Dr.Sanches de Baena
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Dr.Sanches de Baena
Estou procurando elementos que me exclareçam quem foi e que papel desempenhou o Dr.Sanches de Baena nos acontecimentos do 1º de Dezembro de 1640.
Obrigado!
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RE: Dr.Sanches de Baena
Caro ajmr
O Dr. João Sanches de Baena foi um dos conjurados de 1640.
Está aqui no genea em:
http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=252637
Citando a grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira:
"SANCHES DE BAENA (João). Magistrado, n. em Vila Viçosa e foi baptizado em Julho de 1581; m. em 12-VI-1643. Era o terceiro filho de Pedro Álvares Sanches(v.) e de sua segunda mulher, D. Maria de Baena e Barbudo. Veio a herdar os morgadios de seus pais e avós por morte dos seus irmãos mais velhos, com pouca idade. Formou-se em Jurisprudência aos 19 anos na Universidade de Salamanca e, como não lhe fosse reconhecida idade suficiente para uma função na vida prática, retomou os estudos jurídicos, que interrompera, na Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Cânones, em 2-VII-1605. Seis dias depois foi solenemente doutorado, de borla e capelo, na Universidade. Em 1-VI-1606 foi eleito lente de Cânones no Colégio Real de S. Paulo. Passou para a magistratura em 1614 e foi nomeado em 31-I do mesmo ano, desembargador da Relação do Porto e, em 15-I-1617, para a mesa dos Agravos da mesma Relação. Exerceu depois numerosos cargos: em 18-II-1621, promovido a desembargador da Casa da Suplicação de Lisboa; em 3-XII_1621, promotor das justiças; em 17-VII-1623, desembargador agravista; em 18-IX-1632, conselheiro da Fazenda; em 29-IV-1637, desembargador do Paço, procurador da Coroa e juiz das justificações do Reino. Foi alcaide-mor de Vila do Conde e teve, em 19-VI-1619, a mercê do hábito da Ordem de Cristo, com tença anual. Era, de resto, homem de avultada fortuna, de que auferia elevado rendimento anual, como se demonstra com documentos arquivados na Relação de Lisboa. Todavia, mostrou sempre uma independência de carácter que foi a ponto de se recusar a servir de procurador de Filipe III numa pendência judicial. Conservou ainda a obrigação, vinda dos seus avós, de servir a Casa de Bragança, e nestas circunstâncias foi quem verdadeiramente iniciou o movimento de restauração da nossa independência nacional. Em 1638 veio a Lisboa o senhor de Saint-Pé, emissário de Richelieu para tratar das possibilidades de se banir o jugo filipino. Teve várias conferências com o dr. Sanches de Baena e com o dr. João Pinheiro, chanceler das três ordens militares. Foi o primeiro incumbido de levar ao duque de Bragança determinadas propostas e dele recebeu o encargo de elaborar a resposta. Faltou à última reunião dos conjurados, em 1640, por se encontrar em Coimbra, a assistir a seu filho Pedro Álvares, que adoecera com gravidade. O duque de Bragança fez-lhe comunicar, por intermédio de João Pinto Ribeiro, as disposições tomadas. No préstito solene, em que D. João IV foi à Sé de Lisboa render acções de graças pela sua aclamação, foi escolhido pelo soberano para segurar numa das varas do pálio. Filipe IV de Espanha, ao saber dos relevantes serviços que o dr. Sanches de Baena prestara à Restauração, fê-lo condenar à morte e queimar em estátua. D. João IV nomeou-o depois juiz da Inconfidência. Em 26-II-1641 concedeu-lhe o foro de cavaleiro-fidalgo, a primeira mercê deste género concedida pelo soberano; concedeu a seu filho mais velho, Pedro Álvares, a alcaidaria-mor de Vila do Conde, e foi apresentado na comenda hereditária de Póvoa de Santiago, pela renúncia dos seus administradores. Foi sepultado na igreja de Santo António da Sé. Foi casado com D. Guiomar Carneiro de Sousa Freire, filha de Manuel Álvares de Quaresma Freire, comendador de S. Miguel de Oliveira na Ordem de Cristo, e de sua mulher, D. Inês Carneiro de Sousa, que, depois de viúva, foi a terceira mulher do desembargador do paço Pedro Álvares Sanches. Deixou geração. Teve carta de brasão de armas da família Baena, passada em Madrid, em 2-VII-1613."
Cumprimentos,
José de Castro Canelas
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