

Abraço e poucas escaramuças.
Pedro França

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#314112 | chartri | 23 Sep 2012 12:46 | In reply to: #314096

Caro Pedro França
Interessante.
No entanto ha um outro Ourique perto de Leiria que pode ser igualmente capaz de responder às duvidas que aqui deixou. Julgo que foi o Doutor Freitas do Amaral que já escreveu sobre este assunto
Cumprimentos amigos
Ricardo Charters d'Azevedo

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#314116 | HRC1947 | 23 Sep 2012 13:11 | In reply to: #314112

Caro Pedro;
... Segue um contributo para o tema.
http://leiria.tripod.com/ansiao.htm
os m/ cumprimentos
HRC
-

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#314128 | chartri | 23 Sep 2012 16:06 | In reply to: #314096

Caro Pedro França

Leiria conquistada em 1145? O castelo de Pombal construído na década de 1140?
Bem...

Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo

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#314132 | Pedro França | 23 Sep 2012 16:58 | In reply to: #314128

Olá, Ricardo:

1145 é a data oficial que corre em meio escolar. Há quem coloque a data da conquista DEFINITIVA um pouco antes mas à mesma na década de quarenta do séc. XII: 1141 é uma delas, não invalidando o facto de ela ter sido conquistada antes ainda, pelo nosso 1º rei, e depois perdida novamente para os Mouros.

Abraço,
Pedro França

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#314147 | chartri | 23 Sep 2012 19:57 | In reply to: #314132

Caro Pedro

O Prof Saul António Gomes nãoi parece concordar com essa data...
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo

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#314164 | HRC1947 | 23 Sep 2012 23:37 | In reply to: #314116

""
... No ano de 1135, Outubro, data da doação da herdade de Genea- inicia-se a politica expansionista de D.
A. Henriques, efectuada mediante duas frentes de combate:-uma lado de Montemor -Soure, até Leiria, outra
no território de Coimbra, pela considerável infiltração no termo de Ladeia efectuada pelas tropas do governo
central e sob o comando do seu alferes-mor, como referem os documentos que a designam "presúria " de Fernando Peres, o Cativo que desempenhou aquele cargo de 1129 a 1137.
Os limites Meridionais do termo da cidade de Coimbra, coincidentes com os do Condado Portucalense, ainda
ininterruptamente vacilavam ao sopro da fortuna, que ora bafejava as armas cristãs.ora enfunava as pregas dos
estandartes muçulmanos. Aqui situava-se o ponto nevrálgico das disputas, o que circunstanciava a Ladeia em
campo continuamente aberto de luta.
Foi a tónica dominante aquele tempo proceloso do crepúsculo matinal da nacionalidade Portuguesa; desde então, essa luz nascente tornou-se sol deslumbrante diante de uma Europa ainda inquieta e por consolidar
em estados soberanos e definitivamente constituídos.
Incisivamente aquele documento de Julho de 1139 trata da doação e venda feita a Mónio Guimariz de um
casal em Travansela,- Sátão, que o soberano recebera de Gontumiro, quando ia para o " Fossado " de
Ladeia, o que por um lado, necessariamente implica estar ela em pleno poder dos Muçulmanos, e, por outro,
denotar a importância do evento ali comandado pelo próprio D. Afonso Henriques.
Este pergaminho- trazido à luz por Viterbo, que o colocou em harmonia com a batalha de Ourique, a 25
daquele mês- acalentou o entusiasmo gerado em torno daquele mesmo- acontecimento que, na melhor das
probabilidades, teria tido lugar, como opinou Pedro Ferreira, em Chão de Ourique, Penela, e não no Alentejo
ou em qualquer um dos outros locais indicados. ""
"LADEIA ":
No século XII e XIII , a denominação "Ladeia", referia-se à região:
Pêga, Fonte Coberta, Serra da Barca, Serra do Rabaçal, Vale Todos,
Aljazede, Chão de Ourique, Chainça e Alfafar.
HRC

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#314174 | Pedro França | 24 Sep 2012 09:08 | In reply to: #314147

Caro Ricardo:

O Prof. Dr. Saul Gomes foi meu professor de Paleografia na FLUC há uns 25 anos. Conheço-o bem. Fiz essa cadeira extracurso por força do trabalho profissional que já vinha desenvolvendo no AUC. Foi uma habilitação mais, além da licenciatura. Também foi meu formador numa ação de formação sobre a Ordem de Cister em Portugal para a progressão na carreira docente antes de esta ter ficado congelada por força de disposição socrática, vai já para uns 8 anos.
Vamos ver então - seria bom que assim fosse - qual é a posição deste mestre a este respeito se lhe for dada a possibilidade de intervir ou sugerir por via de outrem.

