Freires de Andrade destroncados
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Freires de Andrade destroncados
Caro confrades,
Descendo de Manuel Freire de Andrade, proprietário dos ofícios de escrivão do público, judicial e notas do extinto concelho de Alvarenga (hoje freguesia do concelho de Arouca) e de sua mulher Clara de Andrade Côrte-Real.
Felgueiras Gaio, no TT de Freires de Andrade, dá-o como natural de S. Baptista de Ruiva, sem mais. No entanto, a carta de mercê dos ditos ofícios dá-o como natural de Alvarenga. Para complicar, não há paroquiais em Alvarenga para estas datas (segunda metade do Sec. XVII).
No entanto, pela leitura atenta das cartas de mercê, vejo aqui alguma confusão para a qual peço o favor da V/ ajuda. Vejamos:
Como tenho cópia da carta de mercê dos referidos ofícios (Registo Geral de Mercês, D. Pedro II, liv.9, fl.314), sei que este Manuel Freire de Andrade os recebe a 08/03/1695, com 16 anos, por falecimento de seu pai, Manuel de Andrade Pinto "…filho de Fernando de Andrade e Sá... que os havia servido por mais de vinte anos..." (o pai recebe-os por carta de 16/11/1668, Registo Geral de Mercês, Chancelaria de D. Afonso VI, liv.12, fl.337v). Fica seu tutor um tio, de nome João Freire de Andrade.
Infelizmente, a carta de mercê não menciona a naturalidade de Manuel de Andrade Pinto. Daí eu usar da minha intuição e, à inexistência de uma freguesia chamada S. Baptista de Ruiva, ter concluído por S. João Baptista de Raiva, sem qualquer prova ou indicação que assim seja, a não ser a minha intuição e dedução (lógica?).
Devo acrescentar que Manuel Freire de Andrade (o filho) poderá ter nascido em Alvarenga, tal como vem na carta de mercê referida, pois a casa da família ostenta no portão a inscrição 1677 (tendo o filho nascido, talvez, em 1679). No entanto, tal não será provável em relação a Manuel de Andrade Pinto (o pai). Será que Gaio confundiu um com o outro e atribuiu a naturalidade do pai ao filho (Gaio não faz referência ao pai)? Ou será que nasceram ambos em S. João Baptista de Raiva e a família mudou-se para Alvarenga após a mercê ser atribuída?
Para ajudar a completar o quadro, refiro ainda que um filho de Manuel Freire de Andrade, de seu nome Manuel Freire de Andrade Pinto recebe, a 28/06/1736, a propriedade dos mesmos ofícios que foram de seu pai e avô (Registo Geral de Mercês, D. João V, liv.28, fl.115). A 06/11/1739, este Manuel Freire de Andrade Pinto renuncia à propriedade dos ditos ofícios, pois herdou de seu sogro, Bernardo Carneiro do Avelar, a propriedade do Ofício de Escrivão das apelações Crime da Relação do Porto e os dois cargos eram incompatíveis. Este cargo mantem-se depois na descendência de Manuel Freire de Andrade Pinto.
Alguns dos caros confrades alguma vez se cruzou com estes nomes nas suas pesquisas? Sei que os dados são parcos, mas é o que, de momento, disponho. Qualquer ajuda neste caso é preciosa e agradeço de antemão.
Melhores cumprimentos,
Maurício Pereira Pinto
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