Familia da Ponte
This topic is classified in the following rooms Pessoas | Famílias | Regiões
Familia da Ponte
Caros Confrades,
Será que alguém tem informações sobre a familia "da Ponte"??
Tenho uma NATÁLIA DA PONTE * Elvas 01.01.1682 filha de MANOEL JOSÉ DA PONTE e LEONOR MARIA PIRES, casada 2ª vez com MANUEL CALDEIRA * Elvas 21.04.1700.
Sei que era uma familia bastante abastada da época e que foram feitos alguns casamentos bastante "convenientes".
Ficarei grato po todas as informações que possam dar mesmo que sejam relativas a outros "da Ponte" .
Cumprimentos,
Diogo Pinheiro Paiva
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Amigo Diogo cá estamos nós no nosso passatempo!
Acerca da família Ponte o que te posso dizer é que ela está presente em Elvas pelo menos desde o séc. XV. Tenho conhecimento de um Lopo da Ponte em 1462 e um filho dele escudeiro com o mesmo nome em 1511. Outro Lopo da Ponte, cavaleiro fidalgo, casado com Isabel Soares, aparece em Elvas citado em documentos de 1573 e 1582, tendo inclusivé dado o seu nome à rua em que vivia.
Um Lopo da Ponte Pegado que não sei se se trata da mesma pessoa foi mesário da Misericórdia de Elvas em 1598 e escrivão da Câmara entre 1606 e 1607. Faleceu em 1610 e o seu filho era vereador em 1646.
Quanto aos Caldeiras de Elvas tenho mais alguns conhecimentos.
Parece que o primeiro Caldeira da família que depois veio a Elvas foi Gonçalo Rodrigues Caldeira (1), o Roaz, natural da Sertã. Participou na Batalha de Aljubarrota e do espólio que roubou aos Castelhanos fazia parte um anjo de prata (penso estar hoje na Colegiada de Guimarães) e uma grande caldeira de onde tomou a alcunha. Foi também notário e escrivão de D. João I. Casou com Ignez de Macedo (filha de Álvaro de Macedo e de Joana Caldeira) e teve três filhos: Diogo Caldeira (1.1), Gonçalo Caldeira(1.2) e Fernando Caldeira(1.3).
Diogo Caldeira(1.1) foi notário e escrivão da câmara de D. João I como seu pai. Foi camareiro-mor de D. Duarte e alcaide-mor da Sertã. Após a participação numa batalha em Tânger casou com Joanna de Sousa (natural do Sardoal e filha de Bartolomeu Mendes) e o rei fez-lhe uma doação de uma herdade no termo de Elvas a 2 de Julho de 1470. Teve dois filhos já em Elvas: André Caldeira de Sousa(1.1.1) e Agostinho Caldeira(1.1.2).
Gonçalo Caldeira (1.2) não sei com quem casou mas teve dois filhos: Gomes Caldeira(1.2.1) e Brites Caldeira(1.2.2).
André Caldeira de Sousa(1.1.1) foi também alcaide-mor da Sertã e herdeiro da herdade em Elvas. Casou com Cecilia de Goes, filha bastarda do cronista-mor do reino Damião de Goes. Teve um filho João Tobias Caldeira que morreu sem descendência.
Gomes Caldeira(1.2.1) viveu em Elvas e casou com Thadea de Chaves, irmã de João Machado. Foi vereador na Câmara de Elvas e teve 4 filhos: Lourenço Caldeira(1.2.1.1), Filippa Caldeira(1.2.1.2)(casou com João Mendes de Brito do Rio e foi herdeira do morgado das Caldeiras junto à ponte da Ajuda), Brites Caldeira (1.2.1.3)(casou com Fernão Mascarenhas, o Velho e depois com Jorge de Monterroio) e Leonor Caldeira(1.2.1.4)(casou com Mem Rodrigues de Vasconcellos).
Lourenço Caldeira (1.2.1.1) casou com Isabel de Brito, filha de Diogo de Brito e teve 3 filhos: Gomes Caldeira(1.2.1.1.1), Diogo de Brito Caldeira, cavaleiro da Ordem de Malta (1.2.1.1.2) e Teresa de Chaves(1.2.1.1.3)(freira em São Domingos de Elvas, a igreja e antigo convento por cima da Sé).