Abraço,
Pedro França

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#314194 | Sérgio Sodré | 24 Sep 2012 19:39 | In reply to: #314164

Só que ainda ninguém provou a existência da denominação "Ourique", em 1139, fora da atual zona localizada no Baixo Alentejo. Só aí era Ourique nessa época..., segundo li...,mas gostaria de saber se há documentação do séc XII que cite outro Ourique noutra zona.

cumprimentos,
Sérgio Sodré

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#314210 | HRC1947 | 24 Sep 2012 22:24 | In reply to: #314194

Caro Sodré;

... " ver como São Tomé ".
Relativamente aos Sarracenos, é minha convicção que as lutas se travaram entre a Zona Centro e o Alentejo.
Nas Zonas intermédias houve bastante luta, .... para finalmente desaguar no grande " Oceano " dos campos
do "Além-Tejo. "
Os locais da zona da " Ladeia ", a meu ver estiveram na luta, só que foi uma luta intermédia, daí que ainda
hoje existam topónimos como: Ariques, Ourique, Chão de Ourique etc...
Estamos todos na busca, pelo que ninguém se pode arvorar de saber toda a verdade!

Os meus cumprimentos
HRC

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#321483 | HRC1947 | 20 Jan 2013 18:21 | In reply to: #314210

-
1139- Batalha de Ourique:
http://www.youtube.com/watch?v=u04KH2MEbLM
-
HRC

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#326499 | josemariaferreira | 31 Mar 2013 23:56 | In reply to: #321483

Caros confrades


A Batalha de Ourique deu-se de facto em Panoias, foi nos campos em redor de Panoyas que apareceu Cristo a D. Afonso Henriques, quando no ano de 1139 fazia uma razia em terras transtaganas sob o domínio dos sarracenos. Estão de facto documentados combates entre cristãos e mouros no dia 25 de Julho desse mesmo ano a oeste de Beja!!!

E foi nos Campos de Panoyas onde se situava então a tão famosa Torre de Ourique (Torre da Pomba, em grego antigo) que apareceu Cristo a D. Afonso Henriques:
“Eu estava com meu exército nas terras de Alentejo, no Campo de Ourique, para dar batalha a Ismael, e outros quatro Reis Mouros, que tinham consigo infinitos milhares de homens, e minha gente temerosa de sua multidão, estava atribulada, e triste sobremaneira, em tanto que publicamente diziam alguns ser temeridade acometer tal jornada. E eu enfadado do que ouvia, (…) Confia Afonso, porque não só vencerás esta batalha, mas todas as outras em que pelejares contra os inimigos de minha Cruz. Acharás tua gente alegre, e esforçada para a peleja, e te pedirá que entres na batalha com título de Rei. Não ponhas dúvida, mas tudo quanto te pedirem lhe concede facilmente. Eu sou o fundador, e destruidor dos Reinos, e Impérios, e quero em ti, e teus descendentes fundar para mim um Império, por cujo meio seja meu nome publicado entre as Nações mais estranhas. E para que teus descendentes conheçam quem lhe dá o Reino, comporás o Escudo de tuas Armas do preço com que eu remi o género humano, e daquele porque fui comprado dos judeus, e ser-me-á Reino santificado, puro na fé, e amado por minha piedade. Eu tanto que ouvi estas coisas, prostrado em terra o adorei dizendo: Porque méritos, Senhor, me mostrais tão grande misericórdia? Ponde pois vossos benignos olhos nos sucessores que me prometeis, e guardai salva a gente Portuguesa.

