Feio Terenas
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Feio Terenas
Caros confrades,
Passando em revista aqueles elementos genealógicos do dicionário Biográfico Parlamentar que não constam da nossa base de dados, encontrei o nome de Feio Terenas.
Jornalista, deputado e senador, chamava-se José Maria Moura Barata Feio Terenas. Nasceu em 1850 na Covilhã e faleceu aos 28-01-1920 em Lisboa.
Era filho de José Maria de Moura Barata Feio e Maria Rosa Adelaide Terenas.
Cumprimentos,
JLiberato
Lisboa
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Feio Terenas
Caro confrades,
Com a publicação dos registos pelos arquivos, tornou-se mais fácil a investigação genealógica, havendo que começar a desfazer os enganos que se vão perpetuando.
Abaixo deixo os factos que consegui comprovar até ao momento:
José Maria de Moura Barata Feio Terenas nasceu na freguesia de Santa Maria da Covilhã a 5 de Novembro de 1845, filho de Manuel José de Azevedo, natural de Braga, e de D. Maria Rosa Adelaide Terenas, natural da dita freguesia de Santa Maria, neto paterno de Bernardo Francisco de Azevedo e Maria Joana da [Mata/Mota], naturais de Braga, e neto materno de João da Costa Terenas e Joaquina Rosa Pires, naturais da Covilhã, ele da freguesia de Santa Maria e ela da de São João Mártir. Foi baptizado a 1 de Dezembro do mesmo ano, sendo seu padrinho o seu irmão Joaquim Francisco de Azevedo - o mesmo que Joaquim de Azevedo Terenas, conforme consta do respectivo registo de casamento (vd. fls. 10v-11 do livro de casamentos C49 da paróquia da Pena, em Lisboa, Arquivo Nacional Torre do Tombo, ref.ª PT/ADLSB/PRQ/PLSB06/002/C49) - então de apenas quatro anos de idade, pois nascera a 12 de Setembro de 1840 na freguesia de São Pedro da Covilhã (cf. fl. 93 do livro de baptismos B08 da paróquia de São Pedro, Arquivo Nacional Torre do Tombo, ref.ª PT/ADLSB/PRQ/PCVL20/001/B8).
O registo do baptismo de Feio Terenas encontra-se a fls. 35v do livro de baptismos B14 da paróquia de Santa Maria da Covilhã (Arquivo Nacional Torre do Tombo, ref.ª PT/ADLSB/PRQ/PCVL17/001/B14), sendo a data do seu nascimento confirmada pelo registo do seu casamento, que indica a sua idade exacta, em anos, meses e dias, e sendo a sua filiação confirmada quer pelo registo do seu casamento, quer pelo registo de baptismo da sua filha Maria Ester, que a diz neta paterna do referido Manuel José de Azevedo.
Os seus pais haviam casado a 5 de Dezembro de 1838, na Igreja de Santa Maria da Covilhã (cf. fl. 8 do livro de casamentos C2 da paróquia de Santa Maria da Covilhã, Arquivo Nacional Torre do Tombo, ref.ª PT/ADLSB/PRQ/PCVL17/002/C2).
Feio Terenas ficou órfão de pai no seu primeiro ano de vida, tendo ano e meio quando, a 26 de Junho de 1847, a mãe casou com José Maria de Moura Barata Feio, natural da Covilhã e filho de José Pedro de Moura Barata Feio, natural da freguesia de Santa Maria da Covilhã, e D. Joana Delfina de Almeida Saraiva, natural da freguesia de São Pedro da Covilhã (cf. fl. 11v do livro de casamentos C3 da paróquia de Santa Maria da Covilhã, Arquivo Nacional Torre do Tombo, ref.ª PT/ADLSB/PRQ/PCVL17/002/C3). José Maria de Moura Barata Feio foi assim o único pai que Feio Terenas conheceu, o que talvez explique o facto de ter adoptado todos os seus apelidos, como se de um verdadeiro filho se tratasse. Outra possibilidade é o padrasto ter oficialmente procedido à sua adopção…
Casou a 22 de Janeiro de 1872, na Igreja de São Martinho do Fundão, com D. Ana Amélia Fernandes Taborda e Moura, natural do Fundão e filha de Gonçalo José Fernandes, natural de São Miguel de Acha, e D. Mariana Augusta da Costa Taborda, natural da freguesia de Alcongosta, no concelho do Fundão (cf. fls. 3-3v do livro de casamentos n.º 14 da paróquia do Fundão, Arquivo Distrital de Castelo Branco, ref.ª PT/ADCTB/PRQ/PFND18/002/00014). Um ano depois, a 4 de Janeiro de 1873, nascia a sua primeira filha, Maria Ester Taborda Feio Terenas, baptizada na Sé Nova de Coimbra a 3 de Março desse ano (cf. fls. 6v-7 do livro de baptismos n.º 15 da Sé Nova de Coimbra, Arquivo da Universidade de Coimbra, ref.ª PT/AUC/PAR/CBR25/002/0015). Maria Ester casou a 12 de Setembro de 1903, na Igreja Paroquial dos Anjos, em Lisboa, com Júlio dos Santos Champalimaud, natural da freguesia da Pena, em Lisboa, e filho de José Pedro dos Santos Champalimaud e Maria Mendes (cf. fls. 59v-60 do livro de casamentos C27 da paróquia dos Anjos, Arquivo Nacional Torre do Tombo, ref.ª PT/ADLSB/PRQ/PLSB06/002/C27).
Feio Terenas faleceu em sua casa, uma casa do Edifício das Cortes na freguesia de Santa Isabel em Lisboa, às 00h30 do dia 29 de Janeiro de 1920; era então director-geral do Congresso da República (cf. fl. 22 do livro de óbitos n.º 10 da 5.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, Arquivo Nacional Torre do Tombo, ref.ª PT/TT/RC/CRCLSB5/003/00010).
Em sua homenagem, a Câmara Municipal de Lisboa alterou a designação da Rua Particular n.º 3 do Bairro Lamosa, à Penha de França, para Rua Feio Terenas (Câmara Municipal de Lisboa, Edital de 15 de Maio de 1926, disponível em http://centenariorepublica.cm-lisboa.pt/fileadmin/CENTENARIO_REPUBLICA/toponimia/Editais/AugustoJVieira.pdf)
Atentamente,
Maria João Costa
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