Fernando Caldeira (1.3) foi criado de D. Afonso V e seu vedor de fazenda. Viveu em Elvas e casou com uma filha de João Escrivão e de Constança Rodrigues. A 10 de Dezembro de 1443 o rei coutou-lhe uma herdade que se viria a chamar das Caldeiras em Elvas, junto ao rio Guadiana. Teve dois filhos: Affonso Caldeira (1.3.1) e Brites Caldeira (1.3.2).
Affonso Caldeira (1.3.1) também não sei com quem casou mas teve dois filhos: Jorge Caldeira(1.3.1.1) e Brites Caldeira(1.3.1.2)(casou com Rolim de Moura, senhor de Azambuja).
Brites Caldeira (1.3.2) casou com Affonso Mendes a quem D.João II também coutou a tal herdade das Caldeiras em 1522.
Sobre os Caldeiras de Elvas é isto que tenho. O Manuel Caldeira de que falas em 1700 quase de certeza é descendente desta família. Outra curiosidade é que a herdade das Caldeiras que te referi foi aforada a 24 de Janeiro de 1481 a Álvaro da Ponte juntamente com metade da herdade de São Rafael o que junta as famílias 220 anos do casamento que falas!
Embora estes indivíduos estejam mais recuados que os que procuras espero que te tenha ajudado. Vais ter que encontrar os pais e avós desse Manuel Caldeira!
Um abraço
Rui
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Amigo Rui,
Nem sabes o fascinio com que li a mensagem que me deixaste. É fascinante ler estas histórias! Bem, quanto aos Caldeira, sei que o tal Manuel Caldeira que falei e que nasceu a 21.04.1700 em Barbacena era filho de Matias Caldeira e de Leonor da Assunção Rodrigues, esta ultima nasceu a 23.11.1670 e era filha de João Alvarez e de Catarina Rodrigues.
No outro dia ainda tentei descobrir os pais de Matias Caldeira mas já não tive tempo. O meu grande receio é que os registos dos pais e dos avós deste Matias tenham sido queimados pelos espanhois.
Vamos ver o que consigo fazer. Esta semana so posso ir ao arquivo na sexta feira, se por acaso antes disso "esbarrares" com alguma informação ou se descobrires mais alguma coisa diz. Fico-te muito agradecido pelas informações que me dás.
Muito obrigado, um grande abraço,
Diogo
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Caro Diogo Pinheiro Paiva,
Encontrará em
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=59742#lista
um meu anepassado de Aponte, de Zafra, Espanha, que não é muito longe.
Cumprimentos
JLiberato
Lisboa
Direct link:
Familia Caldeira
Caro Diogo,
Eu estive com o microfilme de Alcains, nascimento entre 1680 e 1726 da Igreja dos Mórmons e quero crer que haviam Caldeiras lá. Nada anotei mas não pude deixar de perceber pois o apelido Caldeira me chama à atenção em decorrência que o Estádio da Vila Belmiro na cidade de Santos, onde jogou Pelé, chama-se Urbano Caldeira.
Cumprimentos
Lourval
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Amigo Rui,
Fiz o que me disseste e consegui descobrir o nome dos pais e dos avós de Matias Caldeira:
Matias Caldeira nasceu em Barbacena a 21.04.1700, filho de João Rodrigues Carrilho e de Maria Feio, ambos de Barbacena, casaram em Barbacena a 02.08.1665.
João Rodrigues Carrilho era filho de Domingos Lourenço Mosqueira e de Maria Rodrigues Carrilho, ambos de Barbacena pelo que percebi.
Maria Feio era filha de Manuel Caldeira e de Guiomar Sanches, acho que também ambos de Barbacena.
Acontece que já não há mais registos de Barbacena certo? Estou num bêco, não sei bem como hei-de fazer para descobrir mais!
Conheces algum dos nomes? Consegues encaixá-los nalgum sitio? Este Manuel Caldeira que casou com a Guiomar Sanches será que já podia ser filho de um dos que me disseste?
Há alguma lista feita pelo bispo ou mais algum tipo de registos onde possa procurar?
Também descobri mais coisas sobre os da Ponte mas ponho noutra mensagem para ser menos confuso!
Um abraço, fico esperançado á espera que me consigas dar novidades!
Um abraço,
Diogo
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Amigo Rui,
Cá vai o que descobri dos da Ponte. Como te disse, Natália da Ponte era casada com um filho de Matias Caldeira, aquele de que falei na outra mensagem.
Natália da Ponte nasceu a 01.01.1682 em Barbacena, filha de Manuel José da Ponte e de Leonor Pires que casaram em Barbacena a 26.04.1671.