Durante a conquista definitiva do Algarve, empreendida pelo Rei D. Afonso III, passados que eram já mais de 100 anos depois da Batalha de Ourique ainda existia a referida Torre de Ourique:

(…) Estes partirão de Aljustrel, & passarão pela torre de Ourique, & andarão de noute, por os Mouros os não sentirem. O primeiro lugar a que chegarão foi aa torre de Estombar, que por star desapercebida, & sem algum receo de Christãos, sem muita difficuldade & perigo a tornarão, donde logo mandarão recado ao Mestre. O qual com muita alegria & presteza, com os seus que pos em ordem, partio com suas guias que leuaua , & chegou aa torre , que era tomada. Da hi sem muita dilação tomou o lugar de Aluor, que he entre Sylues & Lagos.(…)
in Primeira parte das chronicas dos reis de Portvgal: Duarte Nunez do Lião - Página 282

Para irem de Aljustrel para Estombar e Alvor situada entre Silves e Lagos, no Barlavento Algarvio, as tropas teriam forçosamente de seguir pela Estrada que partia desta vila e seguia por Messejana, Panoyas, Garvão e S. Martinho atravessando depois a Serra.

A situação desta Torre no vale do Sado (Calipus) tem levantado desde Estrabão certas dúvida quanto à sua verdadeira localização. Presentemente destruídas uns dão-na situada nos territórios dos antigos termos do Castelo de Aljustrel, outros colocam-na mais jusante do rio Sado, para os lados de Alcácer. João de Almeida em Roteiro dos monumentos militares portugueses, situa-a a sudoeste da vila de Panoias a 1,5 km. a nascente da margem direita do rio Sado, portanto no caminho que vai de Aljustrel para o Algarve. Esta Torre, a que o autor dos monumentos militares portugueses, chama de Torre de Panoyas, não é mais que a referida Torre de Ourique nas primeiras Crónicas dos Reis de Portugal, a qual dava o nome ao Campo de Ourique.

Ora foi nos campos em redor da Torre de Ourique (ourique em grego antigo significa pomba) que D. Afonso Henriques teria travado a célebre batalha que lhe apareceu e lhe falou Cristo, através do Espírito Santo!!!
E lhe disse:
“Eu sou o fundador, e destruidor dos Reinos, e Impérios, e quero em ti, e teus descendentes fundar para mim um Império, por cujo meio seja meu nome publicado entre as Nações mais estranhas.”

Fundar um Império a partir de Panoyas-Ourique só poderia ser um Império do Espírito Santo, porque era terra onde se venerava a Pomba como símbolo da Paz da Liberdade e do Amor!!!

É disso sintomático os capítulos apresentados pelos procuradores da vila de Panoias e Garvão nas cortes da Guarda no ano de 1465 “
(…) Item Senhor fazera a nossa mercêe que se o comendador ee de pouco tenpo aca e seos remdeyros constragem quaees quer pissoas que passam peras villas e termos seos e fazem lhe pagar portagees, posto que no vaão senon de hida nem comprando nem vendendo o que nunca foy costume salvo se que compravom e vendiam estees pagavam e os que passavam nehuua cousa. E ainda o pior que he elles poem de sua maão juízes e almoxarifes que esto ajam de julgar o que numca foy que sempre os juízes da terra aviam de taaes feitos como estes conhecimento. Por que vos pedimos Senhor por mercee que lhes defemdaaces que nom virem de tall costume pões que nunca foy. Em esto Senhor nos farce mercee (...).

O rei D. Afonso V deu pretensão às razões dos procuradores da vila que representavam também a de Garvão. “… Mamdamos que se guarde em esto o costume amtigo se lhee ora taaes portagees demandam novamente nom lhe seia comsentido…”. Com esta decisão real, pela qual os representantes da vila de Panoias se bateram nas Cortes da Guarda, continuou a vigorar o costume antigo de liberdade de passagem de mercadorias pela vila e seu termo sem que tivessem de pagar qualquer portagem, argumentavam os procuradores da vila às respectivas cortes que as portagens constrangiam as pessoas pedindo ao rei para que:

