Família Corrêa d'Almeida
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Família Corrêa d'Almeida
Tive um colega no Liceu Passos Manuel chamado Vasco Corrêa d'Almeida (1954/61).
Lembrei-me dele por estar convencido que pertence à família de Januário Correia de Almeida, 1o. Barão, Visconde e Conde de S. Januário que foi Governador de Macau e Ministro Plenipotenciário de Portugal nas Côrtes da China, Japão e Sião, entre 1873 e 1875.
Em 1897 - o Visconde era o general comandante da 1a. Divisão Militar de Lisboa - o Rei Chulalongkorn (Rama V) do Sião visitou Portugal e ofereceu-lhe um anel de brilhantes e uma ânfora de ouro em cuja tampa, com 11 cm de diâmetro, mandou gravar a seguinte dedicatória, em inglês e siamês: "Offered by His Majesty Somdech Chulalongkorn, King of Siam, to His Excellency the Count of S. Januário, Extraordinary Envoy and Minister Plenipotentiary of Portugal in the Court of Siam, as remembrance of the visit of His Excellency to His Majesty in 1875" Na verdade, o então Visconde de S. Januário desempenhou nesse ano um papel de relevo na ultrapassagem de grave crise política que opunha os 1o. e 2o. reis do Sião, em Bangkok.
Seja o Vasco Corrêa d'Almeida, meu antigo colega, ou alguém que saiba do assunto, agradecia quaisquer indicações úteis sobre a possibilidade de obter fotografias/slides a cores dos dois presentes do Rei do Sião acima referidos.
Antecipadamente grato.
Jorge Morbey
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RE: Família Corrêa d'Almeida
Meu Caro Morbey:
Venho pela presente responder-te à questão por ti colocada, dentro das parcas possibilidades que tenho para o fazer. Só muito recentemente alguém me chamou a atenção para a tua mensagem. Sou de facto o teu colega do Passos Manuel a que fazes referencia. Sou igualmente descendente da personagem a que te referes, a saber o Conde de S. Januário, Januário Corrêa d'Almeida, que foi tb Vice- rei na Índia, no tempo do nosso Rei D. Luís I, de que era aliás amicíssimo. Como em todas as famílias há por vezes algumas desinteligências que condicionam atritos, querelas e separações, para além de que a seguir a 05/10/1910, terem sido saqueadas, incendiadas e destruídas muitas casas da nossa Família. Assim não sei onde possa estar o tal jarrão de que falas. Uma das últimas casa da Família, que nos foi ocupada, encontra-se neste momento na posse da Câmara Municipal de Oeiras, julgo que lá tem instalada a biblioteca em Paço de Arcos na chamada Terrugem de Baixo ( uma vez que na antiga Terrugem de Cima, o palácio foi destruído e encontra-se neste momento uma série de apartamentos). Nesse Palácio da Terrugem de Baixo a Família tinha muitas obras de arte que não sei se ainda lá possam estar ou por ventura antigos proprietários as tenham alienado. O último cidadão singular que lá habitava, era um judeu já muito velho, sem descendência directa, a quem o meu Pai há cerca de 30 anos tentou reaver a casa, mas debalde. após o falecimento do dito judeu, a Câmara de Oeiras ficou com a casa, não sabendo se foi doada ou vendida à Câmara de Oeiras, para museu ou biblioteca. Por outro lado nos princípios do século XX, um divórcio litigioso entre uma Corrêa d'Almeida e um fulano qualquer, este só concedeu o divórcio se a ex-mulher lhe concedesse/doasse a titulo definitivo o titulo e demais regalias a ele subjacentes, pelo que o próprio titulo que tem o nosso nome, até nos foi roubado... O actual Conde de Paço de Arcos, Corrêa da Silva é nosso primo. Não me dou com ele, mas o meu Pai tinha relações fraternas com o Pai do actual Conde, e trocavam entre si muita informação da Família comum, não sei se sobre a matéria que pretendes este te poderá dizer algo. Pelo meu lado não me dou com ninguém da minha família a não ser a mais chegada, pois que o elo de ligação entre os diferentes ramos da nossa grande Família era a minha bisavó, que faleceu na década de 50, e com os sucessivos falecimentos das pessoas mais velhas e o ritmo infernal da nossa vida citadina, levou ao afastamento progressivo de todos nós, só nos encontramos praticamente nos funerais e ultimamente até nestes já poucos vamos, porque ficávamos a olhar uns para os outros e já nem nos conhecíamos.
Na nossa Família há outros membros bem mais interessados, do que eu próprio pelas questões que colocas, que posso porventura contactar inquirindo se sabem de algo. Outro sitio onde poderá por ventura estar esse jarrão poderá ser o Museu da Marinha, que aliás não conheço, uma vez que o meu antepassado em apreço era grande amigo das coisas do mar, e chegou a ser Ministro da Guerra do Reino. Não sei se foi de alguma utilidade esta mensagem, de qualquer forma aqui fica um abraço do teu ex-colega,
Vasco Corrêa d'Almeida.
P.S. Meu Pai chamava-se Vasco e tenho um filho que se chama igualmente Vasco.
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RE: Família Corrêa d'Almeida
Meu Caro Corrêa d'Almeida,
Que bom saber de ti! Foi bem melhor do que saber do anel e da ânfora de ouro que o Rei Chulalongkorn ofereceu ao Conde de S. Januário, teu antepassado. Todavia, se te for possível investigar na família sobre o paradeiro desses dois objectos para que possam ser fotografados e publicados em livro que estou a preparar, óptimo. Se não te quiseres envolver nisso e quiseres fornecer-me alguns contactos, também será excelente! Para onde te poderei enviar um livrinho que publiquei em Setembro passado com correspondência do Rei do Sião para o teu antepassado? Se os responsáveis por este Forum autorizarem, segue o e-mail para onde me podes contactar: morbey.jorgev@gmail.com. Vivo em Macau mas quero ver-te quando for a Portugal no próximo Verão. Acho que não nos vemos há 47 anos!!! Um grande abraço do Morbey.
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Família Corrêa d'Almeida
Na qualidade de marido de Maria Amélia Teixeira da Mota da Costa Leme, bisneta do 1° visconde de Negrelos, Manuel Maria da Costa Alpoim, padrasto de D. Maria Clementina de Lancastre Vasconcellos e Souza Leme Côrte-Real casada com o 1º visconde de São Januário (seus bisavós paternos, julgo) e meia irmã do avô da minha mulher Américo Francisco da Costa Leme, diplomata, venho por este meio perguntar se existe porventura na posse da família algum retrato do visconde de Negrelos, pois infelizmente a família direta não tem nenhum. Havendo parentescos seria natural trocarem fotografias, como era costume na época. Se porventura souber da existência de algum retrato gostaria de pedir o especial favor de me poder enviar uma digitalização.
Os meus sogros eram também primos pelo ramo de Maria Teresa Guedes Vieira de Macedo de Lancastre Vasconcellos e Souza (penso ser sua trisavó e é da minha mulher), que casou a primeira vez com Manuel Quadros Côrte-Real, avô materno da minha sogra, Maria Teresa Côrte-Real Teixeira da Mota, e a segunda vez com o visconde de Negrelos, avô paterno do meu sogro o Eng. José Manuel da Costa Leme, 2º visconde de Montariol e Negrelos.
Agradecendo a atenção a este pedido,
Com os meus melhores cumprimentos
Joaquim Castro Gonçalves
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