Manuel José da Ponte era filho de Miguel Vaz e de Maria Margalho,
Leonor Pires era filha de Domingos Lourenço Pires e de Maria Rodrigues,
segundo percebi são todos de Barbacena, o apelido Margalho para mim é uma novidade!Mais uma vez não sei como fazer para seguir! Se conheceres algum dos nomes já sabes...
Bem, Rui, fico à espera da tua resposta! Muito muito obrigado e peço imensa desculpa por te estar a incomodar mais uma vez!
Um abraço,
Diogo
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Amigo Diogo,
Primeiro que tudo os meus parabéns pelo que já conseguiste! Já vais bastante adiantado nessa genealogia! Quanto aos registos paroquiais de Barbacena chegaste realmente ao fim... A partir daí terás que procurar nos processos de casamento (Fundo: Bispado de Elvas) de Barbacena ou nos de Elvas e mesmo assim só com muita sorte conseguirás lá chegar... É que também esses foram queimados pelos castelhanos durante a guerra da restauração (1641-1663) e só temos a partir de 1643/1644. Pelo que li agora quererás procurar os casamentos de Domingos Lourenço Mosqueira com Maria Rodrigues Carrilho e de Manuel Caldeira e de Guiomar Sanches que terão casado entre 1620 e 1640 (e assim nem poderás procurar no Fundo do Bispado).
Quanto aos Caldeiras já te tinha dito o que sabia, este Caldeira provavelmente será descendente daqueles Caldeiras que te disse mas também existe uma probabilidade de não ser... como desvendar esse segredo? Só procurando Caldeiras relacionados com este em registos paroquiais de outras freguesias do concelho de Elvas até essa data o que é um trabalho imenso!
Quanto ao outro casamento que procuras ele une as famílias Mosqueira e Carrilho. Da família Carrilho pouco sei e o pouco é de uma época mais tardia. Já quanto aos Mosqueira tenho alguma coisa. A família Mosqueira em Elvas era no séc. XVII uma família de proprietários. Possuía uma herdade no termo da cidade, para os lados de Vila Boim que ficou mais tarde com o nome de Herdade dos Mosqueiros. Ainda hoje se verificares uma carta militar do concelho verás que existe aí uma pequena ribeira denominada dos Mosqueiros que passa exactamente debaixo de uma ponte da auto-estrada em direcção a Elvas!
Ora a família Mosqueiro/Mosqueira está aqui presente desde pelo menos o séc. XVI. Vou-te deixar uma lista de indivíduos deste nome com quem já me deparei em pesquisas anteriores, pode ser que consigas conectar algum com o que já tenhas:
João Pegado Mosqueira, casou na Sé em 1569
António Pegado Mosqueira, casou na Sé em 1643
Rui Pegado Mosqueira, baptizado na Sé em 1570
António Pegado Mosqueira, baptizado na Sé em 1615
Para além destes, Catarina Vaz num testamento de 4 de Outubro de 1519 fala de Manoel Mosqueira e de Álvaro Mosqueira.
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Quanto à família Ponte também já não sei mais do que te disse. Agora deparaste-te com dois casais: Miguel Vaz cc Maria Margalho / Domingos Lourenço Pires cc Maria Rodrigues. Os apelidos Vaz, Pires e Rodrigues são mais que frequentes e por isso é bastante complicada a análise desses indivíduos. Quanto à família Margalho é diferente.
Trata-se de uma família presente em Elvas desde a Idade Média tendo sempre um papel de relevo na sociedade. De tal modo é assim que ao longo do séc. XV é citada em alguns documentos em Elvas uma rua denominada da Margalha por aí viver parte desta família. Aparece citado em documentos de 22/07/1336 e de 09/02/1344 um Affonso Peres Margalho e em 1455 um Lourenço Martins Margalho. Ainda em 1449 vivia em Elvas um Vasco Martins Margalho e depois já no séc. XVI esse apelido aparece muitas vezes nos registos paroquiais. Pelo que também te vou deixar uma lista dos Margalhos com que já me deparei:
João Margalho, carpinteiro, casou na Sé em 1568
Diogo Margalho, casou na Sé em 1569
Braz Margalho, baptizado na Sé em 1552
Estêvão Margalho, baptizado na Sé em 1552
João Margalho, baptizado na Sé em 1549
Catarina Margalho, baptizado na Sé em 1550
Álvaro Annes Margalho, baptizado na Sé em 1601
Em outros documentos tenho notícia de:
João Margalho, já falecido em 2 de Abril de 1504
Estêvão Margalho, doc. de 22/09/1507
Pêro Margalho, doc. de 10/12/1521
João Margalho, doc. de 15/09/1536
Affonso Margalho, doc. de 05/12/1563
Pêro Margalho, morador na Rua do Cano (hoje de Sá da Bandeira), doc. de 1594
Isto tudo para além, logicamente, do já estudado Pedro Margalho! Este nasceu em Elvas parece que em 1471 e que foi um dos mestres do humanismo português, tendo-se doutorado em Valladolid!!