“…se guarde o costume amtiguo açerqua do pagar sues portagees as quaees constragem as pissoas que per hy passam…” assim o direito de passagem pela vila e termo passaria mais tarde a ser um dos privilégios consignados no foral novo ou manuelino: “…E de quaes quer mercadorias que a dita vila e termo vierem assy per aguoa como per tera que forem de passagem pera fora do termo da dita villa pera quaes quer partes nam se pagara direito ninhum de portagem nem seram obrigados de o fazerem saber posto que hy descarreguem e pousem a quall quer tempo e ora e lugar E se hy mais ouverem destar que todo outro dia por alguma causa emtam o faram saber…”

A vila de Panoias não era apenas um concelho para a liberdade de circulação do trigo (pão) cereais e mercadorias, também aqui os gados tinham a sua liberdade, foram nestes campos que o Rei D. João I mandou lançar os seus gados, quando estes já não tinham liberdade para puderem pastar na região de Lisboa e seus arredores de Algés.

Os lavradores da vila de Panoias sempre souberam tratar bem dos gados d’El-Rei em liberdade e graça de Deus. E foi assim que ainda no ano de 1465, nas Cortes da Guarda, os procuradores da vila, pediam ao rei D. Afonso V para desencarregar a alma do seu avô, Dom João I:
“…Item Senhor saberá vossa Alteza que El-rey Dom Joham vosso avoo cuja alma se deos aja lançou de seos gaados em estes logares subroditos para os lavradores e aquelles que os tinham em esto e mamdaram certo trigo e sevada pera Cepta de qualle gaados nem pam nunca nos foy pagado o quall El-rey Dom Eduarte cuja alma deos aja ho mandou sempre em estes logares subro ditos pera os mandar pagar do que nunca dello ouvemos nehuua cousa per que vos pedimos Senhor por mercee que desemcarregue a alma de vosso padre e em esto nos fares merceê…”

O Rei D. Afonso V reconheceu em Cortes a graça vinda dos lavradores de Panoias, a vila que ostenta como brasão de armas, o Cristo franciscano, que aponta para o Céu a Oriente e a Ocidente, para que se dignifique em todo o Mundo, o trabalho do Homem perante a divindade de Deus:
“…Fazee certo do que o dito Senhor meu avoo que deos aja deve e nos o mamdaremos pagar…”

E o Rei D. Afonso V decidiu pagar-lhes com ceitis, que era dinheiro Divino e não só pagou até ao último ceitil, como ofereceu à vila uma Cruz de prata como símbolo da sua Cruzada Celestial e confirmou à terra a Liberdade do pão e dos gados ao seu mui amado sobrinho D. Diogo, que mais tarde ficou refém de Castela Leon.

Para D. Diogo levar (carregar) a Pombinha de Panoyas a todo o Mundo!!!

E assim a Torre de Ourique-Πύργος τῆς Ουρική atingiu o Céu e superou a Torre de Babe-Πύργος τῆς Βαβέλ!!!


Saudações pascais


Zé Maria

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#386429 | antonio dossem | 10 Nov 2017 19:09 | In reply to: #117678

Caro Zé Maria

Após ter lido este texto acerca da batalha de Ourique em Panoias (com ipsilon, o que confere uma certa vetustez ao assunto), só me ocorre solicitar que demonstre as afirmações efectuadas, com o necessário e devido apoio documental, o tal que confere credibilidade à História, para que se deslinde essa questão dos alemães e culto do Espírito Santo e o D. Afonso Henriques ser, afinal, filho de um húngaro. É que, das duas, uma; ou há por aí uma baralhada enorme, ou os historiadores andaram (e andam) todos a "meter água", o que, convenhamos. não parece muito provável.

Cumprimentos.

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#386489 | josemariaferreira | 12 Nov 2017 21:52 | In reply to: #386429

