pesquisa sobre a doação de herdade de pancas

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pesquisa sobre a doação de herdade de pancas

#139329 | Messias Marques | 05 Jan 2007 18:18

Gostaria de obter informações sobre a sobrinha do cardeal de alpedrinha que recebeu em doação a herdade de pancas

grato

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RE: pesquisa sobre a doação de herdade de pancas

#139349 | victorferreira | 05 Jan 2007 20:38 | In reply to: #139329

Parece ter sido Joana da Costa, nascida depois de 1480 e cc Francisco Machado Freire. Ela filha de Margarida Vaz (irmã de D Jorge, cerca de 50 anos mais nova: não esquecer que ele viveu 103 anos ...) e de Lopo Álvares Feio.
Cumprimentos. VF

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RE: pesquisa sobre a doação de herdade de pancas

#139371 | manuelr | 05 Jan 2007 23:24 | In reply to: #139329

Caro Messias Marques

Margarida Vaz da Costa casou com Lopo ÁLvares Feio, Fidalgo castelhano, Sr. de Atalaia e Pancas. Seu filho João Feio da Costa foi Sr. de Atalaia e Pancas e penso que não houve geração de seus 3 filhos, devendo por isso o Senhorio de Pancas ter passado a sua irmã Joana ou ao filho desta Simão da Costa Freire que foi Sr. de Pancas, Atalaia e Alpedrinha.

Cumprimentos
Manuel da Silva Rolão

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RE: pesquisa sobre a doação de herdade de pancas

#139432 | L. ManoeldeVilhena | 06 Jan 2007 18:17 | In reply to: #139329

O Cardeal terá doado à sua irmã Catarina da Costa (ou sobrinha - existem diversas teses sobre o assunto- a Prof. Doutora Manuela Machado na sua obra sobre o Cardeal considera-a sobrinha) casada com Pedro de Albuquerque, Almirante-Mor de Portugal, uma vasta quantia em dinheiro com a condição de ser aplicada na compra de uma grande herdade e de casas em Lisboa. A herdade veio a ser a vasta herdade de Pancas (entre outras, porque existiram ainda outros morgadios - Alpedrinha, Golegã, etc.), que tinha pertencido ao Duque de Bragança, morto por D. João II.
O mesmo D. João II que institui privilégio de Coutada para a referida herdade por carta de 1495.
Por falta de descendência de D. Catarina, o dito senhorio e morgadio passou para o Arcebispo de Lisbo seu rimão, que depois o veio a entregar a sua irmã Margarida da Costa, casada com Lopo Álvares Feio, senhor de Pancas pelo seu casamento. Pela morte sem descendência dos seus filhos varões, Critóvao, D. Diogo e D. António, ambos Bispos, o senhorio veio a recair em D. Joana da costa, filha de Francisco Machado Freire, Alcaide-Mor de Penha Garcia, filho primogénito do Senhor de Sandomil e de Loriga.
Foi filho primogénito o 5.º senhor de Pancas e da Atalaia da Beira, Simão da Costa Freire, cujo herdeiro, Cristóvão, o 6.º Senhor, casou com sua prima Maria da Costa (que matou) filha herdeira do Senhor da Aldeia das Donas.
Foi primogénito Simão da Costa Freire, 7.º Senhor de Pancas e da Atalaia da Beira, cujo filho foi Cristóvão da Costa Freire, Governador do maranhão, 8.º Senhor de Pancas.
Teve este senhor: (i) como primogénito Simão, 9.º senhor que morreu sem filhos, (ii)Francisco, cuja filha Rita, 10.ª senhora, casou com D. Rodrigo de Noronha (Arcos), tendo sido pais de D. Francisco da Costa e Noronha, Estribeiro-Mor, 11.º e último Senhor de Pancas com poderes jurisdicionais.
Pela sua morte sem descendência, herdou a Casa de Pancas, por sentença judicial (em demanda com a sua viúva D. Maria Balbina de Souza Coutinho), a sua prima D. Maria Leonor Manuel de Vihena da Costa Freire (neta primogénita de Maria Inês, senhora que era irmã dos citados Simão e Francisco). D. Maria Leonor foi 4.ª senhora-donatária da Zibreira, 5.ª Alcaide-Mor de Alegrete, 12.ª Senhora da Casa de Pancas, e foi casada com José Sabastião de Saldanha Oliveira e Daun (Rio Maior), 1.º Conde de Alpedrinha, Conselheiro de Estado, etc. Esta senhora apenas não herdou o Palácio Pancas a Santa Apolónia (hoje Palácio Pancas-Palha) porque não estava formalmente vinculado.
Deste casal foi filho primogénito D. Cristovão Manoel de Vilhena, Senhor-Donatário da Zibreira, Alcaide-Mor de Alegrete (Cartas de 1860), herdeiro da casa Vila-Flor pela morte do 7.º Conde, o Duque da Terceira, que nunca se encartou nos títulos por ser legitimista (tinha sido Ajudante de Campo de D. Miguel). Curiosamente toda a vida usou o título de Senhor de Pancas (casa de que era o 13.º representante), tendo mesmo o Palácio Vila Flor a Arroios, que habitava, ficado conhecido pelo Palácio dos Senhores de Pancas.
Deles foi filho D. Salvador, que morreu sem filhos, tendo a casa recaído na sua irmã, D. Maria Inês Carolina, casada com D. Martinho-Lourenço de Almeida Portugal (da Casa Lavradio), tendo tido por filho único D. Tomás-Maria-Martinho Manoel de Vilhena, Senador, Governador Civil de Braga, etc, 8.º Conde de Vila Flor, de juro e herdade, 15.º representante da Casa de Pancas.
Deles foi filho D. Francisco Manuel de Vilhena, 9.º Conde de Vila Flor, de juro e herdade, 2.º Conde de Alpedrinha, cuja filha primogénita foi D. Maria Luísa Manoel de Vilhena, 2.º Duquesa da Terceira, de juro e herdade, 10.ª Condessa de Vila Flor, de juro e herdade e 3.ª Condessa de Alpedrinha, 17.ª representante da casa de Pancas.
É actual 18.º representante da Casa de Pancas D. Francisco-Xavier Manoel de Vilhena, 5.º conde de Azarujinha e 11.º Conde de Vila-Flor.
Espero ter dado alguma ajuda,
Lourenço Manoel de Vilhena

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