Espero que apesar do pouco que disse nas 2 mensagens te tenha ajudado!
Abraço
Rui
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Quanto à família Ponte também já não sei mais do que te disse. Agora deparaste-te com dois casais: Miguel Vaz cc Maria Margalho / Domingos Lourenço Pires cc Maria Rodrigues. Os apelidos Vaz, Pires e Rodrigues são mais que frequentes e por isso é bastante complicada a análise desses indivíduos. Quanto à família Margalho é diferente.
Trata-se de uma família presente em Elvas desde a Idade Média tendo sempre um papel de relevo na sociedade. De tal modo é assim que ao longo do séc. XV é citada em alguns documentos em Elvas uma rua denominada da Margalha por aí viver parte desta família. Aparece citado em documentos de 22/07/1336 e de 09/02/1344 um Affonso Peres Margalho e em 1455 um Lourenço Martins Margalho. Ainda em 1449 vivia em Elvas um Vasco Martins Margalho e depois já no séc. XVI esse apelido aparece muitas vezes nos registos paroquiais. Pelo que também te vou deixar uma lista dos Margalhos com que já me deparei:
João Margalho, carpinteiro, casou na Sé em 1568
Diogo Margalho, casou na Sé em 1569
Braz Margalho, baptizado na Sé em 1552
Estêvão Margalho, baptizado na Sé em 1552
João Margalho, baptizado na Sé em 1549
Catarina Margalho, baptizado na Sé em 1550
Álvaro Annes Margalho, baptizado na Sé em 1601
Em outros documentos tenho notícia de:
João Margalho, já falecido em 2 de Abril de 1504
Estêvão Margalho, doc. de 22/09/1507
Pêro Margalho, doc. de 10/12/1521
João Margalho, doc. de 15/09/1536
Affonso Margalho, doc. de 05/12/1563
Pêro Margalho, morador na Rua do Cano (hoje de Sá da Bandeira), doc. de 1594
Isto tudo para além, logicamente, do já estudado Pedro Margalho! Este nasceu em Elvas parece que em 1471 e que foi um dos mestres do humanismo português, tendo-se doutorado em Valladolid!!
Espero que apesar do pouco que disse nas 2 mensagens te tenha ajudado!
Abraço
Rui
Direct link:
RE: Familia da Ponte
Ola Diogo,
Eu sou da família "da Ponte" mas dos lados de Lamego (freguesia de Penude para ser mais exacta). Também tenho curiosidade em saber mais sobre a família "da Ponte", e quem sabe sejamos da mesma família?
Cumprimentos,
Claudia
Direct link:
Familia da Ponte
Este tópico foi um achado precioso.
Sou descendente direto de João Rodrigues Carrilho Mosqueira e Maria Feia. Descobri ainda os pais deles, e, tal como mencionado atrás, também esbarrei no final dos registos.
Por acaso já tinha colocado a hipótese de pilhagem nas guerras de restauração numa página de genealogia do facebook. Uma vez que Barbacena se rendeu aos espanhóis, a pilhagem consequente pode ter destruído os arquivos (há algum registo desse vandalismo?).
Este casal casa em 1665, 6 anos depois da Batalha das Linhas de Elvas. Pela altura da batalha estariam provavelmente entre os 15 e os 20 anos de idade. Provavelmente viram e sofreram atrocidades imensas e terão também passado uns anos complicados pela fome que a pilhagem dos campos pelos exércitos trazia. No entanto, foram uns sobreviventes, e graças a isso, aqui ando eu a transportar os seus genes.Faleceram em 1715 (ele) e 1722 (ela).
Vou agora começar a estudar a informação que aqui li. existem alguns registos com que possa ficar documentado?
Cumprimentos
Pedro Galego
Direct link:
Forum messages ordered by date.
Time in GMT. It is now: 07 Nov 2024, 22:12