Caro confrade António

Primeiro convém realçar que a Batalha de Ourique é um mito ou uma lenda, sustentada apenas por um documento, uma inquirição onde um inquirido diz que quando foi a Batalha de Ourique tinha vinte anos. E sempre foi tradição entre os campaniços da antiga Comarca do Campo de Ourique, que tinha sido travada nos seus campos e assim passou de pais para filhos e netos pelos tempos fora! Ora sucede que na antiga vila de Panoias do Campo de Ourique era tradição entre o povo que a Batalha se tinha travado nos seus campos em redor e que depois da Batalha D. Afonso Henriques com o seus homens assentou campo junto da localidade e que discursou à população e mudou o nome da terra para Panoias (Panonias em latim, como ainda consta em certos mapas antigos). Sendo assim estaria a dar ou a repor o nome da terra donde era natural o seu pai!!! Camões e os portugueses anteriores a ele também o faziam Húngaro:
"Olha estoutra bandeira, e vê pintado
O grã progenitor dos Reis primeiros.
Nós Úngaro o fazemos, porém nado
Crêem ser em Lotaríngia os estrangeiros.
Depois de ter com os Mouros superado,
Galegos e Leoneses cavaleiros,
A casa Santa passa o santo Henrique,
Por que o tronco dos Reis se santifique."

Ora sucede que no tempo de D. Sebastião este rei queria que se achasse o lugar e se fizesse monumento comemorativo a tal facto, o lugar certo da Batalha ainda era ignorado, o Rei andou pela Comarca do Campo de Ourique foi a Castro Verde mas também foi a Panoias. D. Sebastião acaba por desaparecer com Alcácer Quibir e do monumento não ficou nada! Vieram os castelhanos e claro não interessava nada aos Filipes estar a enaltecer uma facto tão importante para os portugueses, tal como também já no tempo de D. Manuel não convinha nada aos castelhanos, que este rei acabasse o Mosteiro da Batalha, fazia lá agora algum sentido um rei casado com castelhanas estar a fazer um monumento contra os castelhanos!!!??? O tempo foi passando e só no reinado de D. João V se pensou fazer um monumento comemorativo da Batalha, mas não se sabia o sítio exacto da Batalha, então fez-se uma Inquirição, mas a inquirição era tendenciosa, em vez de abranger todo a Comarca do Campo de Ourique limitou-se ao concelho de Castro Verde, ainda por cima o inquiridor responsável era o padre beneficiário de Castro Verde, claro que puxou a brasa à sua sardinha!!! A Inquirição é digna de ser vista dos inquiridos ninguém sabia nada de concreto, apenas afirmavam que já tinham ouvido falar aos seus pais e seus avós e que os seus avós já tinha ouvido aos seus pais que a Batalha se tinha travado naqueles territórios da Comarca do Campo de Ourique, ninguém afirmou que foi em Castro Verde, mas a Basílica acabou por se construir lá, para isso também teve muita influencia o Provedor/Ouvidor da Comarca morar em Castro Verde. E uma coisa é certa ao território das outras catorze vilas da Comarca do Campo de Ourique não chegou qualquer inquirição sobre o local ou tradição da Batalha!!! E por essa altura a vila de Panoias tinha e ainda se vivia essa tradição que vinha do tempo da Batalha, quando D. Afonso Henrique aí acampou e construiu um poço que ficou conhecido pelo "Poço das Armas" pois teria sido neste acampamento junto da vila de Panoias que D. Afonso Henrique teria mandado os seus soldados desenharem as armas nos seus escudos. A tal ponto que ainda no século XVII aquele poço tinha um significado muito simbólico para a população da vila de Panoias, principalmente para os militares, pois antes de se enterrarem fazia-se um cortejo fúnebre deste o Poço das Armas até à Igreja onde era sepultado: "acompanhamento que fez a Misericórdia com a tumba do capitão José da Silva Gamito do Posso das Armas athé aa sepultura na Igreja Matriz desta vila".
O POÇO DAS ARMAS https://geneall.net/pt/forum/128313/poco-das-armas/#a271186 chegou aos nossos tempos e por volta de 1935, na época de Salazar, foi mandato derrubar e foi entulhado, o brasão de armas que estava na parede do poço, foi retirado e levado para Ourique.
Mas mesmo que os homens queiram ignorar há-de haver sempre qualquer coisa de verdade que ligará Panoias a Ourique!!!

Cumprimentos

Zé Maria

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#387806 | josemariaferreira | 26 Dec 2017 18:51 | In reply to: #160988

MOINHO DA ALELUIA
...
Aleluia! A Salvação vem de Deus
Exultemos e vamos dar-lhe Glória!
Em Panoias o seu Filho apareceu nos Céus!
E D. Afonso Henriques gritou Vitória!
Aleluia! Aleluia foi apelido para ateus
Rendidos às coisas divinas e belas
Foram moleiros e ergueram moinhos de velas
Os Aleluias, na terra, conhecidos por bagatelas

...

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#387809 | chartri | 26 Dec 2017 19:22 | In reply to: #386489

Foi nos seus campos que no ano de 1139 se travou a célebre Batalha de Ourique. Conquistada aos Mouros por Paio Peres Correia no ano de 1234, quando o seu território pertencia ao domínio do Castelo de Aljustrel. Foi doada à Ordem de Santiago pelo Rei D. Sancho II e confirmada pelo Rei D. Afonso III, elevada a Vila pela Ordem de Santiago e reconhecida pelo rei a sua representação nas Cortes desde o séc. XIII com assento no banco 14. A Vila de Panoias aparece como uma das vilas mais importantes do então chamado Campo d’Ourique se tivermos em consideração que as posições que tomavam os seus representantes nos respectivos bancos, obedeciam à importância das suas terras encontrava-se 1.º Beja no banco 3; 2.º Moura no banco 5; 3.º Alcácer do Sal no banco 7; 4.º Panoias e Garvão no banco 14 e Ourique vem a seguir no banco 15.No reinado de D. Dinis, este monarca, implementou e desenvolveu a agricultura nos territórios da Vila, tornando-a num grande centro de produção agrícola. Nos anos de 1288 e 1314 foram doadas terras pela Ordem de Santiago a D. Betaça de Láscaris, neta de Teodoro II Láscaris, Imperador de Niceia e aia da Rainha D. Isabel de Aragão, tendo pela última doação sido feita Comendadeira e Senhora de Panoias.

Teve carta de foral novo, dada por D. Manuel I em Lisboa no dia 1 de Julho de 1512. No séc. XVI, D. Sebastião proviu a Vila de capitania mor de Ordenanças, foi sede da 1ª companhia do Regimento de Auxiliares e Milícias da antiga Comarca de Campo de Ourique. Foi também nesta vila e campos em redor que se travou no dia 14 de Agosto de 1833, a Batalha de Panoias, entre Liberais e Miguelistas, vencida pelos Liberais, que na sequência desta batalha sofreram, no dia 2 de Novembro de 1833, duro revés na Batalha de Alcácer do Sal, tendo sido vários Liberais fuzilados no que ficou conhecido como o massacre de Algalé em represália do massacre perpetrado em Panoias. Na sequência da derrota miguelista a vila perdeu o seu concelho no ano de 1836, quando era seu administrador interino o capitão Joaquim Romão Louro Palmer, liberal da vila que tinha assegurado o governo do município até à sua extinção. Foi depois integrada no concelho de Messejana até à extinção deste no ano de 1855, tendo depois passado a pertencer ao município de Ourique onde actualmente pertence.[da Wikipedia]

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Batalha de Ourique travou-se em Panoyas!

#414431 | josemariaferreira | 04 May 2019 23:49 | In reply to: #387809

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A Batalha de Ourique foi mesmo em Panoias do Campo de Ourique, a terra de vermelho vivo, cor de sangue e do fogo!!!

A Terra de Cristóvão Colombo!!!

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#414435 | josemariaferreira | 05 May 2019 04:42 | In reply to: #414431

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Colombo é o Fruto Honrado da Árvore da Vida plantada por D. Afonso Henriques em terra de vermelho vivo, cor de sangue e do fogo, em lembrança do sangue que sobre ela foi derramado na Batalha de Ourique!!!


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#414442 | chartri | 05 May 2019 10:25 | In reply to: #414435

Mas a batalha de Ourique travou-se em Ourique perto de Leiria, como varios históriadores defendem

de Campo de Ourique (c. 7 km de Leiria), na Beira Litoral:

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#414443 | josemariaferreira | 05 May 2019 10:47 | In reply to: #414442

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A Batalha de Ourique travou-se em Terra Rubra a terra de Cristóvão Colombo!!!

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#414445 | josemariaferreira | 05 May 2019 11:13 | In reply to: #414442

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Em 500 anos ninguém descobriu a Terra Rubra de Colombo e eu descobri que na Terra Rubra onde se travou a Batalha de Ourique viviam lá muitos parentes dele!!!

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